quinta-feira, 22 de agosto de 2013

The Dancer - Capítulo 10 - Seu futuro é comigo.

O dia do meu casamento havia chego.

Era difícil para mim, acreditar que eu já havia passado por um momento parecido com este antes, e que tinha se acabado uma semana depois. Mas agora tudo é diferente, completamente diferente.

Por que eu vou me casar com a mulher que eu verdadeiramente amo.

O casamento vai ser celebrado numa chácara alugada. Durante duas semanas, eu e Alice cuidamos de toda a decoração do casamento. Lógico, recebemos ajuda de nossos padrinhos sendo ele, respectivamente, Tom e Christina. Os dois estavam noivos e pretendiam se casar no final de 2011, agora nós estávamos no começo desse ano. 
Eu até gostaria de esperar um pouco, pois Alice está no final da gestação. Sim, ela já está com oito/nove meses de gravidez, devíamos ter nos casado antes, mas meus compromissos com a banda não permitiram temo suficiente para isto, e como ela disse que estava tudo bem e a pretensão para que o bebê nascesse eram dez dias depois do casamento, então a cerimônia será hoje para curtirmos uma semana na Alemanha até Sean nascer. Ah, sim é um menino.
A decoração estava posta, os convidados acomodados em cadeiras decoradas com lenços finos de coloração alva sendo destacados por duas rosas vermelhas, que simbolizavam nosso amor. Ao meu lado estavam Tom e nossos pais, Tom estava à espera de Chris que disse que iria terminar de ajudar Alice com o vestido. E ao lado oposto, os pais de Alice e o irmão mais novo.
Estávamos todos ansiosos pela entrada dela, tão ansiosos que o silêncio permaneceu, até que pudéssemos ouvir barulhos de alguém correndo com um salto pelo piso delicado de mármore branco.
Eis que surge Christina agitada, bagunçada, segurando a barra do longo vestido rose e chorando. Preocupado eu corri até ela, sendo acompanhado pelo Tom, no encontro dos três, eu peguei em suas mãos e Tom pediu sussurrante que ela ficasse calma e contasse o que houve.
- B-Bill... - ela parou para recuperar o fôlego - A Alice está em trabalho de parto, ela está no carro te esperando - disse ela, de uma vez só.
Assustado, eu corri até o estacionamento, ouvindo os passos do casal que me seguia. Quando eu cheguei perto do meu carro, eu pude ouvir os gemidos de dor da Alice, aquilo me deixou mais apreensivo do que eu já havia ficado, e entrei no carro, sendo seguido pelo casal.
Chris ficou ao lado de Alice acalmando-a e enquanto Tom estava do meu lado tão desesperado quanto eu, me guiando pelo caminho até o hospital mais próximo. O caminho fora completamente doloroso, ver Alice gritando e se contorcendo de dor me partia o coração, eu sabia que não seria fácil, mas é difícil ver a pessoa que você ama, gritando e gemendo do jeito que ela está. Por mais que Chris estivesse ajudando, meu nervosismo só parecia aumentar, parecia que o caminho do hospital era tão longo, agradeci quando chegamos.
Eu estacionei meu carro desesperado onde não deveria e os enfermeiros que estavam ali já iriam reclamar, mas quando viu Alice no estado em que ela estava, atenderam-na, e, aliás, meu sobrenome ajudou um pouco também. Alice nem precisou fazer os exames que antecedem o parto, pois como disse Chris que é mais informada sobre isso, ela estava com a dilatação de grau maior, ou seja, VOU SER PAI AGORA!
Apreensivos, estávamos os três na sala de espera, todos vestidos formalmente. Eu já havia ligado para meus pais alertando sobre o que houve para eles alertarem a todos os convidados, pois não tinha como ter casamento num estado desses, agora só quando minha princesa estiver total e completamente recuperada disso, que creio ser uma fase difícil e completamente dolorosa.
Uma hora se passou e nenhuma notícia do meu filho. Chris foi comigo até a recepção, enquanto Tom ia buscar algo para a namorada comer.
- Moça, você pode me informar sobre Alice Monroe? - perguntou Christina, educada.
- Alice Monroe? - assenti - Bom, de acordo com as informações que eu recebi, ela está sendo transferida de quarto... Foi um parto certo? - assentimos - O parto foi perfeito, ela e o bebê estão sendo transferidos para o quarto e após isso irão informar aos parentes sobre o nascimento, vocês são?
- Eu sou o namorado dela e ela é cunhada - respondi tenso.
- Ok, aguardem que daqui a pouco vocês poderão visitar-la - sorrimos.
- Obrigado - agradeceu Chris.
Chris pôs as mãos em meu ombro, me levando para a sala de espera novamente. Eu ainda não acreditava que meu bebê havia nascido, era uma experiência quase que indescritível, aliás, é indescritível. Assim que chegamos na sala de espera vazia, encontramos apenas Tom conversando com uma enfermeira.
- Eles chegaram! - disse ele, animado - Vamos ver o Sean? - perguntou Tom, ainda mais animado.
A enfermeira simpática nos levou até o quinto andar para podermos conhecer o pequeno Sean. Eu estava no auge da minha ansiedade, Chris até pediu para que eu ficasse em silêncio, pois havia outros pacientes, mas era quase difícil controlar a emoção que eu estou sentindo.
Quando a enfermeira abriu a porta, e eu apreciei aquela cena belíssima, meu coração pareceu saltar dentro do peito. Entrei antes de todos, indo beijar a minha namorada. Quando eu a vi com aquele sorriso radiante e os olhos brilhantes, eu não resisti. Ajoelhei no chão, para poder apreciar mais de perto aquele ser pequeno que Alice ninava nos braços.

Ele era tão pequeno, tão frágil, tão inocente.

Eu custava a acreditar que ele está agora com nós.

(...)

- Pai! - gritou Marie - O Sean roubou minha boneca! - gritou novamente.

Marie era a filha mais velha do Tom e da Chris.

Os dois - Marie e Sean - tinham a mesma idade, no dia em que Sean nasceu Chris teve uma crise de enjôos e descobriram a gravidez. Eu e Tom estávamos pulando de alegria pelo hospital, eu pelo meu filho ter nascido e Tom por descobrir que seria pai.
Lógico que após o nascimento dos dois, vieram mais filhos. Tom tem os gêmeos dele Loren e Diego - sim, nasceram gêmeos - e eu minha princesinha, Larissa. As mamães estão mais bonitas do que nunca, Chris após o casamento apareceu com um visual mais sensual, o que aumentou o ciúme do Tom e Alice continuou com a dança sensual pelas noites. Eu confesso que eu sentia muito ciúme, mas sabia que era o que ela gostava de fazer e...

Bom, todas as novas danças ela testava comigo antes de testar com os outros. Isso tinha uma grande, e bota grande nisso, vantagem.

- SEAN - gritou Alice, brava - LARGA ESSA BONECA AGORA - eu estava lendo quando Alice gritou na minha frente, era a forma de me provocar, já que ela sabia que eu mimava demais meus filhos e não conseguia dar bronca neles.

Sean tem seis anos, Marie cinco anos, os gêmeos três anos e Larissa seis meses. 


Com esses gritos Sean devolveu a boneca, antes mesmo que Tom aparecesse, já que o mesmo estava dando mamadeira aos filhos mais novos.
- Amor, da próxima vez eu te dou um tapa se ver isso e não dar bronca - disse Alice, agressiva.
- Deixa eles - disse eu, voltando minha atenção para a revista, esticando minhas pernas no mesinha de centro.
- Então, hoje você vai ficar sem a minha nova coreografia - disse ela, dando uma reboladinha.
- SEAN - comecei...
Apesar de tudo, formamos uma família feliz.

Cada um com o seu próprio amor.



Apenas sei que sem Alice eu não saberia viver.


FIM

Fonte: x

The Dancer - Capítulo 9 - Alice & Bill.

Já fazia cinco meses desde o divórcio.
Eu estava em plena depressão. Aprendi a viver com alguém e agora definitivamente só é quase que um tormento, é como voltar a um pesadelo que eu pensara nunca encarar. Eu só gostaria de me encontrar com Alice e dizer tudo que eu sinto por ela, pois está cada dia pior e mais intenso. 
Eu só gostaria de saber se ela sente o mesmo por mim, eu só eu que estou com essa obsessão maluca na cabeça.
Ela agora deve estar em LA trabalhando, aquecendo as noites dos homens, enquanto eu estou aqui em Hamburgo, sozinho mais uma vez e trabalhando, como sempre.
Os meios de comunicação já sabiam do meu casamento fracassado e quase sempre arranjavam um modo de me magoar dizendo que eu havia pedido divórcio por causa de traição ou amante gay, mas eu desmentia e dizia que a vida de casado era diferente da vida de namorado.
Quando tudo não parecia dar mais certo, eu contei para Chris sobre Alice e ela finalmente pode compreender o fator principal para o desabrochamento de nossos laços amorosos, logo desabafei e contei o modo como eu me sentia pressionado e ela disse que estava gostando de outra pessoa, ao questionar quem, ela me respondeu:

É seu irmão, Bill.

Minha auto-estima caiu literalmente depois do que ela me disse, e até que eles estão bem juntos, mas eu estou completamente só, ainda contanto com a sorte para encontrar alguma mulher como Alice que me deixasse apaixonado e que ficasse para sempre em minha vida e...

Que me fizesse feliz.

Agora eu estava gravando dois comerciais de moda com meu irmão. Ele seria inteiramente gravado num parque do centro da cidade, aliás, estávamos dando uma pequena pausa. Hoje, eu não estava num bom dia, me distrai muito e quase acabei com a gravação, Tom me disse que eu precisava viajar um pouco, mas eu não consigo!
Sentei-me num banco qualquer e fiquei observando a vista, fumando um cigarro qualquer que eu encontrei dentro da minha bolsa, quando uma mulher senta-se ao meu lado.
Observei-a de relance. Parecia ser uma boa mulher, ainda mais carregando a barriga de gestante, vestindo roupas de tons delicados e lendo revistas sobre bebês. Tratei de apagar o cigarro, em respeito a ela.
Continuei distraído, até que numa movimentação mais brusca dela para pegar algo dentro de sua bolsa, ela deixa a revista cair, eu educado, peguei a revista para ela. Assim que eu entreguei para ela, olhei para seu rosto.
Inocente, limpo de qualquer maquiagem, parecia mais um anjo do que uma mulher. Sem sombra de dúvidas, era Alice que estava ali. Ali. Bem do meu lado. O amor da minha vida. O motivo de toda a minha solidão. Alice. A mulher dos meus sonhos e dos meus desejos.
- Alice? - perguntei surpreso. Ela logo arregalou os olhos ainda mais surpresa.
- Bill? - assenti com a cabeça, ela sorriu e me deu o maior e mais sincero abraço que eu poderia receber de alguém.
- Nunca pensei que iria te encontrar novamente - respondi sorrindo com ela nos meus braços ainda - Você mora na Alemanha há quanto tempo?
- Desde que eu nasci, ué - brincou sorrindo - Eu sou alemã também, nasci em Magdeburgo, mas moro aqui por conta do trabalho. Aquele dia lá em LA foi numa turnê com o meu grupo de dança, apenas me ofereci para dançar a moda pinup, na sua festa - ela completou, eu assenti - Mas, nossa... Tantas coisas aconteceram! - disse ela, sorridente, voltando a sentar-se do meu lado.
- É, nem cite isso - disse eu, olhando para baixo, brincando com os dedos.
- O que aconteceu? - perguntou ela, curiosa.
- Você foi tão inesquecível para mim, que eu não consegui ser um marido dedicado e nem Chris uma esposa dedicada. Ela estava apaixonada pelo meu irmão e agora os dois estão namorando, e eu, bom, estou só novamente - respondi arrastando a voz como se fosse chorar a qualquer momento.
Olhei para ela, que estava com uma mão na pequena barriga de gestante aparente e com um sorriso bobo nos lábios.
- Se casou? - perguntei com a voz embargada.
- Não, eu ainda estou só - respondeu ela, sorrindo - Esse bebê aqui - apontou para a própria barriga - É fruto da nossa noite - arregalei os olhos.
- Então... É... Meu filho?! - ela assentiu.
Abri um sorriso imenso e ela só ficou ali com aquele mesmo sorriso me observando. Acalmei-me e ao observar-la, analisei os fatos. Ela estava solteira e eu também, nós estávamos desimpedidos! 

Então, eu a beijei.

Alice ainda tinha aquele gosto doce do primeiro beijo em sua boca, e experimentar-lo novamente foi o ápice de tudo. Ela era inesquecívelmente gostosa, era como uma droga para mim, eu não conseguia parar de beijar-la, só beijar-la e beijar-la.

Minha droga favorita.

- Alice... Alice - murmurei, enquanto estávamos com os rostos próximos um ao outro.
- Bill... - começou - Bill, eu nunca deixei de te amar - ela me deu um selinho carinhoso - Agradeci eternamente a Deus por deixar uma lembrança daquele que eu amei em mim... Comigo - eu não pude deixar de sorrir, o mesmo sentimento que eu tinha por ela, ela tinha por mim, isso era... O ápice da minha felicidade.
Beijei-a novamente como forma de carinho, demonstrando minha felicidade de ter um sentimento recíproco.Quando tudo parecia desabar, o destino me uniu a ela novamente, mas agora, com certeza, é para sempre.
- Eu te amo, Alice - disse eu, dando um beijo em sua testa.
- Eu também te amo, Bill - disse ela, sorrindo, como ela estava segurando minha mão, apenas selou um beijo nela.

(...)

Eu até consegui trabalhar melhor, depois do ocorrido com Alice. 
E como se não bastasse, já estava em todos os jornais e meios de comunicação uma foto minha e dela na praça, aos beijos. Mas disso eu já estava acostumado, e respondi as perguntas constantes sobre uma nova relação amorosa com um sorriso estampado no rosto, com orgulho. 
Meus últimos dias com ela foram tão magníficos, era como um sonho, meio surreal.

Mas ela estava ali, feliz, sorridente, realizada.
E eu estava ali, sorridente, feliz e realizado.

The Dancer - Capítulo 8 - Eu não consigo esquecer você.

Eu estava tão inseguro de entrar naquela igreja, como eu estive ontem antes de ir à festa de ontem.
Acordei pelas dez da manhã, sentindo a cama e o quarto vazios. Logo, o papel esbranquiçado chamou minha atenção, li-o e quase me desmanchei em lágrimas. Nem me despedi de Alice, só me lembro de ter sussurrado ao ouvido dela...

“Eu te adoro”

E depois adormeci.
Eu tomei um banho rápido, e chamei um táxi pedindo para que não provocasse alarde de onde eu estava eu não podia sujar meu nome em pleno dia do meu casamento. Cheguei a minha humilde mansão, tomei um belo café-da-manhã, enquanto meu padrinho-irmão dormia com algumas garotas, mas isso já fazia parte da minha vida há muito tempo. Ele disse que ia parar e ia procurar um amor, mas foi só chegarmos a LA que ele encontrou seu antro de libertinagem.
Meu terno estava pronto, somente esperando o momento certo para vestir-lo. Ele era fino, vindo diretamente da Itália feito pelos meus amigos-estilistas Dan e Dean. Eu já me imaginava dentro dele, mas somente para ir de encontro a Alice.

Minha doce princesa.

Como eu queria que ela fosse minha noiva.


- Como foi sua noite, Bill? - perguntou Tom, vestindo apenas uma bermuda qualquer, após ter dispensado suas garotas.
- Tão boa, quanto você possa imaginar - respondi, sorrindo. Nunca que eu esconderia de Tom, alguma coisa que acontecesse em minha vida pessoal.
- Uhm... Deixa-me apostar, você encontrou com a Christina e finalmente transaram?! - disse sarcástico.
- E ai que você se engana querido irmãozinho... Eu dormi com aquela dançarina de ontem, Alice - respondi deixando-o boquiaberto com cada palavra.
- Dormir de dormir ou dormir de transar? - perguntou ainda boquiaberto.
- A segunda opção. Ela é tão bela, tão sedutora... Quase gozei só de beijar ela - respondi com os olhos brilhando mordendo o lábio ao lembrar-se dos nossos beijos.
- Eita, então ela é boa mesmo?! Se eu não tivesse ficado bêbado ontem eu lembraria onde eu coloquei o telefone dela - me assustei - Aconteceu alguma coisa?
- Não nada, só lembrei que eu terei que ir ao cabeleireiro antes do almoço - respondi desanimado, tomando o ultimo gole de café.
- É meu irmão, assuma as suas conseqüências - sorri fraco.

(...)

Aqui estou eu, dentro da igreja aguardando pela entrada triunfal da Christina.

Agora não tinha mais volta.

(...)

- Bill - chamou Chris, sensualmente.
- Oi meu amor - disse eu, deitado na cama esperando por ela.
- Já estou indo - continuou com a entonação sensual.
- Tudo bem meu amor - disse sorrindo, eu prometi a mim mesmo que tentaria esquecer Alice a partir de agora.
Logo, Christina adentra o quarto - estávamos num hotel - vestindo uma lingerie rubra com os lábios pintados de vermelho, ali fora um tanto impossível se lembrar de Alice, mas tentei retirar-la da minha mente.
- Não gostou? - perguntou ela, manhosa após eu fazer a minha cara de desgosto ao lembrar-me de Alice.
- Gostei minha linda, você está linda, eu só fiquei surpreso - respondi carinhoso, abrindo os braços para receber-la, assim que ela chegou até eles abracei-a num doce beijo.
Estávamos numa troca de carinhos tão gostosa que eu não conseguia mais tirar Chris da minha cabeça, isso era ótimo, pois no fundo algo me atraia em Chris e isso estava e deve ficar mais forte, agora somos casados, temos todo um destino para construir juntos.
Chris começou a se despir e foi ali que eu pude perceber a mulher linda que eu teria pela primeira vez. Como nós nunca conversamos sobre sexo, a não ser o dia que ela me disse que seria após o casamento. Ela era bela nua, só mais delicada. Era como aqueles anjos nus que vemos naquelas fotos antigas, como os cabelos dela ainda estavam sob o efeito das ondas de um babyliss qualquer, davam-lhe ainda mais uma feição de menina inocente, um anjo.

Mas no fundo eu sabia que meu anjo era só Alice, só ela.

Eu estava com Chris fisicamente e com Alice em minha mente. O que ela poderia estar fazendo agora?


Mal sabia Bill que ela estava deitada na cama relembrando todos os lindos momentos que teve com ele, derramando lágrimas ao lembrar de que ele, aquele anjo, estava com outra se entregando assim como ela fez.


Eu daria o mundo para saber, mas eu tenho que me concentrar em Christina. Mas Alice pediu-me que eu tratasse Chris como eu tratei-a, era quase que uma promessa a cumprir, mesmo que por mais difícil que está sendo, eu iria ao máximo.
- Alice - murmurei, Chris me soltou imediatamente.
- ALICE? Quem é Alice? - perguntou ela, irritada.
Eu me assustei, havia chamado Christina de Alice!
- Que Alice, amor, eu não conheço nenhuma! - fiz de desentendido - Você conhece alguma? - tentei jogar a culpa para cima dela.
- Tudo bem - ela voltou a me beijar.
Após o desastre que eu acabei de cometer, eu não consegui mais beijar-la como estávamos antes, e infelizmente, após minhas tentativas falhas de continuar a noite, Chris percebeu que eu havia perdido todo e qualquer clima, e emburrada foi tomar banho.

The Dancer - Capítulo 7 - Na Varanda.

Essa noite é nossa - disse ela, quebrando o silêncio.
- Só nossa - toquei em seus cabelos, agora secos com uma aparência mais natural, nem tão lisos nem tão ondulados.
Aproveitei a forçada aproximação, para dar-lhe um breve beijo, aquele beijo que selava todo o momento vivido há minutos atrás.
Após o beijo, Alice se virou ficando de costas para mim, enlacei meus braços em seu corpo e ela acarinhou meus dedos, enquanto eu aspirava o perfume doce acentuado por conta das pequenas - quase invisíveis - gotas de suor que surgiam em todo seu corpo nu.
Surpreendentemente, Alice se levantou de meu colo, vestiu apenas minha camiseta, que em seu corpo pequeno ficou um pouco grandinha, colocou sua calcinha delicada. Com um breve sorriso nos lábios, ela caminhou até a enorme porta que dava para a varanda.
Como estávamos num ambiente vazio, eu decidi apenas por minhas calças e nada mais. Passando a mãos por meus cabelos lisos e úmidos, eu caminhei até o encontro dela, que estava linda na varanda, observando o luar com aquele sorriso meigo nos lábios.
Sorri também, enquanto caminhava até ela, para poder lhe abraçar.
- Nem acredito no que fiz - confessou, recebendo meu afago no pescoço.
- Muito menos eu - dei-lhe um delicado beijo no ombro, ela se arrepiou toda.
Ela se virou, ficando de frente para mim, brincou com os dedos em meus cabelos, rosto até os ombros nus. Esperei calmamente que ela fizesse todo esse ritual meigo, que eu estava apreciando, para poder selar mais um beijo em seus lábios.
Durante o beijo, segurei em sua nuca, enquanto sentia apenas suas mãos encostarem-se a minha cintura. Lentamente, ela foi fazendo um carinho em minha cintura, descendo as mãos até meus quadris.
- Vamos repetir? - propus, sussurrando ao ouvido dela, pois alguém poderia ouvir.
- Aqui? - perguntou ela, confusa com a voz sussurrante.
- É - respondi sussurrante.
- Bill - ela parecia relutante, mas era a minha última noite, eu tinha que aproveitar.
Tomei seus lábios com os meus de forma provocante e intensa para afastar qualquer vergonha de si, tudo bem, olha quem está falando. A varanda dá direto para a área onde existia uma piscina e todos os quartos estavam praticamente vazios, a parte de trás é fechada... Quem havia de atrapalhar esse momento tão repleto de adrenalina?
Após o beijo, senti a mão de ela abrir o zíper da calça, sorri, olhando para o ato sendo cometido. Depois que ela conseguiu abrir o zíper da calça, me agarrou para um beijo mais profundo e apressado, eu havia conseguido convencer ela e me sentia feliz e poderoso por ter conseguido isto.

Minha última noite seria inesquecível. 

O encerramento de minha vida atual, para unir-me a minha vida de cônjuge. Assumir minhas responsabilidades como esposo, assumir minhas responsabilidades como um possível pai, já que sempre Chris citou filhos...

Enfim, assumir toda uma vida de casado.

Não seria nada mal se Alice fosse minha noiva.
Alice é completamente diferente de Christina. Alice tem a alma mais aventureira, porém mais romântica. É objetiva, independente e acima de tudo feminina e carinhosa. Christina era tímida, conservada, mesmo sendo centrada, ela ainda desvia quando o assunto é objetividade, é independente, porém não muito feminina, seu conservadorismo esvai sua feminilidade.
Coloquei minhas mãos por dentro da minha camiseta, no qual estava sendo usada por ela, sentindo a pele quente, um pouco úmida devido ao suor do exercício feito anteriormente, mas quente o suficiente para transpassar para meu corpo, me dando sinais de que eu devia seguir em frente e apreciar daquela pele macia.
Continuei provando de seu gosto doce, enquanto com minhas mãos percorria dentro da camiseta, sentindo os seios belos e arredondados em meus dedos, amaciando-os carinhosamente provocando reações nela. Suas mãos acarinhavam minha nuca, ora remexendo em meus cabelos molhados, ora arranhando levemente meu pescoço.
Brinquei com suas sensações, recostando meu quadril no dela, fazendo movimentos obscenos, ela gemeu baixinho e eu apenas sorri realizado. Beijei sua clavícula, acarinhando seus quadris, Alice apenas suspirou alta e mordiscou meu pescoço.
Retomei para beijar seus lábios, encaixando sua perna esquerda em meu quadril... Já pronto para acabar com toda aquela doce tortura perversa. Penetrei-a vagarosamente sentindo cada pelo do meu corpo se arrepiar, sentindo seu corpo se encaixar com perfeição sobre o meu.
Os movimentos foram imediatos, eu não me agüentava mais e dependesse de mim passaria a noite inteira transando, ou melhor, fazendo amor com ela. Eu estava tão vidrado em beijar-la que não conseguia mais me concentrar em nada a não ser no prazer dado e sentido ali.
Alice não dizia nada durante ato, apenas gemia baixo cravando suas pequenas unhas em meus ombros nus. Apertei mais seu corpo ao meu, sentindo cada pedacinho dela aderir a mim. Aquilo era muito mais que sexo era a prova nítida de que amor à primeira vista existe e ele é mais lindo e mais puro de todos.

Eu não sei se estava amando-a ou amando o momento, afinal, eu nunca tive certeza sobre os “Eu te amos” que eu dizia para Christina.

Com poucos minutos, eu consegui atingir o ápice máximo daquela noite, assistindo-a também chegar ao ápice. Alice era bela fazendo essas feições tão sensuais, chegaria ao orgasmo só de assistir-la.

Como Alice era espontânea.

Eu amava a naturalidade que ela levava a vida. Não era como aquelas mulheres que vemos por ai, que são fabricadas, que praticamente são robôs que fingem ter uma vida que não tem... Alice era diferente.
Quando eu dei por mim, estávamos deitados na cama, abraçados prontos para adormecer. Ali foi a última vez que eu a vi, pois no dia seguinte ela não estava mais lá, apenas um bilhete dizendo:

“Desculpe Bill, eu preciso trabalhar hoje, mas eu queria muito continuar te observando o dia inteiro se fosse possível. Obrigado por transformar minha noite triste e tediosa, na melhor noite da minha vida. Eu me apaixonei por esta noite e daria o mundo para continuar com você, mas agora você tem a sua vida nova pela frente e faça tudo que você fez comigo com a sua esposa, garanto que ela vai se hipnotizar em você. Espero que um dia nos encontremos. Alice”

The Dancer - Capítulo 6 - Fazendo amor.

Na confusão de braços e beijos, eu sentia a necessidade de segurar-la colocando a mão em sua nuca. Eu sentia que cada vez mais ela se entregava a mim, e cada vez mais eu me entregava a ele, descobrindo e redescobrindo partes e sentimentos de mim que eu nunca sabia se um dia seria liberado.

O desejo era tão grande, que eu sentia que a qualquer momento eu iria ter um orgasmo só de beijar-la.

Suas mãos percorreram minha cintura, libidinosamente indo parar em minhas partes traseiras. Aproveitando a situação, rocei nossas intimidades, provocando pequenos gemidos dela e um arrepio doloroso nas regiões baixas. 

Eu acho que a provocação tem que acabar imediatamente.

Alice desligou o chuveiro, assim que conseguiu uma brecha para realizar o ato. Trocamos um doce afago carinhoso, tocando apenas nossos narizes e trocamos um selinho divertido cheio de repetições.

Como eu disse, eu não me importaria de passar o resto da minha eternidade beijando-a.

Pensei num modo de carregar-la até a cama. Eu queria fazer algo surpreendente como, carregar-la em meus braços até a cama, mas será que eu teria forças o suficiente para evitar um acidente duplo? 
Peguei-a nos meus braços como se fosse minha noiva, e a levei assim, rapidamente, para o interior do quarto. Trocamos alguns beijos e afagos durante o percurso, até chegarmos à cama, onde a deitei e deitei por cima dela equilibrando o peso de meu corpo para não machucar-la.
Durante o beijo, Alice percorreu suas mãos delicadas por entre meu pescoço até o meio de minhas costas, enquanto minhas mãos davam atenção especial para suas coxas. Não nos importávamos nenhum pouco o fato de estarmos molhando a cama com nossos corpos, aquilo de alguma forma dava certo toque especial ao ato.
Alice se remexia freneticamente abaixo de mim, roçando nossos sexos com freneticidade. Gemi algumas vezes, logo tentando parar para observar a expressão dissimulada que ela fazia. Alice era como muitas mulheres dentro de uma. 

Sensual, carinhosa, amiga.

Pausamos o beijo, e num momento mais doce, nos observamos. Ela acarinhou meu rosto com as mãos, sorrindo meigamente em cada ato que cometia. Eu não resisti em fechar os olhos e sentir a doçura de suas mãos.
Dei três selinhos e desci os beijos até o pescoço dela, mordiscando e sugando de leve, provocando gemidos quase que sussurrantes de sua garganta. Percorri meus lábios provando de cada pedaçinho de seu corpo até chegar aos seios.

Perfeições sinuosas da natureza, uma verdadeira mulher dos sonhos de todos os homens.

Brinquei com seus mamilos, provocando gemidos excitantes vindos diretamente da garganta dela. E como um viciado perto de uma droga, eu não consegui simplesmente focar meus beijos em seus seios e barriga, tinha que retornar a boca, selar todo meu sentimento em seus lábios, provar de seu viciante gosto.
Durante o beijo, percorri minhas mãos por suas coxas apreciando o leve tecido fluido da calcinha que ela usava. Nem tinha reparado na cor de sua peça íntima, mas de onde eu observei, parecia serem vermelhas. Retirei-a com delicadeza, apreciando cada área nua de seu corpo.
Alice surpreendeu meus atos brandos, me empurrando de forma que eu ficasse de pé a sua frente. Confuso, eu esperei por suas reações. Ela brincou com minha tatuagem na barriga, acarinhando com os dedos como se estivesse redesenhando-a.
Sorri quando ela puxou o elástico da minha cueca para baixo. Sussurrando, ela pediu que eu me deitasse na cama. 

Eu a obedeci.

Alice subiu em meu colo delicadamente. Nesse movimento, eu pude perceber seus cabelos longos e molhados caírem sensualmente pelos ombros dando-lhe um ar selvagem. Com as mãos afastei seu corpo do meu, como se eu estivesse pedindo por espaço. Segurei com uma mão em seu ombro, enquanto que com a outra usava para auxiliar meu membro a deslizar por dentro dela.
Enquanto deslizava calmamente para dentro dela, aproveitando cada pedaçinho dela, Alice fez uma expressão facial tão sensual que por tão pouco eu não havia chegado ao êxtase só observando toda a sua reação.
Quando lhe atingi seu limite, eu provei mais um de seus delicados beijos, enquanto seu corpo movia-se para frente e para trás lentamente. Aos poucos fui pegando o ritmo, sentindo pontadas fortes de um próspero orgasmo me atingir.
Estávamos envolvidos numa dança prazerosa com o objetivo principal do enlouquecimento um do outro. Envolvi meus braços em seus ombros, impedindo que ela encontrasse apoio nos meus, assim ela apoiou apenas em minha cintura, apertando minha pele com força, deixando possíveis marcas avermelhadas, mas isso não me importava. Não agora.
Procurei pelos seus lábios com urgência, inebriado por seu perfume, embebedado de prazer. Os movimentos ainda eram lentos, mas me atingiam como uma bala feroz. Meu coração palpitava rápido e as emoções estavam literalmente à flor da pele.
Alice fez um movimento mais profundo e parou. Aquilo me chocou completamente, pois minhas correntes elétricas do prazer foram mais fundas, e no fundo eu sabia que aquele era o sinal para que eu pudesse comandar o ato e acelerar o movimento.
Penetrei-a com mais força, recebendo um lindo gemido dela. Alice gritou algumas palavras incompreensíveis, enquanto eu tentava elogiar-la, mas as pontadas estavam tão fortes que quase eram capazes de retirar minha voz.
Selei em seus lábios mais um beijo meigo, e ao final do mesmo pude sentir que ela havia chego ao seu limite... Ao ápice. Vendo-a inebriada de prazer e pendendo a cabeça para trás arrastando um longo e baixo gemido, acabei por chegar ao ápice também.
Esbocei minha alegria, com um gemido, fazendo a sorrir. Ela encarou-me com seus olhos negros brilhantes e seus lábios vermelhos como se me chamasse para completar-los. Eu desejava-os, eu desejava-a.
Estávamos em silêncio.

Aquele era o momento para nos encararmos e recuperar nossos corpos do ato comedido anteriormente.

Alice deitou a cabeça em meu ombro, enquanto eu me retirava de dentro dela. Estávamos libertos um do outro, mas de algum modo conectados por algum sentimento. E eu não sabia que sentimento era, mas meus últimos desejos antes de me prender a Christina, é aproveitar ao máximo minha noite com a mulher que me fez sentir renovado, completo e feliz. 

The Dancer - Capítulo 5 - Tendo você.

A me ver, Alice sorriu meiga e me chamou com o dedo.


A água parecia estar quente e gostosa, algo que eu necessitava neste momento.
Caminhei até a mesma, sentindo o perfumado vapor d’água, invadir minhas narinas docemente. Alice colocou o pequeno sabonete branco dentro do suporte onde era apropriado (algo que eu gostava em hotéis, eram que os próprios já tinham cosméticos a disposição) e envolveu meu pescoço com delicadeza, enquanto colocava minhas mãos em torno da perfeita sinuosidade de seus quadris.
Suas mãos acarinharam minha bochecha, antes de aproximarmos para o tão delicado e desejado beijo. Nossos lábios moviam lentamente um ao outro, enquanto a água doce percorria nossos corpos com rapidez, dando um contraste magnífico.
Percorri minhas mãos de seus quadris até a curva de suas costas, sentindo a delicadeza de sua pele bem tratada. Subi um pouco mais as mãos até encontrar com o fecho de seu sutiã. Delicadamente, eu abri-o. Ela se afastou bruscamente, retirando com praticidade seu sutiã, jogando-o ao chão.
Senti curiosidade de ver seus belos e fartos seios, mas Alice não perdeu nenhum segundo do ato, invadindo minha boca com um beijo ardente, não me contive e a agarrei forte, sentindo seu tronco nu apertado ao meu.
Alice segurou minha nuca, empurrando a parte maior de meus cabelos, para poder mordiscar meu pescoço, causando-me grandes calafrios. Desceu os beijos e mordiscadas até meu peito, retomou ao beijo, entrelaçando nossas mãos. 

Aquele seria um momento romântico de união.

Ela pegou na minha mão, acariciou ternamente, a ponto de fazer-me sorrir com toda meiguice. Separou meus dedos, dois deles, e iniciou uma tortura, que me levaria à loucura em poucos instantes.
Dois pequenos beijos foram dados, me surpreendi, nunca nem ninguém que eu tenha tido relações sexuais antes dela, muito menos Chris. E nunca havia me passado na mente uma mulher usar uma parte do meu corpo (que não é meu membro) para se insinuar.
Ela sugou os dois dedos, fazendo o que eu senti - usando a imaginação - refletisse lá em baixo. Ela continuou sugando, só que agora ela dava leves mordiscados, um indevido gemido soou de minha garganta, ela sorriu e deu um beijinho na ponta de cada um dos dedos.
Entrelaçou uma mão na minha, indo surpreendentemente abocanhar um mamilo meu - justamente aquele sensível pelo piercing - brincando ora lentamente ora rapidamente com a língua até morder a argola, olhando fixamente para a minha cara de quem já está tendo um orgasmo.
Beijou a área que a própria deixou avermelhada, e beijou o oposto, agarrando as duas mãos em minha coxa, fazendo-me gemer alto e morder o lábio em seguida tentando ao máximo me conter. 

Mas não agüentei.

Não me contive, assim que ela deu sinais de que iria continuar, eu logo a empurrei para a parede gélida atrás de nós, beijando-a freneticamente. Nunca havia tido tanto desejo sexual por alguém, como estava tendo com ela.

Era como um sonho, uma realidade impossível de realizar.

Eu não sou de atacar ninguém assim, eu sempre trato a pessoa em questão com dedicação e carinho, mas Alice estava me provocando e eu não queria apenas fazer amor com ela... Eu queria sentir completa, entregue a mim... Ouvir meu nome sussurrado de forma sensual... As ondas de prazer percorrendo nossos corpos em fúria. Um misto de amor e paixão.

Queria ela inteira.

E não por egoísmo meu, mas eu a queria inteiramente só para mim.

Alice,

Só minha.

The Dancer - Capítulo 4 - Crazy.

Já tomou tequila? - perguntou, enquanto sentávamos na bancada do show bar.
- Nunca - respondi.
- Então, moço! - chamou, um homem mais velho com excesso de barba virou-se e ela continuou - Duas tequilas, por favor.
O homem pegou dois copos pequenos e uma garrafa velha de tequila, o cheiro do álcool já me embebedava. A bebida era forte e por isso tinha que ser tomada de uma vez só e era isso que me causava pânico.
As doses foram servidas, Alice tomou a sua de uma vez só, enquanto eu encarava o pequeno copo a minha frente. Tomado pela coragem inexpressiva, eu decidi tomar assim como ela.

O gosto era horrível, mas valeu a experiência da adrenalina que deu em mim.

Uma música começou a tocar. Algumas das garçonetes saíram de seus postos de trabalho, para dançarem em cima da bancada, Alice logo se animou e entrou no meio delas para dançar também.
Os homens surtavam com tudo aquilo, assim como há alguns minutos atrás, na apresentação da Alice no meu aniversário. 

A noite só estava começando.

As garçonetes começaram a molhar os homens com mangueiras de água e conseqüentemente a se molharem, a essa altura eu e Alice estávamos encharcados pela água.

Aquilo era uma verdadeira loucura!

Alice pulou da bancada, puxando meu braço para fora do ambiente. Assim que saímos encaramos aquele conversível vermelho no qual havíamos vindo. Alice tinha-o desde seus 19 anos (de acordo com o que ela me contou enquanto vínhamos para cá) e agora ela tem 22 anos, um ano mais velha que eu.
Ela acelerou o carro para uma direção desconhecida, eu já estava quase me apavorando com a velocidade adquirida, mas a adrenalina percorria em meu corpo ferozmente, e meu desejo era apenas de erguer meus braços e sentir a brisa da meia-noite chegando... Nada mais me importava.
Logo, ela estacionou bruscamente o carro em frente a um lugar fechado no qual o letreiro dizia “Hotel Paradise”. Provavelmente, um daqueles hotéis sombrios que vemos em filmes, pois a sua área externa era fechado e escuro, somente o letreiro iluminava o local.
Ela fechou o carro, checando a segurança da preciosidade - é assim que ela considera seu carro - e saiu, simultaneamente que eu. Ela caminhou completamente tranqüila para dentro do ambiente.
E eu acostumado passar estadias em hotéis luxuosos, e encarava pela primeira vez, um simples. Assim que entramos no ambiente, encaramos uma sala simples com um homem entediado, lendo uma revista qualquer atrás de uma bancada com um caderno e caneta a mesa, provavelmente para marcar os quartos e um chaveiro atrás com as chaves dos respectivos quartos. Ela pediu um quarto e estávamos a caminho do mesmo agora.

O número do quarto era 58, terceiro andar.

O quarto era tão simples quanto à fachada.


O espaço era pequeno, mas jeitoso. Tinha uma mesa redonda com cadeiras de madeira rodeando-a, as paredes beges contrastavam com o tom claro da cortina e das poltronas combinando apenas com o lençol da atrativa e aconchegante cama. Havia apenas uma porta aberta, indicando que era o banheiro, também simples, limpo e pequeno.
- Eu sei que não é o que você está acostumado, mas é o que eu posso pagar - disse ela, tirando a jaqueta, colocando-o na poltrona próxima a porta.
- Isto está perfeito, mas eu só não entendi o porquê de estarmos aqui - disse inocente. Ela gargalhou leve, mordeu o lábio e se aproximou perigosamente de mim.

Eu entendi aonde ela queria chegar.

- Eu prometi que fazia essa noite, a melhor da sua vida - disse ela, acariciando meus cabelos molhados.
- Acho melhor tomarmos um banho quente, antes que fiquemos doentes - disse eu, provocando-a.
- Uma boa idéia - disse sorrindo meiga.
Alice seguiu até o banheiro, pegou as toalhas e colocou-as na cama, enquanto eu retirava minhas roupas molhadas, logo com um puxão em seu vestido ela estava vestindo apenas suas roupas íntimas, e sem se importar com meus olhos hipnotizados em suas curvas femininas ela caminhou para dentro do banheiro, e dentro do mesmo, chamou por mim.
Tirei meus calçados e logo eu já estava como ela, apenas vestindo peças íntimas. Segui para o banheiro, encontrando-a debaixo do chuveiro.

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