segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Dead Or Alive - Capítulo 15 - Ninguém disse que era justo!


Dois dias se passaram, Tom e Bill preferiram se calar sobre o real motivo de terem partido da antiga casa e cada dia que passava se fechavam mais entre os dois, recebiam vários telefones por dia, se trancavam no banheiro ou saia o quarto para atender. Lara e Alice nunca eram incluídas em  conversas, Alice não ligava com a inclusão, não se importava e muito menos perguntava sobre o seqüestro, já Lara cada dia ficava mais distante de Tom, cada dia permanecia mais calada, na verdade, quem tornou-se sua companhia quando os gêmeos saia, era Alice, que baixou um pouco a guarda e passou a ouvi-la.
Numa noite de calor, Lara estava lendo um livro, quando Tom entrou de repente em passos largos no quarto e pegou a mochila de armas, colocou uma jaqueta, olhou para ela deitada na cama e falou:
-Alice esta vindo para cá ficar com você!
-Ótimo! –Ela apenas disse, era isso que ela fazia desde o dia que ele foi grosso com ela. Era difícil demais ficar indiferente a ele, ficar sem ser tocada por Tom. Mas, decidiu após chorar horas que ela era a sequestrada, ele seu sequestrador e esse amor que ela sentia e que ela alimentava, não levaria a nada, para ele, ela não passava de mais uma. Mesmo ele se entregando na hora do sexo... Era só sexo. Então, decidiu adotar essa postura. Calada e sem questionar, o dia que ele decidisse falar, ele falaria o motivo daquilo tudo.
 -Vamos continuar dessa forma?-Tom questionou ainda a observando.
-Tom, se você não é capaz de decidir o que quer da porra da sua vida, você quer que eu faça o que?
-Você tem que parar de andar com a Alice, esta ficando vulgar igual a ela!-Ele disse
-E você tem que parar de andar com o bipolar do seu irmão. Esta ficando estranho e apavorante igual a ele. -Ela o olhou e baixou os olhos novamente para o livro.
Tom a olhou e ela levantou os olhos e disse sem paciência para ele.
-Quer falar mais alguma coisa. Dar mais alguma ordem?
-Abaixe esse tom de voz! –Tom disse a ela.
-E se eu não baixar o que você vai fazer? Dar palmadas na minha bunda?-Lara o olhou enfrentando-o.
-Cuidado, Lara!
-Cuidado com o que Tom? Com você, comigo ou com os dois? –Lara disse fechando o livro e jogando no chão com raiva.
-Isso esta ficando insuportável. –Tom disse fechando os olhos realmente sem paciência.
-Esta ficando? Já esta há muito tempo! –Ela o corrigiu.
Ele andou até ela em passos rápidos e a segurou com força.
Tom a olhou e ela levantou o olhar encontrando os seus felinos e dilatados de raiva:
-Esta sendo muito difícil para você não é mesmo?
Ela viu Tom engolindo a seco e percebeu que tinha acertado em sua afirmação.
-Por que não me solta e acaba logo com essa sua tortura?
Vendo que ele não responderia a nenhuma de suas perguntas, tentou se soltar dele e com ódio disse:
-Tenho que concordar com Alice...Você é um frouxo!
Tom arregalou os olhos e apertou seus dedos com força em volta dos braços dela.
Ela sorriu com ar de deboche e disse entre os dentes:
-Agora só falta isso para você parecer com o psicótico do seu gêmeo.Me bater! Você é bem pior que ele!
Tom puxou o seu cabelo e ela se arrepiou inteira, ele segurou sua cintura e quando foi beijá-la, Lara o olhou dentro de seus olhos cor de mel e abriu a boca para receber o beijo.
Mas quando Tom baixou os olhos para sua boca entre aberta a jogou na cama com força e como um tiro saiu do quarto batendo a porta com força e raiva deixando-a sozinha. Andou até o corredor e abriu a porta do quarto de Bill rapidamente e parou ao ver a cena.
Alice estava em cima da pequena mesa com Bill no meio de suas pernas estavam se beijando, quando ouviram  a porta ser aberta bruscamente, os dois olharam ao mesmo tempo para ela, Alice estava com os seios nus, Bill não tentou escondê-la e muito menos ela.
-Se quer assistir pague o ingresso! –Ela sorriu para o irmão de Bill, sem se preocupar em esconder o par de belos e empinados seios.
-Não me enche você também que hoje não estou para brincadeira. -Tom disse a ela, não sem antes olhar para os seios dela.
-Hummm...tem gente com abstinência sexual por aqui! –Alice disse descendo da mesa e pegando no ar a sua babylook jogada por Bill, vestindo-a. – Pena que Bill tem ciúmes, por que se não juro que eu te dava uma “mãozinha”. –Ela disse sorrindo seguindo Bill que saia pela porta em direção a escada que dava acesso a garagem.
Bill puxou o cabelo dela e a advertiu:
-Não falei para você parar de enchê-lo?
-Ainda não sei o que você esta fazendo com essa mulher. –Tom olhou para Bill descendo as escadas abrindo a garagem.
-Tenho que concordar com ela, esses dias você esta parecendo um velho rabugento! –Bill falou sério.
 Os dois entraram no carro, Bill abriu o vidro da porta do motorista entregando uma arma para Alice e deu as instruções para a bela morena.
-Tome cuidado e fique atenta a qualquer movimento estranho, me ligue se for preciso.
-Sim senhor! Você sabe que todos seus pedidos são ordens  –Ela disse com um sorriso malicioso nos lábios, olhou para Tom e ele a fuzilou com o olhar, ela foi em direção a Bill, o beijou devagar sugando a língua do moreno. – Não faça nenhuma besteira e tome cuidado. –Ela o beijou novamente e virou para Tom e não perdeu a oportunidade. –Tom quer ganhar um beijinho de boa sorte também?
-Vai se foder, garota!
-Olha você me deve 300 dolares!
-Que? –Tom perguntou quase em um grito.
-Eu vi você olhando para os meus seios se pagar mais 400 deixo você tocá-los.
Os dois sorriram, vendo que o irmão fechará a cara, Bill ligou o carro, Alice saiu da janela do carro e ele saiu da garagem e os Kaulitz deixaram o hotel.


x.x


Alice enfiou a chave na porta do quarto de Lara e abriu, ela estava deitada na cama e continuou lendo, Alice entrou no quarto sem puxar assunto, abriu o frigobar, pegou cinco garrafinhas de vodka e sentou na cama de Tom.
- Vocês continuam brigados? -Ela perguntou.
-Sim! -Ela deu de ombro- Por que pergunta?
-Por que ele esta de péssimo humor e homem para estar de mal humor é falta de sexo! –Alice disse abrindo uma das garrafinhas e bebendo em um gole apenas. – Ele esta chato, quer dizer sempre foi, mas esses dias esta muito mais.
-Percebo Bill menos arrogante! –Lara disse sorrindo de canto
-Ele continua o mesmo, é essa nossa diferença e que você tem que aprender, ele não vai mudar por mim, ele será sempre arrogante, sem educação, um imbecil, não tenho essa ilusão. Que ele vai se apaixonar por mim e viveremos felizes para sempre, como você acredita que acontecerá com você e Tom.
Lara com um ar de tristeza baixou a cabeça e percebeu que Alice tinha toda razão. Ela fantasiava coisas que jamais poderia se realizar.
-Lara isso não existe! – Alice continuou – Aproveite o que Tom pode te dar, sem se prender. Afinal os momentos bons são feitos disso.
Alice abriu outra garrafa e bebeu novamente em apenas um gole.
-Você não bebe nada? –Ela lhe ofereceu uma garrafa. -Eu não bebo! -Tente! Garanto que você vai se sentir bem melhor. Alice mantinha o braço esticado e Lara pegou as duas garrafinhas abrindo uma e tomando pequenos goles. A primeira garrafa foi esvaziada devagar, já a segunda foi mais rápida.
-Você esta ouvindo?-Alice fechou os olhos e perguntou para Lara.
- O que?
-A música! –Alice disse ainda com os olhos fechados.
Lara se levantou e dirigiu-se até a janela e colocou o ouvido nela.
-Sim agora estou ouvindo. –Ela disse sorrindo.
Alice pegou mais uma garrafinha na mão e atirou para ela, indoaté a geladeira e pegando mais cinco garrafinhas, abri mais uma e bebendo devagar começa a dançar no ritmo da música mexicana que vinha do fundo do hotel.
-Essa música é linda! –Alice acaba com outra garrafa e joga vazia na cama. Lara a observa e começa a sorrir em vê-la dançando tão sensualmente. – Acho que vou até lá!
- Você está louca, bebeu demais... Se ele souber que não está tomando conta de mim, ele mata você. –Lara diz olhando para ela ainda dançando.
- Eu não estava pensando em contar a ele. –Ela diz sorrindo para Lara. – Eles devem demorar o suficiente. – Alice encara Lara, - E você virá comigo, então tecnicamente eu ainda estarei tomando conta de você.
-Não!!
-Para de ser medrosa, ninguém vai nos reconhecer, vamos dar um jeito no seu cabelo para que pareça menos princesinha... – Ela riu - Dançaremos um pouco e voltamos para o quarto.
-Não... Eu não consigo Alice, não sou espontânea como você, e tenho medo do que ele possa fazer se voltar e não estivermos aqui.
-Por isso que Tom nunca vai se apaixonar por você! –Alice a olha com um sorriso debochado nos lábios. – Santinha... Um anjo, ele não gosta de anjos, nenhum cara gosta. – Alice a provoca vendo Lara mudar o semblante aos poucos. – Qual é? Vamos? Só uma música e eu prometo que devolvo você sã e salva.
Lara a olhou e diante de tal comentário mordeu o lábio inferior e mesmo sabendo que é era uma loucura. Aceita a proposta da outra morena levantando-se e vestindo rapidamente um vestido e uma peruca loira de Alice saindo rapidamente do quarto seguindo-a para a parte do fundo do hotel onde havia um grupo de mexicanos dançando e bebendo.
Alice não deixou Lara se sentar puxando a refém para o meio da roda e dançando com ela sensualmente obtendo todos os olhares masculinos da roda e também os olhares maldosos de três ruivas que ali estavam.
Não demorou muito para que dois mexicanos altos e muito bonitos se aproximassem das duas e começassem a dançar com elas. Alice empurrou um deles que estava bêbado demais e ao ser empurrado cambaleou e quase caiu sobre a mesa das ruivas.
O que se aproximou de Lara não estava tão bêbado e quando ele tocou sua cintura fina, ela se arrepiou virando-se para ele e sorrindo ao vê-lo se aproximar e abraçá-la de forma envolvente.
Lara encostou seu rosto no tórax bronzeado do mexicano e fechou os olhos, ele a conduzia e o ritmo e os gestos foram ficando cada vez mais sensual.  Lara começou a sentir a língua úmida dele em seu lóbulo e o apertou fortemente cheia de desejo.
Alice olhou para cena e sorriu divertida, daria a vida para o idiota do Kaulitz ver a princesinha enroscada, se esfregando no belo mexicano, ela sorriu e bateu palmas acompanhando o ritmo da música, não por muito tempo, ao olhar para o canto do bar, seu sorriso morreu e suas palmas cessaram, ela gelou! Bill estava encostado em um canto escuro e a fuzilava com seus olhos, ela sentiu o olhar entrar dentro de seu corpo e seus pêlos arrepiaram-se de medo.
- Lara? – Ela tentou avisar a outra, mas seu esforço foi em vão, Lara continuava dançando com o mexicano desconhecido e nem a ouvira. Então, ela baixou os olhos e quando ele andou até ela tentou virar e ir embora, mas ele foi mais rápido e a puxou para uma mesa afastada e a abrigou sentar.
-Você é inacreditável. Nem se eu te levasse para o quarto e te desse uma surra você aprenderia! –Ele disse baixo perto de sua orelha.
- Quer tentar? – Ela o provoca rindo. – Eu quero apanhar Bill, quer bater em mim? – Alice solta uma gargalhada alta e Bill segura seu rosto com força.
- Acredite você não iria gostar se eu fizesse. –Ele disse sério não gostando da brincadeira.
Alice nada disse, apenas fechou os olhos e sentiu os dedos finos de Bill em seu rosto, apertando-lhe e soltando-lhe em seguida.. Tom em seguida sentou na cadeira ao lado e furioso bebeu a tequila em um gole e olhou novamente para a cena. Lara dançava e estava quase aos beijos com o rapaz.
-Tem gente com ciúmes! –Alice o provocou.
Tom nada disse, encheu o copo mais uma vez e o virou bruscamente.
-Até que enfim Lara arrumou um “Hombre”!
-Bill tire-a daqui por que juro que do jeito que estou eu vou acabar matando-a! Tom disse sem tirar os olhos de Lara.
-Nossa que medo, por que todo corno sempre quer lavar a alma e a honra com o sangue de alguém?
Tom se virou e quando foi segurar Alice, ela se levantou e quando foi avançar em Tom, Bill a segurou pela cintura e a puxou para longe da mesa.
-Chega, vocês vão acabar chamando a porra da atenção de todos. –Bill disse nervoso- Parecem dois irmãos!
Bill a segurou com força levando-a para o quarto novamente quando foram passar pelo pequeno corredor, as três ruivas fecharam o espaço, uma dela se aproximou e quase o beijando disse:
-Depois que levar essa magrela lá para cima, desça podemos beber um pouco e podemos fazer uma festa particular...Só nós quatro!
Ela olhou para as outras duas amigas e quando voltou a olhar para Bill, ele sorriu e respondeu:
- Eu aceito desde que possa comandar a festa... – As três sorriram e ele continuou - Podem ir subindo já encontro vocês. – Ordenou.
A ruiva sorriu feliz dando um leve selinho na boca do moreno e só desgrudou por que Alice puxou seus cabelos com força!
-Vai pastar em outro lugar sua vaca mexicana, senão quiser virar picadinho de taco suma da nossa frente.
As três se afastaram xingando a morena, mas subiram para o quarto como ele ordenou que fizessem. Enquanto isso Alice se debatia xingando-as também, Bill teve que tirar forças de onde não tinha para contê-la, Quando chegou ao quarto, a jogou na cama com força.
-Eu vou ser obrigado a te amarrar, te amordaçar e te jogar no banheiro, você esta me causando problemas demais, maldita hora que eu fui tentar ser um bom samaritano.
Sem ouvir nada do ele havia dito, ela se levantou do chão e o atingiu no rosto.
-Seu filho da puta vai lá se deitar com aquelas mexicanas nojentas! Duvido que elas três juntas cheguem ao meu dedinho do pé! – Alice riu convencida.
Bill colocou a mão no rosto e sorriu ao ver que ela estava fora dela, estava com ciúmes das mexicanas.
-Não sei... – Ele a agarrou pelos cabelos obrigando-a a olhar em seus olhos – Mas amanhã cedo eu te conto se elas são melhores que você!
Outro tapa foi dado em seu rosto e nem assim ele tirou o sorriso de deboche dos lábios. Ele a olhou e mais uma vez a provocou:
-Esta com medo do que? –Bill sorriu e se aproximou dela –Esta com medo delas serem muito melhor que você? É disso que tem medo?
Ela se afastou e quanto mais ele se aproximava mais ela se encostava na parede gelada do quarto.
-Dizem que ruivas são deliciosas em cima de uma cama!
-Seu desgraçado...Tire suas mãos imundas de cima de mim! -Alice disse quando ele colocou uma de suas mãos no pescoço dela.
-Dizem que as ruivas são quentes e insaciáveis.
Bill continuava a provocá-la e vendo que ela cada vez ficava mais fora dela, ele sorria cada vez mais, ele estava se divertindo com tudo aquilo.
-Eu aposto que é você que não chega aos pés delas... – Além do mais, elas são três, você é apenas uma e sabe como é – Ele mordeu o ombro dela antes de terminar a frase. – A união faz a força. Alice mais uma vez atingiu o rosto dele, só que dessa vez ele revidou lhe atingindo o rosto também.
-Covarde!
-Vagabunda!
Ele a segurou e a jogou contra a outra parede, ela bateu a cabeça com força e não teve tempo de revidar, pois ele já a segurava pelos cabelos e a trouxe para junto dele e a beijou, ela fechava a boca e tentava se livrar dele, mas o moreno não estava disposto a desistir dela tão facilmente.
A mão de Bill já estava embaixo do vestido de Alice e sem muita demora, dois dedos dele já estavam na entrada da intimidade dela. Quando ele forçou e entrou dentro dela, ela revirou os olhos e gemeu. Não tinha mais nada o que fazer a não ser se entregar a ele.
-Eu te odeio...Bill...
Ela abriu a boca e recebeu a língua dele que invadiu sua boca, Bill gemeu involuntariamente quando sentiu as mãos dela em sua cintura abrindo o zíper de seu jeans, os lábios dela foram em direção ao seu queixo, subindo depois para o pescoço, só parou de beijá-lo quando teve que se separar para tirar o jeans e a boxer.
Quando ele estava nu, ela passou a acariciá-lo com mãos hábeis, ela parou por um momento e o olhou, ele fixou seu olhar no dela e a ouviu dizer séria:
-Vamos ver se essas ruivas vadias chegam aos meus pés!
E se agachou em frente a ele e segurando fortemente o seu membro quente e pulsando de desejo, colocou-o na boca devagar, ouviu o gemido contido dele e sentiu que ali era o seu ponto fraco, e com a língua quente e úmida contornou todo ele.
Bill deixou-se cair sobre a parede, apoiando-se nela, fechou os olhos e umedeceu os lábios ao sentir seu membro inteiro dentro da boca dela, sendo sugado com tanto desejo.
Os gemidos dele foi aumentando, os puxões nos cabelos longos e sedosos dela também, ela recebia os gemidos altos e prazerosos de Bill como um incentivo e quanto mais ela o lambia, mais ele se rendia aos lábios de Alice.
Quando ele gemeu rouco e ela sentiu o corpo dele estremecer, ela tirou a boca e logo em seguida o viu gozar em seus seios nus. Ela passou as mãos neles e olhou para ele, que a olhava com um olhar diferente e menos agressivo.
Com as duas mãos a ajudou a se levantar e quando ela já estava em pé ele a encarou e entrelaçando seus dedos nos cabelos dela confessou:
-Você é insuportável, mal educada, uma vagabunda e às vezes eu tenho vontade de te socar, mas jamais qualquer mulher chegará aos seus pés no que se referir a SEXO!
-Isso foi um elogio? Porque se for, estou lisonjeada.
-Não sei...Sinceramente eu não sei!
Foi à única coisa que ele disse antes de juntar novamente seu corpo no belo corpo de Alice.  Ela por sua vez hora sendo submissa a ele e outra vez ela que dominava o ato. Na hora do sexo era o único momento que eles se entendiam perfeitamente, eram feito uma para o outro, ela nem precisava dizer onde sentia mais prazer, Bill já sabia exatamente o que fazer para deixá-la louca de prazer. O mesmo acontecia com Alice, ele não precisava dar coordenadas, ela sabia onde tocar, lamber ou chupar.
-Já disse para você não fazer isso! –Alice gemeu baixo quando Bill a mordeu mais uma vez.
-Não recebo ordens...Muito menos suas! –Bill disse mordendo-a novamente.
Alice forçou seu corpo e o colocou por baixo, sentando nele. Começou beijando seus lábios, depois desceu pelo seu tórax e quando chegou em seu pescoço cravou seus dentes brancos nele, fazendo Bill gemer e xingá-la em alemão.
-Se ficar a marca juro que vou te encher de...
- De que? –Ela sorriu e o beijou na boca. -Cuidado que para você pode ser um castigo e para mim pode ser um carinho!
-Você não vale nada!
-Vocês também não então estamos quites! –Ela respondeu sorrindo para ele.
Bill a segurou com força pela cintura e a encaixou, penetrando-a. Foi ela que começou os movimentos, subia e descia no colo dele, fazendo- o gemer e segurá-la fortemente pela fina cintura.
Quando ela percebeu que ele intensificou a pressão em sua cintura, ela decidiu mudar de posição e mais uma vez não foi preciso palavras, ele sabia exatamente o que ela queria.
-Venha!
Ele ordenou ficando em pé, fora da cama e a posicionou de quatro na cama. Quando ela se empinou e encostou o rosto no travesseiro, ele segurou mais uma vez segurou em sua cintura e sem delicadeza a penetrou novamente. O grito foi inevitável e ela mordeu o travesseiro de dor, depois que ele estava dentro dela, quando ele sentiu que ela estava preparada e relaxada, começou os movimentos primeiramente lentos, depois de alguns minutos, não conseguiu mais se segurar, aumentou os movimentos e as investidas, ela segurou forte no travesseiro gemendo alto e segurando a respiração que era quase nula.
Quando Bill segurou-a pelo cabelo e a trouxe para junto de seu corpo, ela segurou as coxas dele e gritou pelo nome dele quando ele se enfiou inteiro dentro dela, Bill também gemeu alto no ouvido dela ao chegar ao clímax. Mantiveram-se conectados intimamente por alguns segundos.
Depois foram para o chuveiro, tomaram uma ducha rápida e exaustos, molhados e nus caíram na cama, Alice sorriu ao vê-lo cansado e satisfeito pegando no sono logo, pensou nas ruivas esperando por ele horas sem fim, beijou levemente a boca do moreno e deitou em seu peito adormecendo logo em seguida.


x.x


Logo depois que Bill subiu com Alice para o quarto, Tom permaneceu sentado na cadeira, observando Lara dançar e se esfregar no mexicano, ela abriu os olhos e sorriu vitoriosa quando encontrou os olhos dele dentro dos dela. Ela sustentou o olhar e continuou a dançar e a se esfregar deliberadamente em seu par, recebeu um leve selinho nos lábios e sorriu para o mexicano, que ao receber o sorriso malicioso dela, se aproximou mais e segurou em um de seus seios com força, forçando-a fechar os olhos de desejo, Lara sentiu a outra mão dele subindo por debaixo de seu curto vestido, abriu novamente os olhos e mais uma vez olhou para Tom que assistia a tudo sem se mover da cadeira.
-Vamos subir para o meu quarto! –O mexicano sussurrou no ouvido de Lara.
-Espera...quero que você dance mais um pouco comigo!
Ela disse virando de frente e o abraçando pelo pescoço. O rapaz sorriu e a abraçou pela cintura.
A dança continuou e Lara era explorada pelas mãos grandes e bem bronzeada do mexicano. Ela abriu a boca e ele entendeu o convite, se aproximou e quando foi colocar a língua dentro da boca dela, algo o empurrou com violência.
-Chega! – Tom a puxou dos braços do estranho.
O rapaz não gostou da atitude dele e segurou no outro braço dela.
-Você o conhece? –O mexicano perguntou.
-Nâo...Nunca o vi! –Ela olhou assustada para Tom e depois tentou se soltar dele. – Deve ser um bêbado!
-Largue a moça!
Tom foi empurrado pelo rapaz, ele queria socá-lo, mas não podia chamar atenção, não podia criar nada que pudesse prejudicar mais tarde, Bill iria mata-lo! Então, Tom decidiu voltar para a mesa e passou perto dela e disse baixo em seu ouvido.
-Eu já entendi Lara, a brincadeira acabou.
- Não acabou...Ainda não sequestrador... – Lara respondeu baixo sorrindo para ele totalmente bêbada.
Ele seguiu para a mesa e sentou e não encheu mais o copo bebeu na garrafa mesmo, a tequila agora começava a queimar dentro de seu corpo, a bebida começava a surtir efeito e ver Lara em sua frente dançando começa a excitá-lo, ela agora dança sozinha com uma moça morena, ele termina com a garrafa inteira e quando coloca a garrafa vazia na mesa, a música termina no mesmo instante, ele a vê sorrindo e batendo palmas, ela agradece e vira de costas e segue em direção ao seu quarto.
Lara subiu as escadas, colocou a chave e abriu o quarto, quando ela virou para fechar a porta Tom colocou seu pé e não a deixou-a fechar, sem se importar com ele, ela se virou  e começou a andar seguindo para o banheiro.
-O que pensa que estava fazendo lá embaixo? –Ele perguntou antes que ela entrasse no banheiro. –aquela não era você?
Lara parou ao ouvi-lo, mas não se virou para olhá-lo apenas disse:
-E desde quando você me conhece? Desde quando você sabe quem eu sou?
Ela então se virou e o olhou com raiva:
-Você não sabe nada sobre mim...Nada!
Tom a olhou percebendo suas lágrimas se formarem em seus olhos verdes.
-Eu sou apenas sua refém e nada mais que isso!
Ela o olhou e ao piscar deixou que suas lágrimas rolassem virando-se  novamente para entrar no banheiro.
-Lara! -O que foi agora? –Ela perguntou sem paciência.
-Eu conheço você muito melhor do que você pensa e a muito tempo....Muito antes dele!
--Dele quem? Do Mexicano?
-Não...do imbecil do seu...
-Cala essa sua boca, quem é você para chamá-lo de imbecil? Dobre a língua e a lave-a depois para falar dele! – Lara o olhou com desprezo. –Ele não é osso para passear na boca de vira lata como você.
Lara apontava o dedo na cara de Tom que em um gesto rápido pegou o seu pulso e dobrou o braço dela fazendo-a gemer de dor.
-Ele não te faz mulher como eu faço...Nunca vai fazer!
Lara sorriu provocando-o, Tom forçou o braço dela e ela gemeu mais uma vez de dor.
-Ele é um homem maravilhoso e ótimo de cama.
-Eu percebi! –Agora era a vez de Tom provocá-la – Ele te satisfaz tanto que na primeira oportunidade você quis dar para mim.
-Você me seduziu, seu cretino!
-Não! Você que se ofereceu feito uma vadia para mim.
-Seu miserável, eu odeio você! –Lara foi para cima dele e começou a xingá-lo. –Você é um verme! Eu tenho nojo de você. É o ser mais desprezível que eu conheço.
Tom apenas se defendia dos socos dela, ela gritava e chorava descontrolada.
-Filho de uma mãe! Como eu pude fazer sexo com você, deixar um ser tão repugnante me tocar. Eu preciso me desinfetar do seu toque.
Ela levantou a mão para acertá-lo no rosto, ele segurou seu braço e a olhou profundamente nos olhos. Empurrando-a para dentro do banheiro e fechando a porta com força.
-Escuta aqui, esta pra nascer à vagabunda que vai me bater na cara. –Tom disse nervoso. –Bata na minha cara e você verá quem é o frouxo, eu arrebento com essa sua carinha de porcelana.
Os soluços começaram a sair da garganta de Lara e o choro desesperado tomou conta do banheiro. Tom fechou os olhos e se odiou, perdia totalmente o controle quando o assunto era ela.
-Olha você me provoca e...
O choro ficou mais intenso quando ela ouviu as primeiras palavras dele, ela colocou a mão no rosto e chorou tudo o que estava preso dentro de seu peito. Era raiva, agonia, amor e desejo tudo misturado e contido dentro de seu coração.
-Me deixe ir embora! –Ela quase gritou.
-Não! –Ele respondeu.
-Me solte desse inferno! –Ela chorava e implorava.
-Não posso! –Ele elevou a voz.
-Por que me odeia tanto? -Ela perguntou o olhando cega entre lágrimas. –Por que me maltrata e me faz sofrer tanto?
-Desculpa eu...
-Não são as suas desculpas que eu quero Tom!
-Mas é só isso que eu posso te oferecer!
-Eu sei que não é só isso!-Ela disse se aproximando dele e passando seu nariz no queixo dele. – Eu sei que você tem muito mais para me oferecer...
- Lara...
-Isso não é justo!
-Ninguém disse que era justo. -Ele gemeu baixo.
-Então seja justo comigo pelo menos essa noite...Tom
Ela segurou a cintura dele e o trouxe mais para perto beijando de leve o seu pescoço, sugando todo o seu perfume, Tom se deixava ser beijado, não tocava nela, suas mãos mantinha-se na parede do banheiro.
-Vamos embora daqui... –Ela passava a língua no pescoço dele, descendo devagar até chegar em um dos mamilos dele o provocando. – Vamos fugir e esquecer tudo isso... Eu sei que você faria isso!
Lara passou as unhas nas costas dele e o viu se arrepiar inteiro voltou a olhá-lo e viu em seus olhos que ele tinha a mesma vontade dela e que aquilo era tão dolorido para ele quanto para ela.
-Fuja comigo Tom Kaulitz ... Agora! –Lara o trouxe para mais perto e o beijou com paixão.
Ele abriu sua boca e deixou que a língua dela invadisse a dele, segurou os dois seios dela com força e prensou-a na parede, esfregando o volume entre suas calças todo nela.
Ele segurou fortemente em suas nádegas e forçou para que ela subisse em sua cintura, a boca dele agora explorava um dos seios dela e ela gemia jogando a cabeça para trás. Ela puxou suas tranças negras e mais uma vez seus lábios se encontraram, ela sem notar o erro que ia cometer disse entre gemidos:
-Vamos partir essa noite ainda...
Foi como uma balde de água fria em Tom, a ficha caiu, ele por um instante percebeu a grande burrada que cometia e sem delicadeza nenhuma a tirou de sua cintura.
-Não vamos a lugar nenhum!
-Mas eu pensei...
-Pensou errado! –Ele a cortou grosso.
-Tom eu...
-Lara entenda uma vez por todas, não vamos a lugar nenhum, o único lugar que você vai daqui dois dias quando pagarem o seu resgate é para a sua vidinha de conto de fadas!
Ela o olhou e dessa vez ele não teve tempo de segurá-la, o tapa foi forte e o machucou no canto de seus lábios, ele apenas colocou o dedo na boca e depois olhou para o sangue.
-Eu não vejo a hora de poder voltar para minha vida de conto de fadas e esquecer que um dia eu o conheci e pior que deixei me apaixonar por alguém tão nojento e sem coração como você.
Ela arrumou seu vestido e saiu do banheiro, ele a olhou deitar-se na cama e sentou na tampa do vaso, aquilo tinha saído do controle, os sentimentos dele por ela a cada dia se intensificavam e ficar perto dela e não fazer amor com Lara estava cada dia mais difícil.
Tom olhou mais uma vez para ela deitada na cama e passou os olhos no corpo dela, o vestido de Alice ficava igualmente sensual nela, desceu os olhos para as coxas e depois para a bunda redonda e empinada quase toda a mostra.
Cheio de desejo e sem ter o que fazer, ele ainda olhando-a com desejo e com muito tesão, começou a se tocar, ele poderia ir até ela e fazer amor, mas isso não seria justo, com nenhum dos dois. Tom então colocou uma de suas mãos dentro de sua calça e teve que se satisfazer no banheiro, sozinho! Para piorar tinha que ouvir do outro lado do quarto os gritos e gemidos escandalosos da prostituta e seu irmão transando feitos dois animais no cio.


x.x


Na manhã seguinte, Tom saiu bem cedo, tomando cuidado para não acordar Lara, só quando Alice abriu a porta assoviando foi que ela despertou isso logo perto do almoço.
-Afff...pela sua cara inchada sua noite não foi nada boa! –Alice disse ao perceber que Lara chorará a noite toda.
-Já pela sua, pelos gritos e gemidos exagerados foi uma maravilha. –Lara disse mal humorada. –Vocês podiam ser mais silenciosos e discretos.
-Não dá amiga, essa eu vou ficar te devendo! – Alice disse sorrindo e sentando na cama perto de Lara. –Eu já te disse para você não se apegar a esse ser tosco!
-Tarde demais! –Lara disse com os olhos cheios de lágrimas.
-Nunca é tarde pra nada! –Alice disse secando as lágrimas dela com as pontas dos dedos.
-Ele te bateu por ontem? – Lara pegou o braço de Alice e viu os hematomas.
-Não!
-Por que você deixa ele te morder e te marcar dessa forma?
-Pelo simples fato dele ser delicioso, gostoso e me levar a lugares que eu jamais conheci transando com um homem. –Ela sorriu e finalizou. –Ele sabe exatamente o que fazer para me deixar enlouquecida de prazer e depois sabe saciar o meu desejo como nenhum outro. Então, esse é o preço que eu pago...Muito bem pago por sinal!
Lara ficou vermelha pela maneira que ela descreveu Bill, até então um lado escondido do irmão gêmeo de Tom, então ela concluiu que nisso os dois também eram muito parecidos.
-E outra, na noite passada quem apanhou foi ele e na cara!-Ela disse sorrindo.
-Jura? –Lara sorriu divertida. – Eu queria ter o visto apanhar na cara!
-Esta querendo dizer que quer ver nós dois transando?
-Não...Você esta louca? –Lara respondeu rapidamente
-Estou brincando eu entendi muito nem o que você quis dizer.
Alice levantou-se da cama e foi até a porta para pegar o almoço que havia pedido ao passar pelo restaurante do motel e quando estava fechando a porta, parou e fechou a porta rapidamente. Foi até a janela e com cuidado abriu a cortina, fechando-a indo até a mesa e pegando a arma que Bill deixou para ela.
-O que foi?- Lara a olhou assustada quando Alice pegou a arma e foi novamente para a janela.
-Fique deitada no chão. –Alice disse séria olhando para a janela. –Merda! Ela pegou o telefone da recepção e discou, depois de cinco minutos bateram na porta.
-Arrumadeira!
Alice abriu a porta, a arrumadeira entrou no quarto fechando a porta nas suas costas e começou a arrumar o quarto.


x.x


-Tom, você acreditou nele? –Bill disse ao diminuir a velocidade do carro para entrar no retorno que levava ao motel, no final do dia. – Você acha mesmo que eles disseram a verdade, que eles não o matou?
-Isso não foi o pior, o mais engraçado de tudo isso foi eles acharem que os assassinos daquele filho da puta era eu ou você. Por que o mataríamos? Isso ficou confuso na minha cabeça. –Tom olhou para o irmão e quando olhou para o motel que estavam hospedados, gritou:
-Que porra é aquela?
Bill olhou para frente e antes de entrar no motel viu alguns carros, alguns curiosos e um carro de bombeiro fechando a passagem para a entrada. Parou o carro e arregalou os olhos, descendo do carro junto com Tom. A passagem para a rua estava bloqueada pelo carro da polícia.
Pararam um do lado do outro e quando um grupo de curiosos estava indo embora do local, Tom se aproximou perguntando:
-O que houve?
-O motel dos mexicanos pegou fogo, dois quartos foram destruídos e o fogo se alastrou rapidamente não deu tempo de salvar os hóspedes de dois quartos!
Tom olhou para Bill e quando foi em direção ao motel, Bill o segurou.
-Eles no acharam.
- Lara...
Bill não deixou o irmão terminar, fechou os olhos balançando a cabeça, desnorteado e nervoso disse para o irmão:
-Entre no carro e vamos sair daqui!
-Não podemos e as duas?
-Entre no carro e vamos sair daqui agora, Tom  –Bill rangeu os dentes pegando Tom pela gola da jaqueta.  –Eles a acharam primeiro...O jogo acabou para elas.
Bill e Tom entraram no carro, ele deu partida no carro e dirigiu em silêncio por mais de uma hora parando em outro motel, parou o carro na garagem fechou e subiram para o quarto. Bill entrou e ao entrar começou esmurrar a porta do guarda roupa com as mãos. Sua raiva era visível. O guarda roupa foi totalmente destruído e a sangue ficou grudado nas portas e nos destroços jogados no chão.
-Pára isso não vai adiantar nada, elas estão mortas, nosso dinheiro se foi e tudo foi perdido, temos que ir embora e seguir nossas vidas e tentar recuperar tudo o que pudermos recuperar. –Tom disse ao irmão quando ele passou a chutar a porta do banheiro.
-Eu vou matar todos...um por um...eu vou acabar com a raça desses desgraçados! –Bill disse voltando o olhar para o irmão mais velho. Tom sentou na cama e colocou as mãos na cabeça e bufou desamparado, triste e sem rumo. O celular tocou e Tom tirou o celular do bolso da calça jeans e atendeu.
-Alô?
-Por favor, o Sr.Kaulitz  –Tom ouviu uma voz masculina no outro lado da linha.

Postado Por: Grasiele

Dead Or Alive - Capítulo 14 - Always

Este Romeu está sangrando
Mas você não pode ver o seu sangue
isto não é nada além de alguns sentimentos
Que este velho sujeito abandonou...
ALWAYS - Bon Jovi
 
Na manhã seguinte Alice ainda permanecia deitada na cama, nua, olhando Bill se trocar. Depois que subiram para o quarto tomaram banho juntos, fizeram sexo mais uma vez dentro do Box como dois animais em pleno CIO e depois caíram exaustos na cama.
-Quero que você me faça um favor. –Bill disse colocando o jeans.
-Quanto eu levo? –Alice perguntou olhando séria para ele
Bill parou de colocar o cinto, a olhou e balançou a cabeça.
-E depois eu sou o mercenário? –Bill foi até o armário e pegou duas armas as engatilhou e voltando a olhar, disse:
-Pensei que íamos ser bons amigos.
-Não misturo prazer com negócios.  Quanto eu levo para fazer esse favor? -Ela repetiu a pergunta.
- 300 dólares por 4 horas.
-Prefiro sair e fazer um programa faturo 600 dólares em duas horas.
Ele fechou a cara e a olhou sem achar graça em seu comentário, foi até o espelho pentear os cabelos negros.
-Estava apenas brincando...Mas não quero só 300 dólares, quero 2000 dólares por 4 horas, é pegar ou largar. E se ela tentar fugir não vou ser corpo mole como você e o insuportável do seu irmão, eu estouro os miolos dela! –Ela disse a ele.
Ele se virou já com os cabelos arrumados, cruzou os braços na altura do tórax e disse preocupado:
- Ela não vai fugir, essa garota corre mais perigo longe do Tom do que perto.
-O que realmente esta acontecendo? –Ela sentou na cama e não se importou quando o lençol que a cobria escorregou e deixou quase um de seios a mostra.
-Vamos sair para saber exatamente isso? –Ele respondeu.
-O jogo virou contra vocês? –Ela perguntou agora menos agressiva.
-O jogo pode até ter mudado e isso não me interessa, só sei que quero receber o que foi combinado, nem que pra isso eu tenha que matar todos os envolvidos. -Ele pegou as armas e a chave do carro. -Não saia do quarto do Tom para nada. Nada! Estou sendo claro o suficiente?

Ela levantou da cama, nua e foi em direção a ele o envolvendo pelo pescoço beijando-o na boca com vontade. Ele não a abraçou apenas abriu sua boca e se deixou beijar. Ela separou seus lábios dos deles, ele a olhou e depois desceu os olhos para os seus seios onde existiam três marcas roxas, ela seguiu seu olhar e também olhou para as mordidas dele da noite anterior, voltaram a se olhar e ela disse passando o dedo no nariz bem feito do moreno:
- Tente não fazer nenhuma besteira.

-Tentarei! –Ele disse seco saindo pela porta.

x.x

Lara acordou e ele já estava de pé mexendo em uma mala verde, ele sempre mexia nela antes de sair, era nela que ele colocava e tirava papéis, alguma coisa muito importante tinha dentro dela. Ele se virou e ela fechou os olhos fingindo que dormia. Tom entrou no banheiro, ela ouviu a porta sendo trancada, esperou alguns segundos e ouviu o barulho do chuveiro sendo ligado.
Lentamente ela levantou e em passos silenciosos abriu o guarda roupa, baixou e procurou pela mala verde, ela tinha um cadeado, mexeu nele e percebeu que estava aberto, olhou mais uma vez para a porta do banheiro e tirou o cadeado e a abriu devagar, começou a revirá-la, encontrou documentos falsos, um pequeno bolo de dinheiro, viu um envelope amarelo dobrado, o pegou e mais uma vez olhou para porta, o abriu e tirou o conteúdo que havia dentro dele.

-Meu Deus...Não pode ser! –Lara colocou a mão na boca e levantou com o envelope nas mãos rapidamente colocando os chinelos, mesmo de pijama foi até a porta e virou a chave, abriu a porta e correu para o corredor esbarrando violentamente em Bill caindo no chão.
-Você pensa que vai aonde? –Bill a pegou pelo cabelo e a ergueu do chão trazendo-a de volta para o quarto, gritando e jogando Lara na cama –Tom?
A porta do banheiro foi aberta e Tom saiu apenas de boxer preta.
-Que gritaria é essa? –Ele perguntou olhando para a mão de Bill segurando o envelope amarelo. –O que isso esta fazendo em suas mãos?
-Pergunta para ela, por que estava nas mãos delas, enquanto você tomava banho ela mexia nas suas coisas. –Bill disse nervoso- Eu disse que era uma idéia infeliz deixá-la solta, mas você é um cabeçudo.
Tom a olhou na cama estirada aos prantos.
-Bill saia eu resolvo isso?-Tom disse nervoso olhando-a.
-Resolve? Você só esta atrapalhando mais as coisas, Tom! -Bill gritou com o irmão.
-Bill cala essa boca e sai agora! –Tom gritou com o irmão.
Bill olhou para o irmão e o obedeceu, passando pela porta e a batendo. Tom foi até ela e a fechou, se virou e Lara sentiu o olhar dele queimando sobre ela.
-Você mexeu nas minhas coisas? –Tom se aproximou e ela não se mexeu continuou debruço na cama. –Não se faça de idiota!
Tom gritou com ela pegando-a pelas pernas e a virando na cama. Depois a segurou pelo braço e a levantou, ela soluçou e não o olhou.
-Você abriu esse envelope? -Tom disse com raiva
-Quem entregou isso para você? –Ela levantou os olhos – Quem te deu isso? Isso estava dentro do meu guarda roupa, como veio parar em suas mãos?

Tom nada respondeu jogou-a na cama novamente.
-Quem te deu isso, Tom? –Ela gritou com ele.
Ele se mantinha calado, Lara então levantou da cama em um salto e foi em direção a ele.
-Abra essa boca para falar alguma coisa. –Ela o esmurrava e chorava, ele a segurou pelos pulsos e a deitou na cama, sentando em sua cintura e segurando seus punhos em cima de sua cabeça.
-Chega desse silêncio! –Lara se debatia embaixo dele- Por que não pega sua arma e atira logo na minha cabeça? Acaba logo com isso? Eu não aguento mais! –Ela tentava se soltar de Tom, mas ele a segurava com força e era impossível se livrar de suas mãos. – Me mate, eu estou implorando!
-Você esta complicando mais a sua situação!
-Dane-se –Ela disse histérica- Não quero saber... Acabe com isso de uma vez!
-Pare de gritar, Lara – Tom tirou uma das mãos dos pulsos dela e tapou sua boca.
Ela soluçava incontrolavelmente, então depois de alguns segundos, parou de se debater, ele não a soltou, esperou ela se acalmar e parar de chorar.
-Ouça o que eu vou te dizer e preste bem atenção que vou falar uma vez apenas. -Tom se aproximou dela e ela o olhou sem se mexer. –Quanto menos você souber mais dias de vida você terá! –Ele a alertou. – E se começar a dar uma de esperta, coloco você na rua, eles te acharão e acabarão com você sem um pingo de piedade. Não abuse da minha paciência.
Lara fechou os olhos e deixou as últimas lágrimas rolarem pelo canto de seus olhos.
-Você entendeu? -Tom perguntou com a voz mais calma.
Ela balançou a cabeça em afirmativo, ele então tirou a mão de sua boca, mas continuou a segurando pelo punho acima de sua cabeça. Tom a olhou ali deitada tão amedrontada e sentiu pena, ele não conseguia ter raiva e nem ódio dela, tinha desprezo dele mesmo, por ter se metido em algo tão sórdido e mesquinho, e pior se sentia o ser humano mais desprezível por estar envolvido com a única vítima disso tudo. Lara!
-Agora preciso ir! –Tom disse se movendo para sair de cima dela.
Mas antes dele sair ela disse baixo:
-Por que não me disse que você sabia dele?
-Isso ia fazer alguma diferença? –Ele perguntou voltando seus olhos nos dela.
-Nenhuma...
Ele parou e a olhou deitada na cama, respirou fundo quando ela levantou seu tronco da cama e com as pontas dos dedos contornou o contorno do rosto másculo dele.
-Nunca fez diferença desde o primeiro momento que você me tocou.
Lara o segurou pelo pescoço o trazendo para junto de seu corpo, deitando novamente na cama, ele desceu seus olhos para os lábios inchados dela e se aproximou fechando os olhos, ela o abraçou e diminuiu o espaço, o beijando.
Quando Lara sentiu a língua dele tocando a sua, gemeu baixo e abriu suas pernas para encaixá-lo no meio delas. As mãos deles apertaram e seguraram os dois seios delas, ela mesma baixou as alças de sua camiseta deixando a mostra os seios, ele voltou a tocá-los e com a ponta da língua, lambeu um de seu bico até o deixá-lo duro, depois mordiscou e voltou a lamber devagar.
-Tom...Eu tento te odiar e ficar indiferente a você.
-É a única coisa que eu quero de você! –Ele disse lambendo a barriga dela  -Me odeie... Me odeie com toda a sua força por que eu mereço...eu só mereço isso de você.
Ela gemeu ao sentir a língua dele em suas coxas, arqueou as costas da cama e disse:
-Eu estou tentando, mas você fazendo assim fica tão difícil.
Lara fechou seus olhos quando sentiu a língua dele sendo passada de leve na sua barriga, depois em um de seus seios, seguindo até o vão de seu pescoço, ela passou suas unhas nas costas deles e depois seguiu até o elástico da boxer e tentou tira-la.
-Eu não posso fazer mais isso, Lara!
Ela ouviu Tom gemer com dificuldade. Ela desceu a boxer até as coxas, sentindo o membro dele tocar na sua barriga, ela mesma baixou seu short e foi ajudada por ele na hora de retirar a sua calcinha. Ele retirou a camiseta de Lara pelas pernas mesmo apressadamente, depois se deitou sobre ela que logo o envolveu com as pernas, o puxando para perto de seu corpo.
Abriu sua boca e recebeu a língua dele, que a quase a sufocou tamanho era a fome em beijá-la, ela sugou a língua dele com paixão e se deixou ser devorada por ele se entregando a algo que estava dentro dela e que mais que ela quisesse esconder ou matar, não conseguiria, ela estava apaixonada por TOM.
Sim! Era uma loucura, ela estava totalmente errada, ela sabia todas as consequências, ela sabia que estava se envolvendo em algo que talvez não tivesse volta, entretanto o sentimento tinha enraizado dentro do seu corpo e não sairia assim tão facilmente.  E toda vez que ele chegava perto dela era como se esquece quem ele era.
-Eu gosto...
-Não diga nada. –Ele levantou sua cabeça e a olhou. –Não termine a frase.
-Não preciso terminá-la, Tom. –Ela disse o olhando também - É nítido e inevitável.
-Não quero isso para você!
-Não temos mais escolha. –Ela disse docemente beijando seu nariz bem feito.
-Temos sim e é ela que devemos seguir.
-Tente então e se conseguir eu te sigo. –Ela disse emocionada.
Tom a olhou com os olhos lacrimejando, fechou os olhos e encostou sua testa nos lábios dela recebendo um beijo, ele sabia muito mais que ela, que esse caminho era cheio de armadilha, muito perigoso e que poderia lhe custar à própria vida...na verdade a dos DOIS!
-Eu sou o culpado...
-Não faça isso...eu também tenho culpa.
Ele se ajeitou forçando sua intimidade com seu membro pulsando e quando entrou nela, ela pendeu a cabeça para trás e fechou os olhos gemendo baixo, Tom a olhou e esqueceu tudo o que tinha ordenado para ele mesmo durante a noite inteira, que nunca mais se aproximaria dela e muito menos a tocaria tão intimamente.
Ele tinha perdido aquela luta e de uma vez por todas, cedeu. Começou a se movimentar dentro dela com rapidez como se estivesse punindo-se por querer tanto aquilo, apoiou-se em seus cotovelos e enquanto ela se contorcia de prazer embaixo dele, ele a possuía com vontade e deleite. Tom não ia muito longe, ela o agarrou pelo pescoço e uniu suas bocas, sentiu o membro dele lhe rasgando por dentro, tamanha era força que ele entrava dentro dela, as estocadas eram cada vez mais doloridas e prazerosas, Lara gemeu alto, se soltou dele e deixou o grito sair de seus lábios gozando satisfeita e feliz em tê-lo em seus braços.
Ele a segurou pelos ombros fechando os olhos e em seguida gemeu rouco, ela o segurou com força o abraçando. Lara tentou, lutou, brigou, mas não conseguiu segurar o soluço e logo em seguida caiu no choro.
Tom nada disse apenas esperou-a se acalmar, levantou da cama foi até o armário, o abriu tirou a algema foi até a cama, vestiu-a e a prendeu. Depois, trocou-se, pegou tudo o que tinha que pegar no quarto e dirigiu-se a porta abrindo-a e quando estava fechando-a olhou para ela e a viu deitada ainda imóvel. Ele fechou a porta e saiu. Ela olhou o envelope no chão o pegou e tirou a foto de dentro dele, olhou e abraçou. Depois, colocou a foto na gaveta perto da cama e deitou na cama novamente ligando a TV para se distrair.


x.x


Alice entrou no quarto onde Lara estava deitada e assistia televisão. Fechou a porta e estranhou as algemas.
- Vou ser sua baba hoje! –Ela disse sentando na outra cama e abrindo uma revista para ler, mas antes perguntou: - Isso é fetiche ou castigo?
-Você também se uniu a eles? -Lara ignorou a brincadeira e perguntou séria com os olhos inchados de chorar.
-É como diz aquele sábio ditado: Se não pode com eles junte-se a eles.
-O que uma mulher tão bonita como você se envolve numa sujeirada dessa?
-Não me faça rir princesinha e como uma mulher tão linda e cheia da grana, se envolve numa cilada dessas?
Lara a olhou e baixou a cabeça sem graça.
-O que é? Falar dos outros é bom, mas quando pisa no calo dói, né?
-Não sei do que você esta falando? –Lara disse desviando o olhar de Alice.
-Você e o irmão do sr. arrogância rolando nessa cama fazendo sexo adoidado! –Alice a olhou e sorriu debochada – Afinal, ele é o seu sequestrador! -Alice pegou um saquinho do bolso da jaqueta e enrolou um cigarro de maconha, o acendeu e concluiu:
-Sabe, eu não te culpo. Já me deitei com milhares de homens e juro que nunca vi rostos tão excêntricos. Uma beleza tão diferente. E o seu é bem diferente do irmão. Sabe poderia jurar que o ROMEU gosta da Julieta. –Alice deu uma bela sugada no cigarro e completou. –Fora que se ele transar como o irmão...Aí você esta realmente encrencada!
-Você ama o sr. arrogância?
Alice riu de ouvir Lara chamá-lo pelo apelido que ela inventará para Bill..
-Não, nem sei o que é isso. Acho que nenhum dos dois sabe o que é o amor. Talvez por isso nos damos tão bem. Somos de aço por dentro, não temos coração, curtimos uma boa sacanagem juntos só isso!
Lara olhou para o colo da mulher a mostra e perguntou indignada.
-Ele te agrediu de novo?
-Sim, mas dessa vez eu implorei. –Ela sorriu
Lara entendeu o recado e ficou vermelha então para mudar de assunto tentou saber se aquela mulher sabia muito mais que ela.
-Você sabe o que esta acontecendo?
-Olha, eu não sei nada sobre o seu caso. Nunca perguntei até por que não é da minha conta.
-Mas, você esta envolvida já. Pois se pegarem eles, você esta junto!
-Sim, estou! – Ela soltou à fumaça mais uma vez e disse: - Só sei que de quinze dias, estamos aqui quase 3 meses e nada ainda.
-Como assim? –Lara se endireitou na cama e a olhou.
-Era para você ser solta depois de 15 dias após o seu sequestro e até agora...Aqui estamos! –Alice a olhou e continuou:
-Alguém esta dificultando a sua entrega.
- Quem? –Lara perguntou
-Quem? Não me pergunte, benzinho? –Alice respondeu
-Você esta querendo dizer que...
-Alguém esta dificultando o resgate, talvez você não fosse tão querida como pensa, entendeu ou quer que eu desenhe? –Alice jogou a pontinha do cigarro no cinzeiro e voltou a olhá-la, ela estava apavorada, sua cor tinha fugido de seu rosto.
-Soube que seu pai é poderoso e da política em Washington? –Alice mudou de assunto, já tinha falado demais e se Bill descobrisse levaria umas belas porradas.
-É? Sim... –Ela disse tentando não pensar nas palavras da mulher. -Meu pai é o homem mais correto desse mundo, um homem integro, bom e carinhoso.
-Você é filha única?
-Não, tenho dois irmãos por parte de mãe. –Lara olhou para ela e perguntou:
-E você?
-Eu sou sozinha no mundo! –Alice disse sentando na cama com Lara.

Ficaram conversando por muito tempo, Lara conseguiu contar um pouco sobre sua vida, deram risadas e conseguiram quebrar o gelo que existia entre as duas, as horas foram passando e a noite chegou, estavam jantando quando um barulho na porta a fizeram ficar caladas, Alice pegou uma pistola engatilhou e fez sinal para Lara entrar embaixo da cama, a porta abriu ela colocou o cano na testa dele.
-Tá louca! –Tom empurrou o cano da arma com violência
-É você! –Alice fez uma careta ao vê-lo.
Tom entrou no quarto, fechou a porta e tirou o pacote da bolsa verde estendendo para Alice.
- Esta cobrando caro a sua hora, heim filhinha! –Tom disse dando os dois mil dólares para Alice!
Ela se aproximou, pegou o dinheiro e sorriu maliciosamente para ele.
- Se você for gostosinho como o seu irmão na cama...Hum...faço um bom desconto para você! –Ela disse quase o beijando na boca. -E se deixar seu irmão participar da nossa transa, eu te dou um belo desconto e nem cobro a dele.
Ele não moveu um músculo. Ela passou a mão no ombro dele e saiu do quarto deixando o circo pegar fogo.

x.x

Lara estava sentada na cama, o viu guardar algumas coisas e então criou coragem e perguntou:
-Ela é muito bonita, né?
-Quem?
-Você sabe...A prostituta!
-Sim, ela é linda! –Tom disse arrumando sua mala dentro do armário.
-Dizem que prostitutas...
-Lara, não estou a fim de saber sobre prostitutas, até por que sei muito bem sobre elas! –Ele a cortou.
Lara se calou e o olhou. Por que ele fazia daquela forma? Por que quando faziam amor, ele era outra pessoa? “Faziam amor”. Ela fazia amor, ele com certeza faziam apenas sexo e nada mais que isso.
-Quero ir ao toalete! –Lara mudou o tom de voz e pediu.
Ele a soltou e ela levantou da cama passando por ele para ir ao toalete, inesperadamente, ele lhe segurou o pulso e ela sem pensar puxou seu braço e continuou a andar.
-Olha não quis ser grosso, é que tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e minha cabeça esta a mil e...
-A sua cabeça esta a mil? A sua? – Lara perdeu a linha  -Vai se ferrar, Tom Kaulitz! –Ela disse cuspindo fogo. – A sua vida esta a mil? E a minha? A minha esta uma maravilha, um mar de rosas. Fui seqüestrada, me envolvi com o meu sequestrador, e agora além de vocês, existe outro grupo que quer me matar, o que era para serem quinze dias esta sendo três meses nesse inferno e você ainda diz que a sua cabeça esta a mil? –Ela sorriu debochadamente e disse:
- Não me venha com essa, seu idiota! -Lara baixou os olhos e deitou na cama. -Maldita hora em que eu fui me envolver com você... Maldita hora que fui me deixar seduzir por você!
Tom a olhou, essa era uma confissão que ele jamais esperaria ouvir dela. Ele aproveitou a oportunidade então começou a falar:
- Bom... Era exatamente este tipo de sentimento que eu deveria receber de você, desde o inicio.

Ele parou de falar, ao perceber o espanto vindo dos olhos dela.

-Quer saber? Você é pior que ele. Por que ele expõe os seus sentimentos. Ou melhor, mostra para todos que não tem nenhum. Agora você? –Ela fixou seu olhar no dele – Você é...

- Seu seqüestrador! – Ele a interrompeu – Sou o seu sequestrador e nada mais, portanto o único envolvimento que espero ter com você a partir deste momento é esse e nada mais.

- Então é isso? – Ela mantinha os olhos arregalados, enquanto suas lágrimas escorriam livres pelo rosto. – Depois de tudo é só isso o que você tem a dizer?

- Não... Isso não é tudo. Devo lembrá-la que ainda é minha refém, Lara Linderman, e a partir de agora gostaria que se lembrasse disto toda vez que tentar qualquer tipo de graçinha comigo, ou então eu não hesitarei em trocar de lugar com meu irmão. E pode acreditar, ele é bem pior do que aparenta ser.

- Tom – Ela o chamou assustada com o que acabará de ouvir.

- Agora vá dormir! Não me enche a paciência com draminhas de mulheres românticas, isso é um sequestro e não um conto de fadas onde o vilão fica com a moçinha. No máximo o que pode acontecer é o vilão ficar de saco cheio e mandar a moçinha para o espaço. Mas não queremos isso não é mesmo?

- Não! -Ela respondeu o olhando ainda indignada.

- Ótimo, gostei de ouvir isso! Agora vá dormir que já é hora de criança estar na cama. –Ele a algemou de novo e finalizou.  -Não quero que digam que eu fui um mau seqüestrador.



Tom saiu batendo a porta trancando-a. Quando virou para ir para o quarto de Bill encontrou Alice sentada no corredor fumando e ao vê-lo nervoso não perdeu a oportunidade de provocá-lo:

-Oh Romeu...meu Romeu...o nosso amor é tão impossível! –Ela disse sorrindo para ele.

-Guarda esses dentes se não quiser perdê-los. –Tom disse com raiva abrindo a porta do quarto de Bill.

-Tenta a sorte pra ver se você não fica sem seu playground! –Ela disse ainda sorrindo.

Tom a olhou e parou indo em direção a ela, Bill nessa hora apareceu na porta já aberta e olhou para os dois, apaziguando a briga.

-Se vão se matar vão para outro lugar não quero escândalo aqui, não esqueçam que não podemos chamar atenção.

Os dois se olharam e Alice passou por Tom e de pirraça, o empurrou com seu ombro entrando no quarto. Bill o olhou e viu ele a olhando e balançando a cabeça negativamente.

-Vai entrar? -Bill quis saber.

-Não, espero aqui fora se não vou acabar te deixando viúvo.

-Para de ser idiota. –Bill bateu de leve no peito do irmão. -Bom, vou deixar a porta aberta, se quiser é só entrar.

-Pode fechar a porta espero você na garagem para não chamarmos atenção. –Tom respondeu.

Bill entrou para o quarto e Tom desceu as escadas para a garagem encostando-se no carro pensando nas palavras que ouviu e disse para Lara, ele tinha tomado uma decisão e dessa vez era a final.


x.x


-Pare de ficar afrontando o Tom! –Bill mandou ao entrar no quarto.

-Ele que me estressa. –Ela respondeu sentada na cama.

-Não quero saber. Pare! –Ele a olhou bravo.

Ela se calou. Ele entrou no banheiro e ela olhou para a porta, foi até a sua bolsa, pegou o celular e saiu do quarto, olhou para o corredor, olhou para a escada e viu Tom encostado no carro na garagem. Discou o número rapidamente e quando ele a atendeu, ela murmurou:

-Já descobriu alguma coisa? –Ela ouviu a resposta e depois concluiu. –Rápido por que um deles que quer me ver na boca dos lobos.

-Alice?

Ela se virou assustada e deixou o celular cair.

-Esta falando com quem? -Bill perguntou olhando para o celular no chão.

-Um cliente me ligou e eu estava explicando...

Bill pisou no celular com força com sua bota de couro, fazendo Alice arregalar os olhos. Depois pisou mais duas vezes até destroçar o aparelho.

-Agora entre! –Bill abriu a porta e ela o obedeceu calada.

Alice ouviu Bill fechar a porta por fora e descer as escadas da garagem, deitou na cama e fechou os olhos tentando dormir.

x.x

-Às vezes acho que quem fez as mulheres foi o Diabo! – Bill desceu as escadas e encontrou Tom com os braços cruzados que ao ver o mais novo, descruzou-os pegando dois cigarros acendendo-os e entregando um para o irmão.

-Isso eu tenho certeza, a sua então ele fez com duas costelas quebradas, um dente podre e um joelho de porco.

Bill sorriu ao ouvir o irmão falar de Alice.

- Daqui seis dias, vamos até eles e entregamos tudo o que for necessário para tudo isso terminar. –Tom disse ao irmão.

-Não sei por que, mas as vezes acho que você não quer que tudo isso termine do jeito que tem que terminar. –Bill disse para Tom, tragando.

-Eu não tenho que querer nada, estou sendo muito bem pago para um único objetivo.

-Pior que ela também esta envolvida, isso pode atrapalhar nossos planos e complicar o final desse sequestro.

-Também? –Tom o olhou com o cigarro na boca.

-Tom você sabe exatamente o que eu estou querendo dizer? –Bill o enfrentou.

-Eu sei e já tomei as providências. –Tom disse ao mesmo tempo soltando a fumaça.

-Tom...Tom, acho melhor você avisar sua cabeça de baixo, pois é ela que esta te jogando para a cova dos leões.

Tom olhou o irmão e convicto de seus atos dali para frente respondeu:

-Não, dessa vez não tem mais volta.

Bill encostou-se no carro e conversaram mais dez minutos, depois de tudo acertado sobre a nova estratégia, cada um voltou para o seu quarto.

Postado Por: Grasiele

Dead Or Alive - Capítulo 13- Ich hasse dich!

Meu maior pecado
Entrou pela porta
Estou severamente machucado
E ansioso por você
Eu sinto
TE ODEIO...
(Nach Dir Kommt Nichts - Tokio Hotel)


Tom o olhou e pela cara de poucos amigos da “outra” ao passar pela sala, imaginou que eles tinham se estranhado. Então, virou a tela do computador para Bill e disse:
-Viu quem foi morto hoje de manhã?
-Eu tinha certeza, porra! - Bill disse batendo na parede com raiva - Pegue a Lara, tudo o que puder e vamos sair daqui imediatamente!

Tom entrou no quarto, foi direto para o armário, jogou as bolsas em cima da cama onde Lara dormia. Com o barulho de portas batendo, ela acordou assustada, olhou para Tom e perguntou ainda sonolenta:
-O que foi, Tom?
Tom foi até ela, a desamarrou, olhou para ela sério e disse:
-Jogue tudo dentro dessas malas e vamos sair daqui!
-Como assim sair daqui? –Ela disse o olhando jogar tudo dentro de sua mala e fechar o zíper.
-Lara, apenas faça! –Tom gritou furioso.
-Eles me acharam não é? -Lara sorriu, suas pernas começaram a tremer. –Eles vão fazer o meu resgate!
Tom parou o que estava fazendo e a olhou sorrindo:
-Sim, acho que te acharam só que não sei ao certo se é para te resgatar ou acabar com você!
O sorriso em seu rosto morreu e lágrimas brotaram em seus olhos imediatamente.
-Acabar comigo? Mas por quê? –Ela perguntou indo em direção a ele.
-Sim, acabar com você! –Tom fechou a mala sem olhá-la. -Então você escolhe vai comigo ou fica e espera para saber o que eles realmente querem.
Tom disse pegando as duas malas e indo para fora da casa, jogando as malas no porta malas, Bill saiu com outras malas nas mãos acompanhado da morena, ela colocou duas caixas no banco de trás, se aproximou dele e  o olhando disse:
-Quer que eu faça mais alguma coisa? –O tom de voz dela era baixo e calmo, nunca usado antes entre eles.
-Não, só entre no carro! – Ele também disse calmo, virando-se para Tom – Cadê a garota, Tom?
-Eu a deixei decidir se ela vai, Bill
-Você só pode estar louco? Que merda! –Ele disse andando até a casa.
-Bill? Não! –Tom gritou, o irmão parou e se virou o olhando. – Ela vai decidir!
Tom acabou de falar, Lara apareceu na porta segurando sua mala, desceu as escadas, passou pelos dois e entrou no carro, em silêncio. Os gêmeos se olharam e Tom assumiu o volante, Bill entrou no banco do passageiro. Fecharam as portas e seguiram para a estrada de terra do deserto dos Estados Unidos.
-Você sabe que teremos que mudar a nossa rota, não é mesmo? –Tom olhou para Bill
-É, eu sei! –Bill apenas respondeu – Siga o plano alternativo, não temos muito que fazer, até descobrimos o que exatamente esta acontecendo!
-Ok! –Tom olhou para o retrovisor, encontrou os olhos de Lara vermelhos, ela havia chorado, foi ela que baixou os olhos, e ele terminou de se arrumar, colocou o cinto e ele deu partida no carro seguindo o novo destino.
Bill não dormiu nenhum momento, nem Lara, a única que conseguiu dormir foi a estranha, como se nada tivesse acontecendo, a tensão estava instalada dentro do carro, Lara comia as unhas, Bill e Tom falava sem parar em alemão e ela dormia feito um anjo.
E assim seguiu a viagem inteira, Tom não parou um minuto, o ponteiro marcava 140 km/h e ele não tirava o pé do acelerador, estava visivelmente estressado e cansado, Bill estava um pouco mais calmo e o tom da conversa, ainda em alemão, estava baixo.

-Preciso ir ao banheiro, Bill! – A voz sonolenta fez com que os dois parassem de falar e olhassem para trás.

Tom olhou a cena com indignação, estranhou primeiro por ela tê-lo chamado de Bill e não de algum apelido agressivo, e depois pelo toque da mão dela no ombro do irmão, ele a olhou e depois falou algo em alemão com Tom.
-O primeiro posto que avistarmos vamos parar! –Ele disse virando para olhá-la.
Ela caiu novamente no banco traseiro e olhou para fora do carro, estava quase escurecendo, saiu da casa de manhã, ela se assustou quando Bill entrou no quarto e pediu para ela arrumar as malas e pegar tudo o que pudesse de alimento.
-Por quê?
-Vamos embora –Bill disse – Estamos com problema e teremos que deixar essa casa, agora!
“Vamos”! Queria dizer que ele a levaria, que não abandonaria, que mesmo ela sendo grossa e sempre sarcástica, ele a levaria junto com ele. Ela ficou agradecida na hora, pois ele podia deixar ela ali, sozinha. Afinal ele não tinha obrigação nenhuma em relação a ela.  Pela primeira vez na vida se sentiu parte de algo.
-Não sei o que esta acontecendo, mas pode contar comigo... Eu estou com você!
Bill a olhou, nunca esperaria uma atitude dessa da mulher, ele não disse nada e nem demonstrou nada, apenas baixou a cabeça, pegou as malas e seguiram para cozinha para pegar tudo o que podiam levar.
x.x

A placa do posto apareceu, Tom pegou o desvio e entrou nele, parou o carro na bomba de gasolina e os dois desceram do carro, Bill levantou o banco para a morena descer, Tom apenas olhou para Lara e disse:
- Espere um minuto.
Ela nada disse permanecendo imóvel. Tom então olhou para Bill e a estranha seguirem para a porta da loja de conveniência, viu Bill abrir a porta para ela, e quando ela passou, ele colocou a mão nas costas dela e entraram na loja. Tom tinha certeza que o irmão mais novo não estava bem.
-Idiota! –Ele disse balançando a cabeça e tirando a mangueira do carro e colocando na bomba.

Tom e Lara ficaram do lado de fora, abastecendo. Não trocaram nenhuma palavra, não se olharam e mantinham distante um do outro. Depois de dois minutos, Bill e a morena saíram da loja.
-Temos cinco minutos, Tom! –Bill disse para o irmão.
A morena entrou no carro no banco de trás, Bill sentou no banco do passageiro e ficaram esperando por eles, Bill segurava um saco de batata chips e a mulher se enfiou no vão entre os dois bancos e colocava a mão dentro do saco e comiam os dois, como se fossem velhos e bons amigos.
Os dois foram rápidos e quando saíram da loja, Tom já veio para o lado do passageiro também e disse fazendo uma careta:

-Poxa Bill eu não posso mais dirigir, minhas pernas estão doendo.
-E estou com sono, não preguei os olhos desde que saímos da casa.
-Eu posso dirigir pelo menos os dois descansam, essa estrada é uma reta só, não tem muita novidade, e se tiver algum lugar que eu tenha duvida, eu acordo um de vocês.
Tom e Bill se olharam, Tom jogou a chave do carro no colo dela, e ela saiu do carro e deu a volta no carro, sentando no banco do motorista e arrumando o banco e o retrovisor, Tom entrou no banco traseiro, com Lara.
A mulher deu a partida e saíram do posto, pegando a estrada, Bill deitou o banco e encostou-se nele, em poucos minutos dormiu, o mesmo foi feito por Tom, a única que permanecia acordada era Lara, ela estava encolhida no banco. Parecia um animal amedrontado. O seu medo agora era maior, ela tinha a impressão que o jogo havia virado e que de seqüestrada, ela agora era protegida por eles.
x.x

O dia já estava amanhecendo quando Bill despertou, colocou os óculos escuros, e ajeitou o banco, espreguiçou-se, olhou para a estrada e disse:
-No próximo motel você pode encostar.Vamos ficar nele até Tom e eu decidirmos o que vamos fazer.
-Tudo bem! –Ela apenas disse.
-Você nunca disse o seu nome – Bill disse inesperadamente sem olhá-la.
-Acho mais sexy dessa forma, cria um certo clima. –Ela também disse sem olhá-lo.
Bill nada disse, apenas olhou para a estrada e avistou o motel logo à frente, ela entrou na rua e estacionou na frente da recepção.
-Quero que você vá até a recepção e alugue dois quartos, leve esses documentos. –Bill disse para ela.
Ela pegou sua bolsa, tirou uma peruca chanel loira, fez um rabo de cavalo e depois a colocou, colocando um óculos escuro, passou um batom vermelho na boca e olhou para ele.
Ele a olhava perplexo, ela tinha saído melhor que a encomenda, estendeu lhe a mão e lhe entregou os documentos, ela abriu a porta e saiu do carro seguindo em direção da recepção.
Depois de cinco minutos, ela retornava para dentro do carro, sentou e entregou as chaves dos dois quatros para Bill.
-Vamos sair rápido, de cabeça baixa e sem fazer muito barulho! –Bill deu uma chave para Tom que seguiu com Lara seguiu para um dos quartos. A garagem de um dos quartos foi aberta e ela guardou o carro dentro fechando logo em seguida o portão. Desceu com Bill e entraram no outro quarto.


x.x

Quando Tom e Lara entraram no quarto, ela colocou sua mala na cama e virou para ele e começou a falar:
-Agora eu tenho direito de saber o que esta acontecendo, por que pelo que eu senti, não é só eu que estou em perigo!
Tom a olhou e sentou na cama.
-Não vou te amarrar mais, se quiser fugir fique a vontade, só acho que corre mais perigo lá fora, do que aqui dentro comigo.
Lara o olhou e sentiu sinceridade em sua voz. Que realmente ela corria perigo longe dele. Parecia loucura pensar aquilo, se sentir protegida ao lado de seu seqüestrador. Isso era algo inexplicável e cada dia que passava ela entendia menos ainda essa segurança que ela sentia quando estava ao lado de Tom.
-Por que estão fazendo isso comigo? O que eu fiz? –Os olhos dela encheram de lágrimas – Por que estão transformando minha vida nesse inferno? Eu nunca fiz mal a ninguém.
Tom baixou a cabeça e nada disse. Naquele momento Tom se segurou para não abrir o jogo com Lara, ele queria contar-lhe tudo, porem nem ele mesmo sabiao certo qual era a posição deles naquele jogo perigoso. Caça ou Caçador.
-Era querer demais! –Ela disse sorrindo enxugando as lágrimas. –Quem é você, Tom? –Ela disse se aproximando e levantando sua cabeça para olhá-lo. – Onde você se encaixa nisso tudo? Tento me convencer que você é apenas um... sequestrador!
-Lara, você acha mesmo que vou falar sobre isso justo com você? –Tom apenas disse com jeito de poucos amigos.
-E sabe o que é pior? –Lara disse o tocando no braço. –É que mesmo sabendo que tudo isso é uma grande loucura, mesmo tendo noção da onde vou terminar cada dia que passa minha mente e meu corpo é tomado por você! –Ela juntou o seu corpo no dele – Minha mente não me obedece mais... Ela chama por você todo segundo!
Tom a olhou bem dentro dos olhos e ela sentiu que eles dilataram, mas foi só isso. Ela olhou triste para Tom que continuou imóvel diante do toque dela e sentiu que ele não estava se importando nem com ela e muito menos com a sua mente e seus sentimentos românticos estúpidos! Ela se odiou pelas palavras e pelo toque. Ela baixou a cabeça e a balançou negativamente se virando e caminhando até a sua mala e pegou algumas peças de roupas para tomar banho. Pegou uma toalha e entrou no banheiro na mesma hora que Bill entrou no quarto. Os irmãos começaram outra conversa tensa em alemão. Lara preferiu nem prestar atenção, tirou sua roupa e entrou embaixo do chuveiro. Ficou ali por minutos sem fim, deixou a água cair em seu corpo e ali se esqueceu da vida.
x.x

Depois da conversa com o irmão mais velho, Bill entrou no quarto e ela estava sentada tentando mexer na televisão, ele entrou no quarto, mexeu em sua mala e pegou uma arma, alguns documentos e um DVD e disse a morena:
-Vou sair e não sei que horas eu volto!
-Ok! –Foi à única coisa que ela respondeu.
-Se quiser peça algo no restaurante, não transite pelo motel, não saia lá fora por nada e se precisar de algo Tom esta no quarto ao lado.
Ela continuava a mexer no controle remoto e respondeu o olhando rapidamente:
-Sem problemas.
Ele saiu do quarto e ela pode ouvir o barulho do portão da garagem abrindo e do carro sendo ligando e se afastando, viu um pouco de TV e não conseguiu dormir, aquela solidão e aquele tédio estavam a matando, ela olhou no relógio, eram duas horas da manhã.
Ela foi até o frigobar e quando se aproximou viu um panfleto em cima da mesa e o pegou, passou os olhos, sorriu e o jogou de volta na mesinha.
x.x

Ela entrou na boate, estava com um vestido curto preto e uma maquiagem leve, e com a peruca chanel loira, se dirigiu até o bar e pediu uma vodka com redBull, o bar tender já a olhou e sorriu maliciosamente, ela não deu muita atenção para ele.
Olhou para os lados, a música tocava e algumas pessoas dançavam no meio da pista e outras se esfregavam, o rapaz lhe trouxe a bebida, ela tomou em um gole e logo em seguida pediu outra, cruzou as pernas e se virou para a pista de dança, quando chegou a sua bebida, ela bebeu e logo em seguida pediu outra...e outra.
A música parou e ela sorriu quando a música voltou a tocar na boate, ela fechou os olhos e sorriu, ela amava aquela música do Usher, nem se lembrava mais quando tempo não a ouvia, levantou-se e foi para o meio da pista.
A música entrou dentro do seu corpo e junto com a bebida, a fez viajar, sair de sua vida e esquecer todos os seus problemas, ela fechou seus olhos e dançou no meio da pista, sozinha.
De repente sentiu duas mãos tocarem sua cintura, ela abriu os olhos e viu um loiro, alto, bonito sorrindo para ela, então se virou e se afastou um pouco do rapaz, não estava ali para conseguir programa e muito menos ser cortejada por algum homem, ela queria ficar só, sem ninguém para encher o saco.
Novamente sentiu as mãos em sua cintura e então ela se virou e o mesmo rapaz, se aproximou e sem que ela pudesse evitar, ele se curvou para beijá-la, ela tentou se afastar, mas ele foi mais rápido e chegou a sua boca. Ela o empurrou e virou-se para sair da boate, mas ele lhe puxou o braço e mais uma vez e dessa vez a abraçou e tocou seus lábios nos dela. A morena sentiu a língua do loiro em sua boca e tentou se livrar dela e do seu dono.
O que aconteceu a seguir foi como um raio, o loiro foi arrancado de perto dela e jogado na mesa ao lado, caindo no chão junto com garrafas e copos, ele puxou o braço dela para fora da boate esbarrando nas pessoas a sua frente, correram até o carro, entraram e seguiram por dez minutos pela estrada, até chegar ao motel que estavam hospedados.
Ela saiu do carro correndo, subiu as escadas rapidamente e entrou no quarto como um foguete, seguiu para o banheiro, mas seu vestido foi puxado com força e ela cambaleou e ele lhe segurou seu braço com força trazendo para perto de seu corpo.
-O que foi que eu te disse? Hãn? –Ele perguntou para ela nervoso. – Para você não sair do quarto. Não foi isso que eu disse?
-Estava chato demais aqui! –Ela respondeu o olhando – E outra a boate nem ficava aqui no motel, esta fazendo drama demais.
-Sua puta, vagabunda, piranha de uma figa! –Ele disse chacoalhando-a –Foi só eu virar as costas e você já foi se oferecer feito um pedaço de carne, feito um produto barato.
-Lava essa boca imunda pra falar de mim, seu imbecil. – Ela tirou a peruca loira e bagunçou os cabelos –E outra eu só fui me divertir um pouco.
-Se divertir? Eu sei o modo que você mais gosta de se divertir. – Bill a segurou nos dois ombros e a obrigou a encará-lo. - Eu vi como você dançava e como todos os homens te olhavam!
-Você não sabe do que esta falando. –Ela disse tentando se livrar das mãos dele.
-Dinheiro, é só isso que você quer... sua prostituta!
-Ah, olha o santo falando! – Ela sorriu debochada – Você esta aqui por quê? Sequestrou a princesinha por quê? Seu hipócrita, filho da puta e mercenário!
-Você não sabe de nada! –Foi a vez de se defender.
-E nem quero saber... Eu odeio você e tudo o que vem de você! –Ela se livrou das mãos dele e se afastou.
-Você estava beijando aquela cara!
-Não...Eu não estava! –Ela disse tirando a meia calça.
-Eu vi vocês se beijando. –Bill gritava com ela.
-Ele me agarrou e me beijou a força. -Ela disse levantando da cama e indo em direção ao banheiro.
-E você vai querer que eu acredite em PAPAI NOEL também. –Ele disse indo atrás dela
-Acredite no que você quiser, eu estou dizendo que eu não o beijei –Ela olhou furiosa- Eu não beijo na boca, seu idiota. –Ela disse apontando o dedo na cara dele.  -Todos vocês podem ter o meu corpo, mas o beijo pra mim é tocar em minha alma, isso nem um de vocês tem...Nenhum! –Ela disse ainda o encarando com raiva. – Beijo na boca é intimo e pessoal demais e não tem dinheiro no mundo que compre isso.
Ela voltou para o quarto e abriu sua mala pegando sua camisola e seu creme corporal.
-Ninguém compra o seu beijo...Ah me faz rir, garota! –Bill andou até o armário, pegou um bolo de dinheiro e jogou sobre ela. – Isso é suficiente para comprar o seu precioso beijo?
As notas voaram, caíram na cama, ela olhou ao seu redor, as notas jogadas na cama e o olhando com desprezo disse:
-Seu prepotente, arrogante e nojento! –Ela levantou da cama furiosa- Pegue esse dinheiro e enfie no rabo.
Ela passou por ele, pegou a chave do carro em cima da mesa, abriu a porta do quarto, desceu as escadas que davam acesso a garagem, entrou no carro, enfiou a chave no contato e quando foi virar para ligar o carro, Bill abriu a porta, e  entrou meio corpo no carro e retirou a chave do contato, ela saiu do carro e tentou pegar a chave da mão dele.
-Eu quero voltar para a boate, me dá essa merda de chave!
-Nem fodendo!
-Eu odeio você! –Ela disse esmurrando o peito dele. –Odeio com todas as minhas forças.
-Nossa hoje de manhã você era um doce e agora me odeia?- Ele disse sorrindo.
-Eu pensei que a gente poderia ser parceiros... Mas me enganei você é intragável e repugnante. –Ela o xingou com ódio.
Ele subiu dois degraus da escada, ela o puxou a perna, ele escorregou o pé e ela segurou a chave de sua mão, ele com a outra mão enlaçou sua cintura e retirou facilmente a chave das mãos dela novamente, ela o mordeu o antebraço, ele gemeu de dor e segurou seus cabelos com raiva e a trouxe para perto de seu corpo, depois a virou de frente, os seus olhares se encontraram, e a briga cessou ali.
Ficaram se olhando por segundo, até ele se aproximar e tentar beijá-la, ela virou o rosto, e ele a prensou contra a parede tentando novamente tocar em seus lábios, ela baixou a cabeça, ele lhe segurou os seios e encostou-se nela, ele a viu fechando os olhos, quando o sentiu já excitado, ele então, colocou um de seus pés um degrau acima, e a fez jogar a sua perna em cima de sua coxa, deixando-as abertas e separadas, ele enfiou sua mão embaixo do vestido dela, tocando sua calcinha e com dedos ligeiros e hábeis, tocou em sua intimidade, ela pendeu a cabeça e lambeu seus próprios lábios, ele afastou seu corpo do dela e fixou seu olhos cor de mel  nos verdes dela, enquanto movia seus dedos, ele viu os pêlos do corpo dela se arrepiarem de prazer, ela soltou um gemido e tentou encostar a testa nos ombros dele, ele  se afastou e ordenou:
-Olhe pra mim!
Ela encostou novamente o corpo na parede, obedecendo. Encarou-o e se deixou envolver pela sensualidade do belo moreno, ele sabia como nenhum outro, onde eram os seus pontos fracos.
-Nenhum deles chegam aos meus pés...Todos juntos!
Ele aumentou a pressão em seus dedos e ela se contorceu na parede, ela tocou seu tórax com as duas mãos, o arranhando de leve, subiu suas mãos para o pescoço dele e o acariciou, fazendo-o movimentar seus dedos mais rápidos, ele também estava excitado e se controlando ao máximo para não entrar nela.
-Você é um filho da...
Ele introduziu três dedos nela, fazendo-a gemer alto e não terminar a frase, os gemidos dela saiam cada vez mais altos, seus joelhos davam sinais que não iam mais aguentar, suas mãos nos pescoço dele, agora o apertava de forma desesperada, ela gemeu mais uma vez e fechou os olhos.
-Abra os olhos! –Ele mandou mais uma vez.
-Não consigo... –Ela gemeu ainda com os olhos fechados.
-Olhe para mim, agora! –Ele segurou seu queixo com raiva.
-Eu não consigo!! – Ela gritou deitando a cabeça no peito dele, quase sem forças.
-Consegue...Você consegue! –Ele parou de tocá-la, retirou os dedos de dentro dela, segurou-a pelo braço, puxando-a escada abaixo. –Venha!
Bill abriu a porta do carro, empurrou o banco do motorista para trás, para poder esticar as suas pernas, sentou e mais uma vez ordenou:
-Venha cavalgar em cima de mim!
Ela tirou sua calcinha, permanecendo de vestido, passou uma de suas pernas sobre o corpo dele e a outra ficou fora do carro. Ele abaixou as finas alças do vestido dela, deixando os seios dela a mostra, ela com as mãos trêmulas de desejo, abriu o botão e o zíper da calça jeans dele, ele levantou-se e baixou a boxer e o jeans o suficiente para ela lhe tocar.
Ela envolveu seu membro com uma das mãos e começou a excitá-lo, agora foi a vez dele gemer jogando a cabeça para trás fechando os olhos e soltando todo o ar dentro de seu peito.
-Abra os olhos! –Ela mandou. – Fique com os seus olhos abertos! –Ela sorriu debochada. -Nenhuma chega aos meus pés...Todas elas. –Ela disse escorregando e ajoelhando no assoalho do carro. Ela colocou o pênis dele inteiro na boca e ele soltou um suspiro longo. Quando ela rapidamente começou a mover a língua quente, Bill segurou a cabeça dela e a ajudou nos movimentos, quando sentiu que ia gozar, puxou forte os cabelos dela, fazendo-a levantar e novamente ajoelhar no banco.
Bill segurou seu membro na posição ideal, ela se ergueu e deslizou sobre ele, gemendo baixo, assim que ele entrou inteiro dentro dela, ela se apoiou nos ombros dele e começou a se movimentar, ela subia e descia e os dedos dele fincaram-se banco de couro, ela rebolava em cima dele.
-Puta que pariu...você é uma desgraçada...
Ele disse com dificuldade se aproximando dela, colocando sua língua para fora, lambeu seu colo, depois subindo para o pescoço e para excitá-la mais, colocou um de seus bicos inteiro na boca e mordeu com força.
Ela gemeu de dor no ouvido dele, ele ficou atordoado ao ouvi-la louca de desejo, Bill segurou o seu pescoço com as duas mãos e a trouxe para perto dele, tentando um beijo, ela baixou a cabeça, ele se irritou e mordeu com raiva o pescoço dela.
-Ain...-Ela gemeu e entrelaçou seus dedos nos cabelos negros dele puxando o cabelo dele com força. –Bill...Não faça isso!
A mulher falou o nome dele tão sedutoramente, que o efeito foi totalmente ao contrário, ele segurou a cintura dela com suas mãos e começou a ajudar nos movimentos, ela deixou seu corpo cair sobre o volante do carro, ele que conduzia o ato, quando ele segurou em suas nádegas e aumentou a velocidade, ela ficou ereta e apoiando os joelhos no banco, levantou os braços, e apoiou suas mãos no teto do carro, o ajudando.
-Diga que me odeia agora! –Ele a desafiou.
-Eu te odeio, seu arrogante!
-Queria que todos os meus inimigos me odiassem como você.
Bill disse olhando para os seios dela subindo e descendo perto de seu rosto não resistiu e mais uma vez sugou seu mamilo e mais uma vez o mordeu violentamente. Ela não pensou duas vezes e bateu no rosto dele com força deixando-o vermelho.
-Vadia...
Ele a xingou e cravou seus dedos na cintura dela, machucando-a e aumentou as investidas. Os dois estavam suados e totalmente sem controle, os gemidos ecoavam no carro e quando ela sentiu que não conseguia segurar mais, ela fechou os olhos, jogou a cabeça para trás e gritou satisfeita, ela trouxe seu corpo para perto do dele, enfiou seus dedos dentro dos cabelos negros dele forçando-o a abrir os seus lábios, beijando-o desesperadamente.

Ele ainda movimentou-se dentro dela por alguns segundos, separou os lábios, apenas para soltar o seu gemido final, assim que o soltou, foi a vez dele enfiar seus dedos nos longos cabelos castanhos dela e trazê-la para outro beijo. Suas línguas famintas se enlaçaram e brincaram uma com a outra, quando não havia mais ar, ela separou a sua boca da dele, e o ouviu perguntar ofegante:
-Qual o seu nome?
-Alice! –Ela respondeu baixo também ofegante.
-Alice...Prazer eu sou o chapeleiro maluco! –Ele disse sério.
-Chapeleiro não sei! Mas maluco... Isso eu tenho toda certeza! –Ela brincou.

Os olhares se encontraram e faiscaram, inesperadamente os dois gargalhou ao mesmo tempo, então Alice deixou seu corpo cair sobre o dele, e uniu sua boca a dele mais uma vez num beijo delicioso e envolvente.

Postado Por: Grasiele

Dead Or Alive - Capítulo 12 - I need to feel you...

Então, deixa assim,
Deixa que seja conhecido
Ah, não, não vá
Tocando e me provocando,
Dizendo que não
Mas desta vez eu preciso sentir você...
Jay Sean - Ride It (CONDUZA)

-Pode tirar seu pauzinho da chuva, você esta pensando o que? -A mulher olhou para ele com raiva e desprezo. – Eu já disse, se você quer sexo, pague uma puta ou bata uma!
Bill pegou o braço dela e com brutalidade a empurrou contra a porta da cozinha, juntando seu corpo no dela, ele estava louco, suas veias saltavam de seu pescoço, estava fora dele, estava descontrolado, estava cego de desejo, o dia todo a observando de longe, ela arrumando a casa com aquele vestido colado, com certeza ela fazia de propósito para provocá-lo.
- Vou bater sim, mas será nessa sua cara de vadia. –Bill apertou mais seus dedos no braço dela- E baixa o tom de voz por que ninguém fala assim comigo! –Bill disse entre os dentes.
-Não falava! –Ela o encarou  -Eu não tenho medo de você, nem de seus tapas e nem das suas armas, pra mim você é um merda, um nada, um ninguém e outra, seu imbecil, prefiro fazer sexo com todos os caminhoneiros e forasteiros  imundos e nojentos de beira de estrada, do que com você! –Ela o olhou com desdém – Agora sai da minha frente, que dessa sua cara de matadorzinho amador, eu já estou enojada!
A mulher o empurrou com força, abriu a porta e entrou na casa, seguindo para o seu quarto. Era lógico que ela queria sentar no colo dele, estava louca para estar com ele, mas não ia dar o braço a torcer. Ele pagaria muito caro pelos tapas e pelas palavras de ofensa.
Ela deitou na cama e pensou nele, Bill a cada nova transa, parecia que seus corpos entravam mais em sintonia, se encaixavam, nunca havia sentido aquilo antes, com ninguém, os olhos dele durante o ato, passeando pelo seu corpo com desejo, fechou os olhos tentando afastar os pensamentos, ela não podia ceder... Nunca!

x.x

-Você ouviu isso? –Lara levantou a cabeça, assustada.
-Sim! – Tom respondeu quase dormindo na cama perto da janela. –Deve ser os dois malucos brigando outra vez.
-Será que ele está agredindo -a novamente?  –Lara sentou na cama aflita.
-Eu posso estar errado, mas tenho a impressão que se ele encostar o dedo nela novamente, ele sai pelo menos com o rostinho dele arranhado, conheço mulheres do tipo dessa esquisita e elas são perigosas.
Lara o olhou e sentiu uma ponta de ciúmes, deduziu que com certeza, ele já tinha se deitado com várias prostitutas experientes e se entristeceu em pensar que ele a achava uma garota inexperiente em relação ao sexo, não era virgem, mas também não tinha um vasto histórico nessa área.
-Agora, tente dormir! – Tom falou e se virou de costas para a cama de Lara.
-Não consigo aqui esta muito quente! –Lara fez um rabo de cavalo em seu cabelo e passou a mão em sua nuca, estava suada. Aquele lugar fazia muito calor e aquele quarto parecia uma sauna.
Tom se levantou, acendeu a luz do abajur, saiu do quarto e depois de minutos entrou com um ventilador nas mãos, o ligou e virando-se para Lara perguntou:
-Melhorou?
-Sim, obrigada! –Ela disse olhando seu tórax nu e sua bermuda caída na sua cintura, mostrando os músculos bem definidos de sua barriga. Ela deitou-se em sua cama e ele foi em direção a sua.
Fechou seus olhos e tentou não pensar naquela imagem e nem que ele estava a poucos centímetros dela, respirando o mesmo ar, mesmo com o ventilador no último, o calor foi aumentando de uma forma estranha dentro de seu corpo.
Revirou-se mais uma vez na cama e abriu seus olhos impaciente e o olhou novamente, ele estava deitado de barriga para cima, e com o braço atrás da cabeça, seu rosto estava de perfil e ela podia ver o seu nariz bem feito, sua boca carnuda entre aberta, aquilo TUDO era um martírio.
 -Tom? –Ela o chamou.
-Que?
-Eu preciso molhar a minha nuca, não estou passando bem! -Ela disse levantando-se da cama mais uma vez.
Tom respirou profundamente, levantou-se da cama e foi até ela, desprendeu a corda e deu passagem para ela passar, Lara entrou no banheiro, abriu a torneira baixou e jogou água em seu rosto e depois em sua nuca, colocou sua cabeça embaixo d’água, tirou-a e levantou-a olhando para ele, a água de seus longos cabelos negros escorreu pela sua camiseta rosa, colando em seu corpo. Ela fechou a torneira e virou para ele, que baixou os olhos para os seus seios quase todo a mostra, colados a camiseta.
-Eu sei o seu jogo e ele não vai adiantar comigo. –Tom disse esforçando-se para olhar para os olhos verdes dela.
-Do que você esta falando?
-Você quer me enlouquecer, me jogar contra o meu irmão e ainda espera que eu te ajude a fugir, traindo a confiança dele.
-Por que acha isso? Por que acha que eu quero te enlouquecer? –Lara perguntou o olhando.
-Não Lara!  Isso não vai adiantar! –Tom virou para sair do banheiro e ela praticamente se jogou na frente dele. –Saia da frente e volte para cama.
-Não!
-Lara eu não vou falar outra vez! –Ele disse nervoso. – Volte para a cama.
-Leve-me para cama você! –Ela disse dando um passo
Tom a olhou e não conseguiu dizer nada. Ela então se aproximou e sem rodeios tirou a sua camiseta molhada e a jogou no chão, deu mais um passo, encostando os seios firmes em seu peito nu.
-Dei-me cinco minutos, depois se quiser eu volto para minha cama e você para sua...
Lara disse baixo para ele, livrando-se do seu short e depois com seus dedos finos no elástico da bermuda dele, ela segurou firme tirando-a, logo em seguida livrou-se da cueca, tudo foi feito em silêncio, olhos nos olhos, ela mordeu o lábio e tocou o peito dele, observando cada músculo que saltava em seus dedos, sem pensar nas conseqüências deslizou sua mão e segurou com força o membro dele, já ereto.

Ele apenas fechou os olhos e esperou...

Ela se aproximou beijando seu maxilar, ele pendeu a cabeça para o lado para que ela pudesse deslizar sua língua pelo seu pescoço e depois beijar de leve seu tórax, descendo até o seu umbigo, onde apertou sua cintura com seus dedos agachando-se na sua frente, ela levantou sua cabeça e o olhou mais uma vez.

-Não cometa essa loucura, eu não me responsabilizarei pelos danos causados depois...
-A loucura já foi cometida e os danos já são irreparáveis...O que temos a perder? -Ela disse agoniada.

Novamente ela envolveu o membro de Tom em suas pequenas mãos e quando ela colocou-o na boca, ele se afastou de repente como se o corpo dele tivesse recebido um choque, ela não se intimidou, queria mostra-lhe que ela também era experiente, segurou-o com uma mão e passou a língua nele, colocando–o lentamente na boca, com a outra mão, segurou firmemente na coxa de Tom e a arranhando-o com as unhas.
-Eu quero te sentir Tom! –Ela provocou-o
Ele apertou mais os olhos ainda fechados e deitou a cabeça encostando-a na parede do banheiro, queria muito sair dali e pedir para ela parar, gritar para ela que aquilo já tinha ido longe demais. Porem, ele não conseguia mover um músculo se quer, o que conseguiu apenas foi abrir seus olhos e encará-la, quase sem forças.
Lara retirou-o de sua boca e mais uma vez o estimulou com a mão, olhou para o seu rosto e ele sustentou o olhar, quando o ouviu gemer baixo, percebeu que estava no caminho certo, então sugou mais uma vez o e começou a lambê-lo rapidamente, ela sentiu as mãos grandes tocando sua cabeça e os dedos entrelaçando seus cabeços pretos, ajudando-a com os movimentos.

-Você esta me testando...  –Ele disse puxando os cabelos dela devagar totalmente envolvido com ela. –Maldita hora...maldita...
Tom tentou não se entregar por inteiro, mas para um homem, esse era o melhor modo de lhe satisfazer, ele não era de pedra e toda vez que sentia a língua quente e úmida dela o lambendo tinha vontade de puxar seus cabelos jogá-la no chão, perder totalmente o controle e fazê-la gritar pelo seu nome, até implorar para ele parar... E acredite, ele não pararia!

Quando Lara sentiu que o corpo de Tom estava dando sinais que chegaria ao clímax, ela intensificou os movimentos, ele então gemeu alto e apertou seus dedos dentro dos cabelos dela. Os gemidos já não podiam ser controlados  e quando ela sentiu que aquilo acabaria, ela parou com os movimentos, levantou-se e o olhando disse:
-Não quero terminar ainda... Leve-me para cama... Quero você dentro de mim! –Ela disse em um tom sexy.
Tom a enlaçou pela cintura a levantando-a do chão e a carregando para a cama dela. Desabando sobre seu corpo. Não houve tempo para mais nada, ela se posicionou e ele sem carinho a penetrou. Ela deixou um gemido de satisfação sair de seus lábios, ela o enlaçou rapidamente pela cintura com suas pernas e conforme ele ia se colocando dentro dela, ela via sua sanidade indo embora, ela sabia que tudo aquilo era errado e não fazia o menor sentido, mas pensar em ser correta com ele dentro dela, gemendo em seu ouvido, era impossível.

 -Não posso perder o meu controle...

-Tom...  –Ela gemeu o interrompendo - Eu te peço... perca todo o seu controle comigo!

Ela gemeu no ouvido dele, lambendo seu lóbulo, obtendo outro gemido de prazer dele, ele beijou seu pescoço e depois explorou sua boca com a sua língua, mordendo o piercing dele devagar.
 O beijo foi excitante, molhado e delicioso, e permaneceram com os lábios colados até não conseguirem mais controlar o beijo pela quantidade excessiva dos gemidos que saia de suas bocas, ele a segurou pelas coxas e como foi pedido, Tom não teve piedade de Lara e movimentou-se sem nenhum carinho e delicadeza, ele era impiedoso e quanto mais ele forçava, mais ela se contorcia, gemia e arranhava suas costas largas e bronzeada.
Ela apertou suas pernas em volta da cintura dele e puxou suas tranças, ele se apoiou na cama e  entrou inteiro nela fortemente fazendo a gritar numa mistura alucinante de dor e prazer, ele saiu e quando entrou pela última vez, segurou-se dentro dela, soltando um gemigo rouco e prolongado. Sentiu Lara tremer e logo em seguida a ouviu gemer, fechando os olhos e deixando-se cair sobre o colchão, chegando ao ápice.
 Ele pesou sobre o corpo dela completamente suado e satisfeito.  Ela o abraçou carinhosamente, não por muito tempo, pois ele se levantou a olhou, passou a mão na testa para tirar o suor e levantando-se da cama seguiu para o banheiro onde tomou uma ducha rápida colocando apenas a bermuda, depois deitou na cama e sem dizer uma palavra deitou e dormiu.
Ela o olhou, levantou-se fez a mesma coisa, colocou outra camiseta e um short, deitou na sua cama, virou de costas para ele e deixou-se chorar sem emitir nenhum som. Com um misto de ódio e amor, ela adormeceu.


x.x

O sol bateu em seu rosto e quando abriu os olhos Tom não estava mais na cama, então Lara sentou-se na cama pensando na noite anterior, como deixou o desejo por Tom tomar seu corpo e sua mente. Sim, ela estava arrependida, com certeza naquela manhã, ele a via como uma garota vulgar e no mesmo nível dessas prostitutas baratas.
Olhou para porta do quarto quando ela foi aberta, ele entrou em silêncio, seguiu até a cama dela e a desamarrou, ela já sabia o que fazer, levantou-se, foi ao banheiro, fez sua higiene e o seguindo chegaram à cozinha, onde foi amarrada novamente e ele saiu da cozinha.
A estranha entrou na cozinha, Lara continuou com a cabeça baixa, na verdade aquela mulher assustava-a profundamente, ela via Bill de saia, ela era de dar arrepios. Viu ela se sentar ao seu lado e se encolheu.
-Não precisa ter medo, meu amor!  –A mulher sorriu e disse –Não vou te morder, a menos que você peça.
Lara a olhou e baixou a cabeça novamente, no mesmo momento que Tom entrou na cozinha, a morena olhou para Tom e sorriu debochadamente. Ele não sorriu novamente, pegou a corda do pé da mesa, desamarrou e quando Lara levantou, ele disse para a ela:
-Você me dá nojo!
Ela sorriu alto, olhou para ele e disse:
-Você me dá arrepios, seus olhos felinos me deixam excitada, sabia?

-Às vezes eu acho que os tapas que Bill te deu foram poucos!
-Não seja por isso...Estou a disposição para os seus, Tom! – A mulher disse sorrindo provocativa para ele.
Tom olhou para Lara e ela baixou a cabeça:
-Ops...esqueci temos que pedir permissão para a princesinha para termos nossa tarde de sado!
Tom segurou Lara pelo braço e quando deu os primeiros passos para saírem da cozinha, ele a ouviu dizer:
-Tom? –Ela o chamou
Ele parou e a olhou sério.
-Ontem você ouviu algum barulho estranho na casa? –Ela perguntou, vendo que ele não a respondeu, continuou:
-Ouvi umas batidas na parede, parecia barulho de cama se mexendo, não sei ao certo e eu tive a impressão que vinha do quarto de vocês. –Ela agora sorria cinicamente para os dois. – Será que algum espírito entrou no quarto e possuiu alguém?
-A única pessoa possuída nessa casa e pelo demônio é você! - Tom disse com raiva e saiu da cozinha passando por Bill que estava entrando em casa.
-Um dia ainda vou pedir para você escolher a mim ou a essa prostituta! –Ele disse antes de entrar com Lara no quarto.

-O que houve aqui? - Bill disse ao entrar na cozinha.
-Seu irmão está apaixonado por mim! –Ela disse sem olhá-lo levantando da cadeira. Colocando o prato na pia. Sentiu ele se aproximar atrás dela, então segurou a faca e esperou.

Ele se aproximou e encostou nela, ela se arrepiou, tinha certeza que ele ia provocá-la, então apertou o cabo da faca na mão e se virou.
-Não encoste em mim ou vou te mandar para o inferno...seu desgraçado!
Ela colocou a faca no pescoço dele e continuou:
-Já disse para não chegar perto de mim, fique longe...ou eu vou acabar com você!
-Enfia...Vai !! –Bill se aproximou e a desafiou: - Enfia ou quem vai enfiar em você sou eu!
Ela o olhou com a faca na mão e ainda no pescoço dele, ele se aproximou mais fazendo com que a faca entrasse um pouco mais no pescoço dele, ele segurou sua cintura e apertou.
Ela desceu a faca do pescoço dele olhando para o vermelho e viu que havia cortado de leve, mas que sangrava. Bill passou o dedo em seu pescoço e olhou-o com sangue.
Ele a olhou com ódio e ela se moveu para sair de seus braços, deixando a faca cair no chão.
-Me solta! –Ela se debateu quando ele a segurou pelo braço.
-Você vai limpar esse machucado! –Bill a puxou para a lavanderia.
-Não vou limpar nada...eu quero mais é que você sangre até a morte, seu filho da puta!
Bill abriu a porta da lavanderia e entrou ainda com ela presa em suas mãos, abriu o armário pegando o estojo de primeiros socorros e lhe estendeu. Vendo que ela não se mexia, ele apertou seu pulso e torceu seu braço fazendo a gemer de dor dizendo em seu ouvido baixo:
-Pegue o estojo e limpe o meu machucado...Agora!
Ela pegou o estojo e o olhou com raiva:
-Solte minha mão, como você quer que eu limpe dessa forma?
Bill a soltou e ela abriu a caixa e o viu tirar a camiseta, deixando o peito nu, ela o olhou e tentou não olhar para essa região. Então, pegou o álcool e praticamente jogou quase o pote todo no machucado, ela o viu fechar os olhos e depois abri-los, aquilo com certeza deve ter ardido demais. Ela sorriu por dentro, pegou um algodão e limpou o local rapidamente, depois abriu um band aid e colocou no machucado.
-Prontinho senhor! –Ela disse fechando a caixa. –Já estou liberada? Ou deseja que eu lustre seus sapatos com a língua?
  Ela perguntou olhando-o e indo em direção a porta, abrindo-a e saindo da lavanderia.
Bill a olhou indo embora e não fez nada, apenas cruzou os braços no peito e pensou no que sua vida tinha virado depois que essa mulher entrou nela, ele podia sair e encontrar qualquer vagabunda e pagar ou mesmo ter prazer de graça, porem mesmo ele tentando várias vezes, o sexo não era a mesma coisa, não era igual, ela era diferente de todas as mulheres que cruzaram o seu caminho.

Saiu da lavanderia e foi em direção à sala, onde Tom estava no laptop, ele levantou a cabeça e viu o irmão mais novo entrar e perguntou:
-O que foi isso no seu pescoço?
-Nada!-Bill foi monossílabo deixando claro que não queria tocar no assunto.
Tom o olhou e pela cara de poucos amigos da “outra” ao passar pela sala, imaginou que eles tinham se estranhado. Então, virou a tela do computador para Bill e disse sério:
-Viu quem foi morto hoje de manhã?
-Eu tinha certeza, porra! - Bill disse batendo na parede com raiva - Pegue a Lara, tudo o que puder e vamos sair daqui imediatamente!

Postado Por: Grasiele

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