terça-feira, 23 de julho de 2013

Apenas Você - Capítulo 20

Tom deitou-se na cama, ao meu lado, com uma mão na nuca e a outra enrolando o meu cabelo. Eu me virei e sentei em cima dele, com uma perna de cada lado.
- Não vai ficar bravo comigo, vai? -disse eu, ele me olhou confuso e depois olhou em outra direção.
Deitei-me por cima dele encostando a cabeça em seu peito. Ouvi as batidas de seu coração. Levantei a cabeça pra olhar pro Tom que agora estava me olhando, sorri e deu um beijo nele. Ele foi rápido e quando eu menos esperei já havia segurado as minhas mãos, sorriu malicioso e virou-se por cima de mim.
- Não vai escapar agora. -sorri com a atitude dele.
Tom passou a me beijar ardentemente, aquilo era bom, era ótimo. Suspirei alto quando sua mão direita alisou minha cintura e começou a descer pela lateral do meu corpo passando pelo meu quadril e parando em minha coxa. Meu corpo tremeu levemente fazendo-me prender a respiração, escutei seu rizinho baixo quando gemi sentindo seu aperto em minha coxa.
Desci as mãos pelo seu peito e abdômen parando na gola de sua blusa e a puxei pra cima ele levantou os braços me ajudando a tirá-la, em seguida ele tirou a minha camiseta jogando-a pro lado. Olhei seu peito nu e passei minha mão nele decorando cada pedacinho, meu coração acelerou. Tom me olhou com desejo e arrancou o meu sutiã delicado, revelando meus seios, passando a chupá-los com vontade, me deixando louca. Enfiei meus dedos em seus cabelos puxando-os. Ele sugava meu mamilo mordendo-o no processo de retirada me enlouquecendo. Minha respiração saia aos arquejos. Meu corpo estava em brasa. Ele tomou o outro seio dando-lhe a mesma atenção.
- Tom. -soltei um gemido rouco.
- Tão gostosa. - disse com a voz aveludada. - Sua pele é tão macia... - dizia enquanto maltratava meus seios.
Rebolei no seu colo esfregando meu sexo contra seu membro já ereto. Ele parou e olhou para baixo, eu ainda estava de short e ele de calça. Puxei meu cabelo para trás, enquanto ele desabotoava o meu short, em seguida rasgou minha calcinha, com habilidade e rapidez. Sorri enquanto ele o fazia. Tom curvou-se um pouco e logo se livrou de suas calças revelando seu membro pulsante.
Eu estava louca por aquilo. Eu me sentei encostando as costas na cabeceira da cama, em poucos segundos senti a língua do Tom se enfiar em minha entrada, foi impossível não gemer alto meu corpo clamava por um mínimo contato. Ele parou e me olhou passando a língua levemente em seu piercing. Sua língua quente entrou em contato com minha intimidade novamente ora sugando ora penetrando.
Com uma das mãos ele segurava meu quadril e com a outra ele massageava meu clitóris inchado e dolorido às vezes apertando sem cuidado. Deus! Eu iria ter um ataque a qualquer momento aquilo era tortura demais pra uma pessoa só. Eu respirava com dificuldade. Eu o queria. Queria dar o mesmo prazer que ele estava me proporcionando.
- To-Tom... -disse com a voz falha, ele me olhou lambendo os lábios e os dedos que estavam na minha vagina. - Deita. -foi quase uma suplica, ele deu o sorriso mais perverso que eu já tinha visto e me obedeceu para a minha surpresa.
Segurei seu membro pulsante com uma mão deixando-a deslizar por seu comprimento num vai e vem lento enquanto eu me aproximava do seu corpo. Seus olhos me seguiam com atenção abaixei minha cabeça e teci beijos e lambidas por seu corpo e por fim sua boca sentindo meu próprio gosto em sua língua. O beijo foi breve mais quente o suficiente. Deixei sua boca refazendo o caminho de volta sobre seus gemidos.
Tomei seu membro em minha boca e suguei-o, fazendo movimentos frenéticos de vai-e-vem. Minha língua contornava sua cabeçinha chupando em seguida. Tom já estava com a respiração entrecortada e o coração acelerado. Soltei e acariciei com as mãos, masturbando-o. Tom mordia o lábio, para evitar o gemido alto, mas eu queria perturbá-lo, só um pouquinho.
- Não vou continuar enquanto não ouvir meu nome... -sussurrei, mordendo o lábio.
Ele sorriu fracamente, enquanto eu voltava a por seu membro em minha boca, sugando-o com mais força. Os gemidos dele estavam ficando mais altos e aumentaram ainda mais quando minha língua apressada tocou a sua glande. Tom quase morreu e gemeu meu nome. Continuei a sugá-lo, ainda mais agora que a adrenalina está maior. Ele continuava a gemer até gozar na minha boca.
Nem bem sai de cima dele e com uma rapidez quase que impossível ele inverteu nossa posição ficando em cima de mim. Seu pênis entrou sem aviso numa única estocada. Entrelacei minhas pernas em sua cintura segurando-o firmemente enquanto ele me invadia com força e rapidez. Gemidos roucos escapavam por minha garganta. A cada estocada ele grunhia feito um animal e aquilo me excitava. Eu amava isso.
Minhas mãos maltratavam suas costas com arranhões ao mesmo tempo em que sua boca sugava meu seio com violência o que me deixaria marcas. Seus olhos ardiam de desejo, ele sorriu com malicia tirando lentamente seu membro de mim e voltou com mais força. Eu gemi seu nome alto. Meus olhos ficaram fora de orbita. Ele continuou a repetir o gesto aumentando a velocidade gradualmente. Seu corpo caiu sobre o meu, suado. Abracei-o com as pernas e braços esperando nossos corpos e respirações se normalizarem. Nossos corpos tremiam levemente. Aos poucos senti minha respiração um pouco mais controlada ele não saiu de dentro de mim. Abri meus olhos fitando seu rosto suado. Ele ainda me olhava com desejo. Tom tomou meus lábios nos virando de lado um de frente para o outro sem desconectar nossos corpos senti meu corpo se incendiar novamente. Ergui minha perna esquerda e ele a segurou pela dobra do meu joelho trazendo-a para sua cintura. Sem solta-la ele me beijou com fervor.
- Segundo round baby. -disse perverso começando a se movimentar dentro de mim. Eu sorri perversamente e gemi alto em resposta. Tom era ótimo no que fazia. Tinha a ligeira impressão de que a tarde ia longe...

Apenas Você - Capítulo 19

- Bill, espera. -ele parou. Me aproximei dele que virou-se de frente pra mim. - Você sempre me conta tudo, o que foi desta vez? -perguntei.
- Eu... -ele fechou os olhos, acho que estava decidindo entre me contar o que houve, ou não. - Eu fudi a minha vida. -disse abrindo os olhos, depois de uns segundos.
- Como assim? -sorri confuso.
- Engravidei a Sam. -ele falou um tanto envergonhado.
- Eu pensei que você tinha matado um cara ou algo assim. -fiz piada da situação, Bill revirou os olhos.
- Tom, isso é sério. -reclamou-me.
- Foi a pressa pra tirar o atraso... Não deu tempo nem de colocar camisinha? -ri. Bill me mostrou o dedo do meio.
- Vai me ajudar ou me deixar mais nervoso do que já estou? -disse.
- Brincadeira. Sabe que pode contar comigo pra tudo né? Eu nunca me imaginei sendo... Tio. Quero que você seja feliz com a Sam e vou ajudar no que for preciso. Nossa família tem condições, mas você tem que arrumar um emprego, pelo menos pra agradar a sogrinha. -bati de leve nas costas dele.
- Obrigada, irmão. -disse me abraçando.
- A propósito... Ela tem certeza? Fez algum exame, teste? -perguntei.
- A Sam não me disse nada disso. -disse o Bill, lembrando-se de algo.
- Então, ainda há uma esperança. -sorri, toquei de leve nas costas dele e voltei pra onde o Gustav e o Georg estavam, deixando o Bill parado e pensativo.
- O que houve com o Bill? -perguntou o Georg.
Bill se aproximou de nós e sentou-se novamente a mesa, no refeitório.
- Saiu da seca direto pra uma fertilização. -Bill me olhou mortalmente.
- O que? -disse o Gustav, surpreso.
- Engravidou a Sam? -perguntou o Georg.
- Sem piadinhas, Tom. -disse o Bill, revirando os olhos em direção a mim. - Ainda não temos certeza. -disse.
- Parabéns. -disse o Georg ironicamente.
Eu acho que amigos são pra isso mesmo, e irmãos também...

Dias depois’ [Danny]
Finalmente um fim de semana. A Sam está mesmo grávida do Bill, no começo ele aceitou legal, mas depois cobrou exames da Sam, eu achei certo da parte dele e agora a Sam diz que eu sou titia. Está tudo tão ótimo na minha vida, tirando o fato do Namur querer convencer minha mãe a mudar-se daqui e ainda disse que o Tom não era boa companhia pra mim. Olhar pras minhas pernas tudo bem, mas vir falar o que não sabe do meu namorado... Sem contar que aquele crápula se apossou na nossa casa, agora eu nem tenho privacidade direito, por isso vivo quase sempre na casa da dona Simone, ela é uma pessoa ótima e é muito feliz pelo meu namoro com o Tom. Sinceramente, minha mãe está cega.
Saí do banho, coloquei um short jeans curto, uma camiseta preta com uma caveira de brilhantes na frente, calcei uma sandália leve, maquiei-me, soltei os cabelos e desci as escadas para sair, Tom havia me ligado pra que eu fosse a casa dele. O Namur estava deitado no sofá da sala, com um pacote de biscoitos do lado, comendo como um porco. Fiz cara de nojo e respirei fundo antes de passar por ele.
- Vai com esse shortinho pra onde gostosa? -disse com cara de safado enquanto eu atravessava a sala.
Só queria que minha mãe estivesse em casa pra ouvir isso e expulsar de uma vez por todas esse enviado de satanás daqui. Eu não tinha coragem de falar pra ela às piadas que ele soltara pra mim.
- Não interessa a você pra onde eu vou, ou deixo de ir. -bufei.
- Deixa tua mãe saber disso. -disse ele, praticamente me comendo com os olhos.
- Cale-se, velho! -saí batendo a porta com força.
Sim, existem pessoas que tem o dom de acabar com a sua felicidade. Caminhei até a casa ao lado e bati na porta. Logo o Tom abriu.
- Oi amor. -me deu um selinho. Eu o abracei e deixei que algumas lágrimas rolassem em meu rosto. - Chorando? Mas, o que aconteceu? -perguntou demonstrando preocupação.
- O Namur. -gritei. - Fica olhando pra mim, pela cara que ele faz com certeza imagina pornografias, me chama de gostosa e vem se meter na minha vida. -desabafei.
- Você está nervosa, senta aqui. -disse me puxando pra sentar no sofá e sentou-se ao meu lado. - Bill, trás um copo d’água pra Danny. -gritou pro irmão que se encontrava na cozinha.
O Tom não demonstrou, mas eu pude ver raiva em seus olhos quando contei sobre o Namur pra ele.
- E você acha que eu não devo ficar? Eu estou com medo, imagina se um dia aquele puto...
- Êpa. Não vai acontecer nada. -disse me interrompendo.
Logo o Bill veio me entregou o copo com água.
- Obrigada, Bill. -sorri e tomei a água.
Bill sorriu de canto e logo saiu da sala, não sei, mas ele parecia irritado com alguma coisa.
- Vamos subir, pro meu quarto. -disse o Tom enquanto observava o Bill se afastar.
Fomos pro quarto dele. Entrei e logo me sentei na cama, em seguida o Tom entrou e fechou a porta.
- Eu não posso ir lá meter a bofetada na cara do velho porque posso ir preso. Mas não me arrependeria por isso. -eu sorri. - Vamos abrir o jogo pra sua mãe, se ela não fizer nada, eu mesmo faço. -disse o Tom, sério.
- Hum, gostei de ver. -brinquei, ele sorriu malicioso.
- Agora vem aqui. -disse me abraçando e me empurrando para que eu deitasse na cama.
- Para Tom. -disse rindo, mas sem reagir.
- Por quê? -disse prendendo minhas mãos e beijando o meu pescoço, fazendo com que os pelinhos do meu corpo se arrepiassem.
- A dona Simone... -fiz força pra soltar dele, mas não tive sucesso.
- Ela nem está em casa. -sorriu vitorioso e me beijou.
- Mas eu não quero. -disse depois que virei o rosto.
- Nunca quer! -disse ele apertando os olhos e me soltando.

Apenas Você - Capítulo 18

[Bill]
Acordei assustado com o meu celular tocando, quem haveria de me ligar tão cedo? Bom, não era tão cedo assim, seis da manhã. Atendi e era a Sam, ela disse que precisava falar comigo pessoalmente, que era coisa séria, eu insisti pra que ela dissesse logo, mas ela negou, mil coisas vieram a minha cabeça, será que ela vai terminar comigo? Mas assim, do nada... Sem nenhum motivo. Por fim ela disse um “Eu amo você” e desligou. Aquelas palavras amenizaram as minhas dúvidas. Levantei e fiz minha higiene matinal, vesti-me, fui ao quarto do Tom e tive uma surpresa, ele não estava lá. Que dia estranho. Desci para tomar o café da manhã e o Tom estava sentado à mesa com a nossa mãe.
- Bom dia. -disse pra eles.
- Bom dia. -apenas minha mãe respondeu.
- Caiu da cama hoje Bela Adormecida? -perguntei.
- Cansei de me assustar com sua cara feia me acordando de manhã. -disse ele, sarcástico.
- E você não se assusta quando se olha no espelho? -retruquei.
- Eu te amo, Bill. -ué?
- Também, Tom. -disse.
Vai entender o Tom, terminamos de tomar café e ele saiu primeiro de casa. Logo depois eu saí e me deparei com uma cena, digamos não tão surpresa assim. O Tom estava com a Danny, de mão dadas, conversando com ela, ela sorria, eles beijaram.
- Oh, finalmente voltaram. -pensei.
Sorri e entrei no meu carro, em seguida dei a partida. Liguei pra Sam pra saber se ela ainda estava em casa, mas ela disse que já havia chegado à faculdade. Desliguei o celular e voei pra lá, quando cheguei, desci do carro e logo avistei a Sam, parecia triste, preocupada com alguma coisa.
- Bill... -ela me deu um selinho.
- Amor, o que aconteceu? -perguntei demonstrando preocupação...

[Danny]
Mas uma vez o Tom me deixando confusa, aparecer de manhã na minha casa pra me levar pra faculdade foi uma atitude inesperada vinda dele. De qualquer forma, eu estou amando tudo isso. Caminhar comigo de mãos dadas, uma coisa que ele nunca fizera antes. Ainda continua com aquelas piadas idiotas que nos fazem rir de tão idiotas que são. Entramos no carro e seguimos pra faculdade.
- Por que está fazendo isso? -perguntei olhando fixamente pra frente, minha mente estava uma confusão e eu não sabia nem o que pensar direito.
- Isso o que? -ele me olhou esquisito, enquanto dirigia.
- Não é possível uma pessoa mudar tão rápido, o que está tentando provar? -disse desta vez olhando pra ele.
- Nada. -ele sorriu de canto e voltou à atenção pra estrada.
- Hum. -murmurei.
- Eu só... Gosto de tratar bem as pessoas que eu gosto. -isso explica? Agora ele gosta de mim? Eu sorri.
Tom parou o carro no estacionamento ao lado da faculdade, descemos e ele deu a volta, pegou em minha mão e saímos andando. Logo alguns olhares curiosos voltaram-se pra nós.
- Não acha melhor soltar? Estão olhando pra gente. -disse eu, olhando nossas mãos entrelaçadas.
- A regra é não se importar com o que os outros dizem, ou pensam... E daí que estão olhando? Deixa que eles vejam que você é minha. -ele sorriu. Sorri em resposta.
- Sua? Desde quando? -brinquei. Dentre as pessoas que nos olhavam, um tanto surpresos, eu vi o Gustav, o Georg sorrindo de canto e a Fellon, parada com a mão na cintura demonstrando está irritada. Eu não sei por que isso, já que nunca vi nenhuma “movimentação” vinda dela quando o Tom saía beijando umas e outras por aqui.
- Desde que eu posso fazer isso. -disse me puxando para um beijo intenso.
Eu senti certo “carinho” vindo dele. Era como se estivéssemos namorando, assumindo isso em público, era divertido. De certa forma o Tom que estava fazendo isso, sem ao menos me dizer nada. Mas eu entrei nesse jogo.

[Bill]
- Eu... -ela pausou, engoliu o seco e respirou fundo.
- Fala Sam, eu já estou ficando nervoso. -disse segurando os ombros dela.
- Eu estou grávida. -as palavras saíram num jato, a última foi repetida várias vezes na minha mente, dando um efeito de eco.
- Grávida? Mas nós nunca... Sem proteção...
- Sim! Antes do acampamento. -disse olhando em meus olhos lacrimejando.
- Droga! -eu disse num momento de raiva. Como eu pude ser tão irresponsável? O que vai ser do meu futuro? E do da Sam? Como vamos manter uma família? Pensasses nisto antes de não usar camisinha Bill Kaulitz.
- Me desculpa, eu não queria que isso acontecesse. -ela disse chorando desesperadamente. Aquilo partiu o meu coração.
- Não meu amor, não chora. -disse abraçando-a e enxugando suas lágrimas. - A culpa não foi sua, foi nossa. Vai dar tudo certo, eu estou aqui com você não estou? -ela me abraçou mais forte como se não quisesse mais soltar, como se eu fosse seu único refúgio.
- Promete que não vai deixar de gostar de mim? E se minha mãe me expulsar de casa? Eu acho que ela não faria isso, mas... -eu a beijei.
- Se ela fizer isso, você tem a mim. Eu não vou deixar de gostar de você. Nunca. -ela me abraçou mais forte. - Eu estou... Feliz. -pelo menos eu acho que estou feliz.
- Eu te amo, muito. -disse.
- Também, amor. -selei um beijo em sua testa.
- Olha o Tom e a Danny. -disse ela, ainda abraçada a mim.
- Finalmente se acertaram. -falei olhando aqueles dois que se beijavam.
- É. -ela sorriu. Finalmente, se ela continuasse com essa tristeza, quem ia acabar chorando era eu.
Ouvi o sinal tocar, segurei na mão da Sam e a levei até sua sala, em seguida fui pra minha. Eu não consegui me concentrar na aula, eu estava confuso, ainda não tinha absorvido por completo a idéia de ser pai.

No Intervalo’ [Tom]
Eu estava no refeitório com o Gustav, o Georg e o Bill, conversando. Eu falava da Danny como se ela fosse um prêmio que eu acabara de ganhar.
- Agradeça a mim por isso. -disse o Georg metido.
- Agora admita Tom, foi o melhor desafio que o Georg já te lançou. -disse o Gustav.
- Não dá corda pra ele Gustav. -falei, eles riram, menos o Bill que continuava sério, pensativo e sem dizer nenhuma palavra desde que se juntou a nós.
- Bill? -chamou o Georg.
- Ah... Oi. -disse o Bill, voltando à vida real.
Levantei-me e chamei o Bill pra um lugar mais reservado.
- O que aconteceu? -perguntei.
- Nada, só quero ficar sozinho. -disse olhando pro chão, virou-se e saiu...

Apenas Você - Capítulo 17

Eu estava cheia de trabalhos pra fazer, fiquei pendurada na internet desde que cheguei da faculdade fazendo pesquisas e mais pesquisas. Decidi parar um pouco e fui tomar um banho, coloquei uma roupa confortável e desci para jantar. O tal Namur, namorado da minha mãe estava lá, eu não ficava confortável na presença dele, ele me olhava esquisito e aquilo me incomodava, mas não comentei com a minha mãe, acabei por levar o meu jantar pro quarto e comi por lá mesmo.
- Filha? -disse minha mãe, batendo na porta do meu quarto.
- Sim. -respondi e ela abriu a porta.
- Eu vou sair com o Namur, vou chegar tarde, não precisa se preocupar. -disse ela.
- Tudo bem mãe. -falei e sorri de leve, eu ainda não sei por que ela dá satisfações pra mim, mas acho legal da parte dela.
- Cuide-se. -ela soltou um beijo pra mim, em seguida fechou a porta.
Eu gosto de ficar sozinha em casa, mas não quando tenho um monte de trabalhos para fazer...

[Tom]
Cheguei em frente à casa da Danny e estava me preparando para tocar a companhia quando uma mulher abre a porta bem na hora, me surpreendendo. Era a mãe da Danny e novamente estava com o homem, que acredito ser seu namorado. Assustei-me um pouco.
- Oi... Desculpa, eu estava indo tocar a companhia. -disse timidamente.
- Claro. O que desejas rapaz? -ela falou simpática.
- Eu sou amigo da Danny, vim ajudar ela com os... Trabalhos da faculdade. -menti sem pensar direito, to vendo a hora essa mulher me expulsar daqui.
- Pode entrar! Assim a Danny não fica sozinha em casa. Você será uma ótima companhia pra ela. Qual o seu nome? -cara, eu tenho muita sorte.
- Ah, sou Tom Kaulitz, prazer. -estendi a mão cumprimentando-a.
- Você é o famoso Tom, filho da Simone. Ela fala muito de você, e do seu irmão também, mas não sabia que você estudava com a minha filha. -disse ela, pelo visto minha mãe já andou “se gabando” por aí.
- Famoso? -sorri. - Na verdade não estudo com ela, só no mesmo lugar que ela. -expliquei.
- Sim. -ela sorria encantada, o homem ao lado dela não disse nenhuma palavra, na verdade ele parecia impaciente. - Danny... Querida, tem visita pra você. -ela gritou.
- Já estou indo. -respondeu a Danny numa voz abafada.
- Então Tom, fique a vontade. -disse estendendo a mão pra dentro de casa, me incentivando a entrar.
- Obrigado. -entrei.
- Ela já vai descer, cuide dela pra mim. -disse sorrindo meigamente, em seguida saiu fechando a porta.
A Danny vinha saltitante descendo as escadas.
- Sam, que bom que... Tom? -disse a me ver. - Ah, eu pensei que fosse a Sam. -falou.
- Eu disse que voltaria. -me aproximei perigosamente dela.
- Como minha mãe te deixou entrar aqui? -ela perguntou se afastando.
- Digamos que eu sou seu vizinho e minha mãe fala muito de mim pra ela. -ela me olhou esquisito.
- Você é filho da dona Simone? Aquela mulher tão adorável deu a luz a uma coisa como você? É piada... Só pode. -ela riu sarcástica.
- Para de rir, olha o respeito. Então quer dizer que sua mãe falou de mim pra você? -perguntei.
- Infelizmente! Mas eu jurava que era outro Tom, um menos cafajeste. -ela riu.
- Também falaram de você pra mim, não disseram o teu nome e eu pensei que fosse mais simpática. -retruquei.
- Fica aqui, eu vou buscar o teu boné. -ela virou-se e foi em direção a escada. - Não se atreva a me seguir. -disse olhando pra mim.
- Tudo bem. -falei levantando os braços num ato de “rendido” e sentei-me no sofá.

[Danny]
Tom Kaulitz, meu vizinho... Meu vizinho, Tom Kaulitz! Eu não acredito, porque essa droga de universo não conspira ao meu favor? Procurei o boné dele na bagunça do meu quarto...
- Achei! -falei ao ver que estava em baixo da cama.
Olhei-me no espelho e dei uma arrumada no cabelo que, aliás, estava um lixo. Eu acho que estou ficando louca. Saí do quarto e desci as escadas segurando o boné do Tom com as pontas dos dedos, para indicar que estava com nojo de tocá-lo. Tom me observava com um olhar esquisito, caminhei até ele que se encontrava sentado folgadamente no sofá, parando na sua frente.
- Devo aplaudir esse show. -disse passando a língua no piercing e me olhando da cabeça aos pés, em seguida bateu palmas como um idiota.
- Aqui o seu lixo. -falei jogando o boné na cara dele, em seguida sentei-me no outro sofá.
- Então...
- Olha Tom, eu tenho três trabalhos pra terminar e você está me atrapalhando, pode, por favor, ir embora? -falei interrompendo-o.
- Calma, eu te ajudo. -disse.
- Eu não quero... Você o que? -olhei pra ele incrédula.
- Te ajudo com os trabalhos, sua mãe disse pra eu cuidar bem de você. -ele sorriu malicioso. - Aproveita que eu estou bonzinho, vai buscar as coisas pra cá, ou vamos... Fazer no quarto. -lá vêm esses duplos sentidos.
- Vamos fazer... O trabalho, no quarto. -falei levantando-se e indo em direção as escadas, Tom veio logo atrás.
A única razão de fazermos o trabalho no quarto era a impressora, eu não iria trazer aquele troço pra sala nem que me pagassem. Entrei no quarto e o Tom também, ele fechou a porta. Sentei-me na cama e abri o notebook pra continuar o trabalho que estava pela metade.
- Você me venceu na bagunça do quarto. -disse observando o meu lixão pessoal.
- Deixa a porta aberta, por favor. -disse eu, séria.
- Claro. - ele abriu a porta. - Então, por onde começamos? -disse sentando-se na cama ao meu lado.
- Eu estou na metade deste aqui. -eu gostava de estar junto ao Tom, ele me fazia rir, mesmo sem querer e eu gosto de pessoas assim. Eu pensei a respeito de deixá-lo louco em seguida dá um “gelo”, isso não era de mim, não mesmo. Teria ele mudado? Bom, até onde eu sei o Tom não trocaria uma noite na balada pra está em casa ajudando os outros com trabalhos. E se ele gostasse mesmo de mim?
Depois de um tempo, terminamos os trabalhos e fomos pra sala, o Tom ligou a TV e eu fui fazer pipoca.
- Eu quero suco também. -gritou da sala.
- Larga de ser folgado! Vem fazer, se quiser. -gritei de volta.
- Eu sei que você vai fazer. -disse convencido, é eu ia mesmo fazer.
- Só porque eu quero. -disse.
Terminei de fazer a pipoca e peguei na geladeira, o suco que já estava pronto. Levei tudo pra sala e sentei ao lado do Tom pra dividir a pipoca e assistir ao filme que passava na TV. O filme estava quase no fim quando o Tom disse:
- Já é quase meia noite.
- Já? -falei colocando a mão na boca para esconder um bocejo.
- Mas não queria te deixar sozinha. -disse o Tom, ele estava com uma cara de sono.
- Pode ir, eu sempre fico sozinha. -sorri.
Ele levantou-se e eu o acompanhei até a porta.
- Tem certeza que não quer que eu durma aqui? -é muita cara de pau pra uma pessoa só.
- Bom, a casinha do cachorro está vazia. -ele riu em seguida me deu um beijo, diferente dos outros, esse tinha um sabor especial... De pipoca. Ok, foi um beijo carinhoso, ele nunca me beijara assim antes.
- Boa noite. -disse me soltando e saindo da minha casa.
- Boa noite... Amor. -a última palavra saiu num sussurro. Fechei a porta assim que ele saiu e subi pro meu quarto, me preparar pra dormir um pouco.

Apenas Você - Capítulo 16

Acordei saltitante, fiz o que tinha de fazer e desci pra tomar café com a minha mãe.
- Bom dia mãe. -dei-lhe um beijo na bochecha.
- Bom dia, que animação. -disse ela sorrindo.
- Sim, acordei feliz hoje... -disse sentando-me a mesa.

Na casa ao lado’ [Tom]
Era a mesma cena, só que agora... A continuação dela.
- Tom, anda logo. -dizia o Bill me batendo com um travesseiro.
- Me deixa sonhar mais um pouco. -falei preguiçoso.
- Faz meia hora que eu te chamo e você não acaba esse sonho não? -ele riu.
- Como faz pra voltar ao passado? -brinquei.
- É só acordar! -disse.
- Então eu estava no futuro? -sorri malicioso.
- Para de delirar, levanta logo. -disse o Bill, rindo.
Ele saiu do meu quarto e eu fui tomar banho quase me arrastando. Antes de sair de casa tomamos cuidado pra Danny não nos ver, entramos no carro e fomos pra universidade.

Na universidade’ [Danny]
É incrível a cara sínica que ele tem, chega com essa cara de malandro na janela do banco corona do carro do irmão mascando chiclete. Ainda faz questão de dar um “psiu” pras meninas que alí caminham. E o pior é quando ele desce do carro, parece aqueles traficante de favela que a gente ver em filmes, sai do carro na maior pose, fecha a porta, olha pra um lado, pra outro, põe a mão no bolso e sai naquele gingado esquisito de homem. Pronto, agora sobrou pra mim...
- Sentiu saudades? -perguntou o Tom, na maior cara de pau.
- De você implorando pra eu abrir a porta? Senti sim. -disse sarcástica, ele sorriu de canto.
- Baby, vem aqui... Conversar! -disse a Fellon agarrando o Tom, toda vestida de azul e uma jaqueta bem fofa rosa que mais parecia um urso polar.
Eu me afastei um pouco, aquilo era ridículo, juro que dava vontade de vomitar.
- Conversar o que? -ele segurou nos braços dela, impedindo que ela o abraçasse.
- Sobre nós... Ontem. -disse ela.
- Fellon, aquilo foi por necessidade. Não significa que vamos voltar a ser como éramos ano passado. -disse ele, o sorriso da Fellon se desfez dando lugar a uma cara emburrada e seus olhos cheio de raiva voaram em direção a mim em fração de segundo, voltando-se depois pro Tom.
- Solta! -ela soltou do Tom e saiu pisando duro, passou por mim quase esbarrando, sorte que eu desviei antes.
Tom mais uma vez veio em direção a mim, aproximando nossos rostos. Eu percebi que a Fellon nos observava de longe.
- Não quero causar confusões! -disse eu, me afastando dele e olhando rapidamente na direção que a Fellon estava.
- Ela não pode fazer nada. -ele sorriu de leve.
- Não tenho medo dela. Pelo que ouvi vocês estavam juntos ontem... -aquilo me irritava profundamente, saber que depois, ou antes, de tudo aquilo ontem a noite ele foi se esfregar com a Fellon, me deixava triste, confusa, pra ser mais expressiva, com ciúmes.
- Foi por necessidade. Eu sou homem. -ele disse quase num sussurro, me fazendo rir em seguida.
- Eu vou pra minha sala. -disse depois que ouvi o sinal tocar.
- Tudo bem. -disse o Tom desanimado.
Eu preciso pensar... Pensar muito.

No intervalo’ [Tom]
Estava com meus amigos e meu irmão, jogando conversa fora, o Gustav comentou que eu tinha mudado, que não estou mais largado como era antes, que não beijo mais qualquer uma por aí, na verdade não era qualquer uma, e que eu não saio mais todas as noites com uma garota diferente. Quer saber? Não sinto saudades disso...
- Tá, mas é só por um tempo, quero me dedicar aos estudos. -disfarcei fazendo todos rirem.
- Ah, conta outra Tom. -disse o Georg ainda rindo.
- Contar outra? Bem, a vizinha gostosa é a Danny. -o Bill me olhou estranho, ele achou que eu não ia contar pros meninos.
- O que? Ah, não faz graça... -disse o Gustav.
- É não faz. -concordou o Georg.
- É a Danny sim. -disse o Bill.
- Foi loucura, eu nem acreditei quando a vi dançando... -falei.
- Você tem muita sorte. -disse o Georg pensativo. - Principalmente por ser meu amigo. -continuou.
- Claro! -ironizei e rimos.
Não contei pra eles sobre o “acontecido” de ontem, os G’s iriam rir de mim até a morte. De repente o Bill começou a rir. Eu fingi que não estava entendendo e lancei um olhar mortal pra ele. Acabamos por deixar isso pra lá.

À noite’
Cheguei em casa com o Bill e estávamos parecendo fugitivos da polícia, o Bill estava irritado não gostou da minha idéia de não contar pra Danny que somos vizinhos, mas eu convenci ele dizendo que era só por hoje. Subi pro meu quarto, tomei banho e logo desci parar o jantar...
- Você está quieto Tom. -disse minha mãe, porque ela percebe tudo?
- Não é nada. -falei e continuei comendo.
- Suspeito que seja o amor. -disse o Bill, dando um risinho, olhei pra ele e quase não enxerguei, porque ele é tão intrometido?
- Eu tenho os meus motivos pra está calado, Bill. Não tem nada a ver com sexo... -falei.
- Eu não falei de sexo. -disse ele.
- Olha a discussão, não é legal falar de sexo na hora da comida. -reclamou minha mãe.
- Dá no mesmo. -respondi pro Bill.
O Bill com certeza deve ter falado algo com a minha mãe, ou não, eu não sei por que ela está me observando tanto esses dias. É, talvez eu tenha mesmo mudado, pelo menos um pouco. Terminei de jantar, eu fui pro quarto me arrumar. Depois disso desci as escadas, animado, abri a porta e mais uma vez minha mãe perguntou pra onde eu estava indo. Que diabos deu nela? Nunca foi disso, a não ser quando eu era mais novinho, agora tenho 18 anos...
- Esqueci meu boné na casa de uma amiga, estou indo buscá-lo. -ela sorriu e não disse nada, saí fechando a porta.

Apenas Você - Capítulo 15

Eu peguei na cintura dela e a virei na cama. Danny sorriu me recebendo em cima dela, ela pegou na minha cintura recebendo-me num beijo gostoso. Lentamente foi me puxando pela camisa fazendo-me levantar-se da cama sem parar o beijo. Eu estava a deixando mandar em mim, sua atitude me deixava louco... Ela parou o beijo e me olhou, minhas mãos estavam agarradas ao corpo dela, Danny se afastou um pouco de mim para que eu pudesse soltá-la, ela sorriu e me empurrou com força pra fora do quarto, em seguida fechou a porta. Eu fiquei sem entender...
- Danny não faz isso, abre a porta. -falei batendo na porta, tentando convencê-la.
- E porque eu deveria? -ela soltou uma gargalhada.
- Por que... -as palavras não saíram, ela riu novamente.
Droga, como eu pude ser tão desatento? Ela me deixou louco, aquela dança, aqueles gestos, aquele corpo, aqueles beijos... Puta que pariu, eu já estava me “animando”.
- Vai embora Kaulitz, eu disse que de mim tu não terás nada! -disse ela, num tom de deboche.
- Isso é o que veremos sua mimada! -retruquei.
- Como entrou na minha casa? -ela perguntou.
- Isso é problema meu. -eu não poderia revelar que entrei pela janela, com certeza ela a fecharia da próxima vez... Ah, também não vou contar que somos vizinhos, sorri com meus próprios pensamentos.
- Se você não for embora eu chamo a polícia. -ameaçou-me.
- Duvido! -disse debochando.
- Ah é? Experimenta! -disse ela.
- Tudo bem, eu vou embora... Mas não pense que isso vai ficar assim, eu vou voltar! E ainda vamos continuar isso... - falei, ela gargalhou mais uma vez.
Saí daquele corredor e desci as escadas, eu estava com raiva, como ela ousa me desafiar? Andei pela sala e ao me aproximar da janela, olhei mais uma vez a foto daquela criança que sorria.
- Você cresceu e é minha. -pensei alto.
Chequei mais uma vez se a Danny não tinha vindo atrás de mim e pulei a janela, caminhei até minha casa.
- Tom? -perguntou-me o Bill a me ver entrar em casa.
- Não, é a sombra dele. -falei um tanto irritado e me dirigi à cozinha.
Abri a geladeira e peguei uma garrafa com água gelada, peguei um copo e depositei a água para beber, o Bill veio atrás de mim.
- Que mau humor é esse? A gatinha te dispensou? É a primeira vez que te vejo chegar tão cedo em casa... -ele riu sarcástico.
Olhei pro relógio na parede da cozinha e esse marcava 22 horas. Tomei um pouco da água e coloquei o copo em cima da pia, o Bill continuava alí, esperando uma resposta...
- Não enche. -falei passando por ele e voltando pra sala.
- Não vai me contar o que aconteceu? -ele insistiu.
Então resolvi contar...

[Danny]

Esperei um tempo para abrir a porta do meu quarto, não tinha certeza de que o Tom tinha mesmo ido embora... Abria porta vagarosamente e chequei os cômodos do andar de cima, desci as escadas sem fazer barulho e observei tudo em minha volta. A janela da sala estava aberta, estava frio, ele deve ter entrado por lá... Caminhei até a mesma e a fechei. Eu estava feliz pelo que fiz. Saber que Tom Kaulitz me desejava incondicionalmente era fundamental para o que eu pretendo fazer. Fui até a cozinha e peguei um pacote de biscoitos, subi pro meu quarto, procurei o meu celular e deitei-me na minha cama. Percebi que o Tom tinha esquecido o boné... Sorri e peguei o boné dele, era preto e estava com o cheiro dele. Liguei pra Sam...

- Oi Danny. -ela atendeu alegre.
- Você não sabe o que aconteceu... -fui logo falando.
- Nossa! Me conta logo... -disse demonstrando curiosidade.
- O Tom apareceu do nada aqui hoje, parece que pulou a janela... Daí estava eu lá dançando no quarto e quando virei, ele estava parado na porta me olhando. Tomei um susto, depois ele disse que eu era linda e tal, a gente começou a se beijar, eu dancei pra ele...
- Você o que? -ela disse incrédula.
- Calma, eu dancei pra ele, ele ficou tipo louco de desejo, depois nos beijamos de novo e eu o empurrei pra fora do quarto e tranquei a porta. Ele ficou bravo comigo... -ouvi uma gargalhada do outro lado da linha.
- Cara, isso é ótimo. Você é louca, ele não vai te deixar em paz... -disse.
- É isso que eu quero.


Ficamos conversando...

Na casa ao lado’ [Tom]
- Para de rir caramba! Eu não deveria ter contado... -falei.
- Eu não acredito. -ele gargalhava sem parar.
- Bill isso é sério, eu preciso dela. -falei triste.
- Que precisa o que... Tom é difícil acreditar que você, logo você... -ele riu novamente, não conseguiu completar a frase.
- Eu nem acreditei que era ela a tal vizinha gostosa. Que droga! -murmurei.
- Que droga por quê? -ele perguntou.
- Por que eu achei que com essa vizinha nova eu ia descolar alguma coisa, mas não. -falei.
- Não entendo essa sua obsessão por ela. -disse o Bill.
- Você quer o que? Que eu deixe barato? Ela dançou pra todo mundo naquela balada enquanto estava comigo, me desafia dizendo que dela eu não vou ter nada, dança sensualmente pra mim e depois me joga pra fora do quarto e tranca a porta...
- Você gosta dela. -disse sorrindo de canto.
- O que está querendo dizer? -perguntei um pouco irritado.
- Nada. -ele riu sarcástico e foi pro quarto.
Percebi que tinha esquecido o meu boné na casa dela. Eu precisava saciar o meu desejo, nem que seja um pouco dele... Saí de casa observando tudo para que da casa ao lado ela não me veja. Abri a garagem e saí com o carro.

Apenas Você - Capítulo 14

Caminhei um pouco, em direção a casa ao lado, ouvi um barulho vindo da mesma e resolvi me esconder atrás de uma árvore... Vi uma mulher sair da casa, ela não era muito jovem parecia ter a idade da minha mãe, estava acompanhada do namorado, acredito eu, já que ela o beijou e eles entraram em um carro e saíram. O momento perfeito, a dançarina estaria sozinha em casa...
Me aproximei da porta principal e pensei em tocar a campainha, mas a janela estava aberta, eu não queria assustar a moça, eu só queria vê-la dançar e se ela chegasse a abrir a porta pra mim com certeza não iria dançar pra um estranho.
Não pensei duas vezes e pulei a janela, quase derrubei um abajur que ficava em cima de uma mesinha junto ao sofá de couro amarronzado, a sala de estar era pouco iluminada, era um lugar aconchegante, na mesma mesa do abajur eu vi a foto de uma criança linda, uma menina e aquele sorriso era um tanto familiar, me fez lembrar as minhas fotos com o Bill quando éramos crianças.
Andei mais um pouco observando aquela casa, por um momento me senti um “espião” e se eu fosse pego... Eu não queria nem pensar nisso. Me deparei com uma escada e a subi vagarosamente, tentando fazer o menor barulho possível, logo uma melodia dançante invadiu os meus ouvidos... Ela estava dançando.
Ao subi as escadas vi um corredor com três portas, a do meio estava entreaberta e a luz estava acesa, um pouco fraca.
Aproximei-me daquela porta e pude ver pela primeira vez a moça que mexia com a minha mente apenas por dançar, ela estava de costas, seus cabelos negros estavam soltos, ela não estava com aquelas roupas típicas de dança do ventre, e sim com uma blusa branca curta, bem curta, e uma saia preta de babado também curta, estava descalça, aquele corpo, aquelas curvas, aquela dança me fazia delirar eu imaginei várias cenas obscenas com ela, num momento da dança ela virou e gritou a me ver colocando as mãos na boca, parando de dançar instantaneamente, eu travei, não sabia se estava vendo coisa ou se era realidade mesmo, eu não acreditava que era a Danny a moça que eu via dançar sensualmente.
- O que está fazendo aqui? -ela falou assustada.
- Danny, é você? -essa pergunta foi automática.
- É claro que sou eu, o que está fazendo aqui Tom Kaulitz? Como descobriu onde eu moro? Como entrou aqui? -ela me acobertou de perguntas, eu não sabia se eu ria ou se eu corria, era difícil acreditar que eu já havia ficado com a tal “vizinha gostosa”...
- Eu não acredito. -comecei a rir.
- Do que está rindo? -ela perguntou confusa.
- Você é linda. -falei.
Ela sorriu confusa e se aproximou mais de mim, suavemente toquei nossos lábios. Envolvi sua cintura com minhas mãos, enquanto suas mãos percorriam minha nuca. Começou a tocar outra música...
-Se prepare. -disse ela.
-Pra quê? -sorri um pouco confuso
-Para o que os seus olhos vão ver. -ela começou a dançar.
Primeiro, ela ficou parada numa pose sexy, cantando a música e fazendo os gestos de acordo com o que a música era cantada.
Não acredito que ela ia dançar só para mim. Agora que eu morro de vez. Tentei observar tudo seriamente, mas às vezes não resistia em demonstrar meu desejo.
A música tornou-se mais agitada. Ela mexia o corpo como se fosse a própria cantora, só que numa versão mais ousada e de strip-tease. Ela se ajoelhou no chão e veio engatinhando sensualmente para mim, seguindo a música.
Em nenhum instante ela deixou de olhar nos meus olhos, não deixou desaperceber meu desejo, minha vontade de ter-la agora, em meus braços, em minha boca, em meu corpo.
Ela subiu as mãos pelas minhas pernas. Ah não, aquilo sempre me deixava louco. Como ela sabe que minhas pernas são uma área, digamos sensível para mim? Bom, se ela não sabe, agora vai ficar sabendo. As mãos dela continuaram percorrendo meu corpo, subindo mais.
Eu estava arfando, não conseguia impedi-la. A música chegou numa parte em que a cantora sussurrava uma palavra e adivinhem, Danny sussurrou bem no meu ouvindo, fazendo todos os pelinhos do meu corpo se arrepiar de uma só vez.
Ela deslizou as mãos pelos meus braços, que era o único suporte que apoiava meu corpo na cama, mas aquilo que ela fez acabou me fazendo desabar na cama, começando por eu ter tentando me apoiar apenas com o cotovelo, mas depois em que ela subiu completamente em cima de mim, me deixei cair sobre a cama. A música acabou e começou a tocar outra qualquer, mas depois dessa música, acho que vou fazer amor com ela.

Apenas Você - Capítulo 13

Eu estava animada, não extremamente animada, mas feliz, pelo sol que fazia e por não ter sonhado com o Tom ontem à noite. Vesti uma roupa confortável, algo como uma calça jeans preta, um sapato amarelo de salto e uma blusa branca com detalhes pretos, peguei meu material e fui pra universidade. Eu estava um pouco nervosa, com certeza o Tom viria falar comigo hoje... Acho que o melhor é ignorá-lo.

[Tom]
Finalmente a bonequinha chegou, eu estava encostado no muro em frente à universidade. Ela vinha toda moleca, o vento balançava com graça os seus cabelos soltos, eu fiquei observando-a, passou por mim como um vulto, fingiu não me ver, deixando seu perfume doce no ar. Virei-me e fui atrás dela.
- Danny... -chamei.
Ela me ignorou e continuou andando, continuei indo atrás dela, ela entrou, passou por um enorme corredor e virou a esquerda, onde tínhamos acesso aos armários. Ela parou em frente ao armário 114 e o abriu. Eu parei do lado dela. Danny pegou um dos vários livros que havia no armário e fechou a portinha. Eu estava alí, parado em frente a ela, encarando-a.
- Pode me dá licença? -perguntou, me encarando.
- Precisamos conversar. -falei.
- Sobre? -ela abraçou o livro que havia pegado e ergueu uma das sobrancelhas.
- Sobre nós. -obviamente.
- Não temos nada pra conversar sobre nós. -disse, dando um risinho sarcástico e se afastando para passar do meu lado.
- Temos sim! -insisti, segurando o braço dela para impedi-la de ir embora.
- E o que você vai dizer? Que ficou irritado com o Georg e por isso me deixou sozinha e foi atrás de outras garotas? Desculpa Tom, mas não vou acreditar nisso. -ela disse, me fazendo soltar o braço dela.
- Não. Eu fiz isso porque eu quis, porque vi que com você eu não passaria dos beijos e abraços. -ela fez uma cara esquisita.
Eu realmente não queria ter dito aquilo, mas já que ela não iria acreditar que foi mesmo culpa do Georg... Não era bem assim a conversa que eu queria ter com ela, mas devido a isso, vamos mudar o rumo das coisas.
- Idiota! -senti meu rosto queimar, ela havia me batido.
- Espera... -falei segurando outra vez o braço dela.
- Me larga! Se continuar me apertando eu vou gri... -puxei o corpo dela para junto de mim e a beijei, deixando o livro que ela segurava cair no chão.
Ela batia nos meus braços sem parar, eu sorri com a tentativa sem sucesso dela tentando me machucar. Parei o beijo e a puxei pra uma sala um pouco suja e com pouca luz, havia umas caixas espalhadas no chão. Fechei a porta.
- Eu duvido que você grite. -sorri passando a língua levemente no piercing em meu lábio.
Ela parecia um pouco assustada, correu em direção à porta, mas eu a agarrei pela cintura e a encostei na parede.
- Você não... -tentou gritar, mas eu a sufoquei novamente com um beijo.
- Vai morder meu lábio de novo? -provoquei me aproximando mais dela que estava sendo imprensada na parede.
Nós estávamos ofegantes. Ela não tinha pra onde ir, estava completamente rendida a mim.
- Nossos beijos estavam tão ruins a ponto de não acontecer nada no domingo à noite? -ela disse numa voz sedutora, aquilo me fez soltá-la automaticamente.
- Não quis dizer isso, é que você é... Diferente. -busquei explicações.
- Diferente quer dizer: Não dá a mínima quando o tal “SexGott “ resolve se aproximar de você? Eu não estava interessada Tom. -disse ela.
- Mas agora está. -que bobagem.
- Estava! Porque agora, pode ter certeza... De mim você não vai ter nada. -beijou a ponta do dedo e passou em meus lábios, saiu rebolando, debochando de mim, no fim ainda deu um “tchauzinho” e jogou o cabelo pro lado, me deixando dentro da sala com cara de bobo.
- É o que veremos! -murmurei e sorri malicioso. Ouvi o sinal tocar.

[Danny]
Saí da sala e logo em seguida o sinal tocou. As aulas foram chatas, muito chatas... Acho que não existe aula legal. A Sam estava louca pra saber das novidades então prometi a ela que contaria agora, na hora do intervalo.
- O que ele te disse? -logo que saímos da sala ela já foi logo perguntando, com um sorriso.
- Primeiro me deu um beijo forçado. -revirei os olhos.
Contei tudo o que havia acontecido. Ela comemorava com pulinhos e risadas...
- Uh, o Tom está na sua mão. -brincou ela.
- Não está nada. Eu acho que é o contrário. -sorri fracamente.
- O Tom com certeza não vai deixar isso assim, ele vai vir atrás de você, ainda mais agora que você falou que ele não terá nada de você. -disse ela com um ar de riso, a Sam achava tudo aquilo ótimo.
- Para! Eu não quero isso... Eu quero brincar um pouco com ele. -sorri maliciosa.
- Isso é um desafio pro Tom, não vai sossegar até ter o que quer de você. -ela riu.
Passei o intervalo inteiro conversando com a Sam, enquanto o Tom me observava de longe, acho que tenho um segurança agora.

À noite, na casa dos Kaulitz’ [Tom]
- Ela disse o que? -o Gustav e o Georg disseram em coro quando contei pra eles o que a Danny havia me dito.
- Isso mesmo que vocês ouviram. -falei convencido.
- Só falta o Georg lançar o desafio: Te dou uma semana pra você transar com a Danny. -disse o Bill debochando.
- Bill, não dá idéia... -falei, os G’s riram.
- Tô indo nessa... -disse o Gustav.
- Quero uma carona. -disse o Georg.
- Tchau gente. -disse o Bill.
- Já vão tarde. -brinquei e o Georg me mostrou o dedo do meio, fazendo todos rirem.
Eles foram embora e o Bill foi pro quarto, acho que ele iria sair com a Sam. Subi pro meu quarto e ao abrir a porta, ouvi aquela música...
- É ela. -murmurei e corri pra varanda, ver a tal vizinha que dançava como naquele dia, agora mais sensual do que antes. Essa é a minha chance de ir vê-la. Peguei um boné, calcei os tênis e desci as escadas rapidamente, abri a porta.
- Pra onde vai? -minha mãe perguntou fazendo-me parar.
- Mãe?! -falei tipo: “Eu tenho mesmo que dizer?”
- Tudo bem, mas volte cedo. -disse.
- Ok. -bufei e saí fechando a porta. 

Apenas Você - Capítulo 12

As garotas deixam-me em frente a minha casa, elas foram muito legais, agradeci e logo que elas foram embora eu entrei em casa, me deparei com uma cena inusitada, minha mãe estava aos beijos com um homem desconhecido.
- Mãe? -falei surpresa.
- Filha! -disse ela soltando o homem. - Esse é o Namur, meu namorado. -disse ela levantando-se.
- Não mãe, pode ficar aí, eu vou pro meu quarto. -falei subindo as escadas e segurando meu vestido já que era curto e o tal Namur não parava de olhar pras minhas pernas.
Entrei no meu quarto, tirei as sandálias pesadas e fui direto pro chuveiro, tomei um banho gelado, coloquei uma roupa leve e me joguei na cama, não conseguia parar de pensar no Tom, repeti a cena dele com as garotas várias vezes na minha cabeça. Não estava conseguindo dormir, a idiota que se apaixonou pelo príncipe desencantado. Comecei a chorar novamente, e acabei adormecendo.

Na balada’
 [Tom]
- Ela vai se ver comigo, não vou deixá-la em paz, quem ela pensa que é pra desafiar Tom Kaulitz?! -sequei mais um copo de bebida.
- Amanhã vocês fazem as pazes. -disse o Georg sarcástico.
- Cala a boca! -gritei. - A culpa disso é sua, você me lança essa droga de desafio, eu idiota aceito, nunca perdi seus desafios mesmo e... Esse já está ganho. Essa noite ela iria dormir comigo, você chega do nada e atrapalha tudo, depois quando eu estou me dando bem com duas gostosas você me atrapalha de novo, eu preferia não ter visto a Danny naquela situação. -falei irritado, apontando pra cara dele.
- Pega leve Tom. -disse o Gustav.
- Pega leva na bebida também. -disse o Bill, eu já havia secado duas garrafas de vodka.
- Ela é minha ta? Minha! Eu... Gosto dela. -tomei mais um gole da bebida.
- Sua? -o Georg soltou uma gargalhada.
- Vamos pra casa gente. -disse o Gustav. - Georg, me ajuda a carregar o Tom, o Bill vai dirigindo, ele está mais consciente do que todos aqui.
- Vamos! -disse o Bill. Depois disso não me lembro de mais nada.
...
- Acorda play boy. -disse o Bill me puxando.
- Play boy o meu... Ai. -minha cabeça doía muito.
- Estamos atrasados. -disse ele.
- Eu não vou a lugar nenhum hoje, foda-se os estudos! -falei colocando o travesseiro na minha cara.
- A Danny vai está lá. -disse, tentando me convencer.
- Foda-se ela também, ela e aquele corpo lindo, aquelas curvas desejosas, aqueles lábios sedutores, aqueles cabelos... Porra! -apertei o travesseiro na minha cara.
- Tá delirando... Acho que o efeito da bebida não passou. -disse o Bill rindo.
- Que bebida? -perguntei jogando o travesseiro pro lado.
- Esquece, não vai mesmo? -perguntou.
- Não, vou ficar aqui, dormindo e sonhando com a vizinha sexy que mora ao lado. -sorri malicioso.
- Ok. -ele riu.

Na universidade’ [Danny]
O Tom não veio hoje, não o vi com o irmão e nem com os amigos. Agora eles estão me olhando de longe.
- Oi. -disse a Sam animada.
- Oi. -sorri fraco.
- Não! Não acredito que você está triste pelo Tom... -disse ela colocando a mão na cintura.
- É difícil esquecer. -falei.
- Ontem ele bebeu muito depois que você foi embora, quase brigou com o Georg e disse que gostava de você e... Tem mais uma coisa só que o Bill me fez prometer que não iria contar nada. -disse ela.
- Ah não, me conta... -insisti.
- Não posso, prometi pro Bill. -disse ela fazendo bico.
- Ele disse que gostava de mim? Só podia está bêbado mesmo... -falei desanimada.
- Anda, coloca um sorriso nesse rosto! O Tom não merece que ninguém fique triste por ele certo? -disse tentando me animar.
- Tudo bem. -sorri e fomos pra sala.

À noite na casa dos Kaulitz’ [Tom]
- Para de graça Tom, levanta logo daí. -dizia o Gustav enquanto me arrancava de cima da cama.
- Não quero. -falei fazendo birra.
- Levanta agora e vai direto pro chuveiro, depois desce pra jantar! -uma voz calma soou pelo meu quarto, era a minha mãe.
Ela já havia insistido o dia todo pra eu sair daquele quarto que por sinal estava pior que um lixão... Disse que não iria me trazer comida, mas nem precisei, encontrei uma caixa de chocolate no closet e aquilo foi o suficiente, eu estava com muita preguiça.
- Não vou. -insisti.
- Tom Kaulitz... -ela falou mais alto, sabe aquela sensação de quando você é criança e sua mãe te chama pelo nome completo? Pois é, senti isso.
Levantei e ela saiu do quarto.
- Hum, agora desobedece à mamãe. -brincou o Gustav.
- Cadê o Bill? -perguntei.
- Lá em baixo com o Georg. -respondeu. - Vou descendo...
- Ok. -entrei no banheiro e fui tomar banho.
Os meninos jantaram lá em casa hoje, eu não falei com o Georg e nem ele falou comigo, depois o Bill nos chamou pra dá uma volta por aí. Eu preferi ficar em casa, acho que estou doente... Fui pro meu quarto, e da varanda eu não vi a moça dançar, parecia não ter ninguém em casa, apenas as luzes externas estavam acesas. Tirei a camisa e deitei-me na cama.
- Filho. -disse a minha mãe entrando no quarto.
- Oi. -minha voz saiu rouca.
- O que você tem? Você é sempre animado e adora sair com seus amigos... O que aconteceu? -ela sentou-se ao meu lado na cama.
- Acho que estou resfriado, foi o banho no rio. -falei, sem olhar pra ela.
- Não é só isso... Eu vi que você e o Georg não se falaram. -insistiu ela.
- Sério? Eu nem notei... -falei tentando convencê-la.
- Eu conheço vocês. Mas... Deixa pra lá, vocês se entendem depois. -ela falou meio que desconfiada.
- Hum. -murmurei e continuei deitado, ela saiu do meu quarto e fechou a porta.

Na manhã seguinte’

Acordei, fiz minha higiene matinal, comi alguma coisa e saí com o carro, queria logo encontrar a Danny, temos um assunto bem sério pra resolver.

Apenas Você - Capítulo 11

O beijo ficou descontrolado, passei a beijar o seu pescoço, desci as mãos pela cintura dela, subi a perna dela pelo meu corpo. Parei para respirar, ambos estavam arfando.
- Eu acho que...
- E aí gente! -disse o Georg, feliz e um pouco bêbado, me interrompendo.
- Ah, oi Georg. -disse a Danny me soltando.
- Qual é Georg? -falei um pouco irritado e saí de perto deles.

[Danny] 
O Tom não gostou quando o Georg veio falar com a gente, deu pra notar a cara empurrada que ele fez, digamos que o Georg interrompeu um momento legal entre nós e o Tom irritou-se.
- Desculpa Danny. -disse o Georg envergonhado.
- Ah, deixa ele... -falei.
- Eu vou chamar ele de volta. -disse o Georg.
- Não, não precisa... -insisti.
- Eu vou sim, espera... -ele saiu.
- Conversa de bêbado. -murmurei e sentei-me num banco alto, junto ao balcão.
Como o Georg falou que iria chamar o Tom, eu fiquei esperando... Mas o Tom estava demorando, então eu fui procurá-lo. O lugar era um pouco grande, procurei dentre as pessoas, em algumas mesas, no lado de fora e não o achei, então voltei decidida a sentar-se junto ao balcão e pedir uma bebida qualquer. Enquanto caminhava, levantei os olhos e vi o que eu mais temia que acontecesse... Tom estava na companhia de duas garotas, elas dançavam, esfregavam o corpo nele e ele estava achando tudo aquilo ótimo, agarrou-se na cintura de uma delas e a beijou o pescoço. Eu estava imóvel, era como se o não existisse ninguém ao meu lado, como se fosse apenas eu e aqueles três numa cena ridícula. Fechei os olhos e lágrimas de ódio rolaram em meu rosto. Como eu pude pensar que o Tom gostasse de mim? A Sam estava certa eu não deveria cair na conversa dele, mais uma vez me senti uma vadia, como eu pude sentir amor por um ser tão cafajeste como ele? Eu pensei que... 
- Danny? -disse a Sam me tocando, o Bill estava do lado dela.
- Danny o que foi? -perguntou o Bill. 
Olhei em direção onde o Tom estava e ele estava entrando num cômodo, talvez um quarto, a porta era brilhante.
- O Tom. -minha voz saiu fraca, Bill olhou na direção que eu olhara e viu seu irmão.
- Droga! -murmurou ele e saiu deixando a Sam comigo.
Sam me puxou pra um canto enquanto eu enxugava minhas lágrimas.
- Você tinha razão, eu não deveria ter acreditado no Tom. -gritei.
- Calma amiga, eu só queria que ele não te magoasse, não fica triste. -ela falou arrumando com a mão minha maquiagem borrada.
- Eu não estou triste, estou com raiva dele, raiva. 
- Vai se divertir mostra que não está nem aí pra ele... -ela sorriu.
Eu baixei um pouco a cabeça e fiquei a pensar, será que devo fazer isso? Me divertir? É claro, o Tom não está nem aí pra mim, me trás pra uma festa, me deixa plantada aqui e vai atrás de outras... 
- Quer saber? Você está certa. - falei, passei a mão nos meus cabelos e saí em direção onde as pessoas estavam dançando.

[Tom]
Duas gatas, uma dançava e fazia um strip tease, enquanto a outra se esfregava completamente nua em mim...
- Tom, você está aí? -bateram na porta do quarto, era o Bill.
- Vasa Bill, não posso falar agora! -falei, puxei uma das garotas e provei seus seios com vontade.
- Tom, sai logo daí... Eu não acredito que você está perdendo isso. -agora era o Georg batendo na porta.
- Perdendo o que? -ouvi o Bill perguntar.
- Me deixa Georg, já basta ter estragado o meu esquema com a Danny, você está bêbado. -falei irritado.
- Vai lá e quebra cara deles gatão. -disse uma das garotas.
- Cala a boca vadia. -falei.
- Ótimo depois não reclame se a Danny voltar pra casa acompanhada. -disse o Georg.
- Como é que é? -levantei rápido da cama, empurrei a vadia pro lado, peguei minha camisa, abri a porta do quarto e saí.
- Para de me culpar beleza? -disse o Georg. 
- Falem logo, o que vocês querem? -disse eu colocando minha camisa, enquanto andávamos pelo corredor que dava acesso aos quartos.
- Você tem que ver. -disse o Georg me empurrando pra fora do corredor.
Parei pra observar aquela cena, com um olhar incrédulo. Ela dançava, mexia o corpo sensualmente, passava a mão no abdômen de alguns dos vários garotos ao redor dela, todos queriam tocá-la, todos chegavam perto dela e ela cada vez mais jogada pra cima deles, eu não estou acreditando, que raiva, como ela pôde? Ah não... Danny subiu em uma das mesinhas que ficavam espalhadas na pista de dança, não acredito que ela vai fazer isso. Ela começou a dançar e levantar a barra do vestido, do mesmo jeito que fez pra mim uma hora antes, logo outras duas meninas fizeram o mesmo em outras mesinhas, um dos garotos chegou perto e deu uma tapa no bumbum dela, que não se importou. Aquilo foi a gota d’água. Fechei minhas mãos com força e fui em direção a ela.
- Desce daí. -falei arrastando a Danny de cima daquela mesa, todos começaram a vaiar.

[Danny]
- Me solta, está me machucando. -disse eu enquanto o Tom me puxava pra fora. Ele apertava meu braço com força.
- Porque você fez aquilo? -perguntou ele, com raiva.
- Me solta. -falei puxando meu braço, ele soltou.
- Fala! -gritou.
- Não grita. -falei entre dentes. - Você não manda em mim. -falei esfregando cada palavra na cara dele.
- Não deveria ter feito aquilo, não quando estamos juntos... -disse ele, ainda com raiva.
- Ah, agora estamos juntos? Você me deixou sozinha e foi se esfregar com outras. -falei.
- Quem te contou isso? -disse ele, agora mais calmo.
- Eu vi você dançando com elas, eu te odeio por isso, não fala mais comigo. -falei virando-se.
- Volta aqui. -disse ele, me puxando e me dando um beijo forçado. Bati nos braços dele para que me soltasse, mas não tive sucesso, então mordi seus lábios...
- Droga! -ele murmurou soltando-me e tapando a boca com a mão.
Aproveitei e saí correndo, vi três garotas em duas motos. Duas estavam em cima de uma moto e a outra estava sozinha em cima da outra moto.
- Vocês vão pro Sul? -perguntei me aproximando delas.
- Vamos! -respondeu a que estava sozinha. - Quer uma carona? -perguntou.
- Sim. -sorri.
- Sobe aí. -disse ela. Levantei um pouco o vestido e subi na moto, a moça arrancou.
- Danny, volta aqui. -ouvi o Tom gritar, mas não me importei, fechei os olhos enquanto sentia a brisa gelada bater em meu rosto, senti uma angústia em meu peito, uma vontade incontrolável de quebrar a cara do Tom, logo as lágrimas começaram a cair. 

terça-feira, 16 de julho de 2013

Apenas Você - Capítulo 10

Acordei olhando para o lindo rosto do Tom dormindo ao meu lado. Era como se eu tivesse perdido a memória agora, não me lembrava de nada. Levantei um pouco e notei que já era dia. Parecia ser umas onze da manhã. O silêncio era tão profundo, os únicos barulhos que interrompiam esse silêncio eram o das gaivotas sobrevoando por cima dos rios e o barulho das águas levemente seguindo seu curso de vida natural. Minha cabeça doía muito e logo me lembrei do meu remédio. Com um pouco de sacrifício, abri minha bolsa, procurei o pacotinho onde o comprimido estava e levei-o a boca esperando que essa dor de cabeça passasse o mais rápido possível. Não queria ficar ali presa aos braços dele - não que seja algo ruim - mas é que eu precisava sair e respirar. Ninguém merece ficar presa dentro de um carro a noite toda. Caminhei um pouco e logo encontrei o Gustav e as meninas.
- Bom dia. -disseram todos a me ver.
- Bom dia. -respondi simpática.
- Vamos procurar um lugar pra tomar banho agora, você vem Danny? -perguntou a Sam.
- Claro. Vou só pegar minhas coisas. -falei.
Voltei no carro para pegar minha bolsa, notei que Tom ainda estava dormindo, sorri ao observá-lo, peguei a bolsa e fui com as meninas...

[Tom]
Acordei e notei que a Danny não estava ao meu lado, estou com uma dor de cabeça terrível... Saí do carro e fui procurar os meninos, avistei o Bill e o Gustav sentados debaixo de uma árvore.
- Cadê as meninas? -perguntei, já que não vi sinal de nenhuma delas.
- Foram tomar banho. -disse o Bill.
- Hum... -murmurei sorrindo perversamente.
- Nem pensar Tom, elas confiaram em mim, não vou deixar você espiá-las. -disse o Gustav.
- Nossa! Tá lendo mentes agora é? -disse eu, sentando-se no gramado ao lodo dos meninos.
- Parabéns! Venceu meu desafio... -disse o Georg se aproximando, tocou nas minhas costas e sentou-se no chão ao meu lado.
- Eu disse que venceria. -falei convencido.
- A Danny está na sua, pelo jeito dela, acho que não estaria rendida aos seus beijos como ela estava ontem. -disse o Gustav.
- Ela estava bêbada. -falei, tentando fugir do assunto.
- Bêbada ou não Tom, aproveita enquanto é tempo, não sou de acordo você magoar a menina. -disse o Georg.
- Se não é de acordo porque me propôs o desafio? -perguntei encarando-o.
- Queria ver o seu limite, quando disse que estava sendo rejeitado por uma garota e que ela era linda, eu quis te testar, saber do que você era capaz de fazer para tê-la. -disse ele me encarando também.
- Eu disse que se ela não fosse linda eu já teria desistido e não me importaria com o seu desafio idiota.
- Teria mesmo? -perguntou ele, num tom de deboche.
Levantamos-nos e ficando um de frente pro outro nos encarando com raiva.
- Ei, parem os dois! -disse o Bill me afastando do Georg e o Gustav afastando o Georg de mim.
- Ela vai ter que entender, eu não sou um príncipe encantado. -falei pro Bill.
- Chega! Hoje é dia de diversão Tom, como o Georg falou, aproveita... Hoje à noite, curte a tua garota. -disse o Bill.
- Eu não tentei nada com ela. Dois dias, deve ser isso o meu estresse. -falei baixo, apenas pro Bill ouvir.
- Pode ser. -ele sorriu.
Depois dessa briguinha idiota, voltamos a conversar. Depois as garotas chegaram, todas lindas, aí foi a vez dos homens irem tomar banho, que droga, eu deveria mesmo ter trago algumas meninas da faculdade, elas não se importariam em tomar banho comigo. Quando voltamos eram umas três da tarde, as garotas haviam pegado algumas guloseimas, comemos e ficamos ali conversando... Os casais namorando, menos eu e a Danny, eu estava sentado na grama e encostado numa árvore, ela estava sentada entre as minhas pernas, de costas pra mim, ela não quis os meus beijos e sorria sempre que eu tentava roubar beijos dela.
- Assim não vale, vou ficar chateado. -falei manhoso, tentando convencê-la.
Ela virou-se, sorriu e me deu um beijo rápido deixando um gosto de quero mais, logo se virou novamente.
- Menina fresca, ontem tava toda jogada pra mim e agora vem com essa. Mas... Eu gosto desse jeitinho dela. -pensei.
Passei a acariciar os seus cabelos negros, sentindo o cheirinho de morango do xampu que ela usava.

À noite [Danny]
Já era noite e estávamos nos preparando para tal balada que o Tom falou, com certeza vai ser o máximo. As meninas estão loucas, juraram matar o Georg se não fosse verdade que tinha lugar pra se arrumar nessa balada no meio do mato. Enfim, seguimos por uma estrada floresta a fora e logo chegamos. Fui junto com as meninas se arrumar, tínhamos que ficar lindas...

[Tom]
As meninas cismaram em arrumar-se, coisa de mulher, eu entrei primeiro, os garotos quiseram esperar as meninas lá fora. Observei o lugar e estava muito animado, até mais do que quando eu vim aqui ano passado com o Georg. Encostei-me no balcão e pedi uma bebida. Logo senti alguém perto de mim, era a Danny.
-Nossa. -falei, extasiado.
-O que foi? -perguntou ela, preocupada.
-Você está tão linda. -falei, segurando na mão dela, para ela dar uma voltinha.
-Obrigado. -disse ela, envergonhada.
-Você também está lindo.
-Obrigado. -eu já sabia.
-Uma bebida? -perguntei, segurando uma garrafa de champanhe.
-Hum... Sim. -respondeu ela, fazendo bico.
Enchi uma taça e a entreguei. Não resisti em observá-la bebendo aquele champanhe. Tão inocente e tão sensual. Queria poder tê-la em meus braços, beijá-la com desejo, tocá-la inteira e dizer palavras em seu ouvido. Ela sorriu, largou a taça na mesa e saiu em direção onde as pessoas estavam dançando. Não acredito que ela ia fazer isso... Ela se misturou dentre as pessoas e começou a mexer o corpo bem devagar, acelerando os movimentos conforme a música ia se agitando. Eu já não estava agüentando ver essa cena, Danny olhava sensualmente e diretamente para mim. Não sei se ela queria me provocar mesmo ou não sei. Mas que ela estava me perturbando ela estava. Ela sorria, fazia pose sexy, levantava um pouco a barra do vestido, dançava com algumas meninas. Eu não estava me segurando ali naquele balcão, eu tinha que ir dançar com ela, nem que seja só por hoje, mas eu tinha que superar isso. Cheguei perto dela e comecei dançar, ela percebeu virou de costas, e olhou pra mim mordendo o lábio inferior. Ela sorriu e virou-se novamente, pousou suas mãos delicadas em meus ombros, enquanto punha minhas mãos em sua cintura, mexendo o corpo no ritmo da música. Até que estava me divertindo com ela. Nunca fui daquela pessoa que adora dançar, mas confesso que dançar com ela, além de divertido é instigante. Ela parou de dançar e pegou em minhas mãos me levando para o balcão de novo.
-Foi divertido. -assumiu ela, arfando.
-É. -disse eu, enchendo uma taça com o champanhe. -Quer? -perguntei apontando para a taça.
-Sim, eu quero. -respondeu ela, sorrindo.
Entreguei a taça para ela e era a minha vez de provocar. Olhei pra ela de um jeito como se fosse devorar-la. Terminei de beber o champanhe deixei a taça na mesa ao lado. Eu olhei para ela que também tinha terminado. Aproximei-me dela, que sorria enquanto eu chegava mais perto. Coloquei a mão na cintura dela e selei em nossos lábios um beijo gostoso e ardente... 

Apenas Você - Capítulo 9

Segundo o Georg, o lugar era um pouco longe e íamos parar em um restaurante para almoçar. Só lembro que apoiei minha cabeça no ombro do Tom...
- Danny? -uma voz grave e suave me chamava, era o Tom. Grave e suave? Aff, vai entender...
- Hum? -murmurei soltando do Tom, um tanto rápido.
- Vamos almoçar agora! -disse ele, sorrindo com a rapidez a qual eu soltei ele.
- Ah, tudo bem.
Descemos todos do carro e fomos almoçar, a comida estava ótima, eu e as meninas ficamos tomando um sorvete depois do almoço, enquanto o Tom e o Georg foram comprar umas coisas num mercado ali perto. Logo eles voltaram e seguimos estrada a fora, dessa vez, o Gustav estava dirigindo...
- Gustav, coloca uma música aí. -disse o Bill alegre.
- Já vai. -disse ele, ligando o som.
Começou a tocar uma música qualquer, mas era ótima e todos estavam curtindo. Tom me puxou para sentar no colo dele e dar mais espaço no banco de trás, já que o casal - Sam e Bill - estava se beijando ardentemente e isso estava incomodando ele.
- Tom, manda ver cara. -brinquei, abraçando ele.
Ele me beijou intensamente como resposta. Ficamos nos beijando intensamente, sem se importar com o amanhã, sem se importar com o que poderia acontecer daqui a algumas horas. Tom percorria as mãos pelas minhas pernas, subindo dentro da minha saia. Ele beijava meu pescoço, beijou meu decote e voltou a beijar meus lábios novamente me deixando louca.
- Chegamos! -disse o Bill, feliz soltando da Sam, eu e o Tom já havíamos parado com os beijos.
Percebi que o carro tinha parado bem de frente ao rio, saímos do carro e ficamos observando a lua refletida no rio, é já estava escuro. Não sei que tipo de relacionamento eu e o Tom estávamos tendo, mas eu já o amava e acho que isso não é bom.
Os meninos estenderam alguns panos para suas garotas deitarem confortavelmente sem se sujarem com a grama. Cada uma deitou, enquanto os meninos traziam as bebidas e os salgadinhas e guloseimas para nós.
Tom deitou do meu lado me oferecendo uma garrafa de cerveja, sorri e abri-a já a bebendo. Senti nossas pernas se entrelaçarem, conforme nossos beijos ficavam mais intensos. Eu soltava dele e parava para beber a bebida e ás vezes ele bebia também. A essa altura já estávamos alterados pela bebida. Georg ligou o som do carro com uma música bem animada para embalar os casais que estavam se amando. Bill e Sam estavam no maior amasso, um pouco longe de nós.
Eu e o Tom já estávamos falando besteiras já de tão alterados que estávamos. Os outros então, sem comentários. Só podia se ouvir, gritos, gemidos, música, além do barulho das coisas sendo jogadas para o alto.
Tom abriu os botões da minha camisa, lentamente observando cada detalhe do meu corpo. Por fim ele só a deixou aberta. Beijou meu decote sem medo, percorrendo sua língua quente sobre meu colo.
Suas mãos apertavam minha cintura com gosto, sem medo de me machucar. Também a essa altura, não sabia nem o que era machucar.
Agora as mãos dele desciam por entre minhas coxas, subindo e descendo, subindo e descendo, por fim entrando por dentro da minha saia. Sorri com o seu atrevimento e ele parou de fazer o que fazia e me observou delicadamente.
- VAMOS MERGULHAR! -gritou o Gustav, animado.
- Vem. -disse o Tom tirando a camisa e as calças largas que usava, ficando apenas com um short que usava por baixo.
Levantei tirando minha roupa, ficando apenas de biquíni. Fomos juntos mergulhar naquele belo rio a nossa frente. Tom pegou-me, fazendo minhas pernas ficarem ao redor de seus quadris. Nós já estávamos aos beijos, naquela água quentinha, naquele luar perfeito, com música de fundo e olhares brilhantes reluzindo o amor. Eu estava insegura, lembrei-me das palavras da Sam:
“Ele não tem sentimentos...” Mas não queria me importar com isso agora.
- Me joga Tom. - brinquei.
- Olha que eu te jogo. - brincou ele com um sorrisinho malicioso nos lábios.
- Pode jogar. -ele me jogou.
Mergulhei com tudo na água. Tom fez o mesmo fazendo-nos encontrarmos de baixo d’água beijando intensamente sem se preocupar com o que poderia nos acontecer. Morrer afogados? Talvez...
Saímos de dentro da água e molhados, caímos sobre o nosso pano estendido no chão. Tom pegou uma toalha grande e nos secamos e ficamos enrolados na toalha bebendo mais cerveja e lógico, falando besteiras e mais besteiras, do que queríamos fazer um com o outro entre quatro paredes.
Georg e Gustav haviam trazido barracas de acampamento, assim poderíamos dormir dentro delas, protegidos da chuva que ameaçava em cair. Eram quatro barracas, os outros casais dormiram lá, enquanto eu e o Tom ficamos dentro do carro, literalmente desmaiados e preparados para uma forte ressaca amanhã.

Apenas Você - Capítulo 8

Na casa da Sam [Danny]
Finalmente sexta... Digamos que eu estou ansiosa pro fim de semana. A Sam é muito legal, amei vir dormir na casa dela, quase não dormi de tanto ela conversar, mas enfim, estamos tomando café agora...
- Me fala, o que está havendo entre você e o Tom? -perguntou a Sam.
- Nada ué? Somos amigos. -falei tomando um pouco de café.
- Fala sério, nos últimos dias vocês vivem grudados... -disse ela.
- Grudados? Apenas conversando... -falei.
- Ah, conta outra Danny. -disse ela duvidando de mim.
- A gente se beijou uma vez, foi legal até que ele fez uma coisa idiota aí estragou tudo. -confessei.
- Eu sabia! -disse ela rindo.
Terminamos de tomar café e fomos pra universidade...

Na universidade [Tom]
- Ainda anda vendo reflexos na janela Tom? -perguntou o Georg.
- Porque quer saber? Você disse que eu ando vendo muito filme... -falei.
- Viu mais alguma coisa ou não? -insistiu ele.
- Ela estava dançando, ela é perfeita, ontem eu fui a casa dela, mas não havia ninguém.
- Dançando o que? -perguntou o Georg interessado.
- Era uma dança sensual, ela mexia os quadris, eu já estava imaginando bobagens só de olhá-la. -falei.
- Mostra a dança como era... -disse ele.
- Eu não. -falei.
- Vai logo Tom, se não eu não vou acreditar. -disse o Georg cruzando os braços.
- Ela mexia os quadris, mais ou menos assim... -tentei imitar a mulher, mas não deu muito certo.
- Dançando dança do ventre Tom? -disse a Danny se aproximando de nós junto com a Sam, elas riram, droga.
- É... Não, eu só estava contando uma piada pro Georg. -olhei pro mesmo que estava escondendo o riso.
- É, piada. -disse o Georg, disfarçando.
- Hum. -murmurou a Danny mexendo os quadris, me deu um beijo na bochecha e saiu rindo com a Sam.
- Piada! -disse o Georg, em seguida soltando uma gargalhada.
- Para de rir... Você viu? Era aquilo que a Danny fez, a vizinha fazia igual. -falei.
- Você está viajando Tom. -disse ele me dando uma tapinha nas costas.

Na hora do intervalo [Danny]
Isso aqui está um saco. Acabei de ver o Tom de conversinha com uma garota, justamente quando eu estava procurando ele pra combinar algumas coisas pra amanhã.
- Oi Danny. -disse o Georg, em seguida sentou-se ao meu lado, no refeitório.
- Oi... -falei desanimada.
- Está... Triste? -perguntou ele demonstrando preocupação.
- Confusa... Não sei direito, tenho ciúmes até dos meus amigos. -sorri de canto e olhei pro outro lado.
- Se quiser me contar algo... -disse o Georg.
- É... Acho que não. -falei.
- Bom, então eu vou indo... -ele levantou-se.
- Espera! -falei segurando o braço dele.
- Sim? -disse ele sentando-se novamente.
- Eu queria falar com o Tom, mas ele está ocupado então...
- Você está com ciúmes dele? -ele perguntou me interrompendo.
- O que? -fiz cara de confusa. - Não! -falei.
- É acho que vou indo. -disse ele levantando-se e indo embora.
- Droga! -murmurei e baixei a cabeça na mesa.
Depois de uns instantes senti alguém tocar em meus cabelos, levantei a cabeça...
- Queria falar comigo? -perguntou o Tom.
- Não... Você pode ir lá conversar com a garota ruiva de saia curta e... -ele riu. - Porque está rindo? -perguntei séria.
- Está com ciúmes de mim? -perguntou.
- Tenho ciúmes dos meus amigos. -assumi, baixando o olhar.
- Vamos nos divertir muito amanhã e depois. -disse ele, tentando me animar.
- É, vai ser legal... -falei, sorrindo de leve, o sinal tocou...
- Vamos pra sala? -perguntou ele.
- Sim. -levantamo-nos e fomos cada um pra sua sala.
Quando saí da universidade esperei o Tom, mas ele demorou, a Sam foi pra casa de carona com o Bill, não vi nem o Georg e nem o Gustav, decidi ir pra casa sozinha mesmo.

À noite, na casa dos Kaulitz [Tom]
Os meninos vão dormir aqui hoje, a zona está instalada...
- Ela tem ciúmes de você. -disse o Georg.
- Isso não é bom e a culpa é sua. -falei sentando-se folgadamente no sofá.
- Disse que tem ciúmes dos amigos, mas você já mexeu com a cabeça da menina... -disse ele ligando a TV.
- Foi só um beijo e mesmo assim ela não gostou do meu carinho. -falei sorrindo de canto.
- Mas você foi lá e pediu desculpas. Idéia do Gustav. -disse o Georg.
- Agora a culpa é minha? -protestou o Gustav.
- Não, a culpa é do Georg que lançou o desafio e do Tom idiota que aceitou. -disse o Bill.
- Mas não tenho culpa de ser uma perfeição e ela está louca por mim. -falei convencido.
- Não vai se livrar dela nem tão cedo. -disse o Bill.
- Boa sorte! -debochou o Gustav, o Georg soltou uma risada.
- Bestas! -falei.
- Porque não vai à casa da vizinha hoje Tom? Eu aproveito e vou com você... -disse o Georg, sarcástico.
- Não tem ninguém lá, está tudo escuro. -falei.
- Será que ela vai dançar hoje? -perguntou o Gustav.
- Não sei e também não quero que vocês a vejam, ela só dança pra mim. -falei empinando o nariz.
- Mentiroso e metido. -disse o Bill me dando uma almofadada.
Na manhã seguinte
Fui arrastado da minha cama pelo Bill que me obrigou a tomar banho, desci pra tomar café, mas fui novamente arrastado, dessa vez pelo Gustav pra dentro do Doblo (carro). O Bill iria dirigindo.
- Come isso aí. -disse o Georg me entregando um pedaço de pizza.
- Por que o Bill vai dirigindo? Ele sabe onde é? -perguntei.
- Porque por acaso o Gustav combinou de ir pegar as meninas em frente à faculdade ás 9h, estamos 30min atrasados e elas devem está se descabelando, você está sonolento e provavelmente provocaria um acidente daqui até lá, ou seja, mais um motivo pra se atrasar. -disse o Bill, ele estava dirigindo em alta velocidade.
- Acabou comigo. -brinquei.
Paramos em frente à faculdade e as meninas entraram no carro, elas estavam lindas, principalmente a Danny, ela sentou-se ao meu lado e sorriu, ao contrário das outras que estavam chateadas devido ao atraso. Meia hora depois ela estava dormindo, como um anjo... No meu ombro? E abraçada a mim, sorri com aquilo e a abracei. 

Apenas Você - Capítulo 7

Casa dos Kaulitz [Tom]
- Gustav, são cinco horas da manhã, vai pra casa, por favor, você e o Georg, eu ainda quero dormir um pouco. -gritava o Bill na sala.
- Bill hoje é um dia especial e daí que são cinco da manhã? -disse o Gustav.
- Que porcaria é essa? -murmurei levantando-se e descendo pra sala, precisava saber o que tinha acontecido.
- É Bill, olha aqui toma esse refrigerante... -disse o Georg entregando uma latinha de coca-cola pro Bill.
- Que bagunça é essa aqui? -perguntei descendo as escadas com uma cara de sono.
- O Bill saiu da seca.
- Tá, mas são cinco da manhã, eu tava sonhando, vocês me acordam bem na hora que a... O Bill o que? -perguntei sem acreditar no que tinha ouvido.
- Não é verdade. -disse o Bill, ele acha que me engana.
- Claro que é. -disse o Georg, rindo.
- Caraca! Seis meses mano, eu já teria morrido há séculos... -falei dando uma tapinha nas costas do Bill, os meninos riram.
- Me deixem, isso é lá motivo pra comemorar... -disse o Bill tentando fugir da festinha.
- Volta aqui Bill, nossa seção de videogame é sagrada... -disse o Gustav colocando o jogo.
Ficamos ali os quatro jogando videogame...
- Já decidiu pra onde a gente vai Tom? -perguntou o Gustav.
- Pro acampamento “Forest-Dance”. (esse nome é uma mistura de floresta com dança, ou seja, é tipo uma área florestal onde as pessoas fazem trilha, acampam, e tem uma balada no meio da floresta, vai entender a cabeça da autora né? Mas tudo bem, vocês entenderam.)
- Uhu. -comemorou Georg.
- Forest-Dance? -perguntou o Gustav.
- Tem uma balada no meio da floresta. -explicou o Georg.
- É, pode ser divertido. -disse o Bill.
- Eu vou com a Jessica. -disse o Gustav.
- E eu com o meu amor. -disse o Georg orgulhoso.
- Metido. -falei.
- A Sam vai comigo. -disse o Bill.
- Eu chamei a Danny, mas acho que vou chamar também a Fellon, a Lívia, a Laura, a Sara...
- Nem pensar moço. -protestou o Georg.
- O que tem poxa? Vocês já têm os esquemas e eu? -falei indignado.
- Você vai ficar com a Danny, só com ela, esqueceu do desafio? -disse o Gustav.
- E se não rolar nada? Eu tenho que ter outra opção né? -falei.
- Ué? Você vai deixar que não role nada? -perguntou o Bill sarcástico, ele ta se achando porque saiu da seca de seis meses.
- Claro que não! -disse eu.
- Então... -disse o Georg.

Casa ao lado [Danny]
Acordei, fiz minha higiene matinal e logo desci pra tomar café.
- Bom dia mãe. -falei feliz.
- Bom dia. -disse minha mãe.
Sentei-me a mesa para tomar café.
- Mãe... Eu posso sair esse fim de semana? -perguntei.
- Pra onde? -perguntou ela passando geléia no pão.
- Pra um acampamento com meus amigos, vamos no sábado de manhã e voltamos no domingo à noite. -sorri, tentando convencê-la.
- Que amigos? -perguntou ela, dessa vez mordendo o pão.
- Tom, Georg, Gustav, Bill, mais três meninas namoradas deles. -falei.
- Tudo bem. -disse ela, minha mãe é legal, mas é chata, entenderam? É, acho que não.
- Obrigada mãe. - falei feliz.

[Tom]
A manhã na faculdade foi legal, conversei com a Danny e ela vai mesmo pro acampamento, digamos que ela achou esquisito a tal balada na floresta mas quem liga? Na hora do intervalo teve barraco da Fellon, por minha culpa, claro... Tudo começou quando eu estava conversando com a Danny, daí a Fellon viu e veio cobrar ciúmes, eu não sei porque, ela nunca foi de sentir ciúmes de mim, vai ver ela reconheceu que a Danny é tão bonita quanto ela, ou melhor, é mais bonita do que ela...
Flashback Barraco - ON
- Dá licença, preciso falar com meu namorado. -disse a Fellon ao se aproximar do Tom e da Danny, ela puxou o Tom pro lado.
- Namorado? -perguntou a Danny num tom de deboche.
- Que brincadeira é essa Fellon? -disse o Tom.
- É ele não é seu namorado. -disse a Danny, a Fellon virou-se brava pra Danny.
- Quem é você pra abrir a boca e dizer que ele não é meu namorado? -perguntou a Fellon, mantendo a raiva.
- Sou amiga do Tom. -disse a Danny calmamente, mantendo o tom de deboche.
- Amiga uma ova! -disse a Fellon puxando o cabelo da Danny.
Daí começou, puxa cabelo daqui e de lá, a Danny arranhou a cara da Fellon, depois veio o Tom segurando a Fellon que é a magreza em pessoa e conseguiu separar a briga.
- Vai ter volta sua vadia. -gritou a Fellon indo embora.
- Tô esperando, projeto de Barbie. -provocou a Danny.
- Chega! -disse o Tom. 

Flashback Barraco - OFF

E foi isso, depois da aula eu voltei pra casa com o Bill, como sempre a Danny saiu mais cedo do que eu, não pude lhe oferecer uma carona. Estava decidido a fazer uma visita a tal vizinha, mas nem sinal dela, a casa estava escura, toquei na campainha várias vezes, mas ninguém atendeu. Perguntei pra minha mãe sobre elas e ela disse que não sabia, a dona que se tornou “amiga” dela trabalha e chega tarde da noite. Perguntei sobre uma moça que eu tinha visto de longe, na verdade na janela, mas não dei detalhes pra minha mãe, ela disse que não sabia da moça, mas que ela era linda e simpática e que eu deveria conhecê-la. Concordei com a minha mãe e ela sorriu... Ah, também fofoquei do Bill pra ela.

[Danny]
Hoje a Sam veio me pedir desculpas, fui legal e a perdoei. Depois quis saber das novidades dela com o Bill, parece que estão namorando e ontem à noite transaram, ta né... Ela também me convidou pra dormir na casa dela já que não vai se encontrar com o Bill hoje, eu aceitei e está sendo legal, já estamos nos preparamos pro fim de semana. 

Apenas Você - Capítulo 6

Na hora do intervalo [Tom]
Eu estava no refeitório junto com o Georg, eu tinha acabado de contar pra ele sobre o acontecido entre a Danny e eu.
- Acabei de perder seu desafio! -falei apoiando os cotovelos na mesa.
- Ainda bem que você reconhece. -disse ele despreocupado enquanto comia um pedaço de pizza.
- Ela não entendeu que foi um gesto de carinho? Foi por impulso. -falei pro Georg.
- Mulheres são muito emotivas, eu acho que você também não gostaria se fizessem isso com você certo? -disse o Georg.
- Tá me chamando de emotivo? -perguntei indignado.
- Não. -disse ele.
- Tudo bem, eu não gostaria. -assumi.
- E aí gente... -disse o Gustav sentando-se junto a nós.
- E aí. -respondi desanimado.
- O que foi? -perguntou ele.
- O idiota aí bateu no bumbum da menina, levou um tapão na cara e ainda vai perder o meu desafio. -disse o Georg, ainda se acabando na pizza.
- Mais respeito, idiota não. -protestei.
- Apanhou da Danny? -disse o Gustav caindo na gargalhada, fazendo o Georg rir também.
- Menina fresca. -bufei.
- Também Tom, vai mexer logo com a bunda da menina... -disse o Gustav ainda rindo.
- Se com a bunda ta assim imagina com o resto? - disse o Georg, eles riam.
- É melhor não insistir Tom, vai que um dia desses você amanheça no hospital... -disse o Gustav se matando de rir com o Georg.
- Haha, legal a piadinha! -falei olhando mortalmente pra eles que continuavam debochando de mim.
- Sabe o que você tem que fazer? Bancar o fofo e pedir desculpas pra ela. -disse o Gustav.
- Isso parece coisa de apaixonado. -fiz cara de nojo. - Ela vai pensar que eu sinto alguma coisa por ela e... Eu não quero isso. -falei abrindo uma coca-cola.
- Vai perder meu desafio? -lembrou-me o Georg.
- E se eu perder? -falei.
- Você vai ser zuado pelo resto da vida e todos vão saber que você, o “Deus do Sexo” não ficou com a garota mais gata desse ano na universidade. -disse o Georg esfregando cada palavra na minha cara. O Gustav soltou um risinho.
- Idiotas! - murmurei.
Levantei-me e fui procurar a Danny...

[Danny]
Eu não sei onde estava com a cabeça quando me entreguei aos beijos do Tom, seus beijos eram viciantes. Me senti uma qualquer quando ele bateu no meu bumbum, onde já se viu? E ainda vem me contrariar... Oh não, ele está vindo pra cá. Fiquei observando-o aproximar-se de mim e sentar-se ao meu lado, no mesmo lugar em que as garotas quase o engoliram, olhei pra frente sem enxergar nada, apenas queria ouvir o que aquele cínico iria falar.
- Posso sentar com você? -perguntou o Tom.
Eu continuei olhando pra frente, balancei os ombros para indicar que não me importava. Ele sentou-se junto a mim e olhou pra frente do mesmo jeito que eu estava.
- Sabe, me desculpa por aquilo... - ele começou a falar. - Não foi minha intenção, pra mim foi um gesto carinhoso, não imaginei que você fosse ficar brava. -fiquei em silêncio por um tempo.
- Me senti uma vadia. -falei baixo ainda olhando pra frente.
- Eu sei que fofocaram pra você sobre mim, sobre as coisas que eu faço, sei que na boca de alguns aqui, eu não presto, eu não valho nada, mas se tem uma coisa que eu não faço é desrespeitar uma mulher, nunca chamei nenhuma garota de vadia ou qualquer outro nome impróprio ainda mais quando estou num momento legal com ela. -ele agora estava olhando pra mim. Olhei pra ele, encarando-o. - Você me desculpa? -perguntou com uma carinha linda, capaz de convencer o ganhador da mega-sena a queimar todo o dinheiro, ok menos.
- Desculpo sim, mas tem que prometer que não vai mais me levar pro mal-caminho me fazendo matar aula, ou me atacar no vestiário da quadra e muito menos bater no meu bumbum. -falei em tom de brincadeira.
- Tudo bem. -ele sorriu feliz. - Quer sair comigo esse fim de semana? -perguntou ele.
- Com você? -perguntei, eu não sairia sozinha com o Tom.
- É, com a gente, eu, Bill, Gustav, Georg... Conhece eles né? -perguntou o Tom.
- Conheço! Mas... Não vai nenhuma outra garota? -perguntei lembrando-se das palavras do Georg, quando perguntei sobre as aventuras do Tom: “que envolve garotas, loucuras, e tudo mais.”
- As namoradas dos meus amigos e do meu irmão, vamos em casal, eles com elas, eu com você. -oi?
- Casal, como amigos... -falei.
- Claro! -ele sorriu.
- Então, pra onde vamos? -perguntei, estava um pouco animada com o tal passeio.
- Eu pensei em um acampamento, íamos no sábado de manhã e voltaríamos no domingo à noite, o que acha? -perguntou ele.
- Por mim tudo bem, só preciso falar com a minha mãe. -disse eu, depois foi que veio na minha cabeça, vai que ele me ataque lá? Ah, seria impossível e mais, eu só vou se realmente outras meninas forem.
- A Sam te falou alguma coisa do Bill? -perguntou o Tom curioso.
- Não... Quer dizer, eu não estou falando com a Sam, aconteceram umas coisas, o começo de uma briga, coisa de mulher. -disse eu, sorrindo levemente.
- Entendo. -disse ele. - Hoje eu vou arrancar alguma coisa do Bill. -ele sorriu malicioso. Talvez estivesse falando sozinho.
...

À noite, na casa dos Kaulitz
 [Tom]
- Pode me contar qual é a tua com a Sam. -falei pro Bill que estava se entupindo de maquiagem.
- Estamos quase namorando. -disse ele ainda passando maquiagem.
- Já? -perguntei incrédulo.
- Sim. -disse ele ajeitando a jaqueta.
- Nem transaram nem nada? -perguntei.
- Agora é a minha vez de perguntar: Já? -disse ele imitando minha voz.
- Tudo bem, você não é disso mesmo... Vai sair? -perguntei.
- O que você acha? -disse ele me mostrando como estava vestido.
- Que mal humor... Você precisa mesmo dá um volta. -falei sarcástico.
O Bill não disse nada e saiu de casa, eu não tinha marcado com ninguém hoje, portanto tratei de tomar um banho, logo me lembrei da vizinha, procurei pela minha mãe, mas acho que ela tinha saído talvez ela foi jantar fora com o Gordon. Saí de casa e fui em direção a casa ao lado a fim de ver alguém por lá, mas estava escuro e parecia não ter ninguém em casa, voltei e subi pro meu quarto. Depois de uns instantes ouvi uma música que vinha do lado de fora... Corri curioso pra varanda e vi mais uma vez o reflexo da tal vizinha, dessa vez dançando, era um dança sensual, dança do ventre? Acho que já vi isso em arte... Seu corpo de mola rebolava, seus movimentos de braços e pernas se encaixavam perfeitamente com a música, era instigante olhá-la dançar, a música parou e no reflexo a vi prender os cabelos num coque, um gesto que me lembrou a Danny. Pensei em fazer uma visita pra ela, mas já era tarde e seria loucura, a mulher apagou as luzes do cômodo em que dançara, voltei pro meu quarto fechando à porta que dava acesso a varanda. Deitei na minha cama e ali adormeci. 

Apenas Você - Capítulo 5

Amanheceu e o dia estava lindo! Desci saltitante do meu quarto para tomar café na minha nova casa. Mamãe se deu muito bem com a vizinha ao lado, se não me engano é Simone o nome dela, uma pessoa muito simpática. Terminei de tomar café e logo fui pegando minhas coisas para ir à faculdade, eu já estava atrasada e muito.
- Vai com Deus filha! -disse minha mãe.
Fechei a porta e saí correndo, não consegui pegar um taxi e com certeza iria chegar à universidade super atrasada, que falta faz Tom Kaulitz me oferecendo carona agora.

[Tom]
- Tem certeza que você não estava bêbado ou tinha levado muito sol? -insistia o Georg sem acreditar no que eu acabara de lhe contar.
- Claro que não! Ela era linda, você tinha que ver... -falei empolgado.
- Tom meu amigo, eu acho que você anda vendo muito filme com reflexo de mulheres na janela, você tava sonhando cara, aposto! -dizia ele.
- Ótimo, então me deixa sonhar sozinho! Cara... Que curvas... -falei pensando na mulher da janela.
- Ah, já sabe pra onde a gente vai nesse fim de semana? -disse o Georg interrompendo meus pensamentos.
- Vou convidar a Danny hoje, quero ver se ela quer ir pra algum lugar... -falei.
- O desafio ainda está de pé? -perguntou o Georg sorrindo de canto.
- Lógico! -sorri malicioso.
- Parece que alguém está com mais sorte do que nós... -disse o Gustav se aproximando de mim e do Georg.
Olhei na direção em que ele olhara e avistei o Bill no maior amasso com a Sam, tive que olhar duas vezes.
- É o Bill? -olhei incrédulo.
- Se dando bem, pegando umas das mais gatas da universidade, já tenho a minha mesmo. -disse o Georg convencido.
- A Sam tem atitude, eu curti quando fiquei com ela... -falei ainda observando a cena.
- E a Jessica Gustav? -perguntou o Georg.
- O Tom já decidiu pra onde vai nesse fim de semana? Se ele decidir logo ou a convido. -disse ele feliz.
- Vou decidir hoje. -falei.
O sinal tocou, achei estranho a Danny não ter chegado ainda, ela sempre chega cedo. O Bill entrou de mãos dadas com a Sam.
- Não vai entrar Tom? -perguntou o Gustav.
- Vou, podem ir à frente... -falei olhando em direção ao portão a fim de ver a Danny chegando.
- Tudo bem. -disse o Gustav, seguindo com o Georg.
Todos entraram, eu já estava entrando também quando olhei pra trás por acaso e vi aquela coisa linda toda cheia de livros, andando apressada. Era a Danny, corri para ajudá-la.
- Obrigada. -disse ela com aquela voz doce e um sorriso nos lábios enquanto eu segurava os livros que ela trazia.
- Não poderia deixar uma dama carregar esse peso todo. -joguei charme. Ela apenas sorriu de canto.
Entramos e eu esperei ela olhar o horário na secretaria.
- Matemática. -bufou ela.
- Quer matar aula? -perguntei sem pensar.
- Tá maluco? Eu nunca matei aula na minha vida. -disse ela, já era de se imaginar.
- Pra tudo tem uma primeira vez. -insisti, ela sorriu.
- E como vamos fazer isso sem que ninguém perceba senhor Kaulitz? -perguntou ela tentando colocar dificuldades.
- É claro que vão perceber, mas estudamos em salas diferentes e quem vai imaginar que combinamos de matar aula juntos? -disse eu vitorioso.
- Tudo bem, eu não estou a fim de assistir aula mesmo, então... Pra onde vamos? -perguntou ela, o bonitão aqui sempre convence as garotas.
- Pra quadra. -falei observando os corredores pra ver se não havia ninguém nos olhando.
- Então vem logo porque eu não quero ser pega. -disse a Danny me puxando em direção a quadra. Um ato inesperado vindo dela. Pensei que ela não confiasse em mim devido as fofocas que ouviu ao meu respeito, de qualquer forma, não posso fazer com que ela perca essa confiança.

[Danny]
Chegamos à quadra e obviamente estava vazia. Puxei o Tom para a arquibancada e sentamo-nos lá. Prendi meu cabelo num coque enquanto Tom me observava atentamente.
- O que foi? -perguntei um pouco sem graça.
- Nada, é que... Você prendeu os cabelos, eu me lembrei de uma coisa, mas não tem importância. -disse ele sorrindo de canto.
Ficamos ali conversando, o Tom é divertido me fez rir com suas piadas sem graça e umas cantadas idiotas que não sevem exatamente pra nada. Até esquecemos que poderíamos ser pegos e passarmos uma semana na detenção.

[Tom]
Quando a Danny prendeu os cabelos logo me veio à cabeça a cena da vizinha na janela, mas logo esqueci, pois ela começou com um papo divertido e legal até, mas eu queria mais...
-... A parte do gato no banheiro foi à melhor! -ela ria lembrando-se da cena de um filme que já havíamos assistido.
- E o miado dele? Parecia mais uma vaca com falha na garganta. -falei, ela caiu na gargalhada.
Nós estávamos bem à vontade, ela estava sentada e eu deitado ao lado dela com o braço embaixo da minha cabeça servindo de travesseiro, bem próximo ao colo dela. Não agüento mais, eu tenho que fazer isso. Levantei-me ficando a frente da Danny.
- O que foi? -perguntou ela, sem entender o porquê de eu ter levantado.
- Vem aqui. -falei segurando nas mãos delas, ela levantou-se e andou comigo até onde eu estava indo.
- Pra onde está me levando? -ela perguntou um tanto assustada. Eu não respondi.
Eu segurava seu braço com força enquanto ela tentava soltar-se sem fazer barulho algum. Entrei no vestiário da quadra puxando a Danny e fechei a porta. Em seguida a puxei para um beijo intenso, impedindo que ela gritasse ou falasse alguma coisa. Eu podia sentir o calor do corpo dela junto ao meu, nosso beijo perfeito, minha língua curiosa explorava a boca dela com desejo. Ela foi cedendo até que se entregou ao beijo totalmente, assim como eu. Paramos ofegantes, voltei minha atenção pro pescoço dela, provando-o com vontade lhe causando arrepios, provocando todos os seus sentidos. Suas unhas pintadas de negro arranhavam carinhosamente minhas costas e os meus braços, me puxando sempre pra mais perto, passei a beijá-la e ela correspondia. Carinhosamente dei uma tapa no bumbum dela que parou o beijo instantaneamente.
- O que foi? -perguntei inocente.
- Idiota! -murmurou ela me dando uma tapa na cara e virando-se pra abrir a porta e ir embora.
- Danny, espera... -disse eu, com a mão no rosto que estava latejando, tentando impedi-la de ir embora. Fui atrás dela.
- Não Tom, eu pensei que... -ela pausou. - Pensei errado! Sua cabeça funciona assim, na sua mente todas as garotas são vadias. -completou.
- Mas eu não disse isso eu só...
- Só fez o que faria com qualquer uma que se entregasse aos seus beijos. -disse ela me interrompendo, vi lágrimas escorrerem em seu rosto.
- Danny, por favor... -insisti, mas ela não me deu atenção e saiu rápido da quadra, passei a mão na nuca pensando na besteira que tinha feito, mas foi com carinho e... Palmas pra você Tom Kaulitz, conseguiu assustar a menina. - Desculpa. -sussurrei.

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