domingo, 4 de dezembro de 2011

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 10 - Lugar estranho com gente esquisita

Assim que acordou, Bill ainda meio confuso olha à sua volta e depara-se com um quarto totalmente branco, sem espelhos ou janelas, apenas com uma cama de solteiro simples de madeira e um pequeno criado mudo ao lado da mesma.
Olha para as suas roupas e vê que está vestido com uma camisa de manga comprida cinza e uma calça da mesma cor.
De repente sente uma dor incômoda na cabeça e leva as mãos até ela, nesse movimento percebe que uma de suas mãos está enfaixada, e ao olhar para suas unhas assustasse ao notar que todas foram cortadas rentes a carne.
Levanta-se da cama e descalço caminha até a porta, procura pela maçaneta, mas não a encontra, o que assim impedia que a porta fosse trancada, ao invés disso há apenas um pequeno orifício, no qual ele introduz seu dedo e consegue abri-la.
A visão que tem é assustadora, em um longo corredor enfermeiras caminhavam e outros três homens vestidos como ele, sentados em um banco verde, cabisbaixos olhavam para o chão. Um deles sugava insanamente um das mangas de sua camisa, enquanto outro inclinava seu corpo para frente e para trás.
Bill assustado decide falar com uma das enfermeiras que passavam pelo corredor, porém um dos homens sentados no banco, levanta-se e se aproxima.

– Bom dia! – diz ele com um sorriso débil em seu rosto.
– Bom dia. Você sabe me dizer onde eu estou? – pergunta Bill.
– Bom dia!!! – diz o homem sem tirar o sorriso do rosto.
– Hmmm bom dia !!! – responde Bill em um tom um pouco mais alto, talvez pensando que ele sofresse algum problema auditivo. – Que lugar é esse?
– Bom.... dia!!! – diz ele, e com olhos a brilhar aproxima sua mão dos cabelos de Bill, este recua.
O homem com a mão esticada continua se aproximando ainda mais de Bill, que caminhando de costas assustado o olha. Ele então acaba por esbarrar em uma enfermeira.

– Ei rapazinho, aonde pensa que vai? – diz a enfermeira.
– Oi, por favor, me responda aonde eu estou... Eu me chamo Bill Kaulitz... Eu não sei como vim parar aqui...
– Você está aonde tem que estar.
– Não a senhora não está me entendendo... – diz Bill ao mesmo tempo que se afastava do homem.
– Vá para o pátio! E vê se amarra esse cabelo, se quiser continuar com ele.
– Não, por favor, a senhora tem que me dizer como eu vim parar aqui...
– Fica quieto vai para o pátio garoto! Toma amarra logo esse cabelo, antes que eu o corte. – diz ela dando-lhe um elástico de borracha.

Bill amarrando seu cabelo, desesperado tenta se fazer compreendido pela enfermeira.
  Eu preciso usar o telefone!
– Eu não vou mandar outra vez, vá para o pátio!

Vendo que não conseguiria ser ajudado por aquele enfermeira, Bill decide obedecê-la,
e assim procurar pela ajuda de um outro alguém.
Bill ainda descalço caminha em direção ao pátio, junto com os demais pacientes, que se mostravam muito interessados em seu novo “amigo”.
Ele então senta-se em um banco sob a sombra de uma enorme árvore e tenta se lembrar de tudo o que havia lhe acontecido, se recorda apenas de ter estado em uma boate e de ter chegado muito bêbado em casa. Mas como ele havia parado ali? Ele não sabia, porém se esforçava para descobrir.
Ele até então pensava estar em um hospital como outro qualquer, porém uma cena fez com que ele percebesse que a sua situação era mais grave do que imaginava.

Dois homens furiosamente se agrediam, gerando um rebuliço no local. Imediatamente dois enfermeiros correm até o local, e separando-os agressivamente, os seguram pelo pescoço e injetam um medicamento.
Os outros pacientes sorriam alegremente e imitavam a briga ocorrida. Em determinado momento um deles apressadamente retira a camisa e sua calça, e corre nu por todo o jardim.

– Meu Deus eu preciso sair daqui. – diz Bill em voz alta.


Enquanto isso Tom na casa de Bill, era acordado por D. Lúcia que trazia Gerthe.

– Ah, me desculpa não sabia que vocês estavam dormindo.
– Nem ligue... já está tarde mesmo. – responde Tom.
– Cadê o Bill? Eu trouxe a Gerthe, ele deve estar morrendo de saudades...
– Bem...
– Você acredita que ela já sente falta dele? Nossa como demorou a dormir essa noite.
– Sabe o que é D. Lúcia... O Bill tentou se matar, e agora ele está internado em uma clínica psiquiátrica.
– O quê? – exclama D. Lúcia, sem poder evitar de arregalar seus olhos.
– Eu encontrei o Bill desmaiado no chão do banheiro, com a mão e a cabeça sangrando. No hospital disseram que ele havia consumido uma grande quantidade de calmantes.
– Eu não posso acreditar nisso. O Bill não faria isso, não digo nem por ele, mas pela Gerthe.
– Mas ele fez.
– Meu Deus, em que clínica ele está?
– É uma boa clínica, foi um médico que me indicou. Não se preocupe.
– Meu Deus eu estou chocada!
– Sim, mas eu acredito que ele logo melhore...
– Vou orar por isso.
– Bem a senhora pode deixar a menina aqui comigo.
– Negativo, enquanto o Bill estiver passando por essa situação eu vou cuidar da Gerthe.
– A senhora deve ser uma mulher muito ocupada, terá tempo de cuidar dela, que ainda é um bebê? Deixe ela aqui comigo.
– Não! Onde é que uma avó não vai arrumar tempo para a sua neta?! Ainda mais em uma situação dessas?!
– Sim mas...
– Mas, mas... nada! Eu sou a avó e vou cuidar da minha neta.
– Sim, mas eu sou o... – Tom então se arrepende e não conclui a frase.
– Você é o tio, e eu sou a avó, e portanto eu vou ficar com ela, e ponto final. Depois por favor me passe o endereço da clinica. – diz ela saindo com a menina nos braços.

Postado Por: Grasiele

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 9 - O que fazer?

Tom aguardava sentado na sala de espera do hospital por novas informações sobre o caso de seu irmão.
Apesar de ser já ter sido informado que Bill ficaria bem, ele continuava preocupado.
Os médicos lhe informaram que através de um exame de sangue realizado em Bill foi detectado a presença de uma substância medicamentosa muito forte, além de um alto teor de álcool. Uma combinação perigosa, que poderia ter o levado a morte.
Perguntaram-lhe então, o que de fato havia acontecido com Bill.
Tom respondeu que não sabia muito bem, que apenas encontrou o irmão desmaiado no chão do banheiro.
Mais uma hipótese não poderia ser descartada, a de que Bill teria tentado cometer suicídio. Ao ser indagado sobre a possibilidade de tal ato, Tom desconcertado relatou que o irmão acabara de ficar viúvo, e que andava muito triste nos últimos dias.
O médico que ouvia a tudo atento, disse então que esperaria o efeito da medicação terminar para conversar com Bill sobre o ocorrido.
Tom sinalizou positivamente com a cabeça, e voltou a sentar-se em uma das poltronas localizadas diante da enfermaria, teve certeza que passaria todo o fim de madrugada ali, à espera de que seu gêmeo acordasse.
Decidiu ir buscar um café, na bancada ao final do corredor para se manter desperto.
Neste momento dois homens se aproximam, e um deles lhe dirige a palavra.

– Olá?
– Oi! – diz Tom, reconhecendo o psicólogo com quem havia conversado há alguns dias.
– Esse é o meu amigo, Rodrigo.- diz o psicólogo apresentando o homem que estava ao seu lado.
– Prazer. – disse Tom o cumprimentando.
Ele então novamente vira-se para o psicólogo, surpreso de vê-lo no mesmo hospital que ele, e tão tarde.

– Nossa que coincidência eu encontrar o senhor agora neste hospital também.
– Sim, é coincidência, mas eu não trabalho aqui, o Rodrigo que trabalha.
– Ah sim...
– Mas e o seu irmão... convenceu ele a vir procurar ajuda?
– Na verdade não... ele está hospitalizado. Dizem que ele tentou cometer suicídio.
– Oh, isso é sério. Espero que fique tudo bem.
– Qual o caso dele?- pergunta Rodrigo, entrando na conversa.
– Bom diante desse acontecimento não há dúvida que seja depressão. – diz o psicólogo.
– Pois é – diz Tom com expressão triste.
– Mas agora nós precisamos ir, não é mesmo Rodrigo?
– Bom, vai indo você... depois eu vou.
– Por que?

Rodrigo nada responde, apenas o olha indiferente. Este então vai embora.

– Rapaz você já procurou ajuda para o seu irmão? – pergunta Rodrigo à Tom.
– Eu não pensava que fosse tão sério...
– Mas é sério, nunca mais duvide disso.
– Mas agora quando ele sair daqui eu mesmo vou levá-lo à um psicólogo.
– Psicólogo? Ele tentou suicídio que felizmente não funcionou, mas e se da próxima não tiver jeito?
– Como assim, você acha que ele pode tentar de novo?
– Mas é claro que sim. Já vi casos de pacientes tentarem se matar de uma forma pior do que na primeira tentativa. Para terem certeza que não falharia...
– O Bill também tinha um corte na mão...
– Então, ele quer machucar a si mesmo.
– Mas se eu levar ele sempre no psicólogo aí talvez ele volte ao normal, não é mesmo?
– Nem sempre, nem sempre...
– Como assim?
– Você não vai poder ficar vigiando ele o tempo todo, vai? Não vai poder controlar as medicações...
– Isso é verdade, eu também tenho a minha vida.... e o Bill é muito teimoso.
– É muito complicado mesmo, às vezes nesse sentido, é muito difícil para a família mais do que para o próprio paciente.
– Mas o que eu faço então? Se você está dizendo que o psicólogo não funciona.... tem que ter outro jeito.
– Eu conheço uma ótima clínica psiquiátrica...
– Internar meu irmão? Não! – interrompeu Tom.
– Essa pode ser a única solução. Lá ele será sempre vigiado, terá profissionais qualificados para cuidar dele. Você terá sempre a certeza de que ele estará sempre sendo cuidado.
– Mas clinica psiquiátrica não é o lugar onde ficam os malucos? Me irmão não é maluco!
– No lugar que eu conheço as áreas são separadas, o seu irmão não ficará junto de pessoas que possam ser perigosas para ele.
– Não...
– Pense bem rapaz, do mesmo jeito que ele tentou se matar agora, ele pode tentar outra vez e você não estar por perto para socorrer.
– Eu não posso perder o Bill! – diz Tom sentando-se em uma poltrona.
– Pense bem no que você vai fazer...
– Cara ele é meu gêmeo... Você não sabe o que é isso! – diz Tom agitando as pernas em sinal de nervosismo.
– Essa clínica que eu conheço é muito boa, você pode confiar.
– Deixa eu pensar um pouco... – diz Tom.

Enquanto Tom ficava em silêncio pensando em seu irmão e no que iria fazer, Rodrigo continuava tentando convencê-lo de que aquela era a única saída.
Tom ainda meio confuso sai de seu silêncio.

– O que eu tenho que fazer?
– Fazer o quê...?
– Pra internar o Bill.
– Ah, simples. Eu mesmo posso cuidar disso. Você só tem que assinar alguns papéis permitindo a saída dele daqui do hospital.
– Okay.
– Vamos me acompanhe...
– O que, agora? Não vamos nem esperar ele acordar?
– Claro que não! Você acha que ele concordaria assim tão facilmente? Nós levamos ele ainda dormindo, aí quando chegar lá, terão pessoas que poderão o convencer de que isso só vai ajudar ele. Vão tirar essa idéia de suicídio da cabeça dele! Não foi você mesmo que disse que o seu irmão é muito teimoso?
– Sim, mas...
Tom então assinou todos os documentos necessários para que a transferência do irmão fosse feita, mal teve tempo de reconsiderar a idéia de internar o irmão em uma clínica psiquiátrica, pois de uma maneira poderosa Rodrigo insistia que não teria outro jeito, falava sobre outros casos que havia visto, deixando Tom ainda mais amedrontado.


Chegando na clínica, Tom teve um pouco de medo. O local parecia-lhe sombrio.
Um muro imenso o cercava, na sua entrada havia muitas árvores e um belo jardim, mas só de pensar no tipo de pessoas que habitavam aquele lugar fazia comm que Tom ficasse assustado. Apesar de bonito o local emanava uma tristeza, e certa melancolia, talvez pelo silêncio e o vento frio que pairava ali.
Enquanto enfermeiros levavam Bill de maca para um dos quartos da clínica, Tom junto de Rodrigo caminhava em direção à diretoria da clínica que era localizada distante da área em que os pacientes ficavam.


– Bom dia, meu nome é Victor e sou o diretor da clínica. – disse um homem já de idade avançada, sua face era de alguém muito sério e autoritário.
– Bom dia, eu sou Tom Kaulitz.
– Nós geralmente não costumamos atender à essa hora do dia, mas como foi um pedido especial do Rodrigo...
– É... 4 horas da manhã não é um horário muito adequado... O Rodrigo está sendo muito legal comigo. – disse Tom.
– Ele é uma ótima pessoa mesmo! Mas agora, por favor, queira senta-se para assinar alguns papéis.
– Sim, claro.

Depois de alguns documentos fornecidos e papéis assinados, Tom foi informado do valor que deveria pagar mensalmente durante a estadia de Bill na clinica.

– Pode ficar tranqüilo que cada centavo pago com a internação valerá a pena. Ter seu irmão saudável de novo não tem preço, não é mesmo? – disse Victor.
– Claro!
– Bom, Tom agora você já pode ir pra casa tranqüilo e sabendo que seu irmão ficará muito bem aqui. – disse Rodrigo.
– Sim, mas eu gostaria de esperar o Bill acordar. Por falar nisso, você sabe dizer se ele já acordou? – pergunta Tom.
– Rapaz eu acho melhor você ir pra casa e descansar um pouco, o efeito desses remédios demoram um pouco para passar. Que tal mais tarde você vir aqui ver seu irmão?
– Você acha isso?
– Tenho certeza.
– Okay então.- disse Tom se levantando.
– Eu vou te acompanhar até a saída. – disse Rodrigo à Tom.

Os dois se dirigiram então à saída da clinica psiquiátrica e chegando ao portão feito de grades de ferro, Tom vira-se para Rodrigo e diz:

– Muito obrigado cara, você me ajudou muito essa noite! E sem nem me conhecer!
– Não precisa me agradecer, eu já tive um caso desses na família, então gosto de ajudar as pessoas a não passarem pelas mesmas coisas que eu passei. Pode ter certeza que um dia o seu irmão vai te agradecer por isso.
– Assim espero... Sabe eu e o Bill somos muito unidos, nós brigamos às vezes mas gostamos muito um do outro. Não sei se é por a gente ser gêmeos, mas sei lá...
– Eu entendo, agora vá para casa e descanse!
– Sim eu estou precisando mesmo! Agora que me liguei, você ia sair com aquele psicólogo, né? Estraguei a festa de vocês, me perdoem.
– Não se preocupe, em casa a gente se entende.- disse Rodrigo olhando-o de um modo diferente.
– Ah, entendi- disse Tom, meio constrangido.
– Mas enfim... tchau e bom dia!
– Tchau e bom dia pra você também! – disse Tom já indo embora.

Rodrigo então apressadamente voltou para a diretoria e com um largo sorriso em seu rosto abre a porta da mesma.

– Eu não te falei que ia conseguir mais um trouxa? Não te falei???
– Não fez mais que a sua obrigação! – disse Victor.
  Cara esse aí foi moleza... todo bobinho não perguntou nem qual era o meu cargo naquele hospital, o mané deve ter pensado que eu sou médico!
– O importante é que ele pague todo mês... Tu viu a pinta dele? Parece ter dinheiro...
– Isso eu já não sei... mas é mais dinheiro pra nós... Por falar nisso, pode passando minha porcentagem por ter arrumado mais um pra tua clinica fajuta...
– Ainda não, o garoto parece gostar do irmão, vai que ele se arrepende e tira o esquisito daqui?
– Tira nada! Vai ser como com os outros que estão aí, no começo os parentes vem... choram e tudo! Depois de uma semana não querem nem mais ver eles. Abandonam os “entes queridos” aqui.
– E o que esse aí tem?
– O cara perdeu a esposa e pirou de vez. Mas nem é caso pra internação, você sabe disso.
Não precisa se preocupar...se o cara não é doido a gente entope ele de remédio e ele acaba ficando... O que a gente não pode é perder essa graninha fácil de todo mês...
– Mas Rodrigo os outros que estão aqui são realmente da pá virada e esse aí pelo jeito, não...
– Já falei pra você não se preocupar... é só eu dar um papo na Rosa que ela diz que quem o senhor quiser é doido varrido. No começo ela vai enganando o manézão se fazendo de enfermeira dedicada aí é só esperar ele abandonar o esquisito aqui... Quantos aos outros funcionários, você já sabe que niguém fala um piu aqui... ninguém quer perder o bom emprego, a situação ta difícil. Quem é doido de contrariar o senhor?
– Além do mais com a ajuda da Rosa tudo fica mais fácil, qualquer coisa ela dá um remédio pro cara aí e ele fica igual doido mesmo...
– Não é?
– Fica tranqüilo que esse aí não vai dar problema em nada...

Postado Por: Grasiele

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 8 - Pressentimentos

A boate estava completamente lotada de jovens que dançavam ao som de uma música muito alta.
Assim que os gêmeos chegaram ao local despertaram vários olhares. Tom rapidamente se enturmou com algumas garotas que descaradamente o paqueravam.
Bill junto ao grupo apenas os observava conversar animadamente, uma das garotas que rodeava o irmão aproximou-se dele, porém foi intimidada por um olhar frio de Bill que em seguida se afastou indo em direção ao bar.
Tom entretido com as garotas não notou a ausência do irmão. Algum tempo depois quando finalmente deu por si, imaginou que Bill estava a se divertir com alguma garota então passou a aproveitar ainda mais sua noite.
Ele dançava com uma bela morena quando sente alguém tocar seu ombro, vira-se e vê Giselle que grita para ser ouvida por ele em meio a música alta.

– Cadê o Bill?
– Não sei! Mas ele deve estar se divertindo por aí!
– Mas ele está aqui, não é?
– Sim, sim está!
– Vou procurar ele então!
– Mas se ele estiver com uma garota vê se não atrapalha!
– Claro né!

Giselle caminha pela boate se desviando das pessoas ao mesmo tempo em que as olhava, procurando por Bill.
Após procurar por toda a pista de dança e não encontrá-lo, decide ir até a área em que as bebidas eram vendidas.
No fundo do local avistou Bill em uma mesa com vários copos vazios sobre a mesma.

– Oi? – diz ela sentando à mesa.
– Oi.

Ficaram alguns minutos em silêncio, apenas observando um ao outro.
Giselle visivelmente desconfortável com a situação passava as mãos sobre os cabelos, enquanto Bill fumava um cigarro e terminava de beber mais um copo de uísque.
Ele então levanta-se e cambaleante acaba por cair no chão. Giselle imediatamente apressasse em ampará-lo, fazendo com que ele novamente se sentasse.

– Bill, já chega de bebidas, não?
– Me deixa em paz!
– Você já bebeu muito por uma noite. – diz ela mostrando os copos sobre a mesa.
– Vocês não queriam que eu me divertisse?
– Isso não parece ser muito divertido.


Bill nada diz. Após acender mais um cigarro, tenta novamente levantar-se, porém é impedido por Giselle, que diz:

– Espera, eu vou chamar o Tom! Você não está agüentando nem ficar em pé!

A garota então apressadamente vai à pista de dança e desesperada procura por Tom. Mais tarde o avista aos beijos com uma garota, ficou envergonhada por ter de interromper o casal, mas era preciso.

Puxando o braço de Tom, fez com que ele se afastasse da garota na qual sensualmente beijava.
Ele vira-se irritado, com um olhar repreensivo.

– Tom, o Bill está completamente bêbado!
– Deixa o cara curtir! – disse ele dando-lhe as costas.
– Ele não está feliz... ele só está bebendo!

Tom sem dar atenção ao que Giselle dizia, novamente agarrou a garota que estava beijando antes de ser interrompido por Giselle.

Esta xingou alguns palavrões que não foram ouvidos por Tom e voltou ao bar, encontrando Bill debruçado sobre a mesa, chorando copiosamente.

– Vem Bill... – disse ela oferecendo seu ombro para que Bill se apoiasse.
Lentamente caminharam até a saída do local. Giselle com muita dificuldade tentava equilibrar-se para que não caísse juntamente com Bill.

Para sorte da garota assim que finalmente conseguiram sair da boate, um táxi acabava de chegar. Assim que os passageiros desceram do carro, Giselle empurrou Bill para dentro do mesmo.

Chegando na portaria do condomínio onde Bill morava, ela pediu ao taxista que a ajudasse a carregar o rapaz até sua casa, ele muito solidário aceitou.
Ao entrar pela porta, Bill imediatamente atira-se sobre o sofá e acaba vomitando.

– Bill, você não devia ter bebido tanto!
– Você já pode ir pra sua casa...
– Não eu vou te ajudar!
– Eu não preciso de ajuda! Não agora...
– Mas Bill, deixa...
– Muito obrigado por tudo. Pode ir...
– Você tem certeza?
– Eu preciso ficar sozinho. Vou tomar um banho... e tudo vai ficar bem.

Giselle despediu-se de Bill, e preocupada foi embora. Queria ter ficado para ajudar Bill no que fosse preciso, mas percebeu que não era bem vinda.

O rapaz permaneceu deitado no sofá, buscando forças para ir banhar-se. Sua cabeça doía muito e sentia um enjôo muito forte. Bill nunca havia bebido tanto em uma noite, seu estado era lamentável.
Ele então levanta-se do sofá, e ainda meio zonzo esbarra pelos móveis, derrubando alguns objetos. Mas um em especial fez com que ele se ajoelha-se no chão.
 Com os olhos marejados Bill segura a caixinha de música que pertencia a Camila.
Vê os cacos espelhados pelo chão, desesperando recolhe os pedaços na esperança que pudesse a consertar.
Ao olhar para sua mão, vê o sangue deslizar sobre a mesma.
Novamente olha para os pedaços da caixinha de música, e pega a maior parte atirando-a com fúria contra a parede.

Com lágrimas a caírem de seus olhos, Bill grita a plenos pulmões.

– Me deixa Camila! Por favor sai de mim! Saia dos meus pensamentos, saia do meu coração! Por favor!!!

Bill passa alguns minutos deitado no chão, a pensar nas coisas que mais suplicava para ser capaz de esquecer.
Sua cabeça ainda doía muito, então ele decidiu ir ao armário do banheiro que continha alguns remédios.
Tal armário localizava-se fixado na parede, em cima da pia, sua porta era constituída por um espelho simples.
Com a vista embaçada começou a procurar por algum medicamento indicado para curar lhe a dor de cabeça. Porém não conseguia enxergar perfeitamente as letras contidas nos rótulos dos frascos.
Atordoado acabou por ingerir um calmante que havia comprado ilegalmente em uma farmácia. Escondido de todos ele consumia apenas uma fração de cada comprimido, para que assim pudesse dormir, mas não um sono pesado, o que o impediria de cuidar adequadamente de Gerthe.
Mas naquele momento ele não sabia de qual remédio se tratava, e confuso ingeriu dois por inteiro.
Apoiando-se na pia, ficou olhando para si mesmo, através do espelho. Reparava em suas olheiras, nos olhos já sem nenhum brilho, em sua face inegavelmente abatida.
Abriu a torneira e lavou agressivamente o rosto, como que se a força que ele usava para lavá-lo fosse capaz de fazer desaparecer as marcas de seu sofrimento.
Ao preparar-se para tomar banho sentiu uma forte tontura, tentou se apoiar na pia molhada, porém sua mão acabou escorregando. Perdendo o controle sob seu corpo, Bill caiu no chão, batendo sua testa na extremidade da pia.
A diminuição de seus reflexos e equilíbrio causado pelo consumo excessivo de bebida alcoólica facilitou que Bill não conseguisse equilibrar-se e nem segurar-se em algo, agora ele estava ali, desmaiado no chão do banheiro, sozinho em sua casa.

Naquele momento, Tom que se divertia na boate sente uma sensação estranha, inexplicável, um arrepio correu-lhe a espinha. Como que se soubesse que algo de ruim estava acontecendo ou prestes a acontecer.

– Eu preciso falar com o meu irmão. – diz ele à moça com quem estava flertando.
– O quê? Mas você volta, né?
– Sim...

Tom angustiado anda pela boate procurando por Bill ou Giselle. Caminha pela pista de dança, pelo bar, mas não os encontra. Lembra-se de que a garota havia lhe dito alguma coisa sobre o irmão. Ele então sai da boate e liga para Giselle.

– Alô? – atende uma voz feminina, com sonolência.
– É o Tom, você está na boate?
– Não eu estava dormindo em casa...
– E o Bill, você sabe me dizer se ele ainda está por aqui? Eu procurei...
– Você é retardado? Eu não te falei que o Bill estava se embebedando? Eu levei ele pra casa!
– E como ele estava?
– Bêbado?... – diz Giselle com ironia.
– Sim, mas feliz, triste...
– Ele veio controlando o choro durante todo o caminho...

Tom ao ouvir o que Giselle dizia, lembrou da conversa que havia tido com o psicólogo, lembrou dos riscos de suicídio. Desesperado, sem ao menos despedir-se de Giselle, desligou o celular, e o mais rápido que pode foi para a casa do irmão.
Durante todo o caminho, Tom tentava não pensar em coisas tristes, porém seu coração estava apertado, algo fazia com que ele tivesse certeza de que seu gêmeo precisava de ajuda.

Assim que chegou na entrada do condomínio, gritou para que o porteiro abrisse o portão, em seguida começou a correr desesperadamente para a casa de Bill.
Ao adentrar na mesma, ainda ofegante procurava por Bill em seu quarto, no quarto de Gerthe...
Foi quando entrou no banheiro, e viu Bill estirado no chão, com uma mão e a cabeça ensangüentadas.
Em choque ajoelha-se próximo ao irmão, tentando acordá-lo, mas em vão.
Liga para uma ambulância, que minutos mais tarde vinha socorrer Bill, o levando
para o hospital, acompanhado de Tom.

Postado Por: Grasiele

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 7 - A separação

Já era madrugada quando Tom Kaulitz chegou em casa. Ao abrir a porta, tateou a parede à procura do interruptor para iluminar a sala escura.
Quando a luz é acesa ele se depara com o irmão, que na cozinha tomava um remédio.

– Que remédio é esse? – pergunta Tom.
– Só estou com dor de cabeça.
– A Gerthe está dormindo?
– Sim.

Tom senta-se no sofá retirando seus tênis e em seguida sua camisa.
Bill já voltava para seu quarto quando é chamado por Tom.

– Bill! Sabe aquela boate... The Club?
– Sei. – diz Bill voltando para a sala, sentando-se ao lado do irmão.
– Ela está muito foda! Mudaram umas coisas lá... você tem que ver!
– Não to muito a fim não.
– Cara, amanhã eu vou pra lá de novo... Por que você não vem comigo?
– Tem a Gerthe... e sei lá... estou sem vontade.
– Se o problema for a Gerthe, deixa ela na casa dos avós!
– Não, eles não gostam muito de crianças... – diz Bill como que se procurando uma justificativa para não ir.

Ele então levanta-se e caminha até seu quarto.
Tom deita-se no sofá, mas demora a dormir, pensando no que poderia fazer para convencer o irmão a mudar de idéia.
Vencido pelo cansaço, acaba adormecendo.


Quando mais um dia se inicia na casa dos Kaulitz, os irmãos acordam demasiado indispostos, porém por motivos diferentes.
Tom havia dormido tarde, preocupado com Bill, e este passara toda a madrugada cuidando da pequena Gerthe.

– Bill pode deixar que hoje o almoço é por minha conta!
– Sinta-se a vontade. – diz Bill indicando a cozinha.
– Desde que eu cheguei aqui não vi você colocar um grão de arroz na boca... Mas hoje vai ser diferente. Hoje você vai comer tudo!
– O que você vai comprar?
– Comprar? Eu vou cozinhar algo que eu não faço há tempos... Espaguete com o meu molho especial!

Tom com pose de chefe de cozinha começou a preparar o espaguete. Pelo seu jeito atrapalhado não parecia que algo de bom sairia daquela bagunça.
Assim que pronto,o primeiro a ser servido foi Bill.Tom fez questão que assim o fosse.

– Vamos, experimenta cara! – diz Tom segurando um garfo com um pouco do espaguete ameaçando o inserir na boca do irmão que desvia a cabeça.
– Não precisa enfiar na minha boca... deixa que eu como sozinho!

Tom entrega o prato para Bill que então dá a primeira garfada, diante dos olhos atentos do irmão.

– E aí, e aí... o que achou?
– Até que não está mal...
– Até a Gerthe comeria esse espaguete se pudesse, fala aí... – diz Tom com a boca cheia.

Ao falar da menina, Tom se lembra do seu plano de encontrar a pessoa ideal para Bill então deixando o prato sobre a mesa, dirigi-se até o quarto do irmão pegando o celular de seu bolso.

– Alô. – atende Giselle.
– Oi é o Tom, tudo bem?
– Sim e com você?
– Nem tanto. Chamei o Bill para irmos até o The Club hoje a noite mas ele não aceitou.
– Já era de se esperar...
– Ele disse que é por causa da Gerthe, que não está a fim...
– Deixa a Gerthe com a D.Lúcia.
– Mas o Bill não irá levar a menina por livre e espontânea vontade! Ele se agarra nela igual carrapato.
– Bom, então o jeito é fazer com que a D.Lúcia vá buscar a Gerthe aí...
– Boa! Você pode falar com ela?
– Posso sim.
– Ótimo! Então vá o mais depressa possível.
– Já estou indo.
– Ok, tchau.
– Tchau.

Tom saiu do quarto do irmão com um largo sorriso no rosto, esperançoso que seu plano desse certo. Voltando para a sala apenas observava Bill alimentar-se, fingindo que nada estava acontecendo,ou prestes a acontecer.

Enquanto isso Giselle era recebida carinhosamente pela mãe de Camila..

– Oi D.Lúcia!
– Oi Giselle, entre!
– Não, não.... É apenas uma visita rápida. Na verdade vim lhe pedir um favor.
– Pois diga...
– Bem, a senhora poderia ir ficar com a Gerthe essa noite?
– Ah claro que sim, com todo o prazer! Pode falar com Bill para trazer ela aqui.
– Este é o problema! Eu e o irmão dele queremos tira-lo um pouco de casa, só que o Bill diz não poder sair por causa da menina. Fica usando ela como desculpa.
– Ele então não sabe que eu irei buscar a Gerthe?
– Não. Mas a senhora tem que entender que o Bill está muito tristinho, muito isolado...
– Tudo bem, se é para uma boa causa eu minto.
– Muito obrigada! Eu sabia que a senhora entenderia.
– De nada!
– Bom, agora eu preciso ir...
– Espere eu vou com você, assim já passo na casa do Bill.

Os gêmeos assistiam televisão, quando são informados pelo porteiro que D.Lucia havia chegado. Bill então autoriza a entrada da senhora, que minutos depois bate à sua porta.

– Como vai meu querido?
– Bem, D.Lúcia e a senhora? – diz Bill.
– Nada bem, pois estou morrendo de saudades da minha netinha. Cadê ela?
– Está com o meu irmão. Venha, entre.
– Cadê a coisinha mais fofa da vovó? – diz ela se aproximando da menina e a pegando no colo.
– Oi. – diz Tom.
– Olá.

D. Lúcia começa a brincar com Gerthe em seus braços, enquanto Bill apenas as observa, porém sua expressão calma muda rapidamente com o que a senhora estava prestes a dizer:

– Hoje a minha bonequinha vai dormir na casa da vovó! Não é linda?
– Não! Ela ... ela não se está se sentindo bem. – diz Bill.
– Pra mim ela parece ótima!
– Mas é que...
– Bill você não pode me impedir de ficar com ela! Afinal eu sou a avó!
– Sim, mas eu sou pai!
– Pois hoje ela vai ficar na minha casa e ponto e ponto final! Cadê a bolsa dela?

Tom rapidamente corre para o quarto da menina e em seguida entrega a bolsa  para D.Lúcia, que sem mais delongas caminha até a porta, fingindo não ver a expressão desesperada de Bill.
Ele a segue, e tenta disfarçadamente tirar a menina de seus braços.

– D. Lúcia! Por favor, não leve ela!
– Pode deixar que amanhã eu a trago de volta. Cuide-se.

Sem reação, vê a filha ser levada.

– Você não ouviu o que ela disse? Amanhã a pirralinha ta ai de volta. – diz Tom, abraçando o irmão e o levando para dentro da casa.
Bill visivelmente angustiado,circula pela casa, lamentando não ter impedido que Gerthe fosse embora.
Ora se sentava no sofá,ora se levantava e punha-se a caminhar pela casa. Não sabia o que fazer, era a primeira vez que ficava longe da menina.

– Você está me deixando tonto. – reclama Tom sentado no sofá.
– Cala a boca!

Teve vontade de chorar, mas o ódio que sentia de si mesmo naquele momento, o impedia.
Ligou para a casa da sogra, mas ninguém atendera.

– Eu vou buscar a Gerthe. – avisa Bill.
– Não, não, não. Você sabe muito bem que a D.Lúcia vai cuidar direitinho dela.
– Sim, mas eu quero ela aqui, perto de mim.
– Deixa a Gerthe com a vó dela, porra. A menina precisa conhecer os parentes também. E além do mais, duvido que a velha deixe você tirar a pirralinha de lá.
Bill  irritado ao perceber que o irmão tinha razão, joga-se no sofá, e acende um cigarro.

– Você ainda fuma?- pergunta o Tom.
– Desde que a Gerthe nasceu eu parei, porque o cheiro fazia mal pra ela... Mas diante dessa situação...
– Que situação?
– Porra eu estou longe da minha filha, caralho!
– E daí...? Ela está com a avó dela, e não com um estranho.
– E eu vou fazer o que até amanhã? Ficar olhando pra tua cara?
– Bom... eu vou no The Club pegar umas gatinhas... distrair a mente...


Bill em silêncio tranca-se no quarto Enquanto Tom, na sala, preocupasse por seu plano não ter dado certo.
Durante toda a tarde e o anoitecer Bill permaneceu isolado em seu quarto, Tom pensou em mais uma vez tentar convencer o irmão a sair de casa, mais já sem esperança decidiu vestir-se e ir sozinho.

– Bill eu já estou indo. – grita Tom abrindo a porta da sala.
– Não! Me espera!
– Você vai?
– Sim, eu não quero ficar sozinho, aqui. Estou sentindo muita falta da Gerthe, ela era quem me fazia companhia.
– Se arrume então. Lá pelo menos você não fica pensando só nela.
– É só por isso que estou indo. – diz Bill abrindo seu guarda roupa.

Ele não se vestiu como antes, apenas vestiu suas roupas totalmente escuras, mas sem nenhum detalhe, sem nenhum brilho. Pegou a primeira que viu pela frente. Bill nunca fazia isso quando iria sair.
Não se maquiou, nem pôs seus colares, anéis e correntes como de costume. Suas unhas que sempre estavam pintadas de esmalte preto com uma linha branca em sua extremidade, estavam ao natural.
Tom nunca havia visto o irmão tão simples para uma festa como naquele dia.

 – Vamos. – diz Bill, saindo do quarto.
– Você não vai pentear o cabelo?

Bill vai para o quarto, mas rapidamente volta para sala com seus cabelos levemente escovados.

– Você não vai fazer aquele penteado ridículo?
– Se você colocar mais um defeito em mim, eu vou acabar não indo.
– Ok, ok... Vamos logo então.Você está perfeito!

Postado Por: Grasiele

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 6 - Uma noite no The Club

Durante todo o dia Tom não comentou com Bill nada sobre a sua conversa com o médico ou sobre o que ele havia visto pela manhã. Apenas seguiu sua rotina diária até que chegasse a noite.
Ao anoitecer, enquanto Bill trancado no quarto assistia televisão com Gerthe, ele começou a arrumar-se para seu encontro com Giselle. Vestiu as roupas largas no estilo hip-hop que sempre usava, além de um boné combinando com a cor preta de sua camiseta.

– Bill, vou até o The Club, quer ir comigo? – pergunta Tom atrás da porta fechada do quarto do irmão.
– Não.
– Estou levando o celular, qualquer coisa me liga, hein!
– Ta Tom, tchau.

Giselle já esperava por Tom na entrada da boate, mas ele como sempre, estava atrasado.
Impaciente ela liga para seu celular.

– Alô. – diz Tom.
– Alô, é a Giselle... Cara eu estou aqui te esperando faz meia hora!
– Eu já estou na rua da boate, daqui a pouco você me vê.
– Está cheio aqui, como você está vestido?
– É só você procurar pelo cara mais bonito..
– E ele vai saber me dizer onde você está?
– Ele vai dizer que deve ser o cara cercado de mulheres gostosas...
– Ai... mas enfim, onde você está?
– Já cheguei...
– Eu to aqui do lado da porta mesmo...
– Okay, acho que já te vi.

Tom então caminha em direção a Giselle, que estava vestindo uma saia jeans escura, uma blusa preta com detalhes dourados com um grande decote e uma sandália de salto.

– Oi! – diz ele cumprimentando-a com um beijo no rosto.
– Demorou, hein?!
– Foi mal... mas vamos entrar logo que eu tenho um assunto sério pra tratar contigo.

A boate era dividida em duas partes, em uma se localizava a pista de dança, que tocava uma música eletrônica dançante. O local, muito escuro, era iluminado por fortes luzes coloridas. Mais distante havia uma área um pouco mais iluminada onde várias mesas eram dispostas e bartenders serviam aos clientes, que conversavam ao som da música vinda da outra área, porém com um volume mais baixo.

– Vem, senta aqui - diz Tom apontando para uma mesa que estava vazia.
– Você não vai puxar a cadeira para eu sentar?

Tom apenas soltou uma gargalhada com a frase dita pela garota, e então disse:

– O que você vai querer?
– Vodka.
– Vodka? Um pouco forte para uma garota, não?
– Você acha? Pra mim é como água...
–Você que sabe... mas vou logo avisando que estou sem carro, então não vou levar ninguém desmaiada para casa. Diz Tom indo em direção ao bar.

Minutos mais tarde Tom volta com as bebidas, e senta-se de forma desleixada na cadeira de frente para Giselle.

– Então me diga, porque estamos aqui. – diz Giselle pegando o copo de vodka.
– Bill.
– Disso eu já sei... mas no que eu posso ajudar?
– Ele está pior do que você pensa.... só de olhar pra ele eu já fico triste também.
– Posso te falar uma coisa? Você não sabe... você não viu como aqueles dois se amavam.Não me surpreenderia se um desse a vida pelo outro.
– Eu achava que a Camila ainda gostasse de mim.. na época que eles se casaram.
– A Camila sempre conversava comigo, sempre ia lá em casa pra desabafar... E hoje eu olho pra isso tudo e penso que ela nunca te amou, sabe.
– Que? Ela um dia disse que me amava e talz..
– Ela achava que te amava... Cara a Camila era a menina que ninguém dava bola, que todo mundo queria fazer de boba... Aí num belo dia ela é corneada e depois encontra um cara que ela nunca pensou ser capaz de namorar... Você acha o quê, no mínimo ela ficou com medo de perder tudo isso e voltar a ser a menina bobinha de sempre... Com o Bill não,os olhinhos dela brilhavam quando falava dele. Ela achava que era por causa das coisas legais que ele fazia por ela, mas eu sempre soube que era amor... Ai quando ela finalmente percebeu isso... não teve jeito, ela se entregou de vez...Era lindo ver os dois juntos.
– Mas chega de lembrar do passado e vamos nos concentrar no presente... – diz Tom.
– Verdade... você falava sobre o Bill, né..
– Sim, o Bill está na pior! Tipo, na fossa mesmo... Eu até conversei com um médico, e ele me disse que pode ser depressão.
– Depressão? Meu Deus...
– Mas eu sei de uma coisa que cura tudo! Até a pior das depressões...
– O quê?
– Sexo! Cara o Bill esta há 5 meses na seca! Isso que está deixando ele de mal humor... Até eu sem dar nenhuminha durante 5 meses estaria na pior...
– Aff... você acha que é simples assim? Colocamos uma mulher na frente do Bill. E pronto! Tudo resolvido?
– Mas não é qualquer mulher.... é “a” mulher! Cara,vamos combinar que o Bill não é feio... já que ele é a minha cara, né!
– Ai..o que você está querendo com isso?
– É como dizem por aí... nada melhor que um novo amor para esquecer um antigo... Ou traduzindo para a linguagem Tom Kaulitz... Nada melhor do que uma boa trepada pra esquecer todos os problemas...
– Você não acha que se o Bill realmente quisesse ter alguma coisa com alguém, ele mesmo procuraria?
– Você não conhece o Bill como eu conheço. Ele sempre foi lerdo pra essas coisas. Se não fosse eu, ele seria virgem até hoje!
– Você se acha...
– Eu me acho? Eu sou! É bem diferente...
– Eu só sei que você falou, falou e não disse o principal. Aonde é que entro nessa história toda?
– Preciso que você me ajude a encontrar a garota ideal para o Bill.
– Eu não concordo com isso. Não vou servir de cupido... ainda mais nesse caso.
– Mas esse plano tem tudo pra dar certo!
– Ah sim... tudo pra dar certo. Desse jeito você vai fazer que o Bill fique além de triste, com raiva de nós dois! O melhor é deixar ele quieto na dele...
– Claro que não! O melhor é trazer o Bill de volta a vida!
– Porque não fazemos assim... Trazemos ele pra cá, tiramos ele de casa um pouco, né... Ai se rolar com alguma garota, rolou. Mas senão rolar, tudo bem também... pelo menos ele se divertiu.
– Feito! Amanhã Bill vai estar aqui, e vai se divertir, você vai ver!
– Bem, já está tudo resolvido... agora quem vai se divertir sou eu! – diz Giselle se levantando e indo para a pista de dança.
Tom a acompanha segurando sua bebida.

Eles então começam a dançar animadamente, Tom aproxima cada vez mais seu corpo ao de Giselle, que já sente os pêlos de seu corpo se arrepiarem.
Continuam por algum tempo naquela dança de sedução. Giselle ao perceber os olhares de Tom para seu corpo, o provoca ainda mais.
O rapaz enquanto bebe posiciona-se propositalmente atrás de Giselle, e diz em seu ouvido:

– Eu não agüento mais.

Ela vira-se para Tom e se afastando com um largo sorriso, agita seu dedo indicador em sinal de negação.
Tom segura em seu braço esticado e a traz novamente para perto de seu corpo.

– Tom Kaulitz, nunca aceita um “não” como resposta.

Ele então com um dos braços em volta da cintura de Giselle, olha fixamente em seus olhos enquanto lentamente brinca com seu pircing. Caminhando juntos, ele a leva para um canto da pista de dança, em que os flash’s das luzes não alcançavam, encostando-a na parede.
Tom pressiona cada vez mais forte seu corpo contra ao de Giselle, que sente suas pernas amolecerem diante da investida dada por ele.
Giselle não suportando mais sentir o calor vindo do corpo do rapaz e o beija sensualmente.
Tom corresponde ao beijo, e passa sua mão sobre uma das coxas da garota, segurando sua perna em torno da cintura dele.
Enquanto trocam beijos calorosos e apressados, Tom solta a perna de Giselle e começa a disfarçadamente retirar sua calcinha.

– Aqui? – pergunta Giselle, segurando a mão de Tom.

Ele nada diz e a cala com um beijo, ela ao perceber que sua calcinha já estava na altura dos joelhos, a retira completamente, deixando- a no chão.
Tom pega a carteira do bolso de sua calça, retirando da mesma um preservativo, em seguida guarda novamente a carteira, retirando seu membro de dentro de suas calças.
Habilmente ele coloca o preservativo, enquanto Giselle apenas o observa.
Segundos depois ele já a penetrava fortemente, segurando-a por suas pernas.
Ela gemia alto em seu ouvido, não só pelo prazer proporcionado por ele, mas como também pelo medo e emoção de estar se arriscando ao fazer sexo em público, ali em meio a todas aquelas pessoas da boate.
Tom retira seu preservativo o jogando no chão, ele então abaixa-se e olhando para Giselle pega sua roupa íntima do chão entregando a ela.
Após se recompor Tom afasta-se de Giselle, saindo da boate. Enquanto ela apenas o observa ir embora.

Postado Por: Grasiele

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 5 - A procura de ajuda...

Tom dormia no sofá da sala, mas acorda por ouvir Bill aparentemente conversando com alguém.
Sem se levantar do sofá, espia o irmão que estava na cozinha, sem deixar que ele o visse, fica escutando a conversa.

– Amor, daqui a pouco eu vou levar a Gerthe no médico! Ai acho que estou com mais medo do que ela. Será que ela vai chorar?
Um pouco, né? – dizia Bill preparando a mamadeira.

Tom a cada minuto que passava vendo o irmão simplesmente falar sozinho, ficava ainda mais assustado. Sem reação apenas o observava.

– Camila você não sabe o que aconteceu! Ontem a Gerthe bem fez xixi no Tom, eu ri pra caramba, você tinha que ter visto! Iria rir muito também.
Quer café?
Ai... eu sei que você não gosta que eu fique me entupindo de café... mas olha, eu estou colocando um pouco de leite, ta bom?

Tom então se levanta do sofá, indo até a cozinha. Bill ao perceber que o irmão já estava acordado, se cala.

– Com quem você estava falando?- pergunta Tom.
– Com ninguém.
– Mas eu ouvi a sua voz...
– Eu estava cantando Tom! Posso?

Bill pega a mamadeira que havia preparado e vai para seu quarto, ele é seguido por Tom, que tenta também entrar, mas Bill tranca a porta.

Horas se passam enquanto Bill permanece trancado no quarto. Tom por vezes vai ao quarto do irmão perguntando-lhe se estava tudo bem ou se precisava de ajuda, porém era respondido apenas com um frio e seco “não”.
Quando Tom se levanta para novamente ir bater a porta do irmão, esta se abre.
Bill segurando Gerthe e a bolsa da menina, caminha em direção á saída da casa, avisando a Tom:

– Vou levar Gerthe ao médico, tchau.
– Peraí, eu quero ir com vocês.
– Não precisa, pode ficar aí.
– Não, eu vou! – diz Tom rapidamente calçando seus tênis.

Bill o espera, e juntos levam a menina até ao posto de saúde.
Chegando lá, os irmãos aguardam pela consulta, sentados à porta da sala do médico que os atenderiam, junto com algumas mães e seus bebês que também ali estavam.
Em certo momento uma senhora com um bebê em seus braços se aproxima dos gêmeos, olhando fixamente para Bill,como que se o reconhecesse de algum lugar.

– Olá! – ela diz.
– Oi... - diz Bill seguido por Tom.
– Se lembra de mim? – a senhora pergunta à Bill..
– Bem... me desculpe...
– Eu freqüentava as mesmas palestras que você e a sua esposa. Lembra... aquela de amamentação, cuidados com o bebê...
– Ah, sim! Já me lembro da senhora...
– Essa é a sua filha?
– Sim.
– Ela linda! .... E a sua esposa como está, tendo muitas dificuldades?

Bill cabisbaixo nada fala, logo Tom, toma a frente e responde:

– Ela faleceu.
– Ah, sinto muito... foi no parto?
– Esse assunto ainda é recente sabe... – diz ele fazendo sinais com os olhos, indicando Bill.
– Desculpa... é... tchau. – diz ela , se afastando.

Bill e Tom permanecem em silêncio, até que a doutora chama pelo nome de Gerthe, pedindo que a levassem até sua sala.
Gerthe chorava muito, assustada com aquela situação. A doutora a pesava, aferia seu comprimento e temperatura. Em seguida checou o cartão de vacina da menina, vendo que estava tudo em ordem, deu os parabéns ao pai de primeira viagem. Gerthe estava com a saúde perfeita, superando todas as prováveis complicações do seu nascimento prematuro.
A médica então os dispensou, após ter marcado a próxima consulta.
Bill consolava a filha, que minutos depois acabou por cessar o choro.

Enquanto se dirigiam a saída da unidade de saúde, Bill informa ao irmão que precisaria trocar as fraldas de Gerthe, saindo então à procura de um lugar especifico para isso.
Tom enquanto aguardava pela volta do irmão, caminhava pelos corredores, quando se depara com uma porta azul, esta possuía uma placa, que identificava que aquela sala pertencia ao setor de saúde mental.
Tom fica por alguns instantes olhando para a porta e se lembrando da cena que presenciara pela manhã.
Já ia embora, quando um homem vestido de forma casual, apenas com um crachá destinado aos funcionários do posto de saúde, abre a porta.
O homem ao ver Tom parado em frente a mesma, pergunta:

– Bom dia, precisa de ajuda?
– Não...

Diante da resposta dada por Tom, ele lhe dá as costas, mas então o rapaz se arrepende e o chama.

– Ei! – diz Tom se aproximando novamente do funcionário do posto.

Ele então olha para seu crachá que informa que aquele homem era um psicólogo.

– O senhor é psicólogo? – pergunta Tom com ar de dúvida.
– Sim, sim... estou em horário de almoço, por isso não uso o jaleco.
– O senhor está ocupado, então...
– Não, pode falar....
– Bom, é que... o meu irmão ficou viúvo há alguns meses, e ele ficou muito triste, o que é normal... Mas já se passaram quase 5 meses e ele só vem piorando, a cada dia fica mais triste, e isolado...
– Por favor me acompanhe até a minha sala para podermos conversar melhor...

Eles então se dirigem até a sala em que momentos antes Tom observava, sentando-se um de frente para o outro diante de uma mesa de madeira.

– Continue falando do seu irmão por favor.
– Como eu dizia, o Bill está me preocupando, porque ele não está se alimentando, não dorme.. Está totalmente diferente do que ele costumava ser!
– Isso é normal, afinal ele sofreu uma grande perda, porém você não deve insistir para que ele se recupere... Não é assim, você deve dar tempo ao tempo...
– Mas ele está piorando! Hoje de manhã ele estava falando sozinho! Falava como se estivesse conversando com a Camila, a esposa dele que morreu!
– Isso é um sinal de solidão, mas precisamos averiguar se ele não está tendo alucinações, isso torna o caso mais grave.
– O que eu faço?
– Ele faz uso de algum anti-depressivo?
– Eu não sei dizer... O senhor acha que é caso de internação?
– Veja bem, pelo o que você me informa o seu irmão pode estar passando por uma depressão. Porém eu não posso fazer o diagnóstico sem ver e avaliar o paciente.
– Se eu trazer ele aqui, o senhor faz esse diagnóstico?
– Dificilmente um paciente depressivo aceita que está nessa situação, recusando-se a procurar ajuda médica, é preciso ter paciência para convence-lo a vir até aqui.
– Sim, mas eu sei que não é nem necessário o diagnóstico do senhor. Meu irmão está com depressão, ele não está bem!
– Traga-o, então para que eu possa fazer uma avaliação.
– Isso ... a depressão pode ser grave?
– Há dois tipos de depressão, uma em que o paciente apresenta fases deprimidas e maníacas e outra em que ele fica apenas depressivo, mas é preciso estar atento quando esse quadro evolui para uma tentativa de suicídio, e quando o paciente passa a ter alucinações.
– O Bill está tendo alucinações!
– Não tenha tanta certeza disso, ele pode apenas estar se sentindo solitário.
– Ok, eu vou tentar traze-lo aqui.
– Sim, e tente ficar calmo.

Tom então sai da sala do médico, e vê Bill ao final do corredor, aparentemente o procurando.

– Onde você se meteu? – pergunta Bill.
– Só estava dando uma volta....

Bill, Tom e Gerthe voltam para casa, mas durante todo o caminho Tom pensava no que o psicólogo havia lhe dito, a idéia de ajudar o irmão vinha com ainda mais intensidade a sua mente, o deixando ansioso para que anoitecesse para que então pudesse conversar com Giselle.

Postado Por: Grasiele

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 4 - Cuidando de Gerthe

Depois da briga que tive com Tom fui obrigado a sair pra relaxar um pouco, esfriar a cabeça. Dei um passeio com Gerthe, andamos por algumas pracinhas cheias de crianças.
Eu gosto de vê-las brincar,elas são tão alegres, tão cheias de vida. Imagino que em um futuro próximo será a vez de Gerthe estar ali, nos brinquedos, no balanço, depois estarei a levando para a escola. Imagino como ela será quando crescer.
Não sei o que o futuro nos reserva, mas com certeza eu a farei feliz.
Queria ficar mais um pouco aqui sentado nesse banco de praça, apenas vendo as crianças brincarem, e com minha filha em meus braços, sonhar com um futuro mais feliz para nós dois. Porém vejo que nuvens negras vêm se aproximando.
Antes que chova, preciso ir embora. Espero que Tom não esteja mais lá.
Porém ao chegar em casa, vejo que meu desejo não se tornou realidade.


– Está mais calmo? – pergunta Tom ao ver o irmão.
– Nunca estive nervoso.
– Me desculpa pelo que aconteceu mais cedo. Eu só não consigo ver você nesse estado.
– Não fale mais na Camila e ficará tudo bem entre nós.
– Mas ...

Bill então olha para Tom, erguendo uma de suas sobrancelhas, em sinal de que aquela conversa acabava ali.
Bill leva Gerthe, que dormia, até o quarto, colocando-a no berço. Cobre a filha com a sua manta branca de detalhes cor de rosa, e a beija levemente no rosto.
Antes de sair do quarto sorri carinhosamente para a filha que dorme tranquilamente.
Bill então volta para a sala e passando pela cozinha, abre a geladeira pegando um copo de água.
Tom na sala, apenas de bermuda floral azul come alguns morangos, ao ver o irmão na cozinha, vai até a mesma, pega um prato que estava em cima de uma mesa e o destampa. Em seguida vira-se para Bill.

– Pega, come eu guardei pra você. – diz oferecendo ao irmão o sanduíche que havia feito mais cedo.
– Não estou com fome... depois eu como.
– Nada disso... dá só uma mordidinha... A coca-cola eu bebi se não ia perder o gás. Mas acho que ainda tem na geladeira.

Bill nada diz, apenas continua a beber sua água.

– Toma... – diz Tom, com voz triste.
– Você não vai parar de me perturbar enquanto eu não comer esse sanduíche, não é mesmo?
– Cara você demora pra entender as coisas, hein...

Bill então pega o prato das mãos do irmão e vai até a sala onde senta-se no sofá. Tom o acompanha depois de pegar mais alguns morangos.

– Sabe quem me ligou? – pergunta Tom.
– Claro que eu sei, eu sou um adivinho.
– Hahaha... – diz Tom com ironia. – Quem me ligou foi o David Jost.
– E...?
– Ele me perguntou como você estava, eu disse que bem. Então ele disse “Ótimo, vejo vocês em breve com as novas músicas”.
– Que novas músicas?
– As músicas que nós deveríamos estar compondo. Quer dizer nós não, você.
– Eu não escrevi nenhuma música.
– Eu sei disso. Então não querendo te pressionar nem nada.... Mas já está na hora, né?
– Eu não tenho um pingo de vontade de escrever alguma coisa.
– Se esforça! Toma escreve aqui... – disse Tom pegando o caderno de anotações da estante entregando ao irmão.
– Não faço idéia sobre o que escrever.
– Bom,... ai o compositor aqui é você!
– Depois eu penso em alguma coisa.
– É bom que seja logo... os caras da gravadora não vão querer esperar por muito mais tempo.
– Se está com tanta pressa, por que não escreve você?
– Ta, ta... não se apressa a arte,eu entendi!

Os irmãos então passam todo o fim de tarde assistindo televisão, Tom sempre com o controle remoto em mãos para que caso fosse necessário trocasse de canal rapidamente, evitando assim que a mesma situação desconfortável voltasse a acontecer.
Enquanto assistiam Prision Break, Gerthe começa a chorar.
Tom imediatamente se levanta do sofá para ir buscar a menina, mas é impedido por Bill, que o segura pelo braço.

– Ela sempre chora um pouco quando acorda... mas depois dorme de novo. – diz Bill.

O silêncio volta a reinar na casa, restando apenas o som vindo da televisão.

– Viu?
– Já ta sabendo tudo hein, cara! – exclama Tom.
– Conheço Gerthe como a mim mesmo, ou até mais.
– Não sabia que você seria um pai tão responsável... Me surpreendeu.
– Sério?
– Sério! Estou muito orgulhoso de você, muito mesmo!
– Você acha que a Camila também estaria?
– Bill... você não disse para não tocarmos no nome dela. Então...
– Tem razão...
– O quê? Repete! Você disse que eu tenho razão?
– É..
– Um milagre acabou de acontecer aqui!
– O milagre não é eu dizer que você tem razão e sim você ter razão.
– Vamos continuar vendo televisão que é melhor.
– Você só está falando isso porque não entendeu o que eu disse.
– Mas é claro que eu entendi!
– Então explica...
– Ah, Bill cala a boca e vê TV.
– Acho que agora não dá... Escuta só o choro. – disse Bill indo até o quarto de Gerthe.

Tom se levanta também e segue Bill até o quarto da menina, que fortemente chorava.

– O que aconteceu com ela? – pergunta Tom.
– O de sempre, fome e fralda suja. – diz Bill retirando a pequena calça da menina e em seguida sua fralda.
– Puta que pariu!!! O que é essa menina comeu?
– Para de graça e segura ela aqui enquanto eu preparo a banheira.
– Deixa ela ai no berço mesmo! Cara... ta podre....
– Larga de ser fresco que nem ta fedendo tanto assim! – diz Bill deixando Gerthe no berço e se dirigindo até o banheiro.

Tom tampando o nariz, apenas observava Gerthe, que não mais chorava e sim ria.

– Do que essa menina tanto ri? – pergunta Tom à Bill que no banheiro prepara a pequena banheira da menina, verificando a temperatura da água.
– O que?
– Ela tá rindo do nada... Rindo para o vento...
– Ela sempre faz isso. É normal... coisas de nenéns.
– Pelo menos ela é feliz, né? Mesmo no meio de tanta...
– Deixa ela em paz. Quando ela chora você reclama, quando ela ri você reclama também...- diz Bill trazendo a banheira para o quarto, a colocando em cima da cômoda.

Bill carinhosamente banha Gerthe, que parece gostar do banho dado por seu pai.
Ele então a envolve em uma toalha muito macia.

– Esqueci da pomada! Segura ela aqui. – diz Bill entregando a menina para Tom que a segura em pé em seus braços.
– Ela ta quentinha... peraí...

Tom então afasta a menina de seu corpo e vê um liquido escorrendo da toalha. Olha para seu corpo e vê que também está todo molhado.

– Cara ela fez xixi em mim! Não acredito...
– Que? – pergunta Bill, se aproximando dos dois com a pomada anti-assaduras em suas mãos.
– Ela só esperou vir para o meu colo pra fazer xixi!

Bill então olha para  tórax molhado de Tom e começa a rir.

– Bem feito! Só isso mesmo pra me fazer rir.
– Cara ela fez xixi em mim! Mas que droga, nem de camiseta eu estou! – diz Tom entregando a menina para Bill.
– Isso mesmo meu anjinho, de prêmio você vai ganhar uma mamadeira bem quentinha!

Bill então veste sua filha enquanto Tom corre até o banheiro para tomar um banho.
Gerthe era vestida com um macacão branco com vários ursinhos espelhados por ele, em seguida Bill a veste com uma toquinha, dando-lhe a chupeta, até que a mamadeira ficasse pronta.
Minutos mais tarde, Tom já devidamente recomposto volta à sala onde o irmão alimenta a filha.

– Já está tardão... onde é que eu vou dormir? – pergunta Tom.
– No sofá oras... Aqui não tem quarto de hóspedes.
– Legal, eu venho te visitar e sou expulso, mijado e ainda por cima vou dormir no sofá...
– Ninguém mandou você vir pra cá...
Vou ficar no quarto vendo TV com a Gerthe.
– Você não vai jantar?
– Depois eu como alguma coisa. Boa noite. – diz Bill indo para o quarto com Gerthe.
– Boa noite, qualquer coisa me chama.

Bill volta-se para Tom dando-lhe um tímido sorriso,então segue indo para seu quarto.

Postado Por: Grasiele

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 3 - Tom tem um plano...

Tom andava preocupado com Bill, ele sabia que o irmão ainda estava triste pela morte de Camila, mas não sabia que a sua dor era tão intensa. Temia que Bill nunca mais voltasse a ser o mesmo, queria ajudar o irmão, mas não sabia como.
Mesmo sem querer ele havia cometido uma gafe, já que havia ligado a televisão justamente na hora  em que no noticiário matinal, passava uma noticia sobre Camila.
Foi até o quarto em que Bill dormia com Gerthe, e abriu um pouco a porta, o suficiente para conseguir ver que o irmão ainda chorava. Teve vontade de entrar e consola-lo, porém pensou que o melhor seria que Bill chorasse mesmo, já que todos diziam que chorar sempre faz bem em uma situação dessas.
Ele então volta para sala e continua assistindo televisão, enquanto Bill permanecia isolado no quarto.
E foi assim durante todo o fim daquela manhã. Por volta das 14:00 horas da tarde, lembrou-se que já estava na hora do almoço. Então foi até o quarto de Bill, que acabava de trocar as fraldas de Gerthe.

– Bill, vamos lá naquele restaurante pra almoçar... Já ta na hora..
– Eu não estou com fome Tom, pode ir se quiser.
– Não, vamos lá comigo, leva a Gerthe também!
– Não,Tom! Eu não quero sair de casa!
– Tudo bem, não saímos. Mas comer você vai!
– Tom, se você quiser comer, deve ter alguma coisa na geladeira, você prepara e come. Agora para de me encher o saco! Você não está me ajudando querendo me forçar a fazer o que eu não quero.
– Se você continuar desse jeito quem vai acabar morrendo é você! Você não come, não dorme, não sai da porra dessa casa! - diz Tom, irritado.
– Ah, pra você é simples... você nunca amou alguém como eu amo a Camila, nunca!
– Pode até ser, mas ela morreu Bill! Ela morreu!
– Cala a boca Tom!!!! Pára!!!
– Você ficar aí se matando aos poucos não vai trazer ela de volta! Entenda isso, e segue com a sua vida!

Bill então começa a chorar, levanta-se da cama indo em direção a cômoda, ao passar por Tom o empurra com força, este nada faz.
Bill em lágrimas pega uma bolsa rosa de Gerthe, tirando algumas roupinhas da menina para vesti-la. Enquanto que Tom tenta se desculpar.

– Desculpa Bill, eu não queria falar desse jeito, mas é que...
– E vou sair com a Gerthe, quando voltar não quero ver você aqui. – disse Bill enxugando suas lágrimas, e com uma expressão séria.
– Bill, eu não queria te magoar....

Mas Bill, não dá atenção ao irmão. Com Gerthe em seus braços, vai em direção a porta de saída da casa.

– Aonde você vai? – pergunta Tom.

Bill nada responde e fecha a porta, deixando Tom angustiado.

Tom senta-se no sofá, e com mãos sobre a cabeça, sente-se arrependido por ter falado de tal maneira com o irmão, mas ele não estava agüentado mais ver Bill daquele jeito, tão triste.
Acende um cigarro, e pensa no que deveria fazer para se desculpar com ele, e acaba lembrando de como Bill havia saído desesperado, deu-se conta de que ele poderia cometer alguma loucura. E o pior de tudo,não fazia idéia de onde o irmão poderia ter ido.
Tom precisaria de ajuda, mas não sabia a quem recorrer.
Tenta pensar em alguém que não seja seus pais, o nome de Giselle vem-lhe a mente,
Lembra-se que Giselle era uma amiga muito próxima de Camila, podendo ser assim amiga de Bill também.
Preocupado, procura pela estante algum papel ou agenda que poderia ter o número do telefone de Giselle. Encontra um pequeno caderno de anotações próximo ao aparelho de telefone. Rapidamente o folheia e encontra o número correspondente, a cada toque de espera sua preocupação aumenta.

– Alô?
– Poderia falar com a Giselle?
– É ela, com quem eu falo?
– É o Tom irmão do Bill.
– Ah, sei quem é. Aconteceu alguma coisa com a Gerthe? – pergunta preocupada.
– Com a Gerthe não, mas com o Bill. Nós discutimos e ele saiu desesperado, e não me disse pra onde ia.
– Já faz muito tempo?
– Já... umas duas horas... Eu to começando a fica preocupado, o Bill ta muito mal.
– Ele está muito triste mesmo... eu queria poder ajuda-lo.
– Mas você pode me ajudar? Você sabe pra onde o Bill pode ter ido?
– Bem... você me disse que discutiram. Desculpe a intromissão, mas porquê?
– Eu falei que era pra ele esquecer a Camila, afinal ela já não está mais aqui. Ele começou a chorar...
– Você vai me desculpar, mas você é um idiota! Como é que você diz uma coisa dessas pro cara?
– Você não está aqui pra ver o estado deprimente que o Bill está, ta de fazer pena! Eu não tenho sangue de barata, caramba!
– Se vocês discutiram por causa da Camila, é óbvio que ele está no cemitério. Ele não sai de lá.

Tom fica em silêncio, pensando no quanto Bill era feliz e agora se encontrava tão distante do que costumava ser.

– Você está aí? – pergunta Giselle.
– Sim. É... eu não sei, eu devo ir até lá?
– Na minha opinião não. Deixa o Bill esquecer dessa história sozinho, você não entende que quanto mais a gente ficar no pé dele, mas ele pensa nela?
– É.. mas...
Já sei!!! – diz Tom entusiasmado.
– O que foi?
– Já sei como salvar meu brother. E você vai me ajudar!
– O que?
– Preciso encontrar você em algum lugar, pra te explicar melhor.
– Ainda hoje não dá, daqui a pouco eu estou indo pra faculdade.
– Okay, amanhã então?
– Amanhã eu posso.
– Conhece a boate The Club?
– Conheço sim… mas a gente vai conseguir conversar lá?
– Dá sim, lá tem um canto que é mais calmo..
– Então ta... às 21:00 pra mim está bom.
– Okay, te encontro às 21:30
– Mas..
– Tchau, até amanhã.

Postado Por: Grasiele

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 2 - O primeiro contato

Desde que Gerthe saiu do hospital meus dias não são mais os mesmos, e nem as noites. Tive que adaptar todos os meus horários a ela. Quando Gerthe dorme, eu durmo, mas se ela resolve passar a madrugada acordada, eu tenho que acompanha-la.
O momento em que estou dormindo é um dos melhores para mim, sempre sonho com Camila. Nos meus sonhos nós e a nossa filha estamos em um parque muito florido, semelhante ao qual ela adorava ir. Nós muito felizes, sentamos na grama e fazemos um belo piquenique.
Camila sorri com Gerthe em seus braços, e olha para mim dizendo que nunca foi tão feliz.
Mas então eu acordo, e ao olhar para o lado de minha cama, vejo que Camila não está lá. Aliso o lençol, no lugar em que ela costumava dormir, e imagino que um dia ela esteve ali. Consigo ver nitidamente a expressão de alegria e serenidade, que ela sempre demonstrava depois que fazíamos amor. Sinto saudade.
Respiro fundo, e lembro-me da promessa que fiz a mim mesmo, de tentar ser forte e cuidar da minha filha.
Mais um dia começa, e eu preciso me levantar, preciso acordar, por mais que não queira.
Tenho meus pensamentos interrompidos, por um barulho vindo da cozinha. Por um minuto havia esquecido que Tom ainda estava na minha casa. Sei que sua intenção é das melhores, mas eu quero ficar sozinho, não tenho humor para lidar com outras pessoas, então para não ser desagradável, prefiro me afastar.
Ainda semi-acordado, me levanto da cama indo ao banheiro escovar meus dentes, porém minha higiene bucal tivera que ser interrompida, pois Gerthe acordara chorando, devido à um forte som vindo da cozinha, de panelas caindo no chão .
Saio imediatamente do banheiro, mal tendo tempo de lavar adequadamente minha boca, e volto para o quarto pegando Gerthe no colo, e me dirigindo a cozinha. Onde Tom visivelmente atrapalhado tenta preparar seu café da manhã.

– Caralho Tom, você ainda não foi embora?
– Eu não já te disse que vou passar uma temporada aqui?
– E eu já não te disse que não quero?
– E você sabe lá de alguma coisa? – diz Tom, correndo até o fogão percebendo que o leite já havia fervido, transbordando pela leiteira e sujando todo o fogão.
– Cara você acordou a Gerthe e ainda está sujando a casa toda!
– Já estava na hora dela acordar! Quanto a bagunça, liga não...depois a gente da um jeito.
– A gente? Eu tenho que dar de mamar para o meu anjinho.
– Dar de mamar? Bill você, não tem peitos, tem?
– Larga de ser idiota Tom, é com a mamadeira! – disse enquanto balançando a menina, tentava a acalmar.
– A culpa é sua por não se explicar direito... Mas mudando de assunto... Caraca! Essa menina vai ser cantora de ópera... olha o agudo da criatura...
– Tom cala a boca, você só fala besteira. Prepara o leite dela que é melhor!
– Ta legal... vamos lá, vamos lá... – disse Tom abrindo a geladeira, procurando por algo.

Assim que encontra o que procurava, Tom com extrema alegria, volta-se para Bill segurando uma caixa de leite integral.

– Pronto, achei o leite! Cadê a mamadeira?
– Não é assim!
– Ah ela gosta um pouquinho de açúcar? Como eu não pensei nisso antes... Filha do Bill e não gostar de doce? Impossível.
– Porra cara,desse jeito essa mamadeira não vai sair nunca! Eu já teria feito e dado a ela, faz tempo!
– Vai dizer que ela já bebe com Nescau? É pra ficar mais fortinha?
– Sai daí Tom, sai. Segura ela aqui.

Tom então estende os braços a fim de segurar a pequenina, porém mostra-se muito desajeitado, o que preocupa Bill.

– Você tem que segurar ela direito! Ela ainda tem a moleira muito mole... Segura na cabeça! E nas costas também...

Tom acaba ficando ainda mais nervoso devido todas as recomendações dadas avidamente pelo irmão.

– Ai cara.... eu não sei fazer isso não! To ficando com medo...
– Tom Kaulitz com medo de uma garotinha? – disse Bill a pegando novamente.
– Pela primeira e única vez na minha vida... mas vê lá hein cara... não espalha isso não.
– Senta ali no sofá e segura ela! Ela já está chupando os dedinhos de tanta fome. – diz Bill sorrindo carinhosamente para a filha.

Tom então apressadamente senta-se no sofá, e logo após Bill dispõe Gerthe em seus braços, ajeitando-a sobre os mesmos.
Bill então dirige-se até a cozinha, onde prepara a esterilização da mamadeira, e logo após o leite artificial, que em seguida saciaria a fome de sua filha.
Tom, ainda meio desconfortável com a situação, admirava Gerthe, tomando um pouco de coragem, alisa seus cabelos. Era a primeira vez que segurava a filha em seus braços, sem que percebesse já estava, ainda que timidamente, brincando com a menina.
Pode notar que ela possuía os lábios carnudos, assim como os seus.
Encantado com a fragilidade e delicadeza, de um ser tão pequeno e desprotegido, lembra das palavras ditas por Bill, há alguns meses atrás. Lembra que era ele, o verdadeiro pai daquela criança.
Bill segurando a mamadeira já pronta, também percebe que Tom olha Gerthe de uma maneira especial, e atordoado vai em direção aos dois, e com rapidez a retira dos braços de Tom.

– Me dá ela aqui! Chega!
– Deixa que eu dou a mamadeira pra ela. Vai comer!
– Você não sabe alimentar nem a si mesmo, que dirá ao meu anjinho!
– Você me ensina, devolve ela aqui...
– Não! A Gerthe é prematura, você esqueceu? Tem toda uma técnica para amamenta-la, não é só empurrar o leite goela abaixo! – disse Bill sentando-se no sofá, se preparando para começar a alimenta-la.
– Ta cara... só queria te ajudar.
– Eu posso me virar sozinho. Hoje a tarde você dá o fora, entendeu bem?
– Eu não saio daqui nem tão cedo... pode já ir se acostumando com a minha presença...
– Nem pensar. Você vai ir embora..
– É mole?! Enquanto milhares de pessoas imploram pela companhia de Tom Kaulitz, você me expulsa dessa maneira...
– Você me irrita Tom!
– Eu também te amo, agora continua dando de mamar pra essa menina que o negócio tá feio... Olha a cara de esfomeada dela!
– Se você não tivesse feito tanto barulho, ela ainda estaria dormindo e daria tempo de eu preparar tudo!
– Por falar nisso, eu até esqueci de tomar o meu café...
A propósito, eu bebi um restinho de suco que havia ali na jarra. Você queria? Não, né?

Tom então voltou para cozinha, mas no meio do caminho, ao ver a televisão se vira para o irmão e diz:

– Essa casa ta um silêncio.... Vou ligar a TV!
– Vê se deixa em um volume baixo pelo menos.

Tom segue em direção a cozinha, pegando dois sanduíches super caprichados, que havia preparando e dois copos enormes de coca-cola,os colocando em uma bandeja. Feito isso, volta para a sala, coloca a bandeja sobre a estante e pega o controle remoto da televisão, ligando a mesma.

– Puta que pariu, viu, nada que preste...
– Desliga então... - diz Bill.
– Depois desse jornal passa desenho, não é?
– Acho que sim..

Tom deixa o controle sobre a estante, pega a bandeja e senta-se no sofá,ao lado do irmão, que aguardava Gerthe regurgitar.

– Depois come um pouco. Ta gostoso, sanduíches eu sei fazer.
– Depois eu como...
– Mas é pra comer, mesmo!
– Ta, Tom ...eu não sou mais criança!
– Ai Bill, larga de ser chato.. já dá pra contar as suas costelinhas, de tão magro que você está.
– Cala a boca e come, Tom.
– Eita, eu esqueci do katchup!

Tom então volta para a cozinha, enquanto Bill continua a assistir televisão. De repente uma noticia chama sua atenção.

“Foi preso ontem a tarde George Listing, de 22 anos, acusado de ter assassinado, Camila Fernandes Kaulitz, uma jovem de 18 anos, grávida de 7 meses.
Durante esses quatro meses passados após o crime, George encontrava-se foragido.
A polícia chegou ao acusado, através de uma denúncia anônima.
Mais informações sobre o caso com a repórter Lívia Prado...”

Tom da cozinha, ao ouvir a noticia, corre para a sala e  tenta mudar de canal, porém era tarde demais. Bill ouvira o suficiente para que o fizesse se lembrar novamente do dia mais triste de sua vida. A foto de Camila mostrada no noticiário, lhe trouxe recordações das quais preferia não lembrar, pois lhe machucavam muito.
Ele então levanta-se do sofá e com Gerthe em seu braços caminha em direção ao quarto. Ao passar por Tom nada diz, apenas abaixa a cabeça e segue seu caminho. Tom tenta pensar em algo que possa fazer para contornar a situação, mas não consegue.
Bill deita-se na cama e abraçado à Gerthe tristemente chora.

Postado Por: Grasiele

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 1 - Uma visita inesperada

Apesar de o Sol já despontar seus primeiros raios, a cidade ainda adormecia, algumas pessoas já preparavam-se para ir trabalhar, porém em uma casa às luzes permaneciam acesas, a noite havia sido longa.

– Nana neném...
Vamos, filhinha dorme...

Bill Kaulitz, tentava há um bom tempo, fazer a pequena Gerthe, de 4 meses de vida, dormir. Porém a menina, parecia não estar muito disposta a colaborar com seu inexperiente pai.

– Ai Jesus, o que será que você tem minha filha?
Fralda suja não é, fome também não... Não acredito que você vai me fazer ligar pra casa da sua avó uma hora dessas, de novo!

Bill então com Gerthe nos braços, procura o telefone, ao mesmo tempo que tenta ninar a criança.
Quando finalmente o acha, em meio a uma pilha de roupas sujas, disca um número que já havia decorado.
Do outro lado da linha, uma voz feminina, ainda muito sonolenta, atende a ligação.

– Alô.
– Alô, D. Lúcia, aqui é o Bill...
– Bill? Que horas são?
– Bem,ainda é cedo...
– O que foi meu filho?

D.Lúcia já sabia que era algo relacionado a Gerthe, pois esse era o único motivo que fazia com que Bill, ligasse para ela,ou para quem quer que fosse. Ele havia se isolado de todos, seu mundo girava em torno apenas de Gerthe.
Poucas eram as pessoas, que durante os últimos meses tiveram a oportunidade de falar com Bill, ele se mantinha sempre fechado, sua expressão triste afastava as pessoas, estava sempre solitário.

– A Gerthe não pára de chorar!
– É fome, dá leite pra essa menina que ela logo dorme.
– Eu já tentei dar, ela não quer...e também não é a fralda.
D. Lúcia.... oh D.Lúcia a senhora está aí?
– Hum? – disse a senhora, entre bocejos.
– O que eu faço, D.Lúcia?
– Deve ser cólica, Bill.
– Então eu vou fazer um chá, muito obrigada...
– Não Bill! Nada de chá! Ela é muito novinha, só vai piorar.
– O que eu faço então? – pergunta Bill, já angustiado, com o choro estridente de Gerthe.
– Encosta a barriguinha dela junto com a sua. Isso vai acalma-la.
– Funciona?
– Menino, eu criei duas filhas com essa técnica, você ainda quer discutir comigo?
– Está bem, desculpa por acordar a senhora...
– Tudo bem querido, se cuida... Mais tarde pode deixar a Gerthe aqui, pra você ir se divertir um pouco.
– Não precisa, muito obrigado, tchau.

Bill então mesmo que incrédulo, decidiu seguir as orientações da sogra. Colocou Gerthe, já com a face avermelhada de tanto chorar, no berço, e tirou sua camisa.
Em seguida tirou as roupinhas do bebê, a deixando somente de fraldas, a pegou novamente no colo, indo em direção a sua cama, onde se deitou, colocando Gerthe com o abdome rente ao seu, como D.Lúcia havia sugerido.

Aos poucos a menina foi se acalmando, seu choro ficando cada vez mais fraco, até que dormiu, sendo acompanhada logo em seguida por seu pai.
Algumas horas haviam se passado desde então, porém não foram o bastante para que Bill pudesse descansar. Ele e Gerthe continuavam dormindo, no entanto seu sono, e seu sonho de amor, seriam interrompidos, pois alguém insistentemente batia na porta e chamava por seu nome. Ele então acordando assustado, retira a menina de cima de seu corpo a colocando sobre a cama, cercando-a com travesseiros.
O mais depressa que pode, corre até a porta da sala, temendo que Gerthe acorde com o barulho. Assim que abre a porta, é empurrado por Tom, que entra na casa, segurando uma mala de viagem.

– Fala maninho!!!! – diz Tom em voz alta.
– Fala baixo, porra! A Gerthe dormiu quase agora...
– Quase agora? Em pleno meio-dia? Por isso que eu gosto dessa menina, baladeira igual ao tio.
– O que você ta fazendo aqui?
– Senti sua falta também. – diz Tom com ironia.
– Posso saber o porquê dessa mala?
– Ué, ainda tenho que explicar? Vim passar uma temporada aqui na sua humilde residência...
– O quê?
– Pois é, ta correndo o boato que você está tristinho... pior que cachorro que caiu do caminhão de mudança... E você sabe né, eu sou simplesmente o Sol! Vim iluminar o seu dia....
– Eu não preciso que ninguém ilumine nada, estou muito bem assim,,,dá o fora.
– Nada disso, dispensei uma gata pra vir mais cedo.. agora eu vou ficar aqui...
– Pois volte para ela e me deixe sozinho Tom! Eu quero ficar sozinho!

Tom sem dar ouvidos ao que o irmão dizia, apenas observava a desordem espantosa em que se encontrava o local.

– Cara, e eu que achava que era o bagunceiro da família.... me enganei! Tu não fica perdido de vez em quando não?
– Tom, sai.- disse Bill mantendo a porta aberta.

Tom, ainda surpreendido com a falta de organização do irmão, se depara com uma caixinha de música que estava sobre a estante da sala.

– Cara que troço maneiro, que música toca?

Antes que Tom pudesse pegar o objeto, Bill rapidamente vai em sua direção, e o impede, segurando firme em seu braço.
– Não! – ele diz.

– Calma cara eu só quero ver!- diz Tom tentando se desviar do irmão.
– Era da Camila, não toca! – diz Bill, com voz e olhar sérios.

Tom, assustado e ao mesmo tempo preocupado em ver a raiva que o irmão,mostrara para impedi-lo, diz,ainda que receoso.

– Bill, eu acho que você deveria levar algumas coisas daqui,para a casa dos pais dela.
– Nada sai daqui.
– Mas Bill,desse jeito você não vai esquecer nunca!
– E quem disse que eu quero esquecer?
– Seguir com a sua vida não vai diminuir em nada a história de vocês dois, não é falta de respeito ou qualquer coisa assim...
– Já disse que nada sai daqui, e por favor, não mude as coisas de lugar.
– Como assim?
– Não toque em nada!
– Bill...
– Tudo vai ficar do jeitinho que ela deixou... tudo.
– Bill nós precisamos conversar.
– O que eu preciso, eu já não tenho mais...

Bill então volta para o quarto e novamente se deita ao lado de Gerthe, abraçando-a, enquanto Tom, sentado no sofá da sala se dá conta de que a sua missão de tornar a vida do irmão um pouco mais alegre, seria mais difícil do que imaginava.

Postado Por: Grasiele

Wenn Nichts Mehr Geht 2

Wenn Nichts Mehr Geht 2
Sinopse: "And we go on, and on.
We still standing here.
The future has just began,on the dark side of the sun.
The pain of love will last forever." [?????]
"E nós continuamos, e continuamos.
Nós continuamos aqui.
O futuro acabou de começar, no lado escuro do Sol.
A dor desse amor durará para sempre." [?????]
*Fragmentos das letras das canções Pain of love e The Dark Side of the Sun.*

Classificação: +18
Categorias: Tokio Hotel
Gêneros: Drama, Fantasia, Hentai, Romance
Avisos: Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Capítulos: 48
Autora: Billa Jumbie

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