domingo, 4 de dezembro de 2011

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 7 - A separação

Já era madrugada quando Tom Kaulitz chegou em casa. Ao abrir a porta, tateou a parede à procura do interruptor para iluminar a sala escura.
Quando a luz é acesa ele se depara com o irmão, que na cozinha tomava um remédio.

– Que remédio é esse? – pergunta Tom.
– Só estou com dor de cabeça.
– A Gerthe está dormindo?
– Sim.

Tom senta-se no sofá retirando seus tênis e em seguida sua camisa.
Bill já voltava para seu quarto quando é chamado por Tom.

– Bill! Sabe aquela boate... The Club?
– Sei. – diz Bill voltando para a sala, sentando-se ao lado do irmão.
– Ela está muito foda! Mudaram umas coisas lá... você tem que ver!
– Não to muito a fim não.
– Cara, amanhã eu vou pra lá de novo... Por que você não vem comigo?
– Tem a Gerthe... e sei lá... estou sem vontade.
– Se o problema for a Gerthe, deixa ela na casa dos avós!
– Não, eles não gostam muito de crianças... – diz Bill como que se procurando uma justificativa para não ir.

Ele então levanta-se e caminha até seu quarto.
Tom deita-se no sofá, mas demora a dormir, pensando no que poderia fazer para convencer o irmão a mudar de idéia.
Vencido pelo cansaço, acaba adormecendo.


Quando mais um dia se inicia na casa dos Kaulitz, os irmãos acordam demasiado indispostos, porém por motivos diferentes.
Tom havia dormido tarde, preocupado com Bill, e este passara toda a madrugada cuidando da pequena Gerthe.

– Bill pode deixar que hoje o almoço é por minha conta!
– Sinta-se a vontade. – diz Bill indicando a cozinha.
– Desde que eu cheguei aqui não vi você colocar um grão de arroz na boca... Mas hoje vai ser diferente. Hoje você vai comer tudo!
– O que você vai comprar?
– Comprar? Eu vou cozinhar algo que eu não faço há tempos... Espaguete com o meu molho especial!

Tom com pose de chefe de cozinha começou a preparar o espaguete. Pelo seu jeito atrapalhado não parecia que algo de bom sairia daquela bagunça.
Assim que pronto,o primeiro a ser servido foi Bill.Tom fez questão que assim o fosse.

– Vamos, experimenta cara! – diz Tom segurando um garfo com um pouco do espaguete ameaçando o inserir na boca do irmão que desvia a cabeça.
– Não precisa enfiar na minha boca... deixa que eu como sozinho!

Tom entrega o prato para Bill que então dá a primeira garfada, diante dos olhos atentos do irmão.

– E aí, e aí... o que achou?
– Até que não está mal...
– Até a Gerthe comeria esse espaguete se pudesse, fala aí... – diz Tom com a boca cheia.

Ao falar da menina, Tom se lembra do seu plano de encontrar a pessoa ideal para Bill então deixando o prato sobre a mesa, dirigi-se até o quarto do irmão pegando o celular de seu bolso.

– Alô. – atende Giselle.
– Oi é o Tom, tudo bem?
– Sim e com você?
– Nem tanto. Chamei o Bill para irmos até o The Club hoje a noite mas ele não aceitou.
– Já era de se esperar...
– Ele disse que é por causa da Gerthe, que não está a fim...
– Deixa a Gerthe com a D.Lúcia.
– Mas o Bill não irá levar a menina por livre e espontânea vontade! Ele se agarra nela igual carrapato.
– Bom, então o jeito é fazer com que a D.Lúcia vá buscar a Gerthe aí...
– Boa! Você pode falar com ela?
– Posso sim.
– Ótimo! Então vá o mais depressa possível.
– Já estou indo.
– Ok, tchau.
– Tchau.

Tom saiu do quarto do irmão com um largo sorriso no rosto, esperançoso que seu plano desse certo. Voltando para a sala apenas observava Bill alimentar-se, fingindo que nada estava acontecendo,ou prestes a acontecer.

Enquanto isso Giselle era recebida carinhosamente pela mãe de Camila..

– Oi D.Lúcia!
– Oi Giselle, entre!
– Não, não.... É apenas uma visita rápida. Na verdade vim lhe pedir um favor.
– Pois diga...
– Bem, a senhora poderia ir ficar com a Gerthe essa noite?
– Ah claro que sim, com todo o prazer! Pode falar com Bill para trazer ela aqui.
– Este é o problema! Eu e o irmão dele queremos tira-lo um pouco de casa, só que o Bill diz não poder sair por causa da menina. Fica usando ela como desculpa.
– Ele então não sabe que eu irei buscar a Gerthe?
– Não. Mas a senhora tem que entender que o Bill está muito tristinho, muito isolado...
– Tudo bem, se é para uma boa causa eu minto.
– Muito obrigada! Eu sabia que a senhora entenderia.
– De nada!
– Bom, agora eu preciso ir...
– Espere eu vou com você, assim já passo na casa do Bill.

Os gêmeos assistiam televisão, quando são informados pelo porteiro que D.Lucia havia chegado. Bill então autoriza a entrada da senhora, que minutos depois bate à sua porta.

– Como vai meu querido?
– Bem, D.Lúcia e a senhora? – diz Bill.
– Nada bem, pois estou morrendo de saudades da minha netinha. Cadê ela?
– Está com o meu irmão. Venha, entre.
– Cadê a coisinha mais fofa da vovó? – diz ela se aproximando da menina e a pegando no colo.
– Oi. – diz Tom.
– Olá.

D. Lúcia começa a brincar com Gerthe em seus braços, enquanto Bill apenas as observa, porém sua expressão calma muda rapidamente com o que a senhora estava prestes a dizer:

– Hoje a minha bonequinha vai dormir na casa da vovó! Não é linda?
– Não! Ela ... ela não se está se sentindo bem. – diz Bill.
– Pra mim ela parece ótima!
– Mas é que...
– Bill você não pode me impedir de ficar com ela! Afinal eu sou a avó!
– Sim, mas eu sou pai!
– Pois hoje ela vai ficar na minha casa e ponto e ponto final! Cadê a bolsa dela?

Tom rapidamente corre para o quarto da menina e em seguida entrega a bolsa  para D.Lúcia, que sem mais delongas caminha até a porta, fingindo não ver a expressão desesperada de Bill.
Ele a segue, e tenta disfarçadamente tirar a menina de seus braços.

– D. Lúcia! Por favor, não leve ela!
– Pode deixar que amanhã eu a trago de volta. Cuide-se.

Sem reação, vê a filha ser levada.

– Você não ouviu o que ela disse? Amanhã a pirralinha ta ai de volta. – diz Tom, abraçando o irmão e o levando para dentro da casa.
Bill visivelmente angustiado,circula pela casa, lamentando não ter impedido que Gerthe fosse embora.
Ora se sentava no sofá,ora se levantava e punha-se a caminhar pela casa. Não sabia o que fazer, era a primeira vez que ficava longe da menina.

– Você está me deixando tonto. – reclama Tom sentado no sofá.
– Cala a boca!

Teve vontade de chorar, mas o ódio que sentia de si mesmo naquele momento, o impedia.
Ligou para a casa da sogra, mas ninguém atendera.

– Eu vou buscar a Gerthe. – avisa Bill.
– Não, não, não. Você sabe muito bem que a D.Lúcia vai cuidar direitinho dela.
– Sim, mas eu quero ela aqui, perto de mim.
– Deixa a Gerthe com a vó dela, porra. A menina precisa conhecer os parentes também. E além do mais, duvido que a velha deixe você tirar a pirralinha de lá.
Bill  irritado ao perceber que o irmão tinha razão, joga-se no sofá, e acende um cigarro.

– Você ainda fuma?- pergunta o Tom.
– Desde que a Gerthe nasceu eu parei, porque o cheiro fazia mal pra ela... Mas diante dessa situação...
– Que situação?
– Porra eu estou longe da minha filha, caralho!
– E daí...? Ela está com a avó dela, e não com um estranho.
– E eu vou fazer o que até amanhã? Ficar olhando pra tua cara?
– Bom... eu vou no The Club pegar umas gatinhas... distrair a mente...


Bill em silêncio tranca-se no quarto Enquanto Tom, na sala, preocupasse por seu plano não ter dado certo.
Durante toda a tarde e o anoitecer Bill permaneceu isolado em seu quarto, Tom pensou em mais uma vez tentar convencer o irmão a sair de casa, mais já sem esperança decidiu vestir-se e ir sozinho.

– Bill eu já estou indo. – grita Tom abrindo a porta da sala.
– Não! Me espera!
– Você vai?
– Sim, eu não quero ficar sozinho, aqui. Estou sentindo muita falta da Gerthe, ela era quem me fazia companhia.
– Se arrume então. Lá pelo menos você não fica pensando só nela.
– É só por isso que estou indo. – diz Bill abrindo seu guarda roupa.

Ele não se vestiu como antes, apenas vestiu suas roupas totalmente escuras, mas sem nenhum detalhe, sem nenhum brilho. Pegou a primeira que viu pela frente. Bill nunca fazia isso quando iria sair.
Não se maquiou, nem pôs seus colares, anéis e correntes como de costume. Suas unhas que sempre estavam pintadas de esmalte preto com uma linha branca em sua extremidade, estavam ao natural.
Tom nunca havia visto o irmão tão simples para uma festa como naquele dia.

 – Vamos. – diz Bill, saindo do quarto.
– Você não vai pentear o cabelo?

Bill vai para o quarto, mas rapidamente volta para sala com seus cabelos levemente escovados.

– Você não vai fazer aquele penteado ridículo?
– Se você colocar mais um defeito em mim, eu vou acabar não indo.
– Ok, ok... Vamos logo então.Você está perfeito!

Postado Por: Grasiele

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