sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Eight Numbers - Capítulo 15 - Eight Numbers

Michael Jackson Feat. Will.i.am - The Girl Is Mine 2008


Every night she walks Right in my dreams
Since I met her from the start
I'm so proud I am the only one
Who is special in her heart

The girl is mine
(She mine, she mine, she mine)
The doggone girl is mine
(She like the way I rock, The way I rock, the way I rock, the way I rock)
I know she's mine
(She mine, she mine, she mine)
The doggone girl is mine
(She like the way I rock, the way I rock, the way I rock, the way I rock)


Passaram-se três meses , desde então não nos vimos mais, Tom não pisou mais na loja, me poupando assim de relembrar tudo aquilo que ouvi da ultima vez, seria muita tortura pra uma pessoa só, continuar o vendo, pessoalmente, já que ouvir falar dele e daquela banda, era inevitável, morando aonde moro, o que me fazia mal, mas com a ajuda de Bruh e Diogo, que ainda estava aqui em Hamburgo, se tornava mais fácil, mas Diogo já ia voltar ao Brasil, e eu fui transferida de loja, para uma filial que ficava em Hamburgo, porém nela só havia o setor de hip-hop. “Isso é praga” pensei ao receber a noticia, mais não era apenas uma transferência como da ultima vez, e sim uma promoção, sim eu fui promovida a gerente, dessa loja.


-Luísa, seu irmão veio se despedir. –disse Rodolf, funcionário da loja, se aproximando e apontando para Diogo que adentrava a mesma.
-poxa queria tanto ir te levar no aeroporto. –falei fazendo um bico enorme indo abraçar Diogo.
-vida de pião é foda né?! –disse Diogo me zoando e me fazendo rir, porém ao olhar pra frente meu sorriso sumiu de imediato, ERA ELE, sim era Tom saindo apressado da loja, eu não estou louca era ele, de costas, roupas largas como a maioria dos clientes que aqui freqüentam, mas eu conheço esse infeliz a quilômetros de distancia, meu coração estava a ponto de dar um treco.
-....ai então eu te ligo, ta?! –disse Diogo finalizando um assunto que eu sinceramente não ouvi.
-..t ta! –falei saindo do transe, forçando um sorriso.
Fiquei o resto do dia em outro mundo, ver ele de novo, mesmo que de longe, me perturbou completamente.


[Tom Kaulitz]

Nunca mais a vi, nem se quer cheguei perto daquela loja, não queria correr o risco de vê-la novamente e lembrar de tudo que me fez, ou até de fraquejar, como quase aconteceu da ultima vez que nos vemos, e a vi saindo chorando, tive vontade de ir atrás dela, talvez eu tenha sido muito duro, ou não, só sei que meu orgulho não me deixou dar um passo se quer. Agora faço minhas compras em outras lojas, as vezes em alguma  filial da Haeftling , mais naquela, nunca mais vou! Gosto de uma que tem apenas um setor, onde só tem roupa de hip hop, me sinto totalmente em casa, exceto quanto chego na entrada da loja e me lembro dela,  balanço a cabeça pra tentar espantar as lembras daquela que me magoou tanto.
-posso ajudar? –diz uma vendedora se aproximando.
-ah, sim eu..... –não consegui mais falar ao olhar pra frente, ERA ELA, ali andando pelas araras assim como da primeiras vez que a vi, só que com um uniforme igual ao da July dessa vez, eu não conseguia acreditar no que via, tremi dos pés a cabeça, enquanto meu coração acelerado quase saia pela boca.
-moço? –diz a vendedora confusa enquanto eu ainda olhava Luísa com cara de retardado. –moço, quer falar com a gerente? –perguntou me cutucando.
-NÃO. –respondi assustado a assustando também. –err..não, me mostre umas blusas, desse tipo aqui. –falei tentando disfarçar.
-Luísa, seu irmão veio se despedir. –disse um funcionário da loja se aproximando dela enquanto apontava para um rapaz que estava entrando no local, rapaz esse que me fez ter meu segundo quase infarto do dia. “Puta que o pariu!Então aquele cara era irmão dela?!” pensei colocando as mãos na cabeça, enquanto via Luísa ir abraçá-lo com um bico enorme, logo após falando umas coisas que eu não entendi.
-moço? Ta passando mal? –disse a vendedora assustada.
-não, não é nada...licença. –falei saindo rápido da loja, antes que Luísa me vise.
-BURRO, seu burro, idióta, olha só o que você fez, Tom Kualitz, aaaaaaaaaaargh mais como eu ia sabeeeeeer, como? Porque ela não me contou...CARAMBA ela ia me contar naquele dia e eu não deixei...não acredito, não acredito, QUE BURRO! –dizia pra mim mesmo enquanto me dirigia ao meu carro, querendo passar com ele, por cima de mim mesmo.
[/Tom Kaulitz]


Passaram-se três dias desde então, e nem sinal dele. Podia respirar aliviada e aproveitar meu dia de folga. Acordei tarde, comi uma besteira qualquer, tomei banho e vesti um vestidinho meigo e curtinho, bem soltinho na parte de baixo, ele era cinza claro com uma laçinho na parte de cima, calcei uma sapatilha e fui dar uma volta na linda Hamburgo, e aproveitar o raro momento de sol que havia, na volta aproveitando que estava perto, dei uma passadinha na loja pra falar com Suse uma vendedora, mais logo fui embora, queria ir pra casa, fazer nada, já estava na rua onde eu moro, até que, meu celular tocou.


-numero restrito. –falei pra mim mesma fazendo uma caretinha confusa antes de atender.
-Alô?
-é do hospício? –perguntou uma voz masculina.
-ãn? –falei franzindo a testa.
-do hospício! –insistiu o homem com uma voz familiar. –é que preciso me internar, sabe, eu sou louco, duas vezes louco.
“tom?!’ pensei arregalando os olhos enquanto meu coração disparava.
-louco por magoar a única mulher que amei na vida, e louco, completamente louco por você morena. –falou.
-Tom...não brinca comigo. –falei séria.
-é sério Lu, nunca falei tão sério em toda minha vida, eu sei que eu sou um idiot.
-ééé sim, muito idiota. –o interrompi, logo parando pra pensar. -esperai...como conseguiu meu telefone?  -perguntei semicerrando os olhos.
-BOM. –começou num tom de ‘sabe como é né, eu me esforço’ -eu comprei 6 números sabe, uma longa história..aiii..como só faltava 2, eu tentei todas as combinações de números possíveis, cometi vários enganos, uma aproveitação e...
-aproveitação? –perguntei sem entender.
-é! Em umas das tentativas caiu em uma pizzaria e eu aproveitei e pedi uma.
-idiota. –falei tentando não rir.
-até que consegui o ‘Alô’ que tanto esperei! A propósito, você tem pernas hein, e QUE PERNAS! –completou a voz próxima ao meu pescoço. Virei assustada vendo Tom em minha frente, me fazendo fechar a cara ao lembrar de nossa briga.
-o que você quer hein? Para de brincar comigo, Tom, não me faz sofrer mais do que já fez. –falei séria o fitando.
-me perdoa, por favor. –disse tirando a mexa de cabelo que havia caído em meu rosto. - perdoa esse imbecil, que não sabe o que faz, mas sabe o que quer, e eu quero você! Eu te am.
-para. -o interrompi com a voz embargada. -se me amasse não me machucaria tanto. -falei já chorando. –me deixa Tom, me deixa.  –completei tentando ir embora.
-NUNCA. –gritou me pegando pelos ombros. –nunca entendeu?! –murmurou encostando uma testa e nariz no meu. –er..eu não posso mais viver sem você, eu não quero, EU NÃO VOU.  –falou afastando um pouco seu rosto do meu, ainda me fitando, enquanto eu não continha as lagrimas. –eu te amo Lu, TE AMO! –completou em um tom de desabafo.
-eu também te amo. –falei em meio as lagrimas, sendo beijada em seguida, nos beijamos como se o próximo minuto não fosse existir, sua mão se entrelaçava por entre meus cabelos, enquanto a outra me apertava forte, deixei sem querer meu celular cair no chão, ouvi o mesmo arrastar, logo após um barulho esmagador, olhamos para o chão de canto de olho, desgrudando nossos lábios.
-hm. –fiz uma caretinha e um bico de ‘choro’ vendo meu celular espatifado, recebendo um beijo de Tom, na bochecha.
-é...a sua luta por oito números, foi em vão. –brinquei ainda olhando o celular, enquanto ele me abraçava meio de lado.
-não lutei por nenhum numero e sim por você, pra te ter, só pra mim...inteirinha. –termina sussurrando com aquela voz grossa e maldosamente sexy em meu ouvido, em seguida dando uma mordidinha na ponta da minha orelha.
Respirei fundo fazendo um bico, com uma cara de ‘geente...morri’ enquanto meus pelinhos se arrepiaram, ele então abriu um lindo sorriso, achando graça em meu ‘sofrimento’, o olhei com carinha de piedade, em seguida tendo meu lábio inferior puxado, por Tom, que me olhava com malicia, como um caçador apreciando sua presa indefesa, antes do bote, Tom sorriu ainda segurando meu lábio, até que o soltou, roçando sua boca em minha bochecha indo em direção a meu ouvido. –por favor não diz que não! –ele disse em um sussurro mordendo de leve minha orelha, me fazendo arrepiar. –vamos pra minha casa? –completou com uma proposta tentadora fazendo eu me encolher.
-...não. –eu disse o afastando e assentindo negativamente com a cabeça, fazendo cara de ‘sinto muito meu bem’, vendo sua expressão de desconsolado. –eu moro aqui. –completei dando um sorrisinho de lado enquanto apontava pra minha casa que estava a poucos metros de distancia, vendo um sorriso se abrir largamente naquele rosto perfeito.
-Lu....definitivamente você me surpreende! –falou com cara de abobado.
-cala a boca, antes que eu desista. –falei rindo e estendendo minha mão a ele, que inclinou a cabeça pra trás mordendo seu lábio com uma carinha de ‘é hoje’, o puxei enquanto ria da cena desse espevitado.


Não sei explicar, o que me deu, eu não era assim, jamais puxaria ninguém pro meu quarto, mas ele não era ninguém, eu não podia mais negar o que sentia, o que queria, então o fiz. Não sei bem como foi que chegamos aquele ponto, naquele estado,de repente não era mais meu quarto, minha casa, Hamburgo, Alemanha, eram apenas EU e Tom, e nada mais existia, nada mais importava, eram tantos beijos e mãos, ele era quente, me beijava com pressa, e desespero, nossas maõs eram rápidas, explorando nossos corpos por cima das roupas.
Tom me colocou calmamente em cima da cama , ainda me beijando,enquanto sustentava seu corpo pra não pesar em cima do meu, suas mãos hábeis, tocaram a minha pele onde o vestido terminava,me fazendo arrepiar, a cada beijo mais quente, mais ele acariciava minhas coxas, e então num súbito, o puxei pra mais perto, não agüentava mais aquilo.


-Luisa, sua pervertida. - Tom disse rindo entre os meus lábios, me beijando.
-não sou pervertida, eu estou, e a culpa é toda tua. - respondi mordendo aqueles lábios, em seguida colocando minhas mãos por dentro daquelas blusas enormes,acariciando seu abdômen e ao meu toque ele tremeu.
-não faz isso. - Tom disse num gemido enquanto me beijava.
Eu meramente ri,enquanto tirava sua camisa, sentindo também meu vestido subir, e rapidamente sendo jogado para longe.


Tom então parou, meio sem ar, observando cada curva de meu corpo descoberto, me fazendo corar. Ele então se inclinou distribuindo beijos em minha barriga, subindo lentamente, percorrendo cada parte do meu corpo, me fazendo gemer baixinho, a cada toque daquele piercing gelado, eu estava me perdendo, e em pouco tempo eu seria dele, de vez!
Ele foi tão carinhoso, mas eu sentia que ele queria ser agressivo, se controlava ao máximo para não me machucar. Quando chegamos as vias de fato, o céu era o limite pra nós, ele tão gentil o tempo todo, dizendo que me amava, e por mais que eu tivesse inerte num prazer inexplicável, eu podia sentir cada verdade que ele falava, e eu tive a plena certeza de que ele era meu, só meu, meu paraíso bem no meio de um inferno.
Quando tudo terminou, parecia um sonho, ficamos abraçados, e ele passava carinhosamente os dedos em cada contorno do meu corpo, e eu não queria me mexer, fiquei com medo de ser um sonho.


-já volto. –ele disse se levantando coberto por um lençol. –tenho uma coisa pra você. –completou indo em direção a sua calça no chão.
-ta! –falei sentando na cama abraçando um travesseiro, curiosa. 
-fecha os olhos. –ele falou broxando minha cara de criança ansiosa.
-ok. –falei colocando as mãos no rosto.
Ouvi Tom sentando na cama e respirando fundo. –pode abrir. –ele disse.


Tirei as mãos do rosto, abrindo os lhos lentamente, vendo 2 cordões, com cápsulas na ponta, pendurados em sua mão, Tom então assentio com a cabeça, como um sinal para que eu os pegasse, pra ver melhor. Peguei-as de sua mão e vi que ambas havia uma palavra, o que formava ‘Eight Numbers’, antes que eu perguntasse qualquer coisa, Tom falou.


–essa fica comigo. –disse pegando o cordão com a cápsula ‘eight’. –e essa com você. –diz apontando pra cápsula ‘numbers’ que ficou em minha mão.


–isso será o símbolo da nossa história. –começa mexendo em seu cordão, olhando em meus olhos em seguida.  -graças a esses 8 números eu pude conviver e conhecer melhor a garota mais fantástica que eu já conheci em toda minha vida, aquela que me encantou desde a sua imensa teimosia e cara de poucos amigos, a sua doçura, que me fazia esquecer de todos os problemas a cada vez que via seu sorriso se abrir, aquela que me fez descobrir que o amor existe, que deve ser vivido e que só quero vive-lo com você. –completou colocando seu cordão no pescoço.


-bendita hora que inventaram números de celular tão grande. –falei dando um sorriso meigo em meio a lagrimas, a seguir as secando e respirando fundo pra prosseguir. –que me deu tempo pra ver que por trás daquele rapper putão. –falei o fazendo rir. –existe um cara maravilhoso, e extremamente divertido, que alegrava não só minhas tardes, mas a minha vida, dando graça a ela, e que a cada vez que entreva pela porta da loja, fazia meu coração disparar, aquele que me fez descobrir que o amor existe, que deve ser vivido e que só quero vive-lo com você. –completei colocando meu cordão no pescoço.
-eu te amo, moreno.
-eu te amo, morena.
Falamos juntos, nos fitando com os olhos marejados, iniciando um abraço apertado, selando fortemente nossos lábios, finalizando a melhor noite de nossas vidas, nos dando a certeza de que esse é o inicio de um grande e verdadeiro amor.

FIM!

Postado Por: Grasiele | Fonte: x

Eight Numbers - Capítulo 14 - Fight and Hurt.

 

-poooxaaa isso lá é jeito de receber seu irmãozinho querido que não vê a meses? –disse Diogo sem entender nada.
-desculpa. –disse em um suspiro, a vontade que tinha era de matá-lo, “o que Tom deve estar pensando?”, era a pergunta que me consumia. –porque não avisou que vinha hein? –falei brava.
-porque queria fazer uma surpresa. –falou com cara de ‘darh’. –e aquele cara, quem era? –perguntou com cara de “tenho a impressão de que já vi ele em algum lugar”.
-........um cara. –falei levantando desolada. –Diogo. -falei suspirando. –tenho que voltar pra loja, meu horário de almoço acabou, bem vindo maninho. –disse o abraçando forte. –pega aqui a chave da casa, vai tomar um banho descansar da viajem, que assim que acabar meu expediente to indo pra gente matar as saudades ta! –falei forçando um sorriso.
-assim que se fala. –disse apertando minhas bochechas.
-vaaai logo, ô coisa. –falei lhe dando tapas em seguida entrando na loja.
Fiquei andando pelos corredores com as mãos no rosto parecendo uma doida, doida mesmo, com aquela blusa enorme do Tom que eu havia esquecido de tirar.
-Lu? Planeta terra chamando. –disse Bruh parando em minha frente. –e essa capa de caminhão? –disse se referindo a blusa de Tom que eu vestia, enquanto olhava pros lados meio que o procurando.
Eu apenas coloquei as mãos na boca abafando um grito de desabafo abaixando a cabeça, antes de contar o que houve, pra Bruh.
-aai cara...não acredito. –disse perplexa. –Mas o Diogo não vai estragar o final da minha novela favorita, não mesmo. –disse com as mãos na cintura assentindo negativamente com a cabeça fazendo uma cara de maníaca. –você vai na casa do Tom explicar esse mal entendido, amiga, isso não pode ficar assim, não mesmo! –disse em um tom de autoridade.
-eu? –disse arqueando as sobrancelhas.
-não...o Cinema Bizarre. –ironizou enquanto eu fazia uma caretinha de “sua sem graça”. -é claro que é você, e amanha mesmo. –completou convicta.
-eu nem sei onde ele mora. –falei com cara de pobre coitada.
-todo mundo sabe onde ele mora, me poupe. –falou revirando os olhos.
-eu não sou todo mundo. –falei fazendo um bico de lado e arqueando uma sobrancelha.
-Luisa...você NÃO É desse mundo. –falou semicerrando os olhos. –qualquer taxista saberá. –completou com cara de ‘darh’.



Passei o resto do dia e a noite pensando a respeito e assim que amanheceu, peguei um taxi e fui até a casa dos Kaulitz. “estou indo devolver a blusa, devolver a blusa” pensava isso pra distrair meu nervosismo.Ao chegar em frente a mansão, meu coração disparou, Tom estava lá, nem tive tempo de me preparar, então resolvi ir logo ao assunto.



-Tom. –falei com dificuldade o fazendo virar-se pra mim, ficou estático por um instante, até que respondeu.
-o que você quer? –perguntou frio.
-err...c..conversar e.. –falei sendo interrompida por Tom.
-sinceramente não tenho NADA pra falar com você, e se veio tentar explicar,perdeu seu tempo, eu não sou idiota, já saquei tudo. –falou sério com um tom de voz de indignação.
-A é?! Sacou O QUE? eu posso saber?! –falei mais indignada ainda.
-TUDO LUISA. –falou se alterando. -que eu sou um idiota de ter perdido o meu tempo com você, achando que você era diferente, enquanto você só estava me usando, ganhando uma grana a mais na comissão das roupas e gastando com aquele cara, e rindo nas minhas costas.


Eu não conseguia acreditar no que eu estava ouvindo, mas a cena que ele viu realmente deixaria qualquer um confuso, eu precisava explicar.


-CLARO QUE NÃ.. –tentei começar em vão, sendo interrompida por Tom novamente.
-NÃO MENTE PRA MIM. –gritou dando um passo pra frente e eu um passo para trás. -não mais do que já mentiu,não insulte mais a minha inteligência, você não me engana mais Luisa. –disse com os olhos marejados. - você é igual as outras, IGUAL, se não pior, você não prest.  
O interrompi com um forte tapa em seu rosto que com certeza doeu muito, porém não mais do que doeu em mim ter ouvido tais palavras.
-já chegaa.  –gritei empurrando a blusa sobre seu peito o fazendo se desequilibrar um pouco. -quer saber?! –falei com a voz meio embargada tentando segurar as lagrimas. -faço minhas as suas palavras. –completei saindo rápido antes de cair em um choro profundo em sua frente.

Postado Por: Grasiele

Eight Numbers - Capítulo 13 - The Surprise


[Tom Kaulitz]

Cheguei na calçada da loja e a vi entrando, apresei o passo para alcançá-la .
-Lu. –disse a pegando pelo braço, a fazendo virar-se para mim, ela me ofereceu um sorriso de canto, esboçado em um rosto angelical.
-vamos sentar aqui um pouco? –sugeri.
-hm..mais ta frio. –ela disse fazendo uma caretinha fofa.
-não tem problema, eu te esquento. –falei batendo no peito.
-é sério. –ela disse rindo.
-éé sério. –insisti. –ta duvidando do fogo de Tom Kaulitz? –completei a fazendo cair na gargalhada e levando um tapa em seguida, como de costume.
-sério, vesti a minha blusa. –disse tirando a mesma e a entregando.
-que tal meu sobretudo, ã?? –disse assim que a vestiu, abrindo os braços e se olhando enquanto ria. –Iaê mano, certo?! –completou tentando engrossar a voz me cumprimentando como ‘mano’ me fazendo rir, retribui o cumprimento e claro aproveitei e a puxei para um beijo a abraçando forte.
-e então? Passou o frio? –perguntei.
-olha. –disse meio sem fôlego. -nada pessoal, maaas....ta um frio do cacete hoje. –disse com uma carinha de ‘não me mate’.
-que menina mais frienta. –falei assentindo negativamente com a cabeça em seguida dando uma mordidinha em seu queixo. –vamos sentar, antes que acabe seu horário de almoço. –completei a puxando pra sentar ao meu lado na escada da entrada da loja. Ela sentou dobrando os joelhos pra perto se encolhendo toda, apoiando suas mãos fechadas no queixo, mãos que eu só conseguia ver  um pedacinho, devido ao tamanho das mangas de minha blusa. Puta que pariu, tava muito linda assim, ri sozinho a observando se aconchegar em seu próprio colo.
-e então? O que é que deu ontem com a estraga praze... –não terminei ao ver sua testa franzindo num sinal de reprovação. –a sua amiga? –completei me corrigindo.
-aah deu tudo certo o pai dela já ta melhor, foi só um susto. –ela disse abrindo um sorrisinho.
-hmm..que bom. –falei.
-aah. –ela falou procurando algo em seu bolso. –seu cartão. –disse me entregando e voltando a posição de encolhimento, anterior.
-e então? Comprou muita coisa? –perguntei enquanto guardava o cartão.
-com o seu cartão? Nada. –respondeu enquanto coçava a ponta do nariz.
-e meu númeroo? só falta 2, sua cruel, você nem pra me ajudar. –falei me fingindo indignado.
-eu ia te dar o numero de brinde. –falou rindo.
-seei. –falei arqueando uma sobrancelha.Até que surgiu um silencio entre nós, ela me fitava com aqueles olhos verdes enormes, me deixando estático e completamente rendido.
[/Tom Kaulitz]



[Luisa]
Tom estava lindo, todo de preto, largadão na escada, as pernas abertas, um pé jogado por cima de 3 degraus e o outro dobrado apoiando seu braço direito, enquanto a mão esquerda mexia na calça, super sem jeito, pelo fato de eu estar o encarando, mas mesmo assim ele fazia o mesmo, me olhando sério, com aquele rosto milimetricamente perfeito “isso é que é um nariz, o resto é tentativa inacabada” pensei, e a boca? Que boca pecaminosa com esse piercing afogado nesses lábios carnudos “ooo pecado” pensei enquanto ainda nos encarávamos em silencio.
-Tom. –eu disse quebrando o gelo.
-hmm?
-posso fazer umas perguntas? –perguntei.
-hmm, tipo ‘entrevistando tom Kaulitz’ ?! –disse fazendo um gesto com a mão como num rodapé de um talkshow.
-é sério. –disse rindo, Tom apenas assentio com a cabeça.
-porque você cismou comigo hein?...você, conhecido por ser o galinhão do pedaço e tal. –disse o vendo abrir um bocão enorme, fiz sinal de que tinha mais. –e porque você quis comprar um número por dia? Porque não comprou todos de uma vez, ou simplesmente não desencanou? E continuou seu habitual ciscamento por ai? –completei.
-bom...não comprei todos de uma vez porque assim não poderia ter a desculpa de te ver todos esses dias. –disse dando um sorrisinho tímido. –e sobre as outras perguntas.  –parou respirando fundo. –é porque só você me deixa assim. –completou pegando minha mão e a colocando contra seu peito, me fazendo sentir seu coração batendo extremamente acelerado, como se a qualquer momento fosse sair, meu coração parou por um instante e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ouvi gritos e passos apressados em minha direção.
-Luuuuuuuuuuuuuuuuuu. –gritou uma voz masculina enquanto se aproximava, logo em seguida me sufocando com um abraço apertadíssimo. –tava morrendo de saudades de você. –dizia em meio a vários e vários beijos me deixando sem ação.
-espeeeeeraaaaaa. –gritei tentando me livrar de seus braços, a procura de Tom, o avistando em seguida arrancando com seu carro.

Postado Por: Grasiele

Eight Numbers - Capítulo 12 - The Call

-é a Alice. –falei pra mim mesma olhando no visor do celular.
-hm...Alice que me tirou do país das maravilhas. –disse Tom debochado e fazendo um bico.
-deixa de ser besta. –falei rindo e assentindo negativamente com a cabeça não crendo que ouvi essa piada infame.
-Alice? Mais não era Bruna? –pergunta Tom.
-quem? –respondi com outra pergunta.
-a sua amiga taradinha. –responde.
-não fala da Bruh. –disse franzindo a testa.
-mais ela é. –disse Tom com cara de ‘darh’
-mais só eu posso falar. –disse mostrando a língua feito criança.
-então quem é essa?...deixa pra lá, atende logo e da tchau. –falou já impaciente.
-credo Tom, é uma amiga minha...deixa eu atender logo. –completei antes de entender.
-Alô? –falei tampando um ouvido devido ao barulho do local.
- Luisa, desculpa, eu ligo outra hora!
-Não, Alice, pode falar. –insisti.
-e loogoooo. –cantarolou Tom impaciente dando pulinhos com o calcanhar, levanto um tapa meu em seguida.
- Não Lu, desculpa mesmo, eu ligo outra hora.. –disse Alice desanimada.
- Se você não falar agora, vou ficar chateada.  –disse tentando fazer um tom bravo na voz.
- são problemas, e eu não quero atrapalhar sua diversão, por favor! –disse Alice com a voz embargada.
- você está chorando, Alice? -perguntei já angustiada.
- sua amiga está chorando no telefone? –disse Tom com os olhos arregalados como uma criança curiosa.
- Não. –disse Alice, negando em vão.
-ta sim, cara, fala logo o que houve? –disse assustada.
- meu pai. –disse Alice com dificuldade, aos prantos.
- Alice, calma.. calma, por favor... está me assustando, para de chorar, me fala o que aconteceu pra eu poder te ajudar....ALICE??? –falei já desesperada.
- Lu, calma, olha se você quiser eu te levo até onde ela mora.. – disse Tom assustado pegando em meu rosto.
-t...ta. –falei assentindo a cabeça olhando confusa pra Tom.
-Alice, to indo ai ta?!...fica calma, já to indo, Tchau.
-ta.  –respondeu Alice, encerrando a ligação.

Tom me levou até a casa de Alice que era um tanto perto do Große Freiheit 36, e nos despedimos enquanto eu esperava o elevador.

-vai pra casa hein...safado. –falei fazendo um bico de lado e dando-lhe um tapa.
-poxa vou ficar sozinho, abandonado..
-correndo o risco de ser violentado. –terminamos a frase juntos fazendo uma encenação e rindo em seguida.
-é sério, você sabe que eu sou gostoso e as meninas querem me bulinar, é perigoso me deixar sozinho. –disse Tom encostando sua testa na minha e uma das mão na parede me deixando ‘presa’.
-creio que um homem desse tamanho saberá se defender dessas taradinhas de plantão, mas, qualquer coisa me liga que eu vou quebrar os dentes da atrevida e os seus também.
-meeeus? Porqueeee?...Para, você não teria coragem de estragar essa boquinha linda e sexy aqui? ã?ã? –diz passando seus lábios nos meus.
-paga pra ver. –falei afastando seu rosto, vendo um bico enorme se formar. -agora vai que eu preciso ver o que a Alice tem, ok?! –completei dando um beijinho em seu queixo.
-vou né...fazer o que. –disse num suspiro profundo, em seguida me tirando o fôlego com um beijo.
-tchau. –falei me livrando de seus braços e correndo pra dentro do elevador que havia chegado.
-aaaaaaaaargh. –disse Tom com as mãos na cabeça, a inclinando pra trás enquanto eu ria.



Chegando no apartamento de Alice, a mesma me explicou tudo ainda aos prantos, seu pai havia sido internado e ela estava desesperada sem noticias, já que ele mora no Brasil, tentei ao máximo acalmá-la, e destrai-la um pouco, ficamos conversando boa parte da noite, assistimos TV, 2 minutos de cada canal, era o máximo que eu agüentava, não tinha nada de bom passando, e isso não tava ajudando muito ela a se distrair, mais o fato da minha impaciência para com a TV a fazia rir um pouco enquanto me olhava incrédula.


-Lu...deixa em um canal só, pelo amor de Deus, eu já to com dor nas vistas. –disse rindo me olhando com os olhos arregalados.
-aaaaain, não consigo. –falei fazendo uma caretinha e passando todos os canais da TV de uma vez, acho que só eu mesmo conseguia captar os canais com tanta rapidez, afinal todo mundo me reclamada sobre isso.
-aah não, chega, cheeegaaaa! –disse Alice voando em mim e pegando o controle.
-aaaaaah. –falei fazendo um bico e me afundando no sofá.
-aiai. –disse Alice em um suspiro olhando pro nada, voltando a ficar triste com os olhos lacrimejando.
-aaah Alice, não, por favor, fica calma, vai ficar tudo bem... –fui interrompida pelo telefone. Ficamos paralisadas, até que em um pulo Alice levantou do sofá e atendeu o telefone.
- Alô?
-Ice, é o Emm de novo! –diz o irmão de Alice.
- aaaii Emm, -diz Alice caindo no choro.
- Ice, calma, por favor não está ajudando muito.. - falou ele.
Peguei o telefone de sua mão, já que ela não conseguia controlar o choro.
- Emmet, é a Luisa.. tudo bem? –falei.
- aah, oi Luisa...agora já está tudo bem, eu só liguei pra tranqüilizar a Ice... o nosso pai já acordou.. ele já está melhor...o médico disse que amanha mesmo, já terá alta...pode dar esse recado a ela? - pediu ele .
- aaah claro. –falei respirando aliviada. - Emmet.. só isso? –perguntei.
-siim, só.. e err... obrigado por estar com ela nesse momento que ela ta longe da gente -  falou ele fervorosamente.
-aah, Emmet, imagina, amiga é pra essas coisas...até. – falei antes de desligar.
-viiiiu chorona, ta tudo bem. –falei debochada já que o susto havia passado, recebi um palmo de língua pra fora como resposta.  -seu pai recebe alta amanha mesmo. –falei com um largo sorriso, recebendo um abraço de Alice que vinha com um bico enorme em minha direção.
-o que seria de mim sem você hein?! –disse Alice limpando as lagrimas.
-ué...seria você...só que numa vida sem graça. –falei baixando a humildade de Tom em mim.
-poxa, desculpa ter atrapalhado seu ‘vuco vuco’. -falou com cara de lamentação.
-meu oqueee? –perguntei incrédula.
-isso mesmo...ai Luísa, você não muda nunca. -falou assentindo negativamente com a cabeça. -continua impossível. -completou.
-impossível?
-é miha filha, você não é dificil é IMPOSSÍVEL. -aposto que ia deixar o....sei lá quem, na mão, literalmente. -falou me fazendo rir do 'literalmente. -que isso Luísa, tem que curtir mais....se libera amiga. -completou dando um tapinha no ar,  como uma biba, só faltou o 'se joga bi'.

-Alice.
-fala?
-caga na mão e come. -falei dando-lhe uma almofadada.

Então nós fomos finalmente dormir, depois dessa noite conturbada, como já estava tarde eu dormi na casa de Alice mesmo, logo cedo fui pra minha casa tomar um banho e me trocar pra ir pra loja.Tom apareceu por lá quando eu havia acabado de voltar do almoço e ia fazer uma horinha fofocando com as meninas da loja.

Postado Por: Grasiele

Eight Numbers - Capítulo 11 - Grosse Freiheit 36 – After show

 


Chegando lá, os meninos se espalharam, Georg e Andreas foram dançar, Gustav e Tom foram no bar, Bill no banheiro, e eu e Cah ficamos em uma mesa jogando conversa fora, mais assim como pensei, Cah me fez contar a ‘longa história’.


-não sou ovo, mais to chocada! –disse Cah boquiaberta. –tanta menina no mundo que daria TUDO pra DAR pra ele, e você aqui enrolando o coitado. –completou.


-ninguém me entendi–disse revirando os olhos “nem eu me entendo” pensei.


-acho que vou pedir algo pra beber. –falei batendo os dedos na mesa e olhando pro lado, vendo Georg se aproximar.


-Cah....O Andreas ta querendo levar um papo com você....te conhecer melhor. –disse Georg se inclinado pra mais perto de Cah. “iih fudeu, pobre Cah” pensei arregalando os olhos, porém não tanto quanto arregalei com a cena seguinte.


-Ele quer é? E porque não veio ele mesmo falar? –disse Cah sussurrando no ouvido de Georg, tive que me esforçar ao máximo pra ouvir.


-porque ele é um idiota. –disse Georg maliciosamente com em sorriso de lado e em seguida tascando um beijaço em Cah.


Fiquei boquiaberta e estática por uns segundos, apoiei minhas mãos na mesa pra me levantar e sai de fininho indo em direção a Tom que estava se aproximando.


-eitaa, Georg não perde tempo hein. –disse Tom dando meia volta e ficando ao meu lado.


-né?! –falei pasma.


-agora é nossa vez de fazer o mesmo. –diz Tom colocando a mão em minha cintura por entre a  fenda da minha blusa, fazendo meus pelinhos se arrepiarem.
-nem vem,Tom, sai pra lá. –disse o empurrando.


-cara...até quando hein?! –diz Tom, sério pegando em meus ombros, levando até o balcão e me prensando no mesmo, apoiando os braços no balcão ficando cara a cara comigo, olhando fixamente em meus olhos.


-até quando você vai ficar me evitando? porque não admite, não aceita, que você foi feita pra mim,  só pra mim. –murmura as ultimas palavras encostando seus lábios no meu, ainda me olhando nos olhos, fazendo meu coração parar por um instante. – em cada minucioso detalhe. –completa afastando um pouco o rosto, ainda me olhando sério. -caramba Luh. –diz em um suspiro profundo. -não entende que quando mais você me nega, mais eu te quero, porque você faz isso comigo? Eu sei que você gosta de mim, eu sinto. –completa em um tom de desabafo.

-você é muito convencido. –disse com dificuldade enquanto uma lagrima sem permissão escorria em meu rosto.


-sou mesmo. –disse sério.  -convencido de que quero você mais do que qualquer outra coisa e não vou esperar mais nem um segundo. –completa indo de encontro aos meus lábios, mordendo o inferior assim como da primeira vez, só que suavemente, iniciando um beijo calmo, entrelaçando seus braços em meu pescoço, enquanto eu acariciava seu rosto com minhas mãos, o beijo foi longo e apaixonado, sendo finalizado com vários selinhos de Tom, que passaram pra minha bochecha se encaminhando ao meu pescoço, nos abraçamos tão forte, que sua respiração atrapalhava a minha.Ficamos assim por tempo, como se não acreditássemos que finalmente aviamos nos entendido.


Olhei de canto de olho e vi Cah com um sorriso de orelha a orelha, enquanto Georg abraçado ao seu pescoço, provavelmente falando besteiras a lá Tom, a levava pra...outro lugar. “geente a Cah era tão tímida” pensei rindo e afundando meu nariz no ombro de Tom.


-poxa eu me declaro e você ri. –disse Tom me soltando e fazendo uma caretinha muito fofa.


-não é isso seu bobo. –falei rindo e arrumando sua bandana, que tortinha, cobria uma de suas sobrancelhas.


-o que foi então? –falou olhando em sua volta.


-esquece! –falei o puxando pela camisa e o encarando.


-aaaaa Luíísa...danadinha. –falou semicerrando os olhos e rindo de lado. Logo após puxando meu lábio inferior, com uma mordida, enquanto me olhava com malicia. “esse cachorro adora me morder....e é tão bom” pensei  fazendo carinha de piedade em seguida o puxando pelo pescoço iniciando um beijo quente, suas mãos eram rápidas passeavam dentro de minha blusa com facilidade, graças a grande fenda que havia atrás.


“Wrong
I was born with the wrong sign
In the wrong house
With the wrong ascendancy”

Fomos interrompidos pelo toque de meu celular.
-aaaah, sacanagem! –diz Tom incrédulo inclinando a cabeça pra trás. –só falta ser a July. –brinca me fazendo rir...

Postado Por: Grasiele

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