segunda-feira, 18 de julho de 2011

Nós Dois (Continuação) - Capítulo 28 - Último Capitulo



But you'll always be my hero...Even though you've lost your mind.

Ele sorria para mim toda vez que olhava nos meus olhos. Conseguia sentia que ele realmente estava amando estar comigo ali. Eu sei que muitas coisas o incomodavam, ainda mais em lugares públicos com pessoas que ele não conhecia, mas aqui parecia que nada o incomodava.
Me virei de costas para ele ainda sentada em seu colo, e lentamente me mexia no ritmo da musica, suas mãos que estavam entre minhas pernas passaram a me acariciar mais intensamente. Eu queria, e sei que poderia transar com ele ali mesmo. O mais divertido de estar com ele era como não pensávamos em nada quando queríamos um ao outro, era viciante.
Eu rebolava discretamente em seu colo o provocando. Já conseguia sentir o quanto excitado ele estava. Ele me apertava entre as pernas tentando me fazer para, eu sorria olhando para frente e o sentia respirar seu halito quente em minhas costas.

Tom: Para, ou vou te levar daqui.

Eu sorri e logo em seguida ele me levantou de seu colo me levando para outro lugar do club, agarrado em minha mão, ele desviava das pessoas procurando algum lugar com menos gente, o que não havia muito. Em um corredor que levava até os banheiros e ainda com pessoas a passar por ali, ele me encostou na parede me beijando sem se importar com qualquer um que passasse por ali. Na verdade eram só nós dois ali.
Ficamos por longos minutos entre beijos e caricias contra a parede, suas mãos deslizavam sobre o meu vestido justo apertando minha cintura.

Durante toda a noite só conseguíamos ter olhos um para outro. Ficamos ali nos beijando sem lembrar que não estávamos sozinhos. Acho que um longo tempo depois, Monica me enviou uma mensagem de texto. Tom continuou a me beijar enquanto eu tentava ler o que ela havia escrito.

- Mila, vai com ele, amiga. Meu maior presente vai ser saber que finalmente deu certo.

Eu sorri e coloquei meu celular novamente na bolsa pequena que eu carregava. Segurei Tom pelo rosto o olhando nos olhos.
Mila: Me leva daqui, pra onde você quiser.

Ele me puxou pela mão me levando para o seu Audi. Fomos para sua casa, diretamente para o seu quarto. Eu me senti a pessoa mais desejada do mundo, quando ao fechar a porta a primeira coisa que ele fez foi segurar em meu cabelo me beijando e me levando até a cama, como se fosse a ultima coisa que faria na vida.

Os gemidos ecoavam pelo quarto como o único som a nossa volta.E na mesma intensidade que se entregava a mim, ele me amava. O cheiro de sua pele que tocava carinhosamente e urgentemente ao mesmo tempo a minha chegava a doer, passava pela minha cabeça todos os medos e sensações possíveis de alguma dia não tô lo pra mim. Tom Kaulitz era o que eu precisava para viver.
Envolvidos, ficamos por horas sem conversar. Na cama somente nos beijamos e trocávamos caricias, e as vezes poucas palavras.
A noite inteira sendo amada por ele, sem nenhum pudor ou algo para atrapalhar. Entre as brincadeiras de mordidas e tapinhas paravamos para nos olhar. Eu achava estranho as vezes a forma séria que ele me olhava, ao mesmo tempo que me fascinava, sua expressão naturalmente cínica misturada com seriedade sempre mexiam comigo, quando ele me encarava sem desviar seus olhos dos meus, eu sorria desviando o olhar primeiro.

Tom: O que foi?

Ele falou deitado por cima de mim, movimentando lentamente sua cintura contra a minha enquanto gemiamos já exaustos.
Mila: Nada. - Eu voltei a encara lo, agora conseguindo olhar em seus olhos intensos da forma como gostaria
Tom: Sabia que, a forma como você somente me olha, me fez ficar todas as vezes quando eu deveria ir embora?
Mila: Achei que fosse por gostar de mim.
Tom: Sério Mila, eu poderia dizer milhares de motivos para gostar de você. Mas nenhuma justificaria a bagunça que você deixou aqui dentro.

Ele parou de se mexer dentro de mim, e encostando o queixo em meu ombro pareceu pensar em milhares de coisas que talvez quisesse me dizer.
Mila: Me diz algo que justifica então.
Ele me ollhou novamente parecendo certeza do que iria me dizer.
Tom: Você me tratou como um nada. Me fez sentir que eu precisava de muito mais pra ter o que eu queria. Você.
Mila: E quando chegou nessa conclusão?
Tom: De repente, quando você me olhou da forma que esta me olhando agora.

Da mesma que eu, para ele era inexplicavel o que nós sentíamos. E eu ficava ainda mais feliz de não haver uma explicação, do que ele dizer que me amava por causa da minha beleza, sorriso ou pelo beijo.
Passamos a noite juntos, acordados a maior parte dela. Na manha seguinte ao acordar nos braços dele, nua, com o cabelo bagunçado e com seu corpo nú abraçado ao meu. Fiquei por alguns minutos sentindo o cheiro da sua pele, com seu braço a me apertar o peito.
Facilmente retirei seu braço de cima de mim e me levantei da cama. Ele se mexeu virando para o outro lado aparantemente voltando a dormir. Mas depois de vestir uma camiseta dele e me virar, ele me observava da cama.

Mila: Posso? - Apontei para a camiseta que já vestia.
Tom: Uhum.
Ele balançou a cabeça sorrindo sultimente. Seus olhos continuavam em mim enquanto eu catava minhas peças de roupas do chão e as colocava em cima da poltrona para não esquecer dessa vez.
Tom: Desce comigo pra gente tomar café?
Mila: Tá.

Ele se levantou da cama e foi para o banheiro. Eu olhava em volta me lembrando de cada segundo que passamos juntos ontem. A cada dia mais inacreditavel era aquilo.
Ele vestiu um dos seus boxers e desceu comigo, segurando em minha mão ele me levou até a cozinha.
Quando me deparei com Bill sentado na mesa da cozinha tomando o seu café, me assustei e sem pensar me escondi atrás da parede antes de entrar na cozinha. Tom começou a rir.

Tom: Hahaha, Mila, o que foi? Para com isso, vem.
Mila: Ta maluco? Eu to só de camiseta, eu to sem nada por baixo, ai que vergonha.
Tom: Para com isso, não ta aparecendo nada ai. Anda vem.
Ele me puxou pela mão me levando até a mesa.
Bill: Bom dia! - Falou sorrindo para mim.
Me sentei de frente para ele visivelmente sem jeito com a situação inédita para mim, tomar café da manha com Bill Kaulitz usando somente a camiseta do irmão dele.
Tom foi até a geladeira e voltou trazendo o que iria comer e o que pretendia me oferecer, depois se sentou ao lado do Bill.
Bill: Hey, você não vai se sentar ao lado da sua namorada?
Tom me olhou levantando a sobrancelha de forma confusa, mas não pelo jeito que Bill havia se referido a mim, ele pareceu não se importar com isso.
Tom: Há, desculpa, força do habito.
Ele se sentou ao meu lado de frente para Bill. Passou pegou duas torradas e as colocou na torradeira em cima da mesa.
Mila: Você esta fazendo isso pra mim?
Tom: Claro.
Bill quase gargalhou.
Tom: Eu sei que você gosta de torradas.
Bill: Ele sempre sabe tudo não é?
Mila: Chega a me dar medo.
Bill: Hahaha.

De repente eu começava a ficar mais confortável com a situação, Bill tinha uma maneira estranha de deixar as pessoas confortáveis de uma forma simples, sem agir formalmente. Eu pensava isso dele pela forma sempre muito educada que ele me tratava.

Mila: Posso perguntar como foi a viagem pela América do Sul? Mais precisamente o Brasil?

Bill olhou para Tom esperando que ele falasse. Ele distraído enquanto passava manteiga em uma das torradas olhou para mim.

Tom: Tá perguntando pra mim ou pra ele?
Mila: Pra quem quiser responder.
Tom: Foi muito bom, a gente não teve muito tempo pra conhecer das cidades na verdade, mas os fãs foram incríveis.
Mila: Estava fazendo muito calor lá?
Bill: Nossa, muito, antes de irmos para o show eu tomei uns dois banhos.
Tom: Porque você não parava quieto e estava nervoso por causa...
Bill: Por nada. - Bill interrompeu Tom.
Olhei para Bill que voltou a tomar seu café ignorando o assunto e Tom parou de falar.
Mila: Ok, ok, assuntos confidenciais.
Tom: Não é confidecial, quer dizer, o Bill é um idiota, ele sabe minha opinião sobre a forma que ele leva certas coisas e isso as vezes me aborrece muito...
Bill: Cala boca, Tom.
Mila: Espera, espera, vocês não vão brigar agora, vão? Eu nem sei do que vocês estão falando.
Os dois pararam de falar ao mesmo tempo. Tom me entregou a torrada e me perguntou se eu preferia Nutella ou manteiga. Peguei a Nutella da mão dele o fazendo rir.
Mila: Mas e o show, foi bom?
Bill: Foi ótimo, os fãs cantaram até mesmo as musicas em alemão, e eu sei como é difícil cantar em outra linguá, foi muito especial, de verdade. Tinha uma menina na primeira fila que ficava exibindo os seios pro Tom e...
Olhei para Tom esperando pelos seus argumentos, ele começou a rir ao mesmo tempo que discutia com Bill, novamente.
Tom :Eu não pedi pra ela fazer isso!
Bill: Claro que não, mas elas fazem por sua causa.
Tom :O que eu acho ótimo, não é algo que chame muito a minha atenção, são somente seios, e já vi muitos...
Bill: Hahahahaha, você ta nervoso por causa da Mila.
Tom: Não, não estou, ela não tem ciumes de peitos. Tá certo que agora os seios dela não são os únicos de uma brasileira que eu já vi.
Mila: TOOOOOM! - Falei dando um tapa em seu ombro.
Bill: Ok, Ok!

Bill se levantou da mesa levando a xícara para o pia. Eu continuava balançando a cabeça negativamente enquanto comia a torrada, mas menos envergonhada, afinal Bill já era acostumado as graças que Tom fazia.

Depois de se despedir de mim, Bill nos deixou a sós na cozinha dizendo que voltaria a dormir. Foi quando ainda curiosa voltei a perguntar sobre o assunto.
Mila: Aconteceu alguma coisa em São Paulo? Não entendi porque vocês começaram a discutir.
Tom: Não foi exatamente em São Paulo, é coisa antiga, dele, não queira entender. - Falou sem dar importância ao assunto.
Mila: Hum!

Me encostei na mesa o olhando desconfiada por cima da xícara de café que eu tomava. Ele se aproximou sorrindo. Tocou meus quadris me impulsionando para trás me sentando na mesa. Ele acariciou minhas coxas que tocavam sua cintura.

Mila: Eu gostei do daquilo que você disse ontem, pareceu romântico.
Tom: Não foi minha intenção ser romântico, só disse o que sentia.
Mila: Eu sei.
Lentamente suas mãos levantaram a blusa que eu vestia exibindo meus quadris.
Mila: Hey, hey. Nem pense em fazer isso na cozinha. Seu irmão está em casa.
Tom: Posso te garantir que ele não vai descer agora.
Eu virei meu rosto em direção a pia, deixando ele me tocar e beijar meu pescoço.
Tom: Isso, finge que não quer.

Não consegui segurar o riso voltando encara lo, ao me virar ele instantaneamente me beijou de uma forma a me tirar o folego, começando a se esfregar entre as minhas pernas me tombando para trás.
Colocando sua mão entre sua cintura e a minha, ele abaixou seu boxer me penetrando. Apoiei minhas mãos sobre a mesa e acabamos transando na mesa da cozinha, com todas as coisas do café da manha ainda em cima dela.
Eu não conseguia parar de olhar para porta, gemia baixo para poder escutar se por um acaso Bill resolvesse aparecer.

Tom: Relaxa, Mila!

Ele me tombou ainda mais para trás, firmei meus pés na borda da mesa dobrando meus joelhos e abrindo minhas pernas, enquanto ele em pé continuava os movimentos de vai e vem ao ponto de fazer a mesa andar. Eu comecei a rir.

Mila: A mesa tá fazendo muito barulho.
Tom: O Bill tá dormindo, não vai escutar.
Mila: Oh Deus!
Ele chocou com força sua cintura contra minha enquanto gozava, a mesa fez um barulho ainda maior batendo contra a parede e eu me segurei em seu pescoço tentando faze lo gemer menos, mas em meu ouvido seus gemidos provocavam o mesmo em mim.
Mila: Aaaahn!
Gemi mais alto do que poderia quando ele chocou com força sua cintura contra minha, parando seus movimentos logo depois.

Passei a tarde na sua casa, sem ter o porque de voltar cedo para casa, ele conseguiu me fazer ficar até a noite com ele trancada em seu quarto.
Parece que foi de repente que ele começou a agir feito meu namorado, apesar der ter sempre agido como um, no sentido possessivo da coisa. Agora era diferente, ele continuava muito ciumento, mas com a segurança de que eu era somente dele.

Monica iria para Alemanha tambem no final do ano, os pais dela haviam enviado a passagem para ela passar as festas junto deles.
Dia 23 de Dezembro era a nossa partida para a Alemanha, e confesso que nervosismo era pouco o que eu sentia, eu estava tendo um colapso nervoso, principalmente porque Bill iria junto. Mas foi mais tranquilo do que eu esperava. Nós conversamos pouco porque Tom ficou entre mim e ele no avião. E na maior parte da viagem ele dormiu.

No aeroporto de Hamburgo encontramos Andreas e Marcus, segurança pessoal dos gemeos. Andreas os abraçou e a mim tambem sendo mais afetuoso do que eu esperava. Ele havia vindo com o Cadillac de Tom com espaço suficiente para nós e as malas.
Combinamos que ele me deixaria na casa de minha tia e ele seguiria para casa dele com Bill. Ele me perguntou se eu não queria ir com ele até sua casa, mas ele sabia que não era o momento de me levar até a casa dele, junto a família, por isso não insistiu.
Eu desci do carro não acreditando que estava finalmente em casa, sentir o cheiro das plantas que do jardim da minha tia me lembrava tanta coisa, que só quando Tom tambem saiu do carro com minhas mala que me dei conta que eu, Mila, havia mudado tanto.

Tom: Eu passo aqui mais tarde.
Mila: Ok!
Parecendo um pouco não muito certo em me deixar ali, ele me beijou e voltou para o carro. Bate na porta de minha tia, que não demorou muito abrir, em fazendo rir com a sua feição de espanto ao me ver a sua porta.
Angela: MILA?
Mila: Sou eu tia!
Angela: Como você veio parar aqui? Porque não me avisou.
Ela me puxou para dentro segurando minha mala.
Mila: Eu estou de férias, esqueceu? Mas depois eu conto como vim parar aqui.
Angela: Meu Deus e eu achando que passaria o Natal sozinha com Anne e Peter.
Mila: Peter?
Angela: Ele está ai, veio da Áustria ficar com ela.

Eu estava com tanta saudades dela, depois e me abraçar mais que dez vezes, ela me disse que eu deveria ir falar com Peter. Disse que ele havia perguntado sobre mim ontem quando esteve aqui coma mãe.
Mila: É, acho vou até lá.

Ainda com a roupa de viagem e morrendo de vontade de fazer milhares de coisas, como dar uma volta pelo bairro, fui até a casa de Peter e bati na porta. Acho que ele não devia esperar que eu estaria aqui hoje, nem minha tia imaginava.
Anne, mãe de Peter abriu a porta, e muito surpresa gritou para Peter que eu estava na porta. Peter apareceu no alto da escada se abaixando para olhar em direção a porta, quando me viu, quase caiu alguns degraus abaixo. Ele desceu para falar comigo com os olhos brilhando, e estava tão diferente, que nõ parecia que havia passada somente um ano desde que o vi pela ultima vez. Estava mais forte e com uma expressão mais madura.

Peter: Mila, nossa, eu perguntei ontem de você pra sua tia.
Mila: É falando de mim, aqui estou eu.
Ele se aproximou me olhando e depois de se lembra que deveria me cumprimentar me deu dois beijos no rosto.
Sua mão depois de me perguntar sobre a viagem nos deixou sozinhos na sala. Eu não em sentia desconfortável com ele agora, não como imaginei que ficaria, eu ainda gostava muito dele, como amigo.
Ele me contou sobre tudo que vinha fazendo na Áustria, evitando falar de garotas, o que estranhei um pouco. Somente no final da da conversa e depois de ter falado de como era a vida em Los Angeles, é que ele perguntou o que era bem obvio.

Peter: Ele foi atrás de você, não é?
Mila: Não exatamente.
Peter: Qual é Mila? Eu sei que foi. Cheguei a esbarrar algumas vezes com ele depois que você foi emborra, claro que ele no carro e eu na minha bicicleta, e ele ainda me encarava como se me colocasse medo.
Mila: Ai ai, isso é passado.
Peter: Então ele conseguiu o que queria?
Mila: Estamos...juntos, sim! - Falei pausadamente como se isso ainda pudesse afeta lo.

Ele se virou olhando para a tv nada surpreso com o que eu dizia. Senti que isso ainda o incomodava de alguma forma, não sei o quanto, mas incomodava, quando o vi descendo a escada ele parecia tão seguro que pensei que já havia tido tempo suficiente para esquecer, mas acho que não.
Eu olhei para ele e pensei que deveria ser mais direta.
Mila: Peter, você ainda é chateado comigo?

Peter: Nãão, claro que não. Mas não digo que esqueci o quanto fui idiota.
Mila: Haha, você não precisa falar desse jeito, eu não acho que você foi idiota.
Peter: Eu acho que fui sim, porque fiz tudo errado pra tentar te conquistar.
Eu engoli seco ainda olhando para ele, eu sempre foquei sem jeito quando alguem que gostava de mim se declarava de alguma forma, pior quando não era um sentimento correspondido. Ele notou meu desconforto e sorriu fingindo, talvez, que estava brincando.

Peter: Esquece isso, somos amigos, não é?
Mila: Claro. - Me levantei indo em direção a porta.
Peter: Você vai ficar até quando?
Mila: Acho que até dia 2 de janeiro.
Peter: Eu tambem, haha. Minhas aulas voltam dia 6.
Parei perto da porta aberta e o olhei sorrindo, sinceramente feliz por revê lo. Ele parou a minha frente parecendo mais confortável, acho que conformado seria a palavra certa. Ele ajeitou a gola da minha blusa amarela que estava dobrada e sorriu apertando de leve minha bochecha.
Mila: Eu passo aqui outro dia. Tudo bem?
Peter: Claro! - Falou sorrindo.
Mila: Não me olha assim, Peter, você entendeu.

Eu achava graça do charme que ele jogava pra mim, achando graça porque era a única coisa que eu poderia fazer no momento porque a chance de alguma coisa acontecer entre eu e Peter era nula, não enquanto durasse relação que eu e Tom havíamos finalmente assumido.
Sai pela porta sentindo os olhos de Peter em mim até chegar ao portão. Ele estava com um comportamento que euchamaria de abusado, sorria de forma maliciosa pra mim.

Mila: Tchau!
Peter: Tchau!

Voltando pra casa de minha tia entrei no meu quarto, e um sorriso enorme foi inevitável em meu rosto. Tudo que havia ali, me lembrava ao Tom. Tudo na Alemanha na verdade, forma os meses mais intensos da minha vida, quando eu descobria aos poucos o que sentia por ele e ele por mim. A minha cama, a cadeira, o espelho que uma vez o encarei atravez dele.
Me deitei na cama olhando para cada pedaço do quarto sorrindo e algumas vezes quase chorando com algumas lembranças. Uma satisfação invadia meu peito aos poucos, como se tudo, cada dor tivesse valido a pena. Eu nunca me arrependeria.
Acabei pegando no sono, acordei com o som do meu celular tocando ao meu lado no colchão.

Mila: Alô!
- Daqui 10 minutos estou chegando no estúdio. - Eu abri um enorme sorriso ao lembrar do estúdio.
Mila: Nossa, que apressado!
- Não me faça esperar! - Falávamos brincando um com o outro.
Mila: E o que você quer senhor Tom Kaulitz?
- Você!

Eu desliguei o telefone dando um pulo da cama e desci as escadas correndo. Encontrei minha tia vindo da cozinha, acho que preparava o jantar.
Mila: Tia, tia, onde estão aqueles patins que eu costumava usar? - Ela sorriu.
Angela: No quartinho na cozinha.
Eu corri até e encontrei os patins encostados atrás das vassouras, os peguei calçando apressadamente e sai pela porta da cozinha até a rua.

Corri com em direção ao estúdio com o vento frio batendo no meu rosto e fazendo meu cabelo voar. Entrei na via estreita e deserta que me levava até o estúdio, quando escutei uma buzina logo atrás e me virei para olhar. O Cadillac de Tom vinha logo atrás lentamente e piscando os faróis. Eu me virei não conseguindo segurar o riso, eu quase gargalhava por causa da coincidencia. Ele parou o carro ao meu lado e abriu o vidro com seu enorme sorriso e olhos brilhando da maneira mais bonita e irresistivel possíveis.

Tom: Quer dar uma volta?

Eu olhei para os lados fazendo pouco do convite e sorrindo maliciosamente. Corri para o outro lado do carro e entrei. Ele arrancou com o carro enquanto eu rapidamente retirava os patins. Sem me importa com a loucura que era em sentar em seu colo enquanto ele dirigia, me joguei em seu colo o fazendo freia bruscamente.
Tom: Hey, sua maluca.
O beijei lentamente aproveitando cada pedaço de sua boca respirando o cheiro que exalava de sua pele roçando meu nariz no seu. Suas mãos puxaram minha blusa para trás descobrindo meus ombros, deixando a mostra meu top branco.
Ele me abraçou pela cintura e quando parei de lhe beijar, ele manteve meu rosto colado ao seu cheirando a pele do meu rosto. Quando abriu os olhos, ele olhou pela janela percebendo as arvores e o campo que havia ao lado de nós.
Tom: Foi exatamente nesse lugar que eu me dei conta que perderia a cabeça por você.
Olhei em volta tentando reconhecer o lugar, foi aqui que nos beijamos apaixonadamente uma vez antes dele viajar para os Estados Unidos, repetindo meu nome ele deixou claro que estava perdendo o controle.
Mila: E foi aqui que você me viu pela primeira vez.

Ele me segurou pelo rosto respirando fundo, apertou os olhos acariciando meu rosto e falou novamente.
Tom: Me desculpa se por causa da minha loucura de machuquei tantas vezes. Não queria que você pensasse que tinha o controle sobre mim, que notasse que eu havia perdido o controle
Mila: Eu continuaria te amando mesmo que você enlouquecesse.
Abri a porta do Cadillac e corri de seu colo, sua mão tentou me agarrar pela blusa, que ficou em suas mãos dentro do Cadillac.
Tom: Você tem uma tara louca em fugir de mim não é, só pra me ver atrás de você? - Falou saindo do carro e passando entre as arvores em minha direção.
Mila: Admito que a sensação é muito boa, ver você correndo atrás de mim.
Tom: Desde o primeiro dia, não é?
Mila: Uhum.

Ele continuou andando na minha direção, enquanto eu me afastava lentamente o encarando.
Mila: Vem!

Eu nunca me arrependeria dele, nunca me arrependeria das dores que senti, nada era maior do que ganhar seu olhar, que dizia tudo o que seu coração sentia. Acho que alguem me disse uma vez, acho que Monica, que o Tom que eu conhecia era o melhor misturado com o pior dele, quando cheguei a pensar que só conseguia extrair o que havia de pior nele, ele m mostrou que essa parte ruim era o medo somente, medo que eu provocava. O mesmo medo que eu sentia.
Talvez o que sentíamos, somente nós dois sabíamos o que era, aos olhos de qualquer um poderia parecer doentio, pra mim o que eu sentia por Tom Kaulitz era amor, o amor mais doentio que um dia senti.
Fonte

Nós Dois (Continuação) - Capítulo 27



Fiquei esperando ele me ligar durante a semana. Na faculdade, não vi Mike durante esses dias. Acho que agora sim ele preferia se esconder, pelo menos até a poeira baixar. O que eu sei que não mudaria muita coisa caso Tom encontrasse com ele novamente.
Quando chegou na Sexta eu comecei a me preocupar, ele ainda não havia me ligado, e a viagem para o Brasil era no Domingo. Passei o dia na faculdade sem conseguir me concentrar em absolutamente nada.
Quando eu saia da faculdade e me dirigia para o banco para esperar Monica, senti meu celular vibrar na bolsa. O peguei correndo quase deixando tudo que havia dentro cair. Era ele finalmente ligando.

Mila: Alo
- Mila.
Mila: Fala.
- Eu... não sei se vou poder te ver antes de viajar. - Meu coração deu um pulo batendo forte, me deixando sem ar.
Mila: Por que?
- Eu to em Nova York, tive de vir pra cá ontem com o David pra resolver algumas coisas, que são de contratos do Bill.
Ele falava com a voz baixo e claramente chateado.
Mila: Por que o Bill não foi?
- Porque ele estava gripado, quase perdeu a voz, e ele não pode viajar pra Nova York com o frio que está lá.
Mila: Por que não me avisou antes?
- Porque eu estava ocupado por causa da turnê, e eu não podia sair daqui, se eu ligasse, iria acabar indo até ai, e no momento seria impossível.
Eu respirei fundo ao telefone profundamente triste por não poder ve lô até a viagem ao Brasil.
- Aonde você está?
Mila: To na faculdade esperando a Monica sair.
- Não vai a pé pra casa, pega um ônibus ou um taxi.
Mila: Ok.
Ele ficou em silencio novamente, respirou fundo como se ainda pensasse em como resolver o problema.
- Eu... estou sentindo a sua falta... de uma maneira insuportavel. - Eu sorri quase chorando ao telefone.
Mila: Eu tambem.
Monica apareceu na porta e logo me viu, olhei para la sorrindo e ela logo percebeu com quem eu falava. Depois de uma pequena pausa, somente respirando ao telefone ele se despediu.
- Eu já vou, se cuida garota.
Mila: Uhum, beijo.
- Beijo, tchau.

Ao desligar o telefone meu coração ainda batia forte, mas agora muito mais agoniado e apertado, querendo saltar do meu peito. Eu jamais imaginei que isso aconteceria quando nós perdessemos o medo de estarmos juntos. Agora, o que parecia sufocar, era totalmente o contrario, o que acontecia agora era o medo de não estarmos sempre juntos.

Eu não me surpreendi quando ele me ligou dizendo que não poderia me encontrar até a viagem. Eu resistia em acreditar que estava me comportando como uma namorada grudenta, me entristecendo cada vez que ele dizia que estava ocupado com algo. Eu ficava triste, mas me lembrava de quando ele disse o que pensava sobre o status de "namorados" trazia para um casal, isso eu tambem não queria de forma alguma.
Eu até preferia que ele não me ligasse tanto, aumentando a expectativa para quando nos encontrássemos, ele sempre fazia dessa forma. Quando ligava, mostrava claramente o quanto sentia a minha falta, por isso estava ligando.

Passei essa ultima semana até o dia da sua volta da turnê pela América Latina sufocando, quando me deitava a noite pensando em cada passo seu. O Aniversário de Monica estava chegando e nós ainda combinávamos o que fazer. Provavelmente seria perto da volta do Tom, mas não sei em que dia exatamente de sua volta.

Parei de pensar um pouco na volta dele me concentrando em assuntos da faculdade. Monica chegou no nosso apartamento no dia do seu aniversário pulando de felicidade porque havia conseguido reservar lugares em uma area vip de um club muito legal em Beverly Hills.
Ela me puxou do sofá me sacudindo os braços tentando me animar.

Monica: A gente vai, a gente vai. A GENTE VAAAAAAAAAAAI.

Eu realmente fiquei animada depois disso, e não me importava em sair para me divertir em uma data tão especial, o aniversário da minha melhor amiga, aquela que sempre esteve ao meu lado, sem se importar com nenhuma problema que eu carregava e a obrigava a carregar tambem.
Era noite do dia 3 de Dezembro. Peguei em meu armário um vestido que eu usei poucas vezes, era decotado com pequenas mangas fofas, cobrindo somente meus ombros. Mas em meu corpo era justo até o meio de minhas coxas. Alisei meu cabelo, o deixando mais liso do que já era geralmente, e coloquei o scarpin altíssimo que Monica me emprestou.
Nós duas já estávamos prontas quando escutei meu celular tocar na sala.

- Estou aqui na porta do seu prédio.

Eu sorri quase explodindo de felicidade e respondi apenas com um "Ok", não querendo esperar mais nenhuma segundo para ter aqueles olhos em cima de mim novamente. Larguei o celular no sofá e sai correndo pela porta. Monica gritou da cozinha perguntando para onde eu estava indo, mas não dei ouvidos.
Desci as poucas escadas mesmo, com meus sapatos nas mãos.
Quando cheguei na porta não me preocupei em colocar os sapatos e parecer menos entusiasmada. O avistei dentro do Audi olhando para frente, mas logo ele me viu tambem, e seu enorme sorriso pareceu, tão feliz ao me ver, que me deixou ainda mais entusiamada.
Corri até o Audi me preocupando com o vestido justo que levantava conforme eu corria. Abri a porta correndo me jogando em seu colo o deixando completamente sem ação.

Tom: Não era o que eu esperava, mas adorei a recep...
Eu o calei lhe beijando da forma mais intensa que pude, satisfazendo toda a vontade que tive de beija lo loucamente durante os dias que ele ficou fora. Ele me segurou pelo traseiro me apertado forte contra seu peito, com suas mãos eu percebia que ele havia notado meu vestido diferente, que ele tateava com as mãos tentando identificar como era.

Quando finalmente paramos de nos beijar, ele olhou para minha boca notando meu batom vermelho. Seus olhos brilhavam de uma forma unica, e eu não tive medo que ele notasse o quanto eu estava feliz tambem.
Tom: Você ta usando batom vermelho?
Mila: Tava, né?
Tom: Hahaha, ainda tá, todo borrado mas tá.
Mila: E eu te sujei inteiro. - Passei as mão em sua boca tentando tirar um pouco do batom.
Tom: Hum, droga.
Mila: Pronto, limpei.
Tom: Por que ta toda arrumada, vi aonde? - Falou olhando para o meu vestido e os sapatos que eu havia jogado no banco ao lado.
Mila: É aniversário da Monica, nós vamos a um club que ela conseguiu vip.
Tom: Tá de sacanagem, e a gente? Eu acabei de chegar do México, queria ficar com você...
Mila: Vem com a gente.
Tom: Pro club?
Mila: Sim.
Tom: Não, não. Eu quero ficar sozinho com você, não quero ir pra festa.
Mila: Mas eu não posso deixar de ir no aniversário da Monica.
Ele afundou seu rosto no meu decote beijando meu seio, fiquei em silêncio sentindo que aos poucos seu beijos em meu decote o despertava. Já havíamos nos esquecido do que falávamos e voltamos a nos beijar intensificando o amasso.
Tom: Você tá tão...tão gostosa com esse vestido.
Sua mão foi lentamente tentando abaixar a alça de meu vestido mas eu mesmo louca para deixar que ele o fizesse e continuasse a me despir, tive de parar.
Mila: Não, não, eu não posso agora. Eu e Monica já íamos sair.
Ele continuou a beijar meu pescoço me provocando tentando me fazer mudar de ideia.
Tom: Eu não vou dançar.
Mila: Não quero que você dance, apenas que vá comigo, ou então volte pra casa.
Tom: Não, não, eu vou, eu vou. Só vão vocês duas?
Mila: Mais 3 amigos.
Tom: Quem?
Mila: Da faculdade, não conhecem você.
Tom: Vai algum homem?
Mila: Caramba, um amigo e duas amigas, e ele é gay. E preciso colocar meu sapato, ela tá me esperando.
Me sentei no banco ao seu lado calçando o sapato e arrumando o vestido. Ele se movimentou retirando alguma coisa do bolso, segurou na minha frente algo que parecia ser um cartão ou bilhete. Eu ainda distraída tentando me arrumar, olhei para o que ele segurava, com ele me olhando esperando minha reação
Mila: O que é isso?
Tom: Sua passagem para Alemanha.
Eu passei meus olhos do bilhete para ele não entendo o que isso significava.
Mila: Não entendi.
Tom: É sua passagem pra viajar comigo nas férias do final do ano.
Eu arregalei os olhos tentando entender o que isso significava, e como ele era rápido em pensar nas coisas. Sim, eu estaria de férias agora no final do ano mas jamais pensei que poderia voltar a Alemanha tão cedo, muito menos em uma viagem junto dele.
Mila: Você só pode estar brincando?
Tom: Depois que eu voltar do Japão, eu e Bill vamos para a Alemanha para passar o feriado de Natal, e eu quero que você venha comigo.
Eu engoli seco totalmente sem palavras para responder ou dizer algo para o homem que me olhava esperando uma reação entusiasmada, mas nem me mexer direito eu conseguia.
Mila: Quando você teve essa ideia maluca?
Tom: Gostou, não gostou?
Eu só consegui agarra lo pelo pescoço e lhe beijar inteiro feito um filhotinho. Seu sorriso ao me ver feliz era radiante.
Tom: Eu não falei que até minha viagem para o Japão arrumaria mais alguma coisa para você me encher de beijos.
Mila: Você não precisa inventar nada pra isso.
Ele me beijou deixando aquele momento durar mais um pouco, acariciando meu rosto. Eu me sentia tão feliz por tudo que ele agora não tinha mais medo de demonstrar, e que estava feliz por poder fazer sem medo.
Tom: Ta feliz?
Mila: Muito.
Tom: Então fica comigo.
Mila: Haaa, não nós vamos para o aniversário da Monica. - Ele fez cara feia feito uma criança.
Tom: Caramba, eu não via a hora de poder voltar e ficar com você, e você quer me arrastar pra um club?
Mila: Você já entendeu, mas ta fingindo que não.
Ele não falou mais nada porque sabia que não me faria mudar de ideia, ele teria sim de vir comigo se quisesse passar pelo menos a noite comigo. Depois do club podíamos fazer e ir para onde quiséssemos.

Monica desceu logo em seguida e ao saber que Tom iria junto ela ficou animada, me jogando sorrisos e olhares que me faziam ficar ainda mais envergonhada. Fui com Tom em seu carro para lhe mostrar onde era o club. Ao sair do carro eu sentia seu olhar o tempo todo em mim, pela forma como eu estava vestida, que eu sabia que ele amava.
Quando entramos as meninas já estavam no bar, eu lhe dei um Oi a distancia e Monica apontou para a mesa onde eles tinha reserva. Fui andando na frente dele, que segurava em minha cintura todo tempo. A mesa era em um local bem discreto com um sofá oval de veludo roxo que dava vista para a pista de dança.
Tom se sentou ainda me segurando pela cintura e me sentou em seu colo. Passei o braço em volta de seu pescoço e ele voltou a me olhar esperando um beijo.
Mila: Haha, você anda correndo riscos demais. Quer mesmo me beijar em um lugar cheio?
Tom: Acha que eu vou passar a noite aqui sem te beijar?
Mila: Você precisa tanto disso? - Falávamos olhando nos olhos um do outro.
Tom: Muito, e um pouco mais.
As meninas apareceram trazendo garrafas de cerveja para nós. Tom pegou agradecendo e depois de dar um longo gole, sorriu para as outras meninas as comprimentando. Monica apresentou, Leticia, Sarah e Johnny para ele.
Depois que eles se afastaram, preferindo curtir a pista de dança, Tom aproximou lentamente seu rosto do meu me encarando, seu olhar provocador me chamava para um beijo, então sua boca tocou suavemente meus lábios, sua respiração falhando e sua língua brincando com minha boca fazia parecer que estávamos sozinhos ali, apesar da musica alta não prestávamos atenção nisso.
Mila: Sentiu saudades?
Tom: Do seu cheiro, da sua pele macia, do toque das suas mãos, do cheiro do seu cabelo.
Eu sorri ao sentir cocegas que sua boca provocava em meu ouvido.
Era difícil de imaginar algum tempo atrás que eu estaria agora com ele, sendo sua única necessidade, sendo sua garota.
Conversamos pouco, a musica alta só nos dava permissão de nos olharmos e nos beijarmos.
Durante a noite toda eu quase não sai de seu colo. Monica e nossos amigos ficaram conosco por alguns instantes, bebemos e conversamos e ele pareceu a vontade, todo tempo, como eu nunca tinha visto.

Nós Dois (Continuação) - Capítulo 26



Quando cheguei em casa, corri para o quarto para tomar banho e me vestir o mais depressa possivel. Deixei Monica dormindo enquanto isso. Depois que sai, fui até sua cama tentar acorda la.
Mila: Monica, Monica. Eu já cheguei, acorda.
Monica: Huuuuum, por queeeee?
Mila: Eu preciso te contar uma coisa.
Monica decobriu a cabeça e me olhou com os olhos quase fechados. Me sentei ao lado dela e comecei a falar.
Mila: Aconteceu uma coisa ontem, que eu jamais achei que poderia acontecer.
Monica: Você ta gravida?
Mila: Que mané to gravida, Monica. Não é isso. Só sei que agora eu to morrendo de medo que algo muito ruim possa acontecer.
Monica: Espera ai, você ta me deixando nervosa.

Ela se sentou na cama realmente preocupada com o que havia acontecido, e eu mais ainda, porque só agora que não estava mais com o Tom, é que pensava com clareza no que havia acontecido, morrendo de medo da forma que ele reagiria quando estivesse de frente para Mike.
Contei tudo a Monica, que não acreditou que Mike havia sido capaz de fazer tamanha covardia, e ela se preocupou tanto quanto eu já estava.

Monica: Mila, ele te deu um tapa? Meu Deus. Que idiota ridículo. Mila, isso é absurdo.
Mila: O mais agravante, foi o Tom me ligar na hora que eu estava chorando sem parar, ele veio correndo até onde eu estava desesperado.
Monica: Oh Deus. Parece que ele sabia.
Mila: Claro, e...se ele não tivesse me ligado naquela hora, é obvio que eu não poderia contar isso a ele, não tudo que Mike fez, porque eu sei o que ele quer fazer.
Monica: Se você não contasse, ele iria descobrir de qualquer forma, você sabe. E ele ta aonde agora?
Mila: Deixei ele no hotel, sai e deixei ele dormindo.
Monica: Vocês passaram a noite no Liebe foi?
Mila: Haaaam, mais ou menos, a gente discutiu tambem, porque acabei contando sobre voltar pra Alemanha.
Monica: Huum merda. E o que ele achou disso?
Mila: Ele ficou bravo comigo. E...eu não achei que ele reagiria dessa forma, discutiu comigo me dando milhares de motivos para ficar. O único suficiente, pra mim, é ele, mas ele acha que eu não estou pensando nisso.
Monica: Mas é claro, você tomou a decisão de ir embora tão depressa, não pensou em nada nem ninguem.
Mila: Eu sei, é que, eu ainda me sinto mau por fazer minha tia acabar com o dinheiro que ela tem no banco pra pagar meus estudos.
Monica: Esquece isso. O que o Mike fez tambem é muito grave, Mila. Ele merece apanhar, se ao menos estivesse bêbado ou algo do tipo até seria uma justificação, meio torta, mas seria. Mas ele estava sóbrio, ele te atacou, te bateu de cara limpa. Se o Tom for bater nele, eu quero ver.
Mila: Ai Monica, para de falar isso que eu já estou nervosa o suficiente.

Me arrumei enquanto conversava com Monica e logo sai para a faculdade. Durante todo tempo fiquei com a cabeça em Tom, pensando em como ele reagiu ao acordar e ver meu bilhete, se ainda estava com raiva de mim, se me ligaria hoje ou não.
Monica: Quer que eu vá mais cedo contigo pra faculdade?
Mila: Não, não, dorme, não precisa eu estou bem.
Monica: E se você cruzar com o Mike, Mila.
Mila: Ele não está lá essa hora, e ele estuda no outro prédio.
Monica: Tudo bem, te vejo mais tarde.

Eu fui para faculdade apressada, olhando de cinco em cinco minutos o visor de celular que eu levava na mão para ver se ele me ligava ou mandava alguma mensagem. Não me preocupava o que ele poderia fazer com o Mike, o que me preocupava era o problema que isso causaria para o Tom.
Durante o dia não vi nem sombra do Mike, e não sei como reagiria se por acaso me encontrasse com ele hoje, ainda sendo tão recente o que aconteceu.

Foi a primeira coisa que Monica me perguntou quando nos encontramos a tarde, se eu já tinha visto Mike por aqui. E não, durante todo o dia eu não o vi, nem na hora da saída. Talvez ele tivesse realmente querendo evitar se encontrar comigo depois do que fez, acho que faltou a aula.
Hoje foi Monica quem ficou até depois da aula e eu pude vir embora mais cedo. Como ainda era cedo, vim andando até o apartamento.
Quando eu abria o portão escutei alguem me chamar, me virei para olhar, e Mike estava parado alguns metros, mas não foi isso que me assustou, Tom vinha logo atrás, e rapidamente tudo ficava bem claro na minha cabeça. Mike havia me seguido depois que sai da aula, e Tom havia seguido Mike, desde a faculdade tambem. Eu me assustei ao pensar no que viria logo a seguir. Quando Tom se aproximou de Mike, ele nem ao menos deixou que Mike olhasse em seu rosto, lhe socou a cara o derrubando no chão. E Mike mesmo sem saber quem era, tentou se defender, mas parecia que o ódio de Tom deixava sua força sem limites. Eu ainda não conseguia falar, estava em choque com a forma que Tom esmurava Mike caído no chão. Segundos depois consegui intervir.

Mila: TOM, NÃO FAZ ISSO. PARA, PARA.
Tentei segurar em seu braço mas ele me afastou, não me machucando mas me fazendo quase cair no chão. Mike tentava bater em Tom, retribuir os socos que já o fazia sangrar muito.
Tom: VOCÊ ESTAVA SEGUINDO ELA? É ISSO SEU FILHO DA PUTA?
Mike: ME SOLTA, EU SÓ VIM ME DESCULPAR.
Tom: ENGOLE SUAS DESCULPAS SEU MERDA.

Tom segurava Mike pela blusa,decidido a acabar com ele se fosse necessário.
Eu sabia que algumas pessoas, poucas que passavam pela rua, já olhavam assustadas, mas eu não conseguia prestar atenção nisso. Comecei a chorar por causa do meu estado de nervosismo, segurei Tom pela cintura o puxando de cima de Mike, que estava muito machucado, muito.

Mila: PARA, VOCÊ VAI MATAR ELE, PARA TOM.
Tom: EU VOU ACABAR COM ESSE FILHO DA PUTA.
Mila: Chega, Tom, CHEGA.
Tom: Encosta nela e eu te mato, VOCÊ ESCUTOU?
Eu ainda segurava Tom pela cintura, ele ofegando muito e cansado pela luta, que nem ao menos havia lhe provocado um arranhão. Mike continuou jogado no chão gemendo com as mãos no rosto e cuspindo muito sangue.
Arrastei Tom para dentro do prédio antes que a policia aparacesse e tudo ficasse ainda pior. Eu subi pelas escadas desnorteada, com Tom atrás de mim, com sua respiração acelerada e ainda fora de si.
Agora de assustada eu passava ao estado de irritada por ele se comportar de uma maneira tão selvagem e correr um risco desses.
Entrei pela porta indo em direção a cozinha sem olhar para ele que entrou bufando e sacudindo a mão que parecia estar machucada. Peguei gelo e enrolei em uma toalha. Ele se sentou no sofá ainda sem falar nada e quando me aproximei com o pano de seu rosto ele tomou de minha mão, não me deixando chegar perto.

Mila: Por que ta fazendo isso?
Tom: Filho da puta, é um merda mesmo.
Ele falou me ignorando olhando para frente e mordendo o lábio ainda muito nervoso.
Mila: E você um completo sem noção. Meu Deus Tom, se ele vai na policia prestar queixa, você ta ferrado.
Me levantei do sofá ficando de pé, indo para o outro lado da mesa de centro de frente para ele.
Tom: Ele não vai dar queixa nenhuma ou..
Mila: Ou você vai arrebentar ele de novo?
Tom: Ta de sacanagem comigo? Acho que eu não deveria ter batido nele?
Mila: Para o seu bem não.
Tom: Haha, eu to me lixando pra isso, se ele não tivesse o que merce continuaria perseguindo você como fez hoje.
Mila: Ele disse que queria pedir desculpas.
Tom: PORRA Mila, você estava sozinha, e se ele subisse atrás de você, te arrastasse pro apartamento e tentasse terminar o que não conseguiu ontem? Ou era isso que você queria?
Mila: Deixa de ser ridículo.
Tom: Você que está sendo ridícula, devia ficar quieta em vez de ficar se preocupando com aquele babaca.
Mila: Eu não estou me preocupando com ele, merda, estou me preocupando com você.
Ele me encarou em silencio, eu parei de falar engolindo minha saliva tentando recuperar o folego depois de falar sem conseguir parar. Ele abaixou a cabeça olhando para sua mão que ainda mantia enrolada no pano com gelo.
Tom: Eu vou embora.

Ele falou se levantado do sofá. Me espantei com essa iniciativa dele, e apesar de não entender o porque dele estar chateado comigo agora, eu sabia que ele ainda tinha motivos para agir friamente comigo.
Mila: Não, por que?
Eu o empurrei o fazendo se sentar novamente no sofá, me sentei em seu colo de frente para ele, mas suas mãos não tocaram o meu corpo, ele olhava para para todos os lados, menos para mim, mas quando aproximei minha boca da dele e entrelacei meus braços em seu pescoço seu olhar percorreu meus lábios.
Mila: Para com isso, para de agir assim comigo.
Rocei meu rosto no seu, beijei seu pescoço gemendo baixo perto do seu ouvido, foi quando suas mãos tocaram minha cintura, e eu senti que primeiramente com a intenção de me afastar, mas depois ele me apertou e sua respiração acelerou.
Tom: Mi...Mila, para com com isso. - Falou ainda demosntrando estara chateado.

Eu o ignorei e colei ainda mais meu corpo no seu, esfregando minha cintura na sua. Ele me segurou mais forte pela cintura impulsionando meu corpo para frente. Logo estávamos excitados com esfrega e um beijo foi inevitável. Ele não resistia mais, e me beijava apaixonadamente, com sua mão me segurando pelo pescoço e a outra meu quadril, que ele apertava esfregando nossas cinturas.

Suas mãos passaram para as minhas costas, me acariciando por debaixo da blusa. E sem pensar em mais nada somente nos beijamos fazendo o nossos corpos pedirem mais. Ele passou sua mão para frente da minha blusa tentando apertar meu seio enquanto me beijava. Seus beijos foram passando da minha boca para o meu pescoço sem que ele parasse para respirar.
Eu o empurrei o encostando no sofá, e agora eu o beijava, sua boca, queixo, pescoço, e ele extasiado gemia baixo sussurrando querer mais.

Tom: Você ainda vai acabar comigo.
Mila: Eu fico, eu fico aqui enquanto você quiser que eu fique.
Falei enquanto nos beijamos, ele abriu os olhos ainda me beijando e eu tambem o fiz. Ele estava feliz e surpreso por eu comunicar tão de repente o que nunca foi uma duvida na verdade, ficar somente por ele.
Mila: Diz que precisa de mi...
Tom: Eu preciso de você.

Eu sorri e ele não disse mais nada, voltamos a nos beijar da forma louca que já nos beijamos, gemendo.
Quando ele passou suas mãos para o botão da minha calça tentando abri la, escutamos o barulho de chaves abrindo a porta, dei um pulo do colo do Tom me sentando no sofá, fechei minha calça rapidamente e Tom ajeitou a dele. Monica entrou distraída sem nos ver no sofá. Eu olhei para Tom que sorria balançando a cabeça olhando para a calça que ele ajeitava, não acreditando que já era a decima vez que Monica aparecia quando estávamos nessas situações.

Monica: Ai meu Deus, não sabia..não vi vocês, ai desculpa, eu cheguei na hora errada.
Tom: Nãããão, você nunca chega na hora errada.
Tom olhou pra mim sorrindo. Eu me levantei do sofá e ao passar por Tom sentado quase tropecei de nervoso em seu pé.
Mila: Não, não, a gente só estava conversando.
Tom: Eu já vou.
Ele cruzou seu olhar com o meu me chamando até a porta. Olhei para Monica e ela logo percebeu que algo a mais tinha acontecido, na verdade não sei como ela não achou Mike desmaiado na entrada do prédio. Mas isso me deixava aliviada, se não estava mais lá, é porque pode se levantar sozinho e ir embora.
Monica: Tudo bem, tudo bem, eu já sei que sempre atrapalho.
Tom: Haha, relaxa Monica.
Ele foi até Monica e se despediu lhe dando um beijo na bochecha. Ela sorriu pra mim envergonhada.
Tom: Tchau Monica.
Monica: Tchau...Tom.
Quando eu abri a porta ele saiu me puxando pela mão, quando a fechei ele me colocou contra a parede me beijando.
Mila: Não, não, não começa, no corredor nem pensar.
Ele me amassou contra a parede fingindo desmaiar.
Mila: Tom, para, para com isso, você é pesado. - Falei tentando não rir.
Tom: Fala pra Monica arrumar um namorado, por favor.
Mila: Haha, ela estava saindo com um amigo do Mi..ham, esquece. - Ele se afastou me olhando .
Tom: Com um amigo do Mike? Fala pra ela tomar cuidado. E eu não quero...
Mila: Hey hey, esquece isso. E por favor não faz mais besteira, esquece o Mike.
Ele mantia suas mãos na minha cintura me presionando contra a sua enquanto eu falava e tentava afastar meu corpo para falar olhando para o seu rosto.
Tom: Mila, Domingo eu estou indo para o Brasil e me preocupa o que esse cara pode tentar fazer.
Mila: Tom, ele não é um psicopata, não vai vir atrás de mim de novo, não depois do que você fez.
Tom: Como não? Ele te seguiu hoje. O filho da puta estava te esperando sair do faculdade e veio atrás de você.
Mila: E você estava me vigiando.
Tom: Claro.
Mila: Haha, claro, você é incrível.
Tom: Claro que sou, o que podia ter acontecido se eu não tivesse na porta da faculdade?
Mila: Você saiu do hotel, e foi direto pra porta da minha faculdade..
Tom: Pegar o filho da puta. - Falou me interompendo
Olhei para ele não conseguindo segurar o riso.
Mila: Ok, chega, esquece isso, esquece o Mike.
Fiquei em silencio esperando uma reação dele, ele olhou para o meu decote ainda pensativo.
Mila: Você vai ficar martelando isso todo tempo não é?
Tom: Vou.
Eu toquei seu rosto o fazendo olhar para mim, ele se aproximou colando seu rosto ao meu e beijando meu pescoço.
Tom: Quando foi que decidiu ficar? - Ele falou ao meu ouvido.
Mila: Eu não decidi, eu amo você, não tenho outra opção a não ser ficar.
Tom: Que você me ama eu já sabia, mas que isso era o suficiente pra te fazer parar de ser orgulhosa e cabeça dura é novo pra mim, e eu gosto disso.
Mila: Hahaha.
Ele me olhou sorrindo, daquela forma convencida com seus olhos apertados e brilhando.
Tom: Me beija. - Falou aproximando sua boca da minha.
Mila: Não, não, eu sei o que você quer, vai embora.
Ele me puxou com força contra seu corpo, me apertando por trás.
Mila: Heey, que isso?
Tom: A gente pode dar uma rapidinho aqui.
Mila: Não, a gente NÃO pode não.
Eu tentei empurra lo mas suas mãos me tocavam nos lugares certos para me enlouquecer.
Tom: É isso mesmo? Vai querer me deixar na mão?
Mila: Ham? Deixa de ser ridículo, a gente passou a noite juntos.
Tom: E isso quer dizer que eu não posso transar com você hoje?
Mila: Isso quer dizer que...para de ser tarado Tom, meu Deus.
Tom: Não me convenceu.
Mila: Tom, sério, não.
Ele ainda me beijava roçando seu rosto na pele do meu pescoço e me apertando o traseiro.
Tom: Porque? Você não quer?
Mila: Não é questão de querer é de poder. Sério, vai, vai antes que apareça alguem.

Ele se afastou de mim me olhando ainda, passando seu olhar por todo o meu corpo. Mas a necessidade parecia maior do que tudo, quando eu deveria deixar que ele se afastasse eu o puxei novamente, somente para abraça lo. Ele me apertou forte respirando no meu pescoço me levantando do chão.

Tom: Quer mesmo que eu vá?
Mila: Não, não. - Ele riu.

Ficamos em silencio por alguns segundos, apenas abraçados. Era uma mistura louca de sentimentos que surgia de repente, uma vontade louca de chorar porque ele iria daqui alguns segundos descer pelo elevador e ir embora, vontade apenas de ficar assim para sempre abraçado, vontade de beija lo todo tempo, ou de somente olhar nos olhos dele por horas.
E seu abraço parecia demonstrar o mesmo, ele não desapertava seus braços em volta da minha cintura.

Começamos a nos soltar aos poucos, ao mesmo tempo, ele se afastou me olhando novamente.
Tom: Eu te procuro antes de viajar.
Mila: Tá.

Ele me beijou novamente, tentando não me tocar para talvez não ter de começar tudo de novo. Segurei em sua mão que ele mantia no ar perto da minha cintura e apertei entrelaçando meus dedos, ele apertou tambem mas logo a soltou indo embora.
Eu só podia estar louca, como era possível me apaixonar tanto a cada segundo. Estar com ele depois que havíamos assumido essa relação, tornava tudo ainda mais intenso, se é que isso era possível.

Nós Dois (Continuação) - Capítulo 25

Ele realmente estava puto comigo, continuou em frente a tv, sentado ignorando minha existência. E eu precisa tanto dele agora, depois de toda demostração de carinho comigo, quando ele agia assim ,fazia eu me sentir tão desprotegida.
Eu me levantei da cama e comecei a catar minhas roupas, ele se virou na mesma hora para olhar o que eu fazia, eu já havia vestido minha calcinha e colocava minha blusa.

Tom: O que você ta fazendo? Hey?
Mila: To indo embora pra casa. O que eu vou ficar fazendo aqui se não consigo ter uma conversa civilizada com você?
Ele se levantou do sofá e veio falando na minha direção com cigarro entre os dedos.
Tom: Sabe o que mais me deixa puto? É você agir como se eu não tivesse nenhum motivo pra estar chateado com você. Você entra na MERDA do carro daquele filho da puta...
Mila: Como eu podia imaginar que ele faria isso?
Tom: Você não devia nem ter falado com ele, muito menos entrar naquela merda de carro. E depois vem dizendo que vai voltar pra Hamburgo porque não aceita que sua tia pague seus estudos aqui. Caralho você está estudando...que mau tem nisso?
Mila: Mas eu não vim pra cá pra isso...
Tom: Foda se qual seja o motivo, isso foi no passado, não é mais agora, e você ta ignorando isso.
Ele despejava o que sentia em cima de mim, eu ainda sentada na cama com minha saia nas mãos, tentava argumentar de alguma forma, mostrar que eu não estava sendo egoísta e que agindo assim eu estava tentando ser o contrario de egoísta.
Mila: Você não quer entender porque pensa que eu não estou me importando com você, mas é claro que estou, se não já teria comprado minha passagem de volta.
Tom: Eu não pensei duas vezes quando tive a possibilidade de vir morar aqui, de vir atrás da porcaria da garota por quem eu ainda estava apaixonado feito um louco.
Mila: Vocês estão trabalhando no CD, foi por isso, você deixou claro.
Tom: CD? Que CD? Eu não precisava vir morar aqui pra isso, nós nem ao menos estamos gravando alguma coisa, mas sim com outros projetos, que surgiram depois de virmos pra cá.

Ouvir dessa forma que ele era apaixonado por mim ainda me chocava quando era dito, ainda mais dessa forma. Era tão raro vê lo explodir dessa forma e conseguir dizer o que sentia por mim, mesmo sendo raras as vezes, era a melhor coisa de se ouvir. Parecia que ele guardava todo tempo, e que quando chegava no limite ele dizia sem medo algum.
Mila: Me dá um tempo Tom, eu só preciso pensar. Eu não quero brigar com você por causa disso.
Tom: Me da um tempo VOCÊ.
Eu o segurei pelo pulso que ele movimentava enquanto falava exaltado comigo. Ele parou de repente me olhando sério tentando identificar o que eu queria com essa atitude.
Mila: Para, para com isso.

Eu o puxei pelo pulso até mim, mas ele resistiu, puxou com força seu braço fazendo minha mão solta lo, mas continuou na minha frente sem continuar com nossa conversa. Tudo que eu queria e precisava agora era do toque dele, do seu corpo esquentando o meu, era minha maior necessidade.
Lentamente, eu o puxei pelo boxer aproximando sua barriga da minha boca. Ele abaixou seus braços me deixando beija lo no espaço entre seu umbigo e seu membro. Apesar da minha provocação, ele parecia resistir. Eu sentia sua respiração acelerar, mas ele não se movia, eu imaginava o quanto chateado comigo ele estava.
Me inclinei para trás me deitando no colchão. Com meu pé o acariciei entre as pernas sentindo que, apesar de ele parecer resistir, seu estado de excitação já estava bem alto. Fechei minhas pernas roçando meus joelhos enquanto ele observava. Ainda em silêncio ele tocou meu joelho e aos poucos se abaixou o beijando.
Enquanto se inclinava ao beijar minhas pernas, ele foi tirando seu boxer o jogando no chão. Pensei que primeiro ele se deitaria sobre mim, mas ele me segurou por baixo tirando minha calcinha rapidamente a jogando no chão.

Ele voltou até mim me olhando nos olhos, encaixando sua cintura na minha. Voltamos a nos movimentar, esfregando nossos corpos lentamente. Ele apoiou suas mãos no colchão me olhando de cima, gemer baixo, me contorcendo com a forma que ele se mexia dentro de mim.
Meus gemidos começaram a ficar mais intensos, eu estava perto de ter um orgasmo com a forma que ele me olhava. Dobrei minhas pernas, colocando meus joelhos na altura de meus ombros, e gemi.

Acho que essa vez que transamos, foi quando ele foi mais carinhoso comigo. Ele queria me dar prazer, me ver gemer, me arrepiar com o seu toque. Não que nas outras vezes ele não quisesse, mas hoje parecia tão diferente, como se quisesse cuidar de mim.
Ele gozou se movimentando um pouco mais rápido, cansando o meu corpo, mas ainda me acariciando. Ficou por longos segundo beijando meu pescoço ou o acariciando com seus lábios.

Mila: Fica assim, pra sempre.
Tom: Dentro de você, eu ficaria, pra sempre. - Ele falou rindo.
Mila: Isso, fica, fica.
Nos beijamos lentamente, mas logo fomos interrompidos pelo celular tocando, dessa vez era o dele que tocava.
Tom: Haaaa, não. É o Bill.
Ele se levantou de cima de mim e foi até sua calça caída no chão e pegou o celular. Ele foi até a mini geladeira e pegou agua enquanto atendia.

Tom: Sim, sim, está tudo bem, não precisa se preocupar, eu estou com ela.
Eu arregalei os olhos para ele ao perceber que ele falava de mim para o Bill.
Tom: Por que? Quer falar com ela? Você não são super amigos agora. - Ele falou olhando pra mim.
Mila:Bobo.
Quando ainda desligava o telefone, ele pegou outro cigarro para fumar.

Mila: A gente tá aqui a menos de uma hora, e já o terceiro que você fuma.
Tom: Você me deixa nervoso. - Ele falou quase sorrindo.
Mila: Ok, isso é culpa minha tambem?
Tom: Uhum.
Mila: O que o Bill queria?
Tom: Saber de você. Eu sai correndo de casa, ele achou que algo grave tinha acontecido.
Mila: Hum.
Eu quase explodi de felicidade imaginaod o estado de preocupação dele quando sai de casa.
Ele voltou para cama se deitando ao meu lado, ainda com o cigarro na boca. Eu sem que ele esperasse subi em cima dele me sentando em seu colo. Ele levou um susto.
Mila: Que tal mais uma?
Tom: Hey, hey, calma, calma, espera alguns minutos pelo menos.
Ele colocou o cigarro na mesinha ao lado, e ainda assoprando a fumaça em minha barriga, ele me segurou pelo quadril.
Tom: Mas você... pode ficar assim, não me incomoda.
Ele colocou um dos braços atrás da cabeça e com a outra, depois me acariciou do quadril até meu seio.
Mila: Você gosta dessa posição?
Tom: Uhum.

Ele falou um "Uhum" deu ma forma tão sexy, que eu não consegui segurar o riso. Comecei a movimentar meu quadril para frente e para trás simulando um vai e vem. Ele mantia seus olhos intensos em mim, os fechando as vezes, gemendo baixo.
Me inclinei sobre ele beijando seu peito, deixando meu cabelo lhe acariciar tambem. Ele somente segurava meu quadril assistindo os beijos que desciam até sua barriga, até chegar onde eu pretendia.
Beijei a cabeça de seu pênis e sorri para ele, depois a chupei e continuei assim.

Tom: Haaam...isso, isso.

Segurando em meu cabelo eu brincava com minha língua em sua cabeça. Eu me sentia tão, vadia quando fazia isso, acho que sexo oral, era o ato mais pornagrafico que eu cometia.
Enquanto chupava, passei meus dentes propositalmente quase o mordendo, ele deu um pulo.
Tom: Milaaaa.

Eu me levantei rapidamente me sentando em seu colo, encaixando sua cintura na minha. Ele se ajeitou no colchão surpreso com o meu entusiasmo. Comecei a me movimentar rebolando para frente e para trás. Ele sorria e gemia ao mesmo tento.
Tom: To começando a ficar com medo de você.
Mila: É? - Falei o provocando enquanto apertava um dos meus seios.
Tom: Aaahn, é. Vem ca.
Me inclinei sobre ele levando meu seio até sua boca. Ele aproveitou para revidar o que eu tinha feito e mordeu meu bico.
Mila: Aaiiiee, para.
Eu lhe dei um tapa no braço, e ele outro tapa na lateral da minha coxa. Eu olhei para ele arregalando os olhos me segurando para não rir.
Tom: Não me olha assim.
Ele me segurou pelo quadril e me jogou no colchão caindo por cima de mim. Voltamos a gemer esfregando nossos corpos completamente entregues um ao outro.

Eu me acostumava cada vez mais em te lo somente pra mim. E aquela insegurança de que ele estaria com outra aos poucos sumia. Porque uma coisa eu sempre soube, ele nunca foi um mentiroso, nunca disse para mim que faria uma coisa e fazia outra. Eu o sentia tão perto de mim, tão entregue a mim, que nada conseguia atrapalhar. E apesar de ele conseguir apenas se entregar aos poucos, eu entendia, que era tudo que ele podia fazer, era a sua maneira de demonstrar, e eu amava a forma sincera que ele fazia isso.
Nos beijamos o tempo todo, entre os beijos, ele começou a ofegar roçando com mais força sua cintura na minha, gozando dentro de mim.
Ele fechou os olhos e encostou sua boca na minha.
Tom: Eu sou louco por você, louco.
Mila: Que bom. - Eu sorri.
Tom: Não espalha isso, ok?
Mila: Quem sabe.

Me virei de costas para ele o deixando me abraçar, ele me agarrou pela cintura, e segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos. Me lembrei da foto que eu havia visto em seu celular, e sorri não podendo estar mais feliz por estar repetindo aquele momento.
Nós ficamos por algum tempo abraçados, sem conversar sobre algo, acho que os dois sabiam que uma conversa levaria ao assunto que nos havia feito discutir minutos atrás.

Quando acordei no dia seguinte, levei um susto por ter adormecido tão depressa. Tom ainda dormia abraçado comigo, com seu braço por cima da minha cintura me abraçando e sua perna por cima da minha.
Olhei em volta torcendo para que ainda fosse de madrugada, mas pela brecha da cortina, percebi que já havia amanhecido.
Eu havia me esquecido completamente que tinha trabalho e aula hoje. Olhei para mão dele e pensei em como tirar la de cima de mim sem acorda lo.
Com cuidado, eu fui escorregando para a lateral do colchão até chegar ao chão quase caindo. Peguei minha calcinha, vesti e peguei o resto das minhas roupas. Olhei no relógio e eram 6:10 da manha. Eu precisava voltar pra casa e estar na faculdade as 8.
Tom nem ao menos se mexeu enquanto eu me arrumava para sair, ele tinha o sono pesado e provavelmente não acordaria tão cedo.
Quando terminei de me arrumar parei para olhar para ele, largado na cama, com o lençol lhe cobrindo até o abdomen. Me deu uma enorme vontade de ficar, subir na cama e brincar com o corpo dele até ele acordar. Mas era melhor sair assim, ou então ele faria mil perguntas antes que eu saísse.
Escrevi um bilhete e deixei no travesseiro.

Desculpa sair sem me despedir, ainda era muito cedo. Tenho que estar na faculdade às 8.

Beijos.

Nós Dois (Continuação) - Capítulo 24



Tom me levou para o hotel Crowne Plaza em Beverly Hills. Quando ele deixou o Audi com o homem da porta, eu sai pelo outro lado e fui andando até ele de braços cruzados e cabeça baixa. Ele me esperou e quando me aproximei, ele estendeu sua mão para que eu pegasse. Eu, ainda abalada da forma que estava, só depois que peguei em sua mão e fomos entrando no hotel, que me dei conta que andávamos de mãos dadas.
Quando entramos, ele foi para a recepção sozinho.
Tom: Me espera aqui.

Eu me sentei em um dos sofás do saguão, e fiquei olhando ele falar com a mulher que o atendia. Depois de algum tempo ele se virou pra mim me chamando, depois fomos andando até o elevador.
Mila: O que foi?
Tom: Eu não poderia estar entrando agora, já que não é hora do check in.
Mila: E como você conseguiu?
Tom: O Hotel esta com poucos hospedes.

Durante o caminho até o quarto percebi que ele ainda me olhava preocupado, olhava meu rosto, minha blusa aberta. E eu tenho certeza, ele ainda pensava em pegar Mike, tenho certeza que isso estava martelando na sua cabeça, quando ele ainda no elevador, olhava para cima e respirava fundo.
Quando entramos no quarto e fui direto para a cama, enquanto ele fechava a porta e fazia alguma coisa que não me virei para olhar, me deitei olhando para cima.
Depois ele veio até a cama, e se deitou ao meu lado, apoiando a cabeça em sua mão ele olhou para o meu rosto, depois colocou um pano com gelo na minha bochecha.

Mila: Ai ai.
Ele continuou segurando a toalha com gelo, mas não disse nada. Eu olhei em seu olhos, mas ele ainda não me olhava, mantia sua atenção no roxo em meu rosto.
Devagar eu retirei a toalha com gelo do meu rosto que ele segurava, e deixei somente sua mão.
Mila: Fica assim.
Eu o encarei novamente, ele me olhava sério, as vezes desviando o olhar.
Mila: Você ainda está com raiva de mim.
Tom: Tá com fome?
Mila: Não.

Fiquei em silêncio ainda segurando sua mão, depois dele ter mudado de assunto. Eu o encarei novamente esperando que ele me olhasse tambem. Ele ainda olhava para o meu rosto e não nos olhos.
Eu brinquei com o ziper de seu casaco, que ele ainda vestia, e olhei para ele. Devagar, ele tirou a mão que estava em meu rosto, e colocou no meio das minhas pernas, apertando minha entrada por cima da minha calcinha. O que eu não esperei que ele fizesse tão rapidamente, por estar chateado, percebi que ainda relutava em me tocar.

Mila: Aaaanh.
Eu gemi jogando minha cabeça para trás. Ele assistia aos meu gemidos enquanto seu dedo entrava e saia provocando arrepios em minha pele.
Ele encostou seu rosto perto de minha boca me deixando beija lo. Apertei com força sua mão entre as minhas pernas implorando por mais.
Mila: Mais, mais.
Tom: Eu já estou com dois dedos dentro de você, quer que eu coloque minha mão inteira?
Mila: Eu quero você inteiro dentro de mim.
Tom: Então pede.
Mila: Me come.
Ele mexeu com mais força seu dedos, com movimentos circulares dentro de mim, eu me contorci no colchão gemendo mais alto agora.
Tom: De novo.
Mila: Me come agora.

Eu me virei de lado, ficando de costas pra ele, esfregando meu traseiro em seu pau. Enquanto ele beijava meu pescoço, sua mão tentava rapidamente tirar minha calcinha. Eu não conseguia me afastar dele para que pudesse abrir sua calça, e ele me segurava pelo quadril me roçando em seu corpo o que já nos fazia gemer intensamente.
Ele conseguiu abaixar minha calcinha até meus joelhos e me puxou novamente contra ele. Eu estava tão quente e com tanta vontade de trepar com ele, que sem ao menos precisar se mexer, eu já enlouquecia.
Ele tentava levantar minha perna, colocando a por cima da sua, mas minha calcinha ainda prendia meus joelhos. Depois de muita luta, ele conseguiu tirar minha calcinha que eu tive de ajudar com meus pés. Levantei minha perna que ele segurou facilitando que nos encaixasse.

Desde o final de semana que passei com ele, era diferente a forma que nos amávamos. Não havia medo de se entregar antes, mas sim, o medo de se entregar com o coração enquanto estávamos na cama. O que era totalmente diferente agora, e que parecia fazer nosso desejo crescer ainda mais.
Meu telefone começou a tocar na minha bolsa, só agora me lembrava que devia ter deixado Monica preocupada por não ter chegado ainda.

Mila: Huum merda, é a Monica.
Tom: Haaa não, sempre a Monica. Eu não posso parar agora.
Mila: Eu preciso falar com ela.
Tom: Não, não, espera um pouco.
Eu tentava me levantar mas ele me puxava não deixando.
Mila: Tom, eu tenho que avisar a ela.

Eu me desgrudei dele e me levantei da cama, tentando abaixar minha saia e chegar até minha bolsa que deixei no sofá. Eu me curvei pra pegar o celular em minha bolsa, Tom veio até mim, levantando minha saia novamente tentando continuar o que haviamos parado na cama.

Mila: Tom, espera, ai Deus.
Ele me penetrou novamente, e eu esqueci completamente do celular, meu joelhos dobraram e tentando me apoiar no braço do sofá eu me debruçava para pegar minha bolsa o que facilitava para Tom.
Tom: Isso, isso, fica assim.
Mila: Caramba, é brincadeira você.
Eu olhei para baixo, e ele ainda estava com tênis, e a calça abaixada. O telefone parou de tocar, o que com certeza tinha deixado Monica ainda mais preocupada.

Segurei em sua mão que me apertava o quadril esperando que ele terminasse. Gemi alto como ele gostava o fazendo gozar. Eu me curvei novamente sobre o sofá recuperando o folego, ele se curvou sobre mim encostando sua boca em minhas costas.
Tom: Aaahn...aaaaanh, droga..- Ele fez uma pausa ofegando. Porque a Monica sempre aparece nessas horas, hein?
Mila: Eu preciso ligar pra ela. Espera.
Ele se afastou de mim indo em direção a cama. Eu me sentei no sofá pegando meu celular na bolsa para retornar a chamada de Monica.
Olhei para ele enquanto chamava. Depois de acender o cigarro, ele foi tirando peça por peça das roupas que vestia. Eu o observava ir até a mini geladeira com o cigarro na boca completamente nú, eu tive de rir.

- Alô Mila? Aonde você tá?
Mila: Calma, calma, eu to bem, estou com o Tom.
- Caramba, por que não avisou antes?
Mila: Desculpa não deu.

Tom veio até mim parando na minha frente e me entregou uma latinha de Coca, eu peguei rindo sem graça e abaixei os olhos. Ele sorriu sabendo que estava me provocando parando dessa forma na minha frente ainda sentada no sofá.
- Vocês brigaram?
Mila: Não, não foi isso, aconteceu uma coisa. Amanha te conto.
- Você tá na casa dele?
Mila: Não Monica. Amanha te conto.

Eu desliguei o celular e o guardei de volta na bolsa. Tomei a um gole da Coca que Tom havia me dado e olhei para ele deitado na cama, com o braço apoiado no joelho ainda fumando. Fui até ele e me sentei na beirada da cama.
Tom: Ta tudo bem?
Mila: Uhum.
Ele puxou de leve a manga da minha blusa.
Tom: Tira essa roupa, tira.
Me levantei ficando me pé ao seu lado e tirei minha blusa, depois meu sutian e por ultimo joguei minha saia no chão.
Depois pulei por cima dele me deitando do outro lado da cama. Ele deixou o cigarro no cinzeiro ao seu lado e se deitou virando se pra mim. Sua expressão ficou séria ao me olhar.
Mila: Você não vai tirar isso da cabeça, não é?
Tom: Acha mesmo que eu vou deixar barato o que ele fez? Sabe que eu não costumo fazer isso.
Mila: Ai Deus.
Tom: O que? Você ta pensando em tentar me convencer de não socar a cara dele? Nem tente.
Mila: Eu só...me preocupo com as consequencias disso, o que aconteceu com aquela garota em Hamburgo..
Tom: Não compara isso com..
Mila: Não estou comparando, estou dizendo que isso pode ser ruim pra você. Você não pode sair socando pessoas por ai.
Tom: E aquele filho da puta pode sair estuprando garotas por ai?
Mila: Ok, eu só não queria incentivar violência.
Tom: Não vai me convencer.
Mila: Imaginei.
Tom: E tira essa ideia sem cabimento de voltar pra Alemanha da cabeça.
Mila: Ha não, não, não, não, eu não quero falar sobre isso agora.
Eu reclamei o abraçando pela cintura e encostando minha boca em seu pescoço.
Tom: Mas eu quero falar sobre isso.
Mila: Mas eu não.

Comecei a lhe dar beijos no pescoço e acariciar seu peito. Ele me olhou sério, mas eu o ignorei, coloquei minha perna por cima da sua o abraçando.

Tom: Não me faz ficar irritado com você.
Mila: Por que você ficaria?
Eu me levantei me sentando de frente para ele e o encarando.
Tom: Por que você não quer falar na porcaria do assunto de voltar pra Alemanha.
Mila: Eu não quero falar porque eu ainda não sei o que fazer.
Tom: Você parecia bem decidida alguns minutos atrás.
Mila: Eu eu estou tentando pensar em uma maneira de ficar sem depender tanto da minha tia.
Tom: Eu possso...
Mila: E não, eu não vou aceitar nada seu. Eu já falei isso.
Ele olhou para cima bufando irritado com a minha teimosia.
Mila: Para ta bom, para de me colocar contra parede.
Tom: O que você quer que eu faça? Que ignore?
Mila: Não, só não é fácil fazer o que eu tenho que fazer, a maneira como você fala, parece que eu quero ir embora sem dar a minima importância pra você.
Tom: Mas é o que você ta fazendo.
Mila: Não é.
Tom: Ok, foda se.

Ele se levantou da cama ainda mais irritado pela discussão. Pegou outro cigarro acendeu, e depois de vestir seu boxer, se sentou no sofá de frente para tv ligada. Eu continuei olhando para ele da cama esperando uma reação. Ele não me olhou, encarou a tv tragando o cigarro, me ignorando.

Nós Dois (Continuação) - Capítulo 23



Peguei minha bolsa do chão e corri pela calçada sem saber para onde rir, não havia nada aberto, somente prédios e becos que pareciam desertos. Quando me afastei o bastante de seu carro, entrei em um beco e me encostando na parede desatei a chorar desesperada e tremendo.
Eu ainda engolia o choro engasgando, quando dei um pulo de susto por causa do telefone tocando, atendi de qualquer maneira sem pensar em quem poderia ser.

Mila: Alô. - Falei chorando muito ainda.
- Mila? O que aconteceu? Porque ta chorando?
Era Tom do outro lado da linha, e apesar de saber o tamanho da encrenca que isso daria, eu não me importei em conter o choro, porque nem isso eu conseguia.
Mila: Euuu, não, não aconteceu nada, não me liga.

Eu desliguei o telefone sem deixa lo responder. Mas obviamente ele ligou novamente, e depois de tocar pela quinta vez eu resolvi atender.

- NÃO DESLIGA ESSA MERDA DE TELEFONE. O que aconteceu? Aonde você está?
Mila: Eu não sei onde eu estou. Eu estava perto da faculdade.
- Como você foi para onde você está? E porque esta chorando?
Mila: Eu vou tentar ir pra casa.
- Mila, ME DIZ QUE EU VOU ATÉ AI, AGORA.
Mila: É perto da minha faculdade, é uma rua deserta, sem casas.
- To indo pra ai.

Ele desligou o telefone me deixando mais calma, mas eu havia o deixado muito nervoso, e quando ele chegasse eu estaria em uma encrenca maior do eu já estava. Mas eu só conseguia pensar que Mike poderia ter conseguido o que queria, ai sim seria mil vezes pior.
Acho que esperei por 30 minutos, ele não fazia ideia de onde eu estava e devia estar rodando com o carro pelas ruas próximas a minha faculdade.

Quando do beco, vi um farol alto se aproximar, sai para olhar, era o Audi vindo longe, no inicio da rua, eu fui até a calçada deixando que ele me vesse. Ele acelerou com o carro e veio em alta velocidade até mim, eu cheguei a me afastar com medo que ele subisse com o carro na calçada.
Ele freou o carro fazendo um enorme barulho e saiu bateando a porta, enquanto andava apressado até mim, ele me olhou de cima abaixo com os olhos arregalados, eu nunca o havia visto tão preocupado dessa forma. Me senti uma criança depois de ter feito algo muito grave.

Tom: Você está maluca? O que ta fazendo aqui?
Ele parou na minha frente olhando para o meu rosto inchado. Eu comecei a chorar novamente com a pergunta dele e o abracei.
Mila: Desculpa.
Ele me segurou pelos braços me afastando dele.
Tom: O que aconteceu Mila? Fala logo.
Mila: Eu estava com o Mike.
Sua expressão mudou completamente, ele me olhou incrédulo, depois seus olhos passaram para minha blusa que eu tentava fechar.

Tom: O que você estava fazendo com ele? Eu abaixei a cabeça chorando. - FALA, PORRA.
Mila: Ele me deu carona, foi isso, eu sai tarde da faculdade.
Tom: E como isso foi acontecer? Podia ter me ligado e eu pegava você.
Mila: Eu não pensei..
Tom: O que ele fez com você? O que foi que ele fez?
Mila: No caminho ele começou a falar de nós dois, ele já sabia que eu estava namo...estava..que eu estava com você e disse que queria ficar uma ultima vez comigo. Depois ele me beijou a força, e tentou me forçar a transar com ele.

Tom mordeu os lábios furioso ao ouvir o que eu contava, ainda muito nervosa, e comigo mais ainda. Eu estava assustada e ainda tremendo, mas mesmo sabendo o quanto de ódio que ele estava de mim agora, ele ter feito o que fez, vindo ate mim, me confortava. Era tudo que me acalmava agora.

Tom: Cade esse filho da puta? Onde ele mora?
Mila: Tom calma, você não precisa ir atrás dele.
Tom: O QUE? E você, por que é tão idiota? Por que entrou na porcaria do carro com ele?
Ele se afastou um pouco mais de mim me fazendo ir para frente tambem, a luz fraca do poste iluminou meu rosto, então ele conseguiu ver que Mike não havia somente tentando me estuprar.
Tom: O que isso no teu rosto? O QUE É ISSO? Ele bateu em você?
Ele puxou meu rosto para olhar melhor.
Tom: Mila, me responde. Por que seu rosto está roxo?
Eu fiquei em silêncio com ele me encarando esperando que eu dissesse. Mas ele já sabia.
Tom: Haaaaaaa, eu vou acabar com raça dele.
Ele andou de um lado para o outro irritado esmurando a palma da mão. Eu olhava para ele tentando pensar em algo para acalma lo, mas acho que qualquer coisa que eu falasse só pioraria.

Tom: Por que? Entrou na merda do carro dele? Você sabia que ele faria alguma coisa. Merda, Mila, ele te beijou em todas as vezes que esteve com você. Você não é idiota.
Mila: Eu sei ta bom, eu sei que foi um erro, tudo foi um erro, eu ter vindo pra cá principalmente foi um erro, eu já devia ter voltado pra Alemanha, eu não sei o que estou fazendo aqui dando trabalho para os outros. É o que eu vou fazer.
Tom: Hey, hey, do que você ta falando? Voltar pra Alemanha por que?
Mila: Porque...porque. - Tentei falar mas me engasgava por causa do choro. - Porque eu não posso mais ficar aqui, minha mãe não pode me manter mais aqui. E eu não vou deixar minha tia pagar para eu ficar por causa de um capricho.
Ele me olhou sério entendo que era dele que eu falava.
Tom: Eu sou um capricho seu?
Mila: Eu não posso ficar, eu não posso deixar isso assim, você não entende.
Tom: Você veio pra cá fugindo de mim e agora vai fazer isso de novo?

Eu andei até o beco e me encostei na parede olhando para baixo, ainda chorando e morrendo por dentro, porque ele se importava, mais do que eu imaginava. Eu achava que eu era mais uma preocupação, só mais uma, mas eu parecia ser a principal para ele, o que só me deixava ainda pior.
Ele veio até mim ficando de frente e me olhando.

Mila: Tom, eu não posso ficar aqui, mesmo que eu trabalhasse em tempo integral eu não poderia ficar, minha tia me sustenta aqui, totalmente, e eu não acho isso justo.
Tom: Mas vocês está estudando.
Mila: Foi uma desculpa, Tom, só uma desculpa pra vir pra cá, era o que pagaria a minha vinda pra cá.
Ele parou a alguns metros com as mãos na cintura e balançando a cabeça.
Tom: Eu não to acreditando nisso.
Quando mordi o lábio senti meu rosto doer, eu coloquei a mão no rosto apertando e voltei a chorar.
Tom: Mila, pelo amor de Deus, para de chorar.
Ele veio até mim e me puxou me abraçando. Eu o abracei sem jeito, mas a maneira protetora que ele me envolveu em seus braços me fez o abraça lo forte tambem, não querendo solta lo nunca mais.
Mila: Me desculpe, mas eu não posso ficar. - Falei enquanto minhas lagrimas caiam.
Tom: Para de falar isso, para, para.
Mila: Não dá, Tom eu....
Tom: Porque você não continua estudando como fazia, esquece isso, fica aqui comigo.
Mila: Mas mesmo que eu fique, minha tia tá se matando pra me manter aqui porque minha mãe não pode pagar minhas despesas.

Ele falava de uma forma agitada tentando encontrar uma solução, gesticulando com as mãos me olhando com desespero nos olhos.
Tom: Se você não conseguir pagar alguma coisa eu pago pra você, se tiver de sair do apartamento você pode ficar comigo e...
Mila: Tom, para, para, olha o que você ta dizendo. Não, você não vai pagar nada pra mim. Não tem outro jeito, não é o que minha tia quer ou que minha mãe quer, é o que eu quero, é o sensato a se fazer, ela junta dinheiro a séculos pra poder se aposentar e ela ta gastando esse dinheiro comigo. Isso só porque eu quis fugir da Alemanha porque era apaixonada por você.
Tom: Você sabe que eu não vou deixar isso acontecer.
Mila: Eu não quero ir.
Tom: Então fica comigo.
Ele me segurou pelo pescoço me beijando com uma paixão que parecia que eu nunca havia sentido. Ele me abraçava forte enquanto me beijava e ao mesmo tempo que mostrava paixão no seu beijo mostrava carinho em seu abraço.
Tom: Fica, fica.
Ele foi se abaixando enquanto me beijava, passando pelo meu peito, minha barriga chegando nas minhas pernas, aquilo que parecia desejo a principio, depois percebi que era uma forma desesperada de pedir para que eu ficasse, ele implorava de joelhos para que eu ficasse.
Mila: Tom, para, para.
Tom: Passa essa noite comigo, vem pra minha casa.
Ele voltou a me beijar, e eu tentando corresponder ao beijo e tentando pensar no que responder. Os beijos já eram o suficiente pra me convencer.
Mila: Não Tom, pra sua casa não, não dá.
Tom: Então vamos pra algum hotel, fica comigo, eu preciso de você.
Eu o agarrei pelo pescoço o beijando da forma mais louca possível, puxando seu corpo contra o meu.
Mila: Tudo bem, me leva embora daqui.

Nós Dois (Continuação) - Capítulo 22



Passei o resto do dia estudando, mas com a cabeça fervendo com tanta coisa pra pensar. Acho que nessas horas a prova era o menor problema, já que eu pensava mesmo em desistir da faculdade. Me deitei na cama com o livro na mão desejando poder dormir, quando meu celular tocou, era Tom ligando.

- Te atrapalhei?
Mila: Hum? Não, já estudei bastante, to cansada.
- Então descança, você ainda tem Domingo pra estudar.
Mila: É, eu sei.
- Ééé, você esqueceu as suas roupas aqui.
Mila: É eu sei, só me lembrei aqui. Você achou as minhas meias?
- Quem achou foi o Bill.
Mila: PUTZ. Ta de sacanagem?
- Haha, não liga pra isso não, eu expliquei pra ele.
Mila: Ta maluco? Explicou o que?
- O quanto você ficou gostosa com as meias.
Mila: Para de falar isso, você não conta coisas intimas pra ele não, né? Tipo aquelas coisas.
- Não, não. Nunca.
Mila: Mentiroso, você ta rindo. Ridículo, que ódio, eu morro de vergonha dessas coisas.
- Não precisa ficar não, dele não, relaxa.
Mila: Mesmo assim.
- Eu só liguei pra dizer isso, das roupas.
Mila: Tá, guarda pra mim, ESCONDE.
- Ta no meu armário.
Mila: Ok, obrigada.
- Durante a semana... eu te ligo..pra gente...- Eu comecei a rir, ele tambem.- ...conversar.
Mila: Hahaha, ok.
- Ta rindo por que? Você pretende fazer outras coisas sua safada?
Mila: Oooolha. Eu não vou fazer nada, vou estudar, trabalhar..
- E se comportar, estou de olho em você.
Mila: Hum, tá. Espero que você faça o mesmo.
- Já estou fazendo, estou em casa falando com você, pensando na sua bundinha roçando no meu pau...
Mila: Hahahahaha, para com isso. Que horror.
- O que foi? O que tem isso? Você gosta.
Mila: Ok, agora não é hora pra isso, deixa eu me concentrar aqui, você só me liga pra falar besteira.
- Haaaaa, eu me esqueci de contar isso, eu vi sua tia agora quando eu estive em Hamburgo.
Mila: Ham?
- Eu estava passando com meu carro em frente a sua casa, e ela estava saindo com o carro. Um Peugeot preto não é?
Mila: Haaaa mentira? Que saudade dela. Eu falei com ela hoje pelo telefone.

Quando ele me ligou eu ainda pensava a decisão que eu havia tomado mais cedo, mas logo que começamos a conversar esqueci desse problema, agora ele voltava a falar de minha tia e Hamburgo, o que me fazia pensar em tudo novamente, parecia de proposito, pois até agora eu tinha escondido bem dele o que me incomodava.

- E ta tudo bem?
Mila: É tá.
- Não, não está, você mudou o tom de voz.
Mila: Tom, são problemas dela, não é nada demais. - Falei tentando fugir.
- Ok. Não precisa falar. A gente se vê.
Mila: Tá.
- Beijo,tchau.
Mila: Beijo, tchau.

Eu queria aprender um jeito de esconder as coisas dele sem precisar mentir, simplismente não falar, mas sempre acontecia do assunto vir a tona nos momentos que não deveria. Quando não era eu que falava sem querer, ele tocava em um assunto que levava ao tal assunto, era sempre assim.
Até Segunda eu e Monica não tocamos no assunto voltar para Alemanha. Eu estava nervosa por causa da prova, ou fingindo estar nervosa para que Monica não viesse me falar sobre a decisão que eu deveria tomar.

Durante a prova eu estava tranquila, foi fácil porque eu consegui estudar tudo que caiu na prova. Terminei cedo, mas o meu grupo da sala, que geralmente fazíamos trabalhos juntos, pediu minha ajuda com um trabalho para ganhar nota, então decidi ficar.
Disse a Monica que ficaria na biblioteca da faculdade, e que ela podia ir sem mim, porque não sei que horas iriamos terminar.
Quando estávamos em uma das mesas, Vic, a tal garota que havia saído com Tom, apareceu. Kevin, o amigo dela, estava com a gente na mesa, ela pediu o celular dele emprestado para ligar para uma amiga. Ela não falou comigo, somente me olhou. Eu a encarei depois revirei os olhos balançando a cabeça, mas acho que ela não viu. Dane se.

Terminamos perto de 10 da noite. Sai apressada para a saída, para correr até o ponto e pegar o ônibus logo.
Quando andava pelo patio do campus, avistei Mike de longe, vindo do outro prédio da faculdade. Ele me viu logo depois que eu o notei caminhando sozinho.

Mike: Hey? Até agora aqui? - Falou me olhando de cima abaixo.
Mila: Ééé, estava com um grupo..fazendo um trabalho.
Mike: Ta indo pra casa:? Eu te levo.
Não havia motivo para eu negar uma carona, quer dizer, agora havia vários motivos, Tom era o principal, mas dizer não ficaria estranho pela situação que eu estava, sozinha a essa hora.
Mila: Haaam.
Mike: Ha vem, eu te levo.

Ele me chamou com a mão indo em direção ao estacionamento. Apesar de parecer uma situação normal, ele, Mike não parecia normal. Sabe quando aquela pessoa está com ódio mas disfarça sorrindo o tempo todo? Era assim que ele estava, e eu não fazia ideia do porque.
Eu o segui, mesmo não estando a vontade com a situação, acho que não tinha o porque ter medo de sair com ele. Ainda.

Depois que ele saiu com o carro, foi o primeiro a puxar assunto comigo.
Mike: Então, como anda tudo?
Mila: Anda...bem Mike.
Mike: A gente não se viu mais depois daquele dia, achei que tivesse ficado chateada comigo.
Mila: Eu já esqueci.
Mike: Pois eu não.
Eu me virei para frente incomodado por ele ir tão rapidamente a esse assunto. Mas achei que deveria falar algo tambem.
Mila: Desculpa Mike, mas achei que você tivesse entendido.
Mike: Se você tivesse sido mais clara quem sabe.
Mila: Espera ai, eu não fui clara quando disse que queria que fossemos somente amigos e que mais nada aconteceria entre a gente?
Mike: Por que não disse a verdade por detrás disso? Que estava namorando com outro cara?
Mila: Mas eu não estava.
Mike: Mas agora está, e é o mesmo cara.
Eu me surpreendi por ele saber disso.
Mila: Quem te falou que estou namorando?
Mike: Monica me disse hoje.

Eu me virei para frente não acreditando nisso, mas tinha algo errado, Monica jamais falaria algo se não fosse realmente necessário, ele deve ter encostado Monica contra parede para saber algo. Porque eu tenho certeza que ela não falaria a troco de nada.
Mila: E o que você tem com isso Mike? O que mais eu preciso dizer pra você entender isso? Achei que você fosse mais maduro.
Ele freou o carro bruscamente me assustando, eu olhei em volta e agora eu começava a me assustar de verdade, ele havia parado em uma rua deserta sem casas ou outras moradias, e eu não fazia ideia de onde era.
Mike: Agora ta me chamando de infantil? Eu quis ficar com você eu não queria saber de outra garota, era sincero com você, e você não foi comigo.
Mila: Eu pedi desculpas, é a única coisa que posso fazer.
Mike: Não, você pode ficar comigo, nem que seja por uma ultima vez.
Mila: Ham?

Eu fingi que não entendi, mas eu sabia exatamente do que eles estava falando. Ele se virou pra mim esperando uma reação positiva. Eu me afastei de lado me encostado na porta do carro, ele já havia retirado o cinto, me fazendo ficar ainda mais nervosa.

Mike: Me da só um beijo.
Mila: Mike, você não entendeu, eu disse que não que...
Eu não tive tempo de responder, ele voou para cima de mim me roubando um beijo, eu o empurrei o afastando pelo peito, tentando não retribuir ao beijo, mas ele passou a beijar meu pescoço.
Mila: Mike para com isso, PARA.
Mike: Para de fingir, Mila, você adora me provocar.
Mila: Não, eu NUNCA FIZ ISSO.

Eu ainda tentava ser civilizada, mas ele passou a beijar meu seios por cima da blusa, quando coloquei minhas mãos na frente, ele puxou com força rasgando a, deixando meus seios a mostra.

Mila: PARA MIKE.

Ele havia perdido completamente a noção do que fazia, eu o empurrava com toda força, mas ele estava disposto a me forçar a transar com ele.
Ele caia por cima de mim, e com a força que usava era impossível fazer alguma coisa, eu estava presa contra o banco com o peso de seu corpo. Ela já estava no meio das minhas pernas tentando abrir sua calça.

Mila: MIKE PARA, NÃO FAZ ISSO.
Mike: Para de gritar.
Eu tentava de todas as maneiras tirar meu braços de baixo dele, mas seu corpo não deixava, ele forçava meu joelho para cima dobrando minhas pernas para que pudesse entrar com mais facilidade. Eu não podia deixar aquilo acontecer, a principio eu achei que ele pararia quando as coisas ficassem mais sérias. Mas ele acabaria me estuprando dentro daquele carro.

Mila: PARA MIKE, EU NÃO QUERO.
Mike: CALA BOCA.
Eu o chutei com uma das pernas tentando empurra lo, foi quando consegui mexer meus braços e bater nele com toda força que eu tinha.
Ele voltou a se jogar pra cima de mim mas eu tentava afasta lo lhe dando chutes e socos. Até que ele conseguiu me acertar no rosto com um tapa, eu fechei os olhos e parei de me mexer, ele tambem parou. Eu o encarei para ele assustada, ele tambem estava com os olhos arregalados e parecia arrependido pelo o que acabava de fazer. Mas agora já era tarde.
Mila: Me deixa sair daqui.
Mike: Não.

Eu achei que ele havia parado, mas agora que já havia começado ele queria ir até o fim. Ele me segurou pelos tornozelos me puxando de pernas abertas até ele, eu me debati conseguindo chuta lo entre as pernas. Ele se afastou se encolhendo no outro banco me dando chance de a abrir a porta e fugir. Minha bolsa caiu na calçada e eu me joguei para trás saindo do carro e caindo no chão de costas.

Nós Dois (Continuação) - Capítulo 21



Acho que eu estava perdendo medo de estar com ele. Aquele medo que sempre tive de dizer a coisa errada, de fazer a coisa errada.
Quando entrei fui direto para o quarto. Monica ainda dormia, eu me deitei ao lado dela e esperei ela acordar pelo meus movimentos.
Segundos depois ela resmungou.
Monica: Huum, já chegou?
Mila: Ele acabou de me deixar aqui.
Monica: Perdeu o medo? - Falou ainda de olhos fechados.
Mila: De?
Monica: De falar de algo mais sério com ele.
Mila: Não precisou.
Ela abriu um dos olhos me encarando.
Monica: Não?
Eu me virei de bruços apoiando meus cotovelos no colchão.
Mila: Ele disse que me ama, Monica, ele disse que me ama.
Monica: E dai? Ela já disse isso, na Alemanha.
Mila: Você sabe que quando ele diz isso, não é por dizer, não é?
Monica: Sei.
Mila: Monica, eu..eu estou sem saber o que fazer. Eu não sei se é possível me apaixonar mais por ele.
Monica: Ooo tadinha. - Ela falou rindo.
Mila: A gente se aproximou tanto, fomos ao mercado juntos comprar comida para os cachorros, brincamos com chantilly, eu fiz sanduíche pra ele.
Monica: Hahaha, ta de sacanagem? Então é namoro mesmo?
Mila: Digamos que a gente ta junto, mesmo, de verdade. Entende?
Monica: Ai caramba, por que esse novo status me deixa um pouco mais preocupada?.
Mila: Por que?
Monica: Porque ele já se achava sem dono antes, imagina agora. E a questão fidelidade? Conversaram sobre isso?
Mila: Não, mas acho que não era preciso, ele sabe que todo esse tempo isso foi o que atrapalhou, sabe que agora tem que ser diferente. Mas não, eu ainda não confio totalmente nesse sentido nele.
Monica: Que bom.
Eu me levantei da cama e fui para o meu armário trocar de roupa.
Mila: A única coisa que eu tinha medo era de falar algo que não deveria, entende? As vezes eu acho que o conheço tão bem, e as vezes penso que não sei nada sobre ele.
Monica: Mila, eu espero mesmo que de tudo certo, e digo, não de vocês ficarem juntos, to falando em relação as brigas de vocês e do ciumes doentio que ele tem de você. Ele é muito neurótico em relação a isso.
Mila: Eu sei, e eu gosto. - Falei sorrindo.
Monica: Agora, só toma cuidado com uma coisa. Paparazzis e fãs locas, e evitem, os dois, de darem piti na rua, por favor.
Mila: Ninguem nunca viu nada Monica.
Monica: Ha claro, mas o que viram, aquele lance das stalkers em Hamburgo já foi bem polemico o suficiente.
Mila: Eu sei.
Troquei de roupa vestindo meu short jeans e um top branco. Joguei meu vestido no armário, e só agora lembrava que meu vestido vermelho havia ficado no braço do sofá da varanda, ainda molhado.

Mila: Hum merda, esqueci me vestido lá, e minha calcinha, e meu corpete. Merda, merda. E as meias tambem.
Monica: Hahahaha. Meu Deus, só não esqueceu a cabeça porque ta colada no pescoço. E por que voltou tão cedo?
Mila: Huum, ai meu dedo, droga. Ham? - Quase fechei meu dedo na porta do armário. - Segunda eu tenho prova, ta loca? Tenho que estudar. Disso, pelos menos, não esqueci.
Monica: Haaaaaaaa, esqueci, sua mãe ligou, queria falar com você, parecia urgente.
Mila: Ham? Sério? Minha mãe querendo falar urgente comigo?
Monica: Não, ela não falou que era urgente, mas parecia.
Mila: Ta, vou ligar para ela.
Monica: Ta eu vou tomar banho, depois quero saber detalhes da noite.

Quando peguei o telefone para ligar para minha mãe, logo pensei no que poderia ouvir. E parecia ser certo que alguma coisa não muito boa estava por vir. Como tudo em minha vida, nada ficava bem por muito tempo, não tudo ao mesmo tempo.
Quando comecei a falar com ela ao telefone, ela logo me perguntou dos gastos com a faculdade.
Mila: Mãe, eu tenho trabalhado, já é uma grande ajuda.
- Não é isso, seu padrasto perdeu o emprego e...
Mila: Ham? E como você tem me mandado dinheiro?
- Angela tem mandando tudo.
Mila: Como assim? Ela não tem tanto dinheiro pra me mandar, mãe, eu não posso deixar que ela me sustente aqui.
- Filha, mas era o que você mais queria, e ela quer te apoiar. 
Mila: Mas por que ela não me falou nada? Ela deve estar se matando para me mandar dinheiro, já que o que ela manda é bastante, até desnecessário.

Era pior do que eu imaginava, na verdade não se era tão inesperado, porque eu tinha em mente voltar para a Alemanha, mas agora por causa do Tom, eu pensava em desistir da ideia. Sim, porque eu ainda considerava isso. Porque alem de não me sentir confortável com muitas outras coisas aqui, fazer minha tia pagar para eu ficar perto do meu namorado era absurdo.
Agora, eu só pensava em como resolver isso, eu pensava na possibilidade de voltar para Hamburgo, mas não tinha planejado isso. E antes se eu voltasse, seria sim uma tentativa de punir Tom, mas agora eu estava morrendo de medo de ficar longe dele.

- Mila, para de ser teimosa, sua tia tem pago seus estudos com prazer, porque ela quer ver você feliz nas suas escolhas.
 
Mila: Ta, mas se eu disser que não fico feliz em ser completamente sustentada por outra pessoa por causa de um capricho meu? Eu não quero isso.

Eu queria explicar o porque de tudo, mas para ela eu não podia. Na verdade o meu objetivo em vir para os Estados Unidos não era realmente estudar, porque eu poderia ter feito uma ótima faculdade na Alemanha, era em primeiro lugar, sair de perto do que me atormentava.
Mila: Eu tenho que falar com a minha tia, depois eu falo com você mãe, deixa eu desligar se não gasto muito.

Monica quando chegou na sala, me encontrou no sofá pensativa, olhando para o chão. Eu queria pensar em algo, apesar de já ter certeza do que deveria fazer.
Monica: Mila? O que foi?
Mila: Eu vou ter de voltar pra Alemanha.
Monica: HAM? Por que?
Mila: Minha tia ta se matando pra me manter aqui, minha mãe não esta mais mandando dinheiro, meu padrasto perdeu o emprego, já a 3 meses.
Monica: E tu decidi assim? Vai voltar pra la de repente, e o Tom?
Mila: Ai meu Deus, parecia tão fácil tomar essa decisão a dias atrás.
Monica: Olha, você sabe que eu volto com você, mas você queria voltar por causa do Tom e...
Mila: E ele tambem mora na Alemanha, ele vive lá.
Monica: Mas não é a mesma coisa, ele mora aqui na verdade, vai sempre lá, mas não é toda semana.
Mila: Merda, merda.
Abaixei minha cabeça em minhas pernas respirando fundo.
Monica: Vai falar com ele?
Mila: Eu não tenho nada pra falar agora, tenho que ligar pra minha tia.

Liguei para minha tia com Monica ao meu lado. Como eu esperava, ela foi o mais compreensiva possível dizendo que eu não tinha de me preocupar com isso, porque se era o que eu queria, ela pagaria sem se preocupar com os gastos.
Mila: Tia, quando eu vim pra cá a gente combinou que eu iria pagar algumas despesas com algum trabalho que eu fazia questão de arrumar, e minha mãe ajudaria, não que você pagaria tudo pra mim, não, não dessa forma, eu não concordo com isso.

- Mas você queria tanto essa faculdade. 

Mila: Ai que ta, eu não sei se é isso que eu quero mesmo, e acho um absurdo ficar aqui por um capricho, eu vou pensar em uma forma de voltar.

Eu desliguei sem deixar ela tentar me convencer de ficar. Na minha cabeça era claro o que eu deveria fazer, mesmo com as dores que isso traria, eu odiava que minhas futilidades dependessem do dinheiro de outras pessoas. Não que a faculdade fosse uma futilidade, mas era apenas um meio que eu encontrei de sair da Alemanha. Somente eu sabia o quanto isso havia sido um erro, e eu ainda envolvi Monica nisso.

Monica: Mila, tem certeza?
Mila: Acho que sim.
Monica: Eu acho que você ta agindo por impulso.
Mila: Como eu fiz quando vim pra cá.
Monica: Agora que ta tudo bem entre vocês dois?
Mila: Monica, chega, eu tenho que fazer alguma coisa, e a única solução agora é voltar.

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