sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

The Babysitter - Capítulo 10

Ana's Pov

No meio de semana, estava na cozinha preparando o almoço, Megan estava na casa de uma amiga e Tom tinha ido conversar com a Amanda. Achei bom ele sair um pouco de casa, desde que chegou de viagem só tem ficado ao meu lado, não que isso seja ruim, pois amo ficar ao seu lado. Mas ele tem sua vida, tem que sair e se divertir com outras pessoas. Além do mais, a Amanda é uma garota legal e tenho certeza que ele vai gostar dela. Terminei de preparar o almoço, e logo Billl apareceu na cozinha, estranhei ele acordando tão cedo, cedo para ele, já que passava da uma da tarde. Deu a volta no balcão pegando um prato e foi se servir. Depois de pegar uma lata de Coca na geladeira, se sentou no balcão e começou a comer, não demorou para ele parasse com a sua refeição e fizesse o de sempre: Reclamar.

Billl: O arroz está duro e sem sal de novo.


Respirei fundo tentando me controlar pela milésima vez, mas aquela pegação no meu pé já estava passando dos limites, nunca pensei que Billl fosse tão mimados e chato. Ele só sabe reclamar de tudo o que faço, nada está bom para ele. As vezes cansa ficar ouvindo suas reclamações e não falar nada, mas dessa vez meu sangue já havia fervido, posso até perder o meu emprego depois do que vou falar. Mas Billl é um ser humano como outro qualquer, e merece ouvir umas verdades.


_ Quer saber Billl? - Bati o guardanapo no balcão provocando um estalo - Cansei das suas reclamações. Tudo o que faço não te agrada, você só sabe criticar. Você é o único que vive me enchendo o saco. Se tem alguma coisa contra mim, fala logo. - Dei uma pausa para que ele se manifestasse, mas ficou calado, apenas me olhando assustado, surpreso com a minha explosão, então continuei. - Se quer alguma coisa bem feita, faça você mesmo, assim se errar, você se auto critica. E mais uma coisa. - Me apoiei no balcão ficando a centímetros do seu rosto. - Estava muito feliz trabalhando aqui, antes de você chegar.


Billl: Em pouco tempo sua felicidade estará de volta. Tenho que voltar para o estúdio em alguns dias.


_ Assim espero, pelo menos você volta com a sua vidinha de astro do Rock e me deixa em paz. - Me levantei do balcão e voltei a lavar a louça. - Se quiser comer, faça você mesmo.


Billl: Você é apenas uma babá, não pode me dizer o que devo, ou não fazer.


_ Isso mesmo, só uma babá, mas pelo menos tive a coragem de lhe dizer umas verdades. - Me viro para ele. - Sinceramente; não sei como a Joss te aguenta.


Billl: Ela me ama do jeito que eu sou.


_ Ah sim, mimado, egocêntrico, infantil; sabe Bill, pensei que você fosse diferente.


Dei um longo suspiro, dando a volta no balcão, pois iria até o quarto da Megan, mas Bill se levantou ficando a minha frente, me impedindo de passar. Seu corpo estava tão perto do meu, e seu rosto mais ainda, tanto que podia sentir sua respiração se acelerar assim como a minha. Meu coração estava quase saindo pela boca, enquanto ia se aproximando cada vez mais, até que ele encostou meu corpo contra o balcão e apertou seu corpo contra o meu. Eu sentia, sentia seu corpo me desejando, sentia seu corpo se movendo sobre mim, sentia sua respiração forte, descompassada, entre-cortada. Desejo.

O desejo era visível tanto em mim, quanto nele. Bill desceu a mão espalmada pelo meu pescoço, e colo, detendo-se sobre meus seios. Seus dedos frios e hábeis sobre o tecido fino da blusa. Minha pele se arrepiou e ele sorriu.
Senti suas mãos passearem pelas minhas costas, e me permanecia estática, seus lábio tão pertos dos meus, que já podia sentir o seu gosto, e quando pensei que me beijaria, virou seu rosto indo em direção ao meu pescoço roçando seu nariz, aspirando meu perfume, de repente ele parou e perguntou:


Bill: Foi você que entrou no meu quarto? - Tudo o que passou na minha cabeça naquele momento, é que ele brigaria ainda mais comigo, se contasse toda a verdade, então pensei rápido e falei:


_ Entrei apenas para colocar os lençóis limpos.


E se afastou passando seu nariz pela minha bochecha, estremeci novamente com o seu toque. Se afastou por completo, indo em direção a escada, e antes que subisse, me encarou e disse:


Bill: Eu te odeio, não fale mais comigo.


_ Você me odeia por quê? Pelos meus braços serem mais fortes que os seus? Pelas minhas unhas não serem perfeitas como as suas? Desculpa se nem todas as garotas gostam de ter unhas compridas. Ou será, por que eu fiquei com o seu amigo e o seu irmão, e nunca te dei bola?


Bill: Nunca me deu bola? - Ri sarcasticamente - Não me faça rir, você acha que eu não percebo os seu olhares sobre mim. Sei que você sente alguma coisa por mim. - Ameaçou subir as escadas novamente, mas parou e dessa vez não se virou para me olhar - E...fiquei com você por que eu senti pena.


Fiquei sem reação depois da sua frase, não dava para acreditar que ele tinha falado isso, aquele não era o Bill que tinha conhecido. Ele só poderia estar brincando comigo, por que ele estava me machucando tanto? Se ele se lembra do beijo, sabe que me entreguei naquele momento. Bill subiu as escadas me deixando sozinha, fechei os olhos e deixei que as lágrimas caíssem, sai um pouco de casa e fui até a garagem e entrei no carro, precisava de um tempo sozinha com meus pensamentos.



Bill's Pov


Se aquela babá continuar a trabalhar nessa casa, em pouco tempo cometerei alguma loucura. A Joss já está me cansando, não aguento mais aquela gralha, grudada o tempo todo no meu pescoço. Mas enquanto não consigo carne nova, terei que me satisfazer com ela mesmo. Até estou investido na babá, mas como o Tom fica sempre ao lado dela, fica um pouco difícil, estou achando que ele pode estar apaixonado pela, ou talvez sinta o mesmo que eu, apenas desejo, aquela vontade insaciável de obter aquele corpo perfeito.

Nunca pensei que veria um corpo tão bem distribuído quanto ao daquela garota. A forma como ela dança, é capaz de deixar qualquer homem a beira da loucura. As roupas que veste, é um convite a perdição, e o biquíni curto, me deixa com um tesão enorme. Ainda tem aquela boca, que me chamou a atenção, desde o primeiro dia que a vi. Por um deslize, matei minha vontade de beijá-la, quando fomos até a casa do Georg jogar Strip Poker, e aquele jogo me ajudou muito, principalmente por que consegui fazê-la ficar apenas de lingerie, meu corpo começou a pegar fogo e precisei ir ao banheiro para me recuperar um pouco.


Estava torcendo para conseguir a "Sequência Real" do jogo e quando consegui, minha meta era fazer com que ela ficasse nua. Mas como ela quase armou um barraco e saiu correndo, não tive minha felicidade completa. Quando fui embora, na verdade para a casa da Joss, para me satisfazer, mas na verdade meu pensamento estava naquele beijo delicioso que tive no gramado da casa do Georg, como aquela babá, poderia beijar tão bem? Mas o problema dela, é que ela é perfeita demais, o que me deixa irritado, seu jeito certinho de conversar com as pessoas, ela tem aquela carinha de tímida, mas no fundo não passa de uma mulher totalmente fogosa. A forma como cozinha, que por sinal é uma das melhores comidas que já provei, só pego no seu pé, por que amo vê-la irritada, ela fica mais sexy ainda.


Uma semana depois daquela nossa pequena discussão, que não gostei nem um pouquinho do jeito que ela falou comigo, me chamando de mimado e coisa e tal. Já desisti de ficar tentando transformar meus defeitos em qualidades para os outros, se eu sou mesmo impulsivo, infantil e egoísta, que assim seja, porque por enquanto eu gosto muito de mim desse jeito, - apesar de alguns tombos de vez em sempre -, e se alguém não gosta... bom, daí já não é problema meu, nunca obriguei ninguém a ficar do meu lado! Desisti de sustentar uma imagem, de bonzinho, romântico e procurar o amor da minha vida no caminho. Enfim, várias garotas passaram pela minha vida, algumas por uma noite, outras por algumas noites e poucas até por alguns anos. Mas até agora, percebi que a única que está ao meu, por que certamente gosta de mim, é a Joss. As vezes também duvido muito disso, mas já que, o amor não vem, também não vou procurá-lo.


Era umas dez da noite, tinha acabado de chegar em casa, havia saído um pouco para beber com alguns amigos. Passei pelo Hall, olhei para a escada, mas não quis subir, fui para a sala de estar para assistir um pouco de TV, só para distrair um pouco. Mas um barulho vindo do lado de fora me chamou a atenção, mesmo receoso, abri a porta da varanda, mas não vi nada, o barulho continuou, então fui para a cozinha, e abri a porta e vi Ana procurando alguma coisa nos armários da lavanderia.
Ela estava parada de costas pra mim, em cima de uma cadeira, para alcançar a ultima prateleira. Seus longos cabelos castanhos batendo no meio das costas, reparei em seu corpo em um justo shorts de algodão e uma regata quase transparente. Ela se virou percebendo minha presença, logo vi seus olhos que me olhavam com certa curiosidade.


Ana: Oi - Falou e corou no mesmo tempo, como se percebesse todos os pensamentos impuros que passava na minha cabeça. - O que faz aqui?


_ Só vim verificar, quem estava fazendo tanto barulho.


Ana: Hum.


Não disse mais nada e voltou sua atenção para o armário, tentando achar o que tanto procurava. Quando foi descer na cadeira, se desequilibrou e antes que ela caísse, me apressei para segurá-la em meu braço.


_ Está tudo bem?


Falei virando para ela, não tinha percebido a quão próxima a mim ela estava, porque ao me virar nossos corpos foram de encontro, tive que colocar um pé para trás para me equilibrar e segurá-la com os dois braços, ficamos acho que por segundos, mas, que mais pareceram horas naquela posição, meus olhos iam de seus grandes olhos castanhos, seu fino e delicado nariz até a boca rosada. Tive uma sensação estranha na hora, minhas batidas cardíacas pareciam que iam estourar meus tímpanos, não conseguia me mexer e só percebi isso quando ela me tirou dos meus devaneios.


Ana: Desculpe, mas pode me soltar agora. - Ela falou com a boca a centímetros da minha, me controlei o máximo que pude para não a tomar ali mesmo. A soltei. - Desculpa, sou um pouco desajeitada mesmo.


Ela continuava se desculpando enquanto eu não sabia direito o que fazer, me virei e continuei em direção a cozinha peguei um copo de água para mim, tomei tudo de uma vez só, do nada tinha ficado muito calor, enchi outro que entreguei a ela, aparentemente ela teve a mesma impressão, pois ela fez o mesmo que eu. Depois de algum tempo ela decidiu subir para o seu quarto e minutos depois fiz o mesmo, tomei um banho rápido e me deitei na cama. Fiquei pensando na melhor forma de conseguir ter ela para mim, mesmo que seja por uma noite, ou não me chamo Bill Kaulitz.


Ana's Pov


Já tinha se completado dois meses trabalhando na casa dos Kaulitz, apesar das discussões frequentes com o Bill, estava muito feliz, pois tinha que me importar com a Megan e não com ele. O Tom nem tenho o que falar dele, está sempre ao meu lado, conversando, rindo, fazendo me sentir muito bem. Desde aquele beijo que rolou no sofá da sala, não ficamos mais, preferi que ficássemos um pouco mais distantes, ele está me deixando com vontade de quero mais, e não acho isso uma boa ideia. Tudo bem que ele está muito diferente, mais carinhoso do que imaginava, mas tenho medo de fazer alguma coisa e me arrepender depois.


Era final de semana, final de tarde o dia não estava muito bonito, aquelas nuvens carregadas no céu, indicava que em pouco tempo cairia uma chuva muito forte. As roupas ainda estavam molhadas, mas precisava recolhe-las mesmo assim. Estava praticamente sozinha em casa, pois do que adianta ter o Bill trancado o dia inteiro no quarto?
Passei pela lavanderia e me lembrei do dia em que quase cai da cadeira e Bill me segurou em seus braços, estávamos tão pertos novamente, meu coração disparava cada vez que seus olhos fixavam os meus, e aquela sua boca me chamava tanto, que tive que me controlar para não beijá-lo.


Corri para o varal e tentei recolher o mais rápido possível as roupas, mas a chuva começou a cair com muita intensidade, e eram muitas roupas não conseguiria recolher tudo sozinha. Vi Bill pela janela da cozinha e gritei seu nome pedindo ajuda, ele hesitou um pouco mas veio me ajudar, com uma preguiça danada. Já estava muito molhada, mas consegui levar as roupas para dentro, com a ajuda do Bill, que visivelmente estava muito irritado por ter se molhado. Peguei duas toalhas e joguei uma para ele, para se secar, agradeceu e subiu novamente para o seu quarto.


Quando havia anoitecido, sai um pouco na varanda para olhar as estrelas que apareciam no seu, logo Kasimir veio se deitar no meu colo e acariciei seu pelo, o fazendo ronronar. Fechei meus olhos por alguns instantes para sentir aquela leve brisa gelada passar pelo meu rosto. Quando abri meus olhos, levei um breve susto ao ver Bill a minha frente e olhei diretamente para seu rosto tão pró-ximo do meu, sua respiração batendo em meu rosto. Desci meu olhar para sua boca entreaberta, uma vontade de beijá-lo me surgiu tão grande que chegava a ser até ruim. Sua mão alisou de leve minha bochecha, me fazendo fechar os olhos. Tentei me levantar mas ele me impediu espalmando sua mão em meu colo, e se sentou ao meu lado, espantou Kasimir e com uma façanha enorme, me puxou para sentar em seu colo, naquele momento meu corpo já estava completamente mole, seria muito fácil me manipular.


_ Preciso ir. - Tentei sair do seu colo, mas ele apertava a minha cintura.


Bill: Psiu! Não estrague o momento.


Ele sorri de uma forma maliciosa e captura meus lábios em um selinho demorado, dei a brecha de abrir um pouco a boca, sentindo sua língua quente, querendo explorar. Dei passagem para sua língua avançar, minhas mãos formigaram, meu corpo estava ficando cada vez mais quente, enquanto suas mãos apertavam minha cintura com destreza.
Em um movimento rápido ele ficou por cima de mim, me beijando com mais desejo, puxei seus cabelos e apertei o seu braço. Ele deslizou seu braço por todo o meu corpo indo até minha coxa e apertando-a, um desejo surgiu em meu peito, uma vontade louca de tirar toda a minha roupa e a dele, claro. Ele afastou nossos lábios puxando meu lábio inferior, sorri com aquilo. Ele fez menção de me beijar outra vez, mas eu o impedi – juntando toda força que eu não tinha – e o empurrando para o lado, me levantando logo em seguida.


_ Você está louco? Nunca mais faça uma coisa dessas.


Bill: Vai dizer que você não gostou?


_ Ora, mas veja, o senhor é um homem comprometido, tenha modos. Sua mãe nunca lhe ensinou a ter modos?


Bill: Desculpe. - Falou colocando as mãos nos seus cabelos, me virei para não encará-lo por um tempo, estava com uma certa vergonha. Nem percebi quando ele se aproximou novamente segurando meu rosto com suas mãos quentes – Você me descontrola, me deixa louco, você tem um beijo maravilhoso.


Tentou me beijar mais uma vez, mas virei o rosto, ele percebendo que não teria mais chances, se levantou e deu a mão para me ajudar. Ele me puxou de uma vez me fazendo ficar muito colada a ele, sua respiração batia em meu rosto.


Bill: Boa noite, babá! - Passou os braços pela minha cintura e me puxou para perto, me abraçando forte. Passei minhas mãos por seus braços subindo por seus ombros entrelaçando-os em seu pescoço.


_ Boa noite, Bill!


Falei me afastando dele e segui com minhas pernas bambas que nem bambu até entrar em casa, entrei suspirando aos sete ventos. "Ana, menina, se controle, isso não pode acontecer." Entrei no meu quarto, me jogando na cama, mais uma noite que seria difícil pegar no sono.

Postado por: Grasiele

The Babysitter - Capítulo 9

Depois que voltamos para casa, somente Tom e eu, já que o Bill foi levar a Joss para a casa e com certeza vai ficar por lá. Subi correndo para o meu quarto, tomei um banho e depois de me trocado, pulei na cama, encarava o teto como se nada mais existisse, meus pensamentos, só focavam no jardim da casa do Georg. Depois de trocar aquele beijo ardente com Bill, entramos na casa como se nada tivesse acontecido, como se fosse um sonho, que não se tornaria real, pois ele não me olhou mais, simplesmente me ignorou por mais alguns minutos que ficamos naquela sala, conversando com os amigos.

Aquele beijo não deveria ter acontecido e acabou por só trazer um arrependimento pois ele não foi somente o significado de um desejo momentâneo, ele também pode ter significado a destruição de um sonho. O meu sonho, aquele de seis anos atrás, de conhecer o Bill, de saber como ele é realmente, mas ele é totalmente diferente do que eu imaginava, do que as cameras e as músicas mostram. Sinceramente, estava me sentindo mal com tudo aquilo que aconteceu. Foi difícil pegar no sono, mas precisava dormir, nem que fosse por algumas horas, pois na manhã seguinte, vamos até o sitio da mãe da Simone e preciso estar bem-disposta para andar a cavalo com o Tom.

Na manhã seguinte minha cabeça estava doendo muito, malditas cervejas, como esperado não dormi quase nada, durante a madrugada, ouvi passos no corredor, talvez Bill estivesse chegado aquela hora. Peguei meu celular e olhei as horas, eram sete e meia, ainda estava cedo, mas não ia conseguir dormir, mesmo que tentasse. Me levantei e corri para o banheiro, fiz toda a minha higiene matinal e tomei um banho quente, para ver se aliviava, uma pouco a tensão do meu corpo, só agora estou sentindo os efeitos, da queda. Troquei de roupa e desci até a cozinha para fazer o café da manhã, não demorou muito tempo para que Simone e Gordon aparecessem, ele como sempre foi pegar o seu jornal, e ela foi me ajudar com o café.

Depois de ter tomado o meu café, subi até o quarto da Megan, abri as cortinas para clarear um pouco, e a ouvi resmungar alguma coisa, se levantou ficando sentada na cama, me desejou "Bom dia" e esticou os bracinhos para que pudesse carregá-la até o banheiro. Deixei que fizesse sua higiene matinal e tomasse um banho, enquanto isso fui escolher a sua roupinha.

Depois que saiu do banheiro enrolada em uma toalha, sequei os seus cabelos, ajudei-a vestir sua roupa, e depois de pronta, descemos para a cozinha, para que comece alguma coisa. Mas ainda tinha a difícil missão de acordar o Tom, ainda mais sendo as 8 da manhã. Fui até o seu quarto e abri a porta, estava completamente escuro, dei mais alguns passos até encontrar a cama, e assim que achei, tateei o colchão até encontrar o Tom.

Sussurrei seu nome algumas vezes, mas ele não se mexia, comecei a chacoalhar os seu ombros, e ouvi resmungando alguma coisa e de repente ele se vira na cama, e me puxa pelo braço me fazendo deitar em cima dele. Ele me virou na cama me fazendo rir e se deitou por cima de mim. Como estava escuro, não sabia qual era a sua expressão e muito menos o que ele podia fazer. Levei um susto quando as cortinas começaram a se abri, não sabia dessa parte elétrica das cortinas, talvez tenha só no quarto dele.

_ Bom dia! - Dei um sorriso tímido, ele retribuiu, aquela carinha fofa de sono, me dava vontade de rir. - Dormiu bem?

Tom: Teria dormido melhor, se você estivesse ao meu lado. - Ele sorri mais uma vez, se acomodou sobre mim, colocando sua cabeça na curvatura do meu pescoço, beijando o mesmo. Me contorci, pois os pelos do seu rosto estava me arranhando um pouco. Ele percebendo o meu afastamento, levantou o rosto e perguntou. - O que foi?

_ Você precisa fazer a barba. - Depois de roçar mais um pouco seu rosto no meu pescoço, me arranhando delicadamente, me fazendo sentir mais cócegas, me virei para ficar por cima dele e ele permitiu colocando as mãos em minha cintura. E realmente não deveria ter feito isso, pois me sentei bem em cima da sua ereção que já estava bem visivel, ainda mais usando aquela boxer, que cada vez, que dava uma leve mexida no quadril, ela ficava mais apertada. - É melhor, você tomar um banho, para aliviar as coisas ai em baixo. - Me levantei correndo da cama e abri a porta, mas antes de sair avisei. - Te espero lá em baixo.


Desci até a cozinha para lavar a louça do café, e Simone avisou que só ia trocar de roupa e poderíamos ir para a casa de sua mãe. Concordei e depois que ela subiu, comecei a lavar e limpar as coisas, logo Tom apareceu na cozinha, se sentou no balcão e preparei o seu café, conversamos um pouco, sobre o que rolou na noite anterior, e confesso que fiquei morrendo de vergonha, ainda mais depois que ele citou que a minha lingerie era muito sexy. Decidi mudar o assunto, para cavalos, ele estranhou um pouco, mas contou que o seu cavalo favorito era um, mangalarga, chamado Lewis. Mas o seu xodó mesmo, era um cavalo que tinham quando eram crianças, ele realmente o amava.

Depois de mais alguns minutos conversando, fomos cada um para o seu quarto, fiz minha higiene bucal, e procurei por alguma roupa que combinasse com o lugar onde íamos, xadrez e botas é uma boa. Depois de trocada, prendi os cabelos em um rabo de cavalo e fiz uma maquiagem leve, coloquei o celular no bolso e sai do quarto.

_ Estou pronta! - Disse ainda descendo as escadas. - Como estou?

Megan: Perfeita para a ocasião. - Ela puxa o meu braço me fazendo ficar a sua altura. - Nem queira saber como o Tom se veste, quando está no sítio.

_ Agora fiquei curiosa.

Megan: Depois você vai entender o que estou falando.

Deu uma piscada, e assim que todos já estavam prontos, fomos para a garagem, entramos no carro e saímos. Tom estava sentado ao meu lado direito e Megan na cadeirinha no lado esquerdo. Ele ainda estava com sono e não fez cerimonia, se deitando no meu ombro, e pelo visto tirou um bom cochilo, pois só foi acordar uma hora e meia, depois, quando já estávamos chegando ao sítio. O caminho todo, fui ouvindo música no meu celular, e as vezes conversando com a Megan.

Assim que chegamos ao sitio, percebi que estávamos em um pasto, havia alguns cavalos e muitos insetos, e uma casa ao fundo. Achei tudo muito lindo, eu amo o campo, os animais, só tenho um problema com os insetos, principalmente aqueles picam, e te fazem ficar horas se coçando, ainda bem que lembrei de pegar um repelente antes de sair. Andamos por uma trilha de pedras e entramos na casa, Tom segurava a minha mão, acariciando com o polegar, olhei nossas mãos unidas e achei aquele gesto muito fofo. Logo os pais de Simone apareceram na sala e seus olhares foram diretos para as nossas mãos, fiquei envergonhada, mas não soltei sua mão. Até perguntaram se estávamos juntos, mas me apressei a falar que erámos só amigos (por enquanto).

Na hora do almoço, nos sentamos em uma mesa na varanda, tive uma conversa muito amigável com a avó do Tom, ela é muito simpática e também cozinha muito bem. Como planejado trocamos algumas receitas, e por fim comemos a sobremesa. Algum tempo depois, Tom segurou minha mão e me levou em silêncio ao estábulo, para me mostrar os cavalos, eles eram bem grandes e fortes, me deu um certo medo de ficar perto deles. Tom sorriu com meu nervosismo e levou minha mão até o pescoço do Lewis, para lhe fazer carinho, ele me parecia manso e fiquei mais calma. Tom avisou que ia colocar um roupa mais apropriada para a montaria e já voltava, concordei e fui me sentar em um pilha de fenos, esperando pela volta do Tom, acho que agora ia matar a minha curiosidade sobre o comentário da Megan.

Fiquei olhando para o pomar de maçãs, no horizonte, o sol estava fraco, dando uma sensação de conforto. Alguns minutos depois ouvi paços na grama um pouco seca, e quando olhei para trás, para ver quem se aproximava, são sabia se ria, ou admirava aquela cena. Segurei o riso, mas olhando pelo lado ótimo da situação, Tom estava muito sexy, usando uma calça jeans mais justa, botas, uma camisa preta com alguns botões abertos, um chapéu, e não posso me esquecer da fivela dourada no seu cinto e o violão nas costas. Me levantei ficando muito próxima dele, abri mais dois botões da sua camisa, deixando seu peito um pouco mais amostra, peguei seu chapéu colocando na minha cabeça, e comentei:

_ Acho que nunca te vi tão sexy em toda a minha vida. - Ele sorri meio sem-jeito.

Tom: Sabe, você é a única garota que me viu usando esse tipo de roupa. Pura exclusividade.

Depois dessa tive que rir, e só fui parar quando ele resolveu me colocar nos seu ombros, como estava de cabeça para baixo, fiquei reparando nos movimentos da sua bunda enquanto ele andava, aquilo era muito tenso. Quando ele parou perto dos cavalos, me colocou com cuidado no chão e foi selar o cavalo. Depois de preparar o cavalo, ele segurou o estribo para mim e ajudou-me a montar no cavalo, não tive coragem do olhar para baixo, pois o cavalo era alto mesmo. Logo depois Tom sentou atrás de mim, passou os braços pela minha cintura até se segurar no cabresto, coloquei minhas mãos ao lado das do Tom, e ele começou a andar, pedi que fosse devagar, para me acostumar, logo começamos a cavalgar mais rápido indo em direção ao pomar. Passamos pela trilha, em uma velocidade razoável, mas mesmo assim, cada vez que ele pulava, Tom me encoxava mais, aquilo era tão constrangedor.

Mais alguns minutos cavalgando, chegamos a um lindo lago, as águas eram de um tom esverdeado, ao fundo tinha algumas montanhas, muitas pedras e árvores, a maioria pinheiros. Tom desceu do cavalo e me ajudou a descer, o amarrou em uma árvore e sentamos perto de uma outra, de frente para o lago. Me sentei entreas pernas do Tom, e pousei minha cabeça no seu peito. Como sempre suas mãos procuraram as minhas e brincavam com meus dedos, ficamos em silêncio por alguns minutos, até Tom quebrá-lo.

Tom: Percebi que você ficou bastante envergonhada com o comentário da minha avó. Parece que ela gostou de te ver ao meu lado.

_ Foi estranho, pois somos só amigos. Tudo bem que já ficamos, mas não consigo nos imaginar juntos. Ainda mais pela fama que você conquistou. - Me virei para encarar o seu rosto. - Não fique ofendido, mas você sabe que não é um dos homens mais confiáveis que existe.

Tom: Eu sei! - Fez um longa pausa. - Não queria ter essa fama, mas aconteceu. Me apaixonei um vez, e essa garota não foi nada legal comigo. Então me fechei para esse lance de amor, só queria saber de ficar com as garotas e depois agia como se nada tivesse acontecido. Mas de um tempo para cá, aconteceu uma coisa diferente, que realmente não sei explicar. - Me olha nos olhos, e sinto como se ele estivesse vendo a minha minha alma. Ele me olha com carinho, e um sorriso lindo. - Você já se apaixonou?

_ Já! E...Bem, quando conheci o garoto, foi pela Internet e como o seu irmão diz: Amor a primeira vista. Achava ele incrível, o garoto perfeito, meigo, carinhoso e muito romântico. Mas quando o conheci pessoalmente, ele me ignorou, me ofendeu e ainda por cima tem namorada. Então com a decepção, incorporei o Tom Kaulitz da vida. - Ele sorri fraco - Mas só beijei muitos garotos, nunca passei disso. Você pode achar meio careta, mas quero ter minha primeira vez com a pessoa que amo.

Me aconchegou mais em seus braços e passamos a tarde toda conversando, trocando carícias, só lembrando, na pura amizade, ele até tocou um pouco de violão para mim. Quando já estava quase anoitecendo, pegamos o cavalo e voltamos para a casa. Simone perguntou toda preocupada, querendo saber onde nos metemos, e falamos que fomos andar a cavalo perto do lago. Ela sorriu satisfeita e depois de despedirmos de todos, voltamos para casa.

Alguns dias depois, estava sentada na varanda com a Megan, conversando sobre o seu progresso com as aulas de inglês, ele me impressiona a cada dia, quanto mais ela lê, mais ela fica inteligente, estou começando a ficar com vergonha da minha geração. Algumas horas depois, estava na sala, vendo TV ao lado da Megan que parecia entediada, quando ouvi barulhos de carro chegando na casa, me levantei e fui ver quem era. Fiquei surpresa ao ver os G's e suas namoradas, nos cumprimentaram e perguntaram sobre o Tom, avisei que estava em seu quarto e os meninos subiram. Já as garotas, disseram que vieram almoçar, queriam provar o sabor da minha comida, pois o Tom não parava de falar sobre isso. Fomos para a cozinha, enquanto elas estavam sentadas no sofá preto, comecei a pegar as panelas, para preparar o almoço, foi quando a Júlia comentou:

Júlia: Acho que o Tom está gostando de uma garota. Ele está tão diferente, não acha Ana? - Deixei a panela em cima do fogão e me virei para elas.

_ Percebi que ele está bem mais calmo do que imaginava. Talvez só esteja dando um tempo da fama dele.

Andrea: Bom, tenho alguns palpites, mas não vou dizer. Acho que para todas nós, já está estampado na cara, de quem ele está afim. E não digo, de amor de uma noite só, vai além disso.

As duas me olhavam como se tivesse culpa no cartório, não me manifestei, pois se não, aquela conversa ia ser longa. Voltei minha atenção para as panelas e em pouco tempo o cheiro delicioso de Spaghetti ao parmesão já fizeram os meninos descerem as escadas correndo. Mas ainda não estava pronto, pois os G's gostam de carne, depois de fuçar a geladeira e a dispensa, peguei algumas batatas e um pouco de carne, desfiei tudo e preparei com batata palha. Quando tudo estava pronto, as meninas me ajudaram a preparar a mesa, Megan já estava sentadinha, na cadeira ao lado da minha e Tom a minha frente.

Começamos a nos servir e logo Bill apareceu com a Joss para se juntarem a mesa, dessa vez ele comeu sem reclamar. Ainda não entendo por que ele me trata com se não me conhecesse, mesmo depois do beijo que rolou. É como se não tivesse acontecido nada, como se, aquilo fosse mais um beijo em sua vida, sem sentimento nenhum, mas para mim, significou alguma coisa, e machuca saber que para ele, sou apenas a babá da sua prima.

Após o almoço, as meninas foram muito fofa em me ajudar com a bagunça da cozinha, conversamos durante muito tempo, a Megan se atrevia a falar alguma coisa, e nós tentávamos não falar muito sobre a vida adulta, em relação ao homens, já que não são coisas apropriadas para a Megan ouvir. Estava fazendo um sol gostoso naquela tarde, e as meninas tiveram a ideia de dar uns mergulhos, mas não trouxeram biquínis. As levei até o meu quarto e pedi para que escolhessem os modelos que mais gostassem, e não tiveram vergonha de escolher os modelos mais curtos, e ficou muito bem nelas, por terem um copo muito bonito.

Já a Joss, preferiu usar o seu próprio biquíni, ou seja, aquela típica fralda, que já deve ficar algumas de reservas no quarto do Bill, se o biquini dela já é desse jeito, não quero nem imaginar a calcinha. Mas deixando isso de lado, depois que nos trocamos, descemos até a piscina, e quando os meninos nos viram, principalmente o G's que ficaram de boca aberta ao verem suas namoradas usando aqueles trajes curtos.

Nos sentamos na espreguiçadeiras para passar o protetor solar e Tom fez questão de passar nas minhas costas, só consegui ouvir alguns risinhos por parte das meninas. Os meninos foram dar alguns mergulhos e aproveitamos para conversar um pouco sobre os homens da casa, já que a Megan estava nos ombros do Georg dentro da piscina. Quanto mais ela elas falavam do poder sexual de seus namorados, mais a minha vergonha aumentava, fora a mínima inveja que tinha delas, principalmente da Joss, que ficar dois anos com o Bill, não é para qualquer uma. Um tempo depois, fui para a cozinha pegar algumas latas de Coca-Cola que haviam pedido, e depois que deixei na mesa, Tom veio na minha direção, colocou as mãos entre as dobras dos meus joelhos e outra em minhas costas, correndo comigo em direção a piscina. Todos os outros riram e eu só senti o choque da água sobre o meu corpo.

_ Tom Kaulitz! - Berrei assim que saí da água. - Você me paga! – Tom me mandou língua enquanto corria piscina a fora, nadei até a borda da mesma e me levantei, correndo atrás dele.

Gustav: Dez euros (R$ 22.92) na Ana! - Berrou.

Georg: Quarenta (R$ 91.69) no Tom!

Tom correu para dentro de casa, molhando tudo. Corri atrás dele, escorregando em alguns lugares onde o piso era mais escorregadio, Simone ia nos matar se visse isso. Eu podia ouvir sua risada enquanto ele corria até a sala de TV. O perdi de vista e quando cheguei à sala, ele não estava lá. Andei lentamente para entrar mais do cômodo. Tom pulou em cima de mim, jogando a nós dois sobre o enorme sofá. Nós caímos em gargalhadas, mas por mais engraçado que aquilo tenha sido, Tom ainda estava com o corpo em cima de mim, e nossas gargalhadas foram diminuindo conforme nossos olhares se prendiam um ao outro.

Eu queria desviar meus olhos dos dele, mas aqueles olhos amendoados me envolviam e brincavam de me hipnotizar, era impossível quebrar qualquer tipo de contato que estivéssemos tendo naquele momento. Seu perfume me alucinava e seus olhos me enfeitiçavam; sinceramente não sei o que havia nele, mas possuía um imã que me atraía fortemente. Envolvi meus braços em sua cintura e a puxei contra mim, deixando nossos narizes roçarem um no outro, até envolver meus lábios nos deles, passando minha língua entre sua boca, preenchendo todos os caminhos.

Aquele beijo tinha algo diferente, não era um beijo calmo, mas tampouco era agressivo. Era um beijo urgente, ardente. A língua dele explorava avidamente cada pedaço da minha boca provando meu sabor. Mal podia conter a sensação que se apossava de meu corpo. Não podia lutar contra o beijo, ou ele. Não conseguia me mover. Era um beijo feito de línguas enroscadas, chupões nos lábios, mordidas gentis e pequenos gemidos. Alguns minutos depois, aquilo já estava ficando quente demais, e a forma como nos mexia naquele sofá, fazia com que Tom tivesse outro tipo de reação, e de certa forma, aquele volume em sua bermuda, estava me deixando desconfortável. Me afastei um pouco e disse:

_ Se não pararmos agora, é capaz de sua bermuda explodir.

Ele sorri ainda me beijando. Demos alguns selinhos demorados ao finalizar o beijo e se levantou do sofá, me ajudando a fazer o mesmo. Depois de nos recuperar-mos voltamos para a piscina e demos alguns mergulhos, brincamos, demos muitas risadas, mas logo a visita foi embora. Depois do jantar, já havia tomado o meu banho, colocado um pijama mais comportado e fui para o quarto da Megan, ela estava no banheiro. Deitei em sua cama esperando que ela terminasse de escovar os dentes. A porta abriu lentamente, ela caminhou até a cama, e a puxei carinhosamente, aninhando em meus braços, cantei uma música de ninar bem baixo em seu ouvido, logo ela, assim como eu, adormecemos.

Postado por: Grasiele

The Babysitter - Capítulo 8

Acordei com o barulho do celular, como sempre. Como hoje é sábado, pude dormir até mais tarde, assim como a Megan. Nem precisei tirar os cobertas do meu corpo, pois elas já estavam no chão, durante a madrugada fez muito calor. Hamburgo é uma caixinha de surpresas, em um dia faz frio, no seguinte muito calor, vai entender. Fui até o banheiro e olhei minha imagem no espelho: Estava toda descabelada, peguei a escova na bancada e passei por meus cabelos embaraçados e os prendi em um rabo de cavalo. Fiz toda a minha higiene matinal e procurei por algumas peças de roupas mais leve para usar.


Sai do meu quarto e fui para o da Megan, não a encontrei na cama, procurei-a no banheiro e também não achei. Achei estranho, geralmente ela dorme até tarde nos fins de semana. Desci as escadas e fui para a cozinha, e finalmente encontrei Megan, estava sentada no sofá, Simone preparava o café da manhã, e Gordon estava sentado no balcão lendo seu jornal.


_ Bom dia!


Todos responderam ao mesmo tempo, caminho até a geladeira e pego a garrafa de leite, coloco em um copo junto com o achocolatado e corto um pedaço do bolo de laranja que estava em cima do balcão. Me sento no sofá ao lado da Megan e tomo o meu café. Quando Simone e Gordon saíram para o trabalho, lavei toda a louça, e limpei meu quarto e o da Megan. Depois fomos para o jardim brincar com o Scotty, ele é tão fofo e carinhoso, jogamos bola e corremos feito crianças por todo o jardim.

Quando chegamos na piscina, fiquei com uma vontade enorme de pular nela, desde o dia que entrei aqui, tive vontade de nadar nela, mas sei lá, me falta coragem. Brincamos a manhã toda e quando voltamos para dentro de casa, Megan me ajudou com o almoço, logo Tom apareceu na cozinha, dessa vez usava uma bermuda branca com flores azuis, mas mesmo assim ainda tinha que manter o auto controle, cada dia que passa, me surpreendo com a minha força, pois se me deixasse levar, nem sei o que aconteceria. Desde a primeira semana que conheci o Tom, ele sempre tem levantado quando estou fazendo comida, não que esteja me gabando, mas o cheiro é tão bom que ele acaba acordando e precisa vir comer. Ao do contrário do Bill, que se levanta bem mais tarde e raramente come o que eu preparo, e quando come reclama demais, vai chegar uma hora que eu vou estourar e é melhor, ele tapar os ouvidos, por que vai ouvir tanto.


Depois do almoço estava na varanda conversando com a Megan, totalmente entretida com a conversa, quando de repente, ouço o Tom gritar e sair correndo em direção a piscina e pula dentro dela, fazendo um barulho estrondoso e jogando muita água. Dei uma risada baixa e Megan revirou os olhos. Minutos depois ele volta todo molhado e entra na varanda, jogando em meu rosto, algumas gotas de água que estavam na suas mãos, cruzo os braços, as pernas e o olho com reprovação.


Tom: Eu amo saias.-Sorri sem-mostrar os dentes.-Vamos nadar?-Pergunta todo empolgado.


_ Vou só colocar o biquíni e já volto.


Me levanto e antes de entrar pergunto a Megan se vai nadar também, e diz que prefere ficar lendo. Corro para o meu quarto e procuro pelo meu biquíni, e um shorts jeans, por que não iria usar, praticamente um fio dental perto do Tom. Assim que me troquei, calcei os chinelos, coloquei os óculos escuros, peguei o protetor, uma toalha e desci correndo as escadas, dando de cara com o Bill e Joss no Hall, percebi que ele olhou os meus seios, e depois subiu com a escrotinha para o seu quarto. Andei até a piscina e Tom estava deitado, com os olhos fechados, em uma das espreguiçadeiras, me sentei em uma ao lado dele e comecei a passar o protetor solar, e me deitei para pegar um pouco de sol.


Tom: Não vai tirar o shorts? - Perguntou se sentando.


_ Não é aconselhável.


Tom: É biquíni brasileiro? - Apenas murmuro um "Uhum" - Me mostra? -Me endireito na cadeira e tiro meu óculos, o olhando incrédula.


_ Não!


Tom: Ah vai, por favor!- Ele faz aquela carinha de cachorrinho sem dono.- Nunca vi um biquíni brasileiro de perto.


_ Não sou idiota, Tom.


Tom: É sério!


Reviro os olhos e me levanto, começo a desabotoar o shorts e o vejo me olhando curioso, não era malícia que tinha em seus olhos, era curiosidade mesmo. Desço o ziper e começo a abaixar o shorts, seu olhos estão atentos aos meus movimento, abaixo até os meu joelhos e o vejo engolindo em seco e os olhos se arregalam. Me viro um pouco para que ele veja como é o biquíni brasileiro, na verdade ele não é minúsculo como de algumas mulheres, mas da pra se ter um bela visão.


Tom: Oh mein Gott! Zieht euch an, bevor ich etwas Dummes zu tun. (Oh meu Deus! Vista-se, antes que eu faça alguma besteira.)- Vesti o shorts, me sentei na espreguiçadeira e comecei a rir da sua cara.


_ Eu disse que não era aconselhável.


Tom: Eu vou dar um mergulho.


Pensei que nunca veria o Tom com vergonha, mas foi inevitável não rir dele, estava com o as maçãs do rosto avermelhadas, e pelo jeito que ele tentou tapar as partes baixa, teve um boa reação. Ele pulou na piscina e continuei a pegar um pouco de sol. Tom ficava fazendo graça, me jogando água, até que perdi a paciência, tirei meus óculos e mergulhei com o shorts mesmo. Assim que emergi, não encontrei o Tom em lugar nenhum, segundos depois fui puxada para o fundo da piscina, abri os olhos, e vi o Tom ir nadando até a borda.

Nadei até ele e antes que pudesse sair, o puxei pelas pernas, fazendo com que fosse até o fundo também. Ficamos brincando por um bom tempo, jogávamos água um no outro, era bem divertido, mas como tudo que é bom dura pouco, Bill e Joss apareceram na piscina também, e me segurei para não rir da beleza inglesa da Joss, com maquiagem ela é bonita, mas sem, é outra coisa, ela tem um corpo bonito, mas é quase despeitada e aquela fralda que estava usando, era no mínimo, uma convite a dar boas risadas.

Tom e eu estávamos deitados na espreguiçadeira, e quando a Joss foi dar um mergulho e o Bill se sentou ao meu lado, fiz questão de me levantar, tirar o shorts, e me deitar de barriga para baixo, só para ele ver o que está perdendo. Virei meu rosto e vi o Tom até colocou a mão no rosto, ele parecia estar ficando muito nervoso, dei uma risada baixa, e ele pulou na piscina novamente. Me virei para o outro lado, e Bill me secava na cara dura, e estava surgindo efeito, pois já estava com um almofada em cima do quadril. Me levantei para dar um ultimo mergulho e quando sai, me enrolei na toalha e chamei o Tom, pois queria conversar com ele.


Dessa vez fomos conversar no seu quarto, e bom, a cama dele é tão macia (dando um sorriso safado), ele se sentou ao meu lado, e pegou em minhas mãos, acho que ele esperava que falasse sobre a nossa "relação", mas o que conversei com ele, foi sobre a minha amiga Amanda, disse as qualidades dela, que ele deveria conhecê-la, por que desde o dia que ele voltou da turnê não saiu mais de casa, não foi pegar mais ninguém. Eu senti que ele ficou decepcionado com essa conversa, mas eu prometi a Amanda que falaria com ele. O Tom disse que ia procurá-la, mas não prometia nada. Logo seu celular tocou e avisou que era o Georg, conversaram por alguns minutos, e quando desligou, disse que ele, nos convidou para ir a casa dele, para jogar-mos alguma coisa, e beber um pouco, e esse nós, inclui, Bill e Joss no pacote.

Mas não tinha como eu ir, se a Megan estava em casa, mas ai com o jeitinho Tom Kaulitz de ser, foi conversar com a prima, a convencendo de ir passar algumas horas na casa de uma amiguinha, e não é que ele conseguiu, e o mais surpreendente, é que ligou para a Simone que convenceu ela de me deixar sair com ele, e que ela pegasse a Megan na casa da amiga. Então com tudo resolvido, o que me restava era tomar um banho, para tirar o cloro, trocar de roupa e ir com o Tom até casa do Georg.


_ Vou só tomar um banho e já volto.


Sai do seu quarto e fui para o meu, que fica bem ao lado. Tomei um banho em tempo recorde e decidi atender a um pedido do Tom: Usar rosa. Foi em uma de nossas conversas que me confessou que gosta de meninas bem femininas, mas sem-muita frescura, que o faça rir, e que de certa forma tenha uma boa pegada. Confesso que ri da ultima confissão e ele ficou com vergonha, não sei, mas ultimamente tenho visto o Tom ficar muito envergonhado. Depois de ter trocado de roupa e feito uma maquiagem leve, fui até o quarto da Megan ver se já estava pronta, descemos até a sala de estar, e vi que o Bill e a Joss já estavam saindo. Fiquei esperando pelo Tom por mais alguns minutos, até que ele apareceu, me olhou por alguns instantes e sorriu. Fomos para a garagem, entramos no seu carro, primeiro fomos para a casa da amiga da Megan e depois seguimos para a casa do Georg.


Já na casa do Georg, a sua namorada, Andrea e a do Gustav, Júlia, me puxaram para a cozinha para fofocarmos um pouco, e elas queriam arrancar de qualquer forma se estava me envolvendo com o Tom. Não admiti que de certa forma ele abala as minhas estruturas, mas disse que se tiver a oportunidade, não vou recusar. Preparamos algumas coisas para comer e beber e fomos para a sala de estar, os meninos estavam largados no sofá, conversando sobre alguma coisa, que não vem ao caso dizer.

Me sentei ao lado do Tom e de frente para o Bill, cruzei as pernas e percebi alguns olhares, era bem desconfortável, aquele bando de homens me observados, com suas namoradas do lado. Conversávamos animadamente, tomamos algumas cervejas, eu tomei só uma, se eu tomar demais é capaz de fazer alguma besteira, e isso não é bom. Georg se levantou e saiu por alguns instantes e quando voltou estava com uma caixa de baralhos em mãos, se sentou novamente e disse:


Georg: Vamos jogar! Jogamos e apostamos, o que acham?


Tom: Está brincando, né?-Gargalhou em deboche da ideia do amigo.


Gustav: O que foi Tom? Está com medo de perder?- Disse sarcástico, o provocando.


Tom: Vai nessa, o gostosão aqui, não sabe o que é perder.


Júlia: Que tal jogarmos Strip Poker?


Propos, e a minha cara foi ao chão. Fiquei imóvel. Será que estava ouvindo direito? Strip Poker? Ela estava propondo um jogo de Strip Poker? Geralmente esse tipo de jogo não da muito certo.


_ Isso é jogo pra tarado! - Resmunguei. Todos riram, concordaram em jogar e eu me encolhi no sofá.- Eu não vou jogar isso.- Eles me olhavam suplicando pela minha resposta, e Gustav já preparava a mesa com o baralho, as fichas e até algumas garrafas de vinho. Meio a contra gosto, aceitei, mas se alguma coisa acontecer, já estou até imaginando várias garrafas a minha frente indo parar na cabeça deles.


Tom: Pronto para perder, Hagen?- Seu tom provocante na voz, fez com que o mais velho, o olhasse em forma de desafio.


Georg: Veremos, Kaulitz! Veremos!- Ele disse rindo. Gustav deu as cartas, e neste instante, Bill se manifestou.


Bill: Duplas. Mulheres vencem, homens tiram uma peça de roupa. Homens vencem, mulheres tiram uma peça de roupa. Simples, prático e direto. A partida acaba quando a primeira dupla, ou um dos membros da dupla, ficar completamente nu.


Naquele momento me deu um ataque de tosse, meu rosto já estava queimando de vergonha e de esforço que estava fazendo para acalmar a tosse, fora as palmadas nada delicadas que o Tom estava dando nas minhas costas. Não acredito que o Bill propôs isso, tudo bem que vai ser uma das melhores visões que já tive, ver a banda completamente pelados, mas eu eu não estou afim de tirar a roupa na frente de todo mundo. Como havia dito antes, esse tipo de jogo não da certo, ainda mais que são todos casais, mas eu não me incluo nessa lista, e quando as coisas esquentarem, coitadinha da minha pessoa, que está sentada ao lado do Tom.


Tom: Certo! As fichas serão as nossas peças de roupas,e vamos apostar uma peça por vez. - Fiz uma careta desaprovando-Quem ganhar a rodada manterá a sua peça de roupa. Todo mundo sabe que Strip Poker não tem regras nas jogadas.- Deu uma risadinha sacana.


Joss: Mas tem uma regra fundamental,que você esqueceu,Tom.-Advertiu.-Independente de quem estiver ganhando ou perdendo, quem conseguir a Royal Straight Flush (Sequência Real), escolherá alguém do jogo e, então, esse ou essa ficará do jeito que veio ao mundo.


Arregalei os olhos, e tive outro ataque de tosse. Depois que me acalmei, Júlia me trouxe um copo de água e pude respirar melhor, e o assunto do jogo voltou, as cartas foram distribuídas, e revisamos as regras. Finalmente, nós concordamos que tínhamos de "igualar" o placar, para que cada pessoa tenha o mesmo número de itens que estão vestindo. Depois de alguns risos, nós concordamos que cada pessoa tinha seis itens, então você pode perder cinco vezes, mas no sexto, você estava totalmente nu. E, por último, uma vez que você está nu, você tem que se sentar até que o jogo tenha acabado. Definida as duplas, que depois de muito protestar, decidimos fazer por casais mesmo, ficou assim: Tom e eu contra Bill e Joss, que sorte a minha né? Gustav e Júlia, Georg e Andrea.


Tom: Duas cartas!- Disse, descartando duas cartas de sua mão e pegando as que lhe ofereci.


Bill: Uma carta! - Disse confiante, descartando uma carta da mão e substituindo pela carta que Joss lhe entregou.


_ Nenhuma carta!- Manti todas as cartas em minhas mãos.


Joss: Eu fico com duas cartas.-Trocou duas cartas de sua mão e posicionou o restante do baralho ao centro da mesa.


O jogo começou bem, apesar de não saber jogar muito bem o Poker, Tom me dava algumas dicas, assim adiaríamos por algum tempo que nossas primeiras peças fossem vendidas. Mas com o tempo, percebi que a dupla adversária, tinha seus truques, e que a próxima jogada, alguém ficaria sem uma peça. Dito e feito, Joss fez uma jogada excelente e comprou um de nossos sapatos.


Bill começou a embaralhar e distribuir as cartas novamente. Colocou na mesa o Flop, Turn e por último o River. Recorri apenas uma vez pra pegar uma carta posta na mesa. Estava muito bem. Um Full House na primeira rodada. Como eu sou foda!


Pela minha visão periférica, vi Bill xingar baixinho. Já Joss, mantinha aquela expressão de que nem sabe onde está. Georg parecia estar pensando, Gustav estava com os olhos semicerrados, a criatura achava que podia blefar! Decidi acabar logo com a palhaçada.


_ Tenho um Full House e vocês me devem umas pecinhas de roupa!-Lancei meu melhor sorriso malicioso para os derrotados. Pelo canto dos olhos, percebi que Joss cerrava os punhos.


Bill: Eu não cantaria vitória antes da hora!- Disse com a maior cara de alegria do mundo .- Tenho um Full House de 9 e, pelo visto, o teu Full House de 7 não é páreo para o meu! - O maldito estava levando para o lado pessoal.- Agora eu que digo: Vocês me devem umas pecinhas!


O amaldiçoei mentalmente por ter conseguido cartas melhores que as minhas, e como já havia perdido os sapatos, o que me restava era tirar a camiseta e ao Tom também, revelando seu peito másculo e meu sutiã de renda, ouvi alguém suspirando alto, mas não vi quem era, me levantei e virei para trás, para colocar a camiseta em cima do sofá, já que estávamos sentados no tapete em volta da mesinha de vidro. Quando me sentei, vi que as meninas estavam me olhando cheio de curiosidade, e Georg se pronunciou:


Georg: Gostei das tatuagens. Significam alguma coisa?


_ A do quadril não. Mas a das costas, é um símbolo do amor, da beleza feminina e sexualidade.


Georg: Coloca sexualidade nisso.- Andrea o olhou com reprovação e lhe deu um tapa no ombro.


Andrea: Bom, me responde uma coisa: O seu corpo é natural, ou tem algum silicone por ai?


_ Graças a genética, nesses meus dezenove anos, está tudo perfeitamente distribuído. Nada de silicone.


As garotas ficaram de boca aberta, e os meninos é melhor nem dizer. O jogo continuou e no decorrer dele, percebi muito olhares para a minha comissão de frente, logo cruzei os braços, percebendo que Bill encarava meus seios sem pudor algum, e lancei-lhe um olhar ameaçador. No momento em que Georg tirou a camisa, quase babei literalmente, em cima dele. Depois de um tempo, uma coisa me chamou a atenção: Se eu tinha quatro 9, de onde o Bill tirou aquele outro 9? Mas deixei passar, estava me divertindo muito com aquele jogo. Para a alegria geral, o jogo transcorreu regado a muita cerveja, vinho e performances em cima da mesa. Preciso mesmo citar o nome do cidadão que estava na mesa rebolando na minha direção, numa interpretação grotesca de Cher? Bom, só para não deixar a curiosidade no ar, era o Bill, que estava usando apenas uma boxer preta.


Além do estado deplorável em que nos encontrávamos, Bill, os G's e a meninas já estavam apenas com as roupas de íntimas. Mas não demorou muito tempo, para que o senhor "Sabe tudo" do Bill conseguisse mais um ótima jogada, e conseguisse mais uma peça minha e a do Tom. Dessa vez foi o meu shorts e a calça do Tom. Tive que me levantar para abaixar o shorts e já estava esperando por uma reação do Tom, e ela veio quando me virei para o sofá e joguei o shorts nele, mas foi estranho, por que não foi só ele.

– Eu peço uma pausa, para ir ao banheiro.


Bill e Tom se manifestaram juntos, e saíram correndo para o banheiro. Depois que voltaram, acredito que bem aliviados, fomos para a última rodada quase sem roupas e, totalmente sem-vergonha, pois a bebida tinha nos pegado de jeito. A essa altura, já não me importava de ficar pelada e dançar, ou beijar alguém daquela sala, até mesmo uma das meninas. Quando peguei a última carta, todos ao mesmo tempo, levamos um susto quando Bill berrou de forma ensurdecedora, já fazendo uma dancinha esquisita. O que eu mais temia aconteceu, Bill tinha uma Royal Straight Flush (Sequência Real). Ele podia exigir que qualquer um ficasse totalmente pelado! E quando ele apontou para a minha pessoa, entrei em choque, sentia meu coração se acelerando e já estava suando frio. Como todo mundo já estava bem alto, era uma festa para eles, tanto que começaram a gritar:


“TIRA! TIRA! TIRA! TIRA! TIRA! TIRA! TIRA!”


_ Nem vem que não tem, não vou ficar pelada!-Afastei-me da mesa e Bill se levantou.


Bill: Se você não tirar a roupa, eu mesmo arranco ela de você!- Me ameaçou, batendo o pé no chão, decidido.


_ Não vou tirar porcaria de roupa nenhuma! Ninguém vai me obrigar.



Não estava bêbada o suficiente para fazer essa loucura, fechei a cara e algumas lágrimas escorriam pelo meu rosto, peguei minhas roupas e sai correndo para o jardim. Quando já estava distante da casa, percebi que já era noite, coloquei minhas roupas e fiquei sentada perto de uma árvore, até me acalmar. Um tempo depois, me levantei para voltar a casa, mas aquele jardim era tão escuro que acabei tombando com alguém, e cai na grama, mas essa pessoa fez o favor de cair em cima de mim. Sentia sua respiração quente perto da minha boca, procurei tatear o rosto para saber quem era, e tive uma surpresa, nos cabelos havia rastas, e o único de rastas nessa casa era o Bill.


Nossos rostos estavam tão próximos, nossos corpos tão colados que me deixei envolver pelo momento e, por alguns segundos, esqueci totalmente de onde estávamos. Meus pensamentos estavam focados no garoto deitado em cima de mim. Os dedos do Bill que tocava meu rosto, agora aproximavam-se cautelosamente de meus lábios, decidi não me mover. Deixei-o decidir o que fazer, mas, intimamente, torcia para que ela saciasse minha vontade de beijá-lo. Quando aproximou ainda mais o rosto do meu, notei que ele não respirava.

Não o julguei, pois não era o único. Pude sentir seu hálito batendo rente aos meus lábios, não continha um cheiro forte de álcool como eu pensei que conteria, muito pelo contrário, ele agora, tinha um cheiro forte de hortelã. Roçou seus lábios aos meus enquanto o sentia deslizar sua mão pelos meus cabelos e senti um pequeno arrepio. Aquele toque foi suficiente pra fazer as borboletas começarem a se desprender das paredes do meu corpo e a festejarem dentro de mim, suficiente pra sentir minhas mãos gelarem, pra tirar a essência da minha força. Uma luz fraca iluminou o jardim, pude ver um pouco o seu rosto, ele me parecia, um pouco bêbado ainda.


Seus lábios se aproximaram dos meus, meu peito subia e descia, ofegante. Fechei os olhos quando senti o roçar de nossas bocas. Ele pressionou seus lábios contraos meus, e por mais que eu soubesse o quão errado aquilo podia realmente parecer, eu queria, ansiava loucamente pelos lábios dele. Sua língua foi de encontro a minha, ao sentir seu piercing gelado em contato com a minha língua quente, fez com que minhas pernas tremessem, nervosas. Ele se distanciou, e nos olhamos por alguns segundos, e antes que eu pudesse dizer alguma coisa, nossas bocas se juntaram mais uma vez, só que dessa vez, nossos toques não eram carinhosos, estávamos ansiosos por aquilo, nossos corpos estavam encaixados, nossos lábios se manifestavam freneticamente.

Sua mão afundava em meu pescoço enquanto a outra apertava meu corpo ao dele, entrelacei meus dedos em seus cabelos, o beijando com mais intensidade. Suas mãos desciam por cada parte livre do meu corpo. E mesmo sabendo que Joss estava do outro lado da casa, eu não queria tirá-lo de cima de mim, o queria cada vez mais perto, cada vez mais meu. O beijo foi diminuindo conforme nossas respirações ficavam descompassadas. Terminamos o beijo com alguns selinhos e colamos nossas testas. Nesse exato momento, ouvimos alguém nos chamar e nos levantamos para voltar a casa. Apesar dos pesares, aquela foi a melhor noite da minha vida, até agora.

Postado por: Grasiele

The Babysitter - Capítulo 7

Quando acordei pela manhã estava me sentindo péssima, aquela dor de cabeça estava me matando. Se pudesse ficaria deitada o dia todo, mas a Megan tem aula e Dona Simone me mataria, me vendo nesse estado. Depois de fazer a higiene matinal e trocado de roupa, fui para o quarto da Megan que ainda dormia, estava serena, sussurrei seu nome várias vezes, até que ela se mexeu na cama e abriu os olhinhos verdes. A peguei no colo e levei para ao banheiro, logo coloquei seu uniforme e descemos para a cozinha.

Comecei a preparar o café da manhã, enquanto Megan escolhia o que levaria para o lanche na escola, fui procurar no banheiro do corredor, se tinha algum remédio para dor de cabeça, e assim que o achei, tomei logo dois comprimidos. Alguns minutos depois Simone e Gordon aparecem na cozinha e nos desejam "Bom dia", Megan termina o seu café e subimos para o seu quarto para que use novamente o banheiro, peguei sua mochila, e depois já estávamos no carro a caminho da escola. Durante o trajeto fomos em silêncio, nem o rádio havia ligado e Megan percebeu que não estava nada bem e perguntou:


Megan: Aconteceu alguma coisa ontem babá? Ouvi você gritando no corredor.


_ Olha Megan, vou começar a seguir os seus conselhos, meu encontro com o Andreas foi péssimo e quando chego em casa, seu primo Bill vem me encher o saco. Minha cabeça está explodindo, e se o Andreas aparecer em casa, juro que quebro outra garrafa na cabeça dele.


Megan: Outra garrafa?- Me pergunta incrédula - Ana, você quebrou uma garrafa na cabeça dele?


_ Claro! Primeiro ele tenta me embebedar e depois descubro que ele só quer me levar para a cama. O que está acontecendo com esses homens?


Megan: Eu avisei que o Andreas era perigoso.


_ E eu deveria ter te ouvido.


Ficamos em silêncio novamente e minutos depois chegamos a sua escola, me despedi dela e nem sai do carro para não encontrar o idiota com o nariz quebrado. Dei meia-volta e logo estava em casa. Mesmo super indisposta, lavei toda louça do café, deixei a cozinha brilhando e subi para o meu quarto, comecei a arrumar as coisas por lá, e depois fiz o mesmo no quarto da Megan. Aproveitei para pegar os cestos com as nossas roupas sujas, e desci as escadas quase morrendo. Não eram nem dez da manhã, quando as roupas já estavam todas no varal, precisava de um pouco de descanso e fui me sentar na varanda, na verdade me deitei, porque a cabeça estava pesando.

Logo Kasimir pulou na minha barriga e ficou lá dormindo. Por mais que estivesse com sono, não podia dormir, me levantei novamente, e fui andar pelo jardim, o dia estava bonito, mas não fazia muito sol, comecei a olhar as flores muito bem cuidadas pelo jardineiro, quando sinto alguém segurar o meu braço e me virar bruscamente. Não acredito que Andreas teve a cara de pau de aparecer por aqui, percebi que havia um corte com pontos em sua testa e sua cara não era nada boa.


Andreas: Você é maluca garota? Olha o que você fez na minha testa.- Ele segurava o meu braço e o apertava.- Pode me explicar o que aconteceu?


_ Primeiro solta o meu braço, pois você está me machucando.- Ele solta, mas continua com a cara fechada - Você pensa que sou idiota Andreas? Finge ser meu amiguinho, me leva para um porcaria de boate, tenta me embebedar, diz ao seus amigos que vai me levar para cama e quer que eu não faça nada?


Andreas: E custava me falar que não queria? Precisava quebrar uma garrafa na minha cabeça?


_ Você não me deu outra alternativa.- Me afasto dele, já ficando perto de um vaso de cerâmica, qualquer coisa e só tacar na cabeça dele novamente - Você praticamente estava me entregando aos seus amigos enquanto dançava-mos, eles ficavam passando a mão pelo meu corpo, falei várias vezes que queria ir embora e você não me ouvia. Depois que voltei do banheiro, ouvi sua conversa com seus amigos, não aguentei aquilo e decidi tomar uma atitude.- Ele fica quieto me olhando como se nada tivesse acontecido, totalmente cinico.


Andreas: Quer saber, você é patética garota. Tenho certeza que já dormiu com vários por ai, e agora se faz de santinha, só por que trabalha como babá.- Agora ele provocou feio, quem ele pensa que é para falar da minha vida desse jeito? Ele nem me conhece. Me abaixei para pegar um vaso vazio, e o vi dar uma risada cinica.- Vai quebrar na minha cabeça também?


_ Essa é a intenção, se você não sair daqui agora, vou rachar a sua cabeça.


Andreas: Eu vou, mas volto, pois essa casa não é sua.


_ Fique longe de mim.


Ameaço jogar o vaso nele, mas ele começa a correr em direção ao portão. Volto para a casa, está tão silencioso que da vontade de começar a bater panelas, para que os dois dorminhocos se levantem, como conseguem dormir tanto? Liguei o som na cozinha em um volume baixo e fui cozinhar já que é a única coisa que eu posso fazer, fui para dispensa procurar por alguns ingredientes, estava com vontade de comer pavê, mas não tinha abacaxi e nem maracujá por ali. Corri para consultar o livro de receitas, e lá tinha mais de 80 sabores, como não tinha fruta, tinha que inovar, voltei a dispensa e achei biscoitos recheados.

Fiz a festa na cozinha, usei o liquidificador e a batedeira, se alguém está reclamando no andar de cima o problema é deles. Mas, pelo o que a Megan me falou, esse dois tem o sono pesado, então não acordariam tão fácil. Depois de terminar o creme, espalhei as bolachas e cobri com o creme, cobri com o papel-alumínio e levei para gelar. Quando eram meio-dia, já estava me preparando para buscar a Megan, Tom aparece como sempre só de boxer, dessa vez era branca, e lá vou eu novamente com meu auto-controle, respiro fundo e o vejo se sentar no balcão.


_ Acordou cedo hoje. - Ele solta um bocejo.


Tom: Precisava falar com você.- Da outro bocejo - Você xingou meu irmão ontem?


_ Ah - Fico sem-jeito – Bom...meu encontro com o seu amigo safado, foi uma droga. Cheguei nervosa em casa, e o seu irmão vai lá e começa a encher o saco, tive que xingá-lo mesmo.


Tom: Hum...Depois você me explica essa história direito. Pode me servir uma xícara de café com waffles?


_ É pra já garotão.


Como já estava quase na hora de ir buscar a Megan, fiz praticamente tudo correndo, lhe servi e enquanto ele comia, o fiquei observando. Quando cheguei nessa casa, imaginei que eles fossem exatamente como se mostram diante das cameras, o Bill, um fofo, romântico e carinhoso. Já o Tom, um safado, descarado e que só fica mexendo no seu piercing. Mas nesse pouco tempo que os conheço, vi que as aparência enganam, e muito, o Bill é um rude, egocêntrico, metido a besta, idiota...enfim caiu totalmente no meu conceito.

Agora o Tom me surpreende a cada dia, bom não sei se é alguma estratégia para conseguir me levar para a cama, por que nos primeiros dias, ele estava bem safado, dando jus a sua fama. Mas de alguns dias para cá, ele está tão diferente, me procurando sempre para conversar, sei lá, está abrindo o coração para mim, está carinhoso, e não nego que estou gostando disso, mas as vezes é muito estranho, e confesso que isso está mexendo demais comigo. Estava tão distante com meus pensamento que nem o vi sair de trás do balcão, só fui me dar conta, quando senti meu pescoço sendo descoberto, e um ar quente tocando nele, e um beijo sendo depositado. Me levantei um pouco assustada e olhei para o relógio, já estava ficando atrasada.


_ Preciso ir buscar a Megan. - Já tinha pegado as chaves e quando ia sair da cozinha ele me segura pelo braço.


Tom: Espera! Faz bolinhas de chocolate pra mim hoje?


_ Brigadeiro? - Ele apenas assenti com a cabeça e da um sorriso tão lindo.- OK. Depois que pegar a Megan, passo no super mercado e compro as coisas.



Lhe dei um beijo na bochecha mesmo, é dessa vez ele não se virou. Corri para o carro e sair quase cantando pneu, por sorte não tinha muitos carros na estrada e cheguei alguns segundos antes dos portões serem abertos. Megan veio correndo me abraçar, a peguei no colo, dei um beijo estalado em sua bochecha e entramos no carro. Passei no mercado e fiz uma pequena compra, Megan foi sentada no carrinho de compras, comprei tudo o que precisava e voltamos para a casa.

Megan me ajudou com as sacolas e quando entramos na cozinha, encontramos o Bill tomando o seu café, me lançou um olhar matador e fiz questão de dar um sorrisinho só para provocar mesmo. Megan foi para o seu quarto tomar banho, eu fui preparar o almoço, peguei uma panela para fazer o arroz, enquanto cozinhava, peguei algumas batatas e depois de lavá-las, coloquei em cima do balcão e comecei a descascá-las. Depois de cortá-las em rodelas e colocá-las na panela para pré cozinhar, preparei o molho de iorgute com requeijão, estava concentrada seguindo a receita, um silêncio chato estava naquela cozinha, foi quando Bill inventou de bater suas unhas no mármore, e aquilo estava me irritando profundamente. Quando ia pedir que parasse, ele perguntou, já me tirando do sério:


Bill: Como foi o encontro ontem, dançarina?


_ Pare de me chamar assim.- O olho com reprovação - Se não quiser me chamar pelo nome, me chame de babá.- Me viro para o fogão e coloco a travessa dentro do forno.- E respondendo a sua pergunta: Melhor impossível.


Bill: Foi péssimo né?


_ Sim! Seu amigo é um idiota...- Continuei a xingá-lo de tudo quanto é nome, e Bill me olhava com uma cara de assustado. De repente ele falou um: "Shiu" e me calei.


Bill: Vou para o meu quarto.


_ Fique a vontade.


Ele subiu e continuei a preparar o almoço, pelo menos tive uma conversa mais "amigável" com ele. Minutos depois ele aparece, todo arrumado avisando que ia sair e talvez não voltaria hoje, precisava me avisar? Eu sei que ele vai passar a noite com a Joss, não precisa me dar satisfações da sua vida. Logo Megan e Tom aparecem na cozinha, os sirvo e almoçamos conversando sobre algumas coisas, depois servi o pavê, Tom comeu uns três pedaços, disse que estava maravilhoso, mas que ainda queria as bolinhas de chocolate. Megan foi para o seu quarto escovar os dentes e depois desceu até a varanda com um livro em mãos. Tom ficou na cozinha comigo, me ajudando a secar a louça. Contei a ele, o que havia acontecido na boate e ao invés de falar alguma coisa que me ajudasse, começou a rir do Andreas, como não tinha outro jeito, ri também.

Peguei uma outra panela, coloquei o leite condensado e chocolate e fervi até ficasse no ponto. O Tom já queria enfiar o dedão lá, dei um tapa em sua mão, advertindo que aquilo estava fervendo, e se quisesse perder o dedo, seguisse em frente. Eu sempre achei que o Tom fosse meio bobo, mas tive certeza, quando me desobedeceu e enfiou dedo na panela, e levou até a boca, que além de queimar o dedo, queimou a língua.


_ Eu falei que estava quente Tom, parece até uma criança.


Tom: Desculpa, eu estava com vontade de comer.


_ Vem comigo. - O puxei pelo braço em direção as escadas.- Vamos colocar creme dental no seu dedo e na língua, assim alivia a dor.


Entramos no banheiro do corredor, abri o espelho e peguei o creme dental, era de menta. Destampei o tubo e apertei até que saísse uma pequena quantidade, e passei primeiro em seu dedo. Peguei mais um pouco e pedi para que ele colocasse a língua para fora, e assim fez, depois passei meu dedo pela sua língua. Falei para aguardar por uns dois minutos e depois poderia lavar o dedo e a boca. Um tempo depois voltamos para a cozinha e o chocolate já estava mais frio, avisei que iria fazer as bolinhas, mas o Tom preferiu jogar o granulado na panela, pegou três colheres e fomos para a varanda comer o brigadeiro junto com a Megan.


Depois do jantar, ficamos assistindo um pouco de TV, Megan estava quase pegando no sono e quando finalmente dormiu a levei para o seu quarto, a deitei na cama e antes de sair, lhe dei um beijo em sua testa e apaguei o abajur. Voltei para o andar de baixo e fiquei conversando com os patrões e com o Tom, Simone me perguntou sobre o Bill e avisei que ele voltaria só amanhã. Em uma determinada parte do filme que estava passando, Tom resolveu se deitar no sofá, com a cabeça nas minhas pernas, pegou minhas mãos e começou a brincar com os meus dedos, que eu saiba, é o Bill que tem fascinação por mãos e não o Tom. Ouvi uma risadinha da Simone, e senti meu rosto corar, com certeza ela estava pensando que algo estava rolando entre nos dois. Na verdade não estava, pois desde a festa não ficamos mais, agente conversava bastante, ele me abraçava e ficava me cheirando quando tinha a oportunidade, mas beijar mesmo, não.


Simone: Ana? - Ela me chamou, me despertando de meus pensamentos.


_ Sim? - A olhei do outro lado do sofá.


Simone: Minha mãe quer que eu te leve até o sítio, domingo, para trocarem receitas. Se você não tiver nenhum compromisso, gostaria de ir?


_ Seria ótimo, vou sim. - Tom se levanta do meu colo e me encara.


Tom: Vou te levar para andar a cavalo.


_ Não sei é uma boa ideia.- Lhe dou um sorriso torto - Eu meio que tenho...receio de cavalos.


Tom: Por quê? – Arqueia uma sobrancelha - Vai me dizer que morre de medo de cavalos.


_ Não é bem assim. Quando tinha uns oito anos, até montei em um cavalo e ele era enorme, e como tenho medo de altura, acabei por me desequilibrar e cai dele. Desde então, nunca mais montei em um.


Tom: Mas pode deixar que eu monto com você, assim você perde o medo.



Concordei, e depois que o filme acabou, subi para o meu quarto, tomei um banho e coloquei meu pijama, esse era um pouquinho mais curto que o outro, então deixava as minhas pernas bem mais a mostras. Depois de escovar os dentes, me deitei na cama e fiquei olhando para o teto, pensando em como seria, se o Bill não estivesse namorando e se ele não fosse tão imbecil, se me daria uma chance. Sinceramente fiquei bem decepcionada com ele, nunca pensei que ele fosse tão mesquinho, como está sendo comigo. Quando o sono estava atacando, apaguei o abajur, puxei as cobertas e deixei o cansaço me levar.


Eram duas da manhã quando acordei com um barulho no assoalho de madeira da sacada, quis levantar para olhar o que era, mas ao mesmo tempo tive medo, não sabia o que poderia ser, fiquei quieta em baixo das cobertas prestando atenção na porta de meu quarto, então os barulhos pararam. Levantei-me, sentando na cama, acendi a luz e quase tive um ataque cardiáco e dei um grito ao ver o Tom, em pé ao lado da minha cama. Tirei as cobertas, me levantei e dei um soco em seu ombro, ele recuou um pouco e me olhou de cima abaixo.


_ Está dando uma de Edward Cullen, Tom? Fica me observando dormir.- Ele ri meio sem graça.


Tom: Pelo menos ele não faz barulho. E também, a minha Bela, é muito mais bela, que a dele.- Senti meu rosto corar.- Então é assim que você dorme? - Me olha mais uma vez.


_ Na verdade durmo pelada, mas como essa não é minha casa, tenho que dormir assim - Disse cínica, ele abre um pouco a boca, mas não fala nada.-É mentira tonto. O que está fazendo aqui?


Tom: Não me chame de tonto.- Se senta em minha cama.- Vim dormir com você - Disse na maior tranquilidade.


_ Dormir comigo? - Arqueio uma sobrancelha.- Especifique-se.


Tom: Me deitar ao seu lado e dormir de conchinha?- Olho incrédula pra ele e fico sem reação e me sento na cama ao seu lado.


_ Não temos nenhuma intimidade para isso.


Tom: Qual é Ana, não vou fazer nada com você. Além do mais, acho que se esfregar daquele jeito no meu corpo e ter me beijado, nos faz ter intimidade suficiente.


_ Olha Tom. Já arrebentei a cara de dois garotos que só queriam meu corpo, você não será excessão. Se quer me levar para a cama fala logo, não ache que sendo meu amigo, vai conseguir o que quer.- Ele suspira alto, e se deita de barriga para cima, detalhe: Estava somente de boxer.


Tom: Eu já disse que não te levaria para cama uma única vez. Eu gosto de ficar ao seu lado, você me faz bem, eu só quero ficar aqui com você.- Seu tom de voz é triste, ele fecha os olhos e suspira várias vezes. Penso um um pouco e solto o ar, me dando por vencida. Não sei se vou me arrepender depois, mas...


_ Tudo bem, mas se avançar o sinal, saiba que na cozinha a vários tamanhos de facas, escolha uma e te castro na hora.


Me olhá um pouco assustado, mas depois sorri, e eu resisto aqueles dentinhos tortos? - (Nem são tão tortos, mas pelo menos ele conservou o sorriso, ao contrário do Bill, que deixou os dele, totalmente retos) - A resposta é: Não! Me levantei e peguei uma das almofadas do pequeno sofá que há no quarto, volto para a cama e me deito, coloco a almofada atrás da minha bunda, só para não correr o risco de sentir alguma "coisa" ali atrás. Tom da a volta na cama e se deita ao meu lado, puxo as cobertas e apago o abajur.


Tom: Guten Nacht, Ana.- Sussurra no meu ouvido, me deixando completamente arrepiada e me da um beijo na bochecha.


_ Guten Nacht, Tom.


Digo com a voz um pouco falha, fecho os meu olhos e segundos depois, sinto sua mão passar pela minha cintura, quando ia protestar, percebi que só queria cruzar seus dedos nos meus. Me acomodei melhor na cama, sentindo sua respiração ficar calma, ele já estava quase dormindo. Era estranho para mim, pois nunca me deitei com um homem, literalmente. Me sinto bem ao lado do Tom e gosto de como ele me trata, com carinho, as vezes ele tem suas recaídas, mas nada que me faça mal. Não sei, estou meio perdida, confusa, com meus sentimentos, sempre gostei do Tom, mas como um amigo, ou algo parecido, mas já estamos se envolvendo demais. Sempre tive esperanças de encontrar o Bill, e quando isso acontece, me decepciono completamente. Milhares de pensamentos passavam pela minha cabeça, mas pouco tempo depois, também consegui dormir.

Postado por: Grasiele

The Babysitter - Capítulo 6

No dia seguinte, eram quase três da tarde, estava no quarto da Megan ajudando-a preparar a sua mochila para irmos ao clube fazer sua aula de natação. Escolhi um macacão verde e ajudei-a trocar de roupa. Depois fui para o meu quarto, escolhi um biquini e procurava por um shorts e o protetor solar. Nas ultimas vezes que levei Megan para a sua aula, aproveitei para pegar uma corzinha, tudo bem que passei do transparente para o branco maizena, mas beleza, um dia ainda fico bronzeada.

Outro dia Megan me perguntou, por que eu era tão branca, se morava no Brasil, onde tem tantas praias. Como se eu frequentasse praia, morava no centro de São Paulo, trabalhava todos os dias, tudo bem que meus pais digamos que são: "Ricos", mas não gosto de viver as custas deles. Eu não tinha nem tempo para respirar direito, ainda mais com toda aquela poluição, muito menos ir a praia.

Quando estava terminando de fazer o laço do biquíni no pescoço, ouço a Megan gritando para que me apresasse, vesti a camiseta e sai do quarto, Tom estava parado em frente ao meu quarto com a Megan no colo, me olhou de cima abaixo, como sempre parando nas minhas pernas e deu aquele seu sorriso malicioso, estiquei meus braços para pegar a Megan e a coloquei no colo. Assim que a coloquei no chão, pedi para abrir a sua mochila e coloquei meu chinelo dentro. Coloquei meus óculos escuros e fui me despedir do Tom com um beijo no rosto, mas o safado virou o rosto e acabei dando um selinho rápido em seus lábios. Quando olhei para Megan, ela estava com uma sobrancelha arqueada e perguntou:

Megan: Eu perdi alguma coisa naquela festa?

_ Nada demais. - Me apressei a falar, antes que o Tom falasse bobagem, sobre ter dançado daquele jeito.- Bom, vamos indo Megan, antes que você se atrase para a aula.

Tom: Onde vocês vão?

_ A Megan está fazendo aulas de natação. Antes das cinco estamos em casa, tchau Tom.

Peguei a mãozinha da Megan e descemos as escadas, depois de te-la colocado na cadeirinha, dei a partida e seguimos para o clube. Megan ficou o caminho inteiro me questionando por que o Tom me beijou. Tive que contar que ficamos na festa, e pelo visto ela não achou muito legal, pelo fato de eu ser apaixonada pelo outro primo, ficou insistindo para que eu conversasse com o Bill, assim da amizade poderia surgir o amor, como se fosse fácil. Expliquei para ela que o Bill não vai com a minha cara, ele já tem namorada, por que iria ficar chorando pelos cantos, se o Tom, o Andreas ou até mesmo o Bryan ficavam me dando mole?

Quando chegamos ao clube, levei a Megan até o vestiário enquanto ela trocava de roupa, tirava as minhas e guardava em sua mochila em um dos armários. Peguei o protetor, e enquanto ela seguia com a professora até a sua aula, me sentei em uma das espreguiçadeiras e comecei passar o protetor pelo corpo, nem liguei se tinha gente me comendo com os olhos, primeiro me deitei de barriga para cima e prestava a atenção na aula da Megan, ela parece um peixinho, está nadando muito bem. Quando fechei os olhos para relaxar um pouquinho, um tempo depois tudo ficou mais escuro do que o normal, abri os olhos e vi que o Bryan estava em pé na minha frente, ele tem um corpinho tão gostosinho, abri um sorriso e ele fez o mesmo.

_ Olá.

Bryan: Oi, tudo bem?

_ Ótima e você?

Bryan: Indo. Está sozinha?

_ Não, estou de babá, sabe a garotinha que pegou agente se beijando?

Bryan: Ah sei, bom, estou com meus amigos e vim te convidar para dar um mergulho com agente, se você puder é claro.

_ Bom, a aula dela demora um pouco para terminar, vamos lá então.

Esticou sua mão para me ajudar a levantar e fomos andando até a piscina dos adultos, onde os seu amigos estavam, haviam mais duas garotas e três garotos, gatinhos por sinal. Bryan foi me apresentando a todos, e demos alguns mergulhos, brincamos com uma bola de plástico que tinha lá. Um tempo depois, Bryan e eu nos afastamos dos seus amigos e fomos para a borda do outro lado da piscina, senti suas mãos na minha cintura, me girando, até eu ficar entre a borda da piscina e ele. Me prensou na parede e eu senti os lábios quentes dele sobre os meus.

Começou de um jeito calmo, mas que não deixava de ser muito bom. Entreabri os meus lábios, dando passagem para a sua língua, e aprofundando o beijo. Envolvi seu pescoço com meus braços, as mãos dele passeando nas minhas costas e nuca, me causando um certo arrepio, não sei, mas acho que esse menino não era BV e está se aproveitando muito da situação, pois uma de suas mãos já estavam perto da minha coxa. Parei o beijo, e ainda ofegante, disse que precisava voltar para a ala das crianças, ele deu um sorriso fraco e concordou.

Sai correndo da piscina e voltei a tempo da Megan não perceber a minha ausência, minutos depois a sua aula acaba e vamos para o vestiário. Enquanto tomávamos banho - ela estava na cabine ao lado- ficou me perguntando onde é que eu fui parar, pensei que ela não tivesse percebido que eu sai. Falei a verdade, que tinha ido dar um mergulho com o Bryan.

Depois de terminarmos o banho, entramos no carro e fomos para a casa. Megan foi para o seu quarto e fui para o meu, abri a janela da sacada e fiquei encostada na grade, olhando aquela vista maravilhosa e pensando na vida. Logo senti braços fortes enlaçarem minha cintura, e apoiarem o queixo no meu ombro, pelo perfume só poderia ser o Tom, entrelacei nossas mãos e apoiei minha cabeça em seu ombro e perguntei:

_ Quer alguma coisa?

Tom: Não! Só ficar aqui contigo.

_ Sem segundas intenções?

Tom: Nenhuma.

Me separei do seu abraço e me sentei na cama, me encostando na cabeceira, bati minha mão no colchão e ele se sentrou ao meu lado. Não tínhamos assunto, ele pegou minha mão direita e começou a brincar com os meus dedos, estava achando aquele momento muito estranho e ao mesmo tempo bom, sempre quis ver esse lado carinhoso do Tom. Alguns minutos depois, ele se cansou dos meus dedos e foi para o meu cabelo, enrolava e desenrolada uma mexa em seu dedo, estava realmente ficando preocupada com a sua atitude.

_ Aconteceu alguma coisa Tom? - Não me respondeu de imediato, apenas deixou o meu cabelo e deitou sua cabeça nas minhas pernas. Por impulso comecei a mexer na suas tranças e ele fechou os olhos.

Tom: Só quero um pouco de atenção - Ele suspira alto - Será que, além da minha família e meus amigos, mais alguém se importa comigo?

_ Claro Tom, por que a pergunta?

Tom: Eu costumava ser a pessoa mais importante na vida de Georg, antes de sua namorada. O Gustav está namorando, o Bill está com alguém, sei lá, me sinto sozinho.

_ Eu me importo com você.- Ele vira o seu rosto para cima e sorri.- E...Estou gostando desse seu lado mais calmo.- Arqueia uma sobrancelha.

Tom: Calmo?

_ É, do jeito que estamos agora, apenas conversando, sem você tentando me agarrar.- Sorrio meio sem-jeito.

Tom: Eu gosto de você.- Acaricia o meu rosto- Digamos que...me arrependeria de te levar para a cama apenas uma vez.

_ O que quer dizer com isso?

Infelizmente ou não, quando ia me responder, ouvi Megan me chamado e me levantei as pressas da cama, assim que abri a porta ela entrou e estranhou muito o fato do Tom estar deitado na minha cama, pelo visto quando a for colocar para dormir, ela vai me encher de perguntas. Mas o objetivo dela agora, era me chamar para fazer o jantar, olhei para o Tom e pedi que me ajudasse, ele concordou e fomos para a cozinha. Não sabia exatamente o que iria fazer para o jantar, decidi pegar um livro de receitas e fui folheando, Tom estava ao meu lado lendo as receitas, e pedi para que ele escolhesse, lhe entreguei o livro e uns cinco minutos depois, ele respondeu:

Tom: Lasanha de legumes.

_ Me parece bom.

Peguei o livro novamente e comecei a ler os ingredientes e pedi para que o Tom pegasse na dispensa e algumas coisas na geladeira. O que ia ao fogo eu mesma fiz, e deixei com que o Tom colocasse as camadas da lasanha, ele até que saber fazer as coisas direito. Coloquei no forno e os quarentas minutos que tinham até ficar pronto, levei a Megan para tomar o seu banho, já deixei ela com o pijama e descemos, logo Simone e Gordon chegaram em casa e o Bill finalmente deu as caras, só para dizer que ia jantar fora com a Joss.

A semana até que passou bem rápido, nada de muito interessante aconteceu, pelo menos no meu ponto de vista. Na sexta-feira enquanto esperava pela Megan em frente ao colégio, estava encostada no carro, quando uma garota, que minutos depois disse que o nome era Amanda, uma morena muito bonita diga-se de passagem, veio conversar comigo sobre o Bryan, na verdade me alertar, que ele e seus amigos estavam aprontando para cima de mim. Naquele momento não acreditei muito, mas ela continuou, disse que Bryan é mais velho - apesar de não aparentar - e que já pegou praticamente todas as garotas do colegial, e certamente eu seria a próxima vitima dele a terminar em uma cama de motel.

Óbvio que fiquei muito decepcionada com isso. Tanto que, o encontrei no clube com os mesmo capangas de sempre, e decidi aprontar com ele. Ele veio conversar comigo, insistiu para que ficássemos de novo e até me chamou para sair, o enrolei até que a aula da Megan acabasse, e assim que ela saiu da piscina e veio até mim, fui me despedir do Bryan, fingi que ia lhe dar um beijo em seus lábios e me afastei de repente para virar um soco de direita em deu lindo rosto. Coloquei tanta força do soco, que ele acabou caindo na piscina com o nariz sangrando. Já no carro, Megan me perguntou por que tinha feito aquilo, apenas respondi que ele queria me levar para cama, e ela entendeu.

Ontem após o jantar, estava no meu quarto, e por incrível que pareça, lendo um livro: O Pequeno Príncipe. Indicação da Megan, quando Tom me chamou e bateu na porta, pedi para que entrasse, se sentou na minha cama, ao meu lado e ficamos conversando durante algum tempo. Quando meu celular e vi que era o Andreas, ele se retirou, conversamos um pouco e combinou de me pegar as 21:00, mas não disse onde íamos.

Como hoje é domingo e minha folga, Simone levou Megan para passear na casa da avó, Bill está enfiado no quarto como sempre e Tom, não faço a menor ideia de onde foi. Estava na sala assistindo um pouco de TV, quando ouço a campainha tocar, corri para atender imaginando que fosse alguém interessante, e quando abri, me arrependi mortalmente, Joss estava com um sorriso falso no rosto e usava um vestido tão curto que era possível ver mais coisas do que deveria. Lhe dei passagem e ela entrou ficando parada no meio do Hall e perguntou:

Joss: Bill está em casa?

_ Não sei! - Minto.

Joss: Você trabalha aqui e não sabe de nada?

_ Meu trabalho é cuidar da Megan e não do seu namorado.- Toma.

Joss: Além de ser péssima cozinheira, ainda é mal educada? - Sua voz afina e coloca a mão na cintura.

_ Não estou sendo mal educada. - A imito colocando a mão na cintura - E se o bolo estava tão ruim, por que comeu vários pedaço? Cuidado com a dieta. - Cutuquei sua barriga - Estou vendo gordurinhas aqui.

Ela bufa dando um tapa em minha mão, e se afasta indo para a escada, a vejo subindo e depois entra no quarto do Bill. Eu que não vou ficar aqui para conferir o que vai rolar, já é sofrimento demais, vê-los se beijando, ouvi-los gemendo, vai acabar comigo. Corri para o meu quarto, troquei de roupa e sai de casa a pé mesmo. Comecei a andar sem rumo por alguns minutos, até chegar em uma pracinha, me sentei em um dos banquinhos e fiquei observando o movimento na rua. Um tempo depois, a mesma garota lá do colégio se sentou ao meu lado.


_ Tudo bem?

Amanda: Tudo e você?

_ De boa. Passeando um pouco?

Amanda: Só caminhando. Ficou sabendo que o Bryan apanhou de uma garota? - Eu tive que rir dessa, e ela me olhou contendo o riso.

_ Fui eu que bati nele.

Amanda: Jura? - Pergunta incrédula.

_ Ja. Tentou me agarrar lá no clube e acabei quebrando o nariz dele.

Ela começou a rir de tive que rir junto, a cena foi hilária mesmo. Conversamos durante algum tempo, descobri que também é brasileira, morava em Porto alegre, é fã do Tokio Hotel e que sonha em ter pelo menos uma noite com o Tom. E já que ela, assim como a escola inteira sabe que trabalho na casa dele, me pediu ajuda para que ela pudesse ter nem que seja uma conversa amigável com o Tom. Não prometi nada, mas que falaria com ele sobre o assunto. Voltei para casa quando estava anoitecendo, vi que o carro da Joss não estava mais lá, dei graças a Deus por ela ter ido embora.

Assim que entrei pela porta da cozinha, tive a visão do paraíso, Bill estava somente de boxer parado em frente a geladeira, como os olhos fechados, tomando uma garrafa de água gelada. De repente uma gota escapou dos seu lábios, descendo pelo pescoço, peito, barriga, até chegar ao elástico da sua boxer, acompanhei com os olhos, engolindo em seco, toda aquela tentação. Quando percebeu minha presença, abriu os olhos e me viu babando por ele. Senti meu rosto fervendo, me virei e fui andando a passos largos até a escada e as subindo pulando alguns degraus.

Quando entrei no meu quarto, me joguei na cama e suspirei alto, ele deveria estar cansado demais para beber um litro de água gelada tão rapidamente, a Joss tem muita sorte mesmo. Continuei deitada, com os olhos fechados, tentando não pensar no que eles fazem ou deixam de fazer. Uma hora e meia depois, fui tomar um banho relaxante, demorei uns vinte minutos mais ou menos, por ter lavado o cabelo também, as vezes penso em cortá-lo, mas ele está tão bonito no meio das costas. Sai do banheiro já vestida com a lingerie, peguei o secador e sequei os cabelos, penteando-os em seguida e o prendendo em um coque meio bagunçado. Fiz uma maquiagem mais escura, coloquei o vestido, em seguida calçando os sapatos de salto fino. Coloquei na bolsa carteira o celular, um gloss e alguns Euros, nunca se sabe quando vamos precisar.

Terminei de me arrumar, uns dez minutos antes do horário combinado, desci as escadas com cuidado, para não acabar rolando escada abaixo. Fui para a sala e encontrei todos reunido, assistindo TV, assim que me viram, cada um reagiu de um jeito, pensei que Tom fosse me lançar um sorriso pervertido, mas foi um sorriso fofo, estranhei muito aquilo. Bill me olhou por um tempo, sem muito interesse e voltou sua atenção para a TV. Megan se levantou do sofá e veio me dar um abraço.


Megan: Está linda babá.

_ Obrigada meu anjo.- Tom se levantou e fungou meu pescoço inspirando meu perfume, senti um enorme arrepio.

Tom: Não acho uma boa você sair com o Andreas.

_ Por quê?

Tom: Ele não faz o seu tipo.- Simone deu uma risada abafada.

Simone: Deixa disso Tom, ele é um bom garoto. Quando ele vem te buscar querida?

_ Já deve estar chegando.

Nem mesmo terminei de falar e a campainha tocou, corri para atender e quando vi Andreas todo de preto e aquele sorriso lindo, não tive como não retribuir, acabei sorrindo também. Me deu um beijo no rosto e entrou para saudar a todos na sala. Tom se levantou, ficou encarando Andreas e começou um discurso: Tomar conta de mim, não deixar nenhum estranho se aproximar de mim, não me deixar bêbada e me trazer antes da meia-noite.

"Que lado protetor é esse do Tom que eu desconheço, ainda mais comigo?"– Pense comigo mesma. Simone concordou com tudo o que o mais velho disse, e antes de irmos para o carro, nos desejou boa noite, e que nos divertissimos muito. Agradeci e entramos no carro do Andreas. Uns quinze minutos depois que estávamos no carro em um silêncio total, decidi perguntar onde ele iria me levar, já estava muito curiosa.

_ Onde você pretende me levar?

Andreas: Em uma nova boate que inauguraram. - Boate? Puta merda hein? Estava com uma expectativa tão grande que íamos ficar em lugar mais reservado, tipo me levar para jantar. Lhe lancei um sorriso fraco e ele percebeu minha decepção.- Pensou que te levaria para jantar?

_ Sinceramente, eu pensei.

Andreas: Eu não faço essas coisas, gosto de me divertir e não, de ser romântico.

Depois dessa, o melhor a fazer era ficar calada, por que fui aceitar sair com ele? Bem que a Megan me avisou. Fiquei com a cabeça colada no vidro, vi que saímos de Hamburgo, olhei a paisagem noturna de Berlim, a cidade é bem mais bonita durante a noite. Alguns minutos depois, chegamos a nova boate, o lugar era bem agradável, apesar de não gostar muito de frequentar esses lugares, tentei me divertir ao lado do Andreas, dançamos muito, ele ficava me oferecendo uns drinks diferentes e tomei apenas dois. Quando ele foi conversar com seus amigos me deixando lá no bar, pedi uma Coca Cola, para amenizar o efeito do álcool.

Quando ele voltou me apresentou ao seus amigos e percebi a cara de pervertidos deles sobre o meu corpo, Andreas me levou para o meio da pista novamente e dançamos um música sensual que tocava, não estava tão empolgada como na festa, Andreas estava diferente, mais frio, não me olhava nos olhos, e o gosto do seus lábios não me faziam sentir emoção nenhuma. Quando paramos de dançar, fomos para um lugar mais reservado, onde havia alguns sofás, alguns casais já se atracavam e sinceramente estava ficando com medo.

_ Preciso ir ao banheiro.

Andreas: Vai lá gata, estarei te esperando.

O sorriso malicioso que ele me deu, foi de arrepiar a espinha, andei por um tempo até achar o banheiro e depois de fazer xixi, lavei as mãos e fiquei me olhando no espelho, meu cabelo estava bagunçado, meu pescoço, pernas e braços com marcas avermelhadas, estava me sentindo muito mal naquele lugar. Sai do banheiro com a intenção de falar para o Andreas que queria ir embora, mas o vi de longe, no sofá sentado com os mesmo amigos, eles estavam de costas para mim, fui me aproximando devagar e como a música ali, estava mais baixa, pude ouvir claramente a conversa deles.

– E aquela sua amiga gostosa, quando vai transar com ela?

Andreas: Assim que sairmos daqui, vou levá-la para um motel. Ela já me provou que é bem fogosa na festa dos Kaulitz, levá-la para a cama vai ser muito fácil.

Então era isso, mais um que só queria usar o meu corpo. Eu senti o chão escorregar por algum lugar debaixo dos meus pés, e vi a sala cor de verde-musgo rodar, senti meu corpo cambalear e se inclinar para o lado esquerdo, até que o senti pesado demais e caí ajoelhada naquele piso. Tirei os sapatos e me levantei sozinha ainda um pouco zonza, não ficaria mais nenhum minuto naquele lugar, não quero mais ver a cara do Andreas na minha frente. Mas antes, preciso fazer uma coisinha, peguei uma garrafa de cerveja da mão de uma cara e me aproximei do sofá.

_ Arranje outra idiota para você transar, seu desgraçado.

Quebrei a garrafa em sua cabeça e sai correndo para a saída da boate, por sorte havia um ponto de táxi perto do local. Entrei em um fui e para a casa, tinha ficado apenas uma hora naquele lugar e foi suficiente para nunca mais voltar. Assim que o táxi me deixou no portão da mansão, conversei com os seguranças e me deixaram passar, corri descalça pelo gramado um pouco molhado devido ao sereno e entrei em casa. Subi as escadas e comecei a chorar andando pelo corredor, de repente a porta do quarto do Bill se abre, ele me olha por alguns segundos e como sempre me provoca.

Bill: Voltou cedo dançarina.

_ Cala a sua boca, idiota.

Ele arregala os olhos e entra no seu quarto novamente. Assim que entrei no meu, corri para o banheiro, meu estômago estava embrulhando, me inclinei sobre o vaso sanitário e deixei tudo sair de dentro de mim, mas apesar de ter aliviado um pouco, a dor de ser quase abusava ainda permanecia. Tirei toda a minha roupa e me pus em baixo do chuveiro, deixando a água quente me relaxar por um tempo. Depois do banho, coloquei um pijama e me deitei, precisava de uma boa noite de sono, desliguei o celular para que o desgraçado não me ligasse e fechei os olhos, se ele viesse me procurar, ia arrebentar a cara dele.

Postado por: Grasiele

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