sábado, 9 de julho de 2011

Nós Dois - Capítulo 50



 Quando eu entrei, ele já me esperava em pé perto da porta com a luz acesa. Eu fechei rapidamente a porta, depois olhei para ele. Olhei para o seu rosto procurando algum sinal da briga com Peter, não havia nada.
Mila: Tem muita gente ai?
Tom: Tem algumas pessoas.
Mila: Hum!
Tom: Se veio por causa do Peter, eu...
Mila: Não, não foi por causa dele. Mas não vou ignorar o que você fez. Sabe que não devia ter feito.
Tom: E você sabe que eu faria de qualquer forma.
Mila: O que eu acho mais engraçado é que, parece que ele não devia ter me contado o que viu. Queria esconder de mim que tava com outra no posto?
Tom: Eu nunca escondi!
Mila: É, você nunca escondeu, obrigada pela sinceridade. - Falei sarcasticamente.
Eu olhei para a mão dele enquanto ele gesticulava e percebi que sua mão estava machucada, eu me aproximei e segurei na sua mão para ver melhor. Ele ficou parado observando enquanto eu segurava sua mão.
Mila: Ele disse que tinha te batido.
Tom: Hum, ele esqueceu do "quase" me batido. Idiota.
Mila: Ai Meu Deus.
Ele não disse nada e continuou a me olhar enquanto eu massageava sua mão.
Tom: Você não se importa mais?
Mila: Com o que?
Tom: Que eu saia com outras garotas.
Mila: Você quer que eu me importe?
Tom: Quero.
Eu abaixei a cabeça preferindo ficar em silêncio.
Mila: Já colocou gelo na mão?
Tom: Um pouco, mas não esta me incomodando.

Eu levei sua mão até minha boca e beijei onde estava vermelho, ele me segurou pela nuca e respirou fundo ao sentir meu hálito quente na sua mão. Depois segurei seu dedo do meio e o chupei, ele suspirou mais forte, sorrindo.
Tom: Miiiila, nós não estamos sozinhos aqui, e eu não vou deixar você escapar de novo.
Mila: Não deixa. - Falei sem sorrir..
Tom: Ai Deus! - Ele falou respirando fundo.

Ainda me segurando pela mão, ele foi até o enteruptor e apagou a luz da salinha e da varanda.
Tom: Vem ca.
Ele me puxou para mais perto da varanda e me encostou na parede. Suas mãos percorreram primeiro meu decote apertando meus seios.
Tom: Seus seios parecem que aumentaram.
Mila: Eles estavam inchados por causa da menstruação.
Tom: Você ta menstruada?
Mila: Não, já acabou.
Suas mãos desceram dos meus seios pra minha bunda que ele puxou, colocando sua boca na minha e me beijando. A essa altura eu já havia me esquecido do que eu havia vindo falar com ele, meu Deus, até de minha mãe eu havia esquecido.
Com uma mão ele tentava levantar minha saia e com a outra tentava abrir a calça.
Mila: Hey, hey, para, sem camisinha não. - Ele parou de me beijar ofegando.
Tom: Merda, eu não estou com nenhuma aqui. Droga Mila, você tem que tomar a porcaria do anticoncepcional.
Ele ainda segurava a calça que antes ele tentava abrir, como se pensasse no que fazer.
Tom: Eu vou la dentro ver se acho uma.
Mila: Não, não espera. Eu vim aqui pra falar uma coisa.
Tom: Agora?
Mila:S im, agora.
Tom: Primeiro, promete que vai tomar.
Mila: Mas que saco, ta bom, eu vou tomar.
Ele sorriu satisfeito por finalmente ter me convencido.
Mila: Agora me deixa falar.
Ele ainda me segurava pela cintura mantendo seu corpo colado ao meu. Eu tirei meus braços que o envolviam na cintura para poder falar.
Mila: Eu vou para o Brasil.
Ele parecia ter sido pego de surpresa, ele não esboçou nenhuma reação de imediato, seu rosto pareceu congelar na mesma hora, eu quase estalei meus dedos em frente dos seus olhos para ver se ele acordava.
Seus olhos me encaram confusos de repente, eu realmente estava estranhando essa reação que parecia ser "choque", será?
Tom: Porque? - Ele falou finalmente.
Mila: Minha mãe sofreu um acidente, estou indo la para vê la.
Ele soltou a respiração parecendo estar aliviado.
Tom: Mas ela não corre risco de vida, corre?
Mila: Não, não corre, mas foi grave, eeee... ela quer me ver.
Tom: Então você vai e fica la uma semana ou duas.
Eu fiquei um pouco com medo de dizer que não.
Mila: Eu não sei quando, ou se vou conseguir voltar.
Tom: O que? Como assim não sabe se vai conseguir voltar?
Mila: Deixa eu falar, quando eu vim pra ca, foi minha mãe que me mandou, porque ela se casou de novo, ela disse que seria melhor para os meus estudos, mas na verdade ela estava me expulsando de casa pra viver com o marido. Só que o problema é que ela sempre fez isso, mas se arrepende depois, quando por algum motivo senti culpa, ela me quer de volta. Eu tenho medo de que ela não deixe eu voltar mais pra Hamburgo.
Tom: Mila, ela não pode fazer isso, você já tem uma vida aqui, seus estudos, em Dezembro você faz 18 anos, ela não pode te prender la contra a sua vontade.
Mila: Ela pode, porque eu ainda não tenho 18, Tom.

Ele olhava para os lados parecendo não saber o que fazer.
Tom: Você vai sozinha?
Mila: Vou.
Tom: Quando?
Mila: Depois de amanha.
O telefone dele começou a tocar nessa hora, ele tirou do bolso e viu que era Bill ligando.
Tom: Oi, já to indo, espera mais 1 minuto.
Mila: Tem que voltar?
Tom: Tenho. - Ele falou bufando.
Mila: Então eu já vou.
Tom: Não, escuta, passa aqui mais tarde, la pelas dez não vai ter mais ninguém aqui.
Mila: Dez horas? Eu não posso sair essa hora.
Tom: Inventa alguma coisa, fala que vai ficar na casa da Monica até mais tarde, não sei, qualquer coisa.
Mila: Pra você é fácil falar nê. Não é tão simples assim.
Tom: Eu tenho mesmo que voltar agora, mas eu quero você venha mais tarde.
Ele falou enquanto me beijava já se despedindo.
Tom: E eu ainda não te dei o troco por ontem, já se esqueceu do que eu prometi?
Mila: Que iria me fazer implorar?
Tom: Isso mesmo. Agora vai.

Ele me deu outro beijo e correu da sala enquanto eu abria a porta para sair. Fui pensando em que desculpa arrumaria para voltar la. Decidi ligar para minha tia e pedir para ficar até umas 11 da noite da casa de Monica. Eu tive de convence la que estávamos vendo um filme e que la pelas 11 terminaria, e assim que acabasse eu iria correndo para casa.
Ela engoliu e me deixou ficar. Mas eu não poderia voltar para casa agora, teria de fazer hora até poder voltar até o estúdio.
Eu fui para o parque que não ficava longe e fiquei la sentada esperando a hora passar, ainda eram 8:40 da noite.

Agora sentada sem nada para fazer, fiquei lembrando da reação dele quando eu disse que teria que ir para o Brasil, ele ficou tão sem ação que não teve como fingir indiferença, ele demonstrou ter ficado desesperado mas de uma forma muito controlada. Ele sentiria minha falta, não era de sexo que ele sentiria falta, porque por mais que eu odiasse admitir, ou pensar nisso, ele tinha sexo quando ele quisesse.

Conforme o tempo passava, e essa aproximação crescia, mais medo me dava, quando ele me machucasse novamente, me traísse, agisse como se eu fosse nada, porque isso aconteceria novamente, tenho certeza, seria mil vezes pior. Mas eu continuava aqui, e o desejo de me vingar dele usando qualquer outro já não me satisfazia, o que era ter o meu corpo pra qualquer um, se meu coração era dele? O que adiantava tentar feri lo me entregando ao Peter, se por causa dessa paixão maluca eu sempre acabava voltando pra ele?

Nós Dois - Capítulo 49



 Quando virei a rua, eu parei me encostando em um carro para tentar me acalmar, eu ria ao mesmo tempo que tentava recuperar o fôlego. Mas entre as minhas pernas ainda queimava, coloquei minha mão entre elas e apertei sentindo minha calcinha umidecida.
Meu telefone que estava no bolso começou a tocar, e claro, era ele.
Mila: Alo! - Atendi rindo.
- Você merecia uma surra, sabia?
Mila: Oooolha a violência!
- Da próxima vez você não vai conseguir fugir.
Mila: Vou me trancar em casa, quero ver o que você faz.
- Você fala assim mas tava gostando que eu sei.
Mila: Aham! - Falei quase gemendo.
- Isso, isso geme que eu to quase gozando.
Mila: O que? Você ta se masturbando no jardim?
- Claro que não, eu já entrei.
Mila: Não acredito nisso.
- Você queria que eu fizesse o que? O bichinho já tava no ponto, se eu não deixar ele sair eu posso ter sérios problemas.
Mila: Hahahaha!
- Para de rir, é sério.
Mila: Ok, eu tenho que ir pra casa, não posso ficar gemendo no meio da rua.
- Volta pra ca.
Mila: De jeito nenhum, você tem o que merece.
- Haha, você que vai ter o que você merece, vai ficar de joelhos, não, de quatro implorando pra eu parar.
Mila: Vai me fazer implorar é?
- Você sabe que, sim.
- Aaahn. - Ele gemeu parecendo estar gozando.
Mila: Tarado.
- A gente se vê!
Mila: Tchau.
- Até!

Eu voltei para casa rindo do estado que eu provavelmente o havia deixado no jardim. Quando entrei em casa minha tia estava na sala, ela me olhou estranho , eu logo achei que era por eu ter feito algo errado , e claro era exatamente o que eu estava fazendo.
Mila: Oi tia. - Falei com cautela.
Angela: Mila , a gente precisa conversar , senta aqui.

Ela me chamou pro sofá , eu fui até la e me sentei com meu coração quase saindo pela boca.
Mila: Fala tia. Aconteceu alguma coisa? Eu fiz alguma coisa?
Angela: Não , escuta , seu padrasto me ligou agora a noite...eee , ela esta no hospital com a sua mãe.
Mila: O que aconteceu com ela?
Angela: Ela sofreu um acidente de carro hoje.
Mila: Meu Deus, e como ela ta? Ela ta bem?
Angela: Ela se machucou bastante, mas não correr risco de vida.
eu não sei se me desesperava, ou se ficava aliviada por não ter nada haver com o Tom. Meus Deus como eu conseguia pensar nele agora?
Angela: Ela disse que queria ter ver. Eu falei para o seu padrasto que iria mandar você pra la.
Mila: Sim, eu posso ir, mas você vem comigo, porque eu não posso ficar la tia.
Angela: Mila, eu não vou poder ir com você querida, não tenho dinheiro suficiente para passagens para nós duas agora. E não acho que seja nescessario eu ir, mesmo.

Agora, eu ficava mesmo desesperada, eu morria de medo de ir, porque ela podia usar isso para me manter la, o acidente. Parecia ser de propósito, eu não queria ir pra la de forma alguma na minhas férias, mas agora eu era obrigada. Claro que eu sentia falta dela, e me preocupava, mas eu havia me cansado, de todas as vezes que cuidei dela enquanto ela precisava, mas depois que ela não precisava mais, me tratava como um peso na nova ida dela ao lado do novo marido.
Eu poderia ir, mas teria que me manter firme para enfrenta la.

Mila: Quando eu posso ir?
Angela: Depois de amanha eu consigo as passagens.
Mila: Tudo bem tia, eu vou até la.

No dia seguinte, já acordei ansiosa, pensando em quantos dias eu teria de ficar longe, quanto tempo seria mesmo nescessario eu ficar la, se Tom sentiria minha falta, se eu conseguiria me afastar daqui depois de ter deixado tudo no Brasil.
Ta certo que, ele já havia viajado tantas vezes e ficado longe, mas ele sabia que voltaria, quando voltaria, mas comigo agora era diferente, eu sabia que ela poderia querer me manter la, eu era menor de idade, e ela era minha mãe.

Eu liguei para Monica mais a noite para contar sobre ter de ir para o Brasil, ela ficou triste em pensar que eu talvez não voltaria.

Monica: Ha Mila, agora eu fiquei com medo porque você acha que pode não conseguir voltar?
Mila: Monica, a minha mãe, praticamente me expulsou de casa me mandando vir passar algum tempo por causa do marido, ela acabou de se casar. Eu fiquei muito chateada com isso. Ela sempre foi meio bipolar sabe? Ela faz as coisas impulsivamente, e depois quer fazer o papel de boa mãe, como se esquecesse o que fez comigo. Eu tenho certeza que agora ela já se arrependeu de ter me mandado pra ca, fica dizendo que é uma péssima mãe. Quando eu chegar la ela vai vir chorando dizendo isso, e que quer que eu fique com ela, e que vai ser diferente, mas EU SEI que quando ela estiver bem, ela vai voltar a me por em segundo plano, e eu não vou ficar indo de um lado pro outro que nem um brinquedinho na mão dela.

Monica: Nossa Mila, isso deve ser tão difícil, indiferença de mãe é a pior coisa que existe.
Mila: Você não faz ideia, eu não tenho a intenção de voltar pro Brasil, não pra viver com ela, por isso me cansou. Quando meu pai era vivo, ela raramente me tratava assim, porque ele era muito presente e a influenciava de alguma forma, mas depois que ele morreu, ela não liga mais. Mas eu sabia que ela se importava comigo para somente parecer boa mãe, ela é egoísta, sempre só pensou nela.

Monica: E a sua tia? Ela pode fazer alguma coisa? Caso sua mãe não deixe você voltar?
Mila: Não né, eu sou menor de idade, faço 18 só em Dezembro.
Monica: Pelo menos falta pouco, 5 meses. Depois disso ela não pode fazer nada.
Mila: Eu sei, mas você sabe o que me deixa mais agoniada não é? Ter de ficar longe dele.
Monica: Eu sei, vai falar pra ele sobre a viagem.
Mila: Vou, eu estava pensando em ligar pra ele daqui a pouco e perguntar se ele esta no estúdio. Mas na verdade nem sei se ele vai se importar.
Monica: De você ir para o Brasil? Claro que vai. Vai falar com ele.
Mila: Ta! Te ligo mais tarde.

Eu pensei que seria melhor passar pelo estúdio primeiro para ver se ele estava la, antes de ligar pra ele. A noite eu fui.
Quando saia pelo portão, vi Peter vindo la embaixo na rua, ele passava a mão na boca enxugando algo. Eu fui me aproximando e logo ficou claro que ele sangrava. Ao me ver ele não fez nada, já ia passando direto, mas eu o segurei.
Mila: Peter, Peter, o que aconteceu? Como você se machucou?
Peter: Não foi nada.
Mila: Claro que foi, você ta com a boca sangrando. Fala o que aconteceu.
Ele parou impaciente no portão da casa dele e me olhou irritado.
Peter: Foi ele, eu estava voltando agora do parque, ele parou com o carro ao me ver e já veio me dando um soco.
Mila: O QUE? O Tom? Mas porque?
Peter: Ha você não sabe? Foi correndo contar pra ele que eu vi ele no posto.
Mila: Ai não, eu não estou acreditando nisso.

Apesar de não estar acreditando, eu imaginava que Tom não iria deixar barato.
Peter: Ele falou "Isso é pra você aprender a não se meter na minha vida". Mas eu bati nele tambem, naquele merda.
Mila: É o que você deveria fazer, se meter menos.
Peter: Faça o que você quiser Mila, foda se, vai la cuidar dele.
Mila: Ve se cresce Peter.

Ele entrou me deixando no portão, sem dar a mínima. Eu então fui em direção ao estúdio para tentar falar com ele. Quando cheguei la, o carro dele estava estacionado na porta, o de Bill tambem. Eu me respirei fundo e peguei o celular.

- Alo!
Mila: Eu preciso falar com você, ééé, um pouco urgente.
- Eu não estou sozinho agora, mas a gente pode conversar na varanda. O que aconteceu?
Mila: Eu falo ai, tchau.
- Ok, tchau.

Eu então, fui passei em frente do estúdio pela calçada e fui pelo os fundos.

Nós Dois - Capítulo 48



 Eu não conseguia enxergar bem seu rosto, mas vi quando ele se virou para me olhar.
Mila: Ainda mantem a chave la fora?
Tom: Alguem pode precisar.
Mila: Idiota.
Ele se levantou ignorando o meu xingamento. Depois de apagar o cigarro no cinzeiro logo ao lado, ele veio até mim.
Mila: Da pra você acender a luz? Essa escuridão ta me incomodando.
Ele sem responder foi até o interuptor e acendeu, iluminando toda a varanda.
Tom: Nossa, sua pele ta diferente, o sol te fez bem. - Ele falou umidecendo os lábios.
Depois foi se aproximando aos poucos de mim.
Mila: Eu preciso falar com você.
Tom: Fala.
Ele tocou meu braço, depois foi subindo os dedos até meu ombro.
Mila: Não me..
Tom: Não o que?
Ele puxou delicadamente a alça da minha blusa junto da alça do meu sutian. Eu olhei pro teto tentando me lembrar do que dizer.
Tom: Huuum, você ficou com marquinha. - Ele falou depois beijou meu ombro.
Mila: Se afasta Tom.
Tom: Porque eu faria isso? - Ele falou ainda beijando entre meu ombro e meu pescoço.
Mila:Não me toca.
Eu falei lhe empurrando, ele se jogou para trás assustado com a minha reação.
Tom: O que ta acontecendo?
Mila: Eu disse que vim aqui pra conversar.
Tom: Então fala Mila.
ele se afastou cruzando os braços e me olhando com atenção.
Mila: Como teve coragem de me pedir pra me afastar do Peter? Quem você pensa que é?
Tom: Você veio aqui pra me dizer o que já disse? Que não vai se afastar dele?
Mila: Não somente isso, eu vim jogar na sua cara que você NUNCA vai poder me pedir isso enquanto estiver de amassos com alguma vadia dentro do carro em postos de gasolina.
Ele me encarou intrigado com o que ele imaginava que eu não sabia.
Tom: Agora é você quem anda me seguindo?
Mila: Não, eu não estava te seguindo. Então você não nega?
Tom: Negar o que?
Ele falou voltando a se aproximar de mim e tocando meu ombro novamente, me provocando. Ele sente meu corpo tremendo, o calor saindo pela minha pele, desejando que ele continuasse.
Mila: Que estava com uma garota la.
Tom: O que teria demais nisso? Se era em você que eu pensava enquanto trepava com ela.
Eu empurrei com toda força a mão dele que me acariciava agora no pescoço, o encarei furiosa. Ele parou a mão no ar e me olhou quase sorrindo.
Mila: Você é um cafajeste mesmo, eu realmente cheguei a pensar que você ao menos tentaria negar, achei que precisaria mostrar uma foto pra você admitir.
Tom: Foto? Que foto? Você tirou uma foto?
Eu fiquei em silêncio não querendo responder, só agora eu lembrava que se ele soubesse que foi Peter, não deixaria barato.
Tom: Quem iria querer me ferrar com você. - Ele perguntou pra si mesmo.
Eu continuei calada, mas era questão de segundos para esperteza dele, se eu não estava la, no posto, só havia uma pessoa que faria isso.
Tom: Peter. Foi ele, não foi?
Mila: Se você acha que vai fazer alguma coisa com ele por causa disso, saiba que eu nunca mais olho na sua cara se você tocar nele.
Tom: Você continua defendendo ele.
Mila: E eu vou defender quem? Você? Eu já tenho feito merda suficiente. Já ter engravidado uma vez já foi muito, eu poderia ter engravidado de novo.
Tom: Isso é uma coisa que a gente pode ter cuidado, eu falei que você deveria tomar remédios.
Mila: Eu não vou tomar DROGA DE REMÉDIO NENHUM. Porque se eu conseguir fazer, o que eu coloquei na minha cabeça, essa é a ultima vez que você ta me vendo.
Tom: DO QUE você ta falando?
Mila: Eu to cansada, cansada de morrer de ódio de você, e te desejar mais por isso, cansada de esquecer do meu orgulho pra você tocar em mim.
Tom: Seu orgulho? E o que EU tenho feito? Isso tudo aqui era pra ser uma merda de uma trepada ou duas, mas eu to aqui feito um idiota, fazendo coisas que eu jamais achei que faria, com a raiva fugindo do meu controle porque eu não consigo lidar com outro FILHO DA PUTA tocando em você.

Ele chutou a caixa que estava perto do sofá mordendo o lábio de raiva. Eu me mantia encostada perto da mesinha que ficava perto da entrada, e como sempre gritávamos um com outro, sempre que tínhamos que dizer algo sobre o coração era assim que fazíamos, gritando, para doer menos talvez.
Mila: Se me tem nas mãos, porque não cuida mais de mim?
Tom: Eu nunca tive você nas mãos, NUNCA, você que me teve todo tempo, inteiro nas suas mãos, rastejando. Você ainda acha que eu preciso dizer que eu estou apaixonado por você? Olha pro meu estado deprimente.
Mila: Eu sou apaixonada por você, mas isso não me impede de ir embora.
Ele me olhou respirando tão forte que parecia ter saído de uma luta, ao mesmo tempo que ele parecia feliz com a minha revelação tambem estava agoniado.
Tom: Eu não posso deixar você ir embora, desculpa mas eu não posso.
Ele saiu de onde estava, um pouco distante de mim, e foi se aproximando de onde eu me encolhia perto da mesa.
Ele tocou meu rosto, eu me encolhi não querendo ceder, seu rosto se aproximou rapidamente do meu não me deixando escolha.
Mila: Não..Nã...
Ele me beijou me segurando pela cintura e juntando meu corpo no seu. Joguei meus ombros para trás tentando recuar, mas ele mantia minha cintura grudada na dele, e seu beijo deixava claro o quanto ele precisava de mim, tanto quanto eu precisava dele.
Ele se curvava por causa de sua altura para me beijar, e eu me curvava tentando desviar, mas o beijava tambem, na mesma intensidade. Estávamos quase caindo no chão da varanda.
Tom: Faz o que quiser comigo, faz.
Ele falou sussurrando no meu ouvido. Senti vontade de desmaiar, como era possível esse desejo me invadir de uma forma tão rápida? Ele era viciante, me assustava o que somente um sorriso dele me fazia sentir, eu jamais conseguiria fugir dele.
Mila: Me solta, me solta, eu tenho que ir.

Eu tentava falar enquanto ele me beijava, mas quase não conseguia pronunciar essas palavras. Ele já havia puxado as alças do meu sutian e esfregava meus seios em seu peito.
Mas por mais que eu quisesse me entregar, eu tinha de fugir, agora. Eu fui me afastando até a porta, com ele ainda me agarrando pela cintura e me beijando. No meio do caminho eu tive de parar porque ele me inclinou para trás para beijar meus seios, beijar não, chupar, me deixando sem ação, completamente maluca.
Eu gemi o agarrando pelo pescoço.

Tom: Huuu..huuuum. - Ele gemia ao lamber o bico do meu seio.
Mila: Pa..para pelo amor de Deus.
Eu consegui chegar até a porta e com a mão que tinha livre segurei na maçaneta e puxei para abrir, quando tentei me afastar, ele percebeu que eu tentava abri a porta.
Tom: Não, não, o que você ta fazendo?
Mila: Eu não posso ficar.
Tom: Claro que você pode.
Ele me puxou novamente contra seu peito, quase quebrando minha coluna ao meio. Eu tentei puxar a porta do mesmo jeito, mas ele a empurrou levando meu braço junto.
Tom: Não me deixa aqui desse jeito.
Mila: Você pode ir atrás de outra pra matar a sua fome.
Ele parou de me beijar me olhando nos olhos.
Tom: É isso que você quer?
Mila:Nã..não. Mas é o que você vai fazer.
Tom: Não, eu não vou, eu quero você, não quero mais ninguem.
Mila: Eu não posso ficar.
Falei abrindo a porta e tentando sair, eu consegui chegar até o gramado, mas ele me segurou pela cintura me arrastando para perto da porta.
Mila: Ta loco? Me solta, alguem pode ve...
Ele me calou me beijando novamente, me engolindo, tudo voltou ao silencio novamente, só nossos gemidos é que se podiam ouvir.
Eu apertava minhas mãos nas suas costas e por dentro da calça o puxando contra mim. E ele aproveitando minha distração, já conseguia abrir meu short e tentava abaixa lo.
Mila: Tom, para, para.
Tom: Eu quero você nua.
Mila: Ai me Deus.
Eu tirei suas mãos que puxavam meu short e as coloquei envoltas na minha cintura.
Mila: Camisinha, você tem de pegar uma.

E incrivelmente, como se tivesse certeza do que iria acontecer, ele tinha uma no bolso, quando ele por algum segundos abaixou para pegar no bolso da calça, eu consegui me desviar e correr.
Quase senti suas mãos rápidas me agarrarem, mas ele não conseguiu.
Eu corri feito loca sem olhar para trás, quando chegava quase ana rua, olhei para trás, Ele estava em pé com as mãos na cabeça parado no mesmo lugar. Devia estar explodindo de ódio.

Nós Dois - Capítulo 47



 Pela manha, eu acordei meio automaticamente, sem vontade nenhuma, me levantei e fui me arrumar para ir para praia. Só quando fui me trocar que lembrei que estava menstruada.
Mila: Merda.
Procurei na gaveta algum absorvente interno, eu tinha alguns que eu nunca havia usado. Peguei e tentei colocar. Era estranho, um troço de algodão seco, foi difícil colocar, me fazendo rir a cada tentativa que falhava.
Mila: Caramba, como eu empurro esse negocio?
Depois de muita luta e quase morrer de tanto rir, de nervoso, claro, eu consegui colocar o cotoquinho de algodão.
Coloquei meu biquini que havia trazido do Brasil, uma blusa de alça e um short.
Quando cheguei na casa de Monica, ela logo notou meu inexistente animo, e deduziu logo o que poderia ser.
Monica: Haaa, posso perguntar o que aconteceu? Ela falou se sentando no sofá ao meu lado.
Mila: To cansada.
Monica: Do que?
Mila: Monica, acredita que depois de tudo, da noite que eu passei com ele, das conversas, ontem ele estava com outra?
Monica: Sério? E como você sabe?
Mila: Peter viu ele no posto com uma garota no carro.
Monica: Haaa Mila..
Mila: Não, não é mentira, ele tirou uma foto com o celular.
Monica: Que merda.
Mila: Quando eu penso que algo vai mudar, na verdade nada vai, vá continuar como foi desde o inicio.
Monica: Você havia me dito pelo telefone que vocês discutiram, não foi? Quando você veio embora.
Mila: Sim, por causa do Peter.
Monica: E por qual outro motivo você acha que ele fez isso? Ta explicado.
Mila: Droga, mas eu não transei com o Peter, só disse que não deixaria de falar com ele por causa de ciumes.
Monica: Ai Mila, você sabe que eu não sei mais o que pensar nem dizer sobre isso. Só vocês dois podem se resolver.
Mila: Já ta resolvido. Mais tarde, eu vou tentar falar com ele.
Monica: Vai dizer o que?
Mila: Na hora eu vejo, dependendo do que ele falar.

Quando chegamos na praia, fiquei mais animada por ver areia e mar. Não estava muito cheia, tinha bastante crianças, já que era período de férias.
Monica logo tirou a roupa para cair na agua, eu já ia fazer o mesmo, quando olhei por seu biquíni estilo europeu, que era muito diferente do meu, que era estilo brasileiro. Ótimo, que legal, eu não teria coragem de aparecer com esse meu biquine na frente dos pais da Monica.
Tirei somente a blusa e fiquei com o short.
Monica: O que foi? Não vai tirar o short?
Mila: Não da, meu biquini é muito indecente.
Monica: Hahaha, é fio dental?
Mila: Nããão, claro que não, mas não é no estilo de vocês, ele é mais pequeno. E tambem eu to menstruada, é melhor mesmo não tirar.
Monica: Mas você não esta com absorvente interno?
Mila: To, mas é melhor assim mesmo.
Monica: Ta bom , mas vamos pra agua.
Ela sai me arrastando pela mão, e se jogou comigo na primeira onda. Eu levantei da agua com o cabelo todo na cara e tentando achar a mão dela pra me apoiar.
Mila: Mo...ni..caaaaa! - Falei engasgando com o cabelo.
Monica:Hahahaha, to aqui.

Nós ficamos bastante tempo na agua, meu short todo molhado e meu cabelo cheio de areia por causa das brincadeiras sem noção da Monica.
Quando voltamos para a areia e nos sentamos, um pouco afastados dos pais de Monica, meu celular começou a tocar. Eu peguei de dentro da bolsa e atendi, era Tom.

Mila: Alo!
- Oi!
Mila: O que foi?
- Eu precisava te ver.
Mila: Precisava? Não precisa mais?
- Continuo precisando.
Mila: Que bom que você ligou, eu preciso falar com você.
- Fala.
Mila: Agora não da.
- Você ta em alguma festa? - Ele falou notando o barulho em volta.
Mila: Não, estou na praia com a Monica.
- Huuum, só vocês duas?
Mila: O Peter não veio!
- Huum, você ta muito arisca hoje, devo me preocupar?
Mila: Sempre.
Ele riu no telefone, fazendo minha pulsação acelerar de ódio.
- To te esperando mais tarde aqui no estúdio então.
Mila: Não se anima não ta bom.
- Porque? Vai me bater?
Mila: É o que você merece.
Monica ao meu lado tentava disfarçar, mas já estava rindo com a minha cara de ódio.
- Vem bater então.
Ele falou arrastando a voz, quase sussurrando, mas com a voz ainda grossa.
Mila: Até mais tarde.

Eu desliguei e quase gritei de ódio depois.
Monica: Nossa, que foi?
Mila: Ele não presta Monica, ai que ódio.
Monica: Você vai mais tarde la mesmo?
Mila: Vou, eu tenho que falar com ele, só não queria que fosse sozinha com ele no estúdio.
Monica: Porque?
Mila: Porque...porque. Porque eu fico surda e muda quando ele coloca aquelas mãos sujas em cima de mim, e isso não vai acontecer hoje.

Nós almoçamos em um restaurante na praia com os pais de Monica, e no final da tarde voltamos para casa.
Quando cheguei minha tia logo notou a corzinha que eu tinha pegado.
Angela: Nooossa, quanta diferença, pegou uma cor legal hein, parece até mais feliz e saudável.
Mila: Haha, saudável pode ser.
Angela: Porque?
Mila: Nada não tia, ééé, eu vou subir e tomar um banho pra tirar esse sal do corpo.

Depois do banho, coloquei um outro short jeans, evitei colocar saia, e uma blusa de alça rosa. Desci já eram 8:30 da noite, jantei e sai. Disse a minha tia que iria dar uma volta, ela não se importou.
Quando fui chegando na rua do estúdio, me lembrei de que ele provavelmente havia tirado a chave do esconderijo que eu pegava para entrar pelos fundos. Merda, eu não iria bater na porta da frente, não mesmo. Mas mesmo assim fui pelos fundos. Fui passando pelo gramado até chegar na porta, pensei em bater primeiramente, mas decidi procurar pela chave, eu passei a mão pela abertura perto da porta onde ele ficava, e ela ainda estava la.
Mila: Haha, não acredito nisso, ele colocou de volta.

Eu abri a porta e entrei, como sempre estava escuro nessa parte, mas não completamente, ele já estava la me esperando, notei pelo cigarro aceso. Eu suspirei firme tentando me concentrar, merda, porque sempre era tão fácil quando eu planejava fazer uma coisa, mas na frente dele tudo parecia fugir da minha cabeça?

Nós Dois - Capítulo 46



 Na manha seguinte, eu acordei sentindo algo estranho no colchão, pensei seriamente estar sofrendo um aborto como da outra vez, foi a primeira coisa que pensei.
Eu me levantei e me descobrir para olhar o colchão. Logo abaixo da minha virilha o colchão tinha uma mancha não muito grande de sangue. Eu suspirei fundo, mas logo comecei a me desesperar. O sangramento era pequeno, só podia ter sido por causa do remédio que tomei ontem, mas me preocupava.
Eu corri para o banheiro para me lavar. Peguei o chuveirinho e me lavei, conforme o sangue descia fui percebendo que se tratava na verdade da minha menstruação, e não de um sangramento incomum.

Mila: Oh Deus, só pode ser isso, espero.
Depois de colocar um absorvente, eu tirei o lençol da cama e desci com ele para a lavanderia. Minha tia não estava em casa, então rapidamente coloquei ele na maquina e liguei para lavar.

Durante a semana, 3 dias depois da gente ter se visto, enquanto eu passava pela porta do estúdio, ele me ligou. Eu estava de patins andando pelo bairro. Peguei o celular do meu bolso e fiquei olhando o visor com o nome "Tom" piscando. O celular não parava de tocar, mas não atendi, coloquei novamente no bolso e deixei ele vibrando.
Na porta do estúdio, estava o carro dele, de Bill, e uma BMW, que deveria ser de Gustav ou Georg. Menos de um minuto depois de eu ter ignorado a chamada, o telefone voltou a tocar. Eu ignorei, e deixei tocando.
Quando eu chegava no portão de casa, o telefone voltou a tocar, mas agora era uma mensagem, eu peguei e abri, era dele.

- Eu ainda te pego.

Eu fiquei rindo imaginado a hora que ele me pegasse.
Ele não me ligou mais durante essa semana, se tinha desistido de me procurar, eu não sei. Mas se me procurasse, não iria obter nenhum resultado positivo.
No meu quarto, já deitada na cama, eu fiquei lembrando da noite na casa dele. Do momento que cheguei mais próxima de arrancar tudo que eu queria dele. Dizer que eu bato em sei peito no lugar do seu coração, talvez fosse a coisa mais romântica que eu poderia ouvir dele, isso havia ficado na minha cabeça,e ficava martelando la dentro.

Eu poderia dizer agora o que eu realmente sentia por ele? Porque eu nunca havia dito, na verdade eu havia dito muito menos que ele. E talvez como ele mesmo havia dito, como poderia dizer algo se eu sempre o machucava? Mas e eu? Não sofria tambem? Adiantaria mesmo, eu dizer tudo que esta engasgado aqui? O que eu sabia e já havia entendido, era que não importava quantas vezes ele dissesse que era apaixonado por mim, ele não queria isso, não queria sentir o que sente, e faria de tudo para provar pra si mesmo que tem o controle, isso implicava em me magoar, em me mostrar o quanto eu não era importante pra ele.
Por enquato da minha boca, ele só ouviria uma incerteza, como a duvida que ele sempre me deixava quando ia embora.

Sábado a tarde Monica me ligou me chamando para eu ir com ela, o pai e a mãe, até a praia nesse Domingo. Eu fiquei entusiasmada pra ir, desde o Brasil que eu não ia a uma praia, seria divertido ir com Monica. Nós combinamos então, amanha de manha eu iria até a casa dela e depois iríamos no carro dos seus pais.
Falei com minha tia sobre, e ela gostou bastante da ideia. na hora do jantar ficamos conversando sobre. ela havia feito carne de panela com batatas, eu amava quando ela fazia, suas mãos ainda cozinhavam com aquele tempero brasileiro, me sentia melhor ao me lembrar de casa, dos bons momentos, claro, quando meu pai ainda era vivo.

Meu celular que estava em cima da mesa começou a vibrar. Eu pensei logo em atender, mas olhei primeiro o visor, era Peter me ligando. Olhei para minha tia para ver se ela não se importava se eu atendesse na hora do jantar.
Angela: Não tem problema não, pode atender.
Mila: Ta, só um instante.

Me levantei e fui para a porta da cozinha.
Mila: Fala Peter!
- Oi Mila, eu estou aqui no posto de gasolina. Parece que esse mundo é mesmo pequeno não é?
Mila: Porque ta dizendo isso.
Falei indo em direção a sala.
- Eu estou aqui no posto, abastecendo meu carro, e logo do outro lado, vejo o seu querido namorado.
Mila: Ele não é meu namorado.
- Concerteza não, porque se fosse, ele não estaria aos amassos dentro do carro com uma loira peituda. Consigo ver claramente daqui.

Meu primeiro pensamento foi acreditar em Peter, mas eu sei que ele poderia fazer qualquer coisa para me provocar, porque ele sabia que Tom não admitia muita coisa que fazia.
Mila: Você não te o que fazer Peter? Precisa disso pra chamar minha atenção? Só é pior pra você.
- Acha que eu to mentindo? Quer que eu mande a foto que eu acabei de tirar?
Eu gelei, uma foto mudava tudo, comecei a suar e meu coração se apertou quase me derrubando. Não era possível, que ele estava fazendo isso.
Mila: Manda!
Segundos depois o celular recebeu a mensagem. Eu segurei por alguns instantes antes de abrir, com medo do que sentiria ao ver o que ele fazia nesse exato momento.
Clicei em abrir, e apareceu em zoom Tom e a garrota se beijando. Ele no carro segurando ao volante, enquanto ela o segurava pelo pescoço bastante empolgada com o beijo.
Eu suspirei tão fundo que meu pulmão chegou a doer, mas eu não podia chorar, não podia dar esse gostinho ao Peter.
Mila: Feliz?
- Não, eu não fico feliz em te ver magoada por causa dele, queria que fosse por minha causa que você se magoasse. Mas fazendo isso é o único jeito de mostrar pra você que tudo isso que você protege é inútil, ele não liga pra você.
Mila: Quem é você pra dizer algo sobre o que eu tenho com ele? Você não sabe nada. Não pode dizer nada sobre o que ele sente.
- Não, mas posso dizer sobre o que eu vejo, e ele não merece você, você é muito mais forte, e se rebaixa por causa dele.
Mila: Você não entendeu ainda, eu não me rebaixo, porque eu não tenho medo de me apaixonar, porque eu tenho o controle disso, é ele que não tem, é ele que vem atrás de mim.
- Claro, mas mesmo assim ele vive te traindo.
Mila: Não sou namorada dele Peter. E FODA SE o que ele esta fazendo agora.

Desliguei na cara de Peter, e quase joguei o celular longe. Subi correndo por quarto quase enlouquecendo só de imaginar que enquanto eu estava aqui morrendo de ódio, ele estava só no inicio da noite excitante que ele teria com a tal loira peituda.
Coloquei as mãos nos meus seios imaginando se eram maiores que os meus, que não eram enormes, mas que eram um pouco exagerados.
Mas que merda o que eu to fazendo, tentando me comprar a essa vagabunda?

Eu não sabia o que fazer agora, me sentia como a idiota que sempre fui. Dei uma desculpa qualquer pra minha tia e subi mais cedo para dormir. Depois de tomar banho, me deitei e fiquei olhando por visor do telefone, ele geralmente me ligava no Sábado, mas agora estava fazendo coisa melhor.
Será mesmo que era por isso? Como eu não havia respondido a nenhuma de suas ligações, ele foi atrás de quem o quisesse? E que treparia com ele com a maior boa vontade do mundo, e fizesse tudo que ele quisesse.

Mas consegui me acalmar, eu tinha que pensar em algo, algo pra acabar com isso. Eu estava tentada a provoca lo de alguma forma, mas eu não podia fazer isso. Me lembrei do dia eu passei na casa dele, do quanto foi intimo, do quanto foi nosso. Mas ele fazia questão de destruir tudo isso, colocando mais outras 10 garotas entre nós dois. Eu estava cansada, das injustiças, cansada de ter de ignorar o que ele fazia porque não resistia ao seu toque, que sempre parecia o ultimo, como um ultimo gole de whiskey para um viciado, era só mais um pouco antes de dizer Adeus, mas nunca era na verdade.

Nós Dois - Capítulo 45



 Eu parei assustada com a batida da porta e não disse nada. Ele ainda apoiava a mão na porta não me deixando passar.
Tom: Olha pra mim.
Ele falou delicadamente, eu então olhei.
Tom: A gente não precisa brigar.
Mila: Eu vou esperar la fora.
Tom: Não, não vai.
Mila: Eu VOU esperar la fora.
Tom: Não, você NÃO vai.
Eu o empurrei para que saísse da frente da porta, mas meu esforço foi em vão, ele com facilidade me pegou pelos braços e me arrastou até a cama me jogando nela, e depois caindo por cima de mim.
Mila: Sai de cima de mim.
Tom: Não adianta ficar bravinha, só me deixa com mais tesão.
Mila: Termina de se vestir fazendo o favor, eu quero ir pra casa.
Ele riu do meu jeito irritado e fixou o olhar na minha boca, me ignorando completamente, que odio.
Tom: Porque ta vermelha? - Ele falou sorrindo.
Mila: Porque estou com ódio.
Tom: Porque esta com ódio? Eu disse alguma coisa pra te deixar desse jeito?
Mila: Não precisa dizer muita coisa.
Ele lentamente se aproximava da minha boca, alem de me provocar desse jeito, ele mantia sua cintura roçando entre as minhas pernas.
Eu já estava louca para beija lo novamente, eu admirei seus lábios se aproximarem dos meus e me preparei para beija lo.
Tom: Vou terminar de me arrumar.
Ele falou se levantando e me deixando daquele jeito na cama, e como se tivesse me dado a lição que eu merecia, ele me olhou satisfeito, enquanto se arrumava. Eu observei que seu pénis estava duro enquanto ele vestia a calça. Ele me encarou ao me ver observando e riu.
Tom: A conversa não terminou ainda. - Ele falou, depois piscou pra mim.
Eu mordi o lábio e o encarei enfezada. Ele pegou seu maço de cigarros e seu telefone.
Ele já se dirigia para porta, quando eu me levantei e antes dele abrir a porta eu a puxei com toda força empurrando contra ele, nem olhei para ver se machucou.
Já dentro do carro, quando saímos da rua dele, lembrei que tinhamos de passar em alguma farmácia, acabamos falando ao mesmo tempo.
Mila e Tom: Nós te...
Tom: Que passar na farmácia.
Mila: Que bom que você se lembrou agora. - Nos olhamos depois dizer.
Não muito depois perto do centro encontramos uma farmácia. Ele parou em frente e depois de estacionar, ele pegou 100 euros da carteira e me entregou.
Mila: Não custa tudo isso.
Tom: Não sei quanto custa, leva isso.
Eu desci do carro e fui em direção a farmácia, Tom colocou os óculos escuros e fechou o vidro.
Sem muito alarde, pedi logo para o farmaceutico a tal pílula. Ele me entregou a caixa pequena, e eu então paguei.
Mila: Obrigada. - Falei com a cabeça um pouco baixa.
Voltei para carro e logo depois de lhe devolver o troco, abri a caixa e peguei o comprimido, havia uma garrafa com agua em cima do painel, que eu peguei para ajudar a engolir. Tom tomou a caixa da minha mão para ler o que estava escrito.
Tom: Hey, hey, espera, lê primeiro antes de tomar.
Mila: Nem pensar, não quero esperar.
Eu tomei logo o remédio, me sentindo um pouco mais aliviada. Na caixa só havia um comprimido. Tom deu partida no carro para me levar para casa.
Tom: A gente tinha conversado uma vez sobre você tomar anticoncepcional, lembra?
Mila: Eu não vou tomar anticoncepcional.
Tom: E porque não? - Ele falou indignado.
Mila: VOCÊ que lembre de usar camisinha na próxima vez. Isso se houver uma próxima vez.
Tom:Porra, até agora eu não entendi o porque dessa irritação toda. Foi porque eu disse que não queria que você visse mais o idiota do Peter?
Mila: O problema, é que você NÃO TEM esse direito, entendeu agora?
Tom: Caralho, qual é o problema agora? Porque ta defendendo ele? Isso já me irritou.

Ele bateu com força no volante mostrando estar muito irritado, e eu do banco, tentava manter o controle, eu sabia o que estava fazendo, queria mesmo vê lo irritado. Eu estava mesmo afim de tirar proveito disso, se deixa lo com ódio de mim o fazia despejar tudo que ele tentava manter em segredo, eu manteria. Eu queria vê lo louco de ódio, e rastejando.
Tom: Você não vai me responder?
Mila: O que?
Eu quase ri depois dessa. Ele se virou pra frente bufando e rindo tambem, porque sabia que eu estava fazendo de propósito.
Ele foi o caminho que faltava ate minha casa mordendo de raiva e se segurando pra não explodir de odio.
Eu fingia indiferença, amando tudo isso.
Chegando perto da minina casa, ele parou o carro bem antes da minha esquina. Ele olhou para rua e para os lados, depois tirou o sinto para me beijar. Eu me afastei um pouco com a aproximidade de seu corpo, mas acho que ele pensou que eu pretendia me encostar para facilitar alguma coisa. Antes de me beijar, ele colocou uma das mãos entre as minhas pernas e apertou, eu a segurei tentando tirar, na verdade querendo que ele apertasse mais. Ele parou de me beijar estranhando minha reação.
Tom: O que foi? - Ele falou me olhando estranho.
Mila: Eu tenho que ir agora. - Falei tentando parecer fria.
Ele ficou em silêncio me encarando de um jeito tenso, ficando ofegante de repente.
Tom: Vai logo. - Ele falou se afastando.
Eu abri a porta e sai do carro, ele foi embora com o carro me deixando sozinha na rua.

Fui pensando o que ele poderia estar achando do que eu tinha feito, intencionalmente, é claro, pra que ele realmente pensasse que eu sentia algo por Peter. Na verdade nem eu sabia o que eu realmente sentia por Peter, na maioria do tempo, eu estava irritada com ele. Mas eu sinceramente agora estava um pouco surpresa pelo meu auto controle, acho que tudo que ele fazia pra me machucar estava fazendo um efeito ainda maior, a ponto de o melhor a se fazer era se afastar.
Eu o desejava com todas as minhas forças, mas o nojo de estar no meio de todas essas outras com quem ele saia, só crescia, eu me sentia acuada, e nunca conseguia me sentir por cima, porque meu coração doía, e tentar mostrar para ele que isso me magoava, até agora não havia surtido efeito, então seria o contrario. Ele precisava acreditar que estava me perdendo. Definitivamente.
Eu cheguei em casa um pouco desconfiada, olhando para os lados, mas não havia ninguem na sala, eu já ia subindo para o meu quarto, quando minha tia me chamou da cozinha.
Angela: Mila, é você? Vem até aqui.
Eu fui, e quando cheguei la, gelei dos pés a cabeça. Peter estava la com ela, ele me olhou sério, mas não disse nada. Eu olhei para minha tia que parecia estar normal.
Mila: Oi! - Falei desconfiada.
Angela: Peter veio da casa da Monica agora, e disse que você já estava vindo.
Eu olhei pra ele mordendo o lábio, querendo explodir de ódio, concerteza eu não deixaria essa passar, depois ele iria se ver comigo.
Mila: Ha é, foi.
Peter: Pois é.
Mila: E o que você ta fazendo aqui?
Peter: Eu vim pegar algumas revistas pra minha mãe, da sua tia.
Ele ja sabia de tudo, que eu havia mentido, que não havia dormido na casa de Monica, e concerteza sabia o porque da mentira, porque eu havia passado a noite na casa do Tom.
Angela: Mila, ta tudo bem? Você parece pálida.
Mila: Ham, ta tudo bem sim, deve ser falta de sol. - Falei encarando Peter.

Ele ficava parado la com as mãos para trás, se portando como se fosse superior a alguma coisa.
Angela: Ha minha filha, agora que esta fazendo calor você poderia sair mais para se divertir, ir a praia.
Mila: Em Hamburgo?
Angela: Sim, você pode ir com a Monica e os pais dela, eles sempre vão.
Mila: É, quem sabe..ééé, eu vou subir.

Quando cheguei na sala, percebi que Peter vinha atrás de mim.
Mila: O que foi Peter?
Peter: Queria falar com você.
Mila: Fala.
Peter: Quer que eu fale aqui pra sua tia ouvir?
Mila: Olha aqui, se você ta achando que eu te devo alguma satisfação por ter mentido, Peter, sai fora.
Peter: Não é isso, só acho que você anda se arriscando demais. Sua tia poderia ter ligado pra Monica. Hoje quando eu passei aqui ela disse que iria ligar para a Monica.
Mila: Ai você ficou sabendo que eu estava na casa da Monica, e foi la pra se certificar, não foi?
Peter: Se acha que eu fui la pra poder me certificar se você realmente estava la, sim eu fui, mas ja imaginava que poderia ser mentira.
Mila: Fala baixo. Mas que droga, o que você tem haver com isso?
Peter: Eu não tenho nada, é verdade, e eu poderia ter contado pra sua tia, mas eu não fiz isso.
Mila: Claro que não, você prefere jogar na minha cara, não é.
Peter: Não..
Mila:Olha aqui, isso já passou do limite, eu não quero mais você bisbilhotando o que eu faço ou deixo de fazer, se você continuar tomando conta da minha vida, até uma amizade vai ser difícil entre eu e você. Você entendeu?
Peter: Eu já coloquei isso na minha cabeça.
Mila: Não é o que parece, ou já se esqueceu do outro dia? Em que você me agarrou bêbado no jardim da sua casa? Isso tambem conta, eu ainda não sei porque eu olha pra sua cara.
Peter: Deve ser porque você tem uma certa queda por cafagestes.
Mila: Para de falar desse jeito Peter, parece que você quer ser como o Tom.
Ele me olhou enfezado com o que eu acabava de dizer, balançando a cabeça, ele olhou pro lado e mordeu o lábio irritado.
Peter: Ok, faça o que você quiser da sua vida, não tenho nada com isso.
Ele saiu pela porta a deixando aberta.
Mila: Finalmente percebeu isso. - Falei batendo a porta.

Nós Dois - Capítulo 44



 Quando acordei, a luz do sol ainda não entrava pela janela, as cortinas estavam fechadas impedindo a luz de entrar. Eu olhei em volta, depois olhei para minha cintura, o braço de Tom me enroscava em um abraço. Dormimos abraçados. Eu tentei olhar para trás mas ele estava grudado em mim, me abraçando forte e me mantendo bem perto de seu peito nu, seu corpo nu. Fiquei um tempo olhando em volta e sentindo sua pele quente encostando na minha. Pela primeira vez eu sentia paz em estar com ele, todas as vezes que havíamos nos encontrado eram situações urgentes, ontem havia sido muito diferente. O que me deixava sempre com medo, porque apesar de sempre saber que no final sempre acabaríamos nos beijando e nos atracando feito dois animais, era sempre doloroso depois.
Eu me inclinei para olhar no relógio de pulso que ele havia deixado na mesinha ao lado, e ele então se mexeu suspirando e resmungando.

Mila: Caramba, 10 horas da manha.
Tom: Huuuum.
Mila: Tom, já são dez horas.
Tom: Ainda é ceeedo.
Ele falou sem tirar o braço de cima mim, e ainda me aproximando mais dele como seu eu fosse seu ursinho de pelúcia.
Mila: Ai caramba, eu não posso demorar pra voltar pra casa.
Tom: Porque? Você ta na casa da Monica, sua tia não vai se importar. - Ele falou ainda morrendo de sono.
Mila: Não, eu não estou na casa da Monica, e quanto mais eu demorar fora de casa, mais fácil fica pra ela descobrir onde eu estou.
Tom: Não.
Mila: Não o que?
Tom: Você não vai sair daqui agora.
Eu ri e relaxei novamente no colchão. Ele passou a mão que me abraçava na cintura pra debaixo do lençol e foi descendo. Depois de coloca la no meio das minha pernas, ele ficou brincando com o dedo na minha entrada. Logo eu comecei a sentir seu pénis se enrigecer me tocanto por tras, ele me puxou contra sua cintura me segurando por onde ele tocava.
Mila: Tom, Tom, espera.
Tom: O que foi?
Mila: A gente transou sem camisinha, de novo, a noite toda.
Ele relaxou o corpo e olhando pro teto preocupado falou.
Tom: Me desculpa, eu nunca penso nisso na hora.
Mila: A gente não pode se esquecer disso. Meu Deus, se eu ficar gravida de novo, eu não sei o que pode acontecer.
Tom: Quando eu for te levar pra casa, a gente passa em uma farmácia, eu compro aquela pílula do dia seguinte, não precisa de receita.
Mila: É verdade, eu não havia pensado nisso, a gente não pode esquecer, pelo amor de Deus, isso me deixou preocupada agora.
Tom: Huuum, ontem você não estava preocupada.
Mila: Mas agora eu estou, e muito.

Ele se levantou rapidamente e se esticou até a outra mesinha ao lado pegando uma camisinha, eu me virei de costas enquanto ele a colocava rapidamente, depois me puxou contra sua cintura me penetrando.
Tom: Aaaah, isso é muito bom. - Ele falou no meu ouvido.
Ele me segurou pela perna a erguendo para que eu me abrisse mais. Eu me segurei no travesseiro fechando os olhos deixando ele meter. Algumas de suas tranças caíram por cima de meu pescoço, seu rosto estava quase colado ao meu, eu então o segurei pela cabeça. Ele apertou seu rosto contra meu, beijando meu pescoço algumas vezes.
Puxei sua mão que me segurava pelo ventre e a apertei em meu seio, ele o segurou firme intensificando os movimentos.
Tom: Geme mais alto pra mim, geme.
Era facil gemer mais alto, e pra ele, era fácil provocar tais gemidos incontroláveis em mim. Ainda ardia a penetração por causa de ontem a noite. A cada metida que ele dava e me apertava pelo quadril eu sentia um calafrio.
Ele gozou fazendo seu gemido alto de prazer ecoar pelo quarto. Ele ainda me segurava contra seu corpo até parar completamente de se mexer dentro de mim.
Ele se afastou se levantando e se sentando na beirada da cama, eu me virei para olhar enquanto ele tirava a camisinha e ia até o banheiro.

Ele voltou do banheiro já vestindo um short de algodão, parou da porta e ficou me olhando.
Tom: Quer comer alguma coisa?
Mila: Uhum.
Ele ficou esperando eu me levantar, e me olhava enquanto eu procurava alguma peça de roupa. Eu vesti minha calcinha e minha blusa de alça que eu havia vestido por debaixo de minha blusa com mangas. Ele foi na minha frente até a cozinha, chegando la, ele foi até a geladeira.
Eu me encostei na bancada da pia enquanto ele mexia na geladeira do outro lado da mesa que dividia o espaço da cozinha.
Tom: Huuum, eu tenho yogurte, cereal, sorvete..
Mila: Sorvete, eu gosto de comer sorvete quando acordo.
Tom: Haha, mesmo? Ta bom.

Ele pegou o pote de sorvete de morango, e depois fechou a geladeira. Eu me sentei na bancada enquanto ele pegava uma colher na gaveta logo ao meu lado, depois ele abriu o pote se virando pra mim.
Ele se enfiou no meio das minhas pernas e depois de pegar um pouco do sorvete, me deu na boca, depois ele comeu um pouco da mesma colher.
Ele sorria feito um menino pra mim enquanto me dava o sorvete na boca. Depois de beijar meu ombro amostra, ele colocou um pouco do sorvete sobre a minha pele e lambeu. Quando seu rosto passava perto do meu eu lhe dei um beijo no canto da boca, ele se virou me beijando encostando minha cabeça no armário que ficava logo atrás. Eu dobrei meu joelho colocando minha perna em cima da bancada, ele deslizou a mão pela minha coxa a acariciando, subindo e descendo.

Tom: Você já esta de férias não é?
Mila: Uhum.
Tom: Você tinha falado algo sobre ir até o Brasil, sobre a sua mãe.
Mila: Sim, eu falei, mas eu não vou para o Brasil, não agora. Peter me cha...
Ele me encarou com atenção ao ouvir o nome de Peter. Droga, agora que eu havia começado, teria de continuar.
Tom: Peter...o que?
Mila: Ele havia me chamado para ir até a Áustria, pra casa de uma tia.
Tom:E...
Mila: E o que?
Tom: Você vai?
Eu olhei pra ele claramente intimidada pelo jeito que ele me olhava agora, esperando eu despejar tudo que eu ainda escondia dele.
Mila: Eu to pensando. - Falei pegando um pouco do sorvete e colocando a boca.
Tom: Eu não quero mais que ele chegue perto de você.
Ele colocou o pote de lado e apoiou as mãos na minhas pernas.
Mila: Porque?
Tom: Porque sim.
Mila: Ele é meu amigo.
Tom: Cacete Mila, ele não é seu amigo, ele não quer sua amizade, merda.
Mila: Porque você esta se alterando? Não pode me pedir para me afastar dele, nem de quem quer que seja.
Tom: Você sabe que ele não quer amizade com você, você não é idiota.
Mila: Digamos que eu saiba muito bem o que ele quer, e dai? E se mesmo assim eu não quiser me afastar?
Tom: Então é assim? Sabe porque eu fodo com cada garota que eu quero trepar? Exatamente por isso.
Isso sempre me dava um aperto no peito e uma vontade loca de bater nele, quando falava dessa forma de outras garotas.
Mila: Por isso o que? Porque eu transei com o Peter você sai transando com essas vagabundas que você cata em qualquer canto?
Tom: Você acha que deve se preocupar com todas essas garotas que eu nem se quer me lembro do nome? Enquanto você só fala no babaca do Peter?
Mila: Então é isso? Você tem medo que eu me apaixone pelo Peter? Que o deseje mais do que desejo você?
Ele saiu do meio das minhas pernas e se encostou na mesa que ficava logo a frente da bancada.
Tom: Você é apaixonada por mim?
Eu o fitei tentando pensar no que dizer, se eu respondesse a verdade, o que eu não queria, eu me enfraqueceria, se eu não quisesse responder, eu estaria admitindo que sim, e se dissesse que não, ele veria nos meus olhos a mentira.
Mila: O que você acha? Já que sabe tudo.
Tom: Eu nunca poderia responder por você, eu não consigo sentir que você é minha, você esta sempre escorrendo entre meus dedos.
Mila: Eu não vou deixar de ver o Peter.
Tom: Merda, você não me respondeu. - Ele falou levantando a voz, quase gritando.
Mila: Entenda uma coisa, ser apaixonada por você, no meu caso, não significa que eu estarei sempre aqui pra você.
Eu desci da bancada e fui em direção ao quarto, ele veio andando apressadamente atrás de mim.
Tom: O que você vai fazer?
Mila: Me leva pra casa, eu já devia ter voltado.
Tom: Você vai embora assim? Depois de tudo? Depois de ontem?
Mila: Você quer que eu faça o que?
Tom: Ok, foda se.

Ele jogou a roupa para se vestir em cima da cama e em seguida foi até o armário pegar um tenis.
Eu me vesti rapidamente sem olhar para ele ou prestar atenção no que ele fazia. Depois que me vesti fui em direção a porta aberta para sair. Ele voou em direção a porta e a bateu com toda força me impedindo de sair.

Nós Dois - Capítulo 43

Ele se deitou ao meu lado exausto e respirando fundo. Eu me virei de lado e fiquei olhando para seu rosto que olhava para o teto. Ele virou a cabeça pra mim e me encarou tambem. Não dissemos e não fizemos absolutamente nada alem de nos olharmos. Pela primeira vez ele me permitia olhar pra ele dessa forma, sem medo.
Sem que eu esperasse, ele tocou meu rosto acariciando minha bochecha. Meu Deus como eu me enganava subestimando o que a gente vivia, reduzindo a atração sexual. O que sentíamos, como ele mesmo havia dito, era algo, maior, pior.
Mila: Você lembra do que você disse? Quando eu perguntei se era paixão o que você sentia por mim?
Tom: Lembro.
Mila: O que pode ser pior?
Tom: Você quer que eu de uma nome pra isso?
Mila: Pode ser.
Tom: Não sei como chamar.
Mila: O que você sente então?
Ele olhou pro teto novamente pensando. Eu esperava ansiosa pela resposta, eu poderia me aproveitar agora para extrair dele tudo que eu precisava ouvir.
Tom: Sinto como se eu não tivesse mais um coração. - Ele fez uma pausa. - Parece ser você batendo aqui dentro.
Eu gelei ao ouvir isso, fiquei paralisada tentando captar e entender o que isso significava.
Mila: Pensei que você me tivesse nas mãos.
Tom: Não, você me tem. E o mais ridículo é que, eu deixo, deixo isso acontecer, sinto prazer em ser esse idiota por sua causa.
Ele se sentou na cama e pegou o cigarro, acendendo logo depois.
Mila: Tudo isso é culpa minha então?
Tom: Não, é minha, você só dificulta.
Eu me sentei ao lado dele na cama e fiquei olhando ele tragar o cigarro. Me curvei até seu pescoço e comecei a beija lo. Ele tragou o cigarro mais uma vez fechando os olhos enquanto eu o beijava, e depois o colocou no cinzeiro. Ao se virar pra mim, ele olhou para os meus seios depois me encarou novamente.
Tom: Eu preciso tomar um banho, vem comigo.

Ele me puxou pela mão até o banheiro que ficava no quarto mesmo. Ele abriu o chuveiro e depois de entrar no box me chamou. A agua quente o molhou primeiro, depois a mim, encharcando meu cabelo.
Ele me virou de costas, e depois de afastar meu cabelo molhado das costas, ele começou a beijar minha nuca. Descendo pelas costas eles continuou se abaixando até beijar meu corpo inteiro até em baixo.
Quando ele subiu novamente, eu me virei pra ele. Olhando pro seu rosto molhado e seus olhos me olhando daquela forma, me lembrei de alguns anos atrás. Tentei buscar na minha cabeça o que eu me lembrava do Tom Kaulitz de 16, 17 anos, quando eu havia conhecido a banda. Eu nunca havia me lembrado de dizer algo sobre isso a Tom, até agora.

Mila: Ééé, eu queria te falar uma coisa, importante.
Tom: Muito importante? - Ele falou rindo e beijando minha boca.
Mila: Na verdade não muito, quer dizer, pra mim nunca teve muita relevância.
Tom: Fala!
Mila: Eu já sabia quem você era antes de te conhecer, eu fui fan da sua banda.
Ele afastou o rosto para me olhar.
Tom: Foi? E porque deixou de ser?
Mila: Não deixei de ser na verdade, eu só não dava muita bola.
Tom: Quem era o seu favorito?
Mila: Hahaha, ta brincando que você não se importa?
Tom: Porque eu me importaria? Ha essa altura do campeonato? Você já esta nua, dentro do meu banheiro, já provou do meu corpinho, o que eu vou fazer?
Mila: Hahahaha, não pode fazer nada mesmo.
Tom: Responde o que eu te perguntei.
Mila: O que?
Tom: Quem era o seu favorito?
Mila: Haha, você acha que era você?
Tom: E não era?
Eu fiquei olhando ele dar aquele sorrisinho convencido esperando a minha resposta, eu comecei a rir.
Mila: Ok, era, mas..
Tom: Hahaha, claro que era, você já sabia que eu era irresistível, inevitável, eu já sabia.
Mila: Meu Deus, você é tão convencido.
Tom: Vem ca.

Ridiculamente ele vinha pra cima de mim me pegando pelo pescoço e me beijando, digo ridículo porque eu era tão ridícula, ele com sua atitude de posse sobre mim, e eu aqui adorando isso. Mas eu adorava saber que ele sabia, que eu era dele.
Eu o afastei o encostando na parede de azulejos, me abaixei beijando seu peito, os contornos da sua barriga, chegando na sua cintura ele me segurou pelo cabelo me fazendo parar.
Eu comecei a chupa lo, o fazendo gemer intensamente quando eu sugava a cabeça do seu pau e depois brincava com a minha língua em torno dele.
Ele me levantou me segurando pelo braço e me jogou de costas contra parede, me imprensou me penetrando rapidamente. Apoiei minhas mãos na parede e empinei meu traseiro que ele puxava contra ele com força chegando a me provocar dor.
Eu gemia quase implorando para ele parar.
Tom: Ta machucando?
Mila: Ta, mas pode machucar.
Ele tirou um pouco de dentro de mim e ficou brincando de esfregar seu membro na minha entrada, eu fechei os olhos encostando minha testa na parede.
Tom: Ta bom assim?
Mila:Não para, continua.
Ele voltou a me penetrar voltando a mesma velocidade de antes, eu continuava com minha a testa encostada no azulejo quase delirando de tanto prazer enquanto ele gozava. Exausto e ofegante ele puxou meu rosto de lado e me chupou a língua.

Quando saímos do chuveiro, ele me enrolou junto dele na única toalha que havia e veio me trazendo pra cama. Eu puxei a toalha dele e o empurrei pra cama, ele caiu de frente pra mim sorrindo daquele jeito que me deixava louca. Eu ainda segurando a toalha a joguei em cima dele que a pegou e logo depois a jogou no chão.
Tom: Hey, sobe, aqui sobe. Ele apontou pro seu colo.
Eu subi correndo em cima da cama e me preparei para sentar, ele rindo pediu que eu parasse.
Tom: Não, não, espera, eu tava brincando, me da um tempo, se não eu não aguento.
Mila:Eu sabia que você não iria aguentar.
Tom: Sabia é?
Ele me segurou me jogando deitada no colchão e deitando por cima de mim. Nossos corpos ainda estavam molhados do banho, molhando as cobertas. Eu o empurrei e entrei por debaixo do cobertor, ele veio comigo.
Mila: Eu to com frio.
Tom: Vem aqui.
Ele me abraçou por debaixo do cobertor e me apertou contra seu peito, acho que esse estava sendo o momento mais "romântico" que nós vivíamos, ele me esquentando do frio, como todo casal ficava, de conchinha na cama. Suas pernas roçavam nas minhas e sua cintura no meu traseiro.
Mila: Tom, posso te perguntar uma coisa?
Tom: Pergunta.
Mila: Quando você sai com essas outras garotas, o que você faz?
Tom: Ham? Como assim o que eu faço?
Mila: Eu queria saber exatamente o que, você não me pergunta do Peter? Então, eu quero saber tambem.
Tom: O que isso importa?
Mila: Eu quero saber caramba, você leva essas garotas pra um motel, transa no carro, como é?
Tom: Eu não vou te contar isso.
Mila: E porque não?
Tom: Qual o prazer que você tem em saber o que eu faço com as garotas que eu saio?
Mila: Ainda sai?
Tom: Ai caramba, essa conversa ta indo pra direção errada, eu não vou falar e pronto.
Mila: Eu falo o que você queria saber sobre eu e o Peter.
Tom: Eu não quero saber nada. Esquece isso.
Ele falou irritado, jogou a coberta que o cobria para o meu lado e se levantou.
Mila: Porque ta irritado? Eu que deveria estar, não você. Eu não vivo transando com todos os garotos que eu vejo por ai.
Tom: Você ta afim de me provocar não é, mas que mania.
Mila: Ok, mas eu estou certa, você só tem o Peter pra se preocupar, deveria ficar mais tranquilo.
Tom: Cala boca.
Mila: Vem calar.
Ele parou no meio do quarto me olhando feio. Eu o encarei mostrando nem um pouco de intimidação. Tirei a coberta de cima de mim e me deitei novamente olhando pra ele. Ele riu e depois olhou pra baixo.
Ele veio devagar na minha direção e me segurou pela perna que ele puxou pra beirada da cama.
Mila: Aaai, assim você me machuca.
Tom: Você não presta, sabia?
Mila: Vem aqui, vem.

Abri minhas pernas o provocando, ele olhou entre elas, depois se apoiando no meu joelho ele se deitou por cima de mim. Enrosquei meus braços em volta do seu pescoço deixando ele deslizar devagar pra dentro de mim. Respirando perto da minha boca, ele começou a gemer me olhando nos olhos.
Tom: Você ta tão molhadinha.
Eu revirei os olhos, não sei como consegui corar ao ouvir, eu raramente ficava constrangida com essas coisas "sujas" que ele dizia.
Ele mordia o lábio entre uma metida e outra, eu amava olhar pra ele quando via o prazer em seus olhos, desejo que sentia por mim.

Quando consegui alcançar suas costas, finquei minhas unhas com força, ele gemeu de dor e me olhou rindo.
Tom: Maluca.
Eu ri da cara de assustado dele, continuei deslizando minhas unhas pela suas costas.No seu braço que ele apoiava no colchão perto do meu rosto, pude ver que seus pelos estavam arrepiados. Fiquei coçando de leve suas costas enquanto ele continuava a se movimentar, indo e vindo.
Tom: Isso, coça mais um pouco.
Mila: Aqui tambem ta coçando.
Tom: Onde? - Ele falou rindo.
Mila: Aqui dentro.
Ele meteu com força me provocando um grito, eu fechei os olhos tentando aguentar.
Tom: Assim ta bom?
Mila: Mais fundo.
Ele novamente meteu com força fazendo a cama andar para trás, eu gritei novamente, mas tentei me segurar, eu comecei a gargalhar por causa da brincadeira, ele tambem.
Tom: Sua pervertida. - Ele falou rindo.

Caindo por cima de mim, ele voltou a me beijar com nossas línguas brincando uma com a outra. Seu gemido começou a ficar mais intenso, ainda respirando e gemendo na minha boca, ele gozou. Seu corpo deitou sobre o meu exausto e pingando suor, assim como o meu.
Seu membro ainda pulsava dentro de mim, relaxando aos poucos. Ele afogou o rosto no colchão ofegante, depois voltou o rosto de frente para o meu.
Tom: Pode dizer, minha cama é resistente ou não é?
Mila: Hahaha. Muito resistente.

Ele saiu devagar de dentro de mim, e enquanto ele saia, agora eu sentia que começava a arder por dentro. Eu fiz cara de dor, e ele percebeu.
Tom: O que foi?
Mila: Ta ardendo um pouquinho.
Tom: É? Me espera de baixo do cobertor.
Ele foi até o banheiro enquanto eu ia para a cabeceira e me cobria. Quando ele voltou, foi entrando pela lateral por debaixo das cobertas.
Eu fiquei rindo ver ele animadamente se cobrir inteiro. Por de baixo, senti ele afastar minhas pernas com as mãos.
Mila: Hey, o que você vai fa...aaaahn.
Ele chupou alguma coisa la em baixo e depois assoprou, eu quase desmaiei ao sentir seu hálito entre minhas pernas, em algum lugar que eu não conseguia identificar muito bem, porque tudo la em baixo parecia ainda estar dormente.
Segurando nas minhas coxas, ele continuava brincando com sua língua, eu apertava com tanta força o travesseiro que poderia rasga lo somente com dois dedos.
Mila: Para, para. - Tentei falar enquanto gemia.
Ele levantou a coberta me olhando. Ao levantar a coberta, eu olhei para ele, que ainda limpava o canto da boca com a língua.
Tom: O que aconteceu?
Mila: Chega, para, deita aqui, ou eu te mato daqui a pouco.
Ele saiu do meio das minhas pernas e se deitou ao meu lado, me abraçando por trás ele colou seu rosto no meu.
Tom: Desculpa, minha língua é um pouco descontrolada. - Ele falou rindo.
Mila: Hahaha, percebi, ok.

Depois de relaxar no colchão, foi que percebi o quanto o meu corpo estava cansado, meus músculos, daqui algumas horas, concerteza começariam a doer, já era visível algumas marcas pelo o meu corpo.
Ficamos conversando besteiras e lembrando de algumas maluquices que fizemos até agora. Ele continuava abraçado comigo, com sua mão agarrada a minha, com seus dedos entrelaçados nos meus. As vezes parávamos de falar e nos beijamos, algumas vezes bem lentamente, explorado a boca um do outro, outras vezes com paixão, fazendo seu coração acelerar, eu conseguia sentir com seu peito grudado em minhas costas.

Nós Dois - Capítulo 42



 Quando entrei no quarto, vi de frente uma cama de casal, toda de madeira clara e alta. Quando me virei, a parede de frente para a cama era toda grafitada. E do outro lado da cama perto da janela, havia vários ténis jogados no chão.
Ele deixou o quarto a meia luz, tirou algumas peças de roupas que estavam jogadas em cima da cama.
Eu ainda olhava em volta, quando Tom de repente me deu um puxão vindo de não sei la onde.

Mila: Ai meu Deus. Não precisa me dar esse tranco.

Ele me abraçou pela cintura e me dava chupões no pescoço que estava me deixando fora mim. Eu tentei me erguer mas ele me puxava pela cintura fazendo meu corpo cair para trás. Ele me apertava contra sua cintura me fazendo gemer, ele tambem gemia.
Eu puxei seu rosto pro meu, e o beijei, ele me segurou pelo pescoço me beijando enlouquecidamente.
Foi me arrastando até a cama e me soltou me jogando no colchão. Ele parecia não querer perder mesmo tempo. Em seguida ele tirou a camisa e jogou no chão. Eu estava com as pernas um pouco recolhidas, antes de voltar a se jogar em cima de mim, ele me puxou pelas pernas me arrastando pelo colchão até a beirada da cama.
Mila: Ta com pressa? - Ele me olhou mordendo a língua.
Tom: Muita. A gente tem pouco tempo.
Mila: Eu vou ficar até amanha.
Ele me encarou rindo mas não disse nada. Como assim? Foi isso que eu entendi? Ele queria fazer o que comigo até amanha?

Antes de subir na cama, ele veio subindo beijando minhas pernas, continuou passando pela minha virilha, minha barriga e chegando ao meu pescoço.
Ele se afastou novamente para poder tirar a calça e todo o resto.
Tom: Tira, tira tudo.

Ele ficou completamente nu na minha frente, e depois apressadamente me ajudou a tirar tudo tambem. Depois que tirei minha saia, ele puxou minha calcinha, a ultima peça que restava.
Ao me apertar forte nas coxas, ele suspirou fundo me olhando nua na cama, me admirando, não tinha como eu não me sentir bem com isso. Eu nunca tinha ficado tão nervosa em fazer isso com ele, tinha um clima diferente nós estávamos em um lugar tão pessoal, diferente das outras vezes.
Ele se esticou até uma gaveta ainda me segurando pela perna e pegou uma camisinha. Ele colocou de frente pra mim depois se apoiou no colchão ficando em cima de mim. Eu me contrai um pouco, mas ele suspendeu minha perna e depois me penetrou. Eu me segurei no colchão gemendo ao mesmo tempo que ele. Uma das suas mãos segurou a minha apertando com força, enquanto ele se movimentava indo e vindo de dentro de mim.
Ele segurou minhas pernas me puxando contra seu membro. Me surpreendi com o quanto eu estava elástica, ele abria minhas pernas para admirar sua cintura entre elas. E eu quase morrendo de prazer no colchão.
Tom: Mais alto, geme mais alto, aqui você pode gritar. - Ele falou me encarando.
Ele meteu com força fazendo meu corpo ir para trás em cima do colchão, eu quase gritava, e ele satisfeito gemia tambem.
Eu ergui minha cabeça olhando para o teto, ele caiu por cima de mim me chupando os seios, segurei em sua cabeça passando os dedos entre as tranças que caiam sobre minha barriga.
Ele estava se entregando de uma forma tão intensa pra mim, que até me assustava.
Seu corpo me invadia por completo, roubando minhas forças.
Eu peguei na bunda dele e apertei, com as duas mãos. Ele me olhou rindo e gemendo ao mesmo tempo, gemer e sorrir ao mesmo tempo era covardia, não sei o que me excitava mais, depois continuou a beijar meu pescoço.
Ele pingava suor em cima de mim, depois ele voltou a ficar de joelhos e aumentando a velocidade meteu até gozar. Ele voltou a cair por cima de mim novamente ofegando no meu ouvido, e eu no dele, tentando recuperar minhas forças.

Ele me beijou de uma forma suave, depois caiu deitado do meu lado. Tirou a camisinha e depois de dar um nó nela ele jogou no chão. Se esticou até a mesinha ao lado e pegou um cigarro. Eu me virei de bruços e continuei deitada. Ele se encostou na cabeceira sentado e ao tragar me olhava nua deitada na cama, e eu olhava pra ele.

Mila: Você já trouxe alguma garota pra ca? - Ele me olhou sorrindo.
Tom: Não, Bill não gosta.
Mila: E comigo ele não se importou?
Tom: Não.
Mila: E porque não? - Ele respirou fundo um pouco irritado com a minha insistência, mas sorriu depois.
Tom: Porque, ele já conhece você, e acha você legal, enfim.
Mila: E você, o que você acha?
Tom: Sobre você?
Mila: É ué.
Tom: Eu acho que você merecia minha confiança.
Mila: Se eu fosse você não confiaria tanto.
Tom: Isso quer dizer o que?
Mila: Imagina! Bom, eu não estou interessada em roubar seus ténis e guitarras.
Tom: Se você fala de fidelidade, nós dois sabemos muito bem que não somos muito bom nisso.
Mila: Você concerteza não. Apesar que você deva se preocupar mais com o Peter do que imagina.
Tom: Chega com a brincadeira.
Mila: O que eu to fazendo? Você sabe muito bem que não adianta ficar com ódio dele. Sim eu vou continuar ficando com ele, até quando eu achar que deva, você não pode fazer nada em relação a isso.
Ele não respondeu mais, sabendo que se respondesse eu continuaria a falar de Peter. Ele se concentrou no cigarro ignorando o assunto e não olhou mais pra mim.
Eu dobrei os joelhos pra cima e fique balançando meus pés, ainda olhando pra ele. Eu empinei meu traseiro como se me espreguiçasse no colchão, ele voltou a me olhar sério mantendo a atenção no meu corpo.

Tom: Vem ca.
Mila: Vem aqui me pegar.
Ele apagou o cigarro na mesinha ao lado depois voltou a me encarar. Esperando que eu me distraisse. Sem que eu esperasse ele voou para cima de mim pra tentar me segurar, eu pulei do colchão e consegui escapar pelo outro lado.
Mila: O que foi? Não consegue me pegar? - Ele riu ofegando.

Ele correu pelo outro lado da cama tentando me cercar, eu ameacei correr para o outro lado, ele então pulou por cima da cama e correu atrás de mim. Eu só consegui dar alguns passos, ele me agarrou pelas costas segurando minha cintura e me jogou com força contra a comoda que ficava abaixo do espelho pendurado na parede. Eu cai por cima dela apoiando minhas mãos, tentei me erguer novamente mas ele forçou minha coluna pra frente para que eu me debruçasse sobre o móvel de madeira.
Tom: Não me provoca, escutou?
Ele desceu as mãos pelo meio das minhas pernas e me puxou contra ele, eu continuava debruçada sentindo ele me tocar. Ele deslizou as mãos dos meus seios até descer novamente para minha cintura, depois me puxou novamente mas agora senti ele deslizando devagar pra dentro de mim, eu quase desmaiei em cima da comoda, relaxei meu corpo e deixei ele meter do jeito que queria.

Eu sentia que ele havia ficado mesmo com ódio da minha provocação. Sua cintura batia com força contra meu traseiro, fazendo meu corpo se inclinar para frente, e a comoda bater contra parede fazendo barulho.
Ele suspendeu minha cabeça me puxando de leve pelo cabelo, me fazendo olhar pelo espelho. Eu o encarei e ele me encarava de volta mordendo o lábio atravez do espelho.
Eu segurei em sua mão que apertava meu quadril, fechei os olhos tentando aguentar sem desmaiar, porque doia quando ele entrava com força.
Ele puxou meu corpo contra seu peito e com as mãos me tocava de frente para o espelho, sua boca gemia em meu ouvido e me encarava pelo espelho, eu fechei os olhos deixando ele me comandar.
Em seguida ele foi me puxando até a cama e me jogou de bruços em cima do colchão. Ele deitou por cima de mim me penetrando novamente.
Tom: Ta gostando? Ou ta machucando?
Mila: Os dois.
Eu rebolei um pouco fazendo ele gemer. Ele parou de se mexer dentro de mim deixando que eu me movimentasse sozinha.
Tom: Como faz isso comigo?
Mila: O que?
Tom: Me deixar maluco. - Sussurrou no meu ouvido.
Mila: Juro que não é a minha intenção.
Ele me virou de frente, e ao me ver sorrindo, sorriu tambem, seus olhos olhavam intensamente pra mim. Eu rocei minhas pernas suavemente em volta da sua cintura o acariciando. Ele voltou a se mexer, entrando e saindo de dentro de mim, respirando seu desejo na minha boca.
Mila: Você tambem me deixa maluca.
Tom: Huuuum, é bom saber disso. - Ele falou sussurrando na minha boca. - Mais o que?
Mila: Eu fico molhada só de pensar nas suas mãos me tocando, na sua boca me lambendo, do seu pau deslizando dentro de mim.
Ele gemeu aumentando a velocidade aos poucos, logo depois ele gozou relaxando o corpo sobre meu. Sua boca ofegando me roubou um beijo, e assim ficamos, lentamente nos beijando.

Nós Dois - Capítulo 41



 Eu cheguei em casa bastante assustada com o comportamento de Peter. Quando percebi, estava tremendo dos pés a cabeça. Jamais imaginei que Peter poderia agir dessa forma. Eu estava um pouco acostumada com o temperamento explosivo do Tom, mas não com Peter. Sera que o problema era comigo? Seria minha culpa todo esse descontrole de ambos?

Eu subi pro quarto. Antes passei pela porta da minha tia para avisar que havia chegado. Fui pro meu quarto pensar no que fazer. Primeiro se eu ia ou não pra casa de Tom amanha, e no que fazer depois dessa reação de Peter. Primeiro, a partir de agora, eu teria de evitar o máximo por Tom e Peter frente a frente. Por mais que isso me tirasse do sério, a maneira como Peter queria se sentir dono de mim, eu sabia que eu tinha a minha parte na culpa. E não, não era a maior parte, porque qualquer outro no lugar de Peter já teria desistido. Foi o que eu tentei fazer, mas, todos os "não" que disse a Peter pareceram não fazer efeito nenhum, e um único "sim", foi o suficiente para chegar onde chegou.
Ainda não era dez da noite, resolvi ligar logo para Monica. Eu inconscientemente já aceitava fazer essa loucura de "fugir" para a casa do Tom amanha.

Mila: Monica, eu preciso te pedir uma coisa?
- Hum, fala!
Mila: Preciso que conte uma mentirinha pra mim, quer dizer, só se perguntarem na verdade, mas acho que isso não vai acontecer.
- Ai ai ai, fala o que é?
Mila: Que se por acaso minha tia perguntar, amanha eu vou dormir na sua casa.
- Ok, ta, mas se é mentira que você vai dormir na minha casa, você vai dormir onde?
Mila: Tom quer me levar pra casa dele.
- Affe, mas é claro, nem sei porque eu perguntei, na casa do Peter que não seria, claro.
Mila: Você faz isso por mim?
-Cara, isso é sério? Espera ai, deixa ver se eu capto a mensagem, ele veio atrás de você de novo, depois de tudo que aconteceu, do que ele disse?
Mila: Na verdade agora a noite, eu que fui atrás dele.
- Mas naquele dia, ele que foi atrás de você, na sua casa.
Mila: Isso quer dizer alguma coisa?
- Haaam, acho que você sabe o que quer dizer.
Mila: Eu tenho medo quando as cosias começam a ficar bem. Quando a gente fica mais de dois dias sem brigar. Ou quando ele parece estar cedendo, entende?
- E você deve ter muito cuidado com isso. Mesmo que ele seje louco por você, e te deseje como nunca desejou ninguem, ele luta contra isso, já percebeu não é?
Mila: Acho que sim.

No dia seguinte, passei o dia nervosa imaginando como seria conhecer a casa dele. Encontrei minha tia na cozinha, que me olhou estranho ao me ver sorridente.
Angela: Haaaam. Ta tudo bem?
Mila: Ta sim. Éééé, tia eu posso dormir hoje na casa do T..ééé da Monica.
Putz eu quase me ferrei agora, idiota.
Angela: Claro, você esta de férias, é uma boa ideia.
Mila: Hehe, é já estou de férias, obrigada tia.

Logo depois eu corri para o quarto e peguei minha bolsa de médio porte para juntar algumas coisas. Peguei minha escova de dentes, uma calcinha, uma blusa e uma saia jeans. Acho que era suficiente. Eu estava tão entusiasmada, primeiro porque passaria uma noite na casa dele, e tinha tambem tantas outras coisas, a confiança em me levar pra la, passar uma noite inteira com ele sem me preocupar em voltar pra casa. A única vez que havíamos ficado juntos em um quarto, foi na vez em que ele veio até a casa da minha tia naquela noite em que ela saiu, depois nunca mais. Desde então só foram brigas e na maioria das vezes só conseguimos estar juntos dentro do carro e algumas vezes corridas no estúdio.

As 7:50 eu me despedi de minha tia e fui para o portão. Quando eu ainda fechava olhei, na direção da esquina. Ele já estava la esperando, com o Cadillac. Isso me dava um ódio, ele estava la mesmo sem saber se eu iria ou não, sem ao menos ter combinado direito comigo ou perguntado se eu poderia ou não. Eu odiava quando ele mostrava ter o controle da situação.
Eu fui andando apressada até la, olhando algumas vezes para trás. De repente Peter poderia estar me vigiando.
Entrei no carro, e quando olhei pra ele, ele sorria satisfeito. Depois se inclinou até mim para me beijar, mas de repente, antes de conseguir beija lo, levei uma lambida na buchecha.
Mila: Meu Deus que susto.
O cachorro dele estava no banco de trás. Tom fez carinho na cabeça dele e o puxou para que se sentasse.
Tom: Mila Chippu, Chippu Mila.
Mila: Foi ele que te perturbava naquele dia no telefone?
Tom: Foi!
Mila: Mas que coisa linda. Porque você trouxe ele?
Tom: Não queria deixar ele sozinho em casa. Bill foi com os outros pra casa da minha mãe.
Ele olhou pra mim dando aquele sorrisinho de canto de boca.
O cachorro era branco com manchas pretas, e enorme. Eu não consegui conversar com o Tom quase o caminho todo. Até Tom se imputecer com o animo do cachorro comigo e mandar ele ficar quieto.
Tom: Vem ca.

Ele falou ainda dirigindo e tirando os olhos rapidamente da pista. Eu me inclinei e lhe dei um beijo, ele me beijava e ao mesmo tento tentava olhar pra frente. Eu continuei debruçada sobre seu banco beijando seu pescoço e brincando com sua orelha enquanto ele dirigia. Ele ficou rindo tentando manter a concentração. Eu desci minha mão pro meio da suas pernas, ele se encolheu e me olhou mordendo o lábio.
Mila: Olha pra freeeente.
Ele se virou me deixando toca lo. Coloquei minha mão por dentro de sua calça segurando seu pau, depois subindo e descendo. Ele se contorcia algumas vezes, me fazendo rir.
Eu apertei um pouco mais forte, ele se encolheu no banco soltando um gemido.
Tom: Mila, para, para, eu vou acabar batendo.
Eu fui tirar minha mão, mas ele segurou não deixando. Eu olhei pra ele sem entender.
Tom: Pode ficar com a mão, só não mexe muito. Em casa a gente continua.
Ele sorriu depois me beijou.

A situação era estranha, e muito intima ao mesmo tempo. Parecíamos um casal de namorados. Ele com todo entusiasmo do mundo me levava pra casa dele. Ainda era difícil entender todo esse interesse que ele tinha por mim.
Quando chegamos, entramos primeiro por um portão que era coberto, depois o carro passou por um caminho que levava até uma garagem meio coberta ao lado da casa. Quando abri a porta o cachorro saiu correndo para o gramado e ficou esperando todo elétrico por mim e Tom.
Tom jogou o brinquedo que estava dentro do carro pra ele, depois se virou para trancar a porta.
Na frente havia uma grande gramado, eu fui pra la brincar com o cachorro que estava doido por atenção. Tom brincou um pouco com ele, mas, mais me assistiu brincar com o cachorro do que brincou junto. Ele parecia estar impaciente.
Tom: Mila, vamos entrar?
Mila: Espera ai, não ta vendo que ele quer brincar?
Tom: É, eu tambem quero.
Eu olhei pra ele fazendo cara feia.
Tom: O que foi?
Ele foi entrando pela porta da frente me chamando com a mão. Eu deixei o cachorro la fora e entrei. Quando entrei olhei em volta, reparei que a casa não parecia em nada com uma casa de dois garotos solteiros, era bem arrumadinha.
Tom foi andando por um corredor depois de uma sala com uma mesa de jantar, eu fui atrás. Ele entrou em quarto, o quarto dele.

Nós Dois - Capítulo 40

Tom pensava no que fazer enquanto Bill o chamava. Eu desci minha mão e segurei em seu pau, apertando e fazendo movimentos de subir e descer. Ele me olhou não se aguentando de rir e nervoso ao mesmo tempo.
Tom: Eu tenho que dizer alguma coisa, ele não vai entrar sem mim.
Mila: Então fala.
Ele segurou minha mão que o apertava para que eu parasse de mexer com ele.
Tom: Bill, eu estou aqui atrás. - Ele gritou.
Bill: Ham? O que você ta fazendo ai?
Tom: Eu estou com a Mila.
Mila: Nããão. - Falei baixinho.
Bill: Haaaam, ok...Oi Mila.
Mila: Haaaa..Oi Bill.
Bill falava da porta enquanto nós dois estávamos escondidos na lateral do estúdio perto das plantas e árvores.
Bill: Não demora, ok!
Tom: Eu já vou.

Eu apertei seu pau com minha mão, Tom se contraiu e segurou minha mão. Eu continuei os movimentos, ele olhou pra mim enquanto eu subia e descia com minha mão. Seus olhos percorreram meu pescoço, meu decote desejando mais.
Ele encostou a cabeça na parede enquanto eu o mantia preso. A nossa volta estava tudo quase completamente escuro, só a luz da entrada iluminava um pouco, mas não o suficiente para nos verem ali.
Com meus movimentos ele acabou gozando, ainda gemendo ele me puxou para me beijar. Eu abaixei novamente, colocando seu pau em minha boca e chupando seu liquido até o final. Acho que em uma situação normal eu sentiria nojo disso, mas com ele isso não acontecia.

Tom: Vem ca!
Ele me puxou novamente me levantando. Agora ele me encostou contra a parede.
Tom: Eu queria passar uma noite com você.
Mila: Hum?
Tom: Uma noite, uma noite inteira, no meu quarto, você nua, eu tambem.
Mila: Haha? Ta loco? Como?
Tom: Sei la, você podia dizer que vai dormir na casa de uma amiga, da Monica talvez.
Mila: Ta falando sério?
Tom: Claro que eu to.
Mila: Huum, não se daria certo.
Tom: O que tem demais? Seria só uma noite. Nós nunca conseguimos ficar uma noite juntos tranquilos pra fazer o que a gente quiser.
Mila: Ta, você não precisa tentar me convencer. O problema é como as coisas estavam antes.
Tom: Não entendi.
Mila: Ta, eu admito que vim aqui hoje por impulso..
Tom: Ta dizendo que se arrependeu de ter vindo aqui?
Mila: Espera, deixa eu falar. Lembra o que aconteceu da ultima vez que a gente esteve junto? O que você me disse? Você disse que NÃO queria me ver mais.
Tom: Isso já faz mais de 2 meses.
Mila: E dai? Isso apaga o quanto eu fiquei magoada?
Tom: Porque ficou magoada? Porque gosta de mim? Porque é apaixonada por mim?
Mila: Que eu no mínimo gosto de você é bem óbvio.
Tom: É, disso eu já sabia.
Ele riu e passou a língua pelo piercing ao falar isso, encostado na parede eu lhe dei um soco no peito, ele segurou meus punhos apertando de leve.
Mila: Eu acho que você deveria pelo menos uma vez na vida escutar seu irmão, e pedir desculpas.
Tom: Haaa, você ouviu.
Mila: Sim, e desde o inicio tem sido assim. Eu não vou mais magoar o Peter..
Tom: Haaaaaaa, tava bom demais, tinha que falar desse idiota.
Mila: Não fala dele assim.
Tom: Para de defender aquele babaca.
Mila: Caramba, esquece, quanto mais eu peço mais você xinga.
Tom: Que bom que você entendeu. Eu tenho que entrar.
Mila: Espera.

Eu o segurei pelo braço antes dele sair para a luz que iluminava a entrada. Ele quase me levou junto, eu não tinha muita força para segura lo. Pensei em falar alguma coisa enquanto ele me olhava esperando que eu dissesse. Eu só consegui pensar em uma coisa.
Mila: Putz, não me olha assim. - Gostoso pra cacete. Eu pensei.
Tom: Te pego na sua esquina amanha as 8. E te devolvo no dia seguinte.
Ele se soltou da minha mão e foi andando em direção a porta da entrada.
Mila: Toooom, não, volta aqui. Eu não vou. Merda.
Ele sorriu pra mim e entrou.
Mila: Droga, eu vou bater nele.

Voltei pra casa puta da vida. Claro que eu poderia não aparecer amanha e deixar ele me esperando na esquina. Mas passar uma noite inteira com sozihna com ele, era inrresistivel. Justo agora, quando eu achava que as coisas encaminhavam para o pior ele vinha e me desconsertava como sempre fazia. Parece que não importava o quanto machucávamos um ao outro, tudo parecia não importar mais quando nossas bocas estavam coladas, sua pele na minha. Porque tudo era sempre superável? Até o ciumes? Ninguem conseguia desviar da minha cabeça um segundo se quer o quanto eu precisava dele. E acho que acontecia o mesmo com ele.

Inevitavelmente cheguei rindo pelos cotovelos na porta de casa. Distraída não percebi Peter se aproximar saindo do quintal de sua casa. Ele me segurou pelo braço e me olhou furioso.
Mila: Peter? Me solta. Porque ta apertando meu braço?
Peter: Quantas vezes ele vai fazer isso com você e você vai esquecer?
Mila: Peter, você esta me machucando.
Ele não me soltou, ao invés disso saiu me arrastando até a lateral da sua casa onde era fechado e escuro. Ele me encostou na parede e contra minha vontade tentou me beijar.
Mila: Me solta, me solta.
Peter: Nunca mais me deixou tocar em você. Porque ele pode? Porque eu não posso?
Mila: Você esta fora de si, me solta. Você bebeu?
Ele concerteza havia bebido, eu sentia claramente o cheiro de álcool saindo de sua boca que tentava me beijar.
Mila: Eu beijei você.
Peter: Não, isso não é o suficiente, eu quero mais.

Ele agora me segurou com mais força contra parede. Eu me encolhia apertando os braços na frente do peito. Ele estava muito alterado e isso estava me assustando, muito.
Mila: Nós somos amigos Peter, quando você vai entender isso.
Peter: Eu não quero ser seu amigo. Droga Mila.
Mila: Nem isso você vai ser se continuar me machucando, como ta fazendo agora.
Peter: Mas não é isso que você gosta? Que te machuquem?
Mila: ME SOLTA!
Ele ignorou o que eu disse, parecia ignorar tudo que eu dizia. eu tentava empurra lo, mas o espaço onde estávamos não era grande o suficiente para faze lo se afastar muito. Ele desceu que segurava meu pescoço para tentar me beijar, para meu quadril me puxando contra sua cintura, depois as desceu para minhas pernas tentando levantar minha saia. Eu então comecei a lutar de verdade contra suas mãos que tentavam me agarrar de todo jeito.
Mila: PARA, ME SOLTA.

Gritei auto o suficiente para mãe de Peter ouvir de dentro da casa. Ele chamou o nome de Peter e perguntou o que estava acontecendo na garagem. Ele parou de me agarrar, mas ainda me segurando contra seu peito.
Eu pensei em dizer, antes que ele voltasse a me beijar novamente, que essa boca que ele tentava beijar, a alguns minutos chupava enlouquecidamente o pau do Tom. Ele mudaria de ideia bem rápido.

Peter: Não é nada mãe, já vou entrar.
Mila: Me solta Peter, ou eu vou gritar que você esta tentando me estuprar.
Peter: Eu não estou tentando te estuprar.
Mila: Não? Então isso que você ta fazendo contra minha vontade é o que?
Peter: Eu não queria fazer isso. Me desculpa.
Ele se afastou de mim encostando em algumas caixas empilhadas perto da parede.
Peter: Eu só queria que você parasse de pensar um pouco naquele desgraçado e olhasse pra mim.
Mila: Me desculpa, se eu não posso fazer nada quanto a isso. Eu não gosto de te magoar Peter, não é de propósito.
Peter: Mas parece.
Eu fiquei encostada na parede ouvindo soltar quase um desabafo. Mas eu odiava me sentir culpada por isso, porque na verdade, apesar de eu ter tido culpa por te dado chance a Peter, ele se aproveitou disso, quando me vi fraca tentava se aproximar porque sabia que eu queria me vingar de Tom, e ele tambem.
Mila: Pare de competir com o Tom, Peter, para de tentar mostrar pra ele que você tambem pode ter o que ele tem.
Peter: Eu sou mesmo um idiota por acreditar que sim não é? Anda fala que eu sou um idiota.
Ele voltou a se alterar novamente voltando a me encostar contra a parede. Eu me encolhi ao sentir suas mão na minha cintura, me acariciando, suplicando uma atitude positiva minha.
Mila: Me solta Peter, você não vai conseguir nada assim.
Ele me ignorou me calando com um beijo. Quase me machucando ao me beijar, sua boca mais mordia minha boca do que beijava.
Mila: Me Soltaaaa!
Eu o empurrei fazendo o bater na parede do outro lado e cair. Eu sem ao menos pensar corri pelo jardim e sai em dispara para casa, temendo que ele estivesse correndo atrás de mim.

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