sexta-feira, 9 de março de 2012

The Material Girl And The Rock Stars - Capítulo 28 - If i remember you, you remember me?

 
Depois de toda aquela formalidade, Diogo não me deixou mais sozinha, os momentos eram raros, apenas pra tomar banho e trocar de roupa, e sinceramente eu agradecia a deus e a ele por ter feito isso tudo por mim. Mas por tantas as vezes que eu esqueci de me esquecer de Bill, Diogo aparecia.. mas aquilo não era suficiente, me fez lembrar de um dos vários livros que eu havia lido, se não me engano seria a continuação de um bestseller que eu tinha que a personagem dizia ‘Mesmo eu lutando pra não pensar nele, eu não lutava pra esquecê-lo. Eu tive medo que – tarde da noite, quando a exaustão pela falta de sono quebrasse minhas defesas - eu acabasse me dando por vencida. Eu tive medo que minha mente fosse como uma peneira, e que algum dia eu não lembrasse mais a cor exata dos seus olhos, a sensação do toque da pele [...] ou da textura da voz dele.’ , era engraçado como se encaixava perfeitamente pra cada vez que eu lutava pra não pensar nele.

Diogo sempre respeitou os limites que eu havia colocado, até aquele momento eu preservei o que seria só de Bill, ainda era difícil pensar em me entregar a Diogo, apesar de seu toque em mim me causarem borboletas no estomago, o meu medo de na hora chama-lo por Bill era muito maior, eu sempre soube como é mais difícil pro homem parar quando o instinto diz que é pra ele continuar, mas Diogo era super homem nessas horas e parava, mas eu sempre via como era difícil pra ele.


Meus enjôos não cessaram, mas deram uma maneirada... do pouco que eu comia vomitava mais ainda, evitava, tentava segurar as crises na frente de Diogo e Isadora, meu medo de um deles falar pro meu pai que minha anemia havia piorado era enorme, e seria o fim da picada voltar pra um hospital, só que algumas vezes era impossivel segurar as ondas de vomitos,  minha palidez era o mais fácil de disfarçar, as olheiras, idem, até o sorriso veio mais fácil com o passar das semanas, as palhaçadas de Isadora e Diogo me faziam rir muito as vezes, ou quando falávamos mal das roupas das hospedes do palace.

Meu pai e Renée haviam recebido um pessoal de uma revista estrageira pra fazer uma materia sobre o hotel, por conseqüência, meu pai nos obrigou a participar das fotos, era o que ele queria, me mostrar como namorada de Diogo, o fiz, depois disso vieram os jornais e as revistas nacionais, éramos o assunto delas, e claro não deixaram de falar da Silvinha, a nossa concorrência ainda não tinha diminuído, agora ela tava com o meu ultimo ex namorado, mas tudo bem...quanto as revistas, eu agradeci por Diogo ser lindo,fotogênico e um fofo, ele me deixou falar o que queria, tava na cara que ele fez isso pelo meu ego...

Eu andava direto com Isadora e Diogo.. fazendo o quê? Gastando é claro.. era um bom jeito de ser feliz, ou melhor, tentar, por vezes encontramos Silvinha nas lojas do shopping, sempre dando em cima de Diogo, dela eu não tinha ciúmes, e beijava Diogo propositalmente na frente dela, Isadora jurou que da ultima vez ela quase me acertou uma bolsada, mas Diogo me virou e pegou a bolsada por mim, como ela era patética! Essa era a forma que Diogo usava pra fazer eu não pensar em Bill, mas quando eu me pegava sozinha e a saudade junto com a vontade de chorar me pegavam pela ausência dele, eu abria a caixa preta e relia a carta que ele havia me dado, era o que bastava pra eu engolir o choro e correr atrás de Diogo.

De todos que me cercaram, Diogo foi o único que não falou muito por eu ter voltado a fumar, ele disse que foi por causa do cheiro, não era tão ruim, era doce, mas que eu não esperasse por moleza que ele não me deixaria fumar toda hora, meu pai não gostou, mas disse que eu era responsável pelos meus atos, Isadora apenas me chamou de doida, eu sabia que todos sabiam o real motivo, mas ninguém abriu a boca pra falar.

Foi assim que se passaram meus dois meses sem Bill... ao completar um mês de namoro com Diogo, meu pai nos deu um par de alianças de compromisso, lindíssima, em ouro branco e cheia de brilhantes, porém ao meu ver era um símbolo muito forte, era um quase casamento usa-las, e por mais que eu tivesse um apresso enorme por Diogo eu não estava pronta pra usar, não do jeito que meu pai queria, Diogo, perfeitamente sendo Diogo, entendeu meus medos e pediu que ajustassem os anéis para usarmos no dedo do meio, quando elas voltaram da joaleria, ele mesmo colocou no meu dedo, suavizando a importância delas.

Renée, diferente de meu pai ficou na duvida sobre o que dar, e seguiu a sugestão de Isadora, e nos deu uma viagem pra Alemanha, destino Frankfurt – Berlim, Diogo ficou super feliz com a idéia de viajarmos sozinhos, mas eu acabei convidando Isadora pra ir conosco, Diogo se recuperou rapidamente da surpresa e reservou apenas dois quarto, eu sabia que era proposital, mas nem liguei, ele era meu namorado e me respeitava, não teria problema nenhum... era melhor do que ele no mesmo quarto do que Isadora! ... embarcamos uma semana depois de ter recebido as passagens, meu pai havia dispensado Isadora do trabalho pra ela nos acompanhar, a viagem foi terrível pra mim, uma mulher que havia sentado na poltrona da frente usava um perfume absurdamente amadeirado, resultado, passei a maior parte da viagem no banheiro, por conseqüência Diogo atrás de mim, vejam que abuso, uma aeromoça perguntar se eu estava grávida!

Ao chegarmos em Frankfurt, chovia muito, e o frio que fazia era um choque pra nós que havíamos acabado de aterrissar , eu e Isadora ficamos de boca roxa, e Diogo rindo nos levou para o hotel para nos esquentarmos.. o hotel era lindo, em um prédio colonial, mas luxuosíssimo, Diogo sabia do que eu gostava, nosso quarto era aconchegante, a cama era enorme, ate mesmo perto das nossas do palace, o aquecedor do quarto era na medida, o banheiro era perfeito, tinham tapetes persas no chão, e uma vista panorâmica pra praça central, Diogo mal me deixou no quarto e saiu, logo Isadora entrou e se sentou no divã próximo a sacada, e ficou me olhando, abri a porta de vidro e o ar gelado bateu levemente em meu rosto e eu acendi um cigarro..

– Vick você ta bem? Você vomitou a viagem toda – Isadora perguntou me olhando

– é só a droga da anemia, Dora! – falei tragando o cigarro.

– humpf, e por que você voltou a fumar, hein? – ela perguntou abanando a fumaça.

– não sei... deu vontade! Oh.. desculpa – falei apagando o cigarro..

  não sei como Diogo permitiu uma coisa dessas!

– nem eu, nem eu! – falei olhando a praça iluminada a frente..

– vamos sair hoje a noite? – ela perguntou depois de um longo silêncio

– aaaai, clarooo – falei saltitando.

– vou arrumar tudo com Diogo. Até! – ela falou saindo do quarto e me deixando sozinha.

Senti um cansaço repentino e de roupa e tudo me joguei na cama maravilhosa, dormi rapidamente, lembro apenas de alguns borrões, e quando acordei Diogo já havia voltado e estava ao meu lado comigo lhe agarrando o pescoço. eu o olhei calmamente e seu rosto estava meio confuso.

– o que foi Didinho? – perguntei passando a mão no seu rosto e chamando-o como Renée o chamava.

– nada meu anjo! – ele falou beijando minha cabeça

– fala.. não seria nada que lhe deixaria com essa cara – falei me afastando dele e olhando-o seriamente.

– você só teve um sonho ruim que me assustou, só isso! – ele falou como se doesse nele.

– tive? Não me lembro – falei sinceramente.

– eu voltei da recepção e você tava se contorcendo na cama, em um choro dolorido, apertando os travesseiros  e depois sua mão... olhe para elas – ele falou abrindo minhas mãos mostrando quase cortes – e quando eu te forcei a parar de chorar... – ele não terminou..

– eu o que? Falaa Diogo! – falei nervosa

– você abriu os olhos e gritou como naquele dia no hospital – ele falou me abraçando docemente – e depois você calou e me abraçou – ele finalizou beijando meu cabelo.

Depois daquele episódio fiquei muito receosa, não me lembrava de nada pra ter tido aquela reação. Diogo deixou que eu saísse com Isadora pra ver se cansada eu dormiria mais calmamente, ele havia alugado um carro mais cedo, e lá pelas 22h saímos do hotel, ainda ventava frio e garoava um pouco, o carro estava nos esperando na porta do hotel, foi ali que eu senti uma verdadeira onda de ciúmes de Diogo, eu estava com um jeans preto, e uma blusa branca de mangas compridas, botas de salto fino preto e uma jaqueta de couro e pele da mesma cor da bota, Isadora estava igualmente a mim, a única diferença era a cor da boa e da jaqueta, as dela eram cor de mel, ao ir abrir a porta pra entrarmos, Diogo me olhou dos pés a cabeça e me aprovou com um beijo demorado, paramos sem ar e rimos, e então ele virou-se pra abrir a porta pra Isadora e falou...

– você ta linda, Isadora! – ele elogiou rindo de lado

– obrigada, Diogo – ela falou sem graça

Entrei e bati a porta do carro, me encolhi de raiva no banco da frente, uma raiva insana cresceu dentro de mim, ta certo ela era minha melhor amiga e ele meu namorado, meeu, meeu só meu, todos os elogios eram pra ser só pra mim, ... mas o mal era que eu era egoísta.

– o que foi, meu anjo? – Diogo perguntou vendo meu rosto franzido.

– nada – sorri

– quer vomitar? – ele perguntou ficando sério

– não, não.... quero fumar – falei

– agora, amor? – ele perguntou me olhando

– Vick, você vai ficar fedendo a cigarro – Isadora falou.

– ta bom, ta bom! – falei me encostando no vidro.

Ao chegarmos na boate que era linda e estava absurdamente lotada, Diogo deu o carro pro manobrista estacionar ao sair, deu a mão pra me ajudar a sair, e fez o mesmo com Isadora... a cada toque dele nela fazia com que uma leoa rugisse dentro de mim de tanto ciúme, me coloquei entre eles  e entramos na boate, lá dentro era bem mais quentinho, bebemos muito, dançamos mais ainda, Diogo sempre nos cercando, suas mãos em minha cintura enquanto eu dançava, sua boca em meu pescoço, ele chamava muita atenção.. afinal ele era um deus grego, pensar isso me fez rir quando uma alemã olhou pra ele dos pés a cabeça com a boca aberta, e eu o beijei, a cara dela foi a mais engraçada. Lá pelas 3 da manha, pedi licença a eles pra ir fumar, peguei minha dose de vodka e sai pra sentar em uma mesa próxima ao bar ao lado dos fumantes, me sentei no banco mais alto e quando coloquei o cigarro em minha boca pra acender, um rosto muito familiar parou bem próximo ao meu...

– eu não acredito, eu não acreditoooo – ela disse

  Tay?  – perguntei confusa

– Vick! – ela falou em abraçando

– nossa, quanto tempo – sorri abraçando-a

– ahaam, muito mesmo... e aii? Como você ta? Ta bem? – ela perguntou olhando pro meu cigarro

– ssiim, eu to bem... e você!?

– aiin, eu to bem também, ta sozinha aqui? – ela perguntou enquanto olhava pros lados.

– não, não estou e você?? – perguntei

– não, eu to com Tom, Bill, Nicolle e Georg – ela falou casualmente

– aah, - meu sorriso se fechou – não diga que viu aqui – falei rapidamente... – tenho que ir

– eeei, não foge de mim nãooo..- ela riu – me dá o numero do teu celular..

– anota aii... 0443691399313, agora vou ter que ir mesmo – falei virando a dose de vodka

– vou dar um toque depois você salva meu numero... mas pra que a pressa?

– aaai, uma longa história... pergunte a Tom ou a Bill – falei asperamente

Tay me abraçou e eu sai apressadamente no meio das pessoas, ao encontrar Diogo sentado ao lado de Isadora,fiquei mais pálida ainda...e ele percebeu que eu estava nervosa com alguma coisa, ao ir sentar ao seu lado procurei com os olhos e achei aonde eles estavam, Tay havia acabado de chegar lá... Bill sentado e Nicolle em seu colo, Georg olhava a multidão...

– Diogo, eu já quero ir embora – falei

– já cansou, meu anjo? – ele falou me beijando

– aham, vamos Dora?

– claro., vamos Amiga...

Diogo foi na frente pra buscar o carro e Isadora me levou pra pagar a conta e eu propositalmente olhei pro chão quando passamos próximo ao local onde eles estavam...


PDV BILL ##ON##


Aquela festa estava tediosa, como tudo foi e seria depois daquele dia no Brasil , desde que deixei Victória foi como se meu coração tivesse sido despedaçado em milhares de pedaços, e ele sangrava mais ainda toda vez que eu olhava pra pulseira com o ‘V’ pendurado em meu braço... eu não me forcei a gostar de outra... eu não tinha tempo... eu não queria...

Tom havia me forçado a sair do hotel aquele dia, eu já havia ficado recluso demais segundo ele, nossas conversas reduziram muito, por algumas vezes eu havia escutado ele falar com nossa mãe sobre o meu estado de espírito, eu sabia que afetava a ele também, e naquela noite eu resolvi aceitar o seu pedido aproveitando que Tay estaria aqui, ele me deixaria um pouco em paz, mas Tay não vei sozinha... ter Nicolle e nada sentada e rebolando sobre mim era a mesma coisa, eu vi Tay entrar afoita pelo camarote, e sentou no colo de Tom...

– sabe quem eu vi ali em baixo? – ela perguntou pra mim..

– não – respondi tediosamente.

– Vick – ela falou pausadamente pra minha total compreensão

Tom arregalou os olhos me olhando e senti o sangue fluir do meu corpo.. era como se o mundo tivesse parando naquele instante

– sério, Tay? – perguntei vagarosamente

– sério.. ela ta com uma aparência tão diferentee – ele falou pensativa – espera que eu vou já acha-la..

Ficamos por alguns minutos na mesma posição que ela procurando, até que ela apontou triunfante a nossa frente...

– aaaah, acheeii, ali ela – ela falou

Eu a vi com a amiga, ela estava mesmo mais diferente, o cabelo estava mais platinado, seu corpo estava mais cheinho, mais curvelineo, em uma mão segurava a mão da amiga, uma carteira de cigarro e o celular, e com a mão vazia eu a vi mexer no cabelo, a pulseira pendeu e meu coração acelerou, meus olhos encheram de água, mas foi quando a luz piscou eu vi reluzir em seu dedo do meu um enorme anel de brilhantes, foi assim, que eu vi a diva que tinha sido minha ir embora... Tom correu pelas escadarias, eu queria dete-lo mas não conseguia me mexer...


PDV BILL ##OFF##


Sai apressadamente puxando Isadora pela mão, Diogo espera no lado de fora do carro ao abrir a porta pra mim, o encostei no carro e o beijei ferozmente, como sempre ele me colocou nos eixos com a mão e ficamos nos beijando lentamente, foi quando eu ouvi a voz rouca que me gelou o sangue...

Dora?

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog