quinta-feira, 5 de abril de 2012

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 10 - 7 Minutes in Heaven

 
Alguns dias se passaram e deram lugar para o dia que eu mais temia que chegasse... O dia do casamento de Tom e Renata. Eu acordei tão cedo naquele dia... A ansiedade me dominou totalmente e eu estava perdida. Lucy tinha me explicado o plano, mas ela era uma sonhadora e eu tinha muito medo de tudo aqui não dar certo e nós acabarmos nos ferrando na hora. Era sábado, Bill trabalhava e todos daquele prédio maldito onde eu tinha vivido momentos lindos com o Tom estavam se preparando pro casamento. Renata deixou bem claro: não me queria lá. E eu também não queria estar, não queria cavar minha própria cova. Eu sou louca, mas não sou burra.  Acordei totalmente cedo. Mais precisamente 6h da manhã. Limpei toda a casa e a deixei brilhando, e mesmo assim eu não pude negar o fato de que ainda estava ansiosa. As horas pareciam não querer passar. Diante de mim, o relógio parecia uma bomba fazendo seu tic tac e me deixando completamente irritada. Quando deu 7h30 da manhã eu ouvi a campanhia tocar. Logo pensei que era Bill que tinha acabado de sair e tinha esquecido alguma coisa, mas me enganei redondamente. Era Lucy, William, Abraam e Nora. Os quatro sorriram que nem criancinhas – a maioria era perto de mim – quando eu abri a porta.
– OOOOOOOOI CAMILA! – disseram  juntos. Eu ri um pouco sem humor ao ver a cena e respondi.
– Oi Pessoal. O que vocês querem a essa hora da manhã comigo? – perguntei encostada na soleira da porta.
– Queremos te dar boas e más noticias – disse Lucy me deixando tensa
– Boas e más noticias? – perguntei – entrem... – dei espaço para que os quatro passassem.
Eles se sentaram no sofá. Lucy ao lado de William segurando em sua mão como uma boa namorada – que e sei bem que ela não era. Abraam sentou-se ao lado de Nora e ficou dando olhadas pros seios dela toda hora. Ele nunca deixou o espírito de safado pra trás... Sentei-me na poltrona em frente aos sofás e logo pedi pra abrirem o jogo.
– Ok, o que aconteceu dessa vez? – perguntei ansiosa.
– Camila... A Renata, vaca filha da mãe me enganou. Falou que o casamento ia ser lá em casa, mas eu descobri que não vai – ela disse me deixando com uma interrogação no rosto
– E vai ser aonde? – perguntei
– Essa é a notícia ruim... EU NÃO SEI! – ela disse com voz de coitada me deixando nervosa
– COMO VOCÊ NÃO SABE LUCY? Ela é sua irmã! Você tem a obrigação de saber onde vai ser o casamento! – eu gritei me levantando da poltrona.
– ELA NÃO É MINHA IRMÃ E AINDA POR CIMA ME ODEIA! Ela sabe que eu vou aprontar por isso me enganou, mas eu posso falar agora? – ela disse com ar de durona.
– Pelo meu Tom... Fala – eu disse me acalmando.
– Eu não sei onde é, mas sei quem sabe – disse ela confiante.
– QUEEEEEM? – eu perguntei desesperada.
– O meu querido irmãozinho Georg – ela disse dando de ombros.
– Ah Lucy, então isso não é problema, é só eu perguntar pra ele – disse achando besteira
– Quero saber como se ele não ta na Alemanha – disse Lucy murmurando e dando de ombros.
– O GE NÃO TÁ NA ALEMANHA? Como assim? – eu entrei em verdadeiro desespero.
– Ele teve que viajar pra fora, mas o problema é que eu não sei ele levou o celular dele – disse Lucy me deixando doida.
– Então vamos ver né? Eu tenho o celular dele, isso não é problema – eu disse pegando meu celular em cima da mesa e discando o numero de Georg.
Fiquei muito tempo esperando e nada dele atender. Quase entrei em desespero. Georg não tinha levado o celular... ARG!
– Lucy, você conhece mais alguém que saiba onde é essa droga de casamento? – eu disse irritada
– Conhecer eu conheço... Várias pessoas, mas elas tão proibidas de me dizer – ela deu de ombros.
– QUEEEEEM MENINA DE DEUS? – eu gritei desesperada.
– Os empregados lá de casa. Renata deixou bem claro que não queria que eu soubesse. E o engraçado é que meus pais não sabem que ela ta pagando pra eles mentirem e vão pensar que a mau da história sou eu por não comparecer ao casamento da minha irmãzinha – ela disse fazendo bico no sarcasmo.
– Você sabe quanto a Renata deu pra cada um? – William se pronunciou
– Cerca de 500 euros pra cada – ela disse na lata. Ela sabia de muitas coisas.
– Ok... Eu dou 1000 euros pra quem me falar. Dinheiro não me falta – eu disse decidida e corri até meu quarto e peguei minha carteira. – vamos à sua casa agora Lucy Listing. – eu disse puxando ela do sofá.
– EEEEI! Espera Camila – ela disse me parando.
– O que foi? – perguntei revirando os olhos.
– Você não vai querer sair na rua desse jeito né? – ela me fez olhar pra minha própria roupa.
Verdade... Eu estava usando uma blusa laranja, uma calça de moletom surrada e pantufas de coelhinho.
– Ér... Realmente – eu ri sem graça – vou trocar de roupa.
– Vê se não demora – gritou Nora pra mim quando eu estava entrando em meu quarto.
Peguei a primeira calça jeans que vi uma camiseta, coloquei meu adidas e uma blusa de botões quadriculada por cima. Sai do quarto que nem uma louca, coloquei carteira, celular e o diabo a quatro nos bolsos da blusa quadriculada e voltei pra sala.
– Camila, Nora e Abraam vão ficar aqui em sua casa. Se você conseguir que Tom desista, vocês vão ter que sair do país. A Renata tem contatos e eu não desejo que vocês conheçam eles, ér... – disse Lucy sem graça
– Eles vão ficar arrumando minhas malas é? – eu perguntei incrédula
– É – concordou Abraam balançando a cabeça que nem uma criancinha. Se você reparasse bem no rosto de Abraam poderia notar que ele parecia um menininho saído de um Anime Japonês.
– Ain, então coloquem as roupas mais leves que ela tem, as passagens que eu comprei são pra um país muuuuuito tropical – disse Lucy sorrindo.
– Pra onde eu vou? – arregalei os olhos.
– Brasil, meu Brasil  brasileiro... – Lucy cantou e depois puxou William do sofá.
– Brasil?! – perguntei feliz. Nunca tinha ido ao Brasil e era um dos sonhos que eu pretendia realizar
– Sim! Mas agora vamos. O casamento começa as nove – disse William aflito.
Nós saímos porta a fora, mas eu voltei rapidinho. Precisava agradecer a Abraam e Nora. Dei um abraço em cada um sem falar nada e depois corri para o carro. William dirigia um pouco rápido até a casa dos Wolfgang.
– Que horas são? – eu perguntei impaciente. Lucy olhou pra seu relógio de pulso e levou um susto.
– Já são 8h30! William acelera essa bosta! – ela gritou
– WOW! Calma aí amor. Já chegamos, não ta vendo? – ele disse parando o carro em frente a enorme mansão dos Wolfgang.  Nós descemos do carro e eu fiquei admirando o lindo lugar. Um casamento lá não seria má idéia, mas já que a Renata Vaca quis complicar as coisas...
Fomos abrindo a porta sem demoras e olhamos lado a lado da enorme sala e não vimos nenhum empregado nem nada.
– E agora? O que a gente faz? – eu perguntei desesperada.
– Vem – Lucy puxou meu braço e o de William.
Ela nós guiou até a cozinha da casa e logo depois tinha um corredor com várias portas. Era o lugar mais simples da casa. Ela bateu na segunda porta a esquerda e ficou esperando impaciente. Ela então bateu novamente e se escutou um resmungo vindo lá de dentro “Hoje é meu dia de folga droga!”. Então, um homem velho, magro e já de cabelo branco abriu a porta com cara de sono.
– Ah, se não é a pequena Lucy, o seu namorado e uma moça desconhecida. O que querem? – ele se encostou na soleira da porta.
– Seu Zé, pelo amor de Deus, me diz onde é o casamento da minha irmã, por favor! – Lucy implorou com as mãos grudadas como quem reza, e também fez cara de cachorro caído da mudança.
– Ela me pagou pra ficar calado Lucy, desculpa – ele deu de ombros.
– Ei, oh Osama Bin Laden de barba branca – eu murmurei impaciente – a Renata te pagou quanto pra ficar calado?
– 500 euros – ele disse direto.
– E se eu dobrasse esse valor? ... – peguei a carteira do bolso e logo mostrei os 1000 euros. O Velho mostrou o sorriso de quem estava maravilhado. Ele tentou pegar o dinheiro da minha mão mas eu esquivei – nãããão! Só se você contar – eu desafiei ele.
– Tudo bem, é na Igreja da praça, aquela igreja enorme, branca que tem um anjo em cima – ele disse apressado.
– CLARO! A idéia de principio da Renata era de se casar lá – Lucy disse se lembrando.
– Ei, meu dinheiro! – O velho reclamou
– Toma moço – eu entreguei nas mãos gastas dele – você mudou minha vida! – eu disse dando um beijo na testa dele.
Então nós saímos correndo em direção ao lado de fora da casa, entramos no carro e William dirigiu loucamente para a igreja da praça. Eu me sentia cada vez mais perto de ter Tom só pra mim e sabia exatamente as palavras certas pra usar quando fosse tomá-lo de volta pros meus braços.
– Que horas são Lucy? – perguntei um pouco mais leve.
– 8h45. Fica calma, Camila, a gente vai chegar lá – ela disse, mas logo depois vimos o que poderia ser o fim de tudo – ou não...
Tinha um engarrafamento ENORME em nossa frente. Fora causado por um engavetamento de um ônibus e dois carros. Eu dei um grito frustrado na hora e deixei uma lágrima descer por meu rosto. Uma das minhas características era que eu chorava de raiva e não sentia vergonha disso.  Lucy olhou pra mim. Estava no banco de trás do carro junto comigo. Ela me abraçou forte. Senti mais amizade e seu carinho por mim. Minhas lágrimas começaram a cair na roupa de Lucy e então eu tratei de secá-las. Eu soltei Lucy e olhei pra frente. A fila de carros andava muito, muito lenta mesmo. Estávamos quase perto da igreja, mas tínhamos que esperar aquele engarrafamento todo passar...

45minutos depois.
(Tom Kaulitz POV’S)
Eu estava lá, no altar junto com Renata. Deviam ser umas 9h30. Senti falta de algumas pessoas no casamento, como Lucy, William, Abraam e Nora. O padre falava as coisas típicas de casamento enquanto eu atento ouvia com Renata ao meu lado. Era uma situação tão estranha... Eu estava casando com uma pessoa da qual eu não amava nem um pouco. Eu ouvia tudo atento enquanto Renata e o resto da família dela se emocionavam. Me deu uma vontade  de mandar todo mundo engolir o choro e ir catar coquinho, mas não o fiz. Fiquei lá, esperando o padre terminar de cavar minha cova. Daquele dia em diante, eu sabia que minha relação com Camila não ia ser a mesma. Na verdade, isso era o que estava em minha cabeça. Eu não o sentia. O que eu sentia era totalmente o contrário. Meus pensamentos foram cortados pelo padre que falava sem se cansar...

(Camila Evans POV’s)

– Lucy... Chega! Eu não vou ficar aqui esperando ok? – eu abri a porta do carro no meio da rua.
– Onde você vai Camila? – ela me perguntou indignada.
– Eu vou correndo até a Igreja! Isso aqui não vai andar nunca. Se quiser vir comigo...
– William... Eu vou com ela meu amor. Você fica aqui? – ela perguntou. Ele respondeu sim compreensivo e logo os dois se beijaram.
Eu e Lucy saímos carro a fora correndo entre os outros carros desesperadamente. Estávamos arriscando as nossas vidas no meio do transito, mas era a única saída que tínhamos. Senti uma dor forte no meu coração ao saber que essa hora o destino de Tom poderia estar sendo traçado e eu não tinha chegado a tempo. Lucy segurou minha mão e corremos juntas. Várias pessoas começaram a buzinar e eu só ouvia Lucy mandando todo mundo ir pra merda. Corríamos o mais rápido que podíamos. Era uma loucura correr entre carros, mas logo avistamos um retorno onde tinha um espaço enorme com grama. Logo corremos na grama. Por mais que eu ficasse cansada eu não podia desistir.  Tom era meu destino, minha razão pra respirar e se eu ficasse mais um pouco longe dele eu ia morrer por dentro. 
Corremos um pouco mais até Lucy avistar  a grande igreja com um anjo em cima.
– OLHA CAMILA! – ela disse fazendo um sorriso de vitória brotar de meu rosto.
– Vamos! – eu disse e nós corremos ainda mais.
A igreja tinha uma grande escadaria da qual eu teria que subir sem ter medo. Lucy ia junto comigo sem arrependimentos. Era como se fosse uma escalada. Nós subimos as escadas e a grande porta da igreja se encontrava fechada.
– Vai Camila, empurra a porta! – Lucy encorajou.
– Eu vou empurrar – eu disse. Eu respirei fundo e me imaginei parando tudo naquela hora. Eu toquei na maçaneta. A porta era pesada e eu precisei da ajuda de Lucy. Nós estávamos empurrando quando na hora o padre falou as seguintes palavras.
Tom, você aceita Renata Wolfgang como sua legitima esposa”.
Aquelas palavras balançaram em minha cabeça e me deixaram tontas. Eu consegui abrir no momento exato que Tom ia abrir a boca pra falar.
– NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! – eu gritei. Minha voz fez eco pela igreja inteira.
Na mesma hora Tom fitou a porta e viu  minha imagem de cansada, derruba, mas no entanto uma lutadora que foi atrás dele e atrás dos próprios sonhos.
– TOM! NÃO SE CASE COM ELA! EU TE AMO!-  eu gritei
– ALGUEM TIRA ESSA COISINHA DAQUI! – Renata começou a dar pitis. Mal me viu e já ficou louca.
Uns seguranças se aproximavam de mim pra me pegar, mas na hora o assustado, calado e imóvel Tom se pronunciou.
– NÃO! – ele gritou e na mesma hora os seguranças pararam no meio do caminho.
– TOM... EU SÓ PRECISO QUE VOCÊ ME ESCUTE! – eu gritei. Todos os convidados tinham os olhos redirecionados pra mim. Lucy estava ao meu lado sentada descansando por que estava muito, muito cansada mesmo. – Não se case com ela – meu tom de voz voltou ao normal – eu te amo  mais que tudo... E eu acho que o que eu vou falar agora pode mudar tudo... Tom eu sei que você é o Tom Kaulitz, me ex namorado do qual eu sempre amei. Eu sou sua Camila, sua patetinha e tenho muitas saudades de você... Não se case com a Renata, por favor!
Ele me ouviu atento. Quando falei tais palavras ele não parecia se admirar. Ele saiu do lado de Renata e deus passos lentos até mim. Eu fiquei tremula e sem saber o que fazer. Ele ia se aproximando cada vez mais e minha respiração ficou irregular. Finalmente ele chegou perto de mim e de repente me abraçou. Eu retribui o abraço e sussurrei em seu ouvido:
– O que será de nós?
– Eu pensei que “nós” não ia mais existir Camila... Mas estava errado. Eu te amo – ele me respondeu me fazendo abrir um grande sorriso
Ele ficou um tempo abraçado a mim. Pareciam ser 7 minutos, e naqueles 7 minutos eu pensei que estava no céu. Ele me soltou e olhou pra Renata que estava dando ataques por me ver abraçada a ele.
– Desculpa Renata... Vai amarrar seu jegue em outro lugar – Tom disse mandando um beijinho de despedida muito cafajeste pra Renata. Ele então me puxou pra fora daquela igreja e nós corremos junto com Lucy. Descemos aquela escada fugindo. Naquele momento eu tinha certeza absoluta de que ele ia ser meu par pra sempre. Eu queria muito perguntar o que fez desistir, mas achei melhor não... Eu o deixei feliz, correndo e sorrindo junto comigo. Logo alcançamos o carro de Tom que estava no estacionamento. Ele pegou as chaves, abriu e nós íamos entrando. Eu vi Renata saindo da igreja toda atrapalhada, gritando,  com o vestido de calda enorme, assim que ela pisou na escada eu a vi rolar por ela. Felizmente – ou seria infelizmente – ela não se machucou e eu e Tom ficamos rindo.
– Lucy, não vai entrar no carro? – Tom perguntou a fitando.
– Não. Eu vou encontrar o William. Vão pra casa da Camila, lá vocês pegam a mala dela, e Tom, eu vou pegar a sua. Arrumei tudo!
– Mala? Pra onde a gente vai? – ele perguntou assustado.
– Você vai saber no avião meu amor – eu disse rindo.
Ele então deu a partida e Lucy correu novamente ao encontro de William no engarrafamento. Tom dirigia sorridente e parecia não se arrepender do que estava fazendo.
– Tom... O que fez você desistir? – eu perguntei.
– Quando você disse que era a minha Camila, eu vi que você finalmente tinha coragem. Eu pensei que você não sabia,  e por isso não me amava como eu te amo. Mas agora isso mudou... Você provou que me ama o bastante pra se arriscar. Camila... Eu jamais vou esquecer isso – ele disse olhando pra mim com doçura.
Eu sorri e então ele continuou dirigindo.
Um tempo depois, nós tínhamos ido pra casa, pegado as malas e pegamos o vôo das 10h15 pro Rio de Janeiro... Finalmente eu podia ser feliz ao lado de meu Tom, poderia ficar em paz.

DOIS ANOS DEPOIS...

Postado por: Grasiele

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 9 - Desabafos de Mulher...


(Bill Kaulitz Pov’s)

Trabalhar com moda é simplesmente fantástico! Só que infelizmente sou muito preguiçoso pra agüentar um dia pesado de trabalho, então assim que deu eu desbanquei pra casa e caí na cama. Fiquei um tempo dormindo e depois acordei e preparei alguma coisa pra comer. Já eram mais ou menos umas 18:00h e Camila ainda não tinha chegado.
Eu me sentia culpado por saber que ela trabalhava com o meu irmão e amor da vida dela e ela simplesmente não saber disso. Eu fiquei dias pensando nisso, e até tentei convencer Tom de contarmos pra ela, mas ele não quis.

Meus pensamentos foram interrompidos pela porta batendo forte. Quando eu vi era Camila. Estava fora do normal... Camila estava bêbada!



– Camila! Mas... Mas... O que aconteceu? – eu perguntei me aproximando dela.

– Eu... Eu... Eu fui beber pra esquecer ok? – ela disse com aquela voz enrolada de bêbada e logo depois meteu a mão pesada bem no meu nariz.

– Pra esquecer o que? – eu perguntei a colocando no sofá.

– Pra esquecer o amor da minha vida beleza? Nooooooossa Bill, você parece muuuuuito com ele sabia? – ela disse ainda mais enrolada. Agora não parecia que tinha bebido, parecia que tava chapadona mesmo.

– Camila! Pra esquecer o Tom você não precisa beber... Ai meu deus, o que eu faço com esse projeto de bêbada? – eu fiquei desesperado.



Eu corri até a cozinha e peguei um copo d’água. Todo apressado eu fui até a sala e entreguei o copo na mão dela.



– Toma Camila, trata de beber – eu disse.

– Beber? Pra quê? Eu já bebi demaaaaaaaaaaais hoje – ela disse rindo e logo depois jogou a água do copo na cara.

– CAMILA! Você ta doida? Ai meu deus, vem cá – eu disse pegando ela e levando até o banheiro.



Na hora abri o chuveiro no máximo e a água geladérrima começou a descer. Eu a coloquei de baixo da água gelada e ela começou a rir que nem uma mongol. Pelo amor de deus, eu nunca tinha visto Camila bêbada, e nunca mais queria ver.



– OOOOOOOOOOOOOH! Tu ta estragando minha capinha mermão – ela disse reclamando e se contorcendo.

– Que chapinha o que. Seu cabelo é liso natural Camila, fica quieta – eu disse.



Dei um banho nela e logo depois troquei as roupas dela. Ver Camila nua pra mim não era novidade. Coloquei um pijama quente nela e a deitei em sua cama. Ela caiu em sono profundo.

Eu fiquei olhando aquele ser com cara de anjinho dormir. O que será que tinha acontecido? Perguntei-me e logo ouvi meu celular tocar. Era Tom. Acho que certamente ele tinha algo haver com isso.



– Oi Tom – eu sussurrei.

– Bill... A Camila ta bem? – ele perguntou com preocupação na voz.

– Agora ta, ela chegou aqui e estava completamente bêbada. Você sabe o que aconteceu?

– Ela ficou meio... Sentida ao saber que eu vou casar semana que vem – ele disse me deixando meio chocado... Ele ia se casar.

– Você vai se casar Tom? Mas... Cara, com quem?

– Com a Renata Wolfgang... Você lembra-se dela né?

– Sim... A filha do Gordon Trümper Wolfgang. Cara, tinha que ser justo com ela... Puts grila, você não tem jeito mesmo hein... Enfim, a Camila está bem, e está dormindo agora. Amanhã ela pode faltar o trabalho? Acho que ela está sem condições.

– Tudo bem... Amanhã eu vou aí ver como ela está. Acho que ela não está preparada pra ver nós dois juntos ainda. A que horas eu posso ir?

– Qualquer hora antes das 17:00... Eu to trabalhando essa hora.

– Trabalhando? Nossa! Parabéns irmão! – ele disse me fazendo sentir a palavra irmão pesar na minha cabeça. Fazia dois anos que eu não ouvia alguém dizer isso, e eu fiquei tão feliz, mas tão feliz quando ele disse que abri um enorme sorriso.

– Obrigado Tom. Bom, vou desligar agora, vou na casa da família da Camila buscar Karolina pra ficar cuidando da Camila pra mim, tenho que continuar a trabalhar mesmo e, casa... Tchau irmão.

– Tchau Bill... Bom trabalho.

– Obrigado.



Eu disse e depois desliguei o celular. Fazia um bom tempo que eu não sorria do jeito que sorri ao ouvir Tom me chamar de irmão. Fiquei muito feliz com isso. Eu então fui à casa da família de Camila, busquei Karol e fui desenhar algumas roupas. Depois caí no sono e comecei a sonhar. No sonho apareceu uma pessoa que eu nunca imaginaria no sonho... Lucy Wolfgang...



(Camila Evans Pov’s)



Eu abri meus olhos e o sol que saia da janela era totalmente forte neles. Minha visão estava um pouco confusa. Me sentei na cama e logo percebi que eu estava morrendo de dor de cabeça. Toquei minha cabeça e vi que não tinha galo nem nada. Era ressaca mesmo. Finalmente minha visão começou a ficar mais nítida e eu acho que eu tava ficando meio pirada, por que eu jurava que na cadeira em frente da minha cama estava sentado Tom. Eu esfreguei os olhos e minha visão se confirmou, ele estava lá mesmo.



– O que você ta fazendo aqui? – eu disse com um choramingo na voz.

– Eu vim cuidar de você – ele disse se levantando da cadeira e se sentando em minha frente na cama.

– Não precisa – eu disse irritada – por que você não vai cuidar do seu casamento? – eu disse ríspida.

– Camila, para com isso! Depois que eu me casar com a Renata a gente ainda vai poder se ver – ele disse passando a mão em minha perna.

– Não, não vai ser a mesma coisa Tom! Sabe por quê? A Renata vai jogar a aliança de casamento na minha cara, eu vou me sentir culpada por estar com um homem casado e além do mais, não é ela que você ama que eu sei

– Camila, eu só to fazendo isso pelo meu emprego.

– Que se foda seu emprego Tom! Se você me amasse mesmo não se casaria com a Renata – eu disse me levantando da cama.

– Você ta duvidando do meu amor por você? – ele se levantou também e fez cara de ofendido.

– To! Como você vai amar uma pessoa que conheceu a menos de um mês?

– Camila, eu te amo por que eu sei... – ele ia dizendo quando a espalhafatosa Lucy Wolfgang entrou em meu quarto.

– Tom! Não irrite a garota ok? – ela disse com a voz firme e decidida.

– De onde você saiu? – perguntei.

– Eu vim assim que eu liguei pro Bill e ele me disse que você tava mal – ela disse dando de ombros.

– Lucy... Sai daqui agora! – disse Tom gritando com ela.

– Você não pode mandar na Lucy dentro da minha casa Tom! Lucy, você fica. Quem sai é você Tom... Tchau! – eu disse irritada

– Camila...

– Camila nada Tom, sai! Depois eu converso com você, mas, por favor, sai! – eu me irritei totalmente com Tom.

– Eu vou... Mas fique sabendo dona Camila, que por mais que eu me case com a irmã dessa criatura aí... Eu te amo – ele disse passando do meu lado e saindo porta a fora.



Eu me sentei na cama e bufei. Estava tão confusa que nem percebi que Lucy estava sem a tonelada de maquiagem que sempre usava. Eu olhei bem pro rosto dela e jurei que ainda estava bêbada.



– Ué, cadê a maquiagem? – eu disse espantada.

– Eu resolvi tirar sabe... Eu não nasci pra ser gótica. Eu não vou nesses lugares obscuros onde recitam poesias, eu não acho que vampiros existem, eu não vivo no lado escuro do sol... Eu nasci pra ser o que eu era antes, a melhor amiga do seu irmão – ela disse dando de ombros.

– Melhor amiga do meu irmão? Explique.

– Você lembra por acaso que há dois anos seu irmão tinha uma “namorada”? – ela disse me deixando confusa. Na hora eu puxei a memória e lembrei...

– AAAAAH! Você era aquela garotinha de 12 anos que vivia com o Mike e que todo mundo falava que vocês eram namorados. Lembrei! Mas você era tão tímida Lucy, nem parece você! – eu disse rindo.

– Tímida perto de você que só andava com Bill e Tom. Eu tenho que confessar... Sempre tive uma quedinha pelo irmão do Tom – ela disse sorrindo de canto.

– Deu pra ver ontem. Mas e o William, como fica? – eu perguntei interessada.

– Olha... Eu amo o William, muito. Mas é como ele próprio diz. “Se for pra ficar comigo, fique com o coração e a mente... Não fique pensando em outro enquanto me beija”. E cara... Eu acho que eu não devia decepcionar o William, por isso vou ficar na minha, até por que o Bill é uns seis anos mais velho que eu. – ela disse brincando com o cobertor e com a cabeça baixa.

– Sabia que o Bill não se importa com isso? – eu disse pegando no queixo dela e levantando sua cabeça – o Bill é o cara mais doce e mais puro que eu já vi. Ele não ta nem aí com idade... Ele ama o coração das pessoas e não a idade delas.  Tenho certeza de que você falasse com jeitinho o Bill ia ficar pensando com carinho... E tenho certeza que o Bill gosta muito de você – eu tava dando uma de conselheira, mas aquilo era tão verdade...

– Jura? – ela abriu novamente o sorriso – Mas o negócio não é isso... Onde eu vou enfiar o William?

– Olha, você está com ele pensando em outro certo? Fala isso pra ele – eu disse encorajando.

– Não quero decepcionar William... Eu vou esperar mais um bom tempo pra chegar perto do Bill e me afastar do William, e eu espero que tudo esteja bem, não só comigo, mas com você também dona Camila... Me explica por que você bebeu pra caramba até ficar bêbada e como você chegou em casa.

– Ontem o Tom me falou que vai casar com a vaca da sua irmã semana que vem... Eu não agüentei, caí no choro. Lucy, eu sempre quis vingança, mas eu vi que eu não posso com o Tom. Ele me amou como ninguém, ele me fez feliz, mas quis seguir a carreira dele, por isso se meteu com sua irmã... Mas depois eu vi que ele se arrepende, mas vai se casar com ela e isso me parte o coração por que eu amo muito, muito, muito o Tom! – eu disse deixando as lágrimas bobas escaparem.

– Camila... Se  você ama aquele babaca, vai atrás dele e impede esse casamento! – ela disse forte, decidida, como a Lucy de verdade – eu não me importo de ver a minha irmã passar vergonha sabe... Até por que ela nem é minha irmã de verdade – ela disse dando de ombros.

– Como assim? – eu arregalei os olhos,

– Helloooo! Sou adotada. Não viu a diferença? A Renata é loira dos olhos azuis, meus cabelos são castanhos e meus olhos são cor de mel. Se liga Camila, eu não tenho nada haver com aquela víbora! – ela disse me fazendo realmente ver que Lucy era boa demais pra ser irmã de Renata – Mas voltando ao assunto... Eu tenho uma idéia pra você – ela disse e logo depois começou a contar.



Lucy era uma pessoa extremamente boa. Por mais que fosse chata pra caramba era legal. E eu começava a ver que eu tinha que parar de ser egoísta e ajudar Lucy com os problemas dela. Ela era adolescente, mas a cabecinha dela já estava tão confusa quanto à de um adulto. Me dava pena de ver o quanto ela estava sofrendo por causa de William e Bill.

Eu escutei os planos dela e logo sorri, pois seria ótimo colocá-los em prática.



– Lucy Wolfgang, você é um gênio! – eu disse rindo.

– Eu preferia que já que você sabe que eu não sou irmã da Renata... Me chame de Lucy Listing – ela disse sorrindo tímida,

– LISTING? – eu arregalei os olhos. Ela tinha parentesco com o Georg então.

– Sim... Sou irmã do Georg, mas ele não sabe ainda... Sabia que ele é órfão?

– Sério?

– É... Nós dois fomos separados, e por uma brincadeira do destino eu o encontrei, mas perto do que nunca – ela disse sorrindo.

– Caraca... Você tem o melhor irmão do mundo então Lucy!

– Eu sei disso... E queria que ele soubesse que ele tem a melhor irmã do mundo também – ela riu e logo voltamos a repassar o plano.

Postado por: Grasiele

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 8 - Eu quero viver a vida de uma nova perspectiva

 (Camila Evans Pov’s)

Depois que ficamos conversando lá do lado de fora do salão, eu reparei bem na cara de Lucy... Ela olhava de uma forma tão estranha pra Bill. Não que fosse algo mal, mas ela parecia querer agarrar ele a qualquer hora. Eu fui embora e fiquei rindo daquilo, por que também olhei pra cara de William e o coitado estava quase vermelho. A pele morena dele parecia que ia derreter e virar chocolate.
Eu cheguei em casa e logo fiz algo pra eu comer. Sinceramente jogar água em repórter dá fome. Eu preparei sushi que eu tanto amava e comi. Logo depois meu celular começou a tocar e eu logo reconheci o número de Tom. Revirei os olhos e atendi.

– Oi.
– Camila! Minha Camila! Tudo bem? – ele disse animadinho me chamando de minha!
– To ótima e você? – eu respondi mexendo com os pauzinhos no prato.
– Melhor ouvindo sua voz e estaria perfeito com você aqui – disse ele rindo.
– Nossa, você gosta tanto assim de mim é?
– Mais do que você imagina Cams – ele riu e então começou a falar – então... Eu fiquei sabendo da água no repórter... CAMILA, VOCÊ É DE MAIS! – ele disse me idolatrando... Assim eu me acostumo ok?
– AAAH! Ele era muito abusado! E também queria estragar a sua vida... E... Eu não queria deixar ele fazer isso – eu disse com dificuldade.
– Mesmo? Queria me defender? – ele perguntou esperançoso. Aposto minha vida que os olhos lindos dele estavam brilhando.
– É... Isso mesmo – eu disse alongando o “é”, como eu sempre fazia.
– Hmmm... Camila, não quer vir aqui no escritório? Nem precisa trabalhar... Eu quero te fazer uma surpresa – ele convidou me fazendo arquear a sobrancelha.
– Surpresa? Hm, e o que seria? – eu disse curiosa.
– Camila, se é surpresa eu não posso te contar – ele me fez rir.
– Ta bom, to indo aí... Beijos – eu disse e logo depois desliguei o celular.

Eu então troquei de roupa, lavei a louça e peguei o caminho da roça. Sempre que eu passava na loja de doces eu via Mike e os amiguinhos de bobeira lá... Que futuro meu irmão ia ter assim? Nossa...
Bom, eu cheguei ao escritório e subi pra sala de Tom. Eu não estava com a roupa apropriada para o ambiente, por isso o pessoal ficou me olhando dos pés a cabeça... O que tem de mal em usar uma calça quadriculada, um all star e uma blusa do My Chemical Romance? Esse povo não sabe de nada mesmo. Peguei o elevador e quando menos esperei me deparei com Georg dentro dele.

– Georg! – eu disse feliz
– Oi Camila! Nossa, sua roupa é incrível! – ele disse olhando – ué, você não ia ficar de folga depois da coletiva?
– O Tom me chamou aqui e então eu vim... Não sei o que ele quer – eu dei de ombros.
– Olha Camila, se eu fosse você tomava cuidado. Se a Renata descobre essa “relação intima” que você anda tendo com o Tom a sua vida acaba... A Renata não perdoa nada. Sua sorte é que ela viajou ontem depois de uma briguinha boba com o Tom, mas ela volta – ele me alertou e eu fiquei agradecida por isso.
– Eu receio que isso não vai durar muito tempo Ge. Tenho um probleminha com o Tom e acho que a “relação intima” não vai pra frente – eu disse mais uma vez dando de ombros e na mesma hora o andar de Georg chegou.
– Boa sorte pra você Camila – ele disse sorrindo. O sorriso de Georg me fazia um bem enorme.
– Obrigado Ge! – eu disse dando tchauzinho com a mão.

Então o elevador subiu e finalmente chegou ao andar de Tom. Eu fui andando pelo corredor até chegar a sala e quando cheguei abri a porta vagarosamente. Quando por fim a porta estava aberta eu vi uma coisa totalmente incrível. As luzes estavam apagadas e a iluminação era de velas.Eu fechei a porta... Aposto que ninguém iria querer ver a bagunça que estávamos prestes a fazer. Todos os papeis e outras coisas sumiram e só estava um belo sofá e a mesa. Tom estava sentado no sofá sem a camisa, mostrando o corpo de deus grego... Ai meu Deus, eu não agüento assim! Em sua mão estava uma taça de vinho e ele a levantou como se fosse fazer um brinde. Ele piscou pra mim e eu então eu entrei e fiquei sorrindo que nem uma idiota de tanto que aquilo estava maravilhoso. Ele então me chamou com um gesto e eu fui me aproximando. Quando cheguei perto dele ele bateu com a mão na perna e disse:

– Aqui... No meu colo – disse ele com um ar de superior apaixonado.

A voz dele soou como a música mais perfeita de todas no meu ouvido. Me senti meio tonta só de ouvi-la. Eu então não hesitei e logo sentei no colo de Tom. Ele deixou a taça de vinho no chão e logo suas mãos agarraram minha cintura e ele me aproximou pra perto dele. Senti sua respiração quente andar por meu pescoço e logo a minha respiração se tornou irregular. Ele tirou uma das mãos de minha cintura e apertou um botão no som e a música Break the Ice da Britney Spears. O clima ficou ainda mais quente dentro da sala. Tom me deu um beijo torturando no pescoço. Ele então aproximou a boca de minha orelha com o piercing e sussurrou:

– Eu quero ouvir você implorar e gritar meu nome hoje... – sua voz agora era mais sexy

Ele então me deitou no sofá e começou a levantar minha blusa. Eu o olhava cada vez mais sedenta... Eu queria aquilo. Ele levantou minha blusa um pouco acima dos seios e logo depois tirou meu sutiã. Suas mãos não hesitaram e foram na direção de meus seios pegando neles sem dó e os massageando e checando os bicos que já estavam salientes só pelos toques das mãos grandes e quentes de Tom. Sua mão passeou por meu corpo até chegar em minha calça a tirando juntamente com calcinha, tênis e tudo. Eu puxei sua calça e logo vi que ele estava sem o boxer. O puxei pra perto de mim e logo lhe dei um beijo. Era uma sensação totalmente diferente quando eu tinha a certeza absoluta de que eu queria transar com Tom. Sem se quer interromper o beijo ele me levantou e nós fomos andando até eu me encostar na mesa. Sua boca caminhou até meu pescoço enquanto sua mão escorria até minha perna a puxando pra seu corpo a entrelaçando. Tom começou a me preencher rápido. Ele segurava forte em minha coxa enquanto meus braços estavam entrelaçados por seu pescoço e minhas unhas arranhando suas costas a cada movimento forte que Tom fazia. Ele sussurrava em meio de meus gemidos “eu quero ouvir você falar meu nome”. Estávamos chegando ao ápice juntos e eu comecei a gritar seu nome freneticamente. Um sorriso saiu de seu rosto e logo ele parou de penetrar. Ficamos ofegantes olhando um pro outro. Eu tratei de entrelaçar a minha outra perna e fiquei pendurada a ele e logo retomei o beijo. Nós nos sentamos no sofá e eu logo deitei e ele ficou acariciando meu cabelo. Eu estava tão cansada que sem querer, fui muito idiota, perdi o momento e dormi...

Alguém tempo depois...

– Camila... Abre os olhos – eu ouvi a voz dele perto de meus ouvidos.

Eu então abri e logo contemplei a cena... Tom completamente nu... Pra mim.  Eu sorri ao vê-lo e ele fez o mesmo. Então ele se sentou ao meu lado, e eu percebi que eu estava enrolada em um lençol por que tinha começado a fazer um pouco de frio. Eu me sentei e fiquei olhando pra ele e logo perguntei:

– Qual foi o motivo da “festinha”? – eu disse rindo.
– Eu preferia deixar pra falar do motivo depois, mas já que você tocou no assunto... Bom, na semana que vem eu vou ter que me comprometer a uma coisa que eu realmente não queria. Se não acontecer a minha vida vai toda pro buraco. E eu queria que você me perdoasse desde já Camila... – ele disse de cabeça baixa me deixando curiosa.
– Pare de dar voltas Tom, fala logo! – eu disse nervosa.
– Camila. É difícil pra mim, creio que vai ser difícil pra você e muito fácil pra Renata... Camila, meu casamento é semana que vem – ele disse deixando lágrimas cair dos olhos.

No momento que Tom falou senti como se tivesse uma faca cortando meu coração. Ele poderia ter mentido pra mim, mas dentro de mim eu já tinha perdoado... Não conseguia deixar de me render aos encantos e ao amor de Tom. Meu orgulho estava deixando de falar mais alto e eu o estava perdoando. Só que ele ia se casar... Com Renata e não comigo. A dor de saber que o amor de sua vida vai se casar é uma das piores. É como se fosse uma perda. E era, a maior das perdas. Mais uma vez senti o buraco dentro de mim... Era como se eu tivesse recebido a noticia de que Tom tinha morrido. Mas quem estava morrendo era eu.
Eu fiquei tonta na hora e comecei a chorar silenciosamente. Tom me abraçou e eu afundei meu rosto em seu peito.

– Você não pode se casar Tom – eu disse com a voz abafada. – Você não pode se casar, por que eu te amo – eu disse e logo depois ele beijou meu cabelo.
– Eu também te amo Camila... Mais do que você imagina, mas é minha vida ou ficar falido pra sempre.
– Você não me ama o bastante pra desistir da Renata e começar uma vida com uma nova perspectiva? – eu disse tirando minha cabeça de seu peito e o olhando.

Ele secou uma lágrima de meus olhos e falou:

– Eu até poderia, mas queria muito te dar uma vida boa... Mas se eu desistir, minha carreira vai pro buraco, eu vou ser um nada na vida e o que você pode querer comigo?
– Tom, eu estou apaixonada por você, e não por seu dinheiro nem seu trabalho. Tom, eu quero viver a vida de uma nova perspectiva com você!

Ele não falou nada, apenas me abraçou forte. Eu tinha que dar um jeito de acabar com aquele casamento... Eu estava decidida e faria de tudo pra Renata não sair ganhando.

Postado por: Grasiele

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 7 - Repórter abusado & pirralha apaixonada? Jesus!

 Eu acordei tão atordoada com aquele sonho que mal percebi que Bill no meio da noite tinha deixado flores dentro de um vaso d’água e um cartão me pedindo desculpa... Bill, sempre carinhoso comigo.
Eu me vesti apropriadamente pra uma coletiva de imprensa – da qual Tom não iria mesmo – e saí de casa. Mas antes passei no quarto de Bill que ainda dormia. Sussurrei em seu ouvido: “eu te desculpo só por que você é meu melhor amigo... Te amo”.  E então por fim saí. Estava dirigindo tão atordoada que resolvi ligar pra uma pessoa em especial... Sweet Killer. Era besteira ligar pra uma garotinha de 14 anos quando eu tinha 20, mas enfim. Disquei o número dela e parei o carro num acostamento. Eu estava um pouco confusa... Tom tinha me enganado, estava prestes a casar com outra e, além disso, eu estava começando a sentir que um sentimento brotava por outra pessoa... Mas ao mesmo tempo eu precisava insanamente de Tom, como uma flor precisa de água, como a terra precisa do sol, como o ser humano precisa de seu coração... Eu estava precisando de Tom a qualquer custo. De repente meus pensamentos foram cortados pela voz de criança de Lucy Wolfgang... A Sweet Killer.

– Camila? Ora, eu pensei que não ia me ligar! – ela disse em tom de reino comigo.
– É, mas vi que era minha ultima opção... Ninguém sabe do segredo além de você, The Killer, Nora e William – eu disse rindo sem humor.
– Haha... Ok, do que precisa Cams? – disse ela.
– Ok Lucy... Olha, eu estava muito atordoada ontem por que briguei com Bill, daí eu fui pro parque no centro. Daí do nada o Tom apareceu, falando que queria ocupar o lugar da pessoa que eu amo e etc... E eu falei que podia pensar no caso. Ele colocou Basket Case do Green Day e eu fiquei louca, sei lá e acabei aceitando ele de alguma forma. Quando cheguei em casa, tive um sonho louco onde tinham dois Tom. Um que me machucava e outro que me amava... O que é isso pelo amor de deus? – eu disse nervosa.
– Bom... O Tom sempre vai pra lá depois de uma briguinha boba com a Renata – disse ela me fazendo ver sentido – com certeza ele ficou surpreso ao te ver lá, mas não demonstrou... O Tom mudou muito depois que te deixou.  Bom, acho que o sonho foi representando o Tom que te machucou e o Tom que estava lá no parque todo gay pra você – disse ela me fazendo rir agora com humor.
– Ainda bem que você existe Lucy... Ainda bem! – eu disse rindo – bom, eu vou pra coletiva dele agora, o que eu faço? – eu perguntei desesperada.
– Bom, eu e o William vamos pra lá te dar apoio moral... ACABA COM A VIDA SOCIAL DELE! – ela gritou – a gente vai te dar forças lá – ela disse esperançosa.
– Queridinha, como você vai entrar lá?
– Camila... Eu sou IRMÃ da Renata... Infelizmente. Todo mundo sabe quem eu sou nesse meio político e sempre me deixam entrar. E além do mais não to a fim de ir pra escola hoje – ela disse rindo.
– Ain ta bom Lucy, ta bom! To indo pra lá. Tenho que desligar, o Tom ta me ligando... Beijo pirralha, já te amo – eu disse e logo depois atendi o telefonema de Tom. Ele só foi um pouco mais carinhoso, me perguntou se eu já estava indo e enfim eu fui pra merda da coletiva de imprensa e estava ainda confusa sobre o que ia fazer da vida... Ai meu santo!

Eu dirigi até o local e logo apresentei a credencial de que poderia entrar. Eu entrei e não tinha NENHUM político lá, só os assessores... Ah que caras folgados! Quando fui caminhando para o lugar onde estava escrito ‘Tom Kaulitz’ eu escutei uma voz feminina um pouco conhecida me chamar.

– Camila! – eu olhei pra trás e lá estava Nora, a moça da prefeitura, irmã do namorado de Lucy que eu ainda não conhecia.
– Nora! – eu disse surpresa e logo andei pra perto dela.
– Oi! Quando tempo – ela riu – eu já sei de tudo... Lucy tem uma boca enorme – disse ela me fazendo rir um pouco histericamente.
– Então sabe né?... Bom, então por que resolveu me ajudar? – eu perguntei interessada.
– Por que acho o Tom muito mau-caráter! Morte a Tom Kaulitz – disse Nora se empolgando.
– SHHHHHHHHHHHHHHHHH! Ta louca Nora! Depois a gente conversa. Tenho que ir, beijos – eu disse e depois saí rapidamente.

Então eu me sentei no lugar onde era destinado pra Tom. Fiquei esperando que toda aquela bobagem começasse logo. Olhei para os lados e só tinha gente fina, mais adulta do que eu e com a cara de intelectual... Eu parecia uma adolescente rebelde.
Eu olhei fixamente para a porta daquele salão quando vi a gótica de 14 anos, o gótico que tinha cara de mulher e um garoto muito lindo, alto e com um sorriso feliz. Ele segurando na mão de Lucy e sorrindo. Logo denominei: Aquele é o irmão de Nora. Sweet Killer logo me avistou sentada lá e começou a dar tchauzinho e logo apontou pra mim me mostrando pra William.  Ele deu tchauzinho também e eu sorri pra ele. The Killer estava ao telefone e nem acenou... Gótico chato.
Então, anunciaram que iam começar a porcaria da coletiva. Fiquei balançando minha perna freneticamente. Eu não sabia se respondia coisas pra ferrar com a vida de Tom ou se simplesmente responderia a verdade de tudo... Era um momento realmente tenso.
As primeiras perguntas não foram pra mim. Duraria mais ou menos cerca de 1h. 40 minutos foram pras perguntas dos outros e nada de Tom Kaulitz... Isso estava me irritando.
Eu deitei minha cabeça em minhas mãos e fiquei esperando até que um repórter magricelo e feio finalmente perguntou algo pra mim. Só que foi a pergunta mais descabida do dia...

– Essa pergunta é pra assessora do Tom Kaulitz. Queria saber se ele é fiel a mulher dele – disse ele me fazendo arregalar os olhos.

Lucy, Abraam e William ouviam tudo lá do fundo. Lucy começou a fazer sinais de negativo com a mão e ela quase pulava pra chamar minha atenção... Eu fiquei sem fala, não sabia o que responder...
ONDE ESTÁ MEU ÓDIO? Onde o Tom infiel foi parar? Nas coisas esquecidas? Onde estava meu senso de vingativa... Onde estava Camila Evans de 2009?
Essas perguntas começaram a chacoalhar em minha cabeça até que eu tomei fôlego e respondi.

– Isso não tem haver com a eleição do Sr. Kaulitz ok? Pergunte coisas mais sensatas e melhores que tenham haver com a CANDIDATURA do Sr. Kaulitz e não com a vida pessoal dele seu repórter atrevido – eu disse aquilo com tamanha seriedade. Mas depois me liguei que aquela porcaria de coletiva estava sendo gravada pra ser transformada em matéria de jornal no dia seguinte... Parabéns Camila, você é idiota!
– Tem haver sim! A Sra. Wolfgang é filha de Gordon Trümper Wolfgang, o atual senador. Será que o Sr. Kaulitz não está com ela só pra ganhar a confiança do senhor Gordon e ocupar o lugar dele? – disse o atrevido me fazendo ficar com raiva.

Eu não sei da onde surgiu uma raiva imensa daquele folgado. Eu estava com o instinto de protetora pro lado do Tom, só podia.

– Olha aqui seu abusado, o Sr. Tom Kaulitz é um homem sério – aham e eu sou o papai Noel – e está querendo o melhor pra Alemanha. Se você acha que por trás da vida dele tem tudo isso o problema é seu, mas sinto lhe informar que a coisa não é bem assim meu amigo – adoro mentir descaradamente como sempre fiz sem ter problema nenhum...

Logo percebi que Lucy estava quase dando um ataque do fundo do salão. Eu quase gritei “PARA COM ISSO LUCY ATREVIDA”. O repórter então me olhou tão feio, mas tão feio que ficou vermelho. Ele me encarou e disse:

– Se você está ficando com tanta raiva assim é por que deve estar tendo um caso com ele não é? – ele disse fazendo meus nervos subirem a flor da pele... Ah, agora eu iria inverter papéis.

Não foi um repórter que jogou o sapato no Bush? Eu queria jogar um sapato na cara daquele mal educado!
Eu desci da bancada com um copo d’água na mão e fui à direção dele. Eu coloquei uma das mãos na cintura e fiquei igualzinha a minha mãe. Eu olhei com ar de superior pra ele e falei:

– Eu tenho um caso com ele é? E você é um repórter muito esquentadinho pro meu lado... E pra esquentar precisa de água seu otário – eu disse tacando o copo d’água na cara dele. Todo mundo começou a rir, até Lucy que estava ficando com raiva. Eu saÍ daquele salão não ofendida, mas rindo do que tinha feito.
Eu chamei Lucy, William e Abraam pra ir comigo até meu carro. Eles me seguiram e todos os 3 estavam morrendo de rir.

– Mandou bem Camila – disse Abraam.
– Claro que mandei! Querido, eu sou irmã de Karolina e Mike Evans, nossa família é 10 – eu disse jogando os cabelos.
– Ai Ai – disse Lucy parando de rir – Camila, esse aqui é meu namorado William James, irmão da louca da Nora.

O garoto do sorriso bonito estendeu a mão pra mim e exibiu o sorriso do qual eu estava sempre comentando em meus pensamentos.

– Tudo bem? – ele perguntou.
– Claro e com você?
– Ótimo! Não se esqueça, se você é amiga da minha gótica, é minha amiga também – disse ele me fazendo sentir até querida.
– Claro... Obrigado William.

De repente, meu celular começou a tocar e era Bill. Eu atendi feliz por que ainda estava rindo um pouco da situação.

– Oi Billzinho da minha vida – eu disse feliz.
– Nossa não tava toda grossa comigo ontem? – ele perguntou rindo.
– Tava! Isso é passado, to ótima agora! Mas hein, o que quer?
– Eu to vendo você neste momento... Você ta encostada no seu carro com 3 adolescentes não é?
– É por quê?
– To aqui na frente do salão... Essa empresa de moda que tem na frente é aonde eu to começando a trabalhar – disse ele me fazendo virar. Na mesma hora eu o vi e ele estava dando tchauzinho com a mão. Eu sorri feliz e chamei-o com gestos pra perto da gente.
– Vem pra cá! – eu disse
– To indo! – ele disse e então desligou o celular.

Ele então foi se aproximando. Eu precisava apresentar meu melhor amigos para os 3 pirralhos (Lucy era a mais pirralha de todas)!

(Lucy Wolfgang Pov’s)

Eu olhei para o lado e vi aquele homem se aproximando... Era Bill, o Bill que eu não via há muito tempo. Ser amiga de Mike Evans tinha suas vantagens... Eu conhecia muita gente como Camila (ela até hoje não se lembra que brincava de boneca comigo quando eu era menor), conhecia Karolina e até Tom, que é o único que se lembra de mim.
Bill se aproximava e cada vez mais eu reparava na sua mudança... Os cabelos grandes tinham sido trocados por um moicano, mas as roupas eram quase as mesmas.
Há dois anos eu era completamente apaixonada por Bill. Mas ta óbvio que é uma coisa impossível... Ele é exatamente seis anos mais velho do que eu... Isso complica tanto a minha vidinha de cão.
Bill se aproximou e então chegou mais perto de nós... Já não o via há dois anos. A saudade me consumiu todo esse tempo.
Logo ele chegou, cumprimentou Camila e ela nos apresentou a ele.

–          Bill, esses são Lucy Wolfgang, Abraam William e William James – ela disse e logo ele cumprimentou The Killer primeiro, e logo depois William.

Ele ficou me encarando como se estivesse se lembrando de mim. Tive uma vontade enorme de falar HALLO BILL, SOU EU, A LUCY, SÓ QUE SEM ESSA TONELADA DE MAQUIAGEM! Mas não falei, deixei que ele se lembrasse...

– Eu conheço você! – disse ele rindo pra mim – É A LUCY PIRRALHA AMIGA DO MIKE! – disse ele se lembrando.
– ÉÉÉÉ! Pensei que não ia reconhecer Bill! – eu disse rindo.

Ele logo então me abraçou e me pegou no colo. Meu Jesus, que homem alto! Eu me sentia muito baixinha perto dele.

– Se conhecem? – perguntou Camila.
– Camila, até você me conhecia antes! Eu sou amiga do Mike, tanto eu como o Abraam – eu disse rindo do óbvio. – engraçado que do Abraam você se lembra, de mim não né? – eu disse fazendo um bico.
– Cara, eu preciso te ver sem maquiagem pra lembrar – ela disse rindo
– Amanhã ok? Mas Bill... Você ta diferente! – eu disse olhando ele de cima a baixo.
– Olha quem fala! – ele riu
– Ér... – William deu um pigarro... Ele sempre foi ciumento.
– O que foi William? – perguntou Abraam dando uma cotovelada.
– Nada – ele fez uma cara feia.

Eu não conseguia acreditar que o homem que eu sempre amei estava ali de volta em minha frente... Um homem impossível.

Postado por: Grasiele

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 6 - Basket Case

(Camila Evans Pov’s)

Cada dia mais eu to sentindo que ta virando rotina chegar em casa meio que irritada. Foi um dia super lindo pra variar – e eu não uso nenhum pouquinho de minha ironia. Além de eu estar morrendo de fome o meu lindo e eterno cunhado não estava em casa. Bravo, palmas pro Bill! Arg! Eu não sabia se era TPM ou algo do tipo, só sabia que de uma hora pra outra eu tinha ficado super bipolar. Como diz a Karolina “A Camila é estranha, a Camila é irritada, mas nunca deixa de ser a Camila”. É, nem tem tanto sentido assim, mas ok.
Eu fui direto pro meu quarto e caí na minha enorme king size sem dó nem piedade. Sempre quando eu estava assim que começava a assobiar a intro de Patience do Guns ‘n’ Roses. Eu fiquei meditando com meu assobio irritante por um tempinho até que ouvi a porta bater. Logo constatei que era Bill.

– DEMOROU A CHEGAR POR QUÊ? – gritei do meu quarto.

Ele nada respondeu, eu então me levantei rápido e fui ver o que tinha acontecido, por que Bill adora falar e sempre que tem oportunidade fala mais do que a boca. Eu cheguei na sala e Bill estava tão estranho. Toda a maquiagem que ele costumava usar no rosto tinha desaparecido e ele estava com o rosto limpo. Ele estava sentado no sofá balançando uma das pernas e a cabeça. Eu fiquei preocupada e então me sentei ao seu lado e logo perguntei:

– O que foi Bill?
– Nada Camila – ele respondeu como se aquilo fosse verdade. Pra me enganar tem que ser muito convincente, coisa que nem ele nem Tom eram.
– Bill, eu não nasci ontem, fala logo – eu insisti – o que foi, te roubaram, levaram seu celular, o que? – eu disse mais preocupada ainda.
– Camila eu já te disse que nada! – ele gritou comigo e logo depois saiu com raiva a caminho de seu quarto.

Bill não costumava agir dessa maneira. Fiquei um pouco magoada por ele ter gritado comigo. Bill era a única companhia que eu tinha desde que Tom tinha “morrido”. Por mais que eu tivesse meu pequeno Mike, a Karol e meus pais, eu sempre senti um vazio enorme dentro de mim e o único que amenizava esse sentimento era Bill, com toda sua amizade e risadas exageradas. Devia estar acontecendo algo sério com ele pra agir dessa forma. Eu não tinha mais coragem de perguntar nada... Apenas levantei-me do sofá e gritei:

– Está bem, já que não aconteceu nada acho que você ta tranqüilo pra dormir sozinho nessa casa enorme hoje! – eu disse pegando as chaves do carro e batendo com força na porta.

Entrei no meu Chevrolet vermelho e comecei a dirigir sem rumo. Estava de noite e muitas coisas na cidade não me atraiam essa hora. Então eu segui pra uma praça que tinha no centro e que era totalmente calma. Parei meu carro no estacionamento e logo desci. Era como um parquinho tinha areia, gangorra, balanços e muitas coisas de parquinhos. Um pouco atrás do parquinho tinha uns banquinhos de xadrez. Eu me sentei no que era mais perto do parque cheio de árvores enormes. Estava escuro lá e eu me senti muito bem lá sozinha.
Eu olhei para os outros banquinhos e lá estava um casal comendo pipoca. O mínimo que eu podia chamá-los era de apaixonados. Eu vi um sentimento tão lindo no olhar de um pra outro que até cheguei a sentir muita inveja. Ele era do tipo engraçadinho que sempre estava fazendo os outros rirem e ela ria de tudo o que ele fala, entre beijos, pipocas e abraços. Eu parei de olhar por que eu já estava me sentindo muito mal com tudo o que tinha começado naquela semana.
Novamente comecei a assobiar Patience pra ver se eu realmente criava paciência. Bem na hora meu celular vibrou no bolso de meu casaco e na tela aparecia “Bill Ligando”. Eu pensei duas vezes, mas logo considerei o primeiro pensamento e atendi.

– Alô – eu disse seca, como ele estava merecendo.
– Camila, me desculpa por ter gritado com você? – ele disse em tom de suplica... Homens! Só vêem o erro depois que pensam muito!
– Olha Bill... Eu não to a fim de falar agora ok? Eu vou pra casa depois daí nós conversamos, só me deixe em paz agora – eu disse desligando o celular na cara dele.

Eu mais uma vez vacilei e acabei olhando pro casal no outro banquinho. Agora tive uma surpresa... Ele abriu uma caixinha, lá dentro tinha dois anéis, ela ficou surpresa e ele a pediu em casamento. Eu quase tive um ataque mórbido de inveja na hora... Como podia existir tanto amor assim em duas pessoas?
Abaixei minha cabeça e gemi baixo. Eu estava tão estorvada, mas tão estorvada que se pudesse gritar de raiva eu o faria.

– Dormindo na praça? – uma voz surgiu de repente atrás de mim. Aquela voz grossa, conhecida e muito parecida com a de Bill.

Eu na hora me levantei e olhei pra trás e lá estava Tom. Estava com uma roupa semelhante a que usava antes: as calças largas, uma bela blusa grande com outra de botões por cima, alguma coisa na cabeça...

– Não... Eu não costumo dormir aqui – eu disse sem sorriso nenhum no rosto.
– Hmm – ele gemeu – posso me sentar com você? – ele disse todo educado.
– E desde quando você tem toda essa educação comigo? – eu perguntei juntando as sobrancelhas.
– Desde quando eu resolvi que deveria ser mais educado com você – disse ele com um sorriso de canto no rosto.

Tinha alguma coisa de diferente nele. Tom me olhava de uma forma desigual a de antes... Não tinha mais fome em seus olhos, tinha um certo... Amor. Era algo parecido com o que eu tinha visto no olhar do outro rapaz.
Tom então se sentou no banquinho da frente e pousou seus braços lá. Minhas mãos estavam em cima da mesa e logo foram tomadas pelas mãos quentes e super tremulas de Tom. Senti um arrepio estranho na espinha ao sentir o tremor dele. Ele me olhou e sorriu mais uma vez e disse:

– Camila, você sofre de alguma forma – ele perguntou. Porque Tom estaria me perguntando aquilo?
– Sofro... Muito – eu fui sincera. Sim, eu sofria por causa dele, com a mentira dele, com a falta que eu sentia dele.
– Hm... E se alguém pudesse curar esse seu sofrimento? Quero dizer, com amor, carinho, beijos... O que me diz? – ele insistia em perguntar essas coisas. O que ele queria?
– Acho que hoje em dia ninguém pode curar minha dor Tom... Ninguém. A pessoa que eu amo – eu disse com um pouco dificuldade mais depois prossegui – simplesmente não existe – eu disse a verdade por partes. Eu temia em nunca mais ver aquele Tom de antes, o que eu sempre amei. Eu estava enxergando o antigo agora naquele Tom que insistia em me perguntar.
– Camila, eu sei que algumas pessoas são únicas nessa vida, mas se eu pudesse ocupar o lugar dessa pessoa que você ama? – ele disse me fazendo arrepiar ainda mais.
– Tom! Você é quase casado com a va... Com a Renata – eu disse quase deixando escapar o apelido carinhoso que tinha dado pra minha “querida Renatinha”.  – eu não sei se você é capaz de me amar como a pessoa que eu amo amou – fazia um sentido enorme. Não seria como antes, ele não sabia que eu era a verdadeira Camila e ele nem fazia idéia de que eu sabia que ele era Tom. Nosso destino não era mais ficar junto... Infelizmente.
– Eu não amo a Renata! E sim, eu sou capaz de te amar mais do que tudo, por favor, Camila, deixe-me provar que posso ser melhor do que essa pessoa. – ele insistia cada vez mais.
– Não existe ninguém melhor do que essa pessoa! Ela foi única em minha vida e sempre será... Ninguém melhor e nem pior – eu disse irritada tirando minhas mãos das dele.
– Ah... Desculpe, não era isso que eu queria dizer Camila! Desculpe-me se te ofendi de alguma maneira – ele disse e vi que era mesmo verdade então amoleci um pouco.
– Tom... Não seria certo eu deixar que isso acontecesse... Não acho que seria certo. –eu disse vacilando um pouco com a cabeça. Mentiras rodam nossas vidas, meu coração está consumindo uma raiva tão grande por ele... Mas lá dentro de mim, Tom está sendo tão amado... Será que estou tentando negar meu amor por orgulho?

Eu me levantei daquele banquinho e fui com o rosto um pouco retorcido para o parquinho de areia. Eu me sentei no balanço e fiquei lá balançando um pouquinho. Tom ocupou o balanço do lado e ficou me observando calado.
Ele tirou o celular do bolso e então colocou Basket Case do Green Day. Não era uma música apropriada pro momento até por que ela é muita da animada, mas aquela música era a que ele costumava a tocar na guitarra pra mim. Naquela hora eu nem tinha lembrado isso, só olhei pra ele e falei:

– Gosta de Green Day?
– Sim, acho que essa música é legal – ele disse sorrindo de canto.


Às vezes eu me arrepio
Às vezes minha mente apronta comigo
Isso tudo se acumula
Acho que estou "pirando"
Eu estou paranóico?
Ou eu só estou drogado?

Eu me sentia como se estivesse na letra de Basket Case... Ás vezes eu me arrepiava, ás vezes minha mente aprontava comigo, isso tudo se acumula... Eu então me levantei e fiquei segurando na corrente do balanço. Olhei pra baixo e fiquei olhando pra aquela areia cheia de milhões e milhões de grãos. Então Tom se levantou e ficou em minha frente. Ele levantou minha cabeça com sua mão e então me olhou fixamente sem parar.

– Você vai me dar uma chance Camila? – ele perguntou sério e com esperança nos olhos.
– Ér... – eu fiquei sem fala na hora. Sentir Tom safado, e o Tom daquele jeito.
– Não precisa responder agora... – foi a última coisa que Tom disse e logo depois sua boca se juntou a minha.

Eu senti aquele beijo totalmente diferente... Não era um beijo desesperado, era um beijo calmo, com amor do qual eu sentia falta. Ele passou a mão por minha cintura e me puxou pra mais perto. Corpo a corpo, boca a boca. “Abrace-me, beije-me, me tome pra você” era o que eu pensava enquanto nossas línguas dançavam em sintonia. Ele logo finalizou o beijo quando estávamos já sem fôlego e ficou me olhando com esperança.

– Tom... Eu acho que posso pensar no seu caso – eu disse com um pouco de dificuldade. Com a cara que ele tinha feito na hora eu tive uma vontade imensa de rir muito.

Ele me abraçou com força e eu senti que ele queria muito aquilo, não sei por que. Eu comecei a rir. A música ainda estava tocando e eu ainda ouvia a voz do meu ídolo ecoar.

Você tem tempo
Pra me ouvir reclamar?
Sobre nada e tudo ao mesmo tempo
Eu sou um desses
Tolos melodramáticos
Neurótico até o osso
Sem dúvida nenhuma


Mais uma vez ri e então o sorriso desapareceu quando Tom me beijou novamente. Eu agora não sentia mais inveja daquele casal que tinha visto... Será que o amor estava me tomando? A raiva sumindo? O que estava acontecendo comigo? Eu não parei pra pensar nisso... Só me senti tomada por Tom e a única coisa que ecoava em minha cabeça era: Eu estou com ele e mais nada resta...

***

Muito mais tarde depois.

Eu estava com muito medo... Sentia-me tão desprotegida.
Senti um grande impacto tomar meu corpo naquela hora e então caí nos braços de uma pessoa que não sabia quem era. Senti que um beijo estava sendo selado em minha boca, mas não conseguia ver a pessoa.
Percebi que o impacto tinha sido uma grande dor no coração e essa tinha sido causada por Tom que se encontrava em minha frente. Eu não conseguia mesmo ver a outra pessoa. Tom deu um sorriso de canto e de repente eu consegui enxergar a outra pessoa que me tomava... Outro Tom? Esse tinha um olhar amoroso e suplicante por amor. Eu fiquei sem falar nada e ainda permanecia assustada. De repente o Tom que havia me dado um beijo desapareceu e fiquei sem os dois, lá sozinha... Depois de muito chorar eu ouvi um péssimo barulho de despertador tocando e então percebi que tudo não passou de um sonho... Ainda bem...

– Hoje é dia de coletiva de imprensa... – lembrei a mim mesmo e então cambaleei para o banheiro ainda morrendo de sono...

Postado por: Grasiele

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 5 - Irmão É Conectado A Irmão

Fiquei um tempo conversando com Georg até que novamente Renata apareceu e estragou mais uma vez meu dia...


– Georginho do meu coração, eu queria saber se você quer ir almoçar comigo e com o Tomzinho – disse Renata com aquela voz irritante.

– Desculpa Re, eu não posso – ele disse – tenho muito trabalho hoje – ele finalizou dando de ombros.

– Que peninha... – ela disse e logo depois olhou pra mim. Aposto que pensou que eu estava dando uma de oferecida para o lado do Georg.

– Por que você não chamou a Camila? – eu ouvi a voz do cafajeste do Tom chegando por trás de Renata.

– Camila? – ela perguntou como se meu nome fosse um palavrão horrível que Tom havia falado.

– É, a Camila – ele disse sorrindo e logo depois lançou uma piscadela pra mim. – quer ir Cami? – ele disse sorrindo.

– Não Sr. Kaulitz, vou com minha irmã – eu dei de ombros – quem sabe outro dia?

– Tudo bem... – ele fez cara de decepcionado, mas não me comoveu de forma alguma.



Eles dois então saíram da sala e foram almoçar. Eu fiquei observando Georg mexer um pouco no computador dele até que puxei assunto novamente. No meio do assunto a música New Perspective do Panic! At The Disco começou a tocar. Era meu celular, eu logo atendi e era Karolina avisando que me encontraria no restaurante perto do local.



– Georg, tenho que ir. Vou encontrar com minha irmã. Dentro de uma hora eu volto – eu disse me levantando

– Bom almoço – ele disse sorrindo e ainda teclando em seu computador.



Eu então sai, desci a escada – o elevador continuava em manutenção – e entrei em meu carro e segui para o restaurante. Quando cheguei lá tive uma pequena surpresinha, não era apenas Karolina que estava lá, mas sim ela, Bill e Mike. Eu fiquei até feliz por ver todos lá. Me sentei ao lado de Mike e peguei o cardápio.



– O que está acontecendo pra todos vocês estarem aqui? – eu disse sorrindo.

– Temos muito o que comemorar. O Bill arrumou um emprego, finalmente! – Karolina disse feliz.

– Sério? – arregalei meus olhos e olhei pra Bill – parabéns! Qual é o seu emprego?

– Obrigado! Bom, eu entreguei alguns currículos e mostrei alguns desenhos de minhas roupas para uma agencia de estilo e eles gostaram e me chamaram pra me testar alguns dias – ele disse todo feliz e exibindo o sorriso super perfeito que tem.

– Que maravilha! – exclamei – mas ok, o que o Mike tem haver com isso? – eu perguntei rindo.

– Ah, eu quis vir Camila – ele disse revoltadinho – não posso almoçar com minhas irmãs e meu amigo? – ele disse rindo.

– Não – eu brinquei

– Sem graça.

– Também te adoro Mike – eu ri mais uma vez.



Quando estávamos todos juntos eu me divertia muito. Não era como estar no meio de dois irmãos e um eterno cunhado, e sim grandes amigos e companheiros pra toda a vida – eles eram isso mesmo, mas não os via como disse antes.

Nós pedimos nossos almoços e comemos. Eu tinha 1h e 15 de almoço e isso pareceu passar muito rápido. Tive que voltar a trabalhar – não só eu como Karol. Ela estava com o carro de meu pai (nunca citei o nome dele, mas por precaução, seu nome é Hanz) e deixou Mike em casa. Nem sei pra onde Bill foi mesmo.

Eu cheguei ao prédio e fui para a sala de Tom. Pra minha felicidade a Renata Vaca não estava lá, tinha ido pra casa ficar com a mamãezinha dela que infelizmente tinha meu nome.



– Eu ainda não tive muito tempo de falar com você sobre o que aconteceu no elevador – ele disse quando eu estava me sentando.

– Eu não quero falar sobre isso ok? – eu disse nervosa – temos que trabalhar, e eu sei que hoje você tem várias coisas pra fazer como encomendar os panfletos da sua campanha e eu tenho que ficar controlando seu twitter – eu disse toda robótica.

– Camila, você ta muito tensa – ele disse massageando meus ombros.

– É, eu to sim – eu disse com a cara fechada.

– Menina, você é bipolar? – ele disse – uma hora ta toda atirada pra mim e outra ta fria – ele reclamou.

– É, eu acho que tenho muitos distúrbios de bipolaridade Tom – eu disse rindo de canto pra mim mesma.

– Você é estranha... Mais é linda – ele disse me dando um beijo no rosto.



De repente seu celular começou a tocar. Nem preciso falar quem era né? Renata Vaca...



– E aí patetinha? – disse ele atendendo o telefone.



PATETINHA? Como assim? Ele chamava a mim de patetinha!



– É, hoje quando eu sair do trabalho eu encontro seu pai... Não, eu já disse que não dá pra fazer nenhum jantar esses dias... Renata, para de frescura... Ai meu santo cristo, ta bom, ta bom, a gente vê isso... Tudo bem, tchau pateta – incrível como ele sempre fica irritado no telefone com a Vaca.



Enquanto ele reclamava ao telefone eu tratei de pegar  o computador e logo acessei o twitter.. Tinha muitos seguidores, Tom era bem popular. Escrevi no espaço para os caracteres “Estou aqui com minha assessora super bonita dentro de minha sala e ainda estou discutindo com a pateta da minha mulher pelo telefone”. O twitter era um ótimo lugar pra começar a estragar a vida de Tom. Logo, apareceram respostas do tipo “Você ta pegando sua assessora Tom?”. Eu não respondi... Queria que as coisas começassem a ficar piores pra ele, aí sim viriam as respostas. Ele parou de discutir com Renata e eu logo fechei o twitter e procurei um site tipo Myspace pra convencer ele á fazer um e pra escapar de meus planinhos. 



– Faça um Myspace Tom – eu incentivei – será bom. Muitas pessoas jovens o tem e podem até começar a votar em você por influencia do Myspace – eu disse exibindo meu sorriso sedutor e convidativo.

– Myspace... Bom, faça pra mim! – ele disse convencido por meu sorriso – ah, não se esqueça, amanhã tem coletiva e eu não to afim de ir. Vai no meu lugar? – ele disse também exibindo aquele sorriso que só ele tinha.

– Claro, é meu trabalho – eu disse sorrindo e tendo mais malicias prontas em minha cabeça.

– Ótimo... Assim que eu gosto – disse ele colocando uma mexa de meu cabelo atrás da orelha.



E simplesmente o dia passou rápido... Não consegui ver nada depois daquele momento, só me vi nos ardendo nos braços de Tom novamente sendo tomada por ele até o final do expediente...



(Tom Kaulitz Pov’s)



É tudo tão incrível... Camila é a mulher perfeita. Ela me lembra a minha antiga Camila da qual eu tive que deixar por causa de dinheiro... Se eu soubesse onde ela anda, voltaria com ela no mesmo instante.

Depois que acabou o trabalho eu tinha que encontrar Gordon e Renata num dos apartamentos de Gordon. Sinceramente, eu poderia muito bem ficar com Camila... Mas não podia.

Nós saímos daquela sala, ela saiu pelo estacionamento e desci as escadas para a porta da frente do prédio, pois Georg tinha pegado o carro dele, deixado lá na frente pra mim por que a minha querida noiva catou meu carro e levou embora. Arg, a Renata me irrita muito, muito mesmo.

Eu ia chegando na recepção do prédio quando me deparei com uma figura um tanto diferente. Era muito, mas muito alto mesmo, tinha um moicano preto, usava umas roupas de andrógeno. Ele estava de costas no balcão falando com a Beth, a telefonista. Ela deu a noticia e ele deu de ombros meio que chateado, na mesma hora ele olhou pra trás.

Senti uma coisa me invadir, como se fosse uma ventania que só eu sentia. Ele me fitou assustado – como eu o fitava. Seus olhos estava na minha direção e os meus na dele. Examinei seu rosto e era tão... Parecido com meu. A diferença é que parecia ter 1kg de maquiagem preta ali, mas o resto... Sua expressão de espanto, seus olhos castanho-mel. Eu fui me aproximando dele devagar e ele foi fazendo o mesmo. Passos lentos iam cada vez mais me permitindo ver o rosto daquele ser. Quando estava a mais ou menos um metro dele, pude sentir o cheiro familiar... Aquele perfume de hortelã que só uma pessoa usava...



– Bill? – eu sussurrei espantado... Era um palpite... Que estava quase certo.

– T-Tom... ? – ele falou no mesmo sussurrou que eu. A voz era parecida com a minha, só que mais fina. – oh meu deus... Você... Você... Você não morreu... Você não morreu! – disse ele mudando a expressão para uma de emoção.



Senti lágrimas fazerem caminho dos meus olhos até o chão. A maquiagem dele estava se borrando também com lágrimas.



– Não... Eu não morri e nós precisamos conversar – eu disse sussurrando – vem, vamos comigo na minha sala – eu disse o puxando pelo braço.



Ele parecia estar colado no chão de tanta emoção, mas consegui o arrastar até o elevador que já tinha sido consertado. Subimos e então eu o arrastei ate minha sala e fechei a porta.



– Senta aí – eu ofereci a cadeira da qual Camila sempre sentava.



Ele se sentou e ainda ficou me olhando com cara de assustado.



– Tom... Como você pode... Como você pode mentir sua morte todo esse tempo – disse ele um pouco revoltado.

– Bill... Calma, eu posso explicar tudo – eu tentei acalmá-lo.

  Ah, com certeza você vai me explicar Tom – disse ele secando uma lágrima e deixando um grande borrão de maquiagem no rosto.

– Bill... Eu acho que hoje não é um dia muito bom pra eu dar explicações, você parece muito abalado com tudo... Que tal marcarmos um dia pra se encontrar – eu disse meio inseguro.

– Tudo bem... A Camila vai gostar muito de saber que você não morreu – disse ele com um pequeno sorriso no rosto.

– Camila... Ela está bem? – eu perguntei querendo muito saber da única mulher que amei de verdade em toda minha vida.

– Sim, ótima... Alias, ela trabalha aqui... Pra um candidato a senador... Chamado Tom – ele disse devagar e pensando.



TRABALHA AQUI? PRA UM CANDIDATO A SENADOR? CHAMADO TOM? O único Tom desse prédio aqui sou eu... Então, a minha Camila está trabalhando pra mim?



– Então... A minha assessora Camila... É A CAMILA! – eu disse com um enorme sorriso no rosto – Meu Deus, ela não deve ter se tocado que sou eu! Deve ter me esquecido já – eu disse de cabeça baixa.

– Não, ela não te esqueceu Tom. Só não deve reconhecê-lo – disse Bill me animando.

– Sério? Ela não me esqueceu? – eu perguntei feliz.

– É!

– Então... Eu tenho a Camila ao meu lado e não sabia... Bom, só tenho uma coisa a fazer – eu sussurrava pra mim mesmo.



Eu só tenho uma coisa a fazer: Conquistar a Camila aos poucos, e na hora certa dizer quem eu realmente sou.

Postado por: Grasiele

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 4 - Amor no elevador

Mais uma vez eu acordei cedo pra ir pro trabalho. Dessa vez Bill estava acordado e ficou esperando ate dar a hora de eu sair. Eu tinha pegado meu carro com Karolina na noite anterior, então podia ir um pouco mais tarde. Eu então saí de casa sem pressa e fui indo pro prédio espelhado novamente. No caminho eu passei por uma loja de doces e lá dentro avistei meu irmão, Mike. Ele estava com uns amigos se entupindo de doces.
Mike só tem 16 anos e anda com uma galerinha realmente estranha. Bom, eu não falei nada, apenas dei uma buzinada e dei tchauzinho pra ele, que me respondeu sorrindo.
Eu então segui para o trabalho e quando estava chegando ao prédio parei em um sinal vermelho. Fiquei esperando o demorado semáforo até que olhei pro lado e quem estava do meu lado? Tom! Ele estava em seu carro com outro cara dentro, parecia ser o tal Georg Listing. Eu fiquei olhando e de repente ele se tocou que o carro parado ao lado dele era o meu. Na hora que Tom me viu abriu um sorriso enorme e mandou um beijinho pra mim. Eu sorri e logo depois virei a cara e fiz uma careta de nojo.
Então o sinal abriu e nós seguimos para o mesmo lugar, só que o carro dele estava na frente. Toda hora ele olhava no retrovisor pra ver meu rosto... Arg, que idiota repugnante! Nós entramos na garagem do prédio e eu deixei meu carro muito longe do dele. Ele desceu juntamente com Georg. Eu fiquei babando no cabelo dele, parecia que tinha sido feito com todo cuidado do mundo pra ser tão perfeito assim. Eu bati a porta de meu carro e quando dei por mim eles dois estavam lá me observando com um sorriso no rosto.

– Veio preparada hoje? – Tom perguntou me olhando de cima a baixo.
– Claro! – eu respondi sorrindo, mas deu vontade de falar “o quê que você acha seu otário?”.
– Camila, esse é Georg Listing, meu melhor amigo – ela disse o apresentando. Eu estendi a mão pra cumprimentá-lo e quando vi ele beijou minha mão.
– É um prazer conhecê-la – ele disse logo depois.
– Igualmente – eu disse sem graça.
– Bom, vamos pra dentro, por favor? – Tom disse meio irritado.
– Vamos sim – eu disse.

Nós fomos pra dentro do prédio então e os três subimos no elevador, só que Georg parou no 7º andar. Eu e Tom estávamos sozinhos no elevador. Eu permaneci calada por um tempo. Tom ficava me encarando como se eu fosse um pedaço de carne. Ele mexia o piercing. Se eu olhasse ia começar a lembrar do tempo em que ele fazia isso só pra mim... Era super covardia comigo!
O elevador estava subindo muito lento, estava no 11º andar. Tom deu um pigarro que me fez olhar pra ele. No momento em que eu olhei de repente o elevador deu uma sacudida feia que me fez cair no chão e derrubar um monte de coisas como minha bolsa, minhas pastas e tudo. Na hora que Tom foi se abaixar pra me ajudar o elevador parou. Ótimo! Nós estávamos presos no elevador... JUNTOS!

– Ah não acredito! – eu gritei.
– Calma – ele se abaixou em minha frente – tudo bem?
– Sim, só bati minha bunda com minha força no chão... Ai! – eu choraminguei.
– Posso examinar? – ele disse com um olhar safado.
– TOM! O assunto é sério! A gente ta preso dentro do elevador! – eu disse o repreendendo.
– Pelo menos nós estamos sozinhos... Só nós dois, sem Georg, sem Renata, sem Lucy... Sem ninguém – ele disse passando a mão em minha perna.

Eu não consegui esconder que eu estava gostando daquilo. Eu fechei meus olhos enquanto a mão dele deslizava sobre minha perna a caminho de minha intimidade, onde ele tocou de leve me fazendo arrepiar. Sua mão foi subindo até o zíper de minha saia social e ele a abriu e logo depois a puxou me deixando apenas com a minha blusa de botões, calcinha e meia calça. Eu mesma tratei de desabotoar os botões e tirar a blusa. Ele mordeu minha coxa devagar, mas com um pouquinho de força me fazendo gemer baixinho. Ele foi tocando passando a mão vagarosamente pelos meus seios até encontrar o fecho do sutiã que ficava na frente. Ele o tirou e logo avançou neles com as mãos e começou a massageá-los. Os bicos do mesmo estavam durinhos, o que fez Tom ficar brincando com eles. Ele passou a língua num dos seios e logo depois o mordeu. Eu fui tirando todo sua roupa enquanto ele brincava com os seios, Tom se encontrava quase nu, estava só de boxer. Eu então de propósito na hora de puxar seu boxer toquei em seu membro. Vi que ele ficou todo arrepiado e dei um sorriso malicioso. Puxei seu boxer todo e sem demoras minha boca foi ao encontro de seu membro. Fazia o movimento de vai e vem rápido. Tom gemia demais, e isso me fazia ir cada vez mais rápido. Ele me segurou pelos cabelos como se quisesse controlar meus movimentos. A cada vez mais ele gemia. Logo depois ele me encostou na parede e com pressa tocou meus joelhos abrindo minhas pernas e começou a preencher. Ele fazia aquilo como ninguém... Que safado. Ia super rápido, e a cada vez mais eu via que ia ficando cansado, mas ainda sim se divertia com meus gemidos e meus gritos. Eu gritava freneticamente “mais rápido, mais rápido!” e ele atendia aos meus desejos. Chegou ao seu gozo total um pouco depois de mim. Foi uma coisa muito rápida. Ele caiu de cansaço se apoiando em mim. Sua cabeça cambaleou e acabou encostando-se a meus seios. Eu pude o sentir respirando pela boca de tão cansado que estava. Passei minha mão pela sua cabeça e fiquei acariciando. Eu também estava cansada. Logo fechei os olhos e encostei minha cabeça na parede espelhada do elevador.
De repente eu comecei a me tocar... POR QUE EU TINHA FEITO AQUILO? Como assim, eu com raiva dele fiz amor no elevador com ele... Cara, isso se chama recaída feia! Mas... Como eu pude? Eu fiquei tão irritada comigo mesma que na hora o empurrei e comecei a vestir minhas roupas. Ele ficou me observando e rindo. Cara, como aquele canalha tinha a audácia de rir?

– Se tocou da besteirinha que a gente fez né? – ele disse rindo.
– Da besteirinha que você fez! – eu disse vestindo minha saia. – cacete você é quase casado e me conheceu ontem – eu disse irritada – você faz isso com todas?
– Não... Só com as mais bonitas – ele disse rindo – e sim eu te conheci ontem... Mas senti algo especial em você, como se te conhecesse há anos – ele disse.
– Isso soa gay meu amigo – eu disse abotoando a blusa.
– É... Verdade – ele riu pra si mesmo – mas é verdade Camilinha... Você me deixou mais feliz ontem do que eu sou com a Renata há dois anos – ele disse me fazendo me sentir “a diva da alegria”.
– Que coisa boa – eu disse colocando os sapatos, mas falei fria.
– Coisa boa é você garota – disse ele se levantando e logo depois me agarrou pela cintura e me deu um beijo.
– TOM! Você não se tocou que aqui no elevador tem câmeras? Essa hora a gente pode estar estrelando um lindo filme pornô sabia? – eu disse o fazendo rir.
– Relaxa... Eu pego essa fita na hora que eu quiser... Se você quiser eu te dou ela de presente – ele disse rindo.
– Hm – murmurei – isso não é nada engraçado, e se Renata acabar vendo essa fita? – eu disse séria.
– Ela vai ver o que é sexo de verdade – ele deu de ombros, óbvio.
– ARG! Você tem resposta pra tudo mesmo – eu disse nervosa.
– Por que em tudo eu estou certo – ele disse com uma piscadela e logo depois foi vestir sua roupa.

Ele não estava vestido muito social naquele dia. Estava com uma calça larga, uma camisa enorme com outra quadriculada de botões por cima. Na cabeça um tipo de faixa na testa e um alargador na orelha... Era mais ou menos assim que era quando estava comigo. Antes, eram os dreads dentro de um boné combinando com a roupa, grandes casacos, Adidas, fone de ouvido e Samy Deluxe na área! Ele sempre ficava me convencendo a ouvir, mas ele não se ligava que meu negócio era The Rasmus, Nickelback, Linkin Park e 30 Seconds To Mars.
Um pouco depois, o elevador voltou a funcionar, e estava subindo. Nosso destino era o 15º, como sempre. Estávamos arrumados como antes, não perfeitamente, mas dava pra pensar que tínhamos apenas caído na hora do tranco. Quando a porta se abriu várias pessoas estavam preocupadas conosco. Estavam lá, Sweet Killer – eu queria saber por que aquela garota vivia lá, ela não estudava não é? -, Georg, Renata e o famoso Gordon.

– MEEEU AMORZINHOOOOO! – gritou Renata indo abraçar Tom que disfarçadamente revirou os olhos – VOCÊ ESTÁ BEM MEU ANJO?
– Estou Re... Estou – ele disse entediado.
– Camila – sussurrou Sweet Killer – ele abusou de você dentro do elevador não foi – ela disse disfarçadamente.
– É... E eu maluca deixei – eu disse com raiva de mim mesma.
– Não se culpa – ela disse – toma, o numero do meu celular, sinto que em breve vai precisar muito dele – ela disse colocando um papel na minha mão e depois saiu.

Renata então ficou de longe me fuzilando com o olhar. Estava agarrada ao braço de Tom. Eu apenas sacudi minha cabeça e fui direto ao banheiro lavar meu rosto. Eu abaixei minha cabeça e comecei a jogar a água gelada quando uma voz quebrou o barulho da água saindo da torneira.

– Oi – disse a voz.

Eu me virei pra ver, e era um gótico que mais parecia uma menina. Tinha o cabelo grande e loiro, olhos azuis, roupa extremamente preta como a de Sweet Killer e maquiagem forte. No pescoço um colar com uma cruz que parecia pesada, e nos dedos vários anéis.

– Você é um homem não é? – perguntei. Ta aquilo não era pergunta a se fazer, mas...
– É... Acho que eu sou – ele disse rindo
– ENTÃO O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO NO BANHEIRO FEMININO? – eu gritei nervosa.
– AAAH – ele revirou os olhos – tudo bem Camila, eu só aproveitei pra vir te conhecer. Sou Abraam Williams, mas é obrigado que me chame de The Killer ok? Muito bem, só quero que saiba que sou amigo da Sweet Killer e que estou aqui pra te ajudar. Ah, e dica... Somos os dois amigos do seu irmão, Mike... Você não se recorda, mas me conhece – ele disse tudo muito rápido, mas eu processei.
 – Abraam Williams... Abraam Williams... – eu tentava procurar em minha mente – AAAAH! VOCÊ É AQUELE GAROTINHO TARADO QUE OLHOU DE BAIXO DA MINHA SAIA NA FESTA DE 13 ANOS DO MIKE! – eu gritei nervosa – Eu deveria bater muito e você The Killer, MUITO! – eu disse nervosa.
– Calma, calma Camila! – ele disse rindo – não há motivos mais pra me bater, não sou mais tarado... Só pertenço há uma garota que não vai muito com minha cara, mas tudo bem, isso não vem ao caso. Já me apresentei e você já me reconheceu. Espero que reconheça Sweet Killer também, por que ela é peça importante em sua vida ok? Vou indo... Boa sorte com o depravado Kaulitz – ele disse e logo depois saiu do banheiro me deixando meio... Confusa.

Então eu conhecia Sweet Killer, por causa de meu irmão? Hm, isso explica ela querer me ajudar. Mas não entendia Nora e William. Nora nem me conhecia direito, isso era fato, e eu não conhecia seu irmão, outro fato. Era uma coisa totalmente estranha pra mim, mas já que me ofereciam ajuda não tinha por que recusar.
Saí do banheiro e fui direto pra sala de Tom – minha sala de trabalho. A porta estava fechada e eu bati antes de entrar. Ninguém respondeu nada, então eu bati novamente e nada novamente. Eu então abri a porta logo de vem e me deparei com a coisa mais nojenta do mundo. Tom beijava Renata como se quisesse engoli-la. Eu fiquei com a cara lá no chão e então fechei a porta e sai correndo dali. Andei tão rápido que estava sem rumo quando esbarrei com Georg. Desastrada, caí no chão. Que lindo dia de tombos...

– Ah, desculpe, eu sou desastrada demais e...
– Não se preocupa Camila – ele disse me ajudando a levantar. – tudo ok?
– É... Pode ser – eu disse dando de ombros.
– Indo pra algum lugar?
– Não. Eu fui entrar na sala e Tom estava engolindo Renata. Fiquei tão sem jeito que fiquei sem rumo.
– Então vamos comigo pra minha sala – ele não parecia ter o mesmo ar de safado de Tom.
– Tudo bem... – pelo motivo acima eu acabei indo.

Nós descemos pela escada, o elevador estava sendo concertado. Aposto que notaram a poça de suor que deixamos lá.
A sala de Georg era um tanto discreta e ao mesmo tempo super elegante. Eu me sentei na cadeira em frente à mesa e logo fiquei balançando as pernas de nervoso. Ele se sentou em minha frente e começamos a conversar normalmente. Senti amizade na conversa de Georg, e aposto que o beijo na mão lá no estacionamento foi apenas pra deixar Tom irritado. Fiquei um tempo conversando com Georg até que novamente Renata apareceu e estragou mais uma vez meu dia...

Postado por: Grasiele

Tom Kaulitz Is Not Dead - Capítulo 3 - De santo ele não tem nada!

Naquele mesmo dia...



De onde aquela menina saiu pelo amor de Deus? Bom, acho que Lucy era do tipo de menina que gostava de ajudar, mas era estranha, gótica ou não. Eu sequei as lágrimas e me sentei na mesma cadeira de antes e esperei meu “lindo chefe” voltar a sala. Fiquei torcendo pra a vaca da Renata não voltar com ele. Eu abri uma revista que eu vi na mesa dele e lá estava ele na página principal “Futuro noivo e senador”. Ah, vai se fuder mano! Estava lá, a foto dele com a Renata vaca, se abraçando. Até parece que eles são felizes assim. Eu deixei aquela revista idiota no mesmo lugar e fiquei esperando impaciente que ele voltasse.

Por um lado eu estava super alegre por Tom não ter morrido, mas por outro... O lado mais forte era de que eu estava fervilhando de raiva por ele ter me deixado pra ficar com a Renata vaca! Só que uma coisa que não entrava na minha cabeça era a tal da Lucy saber da minha história... Há dois anos aquela garotinha tinha 12 anos e o que ela poderia saber?

Peguei-me pensando nisso, mas de repente ele entrou na sala com aquele sorriso descarado e voltou a sua cadeira sorrindo pra mim. Como eu tinha vontade de arrancar a cabeça dele.



– Então Camila, está mesmo interessada em ser minha assessora – ele disse entrelaçando as mãos em cima da mesa.

– Claro... Claro eu estou interessada senhor Kaulitz. – eu disse forçando um sorriso com sucesso.

– Hm... E, você é casada? – ele perguntou maliciosamente.

– Não... Só moro junto com um rapaz, mas não sou nada dele, apenas amiga – eu disse meio que transtornada... Será que ele estava tentando me seduzir?

– Hm... Qual o nome dele? – ele perguntou se levantando da cadeira e indo até a porta. Eu pude ouvir o barulho da tranca... Safado!

– Ér... Mike – eu menti descaradamente. Na verdade, Mike era o nome do meu irmão de 16 anos.

– E o Mike tem ciúmes de você – ele se aproximou e sussurrou isso ao meu ouvido me deixando arrepiada. Fazia muito tempo que eu não ouvia aquela voz em meus ouvidos...

– Ér... Não – eu disse com a voz falhada.

– Que bom... – ele disse e logo depois vagarosamente seus lábios encontraram meu rosto e logo depois minha boca.



Fazia dois anos que eu não beijava aquela boca. Senti o piercing dele encostando-se a meu lábio. Dei espaço pra sua língua passar e então eu cedi ao beijo. Por mais que eu estivesse com raiva de Tom, eu precisava daquele beijo... Mas do que tudo. O beijo foi interrompido por batidas irritantes na porta.



– TOM SEU FILHO DA MÃE, ABRE ESSA PORTA! É A SWEET KILLER! – a voz era de Lucy... Sweet Killer? Que merda é essa?

– Ah Lucy! Vai se ferrar – ele disse com raiva.

– Se você me mandar ir me ferrar mais uma vez eu juro que conto tudo pra Renata – ela o desafiou. Deu até medinho.

– Arg! Espera aí então! – ele disse resmungando e logo depois foi abrir a porta.



Lá estava Lucy, com a maquiagem mais escurecida e com uma roupa diferente. Acho que com a que ela estava antes podia derreter. Agora Lucy vestia uma regata preta, um short preto e um tênis preto. Acho que era enterro todo dia pra aquela garota. Ela ficou encarando Tom por um tempo e depois disse:



– Eu vim pegar o que é meu – ela disse estendendo a mão.

– Assim você vai me levar à falência garota! – disse Tom colocando a mão no bolso e tirando 100 paus de lá.

– Muito bem Tom, é assim que se faz – ela disse pegando o dinheiro – semana que vem eu venho pegar mais 100... Espero que sempre esteja com eles aí. Agora eu vou indo, meu namorado me espera lá em baixo... Tchau idiota, tchau moça – ela disse como se não me conhecesse. Pra uma garota de 14 anos, Lucy era muito má.



Depois que ela saiu, Tom novamente trancou a porta. Ele me olhou e perguntou “onde nós tínhamos parado?” e eu nada respondi. Enquanto ele e Lucy discutiam sobre dinheiro eu pensei: eu posso armar um escândalo! Claro! Se ele estava já me agarrando, me beijando e tudo mais, por que não esperar um tempo e deixar que a mídia soubesse disso? Hm, eu não sou fraca!



– Camila... Sabe que por muito tempo eu procurei uma assessora bonita? Só que só me apareciam dragões... Agora, você ta aqui e é linda... E não me deu uma bofetada por ter te beijado... Podemos nos dar bem – ele sussurrou em meu ouvido – na verdade, eu nem amo a chata da Renata, só estou com ela por causa do meu interesse na política... E aí, temos um acordo? – ele finalizou com uma mordida de leve na minha orelha.

– Claro que temos... – eu disse com o mesmo tom de voz. Depois que falo que sou do mal ninguém acredita – se você se comportar direitinho teremos mais que um acordo.

– Hmmmmm! Gostei disso – ele soltou sua risadinha em meu ouvido.



Fiquei arrepiada mais me controlei. Eu tinha planos borbulhando em minha cabeça, e segundo Sweet Killer – só a chamarei assim, gostei do nome – eu teria ajuda dela, de Nora, do tal William e do tal Abraam.

De repente o celular de Tom tocou, e era ninguém mais ninguém menos do que a vaca. Ele atendeu com um bico.



– Alô... Oi Renata, não eu não vou poder sair mais cedo hoje... Não... Eu passo na casa da sua mãe depois, eu vou ver o que posso fazer... Jantar? Não Renata, eu não vou a jantar nenhum hoje nem amanhã ok? Tudo bem... Te amo também, tchau.



Ele parecia discutir bastante com ela sobre jantares. Renata tinha cara de festeira e de que adorava uma comemoração sem motivo. Essas pessoas me causam náuseas, sinceramente. Logo depois Tom se sentou em sua cadeira e ficou batucando a mesa com os dedos. Ele fez mais uma vez um bico enorme e revirou os olhos.



– O que foi? – eu perguntei.

– Sinceramente... Às vezes eu me arrependo de ter deixado minha namorada e meu irmão pra casar com a Renata – ele disse aparentemente nervoso.

– Hm... Quer compartilhar isso com alguém? – eu disse interessada em saber o que ele achava de tudo o que fez.

– Bom... É um assunto que eu não falo muitas vezes... Mas pra você eu vou falar – ele disse mais calmo – há dois anos, eu tinha a namorada perfeita, o irmão gêmeo mais legal do mundo e uma vida ótima... Mas tinha sonhos. Sempre sonhei em levar essa cidade pra um patamar diferente, então queria entrar na política. Só que eu não tinha como estando ao lado da minha namorada que não tinha nada haver com essa área... Então conheci Renata numa festa e eu peguei o telefone dela. Já sabia que ela era filha do Gordon e tudo... Então eu menti uma paixão, uma morte e desapareci no mundo. Não sei nada sobre minha antiga namorada e nem do meu irmão... E pra ser sincero, nem quero saber, eu creio que eles nunca vão me perdoar mesmo, então os dois não me interessam – ele disse como se aquilo fosse normal... Que idiota.

– E quais eram os nomes dos dois? – eu perguntei só pra confirmar...

– Meu irmão se chama Bill, e minha ex namorada tem o seu nome, só que em nada se parece com você – ele disse rindo – ela era uma garota totalmente difícil, duvido que se fosse ela, já não tinha me dado uns bons tabefes na cara – ele disse rindo.

– Mas ela devia ser uma boa namorada não?

– Era ótima! Como eu disse, perfeita. Nós éramos totalmente ligados, mas... Infelizmente temos que fazer sacrifícios na vida – ele deu de ombros.



Senti uma enorme vontade de chorar naquela hora, mas eu sempre consigo me controlar. Eu dei apenas um sorriso tímido e logo depois me levantei e peguei um pouco de água no bebedor que tinha dentro daquela sala.



– Então Camila... Amanhã não temos muito trabalho... Pensei que podíamos ficar um tempinho juntos – ele disse malicioso.

– Claro – eu sorri.

– Espero que você venha preparada – ele disse mais uma vez com aquele jeito safado. Eu entendi o recado muito bem.



Então aquele dia passou tão rápido. Eu nem conseguia acreditar que eu estava ao lado do meu Tom... Um Tom totalmente diferente. Safado, malicioso e mentiroso. Eu só não conseguia me conformar com o tanto que ele era mentiroso... Enganado a Renata vaca, mentiu pra mim e pra Bill... As pessoas realmente mudam.



Horas depois, em casa...



Eu tinha chegado em casa e lá estava Bill esparramado no sofá assistindo TV. Eu olhei pra ele sorrindo e ele logo sorriu também.



– E aí, como foi o primeiro dia de trabalho? – ele perguntou se levantando.

– Bom, contando que meu chefe tem uma cunhada gótica de 14 anos que o suborna, uma esposa chata pra caramba e uma queda visível por mulheres, foi legal – eu disse me sentando na poltrona.

– Mas perae... Esse é o perfil do tal Tom – ele disse arqueando a sobrancelha.

– É eu me enganei, to trabalhando pro tal Tom – menti mais uma vez. Estava se tornando diário já.

– Ah sim. – Bill engoliu a história. Ele era muito burro, sinceramente. – eu fiz jantar pra você. Fiz arroz, bife com bastante cebola do jeito que você gosta, e fiz mais algumas coisas – ele disse sorrindo.

– Você me sai melhor que um marido hein – eu disse rindo – traz lá pra mim, to quebrada – eu disse com cara de dor.

– Claro! – então ele foi até a cozinha buscar pra mim.



Eu fiquei mudando de canal na televisão até que o jornal começou a anunciar matérias. A primeira era de Tom com Renata, o futuro casamento... Mas uma vez tive que agüentar calada...

Postado por: Grasiele

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