sexta-feira, 9 de março de 2012

The Material Girl And The Rock Stars - Capítulo 30 - BOMBA!

Sem contar os dias que me faz morrer sem saber de ti, jogado à solidão. Mas se quer saber se eu quero outra vida ? não, não. Eu quero mesmo é viver  pra esperar, esperar devorar você.

 PDV DIOGO ##ON## CONT.

‘ela não pode ter me deixado, não pode’, pensava enquanto me abraçava com o corpo inerte de Victória, Isadora estava mais desesperada do que eu, andava de um lado pro outro tremula, ninguém havia pensado outra coisa... Tay, estava chorando compulsivamente, Tom estava perplexo demais e Bill tremia mais do que vara de bambu, sua maquiagem estranha e escura já estava toda borrada, e ele estava mais pálido do que uma pessoa normal.. se é que ele era normal.. fiquei abraçado ao corpo de Victória até a ambulância chegar, foi lá que eles dera a noticia que nos alivou em parte.. ela não havia morrido, mas estava em sério risco. Ainda próximo ao bar ela foi imobilizada e colocada na maca ainda incosiente.

Nem olhei pra trás, apenas joguei a chave do carro pra Isadora e entrei na ambulância, minha camisa ainda esatava com eles, mas naquela hora o frio era o de menos. No caminho pro hospital ela havia aperto os olhos, mas mal se mexia, eles foram rápidos, mas eu ainda estava muito abalado, eles me deram o mínimo de informação possível, o que me deixou pior ainda, vê-la naquele estado me quebrou em pedaços, foi como vê-la e ouvi-la gritar depois de ter sido deixada pelo cara estranho... até que chegamos lá ela já havia sido entubada, seus olhos haviam se fechado novamente, era muito desesperador, corri juntos com eles pro interior do hospital, mas não me deixaram passar pela porta onde ela havia entrado.

Demorou um pouco até que Isadora chegasse lá também, mas ela não havia vindo só, ela trouxera os três com ela...eu estava sentado no chão proximo a porta quando uma mão fria tocou meu ombro, olhei pra cima e vi o rosto manchado de vermelho de Isadora.

– toma, veste sua camisa, Di... – ela falou

– ta – falei pegando a minha camisa de sua mão e me vestindo.

– como ela está? – a ruiva perguntou

– estável, foi só o que me disseram – falei me levantando

Fomos todos sentar no sofá próximo a recepção, estávamos todos juntos, unidos, perto um do outro, tudo isso por Victória, não havia dialogo, eram só nossas respirações, ficamos naquele silencio mortal por quase uma hora até que um medico de meia idade entrou com um pano nas mãos.

– boa noite, eu sou Josef Stell, médico de plantão. Com quem falo pra dar informações sobre a paciente?

– eu sou o namorado dela – falei vendo Bill e Tom me olharem e peguei as coisas de Victoria no pano.

– sua namorada está bem, Sr. Está fora de perigo, mas vale ressaltar que o que ela teve foi grave – ele falou nos avaliando.

– o que ela teve doutor? – perguntei angustiado

– ela teve uma overdose de cocaína – ele falou nos olhando sériamente.

– O QUE? – falamos juntos

  não sabemos como foi, só podemos deduzir coisas, pode ter sido inalada, colocada em sua bebida.. não podemos afirmar nada. – ele falou – ah,só mais uma coisa.. não conseguimos salvar o bebê, eu sinto muito..

– bebê? – eu havia escutado direto? Fiquei totalmente confuso.

– sim, Sr. Sua namorada estava grávida de 9 semanas.. se o senhor quiser vê-la agora, é só me acompanhar – ele falou virando-se de costas.

Deixei pra pensar depois, eu queria vê-la, toca-la, corri atrás dele sem olhar pra trás, cheguei a porta do quarto e desinfetei minhas mãos, entrei e a encontrei totalmente sedada, fiquei por horas acariciando sua mão,ela estava tão fria, sua boa estava arroxeada pela força que eu havia feito. Lá pelas duas da manhã eu fui ao corredor e todos ainda estavam lá... Bill jogado em um sofá, a ruiva no colo do Tom e Dora sentada abraçada com os joelhos, ela levantou e me abraçou quando me viu, retribui o gesto.

– Isadora, pega o carro e vai pro hotel, descansar... eu vou ficar aqui – falei pra ela

– você vai ficar bem?

– vou... vou ficar bem

– eu vou.. e ligo pro André assim que chegar lá – ela falou

– não.. – falei rápido – não fala nada, eu resolvo isso aqui.

– Diogo, ele precisa saber!

– eu disse que não, Dora... Victória é minha responsabilidade – falei me alterando.

– Di, a culpa não foi sua..

– mas ela tava comigo, mão fala nada, deixa que eu ligo e falo quando ela acordar

– você vai mentir pra ele não é? – ela perguntou irritada.

– eu a amo, Isadora... e eu não vou mentir.. eu vou protege-la do que pode acontecer.. eu só vou omitir alguns fatos – falei olhando-a nos olhos.

– Diogo, ela tem que aprender com os erros e as conseqüências, desse jeito ela nunca vai amadurecer... – ela falou brava

– ela já amadureceu, eu já percebi isso.. agora, como amiga dela... fica calada... se você quiser depois nos desminta, mas agora não, por nós! – falei serio.

– tudo bem.. tudoo bemm.. até logo.. e qualquer coisa, me liga! – ela falou e se foi

Ela pode até ter ido, mas deixou mais quatro famosos me olhando na sala do hospital.

– vocês querem saber mais alguma coisa? – perguntei cansado, a ruiva olhou pros irmãos depois falou.

– desculpa a franqueza... mas eu não te conheço... só que.. eu queria saber como é que você deixou ela fumar e beber grávida? – ela enfatisou a ultima palavra.

– eu não sabia... – falei.. ‘e não era meu’ pensei olhando pra ela – e acho que Victória também não sabia..

– oh.. desculpe – ela falou e voltou pro colo de Tom. Ficamos em mais um breve silêncio e ela falou novamente. – me dêem licença, preciso de um café – ela falou acenando com a cabeça pra mim, e retribui o gesto.

– você vai ficar bem? – Tom perguntou pro irmão.

– vou.. pode ir – ele respondou aéreo.
Quando eles se foram eu continuei encostado com o pé na parede olhando o cara estranho que freneticamente fazia as contas, balançava os dedos, e murmuravam meses, ele balançava a cabeça, até que depois de quase dez minutos naqueles atos, ele levantou a cabeça e colocou a mão na boca, eu levantei uma sobrancelha pra ele... ele tinha entendido.

– era meu? – ele me perguntou murmurando

– tudo indica que sim – falei serenamente

– gosh! – ele falou ficando em silêncio logo em seguida... ficamos calados por um bom tempo, até que ele voltou a falar – obrigada por ter cuidado dela, por protegê-la quando eu quase a matei – ele terminou

– não me agradeça... ela me chama, é como um imã... o meu amor por ela é algo isano, ela me ama.. se é isso que você quer saber... mas infelizmente não é do mesmo modo que ela ama a você! – falei desabafando.

– Victória tem um coração muito grande, muito bonito – ele se derretou e voltou a ficar calado... levou novamente mas um tempo até que ele falasse novamente. – ninguém sabe como foi difícil ter que deixa-la, ter que ver ela com você, ter que mentir pra ela – ele falou bufando.

– não foi muito diferente pra ela... no hospital quando ela acordou e leu aquela carta, foi horrível, parecia  que o mundo tinha acabado, e as noites que eu passei na porta do quarto dela do lado de fora ouvindo ela gritar e chorar com um medo absurdo de que ela fizesse alguma coisa, mas ai teve o dia que ela abriu a porta do quarto e me deixou entrar, ela estava um caos, parecia um bebê  precisando de colo – desabafei, e ele se encolheu com  a verdade

– eu sinceramente não queria que ela sofresse, eu pensei que fosse o melhor pra ela, mas pelo visto eu só piorei a vida dela, você sempre teve razão... eu fui erro na vida dela – ele falou triste

– olha, cara... me desculpa por tudo aquilo que eu falei no hospital, eu tava nervoso.. entenda que ela é o meu mundo – falei

– tudo bem... eu entendo, eu também falaria coisas como aquela, se não piores... eu me arrependo muito por tê-la deixado.. mas me diz.. ela está feliz?

– ela está feliz, pelo menos é o que eu acho, é o que parece, mas sinceramente isso você vai ter que perguntar a ela – falei

– ela não quer nem me ver pintado , eu menti pra ela – ele sorriu amargamente.

– eu vou falar com ela – falei

– por que? Como você consegue?? É um castigo ou você espera sinceramente que ela me mande pra longe? – ele falou e eu ri.

– não é fácil.. mas também não é uma tortura... e se ela quiser te mandar pra longe eu vou ficar imensamente feliz, mas se ela te quiser, eu vou aceitar, porque eu a amo – falei

– eu não conseguiria... eu sou extremamente egoísta... eu não teria toda essa força.

– eu também não sei se eu tenho... mas me dá o numero do teu celular que eu te ligo pra ti ir até o hotel

Ele me deu o numero do celular dele e anotou o meu, ficamos em silencio logo depois, ele ficou olhando pro meu celular uma foto do papel de parede com uma foto minha abraçando e beijando Victoria.

– vocês ficam bem juntos – ele falou apontando o celular.

– somos normais, diferente desse seu jeito estranho – falei fazendo-o rir, mas logo ele ficou sério novamente.

– você deixa eu vê-la? – ele perguntou

– só se for pelo vidro... não quero que você me roube ela agora – eu falei rindo

– eu ainda não tenho esse poder – ele falou rindo – mas eu aceito...

– você segue o corredor em frente, dobra a direita, depois segue reto e direite novamente.. vai lá... vou beber um capuccino – falei estendendo a mão pra ele.

Ele apertou bem na hora que o irmão dele apareceu na porta do corregdor seguido de sua namorada, eu o cumprimentei com a cabeça e ele me respondeu igualmente. Fui lentamente pra lanchonete, ao chegar pedi um capuccino duplo com  chantili e me sentei em uma mesa isolada, eu tinha que me preparar pro inevitável... ela o amava mais do que a mim...


PDV DIOGO ## OFF ##


PDV BILL ## ON ##


Passei por Tom e Tay sem nada dizer, a coisa mais importante agora ela vê-la, quase corri pelo caminho que Diogo tinha me descrito, cheguei ao vidro e a vi tão indefesa, tão machucada por dentro e por fora e não tive como contar as lagrimas que se formaram nos meus olhos... novamente por minha culpa... se eu tivesse assumido tudo desde o começo, se eu fosse menos medroso, menos impulsivo, se eu não tivesse mentido...

Me lembrei do que Diogo havia dito, de como ela havia ficado... coloquei a mão no vidro como se pudesse toca-la, lembrei do que o médico havia dito... um bebê... por mais que eu fosse novo demais... aquilo tinha me deixado eufórico.. mas ela havia perdido.. ele não existia mais.. e derrepente eu pulei de susto..

– porraa.. vai matar outro de susto – falei

– desculpa... ta tudo bem com ela? – ele perguntou

– aaham... Tom?

– fala...

– ela tava grávida – eu falei

– eu ouvi.. 9 semanas...

– sabe o que isso quer dizer?

– que ela não perdeu tempo, e fez um filho quando você a deixou?

– como você ousa, Tom?? Ela nunca faria isso...

– desculpa mas é que eu não queria vê-la com aquele cara...

– supere isso... a culpa foi minha.. toda minha.. e ele não é tao ruim assim..

– humpf..

– esse bebê era meu! – falei olhando pra ele

– como é? – ele me perguntou incrédulo.

– exatamente isso.. 9 semanas... faz as contas ai... dois meses e uma semana.. bem perto da ultima vez que eu estive com ela.. e a camisinha tinha estourado...

– nossaaa.. eu fui tio por um curto período – ele falou sacudindo a cabeça.

– ai meu deus... – revirei os olhos..

– gente, desculpa atrapalhar... mas é melhor irmos.. já é tarde..e nem vai adiantar ficarmos aqui – Tay falou

– é Bill, voltamos amanhã.. – Tom falou

– não vamos voltar... só quero que ela fique bem...

Coloquei a mão no vidro novamente, como se eu pudesse tocar nela.. olhei-a demoradamente e fui embora atordoado com a minha quase paternidade... e pensando em como meu vinculo mais do que forte com ela tinha sido quebrado...’será que um dia nós vamos voltar as boas??’


PDV BILL ## OFF ##


Era tudo muito barulhento, foi como se um fogo tivesse tomado conta do meu corpo, como se meu coração fosse se partir em milhares de pesaços, apertando e batendo forte, procurei falar mas não consegui, eu não via mais Diogo... e derrepente não manadava mais nos meus sentidos, tudo tornou-se choque...

Acordei com uma dor de cabeça, em um lugar com cheiro estranho.. parecia álcool... quando consegui mexer meus dedos, senti uma mão na minha, abri os olhos e virei a cabeça... Diogo estava ao meu lado dormindo, olhei ao meu redor e vi os tubos, aparelhos, o quarto verde, pigarrei pra limpar a garganta...

– Diogo?  Amoor... falei apertando sua mão suavemente e ele se mexeu atordoado.

– Victória – ele falou beijando minha mão.

– eu acho que a minha vida é pedir desculpas, não é? – perguntei tristemente.

– eu acho que sua vida é tentar me pirar – ele falou passando a mão no meu rosto.

– eu quero ir embora daqui... me tira daqui?

– vou providenciar isso.. mas nós temos que conversar serio, meu anjo... e agora

– sobre o que amor? – perguntei me preparando pro que vinha..

– overdose, Victória... você teve uma overdose... como? – ele perguntou..

– eu não sei – ‘claro que eu não vou falar’, pensei – eu tava fumando e coloquei meu copo na mesa, e depois discuti com Bill – falei com vergonha – depois voltei e bebu...

– tem certeza? – ele perguntou

“que droga... vou ter que mentir mais” -  pensei.

– claro que eu tenho... – falei começando a chorar – ta duvidando de mim?

– não... eu não to amor... – ele falou limpando meus olhos – agora outra coisa... super séria,.. mas é mais um comunicado..

– ta me assustando.. Di... fala logo..

– você sabia que você tava grávida?

– o que? – perguntei fazendo os monitores apitarem

– calma... calma, Victoria... por favor.. se não eu não falo o rsto.. – e eu tentei me acalmar – você estava grávida de 9 semanas – ele falou – dois meses e uma semana.

– eu não sabia... – consegui falar.

– eu sei.. – ele afagou a minha mão.

– mas isso não me faria voltar pra ele... eu não falaria.. eu teria sozinha – falei como se precisasse de uma confirmação.

– não, você não teria ele sozinha... porque ele seria o meu filho – ele falou me beijando. – sabe quem tava aqui vendo você? – ele mudou de assunto.

– não.. quem?

– além da Dora, a namorada do Tom, o próprio Tom e o Bill – ele falou

– você deixou? Digoo.. deixou Bill me ver?

– deixei.. – ele falou serenamente.

– isso é um castigo, não é? – perguntei voltando a chorar.

– meu anjo.. é só um jeito de te mostrar que eu te amo... tanto pra você quanto pra ele – ele falou com um sorriso que me fez chorar.

– você pode pensar que não, Diogo... mas eu te amo! E não é como irmão.. eu te amo como pessoa, como homem.. – falei fazendo os aparelhos dispararem.

– shiii... eu fico muito feliz em ouvir isso de você, mas eu nunca duvidei disso, e a prova eu tive essa noite... no seu delírio foi o meu nome que você chamou, o meu... e não o dele... Victória, entenda que sempre que você precisar de um porto seguro eu vou ser o seu, você é o meu sol – ele falou beijando minha mão.

Postado por: Grasiele

The Material Girl And The Rock Stars - Capítulo 29 - Hush, Hush

 
PDV TOM ##ON##

Eu havia reconhecido aquela amiga dela, linda claro.. como esquece-la? Eu mandei um beijo pra ela por telefone.. Dora.. seria esse o nome dela? Eu tinha que ver com meus olhos, Vick estava com uma aparência abatida, me doía tanto quanto ver Bill sofrendo pela atitude dele, eu demorei a conseguir sair, quando sai, vi uma cena que agradeci aos céus por Bill não ter vindo atrás de mim. Vick estava aos beijos com aquele cara marrento que eu tinha visto no hotel e o mesmo que gritava com Bill no hospital... mas eu tinha que fazê-la parar... então resolvi chamar pela amiga dela..

– Dora? – chamei vacilante.

– euu! – ela falou se virando confusa

A cena que se seguiu foi muito rápida, enquanto eu chamava a amiga dela, e ela se agarrava com aquele cara, ela desfaleceu nos braços dele, caindo lentamente.. ele se assustou assim como eu, vê-la cedendo ao chão, eu corri em direção a eles... e falei com a amiga dela..

– ela ta bem, Dora? – perguntei assustado.

– aaãhm... não seii – ela falou atordoada.

– vocês estão em que hotel? – perguntei.. o cara colocava Vick ainda desmaiada no carro, e Dora olhava agoniada pra mim e pro carro, o cara entrou no carro e ligou o carro, acelerando impaciente..

– me desculpe.. tenho que ir mesmo – ela falou e entrou correndo no banco de trás onde a minha ex – quase cunhada estava desmaiada..

Eu vi o carro partir rapidamente, fiquei quieto digerindo aquilo tudo, como ela pode ter feito isso? Eu pensei que ela amasse meu irmão.. ela já tava namorando com outro e ele desprezando o sexo que a gostosa da Nicolle oferecia pra ele?? ‘ que a Tay não me pegue pensando nisso, mas eu aceitaria’– pensei sacudindo a cabeça negativamente. Voltei à área Vip e Bill ainda estava meio abalado, mas não ousei falar a cena que eu tinha visto lá fora, isso acabaria mais ainda com meu irmão..


PDV TOM ##OFF##


Me lembro que nem havia chegado a desgrudar dos lábios de Diogo, só ao ouvir aquela voz familiar atrás de mim desmaiei... quando acordei estava no carro em movimento, no colo de Isadora que me olhava preocupadamente...

– ela acordou, Diogo! – ela falou alto e ele brecou o carro pra encostar no acostamento

– meu amor... você ta bem?... fala comigo! – ele falou todo preocupado saindo do carro e abrindo a porta perto de mim

– eu to bem, agora eu to bem! – falei meio grogue

– Isadora... dirige o carro – ele falou me pegando no colo.

Isadora prontamente saiu pro banco do motorista, e acelerou o carro, Diogo me apertou em um abraço e me beijou docemente os lábios, ele me embalou como um bebê... não me atrevi a perguntar o que aconteceu depois que desmaiei..

– você não vai mais beber, não vai mais fumar... eu não posso mais permitir isso, eu não posso falhar... assim você me deixa triste, Victória... eu tento te deixar inteira e você faz isso... não.. não – ele murmurava rapidamente me balançando nos braços.

– desculpa, Di... – falei começando a chorar..- desculpa Dora...

– shiii.. não chora meu anjo! – já passou..

– é sim, amiga.. ta tudo bem agora.. só que eu não sabia que aquele cara me conhecia – ela falou pensativa.

Olhei nos olhos de Diogo... estavam preocupados , mas eu percebia, eu sabia que ele queria ouvir aquilo de mim, e ainda olhando nos seus olhos azuis respondi a Isadora...

– eu não quero saber dele, Dora! – falei sendo beijada logo em seguida por Diogo.

Já cheguei ao hotel dormindo... eu acho que o que tive pude chamar de sonho... haviam sons, e a voz rouca familiar de Tom ao longe comigo... ‘não perdeu tempo, não é?’... e eu respondia gritando. ‘eu fiz o que ele quis... não me culpe...’... e eu via o vulto de Bill atrás de Tom com Nicolle, Tom olhava pra trás e depois pra mim... ‘seja feliz então, cunhada’... ‘eu to tentando’.. falava vendo eles virarem fumaça...

Acordei assustada e uma música lenta e baixa tocava dentro do quarto, sentei lentamente na cama e olhei meus trajes... camisa do moletom de Diogo e um par de meias rosas, desci da cama e chamei por Diogo que não respondeu.. ouvia vozes do lado de fora, então fui em direção a ele a abri lentamente... vi Diogo só com a calça do moletom e meias, de frente pra Isadora que passava a mão em seu braço, depois em seu peito, ele olhava pra e ria... a leoa dentro de mim rugiu e eu bati ruidosamente a porta. Não demorou muito pra que Diogo viesse atrás de mim no quarto me procurando...

– Victória? – ele falou alto

– aquiii – respondi no mesmo tom..

Diogo demorou um pouco até entrar no banheiro e me encontrar com os cabelos presos em um rabo de cavalo, sentada no marmore da pia, ele ficou parado na porta me olhando...

– vomitou? – ele indagou

– não... vem cá? – chamei ele com a mão como uma criança

Ele andou silenciosamente até mim e parou próximo a mim, eu abri minhas pernas e o puxei pro meio delas, ele me olhou confuso e esperou silenciosamente pelo que eu ia fazer... eu o encarei seriamente e aproximei nossos rostos, os olhos dele quase não piscavam, era uma cor linda de perto, então iniciei um beijo calmo, que foi correspondido... nossas línguas se tocando docemente, a mão dele passeava no meio dos meus cabelos, passei a mão pelo seu pescoço e coloquei fogo em nosso beijou, Diogo adorou e me apertou contra seu corpo, sua mão desceu pra minha costa, e eu puxei e chupei de vagar seu lábio inferior, e ele se afastou gentilmente de mim se encostando na parede fria do banheiro... aquilo deveria ter mexido com o libido dele... seu rosto estava vermelho, e seus olhos dilatados e mais azuis do que o normal... eu o queria...

Andei até ele e o beijei novamente, com a mesma intensidade de antes, ele me encostou na parede fria me fazendo estremecer, passei a mão pelo seu pescoço, e ele passeava com as mãos pela minha coxa, me puxando pra ele, sua boca passeava pelo meu pescoço e do pescoço pra minha boca, ele me fez entrelaçar as pernas ao redor de seu quadril me prensando contra a parede, ele ofegava com a liberdade nova que eu dava a ele, deixei que sua mão passeasse por meu corpo, quando eu deixei que sua mão entrasse em minha calcinha foi a minha vez de ofegar, eu queria que ele me tocasse, era um toque totalmente diferente do... me obriguei a não pensar.. eu estava tentado viver sem ele...quando seu dedo me penetrou eu o arranhei e gemi, foi o suficiente pra ele me colocar de volta no chão e se virar de costas pra mim, ele não queria me deixar ver o que eu já tinha sentido crescer nas minhas pernas.

– já chega – ele falou recuperando o fôlego.

– eu não quero parar – falei passando a mão em sua costa e vendo seus pelos se arrepiarem

– Victória... não... é o Maximo que eu agüento – ele falou se afastando de mim.

– eu quero te dar mais, Diogo... ta na hora – falei indo pra frente dele e o olhando nos olhos.

– Vick... – ele me chamou como Bill me chamava, respirei fundo – esse é um passo muito grande – ele falou respirando fundo e passando a mão no meu rosto.

– e eu quero dar esse passo com você – falei pegando sua mão. – Vem.. pega a sua Vick – falei colocando a mão dele em minha cintura.

Diogo fechou os olhos e me beijou, retribui calorosamente, ele passeava com as mãos na minha coxa e eu pulei em seu quadril, entrelaçando minhas pernas em sua cintura, ele me beijava com tesão e eu tentava responder a altura, ele me levou naquela posição pra cama, me deitou gentilmente e sustentou seu peso sobre mim e me olhou como um diamante enorme, eu o puxei e o beijei, forçando a mim de lembrar que eu seria feliz com ele, quando ele parou pra tomar ar, voltou a me admirar, passei a mão em seu rosto, e ele fez outro gesto familiar pra mim, virou a cabeça e beijou a palma da minha mão... eu respirei fundo.. eu não podia fazer isso... eu tinha que tira-lo da minha cabeça... mas era tão difícil... ele entrelaçou nossos dedos logo em seguida e sussurrou em meus lábios ‘eu te amo, Victória’ ele me beijou ternamente... eu não pretendia responder mesmo, eu também o amava, aquilo era uma prova, mas o meu amor por Bill ainda era algo muito maior... suas mãos foram gentilmente tirando minha blusa, Diogo passou alguns minutos me olhando naqueles trajes .

Quando eu corei, ele riu e me beijou, sua mão sutilmente abriu meu sutiã, cada peça de roupa que ele tirava sua cara de descoberta me excitava, sua mão passeava pelos meus seios, ele me beijava quando nos mexíamos frenéticos.. ele parou e foi ao banheiro.me sentei na cama atordoada, ele voltou e com uma camisinha na mão e aumentou o volume do som....


Uh Uh Uh Ohh Yeah. I never needed you to be strong. I never needed you to be pointing out my wrongs. I never needed pain . I never needed strain. my love for you, was strong enough you should have known.  I never needed you for judgement. I never needed you to question what I spent. I never asked for help. I take care of myself, i don't know why you think you got a hold on me, and it's a little late for conversations, there isn't anything for you to say and my eyes, hurt hands shiver, so look at me and listen to me… Because, I don't want to stay another minute , I don't want you to say a single word, hush hush ….


– diz pra mim como você quer! – ele falou com a camisinha na mão...

– faça do seu jeito – falei me levantando e indo semi-nua ao encontro dele.

Peguei a camisinha da mão dele e abri, ele pegou e colocou rapidamente, depois me tomou nos braços e me deitou novamente na cama, tão gentilmente quanto seus beijos em meu pescoço ele tirou minha calcinha, e ali mesmo recém deitada Diogo me possuiu vagarosamente, ele era forte, mas gentil me fazendo gemer e agarrar o travesseiro. A voz de Nicolle cantando ecoava pelo quarto, e eu me concentrei em Diogo, seus movimentos eram fortes e precisos, suas mãos passeavam no meu corpo, eu o arranhava, fazendo-o gemer um pouco alto, riamos as vezes, os movimentos ficaram um pouco mais fortes, e eu o arranhava com vontade gemendo em seu ouvido, cheguei ao orgasmo primeiro que ele.

– nossa... Victória... o que é isso...? .. nossaa.. ta me apertando – ele falava ofegante e gemendo alto logo em seguida chegando ao orgasmo.

Ficamos deitados do lado do outro por uns minutos, Diogo não tirava os olhos dos meus, passava a mão docemente em meu rosto, depois de recuperados, ele vestiu a cueca dele e me deu um beijo terno na testa e foi a mesa, demorou um pouco e voltou com uma bandeja cheia de comida.. torci o nariz e ele riu, sentou ao meu lado e beijou minha testa novamente..

– sabia que foi a visão mais fofa que eu já vi de você, vindo com uma bandeja na mão e de boxer preta? – falei rindo e o beijando

– rá! Garanto que não é mais do que ver você enrolada nesse lençol – ele falou rindo de lado – agora... não enrola... come tudo isso ai! – ele falou me entregando a bandeja.

Me obriguei a comer tudo,  empurrei tudo lentamente esperando um brecha pra não comer, mas ele não saiu de perto de mim, assim que acabei, Diogo sorriu triunfante pra mim, ele tirou a bandeja da minha frente e colocou ao lado da cama, e eu o puxei e me aninhei em seus braços, o cansaço me dominou e eu já nem ligava pra música que tocava, beijei seu pescoço e logo dormi em seus braços.

Depois daquela relação de entrega, Diogo me mimava mais do que antes, no quarto dia fomos de carro a Berlim, era apenas meia hora de carro de Frankfurt pra lá... íamos na melhor boate de lá, eu estava vestida com uma meia calça grossa preta e um vestido meio largo de couro vermelho sangue, assim como as botas que eu usava, Isadora usava calças jeans escuras e uma jaqueta amarelo sol combinando com a sua bota, Diogo estava impecável todo de preto com calças jeans e blusas de mangas compridas, seus únicos brilhos além de seus lindos olhos e seu sorriso deslumbrante, era seus anéis e brincos...

Seguimos em silencio até lá, na entrada haviam muitos fotógrafos, eu nem sabia o motivo.. se eu soubesse... tiramos algumas fotos, fiquei sabendo depois que não eram qualquer mortais que conseguiam entrar naquela boate, Diogo nos levou até a nossa mesa na área Vip, logo depois de ter nos acomodado, me levantei pra olhar o movimento e fui seguida por eles, e demos de cara com um velho conhecido nosso do Brasil...

– eeei, você anda me seguindo, não é? – perguntei rindo e apontando pra ele.

– eu? Nãoo.. acho que é você que me segue! – ele falou rindo

– beleza, Luque? – Diogo falou rindo e pegando na mão dele

– beleza Diogo! Oláá Isadoraaaa – ele falou rindo pra ela

– olá meu amoor.. – ela falou rindo – ta aqui a passeio?

– não, não.. agora eu moro aqui – ele falou casualmente..

– nossaa.. que legaal – falei sendo abraçada por Diogo.

Luque não ficou sentado com agente, ele tinha uma mesa um pouco mais reservada lá pra trás do bar, Diogo havia maneirado no rigor e me deixou beber whisk com energético, eu me divertia dançando ‘she wolf’ na frente de Diogo que me olhava maliciosamente no refrão da música e ria, quando me virei rindo eles chegaram... Nicolle segurava a mão de Bill e Tom a de Tay, Bill congelou ao me ver com Diogo. O clima fico meio tenso... a batida havia mudado... tocava ‘elevator’ do Flo Rida e Tom não olhava com uma cara muito amigável pra mim e pra Diogo, ao contrario dele que o olhava de modo superior, quando andei tremula e pálida em direção a Diogo o abracei como uma criança que se escondia de um bicho feio, ele me olhou e passou a mão no meu rosto e sorriu. Assim eles passaram por nós e sentaram umas 3 mesas a nossa frente., na hora segurei a mão de Diogo.

– será que eu já posso enlouquecer ou devo apenas sorrir? – perguntei nervosa

– ninguém aqui vai enlouquecer – ele falou docemente.

– vamos embora? – pedi suplicante

– você quer fugir? – ele me olhou ficando sério. – você ainda o ama.. e é maior do que o que você sente por mim... isso não é errado, meu anjo – ele falou

– eu.. eu... não quero confusão... e eu te amo Diogo ... do meu jeito, mas amo. – falei

– ninguém aqui vai arrumar confusão, eu prometo – ele falou sério.

Esperei Isadora voltar do bar pra poder sair pra fumar, quando levantei fui seguida pelos olhares de Diogo e dos gêmeos.. fui em direção ao bar da area vip, quando coloquei o cigarro na boca pra acender, eu vi Nicolle beijar Bill que nada fez pra impedir... respirei fundo pra engolir o choro, fui um cigarro rapidamente, e depois outro... quando fui acender o terceiro ele apareceu ao meu lado...

– não sabia que você fumava – aquela voz doce falou próximo ao meu ouvido.

– é – falei secamente, enquanto me tremia por dentro

– você ta bem? – ele perguntou procurando meus olhos

– não é da sua conta – falei asperamente e ele respirou fundo. – você e Nicolle estão juntos? Boa escolha a sua – falei sarcástica, ele fechou os olhos novamente e suspirou pesadamente.

– eu me apaixonei por ela, Vick – ele falou evitando meus olhos... como ele ainda continuava lindo...

– não me chame assim – gritei afrontada pelo que ele falou.

– Victória, eu gosto da Nicolle, aconteceu – ele falou tentando segurar minha mão.

– als ob Du keine andare wahe hatte! Es gibt augenblicke. Es gibt immer, einen moment, ‘Ich kann das tun, kann ich geben, um dieses ode rich kann ihr widerstehen’, und ich weis nicht, wann den moment war, aber es war ein.(como se você não tivesse escolha! Há um momento, há sempre um momento.. ‘posso fazer isso, posso ceder ou posso resistir’ , eu não sei quando foi o seu, mas aposto com você que ouve um!) – cuspi o meu alemão nele, deixando-o surpreso.

Tinha prometido a mim mesma que não choraria por ele, mas a imagem dele, a voz dele aqueles olhos dominaram a minha cabeça, derramei silenciosas lágrimas, mas tentei me recompor o mais rápido possível... ele tinha dito que gostava dela? E eu? ... senti uma mão no meu ombro.

– ta tudo bem?

– ooh, sim sim.. Luque.. tudo bem! – falei forçando um sorriso

– meus amigos querem conhecer você – ele falou rindo

– aaah, vamos lá! – falei tragando o cigarro

– esses aqui são o Adolf, Heinze, Paloma, Jenie, Zanett – falou apontando cada um que me sorriu e acenou..

– olá, pessoal – eu ri acenando.

– você curte, pó? – Adolf me perguntou logo de cara..

– nãoo, caraa.. para com isso.. você nem conhece a menina – Luque falou

– nunca experimentei – falei curiosa

– quer provar? – Jenie perguntou rindo

– caralhooo – ele olhou bravo com os amigos. – Matarazzo, eu não uso.. mas você é crescidinha o suficiente pra fazer suas escolhas – ele falou lavando as mãos.

– eu quero – falei cuidadosamente

– Adolf, mostra pra ela – Heinze falou.

Adolf puxou do bolso um saquinho pequeno enquanto Heinze limpava a mesa de vidro, Adolf espalhou o pó branco e separou quatro fileiras com o cartão de crédito, por ultimo, puxou do bolso um canudo mediano, colocou no naris e aspirou uma carreira com um lado do nariz e outra com o outro... fiquei olhando curiosamente, vi ele começar a rir e seus olhos estavam dilatados, quase vagos..

– vaii, agora é sua vez.. faz a mesma coisa que ele – Heinze falou me entregando o canudo – vai doer um pouco, mas depois passa..

– tem certeza, Victória? – Luque perguntou nervoso

– tenho! – falei convicta – me dá aqui...

Fiz como Adolf havia mostrado, e como Heinze disse doeu pacas na primeira vez, mas na segunda fileira já não doía mais, senti cada célula do meu corpo inflar, a euforia tomou conta demim, senti minha pupila dilatar, e eu podia ver todas as batidas da música dançando pela boate, as cores eram lindas...

– veeem, já chega.. antes que eles te façam usar mais – Luque saiu me puxando, e tropeçando euforicamente me virei pra eles..

– adeus pessoas... – falei rindo

– até princesa – Heize falou com o nariz branco

Quando voltamos pra minha mesa, Luque me apontou rapidamente Diogo e foi-se, e eu vi os olhares de Tom, Tay e Bill... Diogo, Isadora, tive vontade de rir, as batidas eram lindas, suas cores azuis neon eram chamativas pra mim, comecei a me balançar no ritmo delas, quando Diogo meu pegou pela mão e ficou me olhando...


You spin my head right round, right round, when you go down, when you go down down. You spin my head right round, right round, when you go down, when you go down down


Ainda segura na mão de diogo, comecei a dançar pra ele e ele me puxou pra perto e falou no meu ouvido..

– você ta bem?? Você não parece nada normal – ele falou me avaliando de perto

– ninguém é normal – falei o beijando.

– é, mas parou a bebida pra você... vem vamos beber uma coca – ele falou me puxando

– eu adooooroo cooocaa – griteei

Diogo apenas me olhou confuso e me levou pro bar e pegou uma coca e me levou pra mesaq, bebi de uma vez e logo em seguida o empurrei num sofá atrás da nossa mesa...


PDV DIOGO ##ON##

Victória estava estranha, do nada ela me empurrou no sofá e deitou-se sobre mim e começou a mexer-se no ritmo da música, se ela tivesse normal aquilo teria me excitado com toda certeza, mas estava quente, diria até febril, segurei seu rosto e seus olhos estavam vagos e ela me beijou, eu gostava do beijo dela, mas dessa vez tinha um sabor estranho.. ácido, não erado cigarro ou do whisk, no meio do beijo ela parou e fez uma cara estranha...

– o que foi, Victória? – perguntei assustado – Victória ... fala comigo

O rosto dela estava contorcido em dor e medo, ela segurou seu peito como se tentasse respirar, Isadora colocou a mão na boca assustada.. e foi ao bar pegar gelo...

– doii, Diogo... me ajuda... – ela conseguiu falar nervosa

– dói aonde amor? Fala, fala pra mim, meu anjo, diz pra mim aonde dói – comecei a ficar nervoso

– meu coração vai explodir – ela falou arregalando os olhos.

Seu rosto estava vermelho, suas mãos frias, parecia que seus olhos de esverdeados tinham ficado pretos, quando Isadora finalmente chegou com o gelo em um pano, coloquei em sua testa e Isadora a abanou..

– Diogo... Diogo.. cadê você... Di... meu amor... não me deixa só.. não faz isso.. cadê você? ... – Victória falou olhando o nada – não me deixa.. eu não quero ir com eles.. não me deixa... – ela terminou gritando

Antes que eu pudesse responder  a ela, ela apertou minha mão com uma violência absurda e revirou os olhos... era como se uma  grande corrente elétrica tivesse atravessando seu corpo, ela tremia muito, se contorcendo em minha frente, apenas meio minuto, meio minuto o caos total se instalou na minha cabeça, mas eu despertei.. tirei minha camisa e tentei inutilmente colocar a camisa na boca de Victória que já espumava.. aquela imagem era assustadora pra mim, ver Victória convulsionando na minha frente.

Depois de olhar pro lado  ver o tal de Tom segurando com força os braços dela, Isadora segurando a cabeça, forcei seu maxilar pra abrir.. depois de muita força, Ela abriu e eu coloquei a blusa em sua boca, ela apertou imediatamente, eu já não via seus olhos... depois disso percebi tudo ao meu redor, Isadora chorava nervosa, a ruiva do Tom estava pálida e quase chorando, Bill derramava cachoeiras de lagrimas... era tudo acontecendo muito rápido, acabou que o corpo dela relaxou e seus olhos estavam fixos e depois cederam se fechando...a irracionalidade tomou conta de mim, meus olhos se segaram pelas lágrimas que eu tanto seguerei pelo meu medo... Isadora deixou sair um grito de horror, a ruiva chorava compulsivamente e Tom correu pro lado do irmão que parecia que tinha virado uma estatua de cera chorosa... a música soou muito apropriada pra  aquela ocasião, apenas com a batida frenética eletronica


All this feels strange and untrue, and I won't waste a minute without you. My bones ache, my skin feels cold, and I'm getting so tired and so old. The anger swells in my guts and I won't feel these slices and cuts, i want so much to open your eyes, ´cause I need you to look into mine. Tell me that you'll open your eyes…


TRADUÇÃO: Tudo isto parece estranho e falso e eu não quero passar um minuto sem você. Meus ossos doem, minha pele está fria e eu estou ficando tão cansado e tão velho.A raiva me corrói por dentro e eu não vou sentir esses pedaços e cortes. Eu quero tanto abrir seus olhos porque eu preciso que você olhe nos meus. Me diga que você abrirá seus olhos.

Postado por: Grasiele

The Material Girl And The Rock Stars - Capítulo 28 - If i remember you, you remember me?

 
Depois de toda aquela formalidade, Diogo não me deixou mais sozinha, os momentos eram raros, apenas pra tomar banho e trocar de roupa, e sinceramente eu agradecia a deus e a ele por ter feito isso tudo por mim. Mas por tantas as vezes que eu esqueci de me esquecer de Bill, Diogo aparecia.. mas aquilo não era suficiente, me fez lembrar de um dos vários livros que eu havia lido, se não me engano seria a continuação de um bestseller que eu tinha que a personagem dizia ‘Mesmo eu lutando pra não pensar nele, eu não lutava pra esquecê-lo. Eu tive medo que – tarde da noite, quando a exaustão pela falta de sono quebrasse minhas defesas - eu acabasse me dando por vencida. Eu tive medo que minha mente fosse como uma peneira, e que algum dia eu não lembrasse mais a cor exata dos seus olhos, a sensação do toque da pele [...] ou da textura da voz dele.’ , era engraçado como se encaixava perfeitamente pra cada vez que eu lutava pra não pensar nele.

Diogo sempre respeitou os limites que eu havia colocado, até aquele momento eu preservei o que seria só de Bill, ainda era difícil pensar em me entregar a Diogo, apesar de seu toque em mim me causarem borboletas no estomago, o meu medo de na hora chama-lo por Bill era muito maior, eu sempre soube como é mais difícil pro homem parar quando o instinto diz que é pra ele continuar, mas Diogo era super homem nessas horas e parava, mas eu sempre via como era difícil pra ele.


Meus enjôos não cessaram, mas deram uma maneirada... do pouco que eu comia vomitava mais ainda, evitava, tentava segurar as crises na frente de Diogo e Isadora, meu medo de um deles falar pro meu pai que minha anemia havia piorado era enorme, e seria o fim da picada voltar pra um hospital, só que algumas vezes era impossivel segurar as ondas de vomitos,  minha palidez era o mais fácil de disfarçar, as olheiras, idem, até o sorriso veio mais fácil com o passar das semanas, as palhaçadas de Isadora e Diogo me faziam rir muito as vezes, ou quando falávamos mal das roupas das hospedes do palace.

Meu pai e Renée haviam recebido um pessoal de uma revista estrageira pra fazer uma materia sobre o hotel, por conseqüência, meu pai nos obrigou a participar das fotos, era o que ele queria, me mostrar como namorada de Diogo, o fiz, depois disso vieram os jornais e as revistas nacionais, éramos o assunto delas, e claro não deixaram de falar da Silvinha, a nossa concorrência ainda não tinha diminuído, agora ela tava com o meu ultimo ex namorado, mas tudo bem...quanto as revistas, eu agradeci por Diogo ser lindo,fotogênico e um fofo, ele me deixou falar o que queria, tava na cara que ele fez isso pelo meu ego...

Eu andava direto com Isadora e Diogo.. fazendo o quê? Gastando é claro.. era um bom jeito de ser feliz, ou melhor, tentar, por vezes encontramos Silvinha nas lojas do shopping, sempre dando em cima de Diogo, dela eu não tinha ciúmes, e beijava Diogo propositalmente na frente dela, Isadora jurou que da ultima vez ela quase me acertou uma bolsada, mas Diogo me virou e pegou a bolsada por mim, como ela era patética! Essa era a forma que Diogo usava pra fazer eu não pensar em Bill, mas quando eu me pegava sozinha e a saudade junto com a vontade de chorar me pegavam pela ausência dele, eu abria a caixa preta e relia a carta que ele havia me dado, era o que bastava pra eu engolir o choro e correr atrás de Diogo.

De todos que me cercaram, Diogo foi o único que não falou muito por eu ter voltado a fumar, ele disse que foi por causa do cheiro, não era tão ruim, era doce, mas que eu não esperasse por moleza que ele não me deixaria fumar toda hora, meu pai não gostou, mas disse que eu era responsável pelos meus atos, Isadora apenas me chamou de doida, eu sabia que todos sabiam o real motivo, mas ninguém abriu a boca pra falar.

Foi assim que se passaram meus dois meses sem Bill... ao completar um mês de namoro com Diogo, meu pai nos deu um par de alianças de compromisso, lindíssima, em ouro branco e cheia de brilhantes, porém ao meu ver era um símbolo muito forte, era um quase casamento usa-las, e por mais que eu tivesse um apresso enorme por Diogo eu não estava pronta pra usar, não do jeito que meu pai queria, Diogo, perfeitamente sendo Diogo, entendeu meus medos e pediu que ajustassem os anéis para usarmos no dedo do meio, quando elas voltaram da joaleria, ele mesmo colocou no meu dedo, suavizando a importância delas.

Renée, diferente de meu pai ficou na duvida sobre o que dar, e seguiu a sugestão de Isadora, e nos deu uma viagem pra Alemanha, destino Frankfurt – Berlim, Diogo ficou super feliz com a idéia de viajarmos sozinhos, mas eu acabei convidando Isadora pra ir conosco, Diogo se recuperou rapidamente da surpresa e reservou apenas dois quarto, eu sabia que era proposital, mas nem liguei, ele era meu namorado e me respeitava, não teria problema nenhum... era melhor do que ele no mesmo quarto do que Isadora! ... embarcamos uma semana depois de ter recebido as passagens, meu pai havia dispensado Isadora do trabalho pra ela nos acompanhar, a viagem foi terrível pra mim, uma mulher que havia sentado na poltrona da frente usava um perfume absurdamente amadeirado, resultado, passei a maior parte da viagem no banheiro, por conseqüência Diogo atrás de mim, vejam que abuso, uma aeromoça perguntar se eu estava grávida!

Ao chegarmos em Frankfurt, chovia muito, e o frio que fazia era um choque pra nós que havíamos acabado de aterrissar , eu e Isadora ficamos de boca roxa, e Diogo rindo nos levou para o hotel para nos esquentarmos.. o hotel era lindo, em um prédio colonial, mas luxuosíssimo, Diogo sabia do que eu gostava, nosso quarto era aconchegante, a cama era enorme, ate mesmo perto das nossas do palace, o aquecedor do quarto era na medida, o banheiro era perfeito, tinham tapetes persas no chão, e uma vista panorâmica pra praça central, Diogo mal me deixou no quarto e saiu, logo Isadora entrou e se sentou no divã próximo a sacada, e ficou me olhando, abri a porta de vidro e o ar gelado bateu levemente em meu rosto e eu acendi um cigarro..

– Vick você ta bem? Você vomitou a viagem toda – Isadora perguntou me olhando

– é só a droga da anemia, Dora! – falei tragando o cigarro.

– humpf, e por que você voltou a fumar, hein? – ela perguntou abanando a fumaça.

– não sei... deu vontade! Oh.. desculpa – falei apagando o cigarro..

  não sei como Diogo permitiu uma coisa dessas!

– nem eu, nem eu! – falei olhando a praça iluminada a frente..

– vamos sair hoje a noite? – ela perguntou depois de um longo silêncio

– aaaai, clarooo – falei saltitando.

– vou arrumar tudo com Diogo. Até! – ela falou saindo do quarto e me deixando sozinha.

Senti um cansaço repentino e de roupa e tudo me joguei na cama maravilhosa, dormi rapidamente, lembro apenas de alguns borrões, e quando acordei Diogo já havia voltado e estava ao meu lado comigo lhe agarrando o pescoço. eu o olhei calmamente e seu rosto estava meio confuso.

– o que foi Didinho? – perguntei passando a mão no seu rosto e chamando-o como Renée o chamava.

– nada meu anjo! – ele falou beijando minha cabeça

– fala.. não seria nada que lhe deixaria com essa cara – falei me afastando dele e olhando-o seriamente.

– você só teve um sonho ruim que me assustou, só isso! – ele falou como se doesse nele.

– tive? Não me lembro – falei sinceramente.

– eu voltei da recepção e você tava se contorcendo na cama, em um choro dolorido, apertando os travesseiros  e depois sua mão... olhe para elas – ele falou abrindo minhas mãos mostrando quase cortes – e quando eu te forcei a parar de chorar... – ele não terminou..

– eu o que? Falaa Diogo! – falei nervosa

– você abriu os olhos e gritou como naquele dia no hospital – ele falou me abraçando docemente – e depois você calou e me abraçou – ele finalizou beijando meu cabelo.

Depois daquele episódio fiquei muito receosa, não me lembrava de nada pra ter tido aquela reação. Diogo deixou que eu saísse com Isadora pra ver se cansada eu dormiria mais calmamente, ele havia alugado um carro mais cedo, e lá pelas 22h saímos do hotel, ainda ventava frio e garoava um pouco, o carro estava nos esperando na porta do hotel, foi ali que eu senti uma verdadeira onda de ciúmes de Diogo, eu estava com um jeans preto, e uma blusa branca de mangas compridas, botas de salto fino preto e uma jaqueta de couro e pele da mesma cor da bota, Isadora estava igualmente a mim, a única diferença era a cor da boa e da jaqueta, as dela eram cor de mel, ao ir abrir a porta pra entrarmos, Diogo me olhou dos pés a cabeça e me aprovou com um beijo demorado, paramos sem ar e rimos, e então ele virou-se pra abrir a porta pra Isadora e falou...

– você ta linda, Isadora! – ele elogiou rindo de lado

– obrigada, Diogo – ela falou sem graça

Entrei e bati a porta do carro, me encolhi de raiva no banco da frente, uma raiva insana cresceu dentro de mim, ta certo ela era minha melhor amiga e ele meu namorado, meeu, meeu só meu, todos os elogios eram pra ser só pra mim, ... mas o mal era que eu era egoísta.

– o que foi, meu anjo? – Diogo perguntou vendo meu rosto franzido.

– nada – sorri

– quer vomitar? – ele perguntou ficando sério

– não, não.... quero fumar – falei

– agora, amor? – ele perguntou me olhando

– Vick, você vai ficar fedendo a cigarro – Isadora falou.

– ta bom, ta bom! – falei me encostando no vidro.

Ao chegarmos na boate que era linda e estava absurdamente lotada, Diogo deu o carro pro manobrista estacionar ao sair, deu a mão pra me ajudar a sair, e fez o mesmo com Isadora... a cada toque dele nela fazia com que uma leoa rugisse dentro de mim de tanto ciúme, me coloquei entre eles  e entramos na boate, lá dentro era bem mais quentinho, bebemos muito, dançamos mais ainda, Diogo sempre nos cercando, suas mãos em minha cintura enquanto eu dançava, sua boca em meu pescoço, ele chamava muita atenção.. afinal ele era um deus grego, pensar isso me fez rir quando uma alemã olhou pra ele dos pés a cabeça com a boca aberta, e eu o beijei, a cara dela foi a mais engraçada. Lá pelas 3 da manha, pedi licença a eles pra ir fumar, peguei minha dose de vodka e sai pra sentar em uma mesa próxima ao bar ao lado dos fumantes, me sentei no banco mais alto e quando coloquei o cigarro em minha boca pra acender, um rosto muito familiar parou bem próximo ao meu...

– eu não acredito, eu não acreditoooo – ela disse

  Tay?  – perguntei confusa

– Vick! – ela falou em abraçando

– nossa, quanto tempo – sorri abraçando-a

– ahaam, muito mesmo... e aii? Como você ta? Ta bem? – ela perguntou olhando pro meu cigarro

– ssiim, eu to bem... e você!?

– aiin, eu to bem também, ta sozinha aqui? – ela perguntou enquanto olhava pros lados.

– não, não estou e você?? – perguntei

– não, eu to com Tom, Bill, Nicolle e Georg – ela falou casualmente

– aah, - meu sorriso se fechou – não diga que viu aqui – falei rapidamente... – tenho que ir

– eeei, não foge de mim nãooo..- ela riu – me dá o numero do teu celular..

– anota aii... 0443691399313, agora vou ter que ir mesmo – falei virando a dose de vodka

– vou dar um toque depois você salva meu numero... mas pra que a pressa?

– aaai, uma longa história... pergunte a Tom ou a Bill – falei asperamente

Tay me abraçou e eu sai apressadamente no meio das pessoas, ao encontrar Diogo sentado ao lado de Isadora,fiquei mais pálida ainda...e ele percebeu que eu estava nervosa com alguma coisa, ao ir sentar ao seu lado procurei com os olhos e achei aonde eles estavam, Tay havia acabado de chegar lá... Bill sentado e Nicolle em seu colo, Georg olhava a multidão...

– Diogo, eu já quero ir embora – falei

– já cansou, meu anjo? – ele falou me beijando

– aham, vamos Dora?

– claro., vamos Amiga...

Diogo foi na frente pra buscar o carro e Isadora me levou pra pagar a conta e eu propositalmente olhei pro chão quando passamos próximo ao local onde eles estavam...


PDV BILL ##ON##


Aquela festa estava tediosa, como tudo foi e seria depois daquele dia no Brasil , desde que deixei Victória foi como se meu coração tivesse sido despedaçado em milhares de pedaços, e ele sangrava mais ainda toda vez que eu olhava pra pulseira com o ‘V’ pendurado em meu braço... eu não me forcei a gostar de outra... eu não tinha tempo... eu não queria...

Tom havia me forçado a sair do hotel aquele dia, eu já havia ficado recluso demais segundo ele, nossas conversas reduziram muito, por algumas vezes eu havia escutado ele falar com nossa mãe sobre o meu estado de espírito, eu sabia que afetava a ele também, e naquela noite eu resolvi aceitar o seu pedido aproveitando que Tay estaria aqui, ele me deixaria um pouco em paz, mas Tay não vei sozinha... ter Nicolle e nada sentada e rebolando sobre mim era a mesma coisa, eu vi Tay entrar afoita pelo camarote, e sentou no colo de Tom...

– sabe quem eu vi ali em baixo? – ela perguntou pra mim..

– não – respondi tediosamente.

– Vick – ela falou pausadamente pra minha total compreensão

Tom arregalou os olhos me olhando e senti o sangue fluir do meu corpo.. era como se o mundo tivesse parando naquele instante

– sério, Tay? – perguntei vagarosamente

– sério.. ela ta com uma aparência tão diferentee – ele falou pensativa – espera que eu vou já acha-la..

Ficamos por alguns minutos na mesma posição que ela procurando, até que ela apontou triunfante a nossa frente...

– aaaah, acheeii, ali ela – ela falou

Eu a vi com a amiga, ela estava mesmo mais diferente, o cabelo estava mais platinado, seu corpo estava mais cheinho, mais curvelineo, em uma mão segurava a mão da amiga, uma carteira de cigarro e o celular, e com a mão vazia eu a vi mexer no cabelo, a pulseira pendeu e meu coração acelerou, meus olhos encheram de água, mas foi quando a luz piscou eu vi reluzir em seu dedo do meu um enorme anel de brilhantes, foi assim, que eu vi a diva que tinha sido minha ir embora... Tom correu pelas escadarias, eu queria dete-lo mas não conseguia me mexer...


PDV BILL ##OFF##


Sai apressadamente puxando Isadora pela mão, Diogo espera no lado de fora do carro ao abrir a porta pra mim, o encostei no carro e o beijei ferozmente, como sempre ele me colocou nos eixos com a mão e ficamos nos beijando lentamente, foi quando eu ouvi a voz rouca que me gelou o sangue...

Dora?

Postado por: Grasiele

The Material Girl And The Rock Stars - Capítulo 27 - Proibida de lembrar, apavorada por esquecer.

“O tempo passa. Mesmo quando parece impossível. Mesmo quando cada batida dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até para mim.”

 
Passei dois dias ignorando Diogo, meu pai.. todos novamente, no terceiro dia, sai sem que ninguém me visse, andei pela praia a frente do palace, com uma chinela rasteirinha e um shortinho com uma bata amarela, o vento da praia tava ótimo, mas quase ao ir atravessar a rua pra voltar ao palace, outra vez a tontura me pegou, mas dessa vez seguida de uma onda de vomito, não sei explicar como foi, só sei que desmaiei.


Acordei em meu quarto, as cortinas estavam abertas, tudo muito claro, respirei fundo e senti o vento que batia no quarto, eu estava na minha cama, e percebi Diogo me olhando.


– ta melhor? – ele passou a mão em meu rosto


– aham... Di.. não fala nada pro meu pai, eu não quero que ele me interne – falei suplicante


– eu não vou falar  meu anjo – ele falou me olhando


Fiquei quieta com Diogo acariciando meus cabelos, e me admirando como se eu fosse algo surreal.


– Diogo.. se eu te pedisse uma coisa, você faria? – perguntei vacilante


– claro, peça – ele falou


– qualquer coisa? – perguntei olhando pra ele


– tudo – ele sorriu


– termina com a Silvinha... por mim.. – falei com olhos de suplica


– Victória... eu...


– você não vai, né? – falei chorando e colocando a cara no travesseiro


Ele não respondeu,mas eu pude ouvir o que ia se seguir.


– precisamos conversar!


o que foi amor?


– eu não quero mais ficar com você


hãm? O que? Ta doido? Bebeu?... é por causa dela não é? Eu não acredito nisso


– isso já não é mais da sua conta.


Ele desligou e esperou um pouco olhando o mar a frente e finalmente virou-se pra mim..


– nunca duvide do que eu posso fazer por você – ele falou – agora, me diz por que você quis isso? Birra? Implicância?


– ciúmes – falei colocando a cara do travesseiro


– ciúmes? De mim, Victória?


– éé... mas... – parei respirando fundo, uma inexplicável água na boca, seguida de uma idéia totalmente maluca fiquei alterada – Diogo? – chamei-o vindo até mim


Quando ele chegou mais perto, respirei fundo e o puxei pelo pescoço e o beijei, no começo ele ficou assustado, mas logo nossas línguas se tocavam, ele era gentil e eu me deitei sobre ele, puxando sua cabeça pra mim, como se eu desejasse aquilo mais do que água, mas aquele beijo era diferente... não era quente como o de Bill, era frio... mas gostoso, mordi o seu lábio com força, fazendo-o gemer e se afastar...


– o que foi isso? – ele me perguntou atordoado.


– Diogo, eu sei que você gosta de mim.. você me magoaria? Me deixaria? – perguntei olhando pra ele seriamente


– fico feliz que tenha percebido isso, Victória – ele falou sarcástico – e não.. eu não faria nenhum dos dois. Mas você ainda não me respondeu, por quê você fez isso?


– fiz porque deu vontade – falei confusa


– por favor... não faça mais isso – ele falou sério. Ficamos em um breve silêncio


– Diogo, fica comigo? – perguntei vacilante


Eu não poderia agüentar isso dentro de mim sozinha, se existia uma pessoa que poderia me ajudar a suportar aquela dor dentro de mim, essa pessoa era Diogo, mas saber se ele aceitaria era os foda... eu só o magoava, era dura em palavras e gestos com ele, mas por outro lado, assim como ele nunca gostou de me ver com cara nenhum, eu nunca gostei de vê-lo com garota nenhuma, todas sempre tinha algum defeito... claro, nenhuma delas era eu... Depois de chegar a essa conclusão, Diogo ainda me olhava seriamente, em partes não acreditando no que eu havia pedido.


– não Victória – ele falou depois de um longo silêncio


– como não? Você disse que faria qualquer coisa por mim – falei começando a chorar – eu to te pedindo... eu to tão horrível assim?


– e faço... mas Victória, é isso que você quer? Você não me ama... e assim só um lado vai ser feliz e minha prioridade é você... você não entende que se você pedir, só dizer que gostaria, eu iria até o inferno atrás desse tal de Bill, só pra te fazer feliz... se você dizer eu quero, eu vou fazer – ele falou desabafando – e você nunca será feia!


– Diogooo.... – as lágrimas começaram a cair novamente – amor se constrói... eu aprendi isso, você sempre teve do meu lado, me ajudou em todos os meus piores momentos, nos melhores me incentivou a prosseguir, com tudo isso e muito mais eu posso de dizer que eu te amo,... e por mais que eu ame Bill também, ele fez a escolha dele de me deixar, de me matar aos poucos, eu jamais pediria isso a você, nem se dependesse da minha vida... me deixa ser sua, me faz esquecer meu sofrimento – falei me jogando em seus braços


Diogo não respondeu nada, apenas me apertou num abraço dolorido e beijou meu rosto. Fiquei um bom tempo olhando pra ele, ele olhava a janela a minha frente com uma ruga entre a testa, passei os dedos entre ela e ele relaxou e me olhou seriamente.


– já tem uma resposta pra mim?


– você tem noção do quanto é difícil negar alguma coisa pra você, ainda mais depois que você chora?


– não – falei rindo


– mas é muito difícil – ele calou - ... vamos fazer uma troca... você retoma a sua rotina e eu aceito – ele falou


– minha rotina?


– é Victória ... você quase não come, mal fala com seu pai, com a Isadora, idem, você se excluiu do mundo... e ainda vai ter uma parte chata disso tudo..


– que parte?


– falar com o seu pai, com minha mãe... vai ser bem difícil... eu nunca fiz isso – ele falou rindo e eu me encolhi


– nós conversaremos, oras! – falei me fazendo de corajosa – e eu vou voltar ao meu normal.. você vai ver.


– e é claro que eu vou te ajudar – ele falou me abraçando.


Diogo me deixou sozinha por algumas horas, mas horas suficientes pra me fazer pensar, creio que foi proposital... meus sentimentos por ele era diferente e ele sabia disso, e eu sabia que ele tinha plena certeza disso, mas se Bill quisesse mesmo o contrário do que eu estava fazendo não teria  escolhido o caminho que escolheu, eu tinha que reagir, por mais que meu amor por Bill fosse algo perturbador, eu tinha que mudar, buscar outros meios de fazê-lo tornar um passado bobm, eu tinha que tentar lembrar dele sem chorar... por mim e por Diogo... Bill seria que ser uma mera lembrança...


Limpando os olhos fui até o closet e comecei a revirar algumas gavetas, coloquei no chão uma carteira de cigarros e as coisas que Bill havia me dado e outras que eu havia guardado, subi em uma escadinha e joguei uma caixa redonda e preta no chão, desci e ascendi um cigarro, comecei a colocar tudo que me lembrasse Bill dentro da caixa, mas havia uma coisa que eu não tive coragem de colocar dentro da caixa... a pulseira.. eu li num livro de literatura estrangeira o seguinte pensamento da personagem principal ‘...Eu podia não pensar nisso, mas eu precisava me lembrar disso. Porque só havia uma coisa na qual eu precisava acreditar pra ser capaz de viver - eu precisava saber que ele existia. Isso era tudo. Tudo mais podia ser suportado...’ e se encaixou perfeitamente pra aquele meu momento, mas pra não me deixar abater por aquilo respirei fundo e coloquei a tampa na caixa, a coloquei no lado do closet onde ficavam as minhas fantasias, as que eu quase não mexia mais, ascendi outro cigarro e fechei a porta do armário com violência..


– bem vindo ao seu novo lar, Bill... aproveite o seu conforto – falei tragando o cigarro e me virando pra porta.


Coloquei a carteira de cigarro sobre a minha mesa de cabeceira e fui tomar banho, era hora de colocar o meu melhor sorriso, demorei bastante no meu banho, me enrolei no roupão e fui escolher uma roupa, peguei uma mini saia preta e uma sapatilha branca e separei minha camiseta cor de rosa da LaCoste, me vesti e maquiei minhas olheiras, coloquei o óculos de sol, abri a porta e respirei fundo. ‘um passo atrás pra das dois a frente’ pensei dando um passo atrás e saindo a passos largos em seguida... desci pelo elevador calmamente, quando pintei na recepção meu pai abriu a porta de sua sala.


– Isadora, por favor, chame a Renée – ele falou se virando pra me olhar.... – Victória... que bom que você desceu, fico absurdamente feliz, venha... entre – ele falou abrindo a porta da sala e eu vi Diogo sentado na poltrona.


– Vick, que bom que você desceu, eu estive tão preocupada... você ta lindíssima – ela falou me abraçando


– sério? – eu falei rindo – agradeça ao Diogo, ele disse que uma hora passaria, e eu acho que essa hora chegou – falei retribuindo o abraço.


Entrei na sala de meu pai e Diogo levantou-se totalmente cavalheiro e me estendeu a mão, eu a segurei, por mais que eu quisesse que fosse Bill no lugar de Diogo... ‘se ele realmente quisesse ele estaria aqui’ pensei, logo entrelacei nossos dedos bem na hora que Renée entrou e nos olhou confusa..


– muito bem.. o qual era o assunto? Quem vai falar primeiro? – meu pai perguntou olhando de mim pra Diogo me fazendo ficar nervosa.


– Victória e eu estamos juntos – Diogo falou vendo meu nervosismo


– como? Eu acho que não entendi direito – Renée falou confusa


– isso mesmo, mãe. Victória é minha namorada – ele falou me olhando e sorrindo.


– aaah, eu fico muito feliz por isso – meu pai falou maravilhado


– que bom, pai... Renée... Diogo é uma pessoa maravilhosa e se eu não pirei e to aqui hoje, e bem.. é por causa dele, e eu gosto dele... e ele de mim – falei


– você não o ama! – ela acusou me deixando triste


– eu a amo – Diogo falou me vendo calar diante do fato – e ela me ama do jeito dela, mãe! –


– Diogo, meu filho... você não pode amar por dois, eu adoro você Victória, mas me diz qual é a mãe que quer ver o filho sofrer? – ela se defendeu


– Ree, - meu pai interveio – eles não são mais crianças, deixa eles, minha querida!


– isso mesmo... mãe... eu não sou criança, nem adolescente, só vi aqui pra comunicar a vocês algo que eu e Victória decidimos juntos – ele falou me olhando.


– isso.. já está decidido – falei me levantando e sendo abraçada por Diogo.


– entendam que eu não sou contra, só não quero que meu filho sofra – Renée falou


– eu vou fazer o possível, Renée... Diogo é muito importante pra mim – falei segurando o braço de Diogo que estava ao meu redor...


– e eu to preparado pro que vier! – ele falou beijando minha cabeça.

Postado por: Grasiele

The Material Girl And The Rock Stars - Capítulo 26 - 'Escondo minha cabeça, quero afogar meu sofrimento'

Tell me how I'm supposed to breathe with no air? Can't live, can't breathe with no air, that's how I feel whenever you ain't there. There's no air, no air, got me out here in the water so deep, tell me how you gonna be without me? If you ain't here, I just can't breathe, there's no air, no air


TRADUÇÃO: Diga-me, como eu devo respirar sem ar? Não se pode viver, não se pode respirar sem ar, é assim que eu me sinto quando você não está aqui. não há ar. Tire-me dessa água tão funda, diga-me, como você ficará sem mim? Se você não está aqui, eu simplesmente não consigo respirar. Não há ar, não há ar


Depois de mais dois dias tive  alta do hospital, os arranhões já estavam cicatrizados e as dores físicas já haviam passado, mas a minha dor emocional não... de volta ao palace me tranquei no meu quarto, não queria ver ninguém, absolutamente ninguém, esperava que tudo isso fosse um pesadelo e que um belo dia eu acordasse e nada disso tivesse acontecido, mas as semanas se passaram e a dor não, o pesadelo também não, eu nunca acordaria? Duas semanas haviam se passado e eu já não tinha mais lágrimas pra chorar, não sabia dizer se era dia ou noite, ignorava todo e qualquer tipo de comida que deixavam na porta do meu quarto, pegava apenas água, tive crises de vômitos durante os choros compulsivos, mas eu não tinha o que vomitar, muito menos o que chorar, não parecia mais ter voz devido ao não uso.

Na terceira semana resolvi destrancar a porta, percebi que devia ter passado muito tempo, e eu tinha medo de matar meu pai, minha vó e Diogo de preocupação, eu estava deitada na cama fitando o teto no quarto semi escuro, iluminado apenas pelas luzes dos abajurs quando Diogo entrou no meu quarto silenciosamente e deitou a cabeça no meu travesseiro e ficou me olhando docemente, ficamos assim por muitos minutos quase horas. Naquele silencio de Diogo estavam muitas palavras de consolo, eu queria reagir, mas não consegui, ele passou a acariciar docemente  meus olhos e sorriu...

– você está parecendo um panda – ele riu

– to? – consegui falar

– ta sim! – ele sacudiu a cabeça

– humpf – não conseguia forçar um sorriso

 – seu pai ta preocupado com você... minha mãe, a sua... vovó Guilhermina, até a Dora tem falado comigo freqüentemente – ele falou

– eu vou melhorar... você vai ver! – eu falei buscando certeza em minha voz.

– e eu vou te ajudar,... você sabe disso – ele falou passando a mão nos meus olhos.

– por que Diogo? Eu só te magôo, só te chateio! – falei

– porque você é meu mundo Victória – ele fechou os olhos e suspirou – e não importa o que você faça, eu vou estar do seu lado, mesmo contra a minha vontade – ele falou abrindo os olhos e me sorrindo.

Ali, depois de Diogo ter falado o que eu mais temia ouvir senti o seu perfume, respirei fundo, era muito bom... nem doce, nem amadeirado... coloquei a mão na boca e com uma força que nem sabia que ainda tinha, pulei por cima de Diogo e cheguei correndo ao banheiro sendo seguida por Diogo que gentilmente segurou meu cabelo e afagou minha costa.

– sai daqui – consegui falar entre jorros de vômitos.

– quantas vezes eu já não vi isso? – ele riu.

Diogo me ajudou a levantar e escovei os dentes e voltei pra cama, me cobri com o lençol... havia um barulho de chuva na janela, Diogo voltou a posição inicial e eu fiquei acariciando seu cabelo.

– Diogo? – perguntei hesitante

– diga – ele falou

– dorme aqui comigo? – perguntei vendo ele ficar teso me olhando seriamente.. – por favor? – pedi.

– é melhor não, Victória – ele falou finalmente.

– não me deixa sozinha, Di! – falei começando a chorar

– ei, ei, ei, eu não vou te deixar.. ta, eu durmo.. deixa só eu ir tomar um banho e trocar de roupa, ta? – ele falou rapidamente e eu sacudi a cabeça.

Aproveitei pra tomar um banho e trocar de roupa, o fiz rapidamente e vesti um moletom e fui a sacada, puxei um pouco a cortina , era noite e chovia muito e eu não conseguia ver a praia, o cheiro forte da chuva que entrou pela fresta que eu havia aberto e fechado rapidamente me fez correr novamente pro banheiro, quando tornei a vomitar, Diogo já estava lá, afastando meu cabelo, assim que parei fui escovar meus dentes sendo assistida por Diogo..

– como você consegue vomitar sem comer nada?

– não sei! – falei – você tem razão.. eu to horrível

– eu não disse isso – ele riu

– falou implicitamente – eu ri e vi seu sorriso aumentar

 – fico feliz por te fazer rir – ele falou e eu vi que sorria e fechei o sorriso

– eu te disse que eu ia melhorar – falei balançando  a cabeça e voltando pro quarto

– já ta com sono? – ele me perguntou

– aham – respondi bocejando.

Diogo deitou na cama e me chamou ... sentei em seu colo e abracei seu pescoço, isso o assustou no começo, mas logo ele me acolheu como um bebe e ficamos em silêncio.

– Diogo?

– hum?

– canta uma música pra mim? – pedi tristemente

– tem certeza? – ele riu

– claro.. canta – levantei o rosto e o olhei

sabe aquela sensação quando alguém te beija, ou seja cerveja! – ele cantou

–eu queria uma musica e não uma propaganda – falei com um sorriso nos lábios.

– quer que eu cante Miley Cirus? – ele riu

– não ofenda meus ouvidos – e eu ri


Tiritas pa este corazón partío.Tiritas pa este corazón partío. Dar solamente aquello que te sobra nunca fue compartir, sino dar limosna, amor. Si no lo sabes tú, te lo digo yo. Después de la tormenta siempre llega la calma, pero, sé que después de ti, después de ti no hay nada. Para qué me curaste cuando estaba herío si hoy me dejas de nuevo con el corazón partío.

 

TRADUÇÃO: Você treme por este coração partido .Você treme por este coração partido. Dar somente aquilo que te sobra , nunca foi compartilhar, é esmola, amor. Se você não sabe, posso lhe dizer . Depois da tempestade  sempre vem a calma,. Mas eu sei que depois de você, depois de você não existe nada. Por que você me curou quando estava ferido, se hoje deixa de novo o coração partido.

Enquanto a voz de Diogo entrava em meus ouvidos, lembrei da voz de Bill, era mais doce, uma dor inexplicável começou e por instinto apertei o pescoço de Diogo que parou de cantar pra me olhar...

– vai vomitar? – ele perguntou me avaliando

– não.. – eu ri – canta outra agora..

– então a minha voz não é ruim?

– se fosse ruim eu já teria me jogado pela janela – falei rindo alto.


Tienes que saber que es lo último que pido, que estoy desesperado y según mis latidos, no me queda mucho tiempo a mi favor. Y antes de perder de vista mi camino, quiero mirarte un poco y soñar que el destino es junto a ti mi amor. Quédate un segundo aquí a hacerme compañía, y quédate tantito más quiero sentirte mia, y abrázame y abrázame y abrázame.... Hoy me he dado cuenta que no había sentido tanto miedo antes que yo no decido que Dios va a ser mejor. Y antes de perder de vista mi camino quiero mirarte un poco y soñar que el destino es junto a ti mi amor. Quédate un segundo aqui a hacerme compañia, y quédate tantito más quiero sentirte mia, y abrázame y abrázame y abrázame, no no y abrázame. Dame una razón para quedarme, yo no quiero tu compasión, quiero que estés conmigo, hasta que me haya ido. y abrázame.

TRADUTOR: Tem que saber que é o último pedido , que estou desesperado e segundo minhas batidas, não resta muito tempo ao meu favor. E antes de perder de vista meu caminho. Quero te olhar um pouco e sonhar que o destino,é junto de você,meu amor. Fique um segundo aqui,me fazer companhia e fique um pouquinho mais,quero te sentir minha. E me abrace,e me abrace,e me abrace,e me abrace. Hoje,me dei conta que não havia sentido tanto medo, antes que não decido que Deus vai ser melhor e antes de perder de vista meu caminho, quero te olhar um pouco e sonhar que o destino,é junto de você,meu amor. Fique um segundo aqui,me fazer companhia e fique um pouquinho mais,quero te sentir minha. E me abrace,e me abrace,e me abrace,e me abrace. Me dê uma razão para ficar, eu não quero sua compaixão, quero que esteja comigo até que eu tenha ido. E me abrace.


Ia acariciando involuntariamente o pescoço de Diogo quando a porta foi aberta e me virei assustada e vi meu pai com uma bandeja na mão e senti meu rosto esquentar, então Diogo falou..

– boa noite, André! – ele falou cordialmente

– estou atrapalhando alguma coisa? – ele perguntou

– não pai – me apressei em dizer – Diogo só ta cantando pra mim – falei vendo o rosto de meu pai se encher de vida ao ouvir minha voz.

– trouxe alguma coisa pra vocês comerem

– eu não quero comer – falei largando o pescoço de Diogo

– eu vou deixar aqui... boa noite crianças – ele falou saindo

– continua – falei voltando os braços pra Diogo

– come alguma coisa.. – ele pediu – por mim...

– eu... – respirei fundo e senti um cheiro inebriante – eu quero leite – falei

– desde quando você bebe leite puro? -  ele me olhou

– me deu vontade... eu sei que é pra você, mas me dá só um pouquinho – falei

– ta.. pode beber

Diogo me sentou na cama e foi até a mesa pegar a bandeja, me entregou o copo de leite e pegou meu suco e meus biscoitos pra si, virei imediatamente o copo e me deliciei com o sabor extremamente doce do leite, quando acabei Diogo me olhava divertido quando abri os olhos... ele ainda comia o biscoito...

– tomou? – falei rindo pra ele levantando o copo seco.

– saudosa de propaganda, hein? Só que na minha opinião a gatinha da Parmalat não chega aos seus pés – ele falou limpando o bigodinho de leite que eu tinha

Devolvi o copo pra ele e me cobri com o edredom, Diogo deitou-se ao meu lado e me puxou pra seus braços e voltou a cantar


I know now, just quite how my life and love might still go on, in your heart, in your mind. I'll stay with you for all of time, if I could, then I would, i'll go wherever you will go. Way up high or down low, i'll go wherever you will go. If I could turn back time, I'll go wherever you will go, if I could make you mine, i'll go wherever you will go, i'll go wherever you will go


TRADUÇÃO: Agora eu sei exatamente como minha vida e o meu amor poderão continuar, em seu coração, em sua mente. Eu ficarei pra sempre com você . Se eu pudesse, então eu iria, eu vou para onde quer que você vá, bem lá em cima ou lá embaixo, eu vou para onde quer que você vá, Se eu pudesse voltar no tempo, eu vou aonde quer que voce vá. Se eu pudesse fazer com que você fosse minha, eu vou aonde quer que você vá, Eu vou aonde quer que você vá.


Dormi antes de Diogo terminar a música e igualmente a toda as outras noites depois que Bill me deixou eu não tive sonhos, nem pesadelos... era absolutamente um escuro, mas essa noite eu tinha dormido melhor, com um calor e um perfume conhecido próximo de mim, assim eu dormi bem... Quando acordei estava sozinha e abraçada com o travesseiro, sentei na cama meio sem noção e fiquei assim por uns cinco minutos...

Fui ao banheiro tomar um banho, hoje eu daria um passo fora do quarto, pra ouvir a movimentação nos corredores, nada de muito grande, depois de ter tomado aquele leite, fiquei um pouco mais disposta, vesti um jeans básico, uma camiseta branca e calcei minha sapatilha vermelha, tudo isso sem pressa nenhuma, e abri a porta olhando rapidamente pra ver se não havia ninguém na minha frente.

Depois de andar na ponta do pé, resolvi parar na porta do final do meu corredor, bati, bati, mas não ouve resposta, então entrei já que a porta estava aberta e adentrei o quarto, era bem mais claro do que o meu, o cheiro era diferente... me sentei na cama e me arrumei nos travesseiros, ouvi o barulho do chuveiro e aguardei lá mesmo... demorou uns 15 minutos até que ele entrou no quarto totalmente desnudo, se enxugando com apenas uma parte da toalha cobrindo suas partes, fiquei surpresa por nunca ter reparado no corpo dele, nas suas tatuagens, ele era muito bonito.. era totalmente diferente do... pigarreie pra não pensar nele... e acabei assustando-o e em um pulo ele se enrolou na toalha..

– o que é isso, Victória? – ele perguntou voltando ao banheiro

– ééh, me desculpa... eu.. já estou saindo – falei indo em direção a porta.

– espera.... nãoo.. fica – ele falou se colocando na minha frente só de toalha.. próximo, muito próximo de mim, seu calor batia em meu rosto e me deixou meio tonta, não tive ação..

Eu voltei em silêncio atordoada e me sentei na cama, esperei e vi Diogo vestir cada peça de roupa, quando ele finalmente estava pondo a camisa, fui ao seu closet procurar um óculos de sol pra esconder minhas olheiras, ele já passava o perfume quando eu o vi segurar o vidro próximo a mim.

– posso sentir o meu cheiro? – ele perguntou ao meu ouvido fazendo eu me encolher e me arrepiar.

– aham – consegui pronunciar.

Diogo passou o braço delicadamente ao meu redor e espirrou duas vezes o perfume em meu pescoço, passou o nariz duas, três vezes, inspirando e aspirando no meu pescoço, seu toque sutil me deixou com uma leve faltar de ar, mas antes das minhas pernas pensarem em ceder, ele se afastou de mim..

– fica muito bem em você! – ele falou indo em direção a porta e me estendendo a mão

– humpf – pisquei me recompondo e peguei sua mão.

Descemos as escadas de mãos dadas, e ao chegarmos próximos ao hall, quase a três degraus do final da escada, uma tontura me fez tropeçar um degrau, tudo ficou preto de repente e eu vi pequenas estrelinhas e quando elas pararam e eu vi o rosto de Diogo muito próximo ao meu, sua respiração se misturando com a minha, fomos nos aproximando lentamente e ...

Don't wanna hear your sad songs
I don't wanna feel your pain
When you swear it's all my fault
Cause you know we're not the same
Oh we're not the same
Oh we're not the same
The friends who stuck together
We wrote our names in blood
But I guess you can't accept that the change is good

 

– fala Silvia! – ele falou asperamente

Nem esperei ele prosseguir a conversa, enormemente aborrecida, totalmente desvairada comecei a chorar sem motivo nenhum, mas não deixei que ele me visse, eu não tinha motivos, mas a simples menção do nome dela me fez voltar ao estágio de útero dentro do quarto.

Postado por: Grasiele

The Material Girl And The Rock Stars - Capítulo 25 - O Fim

 Demorei muito pra dormir processando tudo o que tinha acontecido, os meus amores aqui, Diogo e Silvia juntos... a noite com Bill, cada momento passando inúmeras vezes na minha cabeça até que fechei os olhos.. parece que eu mal havia feito isso a porta do meu quarto foi aberta e Diogo seriamente andava e um lado pro outro abrindo as cortinas, assim que a luz entrou no quarto cocei meus olhos e me cobri até a cabeça...até que Diogo puxou o meu lençol... puxei um travesseiro e joguei nele, mas ele meramente agarrou..

– porra, quer fazer graça, Diogo? – gritei furiosa

– acorda, seu pai vai te brigar – ele ignorou meu grito

– foda-se, eu vou dormir! – falei fazendo birra.

– então ta.. faz o que você quiser... como sempre faz! – ele falou saindo e batendo a porta com força

Me joguei na cama de novo e coloquei o travesseiro no rosto e dormi novamente, mas novamente a porta do quarto foi aberta com força, sem olhar, sem abrir os olhos me sentei na cama e disparei..

– puta que pariu, Diogooo! Eu já não te disse que eu vou dormir? – gritei

– é mesmo, Victória Regina? E o castigo? Fica aonde? – meu pai falou e o susto me fez ficar de pé em um salto

– pai... eu... já ...tava indo – falei gaguejando

– muito bem, lhe quero lá em baixo em meia hora... sem cara feia... sem cara de sono, entendido? – ele falou seriamente

– sim senhor, pai! – falei quase correndo pro banheiro e jogando as roupas pelo caminho.

Eu tava fudida... não era a toa que diziam que tudo que é bom dura pouco... tomei um banho rápido e gelado pra acordar, peguei meu uniforme do hotel no closet e fui descendo as escadas com o cabelo molhado, abotoando o terninho e enfiando o celular e o radio nos bolsos. Quando cheguei a recepção, o relógio bateu as 11h, respirei fundo  e vi meu pai abrir a porta de sua sala pra me olhar... mais a frente Diogo deslizou uma garrafa de energetico na mesa pra mim, que a parei de pronto.

– pensei que seu mundo não girasse em torno de mim – acusei

– não gira... não mais, mas isso não quer dizer que eu vou deixar de ser menos amigo seu! – ele falou sério

– humpf, aposto que foi você que me caguetou pro papai... não foi? – acusei novamente

  você acabou de se escutar, garota? Você realmente acha que eu seria capaz de fazer uma coisa dessas? Ainda mais com você? Nem que eu odiasse você, eu faria tal coisa... você não sabe o quanto me ofendo com você pensando uma coisa dessas... – ele falou ultrajado – foi o André que falou que você estava atrasada e eu fui te acordar... então não fala o que você não sabe! – ele terminou e virou as costas e saiu.

– IDIOTA! – gritei e ele virou-se pra me olhar com um ar magoa

– bebe logo isso, garota! – ele falou e foi-se

– AAAAAH! – gritei batendo a mão na mesa.

– meniaaa... o que foi isso? – questionou Isadora que assistiu a tudo calada. – o Diogo não é assim, ainda mais com você. – ela falou

– o problema dele tem nome, Isadora... Silvinha Sendas... ele ta ficando com ela de novo – falei brava

– OMG! Mentira... jura? Pensei que ele fosse tomar coragem e falar que é afim de você! – Ela falou

– aah, Isadora! Até você? – perguntei asperamente

– é o que sempre teve na cara, VIck – ela falou

– é? Eu juro que nunca percebi – falei olhando por onde ele tinha saído

– ou não quis perceber? – ela perguntou

– eu sinceramente não sei

– aham, sei – ela debochou – bebe logo isso vai... antes que você caia de sono.

Abri o energético e tomei de uma vez só e comecei a pensar... era engraçado como mesmo quando era estúpida com Diogo ele cuidava de mim.. ‘será? Nãoo...’ ele não podia .. ele não merecia... comecei a ficar preocupada com os sentimentos de Diogo... eu não gostava de magoa-lo , mas eu amava Bill, nesse ponto não poderia fazer nada pelo Di.. o meu Di..eu tinha que conversar com Bill, ele poderia me ajudar a sair dessa... mas o dia passou, chegou o almoço e eu nem vi Diogo, nem Bill ou sequer um dos meninos, meu pai passou o dia todo super ocupado e eu não falaria disso com Isadora, não sobre isso.. eu sempre achei que ela tinha uma quedinha por ele.

Quando o relógio bateu as 19h subi morta de sono e exausta pro meu quarto, demorei pra tirar cada peça de roupa, fui lentamente pro banheiro.. aquelas suposições de Isadora estavam me matando, até mais do que o cansaço... demorei bastante no banho, a água estava bem morna, quando acabei me enrolei num roupão e vesti o meu pijama favorito, com os cabelos na toalha deitei na cama e cochilei rapidamente, mas antes que meu sono ficasse mais pesado ouvi baterem na porta do meu quarto, não me mexi, mas esperei que entrassem, e mais um pouco meu pai estava ao meu lado na cama com um envelope do hotel nas mãos.

– o que foi pai? – perguntei coçando os olhos

– abra – ele falou me entregando o envelope

Abri devagar e puxei um par de ingressos pra área vip do show dos meninos no estádio do engenhão, com cara de besta vi meu pai sorri, comecei a pular em cima da cama e me joguei em seus braços...

– obrigada, obrigada! – falei o enchendo de beijos

– por nada! Só me faça um favor... divirta-se – ele falou e se foi

Quem poderia ter um pai melhor do que o meu? Ninguém... de tão feliz que eu estava acabei dormindo abraçada com o envelope feliz da vida... na manhã seguinte acordei cedo e deixei recado no celular de Isadora intimando-a a ir comigo... eu não poderia contar com Diogo, não naquele estado de nervos que estávamos... depois que fiz isso, passei o dia todo no cabeleireiro voltando a ser loira, lá pelas 4h da tarde voltei ao Palace e fui tomar meu banho, apressadamente vesti um jeans e uma camiseta vermelho sangue e um allstar preto, passei uma maquiagem bem simples e as 18 estava toda arrumada pra sair, corri pra porta quando o telefone do meu quarto tocou...

– pronto – falei

– Viii

– leãozinho... nossa que barulho infernal...

– é que os fãs já chegaram e você não.. vou ter que mandar te buscar aii?? Já te disse que nosso show você tem entrada vip... mas isso tudo é minha culpa.. desculpa por não ter te dado tanta atenção.. mas foi tudo tão depressa.  – ele falou se desculpando

– eii, não to te cobrando nada...  vá pro seu show – falei rindo...

 ta bom.. depois do show eu falo com meu sogro.. não agüento mais ficar longe de você! – ele riu

– rá! Essa eu vou querer ver – falei

 Vick, eu te amo!  – ele falou muito sério..

– eu também – e desligamos..

Sai andando em direção a porta ainda meio abobalhada ainda, esse era o efeito que Bill causava em mim, quando sai e ia fechando a porta, o telefone tocou novamente.. já aborrecida corri em direção a ele..

– alôoo – falei brava

– meu bêbê – minha mão choramingou

– aaah mãee.. o que foi?? Eu já to de saída...- perguntei brava

– aaai meu anjiinho é que me deu um aperto no peito, uma sensação ruim... – ela respirou fundo

– deve ser consciência pesada D. Regina por não ter aparecido na minha festa de aniversário – acusei rindo

– isso eu explico mais tarde meu anjo... só liguei pra saber se você tava bem – ela falou

– ta sim , mãe – falei mentindo um pouco

– aaah, ta bom então.. juízo... te amo! – ela falou

– ta mãee.. beijo – desliguei..

Sai correndo do quarto antes que meu telefone tocasse de novo, Isadora já esperava impaciente na porta de um táxi.. assim que entrei partimos rapidamente, tagarelei o caminho inteiro, Isadora ria bastante das minhas história com os meninos, entramos discretamente pela lateral do estádio.. esse era o lado bom de ter família conhecida, evitamos uma fila enorme do outro lado... e por mais sorte ainda, existiam pessoas educadas que não sentaram em nosso acentos numerados.... a banda ‘blackout’ abriu o show dos meninos... a banda haviam gêmeos também.. super fofos e lindos diga-se de passagem... eles faziam um som bem legal.. me lembrava algo como MCFly, apesar de não gostar muito...

Logo em seguida os meninos entraram, não foi nada de diferente do show de Módena, Bill estava lindoo, preciso dizer isso?? Meu cunhado também.. aliás todos eram absurdamente lindos.. Isadora parou de boca aberta pra Georg... aaah.. que não pararia?? Minha raposinha era um tesão sôo.. ‘aah se não fosse Bill, com toda certeza seria ele’ pensei rindo. Era um máximo pra mim vê-los no seu ‘trabalho’, Bill era tão bom naquilo, os gritos das fãs já não me afetavam mais, não tinha porque ter ciúmes delas.. o diferencial desse show foi o lançamento da música nova de seu álbum...

I can give you.
You can give me.
Something.
Everything.

You are with me.
I am with you.
Always.

Join me in...

Love and Death
Love and Death
Don't you mess
Don't you mess
With my heart!


Bill desceu da plataforma e veio cantar próximo a platéia, estávamos bem próximos dele, mas a aglomeração de fãs histéricas que havia se formado quase não o deixaram me ver, mas ao me ver seu rosto se formou num sorriso lindo, e me puxou pela mão me ponto quase de corpo inteiro sobre o mini alambrado e me beijou, tão doce, tão suave, mas me puxaram ao olhar pra trás, vi Isadora nervosa quase sendo jogada por fãs que tentava chegar mais perto de Bill e de mim.. fãs se chocaram no alambrado que balançava como vara de plástico.. uma dels chegou a puxar Bill e lhe beijar... meu ciúme perdeu pro meu medo de acabar acontecendo alguma coisa com Bill, pois os seguranças ainda não haviam dado sinal de vida... empurrei Isadora e corri na direção da multidão, Bill tentava sem sorte se soltar das meninas histéricas, sai puxando as que pudia.. me meti entre elas, até que finalmente consegui chegar até o braço de Bill e solta-lo delas, o empurrei  pra trás e ele ficou um pouco atordoado..

Eu tirei-o  de lá, mas alguém tinha que ficar no lugar dele.. sobrou pra mim.. me puxaram e pobre do meu cabelo... era puxado de todos os lados, eram tapas, unhadas, mas ainda assim eu conseguia ouvir vozes familiares ao longe... a voz de Bill ‘tirem ela de lá... tirem..’ ; a de Isadora ‘Vick, Vick... oh meu deus.. gentee.. solta..’, depois de muito tempo levando a pior consegui levantar a cabeça e os seguranças cercarem Bill e o levarem gritando ‘me larguem, me larguem.. tirem ela de lá... Vick...’, e eu me deixei entorpecer e apaguei...


PDV BILL ### ON ##


– FLASH BACK ON – 


Eu tinha que descer, fazia parte do ensaiado, caminhei despreocupadamente e dei de cara com a  minha leoazinha, rindo radiante pra mim, eu primeiro a puxei pela mão.. e a coloquei por cima do alambrado, era engraçado como minha boca sentia falta da boca dela, euu a beijei, nem liguei para os gritos histéricos ao nosso redor, mas simplesmente a puxaram de mim, olhei assustado e ela olhava pra trás pra ver quem havia interrompido, mas antes que ela pudesse voltar pra mim, o tumulto havia se formado e as fãs histéricas estavam muito próximo a mim e me puxando.. e a música parou e nesse momento teve uma fã que até me beijou.... haviam muitas mãos, mas dentre todas senti um toque familiar, naquela hora o slow foi desligado depois de ver o rosto glorioso da minha leoa e então eu fui jogado pra trás, me virei e vi o rosto surpreso de Tom que tinha acabado de pular até perto de mim me arredando de perto do tumulto..

– cadê os seguranças? – ele gritava

– Tom, a Vick.. – falei apontando pra ele apavorado

Lá estava ela no meio do tumulto apanhando mais do que Judas no dia da malhação, era desleal, era horrivel de se ver, ainda mais quando era a menina que eu amava, finalmente os seguranças chegaram e começaram a nos levar dali..

– me soltem, me soltem... tirem ela de lá – gritava pulando

– calma, Bill – Georg dizia

– calma?? Vão machucá-la ou melhor... já machucaram – respondi apavorado sendo levado pelos seguranças... – me largueeem, me largueem... tirem ela de lá.... Vick... – e eles saíram na direção onde ela estava quando eu a vi desaparecer no meio da multidão e o desespero me dominou e eu cai no choro temendo o pior


– FLASH BACK OFF – 


Sentado ali naquela sala de hospital, depois de ter visto o estado que Victória estava me senti horrível, eu era o responsável por aquilo e se ela estava naquele estado era porque eu era um inconseqüente... eu não poderia deixar isso acontecer novamente.. na primeira vez tinham sido apenas palavrões.. depois foram as fãs nos cercando no hotel, não era isso que eu queria pra ela.. pra nós...
Voltei ao quarto dela e a vi sedada, beijei seus lábios suavemente, apesar do cheiro forte dos remédios o perfume dela ainda era doce, acariciei seu rosto e virei pra ir embora  memorizando cada pedacinho dela.. quando já desolado, acabado  já na saída do hospital encontrei um cara forte e alto marchando furiosamente em minha direção...

– cadê a Victória? – ele perguntou nervoso

– quem é você? – perguntei atordoado

– eu sou amigo dela – ele falou

– ela ta no 4º andar, quarto 413 – falei dolorosamente

– espero que esteja satisfeito com o resultado desse ato impensado seu, a culpa dela estar aqui é sua ... você é um erro na vida dela– ele falou

– a culpa não foi minha – respondi

– é claro que foi.. um erro.. você é um erro e olha aonde esse erro veio parar.. – ele falou desabafando.

– quem você pensa que é pra falar isso? Vick me escolheu e eu a ela e isso não foi um erro – me exaltei e ouvi passos apressados atrás de mim

– amigo, se eu fosse você se controlava – Tom falou me empurrando pra trás.

– eu não vou perder meu tempo com vocês, já deixei clara a minha opinião... poderia ter acontecido coisa pior com a Victória hoje, ela poderia ter morrido, e se isso tivesse acontecido... ai sim vocês teriam com o que se preocupar – ele falou e a palavra morte me fez estremecer.

Dali fomos ao hotel, arrumamos nossas coisas e nossa acessória de imprensa foi falar com o pai de Vick, eu fui covarde o suficiente pra não ter ido falar com ele... talvez o amigo dela tivesse razão... eu seria um erro na vida dela... peguei papel e caneta.


PDV BILL ## OFF ##


Não sei quanto tempo fiquei desacordada , mas acordei com dores suficientes no corpor praa gemer alto de dor, haviam tubos nas minhas veias, não havia ninguém no meu quarto, mas haviam flores e rosas vermelhas e um envelope de carta ao lado, com toda certeza era de Bill, peguei rapidamente e abri... o choque tomou conta de mim na primeira linha...


Victória,
Tudo o que tivemos foi um erro, sinto muito ter deixado chegar a esse ponto quando poderia ter acabado mais cedo, sinto por não ter tido tempo de falar isso pessoalmente nossa agenda está muito cheia e o tempo é pouco e a nossa vinda mal arranjada pra cá gerou naquele tumulto.
Espero que você fique bem e melhore rápido e rodeada de seus amigos, infelizmente esse nosso namoro se encerra aqui, não quero que meu trabalho te prejudique mais do que já prejudicou até o presente momento, vai ser melhor pra ambos, pois assim eu não me preocuparei com você e nem você comigo. Finja que não existi na sua vida, namore com alguém do seu nível e que esteja perto de você, pois é o que eu vou fazer
Do mais, fiquei bem e com saúde.
Bill Kaulitz


Depois de ler e reler a carta, já estava cega pelas lagrimas não quis acreditar, mas o grito dolorio saiu da minha garganta e a porta se abriu e Diogo entrou nervoso dentro do quarto e olhou os tubos cheios de sangue pela força que eu havia feito, ele me abraçou e segurou meus braços que o apertaram num abraço.

– calma.. calma... – ele falava docemente – me fala o que foi..

– o... Bill... terminou tudo.. ele me deixou...  – eu não consegui terminar

– eu não sei o que dizer – ele falou me abraçando.

Postado por: Grasiele

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