segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Broken Heart - Capítulo 40

– Tens sim! – ele insistiu comigo.

– Se eu cantar alguma coisa, vocês largam do meu pé? – eu disse derrotada.

– Sim! – eles disseram em coro.

Aleluia! Que garotos insistentes. Eu fiz a vontade deles e cantei algumas músicas que eles me pediram, os olhos deles até brilhavam. Que coisa maluca, hein! Quando terminei, até suspeirei fundo.

– Que voz! Que bonita é a tua voz, amor! – Disse Tom beijando o meu ombro.

– Obrigada, mas e agora estão mais satisfeitos? – eu disse rindo.

– Mais ou menos! – Disse o Bill sorrindo como uma criança.

– Como mais ou menos? – eu perguntei desconfiada.

– Podias cantar para o David e ele podia te arranjar um produtor. – ele soltou rápido a frase.

– O que? – eu começei a rir que nem uma louca.

– Que piada óptima, Bill! – Eu continuava a rir.

– Não é piada! – ele encarou – me sério.

– Nem pensar, já está de bom tamanho o que eu acabei de fazer agora. – eu disse séria.

– Não, por favor, faz isso, é só um pouquinho! – Disse o Gus.

– Mas que insistentes! Eu não quero cantar profissionalmente. – eu disse me levantando.

– Tá decidido, vais cantar! – Disse o Ge.

Eu bufei derrotada, mas que saco!

No dia seguinte nós voltamos para a Alemanha, eu e o Tom fomos dormindo quase a viagem toda, enquanto os garotos se entretiam a jogar comida em nós os dois, acabei por acordar sentindo algo na minha bocheicha. Que eca! Era chocolate, todo lambido. Que nojo!

– Que nojo seus doidos! – eu disse baixo.

O Tom acabou por acordar.

– Que é isso no meu cabelo? – ele disse tirando um pouco de chocolate do cabelo.

– É estamos todos sujos de chocolate. – eu disse limpando o rosto com um lenço.

– Amor, estás com um ar delicioso! – ele disse com um ar de safado. Eu rolei os olhos e ri.

– Nós estamos todos sujos e tu achas que eu estou com um ar delicioso? – eu disse e os outros riram.

– É, para mim tu estás sempre ótima. – ele sorriu para mim.

– Ohhhh, que fofo! – eu disse e beijei a bocheicha dele.

O avião aterrou e nós saimos, só não contavamos encontrar uma pessoa lá! A Bárbara veio esperar o Gus, que legal!

– Gus, vai lá! – eu disse.

– Acham? – ele disse com medo.

– Óbvio! – Dissemos os 4 em coro.

Ele foi até ela e se comprimentaram com dois beijos

– Desculpa, aquilo que aconteceu no café, mas eu fiquei com um pouco de medo. – ela disse.

– Não tem problema! Eu entendo, foi um pouco percepitada eu ter – me declarado. Nós conhecemo – nos à pouco. – disse ele baixando o olhar.

– Não foi isso! Eu não soube o que fazer, foi isso. Mas nós podiamos começar por ser amigos, depois pode ser que com o tempo, venha a acontecer, mais alguma coisa! – ela disse vermelha de vergonha.

– Pode ser, mesmo! – ele sorriu.

– Eu vim te convidar a ver um dos nossos testes para o nosso projecto do carro, depois podemos ir jantar. – ela disse sorrindo.

– Claro, aceito. Que horas? – ele disse

– Amanhã, às 19.00. Pode ser? – ela perguntou.

– Pode sim.

– Ótimo.

– Até amanhã.

– Até amanhã.

Eles iam despedir com dois beijos, mas um dos beijos foi muito perto do canto da boca dela. O Gus voltou para junto de nós.

– Então, conta logo? Como foi? – Disse o Bill ansioso.

Ele contou – nos o que aconteceu.

– Boa, ótimo. Mas não vai com muita sede ao pote! – eu disse sorrindo.

– Como assim, amor? – Disse o Tom curioso.

– Uma coisa muito comum, é que quando nós as mulheres, damos o sinal verde, mas com cuidado, vocês vem com tudo para cima. É logo, “ Me Beija, que eu não aguento mais!” ( eu fiz voz grossa e eles riram), veem logo atacando. Nesse caso, as coisas tem que ser com mais calma, eles estão a conhecer – se, não pode ir com tudo, tem que conquistar. –eu disse.

– Não é que é mesmo. – disse Tom rindo.

– Tem que saber jogar. – eu disse.

– Não te esqueças de mim! Eu preciso de ajuda, com a Angel? – disse o Georg.

– Claro, que não me esqueço. Eu vou abrir um consultório amoroso e vou começar a cobrar.– eu ri e eles também.

Nós fomos até casa, deixar as malas e arrumar tudo, e a Chris apareceu por lá.

– Oi, Chris. – eu só tive tempo de conversar isso com ela.

O Bill veio correndo até ela como um relampago. Começou a beijá – la com um desespero, e pegou – a no colo, depois foram para o quarto dele.

O Gus e o Georg sairam para comer alguma coisa, já que a geladeira estava vazia.

– Amor, eu vou ter que ir buscar as minhas coisas no apartamento, assim que puder volto, ok? – eu disse.

– Claro, amor, vai logo! Eu vou com eles comer, eu é que não vou ficar para ouvir o que aqueles dois estão a fazer no quarto.– rimos e beijamo – nos.

Eu sai de casa, peguei na mota e dirigi até ao apartamento onde tinha estado. Eu tinha uma sensação estranha, parecia que estava a ser seguida, se calhar era só mesmo sensação minha. Entrei no apartamente onde estava, recolher tudo o que era meu. Olhei para o apartamento e as lágrimas cairam pelo o meu rosto. Fechei a porta do apartamento, fui até à minha moto, coloquei o capacete, e dirigi – me para o shopping. Eu ao supermercado, comprar tudo o que faltava, e vinha carregada de compras. Voltei para casa. Rodei a chave e entrei, e pousei o capacete na entrada.

– Cheguei! – Disse alto.

– COMIDA! – Disse Bill a correr que nem doido para mim.

– CHOCOLATE! - Disse Gus

– Credo, então eu só sirvo para fazer comida e dar chocolate. Ah que bom! – Disse com uma carinha triste.

– Não, não é nada disso! – Disse Bill percebendo que fiquei triste.

– Tudo bem, vou para a cozinha sentem – se na sala, amorecos! – Disse sorrindo,o que os deixou mais aliviados.

Liguei o rádio e fiquei entretida a cozinhar o jantar, a cantarolar feliz, olhei para a porta e vi o Tom a olhar – me com um sorriso carinhoso. Ele entrou e colocou as mãos debaixo da minha blusa, acariciando a minha barriga, enquanto encostava o queixo no meu ombro. Eu estava toda arrepida, mas continuava a fazer o jantar. Era só esperar mais um pouco e estaria pronto. Ele foi – se apoderando da minha boca, e eu tinha um prato na mão deixei – o cair, estilhaçando –se em mil pedaços. Deixava – me com as pernas bambas, as mãos moles.

Geo veio ver o que se passava na cozinha e começou a brincar:

– Tinha que ser! Tu vies – te distrai – la! Vá vem para a sala, se não nem jantamos daqui uma semana! –Disse arrastando o amigo.

Sorri carinhosa para ele, que nem se importou de ser arrastado pelo amigo.

Passado uns 15 minutos já estava a levar o jantar para a mesa, para todos comermos. Jantamos animados, enquanto os garotos estavam entretidos , estavam na zoação uns com os outros, eu ria – me das suas palhaçadas. Mas claro, o Bill e a Chris estavam mais focados em namorar durante o jantar, dando comida na boca um do outro, e trocando beijos. Que fofos! Eles param de repente e ficaram a olhar para mim. Mas o que eu fiz?
– Então? Estão a olhar para mim porque?

– Por nada! Mas sentiamos falta de ti aqui em casa! O teu riso, tudo! – Disse Geo.

– Ah, não! Não vão fazer isso! – Disse corada.

Eles riram – se, acabamos de jantar.

– Galera, nós vamos sair! – Disse Bill levantando – se e arrastando a Chris pela mão.

– Eu vou sair com a Angel! – Disse Georg a ir buscar as chaves do carro.

– Eu, bem eu! Eu vou ao cinema! – Disse Gustav levantando – se rápido.

– Ao cinema? Sozinho? – perguntou o Tom.

– Mais ou menos! – ele disse atrapalhado.

– Não existe mais ou menos! Ou vais sozinho ou vais acompanhado! – disse o Tom encarando o amigo.

– Bem, eu convidei a Bárabara. – ele disse vermelho de vergonha.

– É isso ai! – Gritaram os 3.

Eu e a Chris rimos, coitado dele, ficou super envergonhado.

– Pronto, pronto! Deixem – no em paz! Tadinho! Oh, fofo, vai lá ter com a Bárbara então! –Disse a meter – me na conversa, defendendo – o.

– Obrigada, Gabi!Como sempre a melhor Best do mundo! –Disse dando um beijo na minha bocheicha.

– Ah, estragas –te tudo! Agora que iamos descobrir se era só o cinema ou mais alguma coisa! –Disse Bill fazendo bico.

– Ai, é! Então e vocês gostavam que vos fizessem o mesmo! Deixando o vosso amigo super envergonhado, tenham dó! – Disse com um ar mandão.

– Pronto, ok! Vá lá, Gust! Diverte –te! – Disse Ge. Eu pisquei o olho ao Gus que fez um sorriso timido.

Arrumei tudo o que tava na sala, e nós já estavamos sozinhos em casa. Até que ele seguiu – me até à cozinha.

– Amor podiamos ver um filmer juntos? –eu disse enquanto guardava as últimas coisas.

– Claro que sim, princesa. Mas também podiamos fazer um juntos? – ele disse com uma cara de safado.

– Então gatinho, calma. Não é preciso essa pressa toda. – eu disse rindo.

Nós fomos até à sala, eu estava a colocar o filme no DvD, e sinto a mão dele tocar a minha, eu sorri e acariciei a mão dele.

– Vem amor sentar do meu lado! – ele disse pegando no controle da Tv e puxando a minha mão.

– Claro anjinho. – eu disse.

Sentamo – nos ao lado um do outro e ele puchou – me para mais perto e colocou os braços à minha volta. Eu encostei a cabeça no ombro, até que estava quentinho, estavamos a partilhar uma coberta os dois.

O meu celular começou a tocar, mas o número era desconhecido, eu atendi poderia ser importante.

Ninguém respondia do outro lado, estavam mudos, odeio quando fazem isso, mas depois ouvia – se uma respiração, e começou a tocar uma música infantil que estranho, que coisa doida.

Eu conhecia aquela música, era de um desenho que eu via com o meu irmão, que brincadeira de mau gosto, aquilo me deixou um pouco nervosa, eu desliguei a ligação.

– Amor, o que foi? Quem era? – disse Tom que me olhava.

– Eu não sei, ninguém falou, mas ouvia a respiração do outro lado, e uma música infantil que era de um desenho que eu e o meu irmão assistiamos quando eramos pequenos, que coisa maluca. – eu disse um pouco nervosa.

– Calma, que estupidez brincarem com os sentimentos e as memórias dos outros. Vem senta aqui. – Disse ele batendo a mão no sofá.

Postado por: Grasiele

Broken Heart - Capítulo 39

– Estás apaixonado, por ela! Tá na cara. – eu disse animada.

– Não, eu não estou. Estás enganada, ela só é legal, e bonita. – o Ge parecia estar a sonhar.

– Não estou não, seu bobo. Estás gostando dela sério. – eu disse e passei a mão nos cabelos dele.

– Ok, eu estou gostando dela, mas não sei o que fazer. Me ajuda? – ele disse sorrindo de canto para mim.

– Claro que sim. – eu sorri.

Até que apareceu o Tom na sala seco e vestido.

– Nossa como demoras – te para te vestir? – Disse Bill rindo.

– Tinha que ficar bonito, eu não posso sair de qualquer jeito. – ele disse me provocando.

– Bonito? – eu arquei a sombraçelha e começei a rir.

– Qual a graça? – ele disse surpeso.

– Ficas jogando charme para todas e agora vais ver o que é doce! – eu disse e sorri.

– O que tu vais fazer? – ele disse desconfiado.

– Calma vais ver. Eu vou tomar banho. – eu disse saindo e deixando – o com a maior dúvida do que ia fazer.

– Tom, vais competir com a Gabi em matéria de charme, vais perder! – disse o Gus rindo.

– Não vou não, eu sou muito charmoso e bonito. – ele disse determinado.

Eu vesti um vestido vermelho curto de uma alça que fazia uma trança no ombro, que ficava justo no peito com ligeiro decote, e era meio largo na zona abaixo do peito- Ficava - me acima do joelho com umas sandálias de plataforma vermelhas e com uma maquiagem que realçava os olhos, eu estava muito bonita, nossa ia fazer parar o trânsito mesmo. Agora ele vai ver o que é lançar charme! Eu ia saindo do banheiro e o celular começou a tocar era a Angel. Eu fui saindo e estava distraida a conversar com ela.

– Oi, amiga! Tudo bem?

– Sério!? Que bom, para ti! O Georg? – eu sorri e olhei para ele. Que veio correndo para mim e encostou o ouvido no celular.

– Ele tá bem! Tou sentindo algo na tua voz! Garota estás apaixonada por ele? – eu perguntei rindo.

– Eu sabia, que tinhas gostado dele. Não precisas de ter vergonha. Que fofa! Liga para ele! – eu encentivei, o Georg sorriu para mim.

– Não como não! Porque? Ele vai gostar, tenho certeza! Mas…

– Ah Angel, deixa de ficar insegura. Olha se não eu conto para ele, que estás a gostar dele. Se não contares, conto eu! – nossa ela gritou do outro lado, ia furando o meu ouvido.

– Tudo bem, boa sorte, querida. Beijos Beijos. – eu desliguei a ligação.

O Georg começou a pular de alegria e os garotos riam. Fiquei feliz pelos os dois.

– Amor, que roupa é essa? – Tom perguntou com uma cara de safado.

– Ah, qual é, só tu achas que tens charme, é? – eu provoquei – o.

– Não, mas tás muito bonita! Vais algum lado? – ele perguntou desconfiado.

– Vou sim! – eu disse rindo.

– Tá a maior gata, cuidado Tom! – Disse o Ge rindo.

– Obrigada, Ge! – eu sorri.

– Onde? – ele disse.

– Não sei! Diz – me tu! E se eu fize – se um convite para almoçarmos juntos? –eu disse.

– Nossa, então isso é para sair comigo! Que sortudo que eu sou! – ele disse

– Sortudo mesmo, vão babar em cima dela, no restaurante. – disse Bill rindo.

– Então vamos os dois? Ou vou ter que convidar outro garoto para me acompanhar? – eu disse provocando.

– Qual outro garoto!? Vamos sim, sua doidinha! Rebelde de mais, provocadora de mais! Deixas – me doido. – ele disse no meu ouvido.

– Vai acostumando, porque eu sou muito rebelde mesmo. Ninguém me consegue domar. – eu disse no ouvido dele.

– Vocês os dois, só se provocam o tempo todo! – Disse o Gus

– Claro, a graça é essa! – eu disse rindo.

– Achas engraçado? – Disse Tom olhando – me sério.

– Claro, muito mesmo! É muito divertido, provocar! - eu disse rindo.

– Divertido mocinha? – ele riu.

– É sim! – eu fiz um sorriso de criança que fez alguma travessura.

– Vamos que eu tenho fome, gastei muita energia essa manhã! – ele disse me puxando pela mão.

– Muita energia!? – eu disse rindo e os garotos riram também.

Saimos do hotel juntos e fomos de táxi, conversamos quase o caminho todo. Almoçamos tranquilos e de vez em quando nos provocavamos e ele ficava passando a mão na minha coxa por de baixo da mesa, ou eu passava o pé junto do tornozelo dele.

– Amor, temos que sair daqui senão vou ficar louco, contigo o tempo todo a provocar – me! Eu não estou aguentando mais, não! – ele disse com a voz rouca.

– Ok, amor! Vamos sim! – eu sorri para ele.

Nós saimos do restaurante e eu choquei com alguém, que era muito parecido com o meu irmão que morreu, quer dizer o… ah, que confusão! Eu parei no meio do caminho, e fiquei a pensar naquilo!

– Amor tá tudo bem? – perguntou o Tom abanando – me.

– Tom, eu acho que eu vi o meu irmão! – eu disse surpresa.

– Ãh! Como? É impossível ele tá morto! Deve ter sido impressão tua! – ele disse abraçando – me forte.

– Pode ser, mas era igual ao meu irmão. – eu disse séria.

– Vamos para o hotel. – ele disse pegando na minha mão.

Nós fomos para o hotel de taxi, e eu já não estava pensando mais nisso, apesar de ter ficado desconfiada.

Chegamos e fomos ao quarto do Bill…

– Oi! – eu disse.

– Oi! Como foi o almoço? – disse o Bill que estava concentrado em colocar um novo jogo na consola.

– Foi bom. – eu disse lembrando o que tinha acontecido quando saimos de lá.

– Só isso? – disse o Ge.

– É só isso. Desculpem mas mudem de assunto. – eu disse sem expressão.

– O que aconteceu? Vocês brigaram? – Disse Bill que parou para me olhar.

– Não, nada disso. Deixa para lá, nem vale a pena. – eu disse.

– Conta, o que aconteceu? – disse Bill.

– Nada, é sério. Não foi nada.- eu disse firme.

– Nada, como nada? Não nos enganas! – Disse o Gus.

– Ok, vocês venceram. Eu acho que vi o meu irmão na saida do restaurante. – eu disse quase atrapalhando as palavras.

– Isso é impossível! Ele tá morto! – Disse o Bill admirado olhando para o Tom.

– Eu não disse que não valia a pena. – eu disse sentando – me no sofá.

– Deve ter sido impressão tua. Além disso, andas tão cansada, passando por tanta coisa ao mesmo tempo. Se calhar estás sentindo saudades dele. – disse o Ge, eu sorri para ele.

– É deve ser isso! Além disso para a semana, faz um ano que ele e os meus pais adoptivos morreram. – eu disse séria.

– É verdade! – Disse Tom que se sentou do meu lado e apertou a minha mão com carinho.

– Isso já não me afecta. Antes sim, agora não. Eu sofri por quem não merece, eu tenho respeito por eles me terem acolhido, mas nada mais. – eu disse.

– Nossa! Mas como consegues ser tão dura? – disse Bill surpreso.

– Repara bem, achas que se eu não fosse assim, conseguia manter alguma sanidade depois de tudo o que me tem acontecido? – eu disse

– Não, acho que foi bem dificil tudo o que tives – te que enfrentar. – ele disse baixando a cabeça.

– O meu coração pode ser quebrado mil vezes, e essas mil vezes servirão para eu colá – lo e aprender que apenas podes confiar em poucas pessoas. Todos os dias a vida te prova que tens que ser forte, inquebrável de certa forma. – eu disse séria.

– Nossa, é o que eu digo, tens tanto de doce, como de assustadora. – disse o Ge.

– Se calhar sou mesmo assustadora, até de mais.

– Chega dessa conversa! Quem quer jogar? – Disse Bill tentando parecer animado.

– Jogar o que? – Disse Tom animado.

– Ué, é um novo jogo que comprei, é um Karakoe, que dá para formar várias equipas, e quem cantar melhor ganha. – Disse Bill explicando.

– Bill, queres que nos joguemos isso? – Disse Tom rindo.

– Sim! – Disse Bill animado.

Os garotos foram convencidos por ele e começaram a jogar, eu fiquei vendo, e rindo. Tirando o Bill que era cantor profissional e cantava maravilhosamente bem, até que os outros garotos não se saiam tão mal quanto isso, até que era bonitinho.

– Gabi,canta connosco, por favor! – Pediu o Bill.

– Ah, não! Continuem se divertindo, isso tá muito engraçado. – eu sorri.

– Por favor, por favor! – ele pediu de joelhos.

– Que é isso Bill? Calma, que vontade é essa de querer me ouvir cantar!? – eu me surpreendi.

– Eu não te ouço faz tempo, e bateu saudade! – ele fez um sorriso fofo e uns olhinhos.

– Não! Me desculpa, mas não tou com vontade. – eu disse e dei um beijo na bocheicha dele.

– Tom, garotos, me ajudem a convence – la, por favor! – ele se virou para eles.

– Amor, vai! Por mim! – ele disse todo sedutor.

–Que argumentação garoto, isso é muito baixo! Não, isso não baixa as minhas defesas não, nem me vai convencer! – eu começei a rir da cara de surpresa dele.

– Que é isso, Gabriela! Coitado do Tom! – Disse o Ge rindo.

– Qual é! Para me convencer, não é chegar e atacar não! Tem que batalhar, suar, conquistar,não é facil não! - Disse rindo.

– Pior que é mesmo, ela não é facil de convencer não! – ele disse baixando o olhar.

– Amor, não fica assim! Eu tava brincando! – eu sorri para ele, os olhos dele se iluminaram e ele mostrou um sorriso para mim.

– Cantas só um pouquinho? – Disse Bill batendo palmas como uma criança que ganha um brinquedo novo.

– Que entusiasmo é esse? Tinhas tantas saudades assim? – eu perguntei com um sorriso e pus a mão em volta dos ombros dele.

– Sim, eu tenho muitas e os garotos também. A tua voz é muito bonita, é suave como o veludo, e bonita, chega a embalar. Mas quando a música exige força, a tua voz se transforma, fica forte e encorpada, parece magia, é como a tua personalidade. Aposto que serias uma cantora de sucesso. – Disse Bill sorrindo.

– Deixa de ser bobo, eu já te disse que não vou ser cantora profissional, vou ficar nos bastidores. – eu disse rindo.

– Porque? Ainda com essa ideia, que teimosa? Desperdiçar uma voz dessas! – Disse Bill fazendo bico.

– Que voz, qual que? Tá maluco, que eu vou sair por ai fazendo turne e concerto, nem pensar!? Sou muito teimosa e tu sabes disso. – eu disse meio rindo da cara de espanto deles.

– Qual seria o problema!? Sabes cantar, dançar, tocar, tens tudo o que precisas! - disse o Gus.

– Tu tens medo! Não queres admitir. – disse Tom encarando – me sério.

– Não, não tenho. Só acho mais legal os bastidores, é isso! – eu disse firme (Nossa, agora menti com os dentes todos! Como ele acertou? Tá assim tão obvio? Não! Impossível!)

Postado por: Grasiele

Broken Heart - Capítulo 38

– Isso tudo era saudades, amor?- eu disse sorrindo toda boba.

– Sim, mas agora vamos dormir. Hoje vou dormir contigo, quero ter certeza que fazes tudo direitinho.

– Ok, meu amor. – eu sorri para ele e ele para mim.

Todos subimos para o meu quarto, pois aqueles 4 não iriam me deixar, sem se certificar que tinha comido, hidratado e sobretudo se estava a dormir.

Eu tomei um banho demorado, enquanto eles estavam a ver Tv, vesti o meu pijama e sentei – me entre o Tom e o Georg.

– Bebe esse copo de água precisas de te hidratar um pouco. – disse Bill que me estendeu a mão com o copo. Eu bebi tudo até ao fim.

– Obrigada. – eu sorri para eles. Colocaram um filme que eu nem sei qual era, uns 15 minutos eu estava a ficar com imenso sono. Adormeci completamente, sem ver sequer os primeiros 10 minutos do filme.

– Dormiu! Não sei se fizemos bem dar aquele calmante nela! - disse Tom enquanto fazia carinhos nela. Encostou – a em seu peito, parecia que aquilo também o fazia ficar mais tranquilo, enquanto ela estivesse nos braços dele tudo estaria bem para os dois. Aquilo era a segurança dele.

– Claro que fizemos, ela estava exausta e o médico disse que isso ia ajudá – la a recuperar. Eu juro que fiquei morto de preocupação. Que susto! – Disse Georg.

– Eu sinto como se a estivesse enganando, e não gosto disso. Não quero que ela brigue comigo! Mas por outro lado, eu quero que ela esteja bem, e ela nunca irá admitir que precisa de ajuda. Nunca vai largar a pose de durona, nem comigo. – Disse Tom com uma expressão cansada e preocupada.

Ela moveu – se um pouco, e colocou o rosto sobre o peito dele aconchegando – se nos braços dele.

– Eu sei o que queres dizer Tom! Isso também me preocupa, porque eu já sei que ela vai explodir quando descobrir. – Disse Bill

– Bem, vamos tentar que ela não descubra, mas vamos dormir, que todo o mundo está cansado! – Disse Gus e todos se retiraram do quarto. Tom ficou olhando – a dormir, e sussurando: Me perdoa, só faço isso para o teu bem, meu amor!

Ela moveu – se um pouco e sussurou: Tom eu te amo e ele pensou que ela tivesse acordado, mas não, ele tinha – se esquecido que ela tinha o hábito de falar a dormir. Um sorriso apareceu nos lábios dele e ele respondeu: eu também te amo muito, meu bem.

Ele pegou ela no colo e a deitou na cama. Ele despiu – se ficando só de box e deitou – se do lado dela. Abraçou – a e ficaram assim, a dormir juntos.

Já eram umas 5h30 minutos quando eu acordei, nem sei como vim parar na cama, devia estar mesmo cansada. O Tom estava a dormir tão tranquilo, dei um beijo no rosto dele e retirei os braços dele com cuidado. Só estou a dar trabalho a eles, eu detesto isso. Já não ir dormir mais e fui fazer a minha higiene matinal, vesti uns shorts, com uma blusa de desporto e calçei os meus ténis. Estou pronta para a minha corrida da manhã, antes tenho que comer, senão só morta por aqueles garotos. São uns amores, eu entendo a preocupação deles. Se fosse com um deles eu ficaria morta de preocupação! Sai do quarto, com o meu mp3 na mão e o coloquei na bolsa que pus no braço para puder correr. Fechei a porta com muito cuidado para não acordá – lo. Tinha ser discreta senão eles não me deixariam ir, são protectores de mais, aqueles anjinhos. Fui ao restaurante e comi um café da manhã leve, agora podia ir correr.

Sai do hotel e começei a correr, ainda corri quase durante 2 horas.

Ás 7.00 da manhã no hotel…

Tom acordou e não a viu a dormir ao seu lado, levantou – se e foi procurar no banheiro e nada. Será que foi tomar o café da manhã com os outros? Ele fez a sua higiente e saiu em direcção ao restaurante encontrando o Ge sentado a comer.

– Oi, Bom dia, Ge! – Disse Tom

– Oi, Bom dia , Tom! – Disse Bill

– A Gabi, ela está aqui não está?

– Não! Porque ela não está a dormir no quarto? – Disse Ge

– Não, pensei que estivesse aqui com algum de vocês! – Disse Tom agora preocupado.

– Tom, ela deve ter ido correr, não foi o que o Tiago disse na festa, que era o que ela fazia todas as manhãs! – Disse Ge tentando tranquilizá – lo.

– Aposto que não comeu direito, mas será que vou ter que me estressar logo de manhã! Mas que droga! – Tom já estava ficando irritado.

O Bill e o Gustav entraram e sentaram – se na mesa, o Georg explicou o que se passou. Todos estavam a tentar acalmá – lo.

Na entrada do hotel…

Que bem que soube essa corrida, parece fico sempre com menos 5 Kg em cima de mim. Isso alivia – me e ajuda - me a pensar. Passei pelo o restaurante e vi os quatro sentados comendo, aproximei – me, estava toda suada. Eles olharam – me e o Tom parecia que me queria fuzilar com os olhos.

– Onde te metes – te? – ele perguntou agressivo.

– Calma, fui correr. – eu disse calma.

– Porque não avisas – te? – ele encarava – me com os olhos furiosos.

– Desculpa, mas não te quis acordar. Mas se já tás com esse mau humor todo, eu vou embora. – eu disse virando costas.

– Não vais a lado nenhum. Vais sentar e comer. – ele prendeu o meu braço com força, e me empurrou para a cadeira, fazendo – me sentar bruscamente.

– Quem tu te julgas para falar assim comigo? Eu não sou um briquedo, não! Eu tenho vontade própria! - eu disse agressiva. Levantei – me e bati com a cadeira no chão.

– Eu disse que vais comer agora! – ele gritou comigo, tentando impedir – me de passar.

– Tom, estás a exagerar. – Disse Bill passando a mão no ombro do irmão.

– Deixa Bill! Ele só vai entender que estas atitudes, me afastam dele, quando o deixar de vez. Ele ainda não entedeu que me está perdendo, um dia já não vou mais perdoar, nem entender. Se calhar isso tá mais próximo que nunca, porque ele está muito perto de me perder para sempre, porque eu já não estou aguentando mais esse lado agressivo, nem ciúmento, nem desconfiado dele. Eu quando acordei vi o frasco de calmante na sala do quarto, que esqueçes –te de guardar. Achas que não sei que a água tinha algo? Olha nem ia dizer nada, nem brigar, porque sei que querias o meu bem, mas isso está ficando insuportável! Não dá para tar sempre perdoando e acabando o tempo todo. Isso é desgastante! – eu disse saindo.

Tom olhou com os olhos surpresos, e ficou parado olhando – a sair.

– Tom, vai atrás dela, faz qualquer coisa! Vais deixar isso ficar assim, vais perde – la! Não ouvis – te o que ela te disse? – Disse Bill abanando – o.

Ele correu na direcção dela, antes que a porta do elevador se fecha – se. Ele abraçou – a como uma criança assustada, como se só tivesse percebido o que as palavras dela queriam dizer agora e começou a chorar.

– Desculpa! Desculpa, liebe! – ele disse apertando – a no abraço.

Ela não disse nada e ele a soltou do abraço.

– Me perdoa? Eu fui muito grosso, mas eu tenho medo de te perder, e fiquei muito preocupado ontem, e depois não te vi mais do meu lado hoje de manhã, e fiquei aflito. – ele disse com as lágrimas correndo pelo seu rosto.

– Tudo bem, mas por favor não me trata mais daquele jeito, é só o pedido que eu faço. – ela disse secando as lágrimas dele.

– É verdade, o que disses – te? Eu estava muito perto de te perder? – ele disse receoso.

– Eu não vou mentir, porque era verdade sim. – ela disse séria.

– Mas, não! Diz que é mentira! Eu não posso te perder, não faz isso comigo. – ele disse desesperado.

– Não me vais perder, se fores menos agressivo. Eu gosto de ti pela tua forma de ser, gentil, carinhoso, eu vejo um Tom amoroso, mas às vezes és horrivel comigo, ficas descontrolado, ciumento, agressivo, isso é assustador. – eu disse séria.

– Eu prometo me controlar. Mas por favor não me deixes, prometes!? – ele abraçou – me de novo.

– Eu prometo. Esse é o nosso acordo. – eu disse.

– Tudo bem. Onde vais agora? – ele perguntou – me.

– Tomar banho, tou toda suada! – eu disse saindo do elevador e ele me puxou para dentro do elevador, as portas se fecharam, e ele carregou no botão do stop do elevador e começou a beijar – me com carinho, depois começou a aprofundar o beijo, e mantinha as suas mãos firmes na minha cintura. Os meus braços ficaram em volta do pescoço dele, ele pegou – me no colo e fez com que coloca – se uma perna de cada lado da sua cintura, nunca parando de me beijar, já estava ficando sem ar. Ele me prensou contra a parede do elevador e nós os dois estavamos a ficar descontrolados. Até alguém começa a bater na porta do elevador, perguntando se estava tudo bem. Separamo – nos e começamos a rir baixo, destravei o elevador e as portas abriram – se. Eu coloquei – me na frente dele, porque, ele estava já com um volume nas calças bem visível e iam perceber o que tinha acontecido lá dentro. Chegamos no quarto e quando fechamos a porta ele olhou – me com um olhar safado, que queria colocar fogo no quarto.

– Não me olhes assim, eu vou tomar banho. – eu disse rindo.

– Ué, então eu também vou. – ele disse me prensando na porta do banheiro.

Depois começamos a caminhar para a banheira e começamos novamente a beijarmo – nos, coloquei de novo as minhas pernas na cintura dele e entramos. Eu liguei com a mão o torneira do chuveiro, e a água caiu sobre os nossos corpos, que estavam colados como dois imans. As nossas roupas ficaram coladas, e ele tirou a minha blusa. Percorreu o meu corpo com as mãos dele, acariciando – o e beijando –me, fazendo percursos com beijos sobre o meu corpo. Depois eu também tirei a camiseta dele, e beijei todo o abdomen dele, e o seu peito.

Fomos interrompidos pelo Bill que batia na porta…

– Mas ele tinha que interromper agora que tava bom! – ele disse desanimado.

– Vai não fica assim, amor! Ele é teu irmão, se ele veio bater é porque é importante. – eu disse e dei um beijo no ombro dele.

Eu vesti a blusa e fui à porta, o que eu me esqueci foi que estava toda molhada.

– Oi, Garotos! Entrem.– eu disse

– Nossa! O que aconteceu? –Bill disse rindo.

– Não aconteceu nada, porque? – eu disse sem entender.

– Toda molhada desse jeito, com uma cara que ia fazer o que não devia. –disse o Ge rindo na minha cara.

– Ahm… Olha aqui se controla nos comentários, senhor Georg! – eu disse séria.

– Ah, qual é! Nós viemos interromper o que estava bom não era Dona Gabriela, sua safada! – ele continua rindo e eu estava ficando fula.

– O Tom? – pergunta Gus.

– Tá no banheiro. – o que eu fui dizer.

– No banheiro, é? Agora é em todo o lado, seus doidos, no banheiro, no elevador! Sim, eramos nós a bater na porta do elevador! Ó Tom, cara, não precisas de ajuda não? A Gabi vai dar uma mãozinha ai! – ele disse rindo.

– Como é que é? – eu já estava a começar a explodir.

– Opa! É melhor parar, senão eu ainda vou apanhar! – ele disse mais controlado.

– Acho muito bom mesmo! A minha mão já estava a começar a coçar! – eu disse séria.

Os garotos riam, parecia que estavam assistindo uma comédia muito engraçada, só eu é que não estava achando graça nenhuma.

– Amor, me traz uma roupa seca, por favor!? – disse Tom do banheiro.

– Claro, vou já! São dois minutos! – eu disse e eles continuavam a rir.

Peguei uma muda seca para ele, e bati na porta do banheiro e a entreguei.

– Eu não disse, vocês tavam fazendo o que não deviam! – disse Ge.

– Pára seu chato! – eu disse batendo na cabeça dele.

– Se tivesses a Angel aqui vais dizer que não irias fazer, seu Georg!? – eu disse com um olhar de deboche.

– Ahm…ué acho que sim, se ela quisse - se. Vamos mudar de assunto. – ele disse envergonhado.

– Ai, Ge! Que fofo! – eu disse.

– O que? – ele disse confuso.

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Broken Heart - Capítulo 37

– Amor, calma. O que foi? Eu não vou fugir! – Disse beijando o rosto dele.

– Não faças mais isto. – Disse ele.

– Isto o que? – eu cada vez estava entendendo menos.

– Desmaias – te. Eu vou cuidar de ti, trabalhas – te até chegar ao teu limite, não te alimentas – te direito, nem te hidratas – te, nem dormis – te nada e o teu corpo chegou ao limite. – ele disse nervoso.

– Sério!? Nossa! Eu nem reparei, desculpa, não queria preocupar – te. Já passou, eu estou bem. Só preciso de dormir uma noite de sono. – eu disse afagando as tranças dele.

– Não! Não entendes – te que não é por falta de uma noite de sono. Estás no teu limite, precisas de recuperar. – Disse ele ainda com preocupação na voz.

– É isso ai mocinha, nós não ganhamos para o susto. – Disse o Gus também com uma carinha de preocupação.

– É mesmo, quase morremos de preoucpação. Mas que doideira, foi essa de trabalhar até à exaustão, Dona Gabriela!? – Disse o Ge muito sério.

– Desculpem,vocês sabem que eu sou bem desligada, em horário de descanso e de comer, essas coisas. – eu disse com vergonha.

– Mas nem que não quisses, agora vais mesmo voltar para casa. Vamos ficar de olho na senhorita. Que magreza exagerada é essa? – Disse Bill

– Ah, Bill! – eu ia defender – me mas ele cortou – me.

– Nem ah, nem meio ah. Nós vamos cuidar de ti, e de qualquer jeito, isso pode tornar – se grave. – ele disse bem sério.

– Que exagerados, foi só um desmaio, eu não morri não. – eu disse rindo.

– Não tem graça, não. E não foi só um desmaio, isso podia ter sido mais sério do que foi. – ele agora estava bravo comigo.

– Ok, chega! Eu tou bem, já disse. – eu disse brava, mas quando me levantei rápidamente para me por de pé, eu senti uma tontura muito forte, fazendo – me cambalear e quase cair. Eles correram para me segurar, estava suando frio de novo.

– Vês não estás bem. – Disse Bill que passava a mão no meu rosto, e se assustou a perceber o quão branca e fria eu estava a ficar.

– Estás a perder a cor outra vez. É melhor sentares de novo. – Disse Tiago assustado.

Eu sentei – me, mas na minha cabeça só passavam perguntas: Porque eu estou assim? Eu sou forte e estou me sentindo tão fraca porque?Eu detesto que os outros tenha que se preocupar comigo. Mas uma voz tirou – me dos meus pensamentos.

– Amor, sentes – te melhor? – Disse Tom ainda preocupado.

– Não fiques assustado amor. Eu já estou bem. – eu disse tentando parecer firme.

O meu celular começou a tocar e eu peguei na bolsa, tirei ele de lá e atendi.

– Oi, Tudo bem contigo? – Perguntei

– Sério! Que legal! Para quando é isso? – eu disse interessada, tirando a minha agenda da bolsa com uma caneta.

– Nossa, isso é sério!? Depois de amanhã? A partir de que horas, é preciso eu ir para ai?

– Hum! Bem, acho que posso aceitar esse trabalho sim! Quantas noites precisas que sirva no bar? – Disse um pouco mais animada. Eu senti alguém tirar o meu celular da mão e fiquei com cara de ponto de interrogação.

– Oi! Tudo ótimo! Olha desculpa mas ela não vai poder fazer esse trabalho não, procura outra pessoa, ela vai estar ocupada. – Disse Tom

– É ela depois liga – te. Desculpa e obrigado. – ele desligou e entregou – me o celular.

– Como é que é? Eu ocupada? – eu fiquei irritada, odeio quando alguém se mete no meu trabalho.

– É isso mesmo. Fizes - te muito bem, mano. – Disse Bill ollhando – me sério.

– Mas que droga! Agora isto vai ser assim? Isso é a minha vida! – Disse brava com eles.

– Ah, não fiques brava não, connosco! É para o teu bem. – Disse Ge.

– Desde quando isso é o meu bem? Eu não me meto na vossa vida profissional, pois não? – continuava brava.

– Não, mas nós também não estamos doentes. – Disse Gust.

– Mas que saco! – eu levantei, peguei a bolsa e sai dali, indo para a rua. Dei um empurrão com o ombro no Georg, que olhou – me e percebeu a minha clara irritação.

– Espera! Espera, Gabriela! – Gritaram os 4 vindo atrás de mim.

Eu já estava entrando no taxi quando sinto ser puxada, e um dos quatro pedir desculpas para o motorista. Agora, que eu ainda fiquei mais irritada ainda, já estava vermelha de raiva.

– Nossa, bem que podias ser menos teimosa! – Disse Tom.

– Teimosa? - Disse séria.

– É sim, muito teimosa. Não percebes que podes ficar com um problema de saúde sério, não? – Disse o Gus.

– Qual problema, qual que? Só preciso de dormir umas horas! Desde quando isso é problema? – Disse

– Desde que fazes tudo até ao teu limite! Isso não está certo! – Disse Bill.

– Tudo bem! Fiquem ai brigando, que eu hoje já esgotei a minha paciência! Nem se atrevam a seguir – me, por hoje por mim já deu o que tinha para dar. – Disse séria virando as costas a eles e indo caminhando pelas ruas.

– Espera! Tá chovendo, vais ficar gripada. – Gritou Tom.

Eu nem tinha notado que já estava toda molhada.

– Não importa, prefiro assim! – eu disse continuando a andar.

– Não! Só estamos a fazer isso para o teu bem! – ele disse e agarrou o meu braço.

– Eu enjoei, de todo o mundo ficar dizendo o que é ou não para o meu bem! Fartei! - eu disse irritada, e o Tom pegou – me pela cintura colocando em seus ombros, enquanto eu estava reclamando.

– Mas que é isso agora? Me solta! Que brincadeira, é essa!? Eu juro que eu vou socar as tuas costas Tom! Eu estou avisando! – eu disse emburrada, enquanto eles riam.

– Ah, sim! Eu quero ver isso! Eu aposto que nem deves ter tanta força assim! – ele estava a provocar – me.

Eu pensei: Ah, é assim, Sr. Tom! Vais arrepender – te do que disses – te! Ele esqueceu – se que eu já trabalhei numa academia, dando aulas de boxe.

Fiz uma expressão de vingança, e esmurrei as costas dele, com alguma força, não a suficiente para machucá – lo, só para o assustar um pouco. Ele começou a gemer.

– Garota, mas onde aprendes – te a socar desse jeito? – Disse ele surpreso.

– Bem, por acaso, esqueces – te que eu dei aulas numa academia? – Disse

– Sim, mas lá ensinam as professoras a socar deese jeito? – Disse ele curioso.

– Por acaso, sabes que aulas eu dava? – Disse rindo.

– Não! – ele disse.

Eles olharam – me curiosos e eu ri – me.

– Aulas de que? – Perguntou o Georg.

– Bem, eu dava aulas de boxe. – Disse rindo.

– Boxe?! – eles disseram em coro e surpresos.

– É isso ai! – eu disse cruzando os braços e rindo.

– Caraca, eu quero umas aulas particulares. – Disse Georg.

– Aulas de personal training são mais caras. – eu ri

– Ué, mas eu sou teu amigo! – Disse o ge fazendo os olhos fofos.

– Brincadeira, para ti são de graça. – eu continuei a rir.

– Nossa, mas tu és uma caixinha de surpresas. – Disse o Gust.

– Bem, que eu achei estranho tu socares com tanta força na outra garota. Esse doce, bate como um homem. – Disse Tom.

– Ah, pois é! Na minha aula também tinha sempre muito homem querendo aprender a socar comigo. – eu disse orgulhosa.

– Claro, né! Se eu tivesse nessa academia, como um professora gatinha, também iria nessa aula. Nem que fosse só para ver a professora de shorts e suando. – Disse Tom rindo.

– Qual é! Eu sou boa socando, e uma ótima professora. Nem todos são tarados, não! Além disso também havia muitas mulheres. – Disse rindo.

– Aposto que és ótima, sim! Mas depois mostras – me essas qualidades, sua louca. – Disse ele rindo.

– Louca? Acho melhor não me provocares, estás numa posição desfavorável. Que por acaso é ótima, para eu bater, e matar saudades de socar. Com um saco de boxe dessa qualidade, acho que eu não me vou conter, não! – eu disse rindo de forma malvada.

– Nossa! Que malvada! – Disse ele sarcástico.

Eu continuei rindo e muito.

– Malvadona eu amor! – Disse rindo.

Ele colocou – me no chão e entramos no hotel todos molhados, sem antes receber um comentário constragedor do meu namorado:

– Nossa, bem que o vestido poderia ser todo branco! Que maldade, não dá para ver quase nada. – ele disse com uma cara de safado.

– Da próxima visto um todo preto e não há direio a ver nada. – eu começei a rir, e os meninos também.

– Que má! Eu tenho direito. – ele disse fingindo um biquinho.

– Ai, que fofo! Que bico amoroso. – eu disse rindo ainda.

– Me dá um beijo, anjo, para desfazer o bico. – ele pediu

– Claro. – aproximei – me, dei pequenos beijos nos lábios dele e afastei – me.

– Não vale! Eu quero dos outros. – ele reclamou.

– Outros? Que outros? Eu não sei do que estás a falar! Refresca a minha memória, acho que preciso de ajuda. – eu disse manhosa.

Ele nem perdeu tempo, também provoquei, ele deu um beijo daqueles de cortar a respiração, quase como se fosse um beijo de cinema.

Postado por: Grasiele

Broken Heart - Capítulo 36

 

– Tom! – eu disse surpreendida.

– Gabi! Pensei que ia perder – me nestes corredores. Mas depois vi a vossa briga e encontrei – te. – ele riu um pouco nervoso.

– É não foi bonito! – Disse com vergonha.

– Cara, eu não quero brigar contigo. Tu bates muito forte, que horror! – ele disse e depois rimos juntos.

– Nossa, só tu para me fazeres rir agora! – eu disse um pouco triste e corri para abraça – lo. Ele passou os braços em volta das minhas costas.

– Estava com saudades e desculpa mas eu não consegui ficar longe! – ele baixou o olhar.

– Não fiques mais longe de mim, por favor! E não te desculpes foi o melhor que fizes -te. – eu disse sorrindo de canto e ele retribuiu o sorriso.

Ele passou as costas da mão no meu rosto e eu fechei os olhos ao sentir o toque dele. Fomos aproximando – nos, as nossas respirações ficaram rápidas, estavamos muito perto um do outro e eu disse: Perdoa – me por não ter acreditado.

Ele segurou o meu rosto, aproximou – se e começou um beijo calmo, que depois foi ficando mais quente e as mãos dele pressionavam – me colando a minha cintura na dele. Quando nos separamos, ele sorriu para mim e colou as nossas testas e disse – me: eu quero que voltes para mim, ninguém nunca vai conseguir quebrar – nos. Eu beijei o rosto dele com carinho e passei a minha mão no rosto dele. Nós ouvimos aplausos, que quando vi eram os garotos sorrindo para nós.

– Mas o que é isto, seus safados? Também vão dizer que não aguentavam mais de saudades minhas? – Disse rindo.

– Ah, que má! Nós também temos direito a ter saudades tuas! – Disse Gust com os olhinhos brilhando.

– Pronto, pronto! Eu acredito, seus fofos. Também estava morta de saudades vossas. – Disse sorrindo, e eles aproximaram – se e demos um abraço de grupo.

– O desfile é hoje à noite estás nervosa? – Disse Bill sorrindo.

– Não, nem um pouco! Mas que pergunta! Já sabes a minha resposta, morrendo de medo. – Disse e depois ri, e eles também.

–Gabi, quando formos para a Alemanha, voltas para casa? – Disse Gust nervoso ao fazer - me a pergunta.

– Honestamente não sei, se calhar o melhor é ainda passar uns tempos no apartamento onde estou. – Disse

– Como não? Volta por favor! - Dizia Georg com uma carinha muito desanimada.

– Volta, volta, volta! Só tu sabes fazer a comida como eu gosto, aqueles pratos vegetarianos, aquelas conversas que duram até à madrugada, o cheiro que deixas pela casa, a animação que acordas e pões o radio a tocar. As coisas que só tu sabes fazer quando estás em casa , os mimos que dás a nós os 4, enches –nos de miminhos. Queremos tanto que voltes, aquela casa não é a mesma sem ti, até a Chris diz o mesmo. Vá lá, por favor! Quando algum de nós está de mau humor e tu arranjas sempre uma maneira especial de nos voltar a fazer sorrir. – Disse Bill com um sorriso bonitinho.

– Bill, isso é jogo sujo! Malvado! – Fiz uma cara séria que em um instante se transformou num sorriso, acabando por dar uma gargallhada.

– Voltas? – Disse com aquele ar de anjinho, meu deus igualzinho ao irmão.

– A sério garotos, por enquanto é mesmo melhor não! – Disse séria.

– Porque? – Disse Tom cabisbaixo.
– Tom é melhor, sério! Temos os dois que passar um tempinho assim. – Disse

– Ah, não! Não, não! Voltas connosco! - Disse ele batendo o pé como se quisesse fazer birra.

– Já paguei para ficar lá até ao fim do mês, só falta mais duas semanas! – Disse calma.

– Agora, com essa justificação é que não volas para lá mesmo! – Disse ele

– Teimoso! Meu teimoso! –Disse sorrindo para ele.

– Sabiam que vocês são os chatos mais lindos, do mundo!? – Disse a rir.

– Sim! – Disseram em coro.

– Então? – Disse Gus

– Chatos, meus chatos favoritos, pronto eu volto! – Disse derrotada.

– Quando voltas?- Disse Bill desconfiado.

– Assim que chegar na Alemanha! – Disse confirmando.

– weeeeeeeeeeeeeeee! – Disseram os 4.

O Georg pegou – me pondo – me nas costas dele, ele é tão doido. O Bill gritava que ia comer comida decente de novo, o Gust estava emocionado e o Tom estava eufórico.

– São fofos vocês! Eu vou só buscar lá as minhas coisas, ok! - Disse para eles.

– Mas é mesmo só tirar o que é teu de lá! Não tentes enganar - nos! – Disse Bill

– Mor, hoje, sabes! –Disse a brincar com o piercing no meu pescoço.

– Sei, sei! Mas isso agora, vamos ver se mereces! – Disse na brincadeira.

– Eu mereço sempre, bonequinha! – Disse dando uma mordidela no meu pescoço.

– Então? Vou ficar marcada, achas isso bem? – Disse arrepiada.

– Acho muito bem, delicia! – Disse dando mais um beijo no meu pescoço.

– Provocador, estou a ficar com calor. Não é por nada, o teu irmão e os nossos amigos, estão aqui, não sei se te lembras. – Disse a rir.

– É eu esqueci – me! – Disse com um sorriso de anjinho que eu amo.

– Tá bem, mereces. Prepara – te que hoje vou te tirar a pele! –Disse a rir.


– Opa, tás selvagem, gosto disso! – Disse ainda me provocando mais.

– Gabi! – Chamou – me o estilista.

– Oi! Ah, eu queria agradecer pela oportunidade! – Disse ao Tiago.

– Qual que! Eu que agradeço de ter uma modelo com um corpão desses. – Disse ele sorrindo.

– ok. – Eu sorri envergonhada.

– Olha queria dar – te este modelo exclusivo. Acho que vais usá – la muito bem com o teu namorado esta noite. – ele disse rindo.

– Tiago, seu safado! Cara, mas eu só conheço garotos safados, que mal eu fiz a Deus para merecer isto? – Diss envergonhada, e eles riram.

Tiago despediu – se de mim e dos garotos que gostaram dele na hora. Eu abri a caixa, quando eu olhei. Mas que cara doido, deu – me uma langerie vermelha e branca rendada, muito sexy.

– Aposto que vais ficar linda! Eu quero ver – te depois com ela. – Disse Tom beijando o meu pescoço.

– Ok, amor. Agora tenho que ir o desfile vai começar daqui a uma hora. – eu disse – lhe e abraçei – o.

–Não, não! Sem antes me dares isto. - ele beijou – me como se eu fosse fugir dele, e tivesse medo de me perder, com um carinho diferente, um romantismo, enquanto me beijava passava a mão no meu rosto.

– Ok, agora tem mesmo de ser. – Disse e sorri começando afastar – me deles.

O backstage estava uma loucura, todo o mundo corria, era um stress incrivel, até que o desfile começou. Eu segui para a passarela com segurança, e até que correu bem. Assim que acabou e coloquei um vestido com as costas rendadas e quase descobertas em tons de azul escuro e branco, com uma sandália prateada pois ainda ia haver uma festa.

Eu cheguei e a festa já estava com muita gente incluindo os garotos, a música alta, as pessoas se divertindo, acho que a noite vai ser boa.

– Oi! Adorei te ver naquele desfile, mas preferia se fosse privado para mim. – disse Tom no meu ouvido.

– Oi! Olha que não seria má ideia, um exclusivo só para ti. – Disse sorrindo e dando um beijo nos lábios dele.

Nós ficamos todos a conversar durante bastante tempo, a festa até que estava agradável, mas estava um calor exagerado ali. Decidi sair um pouco já que estavam todos animados na festa, acho que estava passando um pouco mal, mas que estranho eu nem bebi nada com álcool.

Havia um jardim fora do local da festa, e tinha uma fonte, eu sentei – me um pouco. Estava zonza, cada vez mais tonta, sentia – me a suar muito e frio. Como eu estou com frio, se hoje até está o tempo quente!? O meu corpo parece meio fraco, e mole, quase não consigo ficar de pé, parece que sugaram a minha energia completamente. Ouço alguém aproximar – se de mim.

– Ah, estás aqui! A minha modelo favorita e mais linda está aqui! Está todo o mundo perguntando por ti! – Disse Tiago animado.

– Sério!? Eu já volto para dentro, só vim tomar um pouco de ar. – Disse com a voz fraca.

– Gabi, estás bem? Esta tudo bem? – Disse Tiago com preocupação na voz.

– Está tudo bem sim, não fiques preocupado. – Disse tentando sorrir.

– Eu avisei – te que tinhas que parar com esse ritmo maluco de trabalho, não descansas faz dias, não comes direito, não dormes bem. Olha ai o resultado. – Disse ele sério.

– Eu estou ótima, não é preciso ficares bravo comigo. – eu disse tentando evitar que ele se preocupa – se.

– Eu vou chamar o Tom, para tomar conta de ti. – Disse ele já virando – me costas.

– Não! Não é necessário, só vais preocupa – lo e eu não quero. – Eu agarrei a mão dele.

– Mas querida, não estás bem. Estás pálida de mais, suando muito e gelada pelo o que estou a perceber. – ele olhou – me cada vez mais angustiado.

– Calma Tiago. Já estou muito melhor, eu estou a ir agora contigo para dentro. – eu levantei – me, mas não consegui manter – me em pé, senti um frio percorrer o meu corpo, as forças falharem – me, a minha visão ficou borrada e escura.

– Gabi, Gabi! Acorda, pelo amor de deus! Fala comigo, pelo amor de deus! Não faças uma coisa dessas comigo, Gabriela! O que está a acontencer contigo? – Tiago ficou desesperado tentando acordá – la. Mas nada, nenhuma reacção dela.

Carregou – a em seus braços para dentro da casa, onde da festa só restavam poucas pessoas, incluindo os garotos. O Tiago deitou – a no sofá e pediu que um dos convidados que era médico a examina – se. Tom olhou para os garotos e automaticamente as lágrimas correram pelos seus olhos. Tiago foi bombardeado por perguntas por eles, e contou o que tinha acontecido. O médico olhou para os 5…

– O que aconteceu? – Disse Tom nervoso.

– Ela começou a ficar sem cor, a suar frio e a ficar gelada, mas disse que estava bem. Eu avisei – a que andava a exagerar, a trabalhar horas sem parar, mas ela nem ligou. Disse – lhe pelo menos que para – se com as corridas de manhã, mas nem quis saber. Desde que aqui cheguei, não a vi parar nem que fosse para comer direito, só beliscava em alguma fruta e mais nada. Eu disse – lhe que isso poderia virar um problema, mas ela nem quis saber, disse que eu era um exagerado. – Disse Tiago preocupado.

– Mas ela enloqueceu de vez? Vocês lembram – se do dia em que fomos a casa dela lanchar? – Disse o Ge.

– Sim, o que tem? – Disse Gus.

– Não repararam que todos comemos, menos ela. – Disse Ge.

– É verdade, agora que falas nisso. – Disse Bill pensando.

– Olhem, ela está o pulso bastante descompassado, suando frio e muito gelada. Isso está acontecendo porque ela deve estar sem comer direito há vários dias, descanso deve ser quase nulo. O corpo dela está reagindo por um excesso de esforço, essa moça deve andar trabalhando muitas horas seguidas, sem quase pausa. Precisa urgentemente de descanso, de alimentar e hidratar direitinho. – Disse o médico interrompendo a conversa.

– Mas ela vai ficar bem? – Perguntou Tom preocupado.

– Vai, não fique nervoso. Mas é necessário atenção em caso de novos episódios como esse. Isso pode – se tornar sério. Fiquem de olho nela, controlem o que ela come, horários de sono, não deixem ela exagerar nas horas de trabalho. – o médico disse simpático.

Eu senti o meu corpo novamente voltando ao estado normal, eu consegui abrir os olhos bem devagar e começar a focar. Tinha uma dor de cabeça que parecia que tinha sirenes na cabeça. Eu começei a levantar – me, mas estava confusa, eu tava no jardim lá fora, não aqui!? O Tom correu para junto de mim, quase desesperado, eu podia ver preocupação no olhar dele, mas o que aconteceu?

– O que foi amor? Porque esse olhar quase desesperado de preocupação? Aconteceu alguma coisa? – eu disse sem entender nada. O que aconteceu com ele? Agora eu fiquei preocupada.

Ele abraçou – me com força apertando – me contra o seu peito e agarrando o meu vestido com força com uma das mãos. Ele escondeu o rosto no meu pescoço e eu abraçei – o.

Postado por: Grasiele

Broken Heart - Capítulo 35

– Não sei! Já te ouvi, agora deixa – me ir, p.f.f.! – Disse desviando o olhar do
dele.

–Por favor, não vás! – Ele começou a chorar de desespero.

– Não chores, o mal está feito! Eu só preciso de pensar, percebe isso! - Disse mais calma levantando – me da cama, e arrumando as roupas numa mochila. Peguei na mochila, fui até à sala.

Na sala…Estavam todos muito tensos, depois do que se passou.

– Tu vais embora, mesmo? – Perguntou o Gust triste.
– Vou, mas não faças essa cara! Pode ser que volte! – abracei – o com força.

– Não vás, fica! – Pedia Ge, com os olhos a encherem – se de lágirmas.

– Não chores! Eu vou estar uns dias fora, é só isso! – Disse beijando a bochecha dele.

– Não há nada que te faça voltar atrás? – Disse Bill cabisbaixo.

– Não, Bill, por enquanto não! – Disse – lhe com carinho.

– Miga, se precisares, liga - me! –Disse Chris que também estava muito triste.

– Bem eu vou indo! – Disse colocando a mochila nas costas.

– Dizes depois onde estás, p.f.f.? – Disse Gust.

– Digo sim!

Sai de casa e peguei na mota, sai dirigindo até cansar, precisa de ficar só comigo mesma. Tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo, parecia que ia enloquecer. Será que eu vou aguentar toda essa situação?
Seré que eu sou forte o suficiente para superar tudo o que está a acontecer
comigo? Passaram – se algumas horas e eu fui para um apartamento que por vezes alugava para fazer alguns ensaios com as bandas ou com a minha equipa de dança.
Abri a porta, joguei a mochila no chão. Deitei – me no chão e fiquei a chorar
inconsolável. Eu queria desparecer, eu sabia, que nunca iria conseguir ser
feliz. Fiquei horas deitada no chão frio da sala sem me mexer, era como se
estivesse morta por dentro. O corpo doia, mas alma estava doendo ainda mais. Para além de tudo o que tinha descoberto sobre a minha identidade. Ainda para me deixar mais louca, aquela dúvida cruel, vagava nos meus pensamentos. Será que ele estava a dizer a verdade? Tiria que
descobrir. Passaram cerca duas semanas, eu voltei a fazer a minha rotina de
faculdade e trabalho. Estava trabalhando novamente como uma louca, quase não dormia, nem comia, o meu rosto parecia o de um zombie. Estava novamente a destruir – me, aos poucos, aquele era o meu refúgio. Dediquei – me às aulas de corpo e alma, estava a aprender a enfrentar o meu medo de cantar em público, já estava a conseguir lidar muito melhor com isso. A campainha da minha porta começou a tocar e eu fui abrir…

– Oi! – Disse o Ge.

– Oi, Ge! – Disse abraçando – o forte que ele retribuiu.

– Nossa, vou ficar mais tempo sem te ver, para receber um abraço desses! – Disse ele rindo.

– Entra. – Disse – lhe.

– Então princesa, como estás? – Disse ele com a expressão séria.

– Bem, eu estou ótima. – Disse forçando um sorriso, que parecia não o convencer nem um pouco.

– Sabes, que contas comigo. Eu não estou a acreditar minimamente que estejas bem, isso está a preocupar – me. Gabi, querida, devias voltar para casa. Nada é o mesmo sem ti, estamos todos a sentir a tua falta. E tu estás tão infeliz, os teus olhos não metem. – Disse ele que passou a mão no meu cabelo.

– Ge, eu não vou voltar, não para já. Eu também sinto a vossa falta. Escuta, eu sou forte, não precisas de te preocupar. Eu sempre segui em frente e superei as dificuldades, agora não vai ser diferente. – Disse séria olhando nos olhos dele.

– Eu juro, que não sei onde tu tiras tanta determinação. Nunca conheci ninguém assim. Ás vezes és tão assustadora. – Disse ele sério.

– Ge, obrigada, por estares sempre comigo. É importante para mim saber isso. – eu sorri para ele.

– Sempre contigo, nunca te esqueças disso. Estás ocupada este fim de semana? Podias vir almoçar connosco lá a casa? – ele sorriu para mim.

– Ah, que pena, mas já tenho planos para este fim de semana. – Disse sorrindo.

– Planos? Que planos? Já esqueçes – te o Tom? Vais sair com outro cara? Alguém já ocupou o teu coração? – Ele perguntou quase em tom de desespero e de incredulidade.

– Calma, Ge, respira. Não eu não tenho ninguém. Também não esqueci o Tom, ninguém ocupou o meu coração. É trabalho, vou estar fora a próxima semana. – Disse séria.

– Trabalho? Vais abandonar – nos durante uma semana? – Disse ele com os olhinhos tristes.

– Ge, é só trabalho. Pediram para fazer um desfile para um novo estilista.

– Ah! Mas agora também vais te meter nisso?

– Bem, o dinheiro é bom. É só mesmo um desfile nada de mais, para uma marca de roupas íntimas. – Disse com vergonha.

– O QUE? Vais desfilar em langerie! É que nem penses, nós não vamos deixar. – Disse ele surpreso.

– Por amor de deus, és tão exagerado! Olha vou fazer um café queres? – Disse simpática e rindo do desespero dele.

– Pode ser, um café caia bem. – Ele disse e eu fui para cozinha preparar um lanche. Estava entretida a cozinhar e a campainha começa a tocar frenéticamente.

– Ge, podes abrir por favor? – Gritei para a sala.

– Claro, vou já. – Ouvi a resposta dele.

Em dois minutos tinha 3 pessoas para além do Ge a invadirem a minha cozinha.

– Mas o que é isto? Invasão da minha cozinha? – Disse rindo.

– Mas que história é essa de viagem? Ainda mais para um desfile de langerie, Gabriela! – Disse Bill muito sério.

– Desculpa? Eu vou viajar e vou fazer esse desfile. Tenho que pagar as minhas contas, sabias? – Disse irritada.

– Quanto te vão pagar? 1000, 2000, quanto? Eu quero um valor! Tu não vais nessa viagem! Nem vais nesse desfile! Eu cubro o valor e ainda dobro. – ele disse tirando a carteira.

– Como? Bill, eu não me vendo, eu trabalho! Estás a ofender – me, sabias!? Eu estou na minha casa,não tenho que ouvir um desaforo desses. Achas que porque tens dinheiro, podes pagar por todas as tuas vontades? Não podes! Eu vou nessa viagem e acabou – se. Ninguém me vai impedir. – Disse muito séria, com o olhar cortante.

– Desculpa, eu não quis dizer isso. – ele disse aflito.

– Mas disses – te! A vida é minha, e eu sei o que faço. E tu Georg, não sabias ficar calado? É tão difícil aceitar que eu sei cuidar de mim, que eu sou uma mulher e não uma menina assustada. – Eu disse furiosa, espetando a faca na tábua de madeira que tinha em cima da bancada com força.

Eles olharam – me surpreendidos pelas minha s afirmações e a forma rispida como as dizia. Ficaram quase imóveis processando a informação daquilo que estava a acontecer.

– Gabi, princesa… - Disse o Ge tentando acalmar os animos.

– Nem princesa, nem meia princesa. Isto é o que eu penso, eu não vou mudar de ideias. Podem ir parando com essas caras de cachorinhos abandonados, que isso não me vai amolecer. Eu estou decidida, e determinda nesse trabalho. – Disse séria e irredutível.

– Desculpa, eu …Perdoa – me. – Disse Bill que começou a chorar.

Mas que coisa, eu também não queria que ele chorasse! Eu aproximei – me dele e limpei as lágrimas dele.

– Pronto, vem cá! Vamos conversar um pouco. – Disse pegando na mão dele e indo para o sofá na sala. Fomos seguidos pelos os outros.

Abraçamo – nos e eu passei a mão no cabelo dele.

– Eu só queria proteger – te, só isso. – Disse Bill baixando o olhar.

– Eu sei, esquece isso agora. – Disse acalmando – o.

– Estou perdoado? – Ele olhou – me com medo da minha resposta.

– Claro, seu bobo. – Disse dando um beijo na bocheicha dele.

– Que bom! – Ele abraçou – me bem apertado.

– E eu? Vais ficar zangada comigo? – Disse Ge olhando – me com medo para os meus olhos.

– Olha, eu devia ficar bem chatiada contigo, mas tudo bem! Como eu sou
muito idiota mesmo, não vou ficar chatiada contigo não! – Disse e ele beijou a minha bocheicha.

– Então e nós? Não temos direito a nada? – Perguntou Gus.
– Mas que gente ciumenta! - Disse rindo, provocando risos nos outros.

Eu beijei a bocheicha de cada um deles, e abracei apertado. Mas o clima
entre mim e o Tom estava tão esquesito. Ele parecia sem alma, parecia sem vida nenhuma, aquilo estava a matar – nos aos dois. Eu voltei na cozinha, e eles seguiram – me.

– Querem lanchar comigo? – Perguntei.

– Sim. – responderam os 4 em coro.

Eu fui fazendo o lanche e de repente, só eu e o Tom ficamos na cozinha. Senti – me ser prensada contra a bancada.

– Eu quero que voltes! – ele disse no meu ouvido.

– Não posso, não agora. – Disse – lhe.

– Eu vou fazer – te mudar de ideias. – ele disse determinado. Virou – me de
frente para ele, e colou a boca dele na minha. Eu tentei empurrá – lo, afastá – lo, mas estava impossível. Ele sabia encantar – me como ninguém, o beijo
começou a ficar desesperado, urgente, parecia que tinham posto o fogo junto da gasolina. Eu pus os meus braços no pescoço dele, e ele explorava a minha boca com ansiadade, redescobrindo cada canto, como se fosse a primeira vez. Os nossos corpos estavam muito colados e as mãos dele pressionavam a minha cintura para mais perto dele. Afastamo – nos e
ele sorriu para mim, com se tivesse ganho um presente de natal.

– Tom isso não podia ter acontecido. – Eu disse um pouco confusa.
– Porque não? Tu gostas – te eu sei, eu senti. Tu ainda me amas, eu sei,
assim como eu te amo. – ele ficou um pouco triste.

– Porque isto nunca vai dar certo. Eu não vou mentir, eu amo – te e
continuo a amar. Mas eu tou cansada de sair machuda de tudo isso. Eu também não que sofras e que saias machucado, entende. – eu disse séria.
– Não, nós amamo – nos. Eu não vou sair magoado, nem tu, porque o nosso
amor é mais forte que essas armadilhas, que tudo isso. Nós somos muito mais fortes unidos e querem separar – nos para nos enfraquecer. – ele disse triste.

– Eu preciso de pensar. Dá – me o tempo da viagem para pensar, ok?

– Ok, eu espero o tempo que for preciso. – ele disse mais animado.

Eu foquei - me no lanche novamente e levei a comida para a sala, comemos e conversamos todos mais animados. Eles despediram – se de mim e eu fui arrumar as malas para viajar para Nova Iorque.

Passaram - se dois dias, já estava em Nova Iorque e estava nos últimos ensaios para o desfile, até que ouço duas modelos com uma conversa minimamente interessante.

– Bem, nem imaginas como foi aquele after party, dos tokio!

– Conta, nunca chegas - te mesmo a contar!

– Foi lindo, conheci aqueles 4 gatinhos.

– Sério? E conseguis – te alguma coisa com um deles?

– Bem, mais ou menos. Eu estava a dar tudo por tudo para ficar com o guitarrista, mas o tipo é chato. Não queria nada comigo, nem me tocava nem me ligava nenhuma. Já que não conseguia bem, foi a mal! (como é que é?) Servi – lhe uma coca – cola, mas claro com uma coisinha epecial.

– Drogas – te – o?

– Sim, mas não acreditas que não fizemos nada a noite toda. Ele adormeceu, não fez nada, para além de chamar aquela Gabriela, lá! Aquela garota que está connosco neste desfile.

Não pode ser! Ele disse a verdade, eu já não queria ouvir nada, tenho que falar com ele. Mas como aquela vadia pode fazer uma coisa destas? Que nojo! Os meus olhos ficaram vermelhos de raiva e eu pulei no pescoço dela, saimos as duas no tapa, puchão de cabelos, quase nos matavamos ali. Até que fomos separadas, pelo produtor do evento, que nos tentava acalmar. Ele era meu amigo, e eu contei toda a história para ele. Como eu fui tão idiota, para cair numa armadilha dessas? O meu corpo está todo dorido, das unhas daquela vagabunda, e o desfile é logo à noite. Perdi toda a vontade de fazer esse desfile! Mas que droga, de vida! Sempre tudo se complicando para o meu lado. O que fiz a Deus para merecer isto? Assim que chegar na Alemanha tenho que conversar com ele! Estava completamente focada nos meus pensamentos, até que ouço alguém chamar – me! Eu não acredito naquilo que os meus olhos estavam a ver neste momento.

Postado por: Grasiele

Broken Heart - Capítulo 34

Começei a beijá – lo com suavidade e rápidamente começou a tornar – se um beijo mais ardente, quente, sem pudores. Fiz carinhos no rosto dele, sempre com um sorriso nos lábios e começei a levantar – me de cima dele.

– Já vais? – Disse com um ar desanimado.

– Vou, tem de ser! Se não tive – se eu ficava contigo! Assim bem juntinhos, meu amor, mas não dá! Amo – te muito! – Disse meiga.

– Ohhhhhhhhhh! Eu queria tanto que ficasses! Estava a ficar tão bom! –Disse com aquele olhar que me faz perder a noção de tudo.

– Eu sei, eu também queria. Mas não dá mesmo, minha vida! – Disse beijando – o nos lábios.

– Está bem! Mas prometes que voltas bem depressa? O mais depressa que puderes, Ok? – Disse abraçando – me por trás e colocando o queixo no meu ombro.
– Claro, que prometo. Os segundos longe de ti são horas! Também vou morrer de saudades tuas! – Disse para ele.

– Eu sou assim, deixou – te cheia de saudadinhas, não é? – Disse com malicia.

– Vá pronto, não começes a ser mauzinho, comigo! Sim, fico cheia de saudades de tudo em ti! – Disse

– Sabias, que és muito, mesmo muito fofa, linda, carinhosa, especial! – Disse ele.

– Não digas isso! – Disse com vergonha e corada.

– Ainda ficas mais fofa com vergonha! - Disse levantando o meu queixo.

– Amo – te! – Disse abraçando – o com força.

– Também te amo muito, mesmo muito! Mudas – te - me muito! Estives – te sempre aqui mesmo ao meu lado, sempre que eu precisei, e só agora é que percebi como já estava envolvido.

– Tu também me mudas – te e sabes disso! Completas – me em todos os sentidos! - Disse corada.

Abraçou – me com mais força e ainda ficamos algum tempo assim. Passado algum tempo eu despedi – me dele e fui para as aulas. Ao fim da tarde teria que passar no escritório de advogados para tirar esta histótia a limpo. Pelo menos uma boa notícia, já não estava tão complicado de andar, os remédios estavam a fazer os devidos efeitos. As horas passaram e eu fui para o tal escritório, olhei para o prédio e respirei fundo, ganhei coragem e subi.

Fui atendida por uma senhora simpática que era a secretária, que se disponibilizou em ajudar – me e chamar o dono do escritório. Esperei uns 10 minutos e um garoto dos seus 28 anos veio falar comigo, apresentam – se como representante do dono.

– Oi! Sou Dr. Gonçalo de Assis, advogado e represente do dono dessa empresa, em que posso ajudar a senhorita? – Disse ele apertando a minha mão.

– Oi, prazer, Dr. Gonçalo! Eu sou Gabriela Fritz, recebi esta carta do vosso escritório, eu queria alguns esclarecimentos, seria possível? – Perguntei educadamente.

Ele analisou a carta e arregalou os olhos para mim.

– Claro que sim. Vamos para o meu escritório. – Ele levo – me até ao seu escritório. Pediu que me senta – se e que me mantivesse calma.

– Olha, eu sei que é dificil. Mas por favor mantenha a calma. – Disse ele a olhar nos meus olhos.

– Por amor de deus, vá directo ao ponto. Conte – me a verdade, afinal quem sou eu? – Disse tentando parecer os mais calma possível.

– Bem, a senhorita é filha de um casal bastante rico. Na altura que nasceu eles não tinham meios como cria – la e deixaram na porta dos seus pais adoptivos. Por sorte, seu pai conseguiu com muito esforço criar um império, e eles viviam amargurados por ter abandonado – a. Eles ajudaram pagar parte dos seus estudos, e sempre queriam saber noticias suas. Tinham muito orgulho de você, por ser tão batalhadora, por superar as dificuldades de cabeça erguida. Aliás meus parabéns, a senhorita tem muito valor. A sua mãe não suportava a ideia de estar longe de si, e não puder dar concelhos nem acompanha – la no seu crescimento. Por isso não tiveram mais filhos. Eles deixaram em testamento, vários imóveis, uma gravadora de música, muitos outros bens, incluindo a carta que a senhorita recebeu. – O advogado olhou – me e esperou uma reacção minha.

– Olhe, eu só quero dizer – lhe que não quero nada desses bens, eu só queria descobrir o que aconteceu, e quem sou. Eu não quero nada de quem me mentiu a vida toda. Eu tenho nojo de pessoas assim, para além disso eu não preciso desse dinheiro para viver, eu quero viver a minha vida longe de toda essa imundice. Isso tudo me mete desprezo, eu quero que isso fique bem claro. – Disse séria.
– Eu aconselharia a pensar um pouco melhor. Se quiser ligue para o escritório quando tiver pensado melhor. – Disse ele.

– Não há mais nada a pensar. Tenha uma boa tarde e obrigada pelos esclarecimentos Dr. Gonçalo. – Apertei – lhe a mão e sai dali.

– Boa tarde e procure – me se precisar.

Eu sai dali, a pensar como pude ser enganada durante tanto tempo. Eu não quero nada de gente assim, não quero nada dessa gente. Eu quero esqueçer esta história. Preciso sair um pouco para me distrair. Resolvi ligar para a Chris assim que cheguei a casa…

– Olá! Tudo bem miga?
– Olá, miga! Tudo óptimo! Estás com eles?

– Não! Eles disseram que esta noite iam a uma entrevista, depois ainda tinham uma sessão de autográfos, mas iam tentar escapar da after party.

– Hum, ok. Então se fossemos nós as duas divertirmo – nos. Lady´s Night?

– Sim! Boa, já estou a ir para ai e depois vamos para a disco.

– Claro, vem logo.Tchau bjs.

– Tchau. Bjs

Fui vestir uns shorts de ganga, com bota de salto alto e uma blusa preta, com uma maquiagem um pouco mais pesada mas bonita, com o cabelo solto a cair pelas costas.

Passado uns 30 minutos a Chris aparece em casa, com um vestido azul escuro, leve, muito bonito, com um corte tomara que caia e umas sandálias de salto. Seguimos até à discoteca, e dançamos até quase cair as pernas. Já eram umas 4H00 da manhã e resolvemos voltar para casa.
Abrimos a porta com cuidado,e entramos para não acordar ninguém. A Chris nem se despediu de mim, claro foi ter com o Bill ao quarto, a noite ainda ia ser mais longa. Claro, eu também fui abrir a porta do quarto do Tom, mas pude ver aquilo que eu menos queria, e que me quebrou o coração em mil pedaços de uma só vez.
Ele estava com outra na cama, não pode ser! Como eu me iludi tanto, ele não podia fazer isto comigo! Afinal era tudo mentira, ele não me amava, ele esteve a brincar comigo o tempo todo! Voltei a fechar a porta com cuidado, e sai dali a correr, cheia de lágrimas nos olhos, eu queria morrer. Como brincou com os meus sentimentos daquela forma? Até que esbarrei em alguém e acabei por cair no chão estatelada, era a Chirs!

– Miga, o que foi? Estás a chorar porque? Discutis – te com o Tom?

Eu nem conseguia responder, só abanava a cabeça que não.

– O que foi? Estás a assustar – me! – Ela ajoelhou – se junto a mim, até que o Bill aparece.

– Mor, então não vens? Estou à tua espera! – Disse animado.

– Bill, espera! Acho que ela discutiu com o teu irmão! Não pára de chorar, mas também não me diz nada! Miga, fala connosco por favor!

– Querida o que foi? O que aconteceu? - Disse ele preocupado, eu nem conseguia raciocionar direito. Ele ajoalhou – se junto de mim.
– Desculpem, eu vou sair, preciso de sair daqui!

– Não vais a lado nenhum assim! É que nem penses! – Disse Bill sério agarrando o meu braço com força.

– Espera vou chamar o Tom! – Disse a Chris.
–NÃO! Não, chris não faças isso! – Disse quase como desesperada.

– Como não? – Disse o Bill desconfiado.

A Chris acabou por ficar comigo ali, o Bill foi ao quarto do Tom, e viu o mesmo que eu. Ele nem queria acreditar naquilo, como o irmão foi capaz. Bill começou a por a garota dali para fora e a acordar o irmão bruscamente.

– TOM! LEVANTA – TE! COMO FOSTE CAPAZ?
– Capaz de que? O que esta garota está aqui a fazer? A Gabriela? – Disse com a voz grogue e arrastada.

– Como o que ela está aqui a fazer? Tu dormis – te com ela? Estás parvo? – Disse irritado.

A gritaria estava a ser tão grande que o resto do galera acabou por acordar e ir ao ter ao quarto do Tom ver o que se passava. Os G´s também não queriam acreditar no que se estava a passar. Foram para a sala, ver dela.

– Oh, meu amor! Não fiques assim! - Disse Gus que se sentava junto de mim.

O Ge começou logo a abraçar – me com força, eu tremia toda. O Gus limpava as minhas lágrimas que teimavam em cair, como uma cachoeira. Eles como sempre estavam lá nos meus piores momentos.

Enquanto no quarto do Tom…

– Não dormi nada! Estás doido, eu tenho namorada! Não iria fazer isso com ela! Eu aliás sinto – me tão esquesito, parece que nem me consigo levantar. – Disse meio zonzo acabando por cair sentado na cama.

– Mano, estás bem? – Disse Bill percebendo que era verdade.

– Não, sinto – me indisposto, a cabeça à roda, mas eu não bebi nada a não ser a coca – cola que uma garota trouxe para a mesa, depois começei a ficar com muito sono. – Disse ele arrastando as palavras.

– E agora? A Gabriela! Tens que falar com ela agora! Ela pensa que a trais – te! – Disse Bill preocupado.

– COMO? Eu não a traí, não faria isso! – Disse desesperado
– Pois! Mas não era isso que parecia quando entramos no quarto! – Disse Bill

– Onde ela está?

– Na sala.

Ele saiu andando como pode, com a ajuda do irmão até à sala. Viu os G´s
abraçados nela e Chris a segurar – lhe a mão. Estava a chorar tanto, estava
desfeita.

– Mor? Não chores! Eu não fiz nada daquilo! Aquilo não é o que parece! – Disse calmo.

– Como não? Vais negar o que vi? Porque brincas – te com os meus sentimentos? Como pudes – te? – Disse alto.

– Eu não…

– Como não? Estás a brincar certo? Parabéns! Parabéns! Conseguiste o que querias, comer mais uma idiota, que caiu no teu jogo, que por acaso era tua melhor amiga! –Disse completamente descontrolada.

– Gabriela , escuta!


– Eu não ouvir nada! NADA! Eu vou sair daqui, já! Aliás esquece que eu
existo, que vou fazer o mesmo! EU ODEIO – TE! ODEIO – TE! – Disse cada vez mais fora de si.

– Não! Não podes ir assim! Eu amo – te, tens de acreditar em mim, eu não fiz nada daquilo! – Disse nervoso.

Enquanto isso eu fui até ao meu quarto tirei de lá a minha mala, e comecei a colocar tudo o que tinha dentro dela. Comecei a tirar tudo das gavetas apressadamente, enquanto ele tirava tudo das malas para o chão.

– Pára com issso! EU NÃO TE TRAÍ! – disse nervoso.

– Tudo bem! Pensa como quiseres, eu já não me importa! Vou sair daqui mesmo, nunca mais te vou ver! - Disse dura com raiva nos olhos.

– Não podes ir, tu vais ouvir quer queiras ou não! –Disse agarrando os braços com imensa força e atirando – me para cima da cama. Eu tentei levantar- me mas ele sentou – se m cima de mim.
– Não, solta – me ! SOLTA – ME! EU quero ir embora! Deixa – me ir! – Disse
enquanto me debatia com o corpo dele.

– Ouve- me e depois eu deixo -te ir! – Disse ele calmo

– Não quero! Não quero! – Disse com os olhos vermelhos sempre cheios de lágirmas.

Aquilo estava a dar cabo dele, ele sentia – se mal por aquilo ter acontecido. Agora que a tinha encontrado ele não permitir que uma vadia qualquer destrui - se aquilo de mais importante que ele tinha. Ele contou que tinha sido drogado e que tinha sido trazido para casa e que aquilo não passou de uma armadilha. Ele parecia – lhe sincero, mas estava demasiado cansada até exausta para tomar uma decisão.

– Acreditas em mim? – Disse calmo, soltando os braços dela.

Postado por: Grasiele

Broken Heart - Capítulo 33

– O que tem o teu pé? – Perguntou Bill curioso.

– Não tem nada. Vá preciso de ajuda, se não hoje só vamos jantar de madrugada. – Disse séria.

– Sabes que mentes muito mal, Gabriela. – Disse Bill com ar muito sério.

– Sério? Porque? Não estou a mentir. - Disse para ele.

– Ah, não. Esse pé inchado por caso é um nada? – Ele encarou – me sério.

– Ok, eu cai. – Disse

– A culpa foi minha quando o Tom me empurrou, eu cai em cima dela, e ela fez um mau jeito no pé e agora está assim. – Disse Gus.

– Tom! – Repreendeu Bill.
– Eu sei, que estive mal. Devias ir a um médico ver disso, antes que inche mais. – Disse ele preocupado.

– Não te preocupes, isso passa, amanhã vai continuar a doer, mas depois a dor acalma. É normal estas coisas acontecer, sobretudo para quem está habituado a levar a dança mais a sério. Tenho só que tomar um anti inflamatório. – Disse calma.

– Ok, mas se não passar vamos ao médico. – Disse Bill.

– Sim, não te preocupes. Obrigada, pelo carinho. – Disse e dei um beijo na bocheicha do bill que me abraçou.

– De nada, cunhadinha. – Disse ele rindo.

– Oi. – Disse a Chris que entrou na cozinha.

– Oi, Chris. Entra! – Disse – lhe com um sorriso, que ela retribuiu.

– Ficas para jantar, não é miga? Não aceito um não como resposta! – Disse mandona.

– Ok, já vi que não posso recusar. Olha o porteiro entregou – me esta correspondência para vocês. – Ela passou as cartas para o Bill. Que passou os olhos nas cartas e depois olhou para mim.

– O que foi? Alguma coisa de errado Bill? – Perguntei – lhe preocupada.

– Tens esta carta de um escritório de advogados para ti, Gabi. Toma. – Ele estendeu – me a mão com uma carta e eu peguei.

– Espera antes de leres seja o que for eu tenho que te contar uma coisa! – Disse a Chris com um ar sério para mim.

– Ok, conta estou a ouvir. – Disse calma. Deve ser alguma bomba.

– Bem, o prof. de música disse que ias ser substituida pois quer te por a fazer outra coisa! – Disse ela a fazer suspense.

– Mas que raio ele quer agora? Mas que coisa chris? O que estás a esconder? – Disse já ficar nervosa.

– Pronto, prepara – te, ele diz que vai por outra pessoa na percursão, e quer
sejas a vocalista! Diz que nunca mais te ouviu cantar desde aquela
apresentação, no teatro da faculdade! Disse que não quer que te refugies no
backstage nem nos instrumentos. – Disse Chris com medo mas com um ar sério.

Eu estava a ficar mesmo irritada.

– MAS QUEM ELE PENSA QUE É? TROCA – ME E NÃO ME DIZ NADA! - Eu estava a ferver de irritação.

– EU DISSE – LHE QUE NÃO QUERIA MAIS NADA COM OS VOCAIS! MAS QUE MERDA, PORQUE NINGUÉM RESPEITA A MINHA VONTADE! – Disse completamente alterada.

– Calma, amiga! Ele está a tentar ajudar – te! -Disse Chris muito calma.

– COMO AJUDAR – ME? ELE NÃO ESTÁ A AJUDAR – ME, ELE ESTÁ A OBRIGAR – ME A FAZER AQUILO QUE EU NÃO QUERO! EU SÓ QUERO ESQUECER, ESQUECER! – Disse completamente revoltada.

– Gabriela tem calma! Não vais resolver nada irritada desse jeito! – Disse Gus

– Ok! Eu só digo isto, ele não tem nada que se meter, eu não vou cantar em
público novamente, nunca mais! Ele que se vire, ponha outra pessoa a faze – lo, eu vou ficar calada em frente do microfone! – Disse mais calma.

– Mas assim, vais estragar o trabalho da equipa, ele vai dar – te uma nota
péssima! – Disse Chris incrédula.

– Nem me interessa! Ele que faça o que quiser! – Disse indiferente.

– Mas… - Disse Bill

– Mas nada, eu avisei – o que não queria nada que fosse com vocais, agora
provocou – me, ele vai ter o troco! Ele que espere sentado que eu faça isso! – Disse tirando a comida do forno e colocando – a na sala.

Eles sentaram – se para jantar e eu tranquei – me no quarto. Mas porque comigo? Eu não quero, isto! Bem, tenho que tomar medidas. Vou falar com o prof. e é agora.

Telefonei ao professor ainda demorou a atender.

– Estou, professor!?

– Sim, Gabriela?

– Sim, sou eu! Gostaria de saber porque me tirou da percursão e colocou – me nos vocais? – Disse calmamente.

– Porque tu és óptima nos vocais e escondes isso a todo o custo, só porque as audições não correram bem. Não me digas que pensas depois do curso finalizado, estás a pensar a ficar no backstage e nos instrumentos ou pior só a dar apoio às bandas como fazes sempre? Tu és muito talentosa e vais esconder isso do mundo!? - Disse calmo

– Professor, por favor não me faça isto! Isto é dificil! Eu quero mesmo ficar no backstage e eu não nasci para cantar em público, entenda isso, por favor! – Disse desesperada.

– Mas, Gabriela, eu sei que és óptima, só te quero ajudar! Eu sei que tens medo, mas é hora de enfrentá – lo, tu podes fazer tanto sucesso! Isso vai permitir que não tenhas essa vida carregada de trabalho, como tens! Quase nem dormes! – Disse aquilo num tom como se fosse meu pai, as lágrimas encheram os meus olhos. Por um momento eu parecia que estava a ouvi – lo.

– Por favor, não me faça isto! – Disse com a voz chorosa.

– Estás a chorar? – Disse preocupado.

– Não, não! Será que não tenho outra opção? Está a correr o risco de eu ficar na frente do microfone e não sair uma única nota da minha boca! – Disse calma.

– Eu prefiro pagar para ver. Quero correr esse risco. Não te preocupes porque eu vou ajudar – te. – Disse simpático.

– Ok, obrigada. Desculpe ter incomodado – o.

– Não incomodas nada. Então, até amanhã.

– Até amanhã.

Fiquei apática a olhar para a janela do quarto , eu não acredito nisto! Eu eu quero fugir disto. Abri a porta do quarto e fui até à sala, onde estavam todos concentrados na tv. Eu sentei – me num canto da sala, junto da janela a olhar para as estrelas, fiquei quieta enquanto eles me observavam. Até que a Chris veio ter comigo.

– Então, amiga estás melhor?

– Estou, desculpa aquilo de há pouco.

– Não faz mal! – Disse ela abraçando – me.

– Falei com o prof!

– E ele? Vai por – te na percursão?

–Não!

– Vais mesmo para os vocais?

–Sim!

– Mas o que vais fazer?

– Ele disse que ia ajudar – me e que eu tenho que perder o medo, ele falou de uma maneira que me fez lembrar o meu pai! Eu…eu..fiquei sem reacção parecia que estava a ouvi – lo de novo. – as lágrimas começaram a correr no meu rosto como se fosse chuva.

– Calma, não fiques assim. – Ela abraçou – me de novo.

– Eu não vou ser capaz, Chris! Não vou, eu sei que não! –Disse baixinho.

– Vais, sim! Eu sei que sim! Tu só tens medo, é isso! - Disse ela sorrindo para mim.

– Talvez, seja isso! – Disse tentando convencer – me que se calhar era só mesmo isso.

– Vou dormir cá, achas que há problema emprestares algumas roupas? – Disse timida.

– Oh, chris! Claro que não, a casa é tua! Vai buscar tudo o que precisares e gostares, não há qualquer problema. – Disse com um sorriso.

– Obrigada, vês é isto que toda a gente ve menos tu! És óptima, como pessoa e como professional! – Disse

– Não digas isso! Eu sinto – me um lixo! Deixa isto passa!

– Bem, antes que me esqueça, tenho que ler a tal carta. Vamos ver o que querem desse escritório. – Disse para a Chris que me olhou curiosa.

Eu abri a carta, não queria acreditar no que os meus olhos estavam a ler. Aquele deveria ser o pior dia te toda a minha vida, eu acho que não consigo aguentar mais, eu vou ficar louca. A carta dizia que as pessoas que eu pensava serem meus pais, não são! Que eu sou filha adoptiva
deles, e que o meu irmão também não é meu irmão de sangue. Os meus pais biológicos abandonaram – me na porta dos meus pais adoptivos num cesto. Que a verdade só veio agora a pedido dos meus pais biológicos que morreram a semana passada e queriam que eu finalmente soubesse toda a verdade. Eu não queria acreditar naquilo, a minha vida foi construída numa teia de mentiras. Os meus pais não eram os meus pais verdadeiros, o meu irmão também não era meu irmão. Afinal quem sou eu? A minha cabeça andava a roda a tentar processar toda a informação. Como puderam e tiveram a coragem de me esconder uma coisa destas, COMO!? Eu não
sei o que pensar! Eu apenas sinto nojo, de todo este mundo de mentiras. Fizeram - me acreditar e construir uma pessoa que não sou eu! Eu chorei a morte de pessoas, que mentiram toda a vida para mim, não maior cara de pau.

– Amiga, estás bem? – Chris falava num tom aflito. Eu não respondia, estava quieta, sem dizer uma única palavra e suando frio.

– Gabi, estás a ouvir – nos? – Perguntou Ge olhando para a carta na minha mão.

– Ela ficou assim quando leu a carta! – Disse a Chris, que passava uma toalha molhada no meu rosto.

– Amor, o que está acontecendo? Estás a assustar – me! – Disse Tom num tom preocupado.

Eu despertei dos meus pensamentos, e olhei para eles.

– Nada, não está a acontecer nada. Eu só fiquei surpreendida, mais nada. – Disse quase sem expressão.

– Mas afinal o que diz essa carta? – Perguntou Gus desconfiado.

– Nada de importante. Não se preocupem. – Disse com um tom apático.

– Nada não. Quero ver o que isso diz! – Disse Bill que tirou a carta das minhas mãos.

Bill leu com atenção toda a informação da carta e abriu a boca de espanto. Ele olhou – me com os olhos preocupados, e abraçou – me com força.

– Afinal o que está a acontecer? – Disse o Ge.

Todos leram a carta e não queriam acreditar naquilo. Eu parecia que não conseguia reagir, estava apática. Queria explodir mas não conseguia, queria girtar e chorar e deitar toda a raiva para fora, sentia – me sofucada, que se alguém me matasse aos poucos.

– Amor, eu estou contigo! Contas comigo, sempre vou estar do teu lado. – Disse Tom que abraçou – me com força. Foi o suficiente para eu desabar as lágrimas correrem sem parar no meu rosto. Eu estava confusa, afinal quem era eu? Porque isto comigo? Será que eu merecia passar por tudo isto? Ficamos abraçados, eu já não tinha mais forças, nem para pensar
em mais nada. Eu senti – me segura, protegida nos seus braços era o que eu mais precisava naquele momento. Só sussurei para ele: Obrigada. Ficamos assim durante um bom tempo, ele sabia ser a minha força quando eu já não podia mais, o mais importante de tudo ele completava – me. Eu começei a sentir - me cansada, mas o calor dos braços dele era
tão bom e acabei por adormecer. Ele carregou – me no colo dele para o quarto e deitou – me na cama, retirando os meus ténis. Cobrui – me com as cobertas e saiu do quarto.

No dia seguinte senti – me confusa eu não estava na sala junto da janela!? Agora estou no quarto e tapada com cobertas, mas pronto tudo bem, aposto que foi o meu amor que cuidou de mim. Fui comer, apesar de não ter fome, mas tinha que ser. Fui vestir – me e maquiar- me, uma maquiagem bonita mas leve. Ainda andava com bastante dificuldade tinha que me apoiar nas paredes para andar com alguma segurança. Rodei a maçaneta da porta dele, mas ainda dormia que nem um anjinho e eu sorri ao vê – lo tão calmo. Fica tão lindo a dormir assim, estava todo destapado, aproximei – me dele, para tapa – lo, sem o acordar. Mas quem acabou por ser surpreendida fui eu, ele agarrou – me pelo braço e puxou – me para cima dele, com aquele sorriso meigo dele. Eu retribui o sorriso, sabia sempre surpreender – me!

Postado por: Grasiele

Broken Heart - Capítulo 32

– É mesmo, mas acho que ele já voltou. – Disse – lhe aproximando – me do rosto dela, sentindo a respiração ficar mais acelarada.

– Gust, acho que…

– Shhh – Calei – a com um beijo que parecia urgente, sedento dos lábios dela, enquanto nos beijavamos eu passava a mão no rosto dela. Acabamos por nos separar e ela estava vermelha de vergonha.

– Acho que isto não deveria ter acontecido. – Ela disse – me levantando – se, quase querendo fugir.

– Porque? – Segurei o braço dela, queria que ela olha – se nos meus olhos.

– Gust, deixa – me ir, por favor. Eu tenho de ir. – Ela disse – me quase apavorada.

– Não, não vás. Desculpa – me eu não queria asustar – te. Barbara, eu gostei logo de ti assim que te vi a primeira vez, eu sei que parece loucura, mas fica comigo. – Eu disse quase desesperado.

– Por favor, não compliques só nos conhecemos agora mesmo. – Disse ela baixando o olhar, eu sabia que ela queria eu senti isso no beijo dela.

– Eu não estou a complicar. Mas porque não gostas de mim é isso? – Perguntei com medo da resposta dela.

– Não é isso. Mas as coisas não podem ir assim, tu não me conheces bem, nem eu a ti. Nós não sabemos nada um sobre o outro. Desculpa, mas tenho que ir. – Ela saiu quase correndo de mim.

Depois voltei sozinho para casa. Eu fiquei tão triste.

– Pronto foi isso que aconteceu. Mas eu não quero falar mais disso.

– Cara não fica assim não. – Disse o Bill consolando o amigo.
– É, conversa com ela. Isso só provou que ela quer andar com mais calma, nada mais. – Disse o Ge.

– Verdade, pergunta para a Gabi, ela é mulher vai saber dizer o que isso significou. Nada melhor do que perguntar a uma mulher sobre essa reacção da Bárbara. – Disse o Ge.

– É isso mesmo. Agora chega de tristeza e vamos ensaiar. – Disse Bill agora com um ar mais sério.

– ok – Disseram os restantes.
Passaram o dia no estudio a ensaiar, mas Tom já estava ansioso para voltar para casa e eles nem se controlavam era só risos e zoação total. Quando chegaram a casa e eu ainda não tinha chegado. Eu também já estava ansiosa por ve – lo e esperar o elevador já me estava a dar cabo dos nervos, então nem esperei, fui a correr nas escadas, doida para chegar a casa. Quando abri a porta, Tom já estava na porta à espera, eu nem o deixei cumprimentar – me agarrei – o logo, beijando – o como se o mundo fosse acabar, ele encostou – me contra a porta fazendo – a fechar com força, até que nos desprendemos para respirar e eu disse:

– Olá! - Disse sorrindo e ofegante.

– Olá amor! – Disse ele

O resto do pessoal estava na cozinha a espreitar pela porta, eu já os tinha visto.

– Ah, que curiosos! – Disse a rir.

Eles riram – se e sairam da porta e vieram - me cumprimentar e fomos para a sala sentando – nos no sofá.

– Eu não disse que ela ainda devia estar pior que ele. – Disse Gus a rir.

– É se calhar estou mesmo pior, mas lembrem – me da proxima vez que procurarmos casas, para escolher uma que não tenha tantas escadas. Como eu corri para chegar aqui, aquele elevador, já me estava a por doida. – Disse e depois começei a rir.

E eles riam – se também.

– Não tem graça, pensei que as pernas me iam cair pelo caminho! Ok, até que tem piada.– Disse séria, piscando – lhes o olho.

– Então e o teu dia foi bom? O Tom nem se conseguia concentrar em nada, tava na lua! – Disse Georg a rir e bater na cabeça do amigo.

– O meu dia foi bom, tive nas aulas. Tirando que quase fui parar na rua, numa das aulas. – Disse.

– Sério? – Disse Bill surpreendido.

– Hum hum! Que queres ele levou a minha concentração toda, fiquei com a cabeça na lua e fiquei parada a olhar para a bateria e com as baquetas na mão. Bem foi uma vergonha, tudo a tocar, com imensa vontade e eu que fazia a percursão fiquei parada a olhar para o nada. A sério isto vai ficar para a história. – Disse a recordar.

A galera estava a rir e a imaginar a situação.

– Sério que coisa doida, só comigo mesmo. – Disse a rir também.

– Galera, eu tenho fome! – Disse Gus olhando para mim, com os olhos doces, de ursinho fofo.

– Pronto, pronto! Já percebi a indirecta que foi uma directa. Fofo, era só pedires. Hum, hoje acho que … Já sei! – Disse a levantar- me para ir para a cozinha.

– Ah, vão ficar aí sentados os 4! Seus preguisosos! Toca a levantar que hoje vocês vão ajudar – me! – Disse tentando arrancá – los do sofá, mas foi em vão estavam pesados.

– Que saco! Vocês estão gordos, ou que? Comeram pedras? – Disse derrotada e seguindo para a cozinha.

Enquanto eles riam da minha tentativa falhada, eu fui para a cozinha e a campainha tocou.
– Eu não vou abrir. Levantem – se! – Gritei da cozinha.

– Eu vou. – Disse Bill já perto da porta.
Passado uns minutos aparece o Gus na porta e conta – me o que se passou entre ele e a Bárbara sobre aquilo que aconteceu…

– Olha Gus, o que eu acho é que assustas – te ela. Dá – lhe tempo para perceber o que ela sente por ti. Mas podes sempre tentar tornar – te amigo dela, sem forçar nada. Sobretudo conhece – la e tu a ela. Isso é muito importante, leva as coisas de forma natural, não queiras apressa – las. Se tiver que acontecer, vai acontecer. – Disse – lhe carinhosa, e ele pediu – me um abraço e eu dei – lhe. Ficamos ali alguns minutos. Ohhhh, tadinho dele, está apaixonado., que fofo. Quando olhei o Tom estava a olhar – nos com um ar super sério. Nós desprendemo – nos.
– Amor, o que foi estás tão sério? –Disse – lhe preocupada.

Ele começou a aproximar – se de nós os dois com uma expressão tão séria e estranha. Não estou a perceber nada! Deu um empurrão no Gus que o fez cair em cima de mim e torcer o pé de mau jeito, e me provocou uma dor enorme no pé.

– Tom o que foi isto? – Perguntou Gus levantando – se.

– O que foi isto? Estás ai todo derretido a babar em cima da minha namorada! – Gritou ele.

– Tom, pelo o amor de deus. Ele não fez nada, é nosso amigo. – Eu disse ainda sentada no chão.

– É nosso amigo? Eu vi como ele olhou para ti. – Disse Tom empurrando o Gus. Aquilo ia acabar mal, eu estava com dores no meu pé e queria separar os dois.
– Pára por favor. – Eu disse levantando – me, acabei por cair no chão e gritar de dor.
– Gabi, o que foi? – apareceu o Bill e o Ge na cozinha muito preocupados.

– Não foi nada, garotos. Por favor Bill, leva o Tom daqui ele está descontrolado. Está a brigar com o Gus por nada. – Disse baixando a cabeça.
Os quatro sairam dali, o Ge com o Gus e o Bill com o Tom, tentando faze – los acalmarem – se. Passado umas duas horas eles reconciliaram – se e o Tom pediu desculpas a ele. Eu fui buscar um saco de gelo, e fui cocheando até ao quarto. Deitei – me na cama, estava com tantas dores, que nem conseguia controlar as lágrimas, o pé estava muito inchado. Acho que não era só pé que estava machucado, o coração estava de novo magoado.

Alguém bate na minha porta e eu aturizei a entrar…

– Entra. – Disse

– Amor? Posso falar contigo? – Disse Tomque entrou no quarto.

– Não! Sai daqui. – Disse zangada.

– Por favor, eu quero conversar contigo.

– Já disse que não. SAI – eu gritei com ele.

– Por favor, perdoa - me. – Ele colocou – se de joelhos.

– Isso não vai adiantar de nada. – Eu virei o rosto.

Ele aproximou – se da cama e eu tentei sair dela, mas tinha esquecido que não estava a conseguir andar e acabei por cair no chão.

– Amor, está tudo bem? – Ele correu junto de mim.

– Está tudo ótimo. – Eu disse, e encostei – me na parede e segurei – me nela, começando a cochear.

– Não, está algo errado. Estás a cochear. - Disse ele pousando o olhar agora sobre o meu pé.

– Isso é problema meu, sai daqui, por favor. – eu disse, sentando – me no pequeno sofá que eu tinha junto da janela do quarto.

– Eu não vou sair, eu amo – te. Eu sou teu namorado eu tenho direito de saber o que tu tens! – ele disse sério.

– Apartir do momento é que fazes uma coisa destas novamente, não tens direito a mais nada. SAI, já disse. – eu disse completamente furiosa.

– Não. – ele começou a aproximar – se de mim, com uma uma expressão muito tensa. As mãos dele queriam tocar – me e eu tentei afastá – las.

– Não me toques. – eu disse afastando as mãos dele.

– Tu pertences – me és minha. – Ele estava a usar a força para segurar – me os braços.

– Não, solta – me, eu não sou tua. – eu disse, mas não conseguia fugir, o meu problema com o pé estava a dificultar as coisas.

– És sim, e vais ficar muito quieta, para ouvires o que te vou dizer. – ele estava com os olhos muito estranhos.

– Não, deixa – me. – Eu estava a debater – me e ele beijou – me fazendo imensa força para me imobilizar.

– Eu amo – te, eu sou um estúpido por não conseguir controlar os meus ciúmes, eu não te quero perder. Já quase te perdi uma vez, e agora parece que está a acontecer de novo. O Gus já me desculpou, por favor meu amor. Agora é que estou a ver tu tens o pé inchado, por isso estavas a cochear. Fui eu que fiz isso? – Ele perguntou com medo da resposta.

– Foste, empurraste – o para cima de mim.

– Desculpa. Eu sou um idiota, tens muitas dores? Consegues mexer o pé? – ele disse preocupado.
– Tenho sim muitas dores, e por tua causa nos próximos dias vou ter que ficar sem trabalhar. – Disse – lhe.

– Por favor perdoa – me, eu cuido de ti. Sou um idiota mesmo. – ele disse levantando a minha calça para ver melhor o meu pé e passou o gelo no inchaço.

– Mais idiota sou eu, por te amar. Sabes o que me magoa mais é essa tua desconfiança comigo. Era incapaz de te trair ou magoar, nunca faria isso. Eu entreguei - me a ti, não achas que és especial o suficiente?

– Eu…eu. Tenho medo só isso. – ele baixou o olhar.

– Medo de que? – perguntei – lhe arqueando a sombraçelha.

– Medo de que me deixes, tu és demasiado especial. Eu tenho medo que te fartes de mim, é isso. Eu fico inseguro. – Disse timido.

– Meu bem, não precisas de ser inseguro. Se é isso, não fiques assim. Eu amo – te, não te trocaria por ninguém, mas com estas atitudes, vais acabar por me afastar de ti, percebes? – Disse calma.

– Não te afastes de mim por favor. Eu amo – te , eu quero – te comigo para sempre. – Ele olhou – me nos olhos.

– Nunca mais me assustes assim, eu tive medo. – Eu olhei para a janela.

–Desculpa, amor. – Ele sentou – se no sofá comigo e abraçou – me.
– Tudo bem. Preciso de fazer o jantar, mas tens que me ajudar, ok? – Disse para ele.

– Claro, eu ajudo. – ele levantou – se e ajudou- me a por – me em pé. Só conseguia andar com um pé e o outro no ar levamos mais tempo a chegar à cozinha.
Na cozinha…

– Garotos, larguem as panelas, ou se
queimam ou queimam o resto da comida. Deixem que eu faço isso.

Postado por: Grasiele

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