sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 10

P. O. V. Duda
Assim que Carlo estacionou em frente à minha casa, subi as escadas e fui direto para meu quarto. Tomei um banho quentinho pra relaxar os músculos, vesti-me e desci para tomar café, saindo de casa às 7hs45min com minha câmera, o case contendo as lentes e meu notebook.
–Pronta para um dia longo de trabalho? -Carlo olhou-me através do espelho retrovisor.

–Prontíssima! -sorri animada. -Não vejo a hora de começar.

–Nossa, nunca vi alguém tão bem disposta! -riu. -Como aguenta chegar de uma viagem longa, passar a noite em uma boate e ir trabalhar sem dormir? -perguntou surpreso.

–Não sei. -respondi rindo.

Fomos conversando durante o trajeto até a agência, Carlo era bem humorado e estávamos nos tornando amigos, sentia-me bem na companhia dele.
–Está entregue mocinha! -falou estacionando em frente ao grande prédio.

–Obrigada, Carlo! -sorri gentilmente. -Nos vemos mais tarde, certo?

–Não faço mais que minha obrigação... -assentiu sorrindo. -Até mais tarde.

Desci do carro e entrei na agência, me sentia feliz por estar começando uma nova rotina. Quando entrei na recepção Anne estava conversando com a recepcionista e, ao me ver, sorriu.
–Olá. Eduarda! Vejo que chegou cedo... -olhou em seu relógio. -Pronta para começar?

–Oi Anne, como vai? -cumprimentei-a. -Estou pronta e empolgada!

–Estou ótima querida e parece que você também! -pausou. -Antes de ir quero que conheça Luíza. -Anne disse indicando a recepcionista.

–Olá Luíza, muito prazer! -estendi minha mão cumprimentando-a. -Sou Maria Eduarda.

–Olá, é um prazer conhece-la! -sorriu. -Seja bem-vinda.

–Obrigada.

Anne me levou até o estúdio que, à partir daquele dia. seria “meu cantinho”. Ficava no 3º andar, uma sala bem ampla, com todos os equipamentos necessários. Fiquei encantada ao ver que estava tudo como eu costumava deixar no antigo estúdio.
–Então, o que achou? -Anne perguntou estudando minha reação.

–É maravilhoso, Anne! -respondi olhando atentamente cada pedacinho do lugar.

–Bem, tentei fazer com que se parecesse com o estúdio em que trabalhou anteriormente... -confessou. -Cláudia me deu dicas.

–Está perfeito!

–Tenho trabalho para você: preciso que vá a uma reunião comigo hoje. Temos vários projetos para realizar e quero ver você em ação.

–Claro! -falei tentando não demonstrar minha aversão à reuniões. -Que horas é a reunião?

–Daqui a 10 minutos. Podemos nos dirigir à sala de reuniões agora, os nossos clientes chegarão logo.

Saímos do estúdio e fomos para uma sala reservada para as reuniões, sentia-me um pouco desconfortável, falava apenas o necessário. A reunião durou pouco mais de uma hora e, no fim, tínhamos dois projetos para realizar. Primeiro: fotos de um evento social para arrecadação de fundos para uma instituição carente que aconteceria no dia 20 de junho e o segundo: fotos para o lançamento do CD de Samy Deluxe.
–Então, o que achou da reunião? -Anne perguntou curiosa.

–Achei ótima... -respondi sinceramente.

–Aos poucos você se familiariza com essas reuniões chatas, não se preocupe! -riu. -Então garota, mãos à obra! Quero ver como vai se sair... Dependendo do resultado, terá a preferência em fazer trabalhos “especiais”. -cochichou.

Senti-me extasiada e, ao mesmo tempo, nervosa, mal havia chegado e começaria a fazer trabalhos grandes, faria o que estivesse ao meu alcance para ter um bom desempenho.
Retirei-me da sala de reuniões e fui para o estúdio, precisava pôr minhas idéias em ordem. Fiquei analisando o que era exigido e comecei o meu trabalho de planejamento... Primeiro dediquei minha atenção ao evento social e, depois de terminado o planejamento, olhei em meu relógio e eram quase 14hs.
–Ah, caramba, esqueci de deixar o celular no modo silencioso! -xinguei ouvindo a melodia aumentar gradativamente. -Alô?

–Oi Duda, aqui é o Bill.

–Oi meu anjo, dormiu bem?

–Sim e você?

–Eu nem dormi, vim trabalhar direto. -respondi rindo.

–Não me diga! -sua voz soou surpresa. -Coitadinha... Bem, você quer almoçar comigo? -convidou.

–É claro que sim, estou morrendo de fome. -aceitei ouvindo meu estômago protestar.

–Posso te buscar no trabalho?

–O que acha de nos encontrarmos?–sugeri. -Preciso caminhar um pouco, respirar ar puro.

–Por mim tudo bem! Nos encontramos no Mc do shopping daqui a vinte minutos?

–Ótimo! Até daqui a pouco, beijos.

–Beijos.

Eu não esperava aquela ligação, mas era bom escutar a voz suave do Bill, ele me acalmava. Peguei minha bolsa e caminhei até o shopping, avistei ele assim que cheguei.
–Duda! –Bill acenou indo na minha direção.

–Oi Bill.

–Como você está? -olhou-me atentamente. -Nem parece estar com sono.-disse Bill me abraçando.

–Estou bem e você? Eu perdi o sono depois de um problema que tive.- respondi lembrando-me de Tom.

–Estou ótimo! -pausou. -Mas você resolveu o problema?

–Ah, não se preocupe, vai ficar tudo bem! -sorri sacudindo a mão em sinal de indiferença. - Vamos comer?

–Se precisar de mim, é só falar. -ofereceu apoio. -Hm... Vamos comer. -Bill respondeu pousando seu braço em meus ombros.

Fizemos nossos pedidos e sentamo-nos em uma mesa “escondida”, porque Bill não queria ser incomodado por fãs na “hora do almoço”. Ele era engraçado e tinha um sorriso maravilhoso, sentia-me feliz ao lado dele.
Comemos e conversamos alegremente até eu perceber que precisava voltar para o trabalho.
–Bill, eu preciso ir... -comentei pesarosa.

–Mas já? -pareceu aborrecido. -Ah, está tão bom aqui! -fez bico.

–Eu concordo, é bom conversar com você, mas eu tenho que trabalhar.

–Está bem, eu te deixo no trabalho. -levantou dando-se por vencido, saímos do shopping e seguimos para a agência.
–Então é aqui que você trabalha? -Bill perguntou olhando para o prédio.

–Sim, de segunda à sexta-feira, das 8hs às 18hs. -respondi sorrindo.

–Hum... -murmurou. -Promete que vai almoçar comigo todas as semanas?

–Vou pensar no seu caso, Sr. Kaulitz! -respondi fingindo pensar.

–Pensa com carinho? -pediu descansando sua cabeça sobre um dos ombros e me lançando um olhar pedinte.

–Penso. -prometi e sorri achando seu comportamento extremamente fofo. -Agora preciso ir.

–Ok, se cuida meu anjo.

–Você também.

Bill desceu do carro e abriu a porta pra mim, parecendo um daqueles caras dos filmes românticos nos quais todos vivem felizes para sempre no final, apesar de tudo.
Desci do carro e nos despedimos com beijos no rosto.


Postado por: Grasiele

Resumption - Capítulo 9

 Tom puxou-me firmemente pela cintura e colou o seu corpo ao meu, coloquei minhas mãos em volta de seu pescoço. A maneira como dançávamos era completamente diferente das danças anteriores com Bill... Tom movimentava suas mãos pela minha cintura sem tira-las em momento algum, era como se quisesse muito mais do que uma simples dança. Seu jeito era extremamente sexy e sedutor, sentia sua respiração em minha pele, nossos rostos estavam muito próximos e cada toque dele deixava-me arrepiada. O cheiro dele me fazia perder os sentidos, mas eu não queria me deixar ser conquistada por ele.
–Tom. -falei em seu ouvido, pois a música estava muito alta.

–O que? -perguntou ele mordendo a minha orelha.

–Eu preciso beber alguma coisa. -respondi soltando-me de seus braços.

Fui para o bar e lá encontrei a Camila abraçada ao Gustav, conversando com Georg e Bill.
–Duda, o que está achando da festa? -Camila com um sorriso pervertido.

–Ótima e você?

–Ma-ra-vi-lho-sa! -riu escandalosamente, parecia bêbada. -Obrigada por ter me convencido a sair.

–Você me deve duas, hein Mila.

–Ge esta é a Duda, a amiga de quem lhe falamos. -Camila me ignorou e apontou para mim.

–Oi Duda, muito prazer... Você é linda. -Georg disse, seus olhos verdes brilhavam mesmo na pouca luminosidade do lugar.

–Prazer em conhecer você também... E muito obrigada. -sorri constrangida.

Senti uma mão contornar minha cintura e logo depois recebi um beijo no pescoço, era Tom.
–Eu também achei ela linda, Listing. -a voz de Tom soou carregada, como se tentasse demonstrar ao amigo que eu era sua propriedade... O que estava longe de ser verdade.

–Tom, pára de ser abusado e me solta. -disse entre dentes, demonstrando meu desagrado.

–Tudo bem... -suspirou se afastando. - Mas me diga, quem é o seu dançarino preferido! Eu ou o Bill?

–Digamos que temos empate técnico... -pausei. -E se eu for levar em consideração o seu mau comportamento, acho que o Bill ganha. -respondi vendo seu sorriso se desfazer.

Fui em direção ao Bill e logo vi Georg rindo.

–Não me diga que o Bill dançou! -lançou-me um olhar incrédulo. -Como eu perdi isso?

–Dancei sim, a Duda me disse que não é para ter medo do que os outros vão falar. -Bill mostrou a língua para Georg e colocou o braço sobre meus ombros.

–Eu estava só brincando, tchutchuquinho! -Georg afinou a voz e mandou um beijo para Bill.

Todos riram e eu encostei minha cabeça no braço do Bill, estava cansada e com certeza seria um tanto tarde.


–Mila, que horas são? -perguntei após um longo bocejo.

–Já passou da hora de irmos embora! -arregalou os olhos. -Espero que você consiga levantar pra trabalhar... São 5hs30.

–Hm... Você pode ficar, eu vou ligar pro Carlo.

–Quem é Carlo? -Tom perguntou arqueando as sobrancelhas.

–Motorista. -respondi rapidamente.

–Não quer que eu leve você em casa? -Bill ofereceu gentilmente.

–Não é preciso... Mas mesmo assim, muito obrigada. -sorri.
–Juízo, hein Dona Camila! -debochei.

–Pode deixar! -respondeu batendo continência.

–Gustav, não deixe ela abusar de você... Toma cuidado. -alertei rindo.

–Muito engraçadinha, Duda! Até parece que a tarada sou eu... -Camila protestou bufando.

–E quem mais seria? -perguntei arqueando as sobrancelhas.

–O Tom. -Gustav respondeu rindo.

–Sempre eu, caralho! Eu sou um santo... -Tom bufou e todos riram.

Liguei para Carlo que não demorou muito à chegar, despedi-me de todos e os gêmeos me acompanharam até a saída.

P. O. V. Bill Kaulitz
Pensa Bill, você vai deixar a garota ir embora sem ao menos saber o número dela? Wow, esse não sou eu, a convivência com o Tom tem afetado meu cérebro... Mas não custa nada tentar, afinal somos amigos?

–Duda, espera... Me dá o seu telefone?


P. O. V. Tom Kaulitz
Eu não estava acreditando no que via, o Bill pediu o número da Duda? Ah, mas eu não deixaria barato e corri atrás dela.

P. O. V. Duda
Anotei meu número em um papel que Bill me alcançou e saí em direção ao carro, deixando-o para trás... Mas, antes que pudesse seguirm em frente, senti alguém segurar meu braço.


–Hey, você vai embora sem me dar um beijo? -Tom perguntou e o encarei, dei-lhe um beijo na bochecha, mas ele não largou o meu braço.

–Você é muito má, sabia? Não era bem o beijo que eu estava esperando e você sabe disso. -mordeu o lábio. -Será que não tem dó deste pobre homem?

–Tom, eu sinto muito se não sou como você esperava que eu fosse, mas é bom você saber que não existe apenas o tipo de mulher que cai aos seus pés e que faria qualquer coisa pra ficar com você nem que seja uma noite. -respondi sem dar oportunidade para que ele retrucasse. -Espero que entenda, eu não vou ser só mais uma das que você usa e joga fora, está bem? -suspirei. -Nós dois sabemos muito bem que de pobre você não tem nada. -ri debochada. -Agora me solta porque eu tenho que trabalhar! Tchau. -falei puxando meu braço.

Saí a passos largos e deixei Tom com cara de bocó parado na frente da boate quase vazia.

–Hallo, Carlo! -cumprimentei-o. -Como passou a noite?

–Bem e a senhorita?

–Por favor, me chame apenas de Duda! -pedi. -A noite foi boa, embora minha manhã esteja começando meio agitada.-respondi sorrindo.

–Desculpe me intrometer, mas o Sr. Kaulitz parecia decepcionado...

–Não tem pelo que se desculpar... -sorri gentilmente. -Tom parece ter ouvido o seu primeiro “NÃO”, digamos que foi um tanto audível. -ri.

–Para tudo tem uma primeira vez, certo? -assenti. -Acredite, ele não vai desistir fácil, afinal não é todo dia que alguma moça nega entregar-se aos “encantos” dele. -sua voz soou séria.

–Não se preocupe, do que depender de mim ele desistirá e ouvirá “NÃO” até cansar. -respondi suspirando.

–Sabe se a srta. Camila vai querer que a leve para casa?

–Acho que ela vai dormir fora... Não sei, talvez ela ligue. -dei de ombros demonstrando minha indiferença, afinal ela estava segura, -Gostaria que me esperasse para ir ao trabalho, não vou conseguir dormir... Então é melhor eu comer alguma coisa e me trocar. -pedi.

–Esperarei. -sorriu e deu a partida.


NA SAÍDA DA BOATE....


Tom ficou minutos parado na frente da boate, tentando processar as palavras que Duda tinha dito, nunca nenhuma garota havia o rejeitado...
P. O. V. Tom Kaulitz
Não acredito que fui dispensado, cara... Isso não pode ter acontecido comigo! Eu passei a noite inteira sem pegar ninguém por causa daquela garota e ela simplesmente me “chuta”? Como ela conseguiu me enganar? Eu pensei que ela estivesse na minha mão, mas me enganei e fiquei com cara de abobado... Isso não vai ficar assim! Ela se meteu com o cara errado, digo, o certo... Ah, sei lá, que se foda.

Postado por: Grasiele

Resumption - Capítulo 8

Quando Camila virou-se para olhar, um garoto estava indo na direção do bar... Reconheci-o de imediato, era Gustav Shäfer, o baterista da banda Tokio Hotel, a paixão platônica de minha amiga.
–Eu quero uma vodka! -Gustav pediu ao barman e sentou-se ao lado de Camila.

Poucos instantes depois o pedido de Gustav foi atendido e, com sua bebida em mãos, voltou-se para nós.

–Oi, sou Gustav, vocês vêm sempre aqui?

–Oi, eu sou Camila e essa é a Duda. -minha amiga disse rapidamente, a euforia estava palpável em sua voz. -Nós acabamos de chegar na Alemanha.

–Prazer em conhecer vocês! -ele sorriu bebericando seu copo. -Logo vi, são muito mais bonitas que as meninas daqui. -elogiou.

–Obrigada. -falamos em uníssono.

–Duda, você não se importa se eu chamar sua amiga para dançar, né?

–Claro que não! Divirtam-se. -respondi rindo ao sentir Camila me acotovelando.


Camila e Gustav foram dançar perto de Georg, o baixista, que estava acompanhado por uma moça loira.

–Alguma bebida sehorita? -perguntou o barman.

–Whisky com redbull, por favor. -respondi terminando a minha dose anterior.

–O mesmo pra mim. –uma voz grossa soou atrás de mim e, sem seguida, um garoto de dreads sentou-se ao meu lado esquerdo... Reconheci de imediato, era Tom Kaulitz, o guitarrista da mesma banda.

–E eu quero um Martini Rosato. -uma voz masculina, mas suave, soou e outro garoto, este com cabelos negros e espetados, sentou-se ao meu lado esquerdo... Aquele era Bill Kaulitz, o vocalista.

Eu não demonstrei reação alguma à presença dos dois, não queria paresser uma adolescente histérica, mesmo que fossem meus ídolos.

–Você está sozinha? -a voz de Bill dirigiu-se à mim e ele deu um gole em seu copo.

–Não, estou com uma amiga. -respondi simplesmente.

–Mas você está sem companhia no momento, não? -Tom perguntou me olhando fixamente.

–Sim.

–Se importa se eu lhe fizer companhia? -Bill perguntou sorrindo timidamente.

–Claro que não.

–Eu posso ficar também? -Tom perguntou passando a língua em seu piercing.

–Faça o que achar melhor. -tentei não dar muita “corda” pra ele, afinal era o garoto mais galinha da Alemanha.

–Meu nome é Bill. -o de cabelos negros apresentou-se estendendo a mão para que o cumprimentasse.

–E eu sou Tom. –disse o abusado, beijando minha bochecha.

–Maria Eduarda. -apresentei-me. -Muito prazer. -sorri.

–O prazer é todo meu. –Tom galanteou, fazendo-me revirar os olhos.

Bebemos e conversamos por um bom tempo, eles eram legais e com personalidades opostas: Bill era encantador e gentil, Tom extremamente sexy e convencido.


–Vocês não vão dançar? -perguntei após algum tempo, na verdade estava querendo me livrar do olhar "investigativo" de Tom.

–Eu vou se você for. -Tom respondeu ostentando um sorriso safado em seus lábios carnudos.

–Eu não sei dançar muito bem. -Bill cochichou, mas eu o ouvi.

–Sem problemas, o importante é se divertir, vem comigo. -falei puxando Bill pelo braço e ignorando Tom.

Deixamos Tom no bar e fomos dançar, Bill segurou em minha cintura com calma e, em seguida, coloquei as mãos em volta do seu pescoço.

–Acho que não consigo, Duda. Posso te chamar de Duda? -Bill fez uma careta fofa demonstrando sua timidez, o que deixou-o extremamente fofo.

–Mas é claro que sim... Bill sente a batida da música e deixa que ela tome conta de você. -orientei.


P. O. V. Bill Kaulitz

Pela primeira vez na vida fiquei tímido perto de uma garota... Claro que nunca fui um cara-de-pau como meu irmão, mas um pouco descontraído. Eu estava me sentindo totalmente paralisado, não sabia bem ao certo o que fazer. Porque eu me sentia assim perto da Duda? Não sei exatamente... Mas ela além de linda, era realmente diferente de qualquer outra garota que tenha conhecido. A energia dela contagiava.
O que mais me deixava feliz era o fato de ela não se deixar levar pelas investidas do meu irmão... Ela não merecia ser usada, mas respeitada.


P. O. V. Duda


Parecia que Bill havia entendido perfeitamente o que eu lhe dissera, estava deixando-se levar pela música. Aproximou mais o seu corpo e, em poucos instantes, parecíamos um casal de dançarinos. Era impressionante a forma como ele me conduzia, não parecia estar querendo aproveitar-se da dança para se aproximar de mim... Ele era gentil até mesmo dançando.
Percebi, depois de algum tempo, que Bill estava “em outro mundo”.
–Bill, hey. –chamei-o afastando um pouco nossos corpos.

–Ah, hein? -perguntou acordando de um suposto transe.

–No que a sua cabecinha estava ocupada, hein? -perguntei curiosa.

–Em nada de mais.... -sorriu lindamente.

–Sei... -arqueei as sobrancelhas.

–É sério! -riu de minha desconfiança. -Bem, o que acha de continuarmos dançando?

–Acho uma ótima idéia! -respondi entrelaçando minhas mãos em seu pescoço, o que o fez sorrir.


P. O. V. Tom Kaulitz

Eu não estava acreditando... A garota simplesmente me ignorou e foi dançar com o meu irmão, o que tem de errado com ela? Todas as mulheres caem aos meus pés e com ela seria diferente porque?
Estalei a língua e levantei indo em direção ao casalzinho feliz, aquilo estava me deixando irritado.


P. O. V. Duda
Dançamos várias músicas, até Tom aparecer e começar a conversar conosco, na verdade, comigo.


–Duda você fez o Bill dançar, parabéns. -sua voz soou sarcástica.

–Não é a mim que você deve parabenizar Tom, mas sim o seu irmão... Eu não fiz nada. -ignorei seu tom.

–Sei... -franziu o cenho. -Quer dançar comigo? -perguntou ignorando a presença do irmão.

–Sinto muito, mas não vou deixar o meu dançarino sozinho. -respondi acabando com qualquer esperança de ter minha companhia.

–Ah maninho, vai procurar uma garota pra você, essa é minha. -Bill fez-se notar e sorri por seu gesto.

–Mas nenhuma delas dança como a Duda, eu quero ela pra mim! -Tom retrucou fazendo bico.

–Eu divido ela com você, o que acha? -Bill perguntou e me olhou com um pouco de pesar.

–Tá bem, melhor do que nada. -Tom bufou e revirou os olhos, parecia uma criança mimada.

–Cuide bem dela! -Bill disse olhando seriamente para o irmão, encararam-se em silêncio por algum segundo, como se estivessem conversando apenas pelo olhar.

–Pode ter certeza que sim. -Tom quebrou o silêncio entre eles e mordeu o lábio.

Bill beijou-me na bochecha e desapareceu no meio da pista.

–Agora somos só eu e você. -Tom sussurrou em meu ouvido.
Postado por: Grasiele

Resumption - Capítulo 7

 Virei-me para olhar a pista de dança e jurei ter visto os meninos do Tokio Hotel.

–Mila, eu vi os meninos do Tokio Hotel! -cochichei em seu ouvido devido o volume alto da música.

–Ei, pára já de beber! Você está vendo coisas. -disse Camila tirando o copo da minha mão.

–Olhe você mesma e devolve o meu copo! -falei fazendo bico.


P. O. V. Tom Kaulitz
Apesar do cansaço do último show, estava me sentindo tão animado e acabei convidando os caras da banda pra uma balada. Precisava me divertir, dançar e pegar umas gatas...

–Hey caras, o que acham de irmos até a Icon hoje?

–Boa idéia! -respondem Georg e Gustav em uníssono.

–Eu não estou a fim de sair, podem ir. -meu gêmeo respondeu desanimado.

–Ah, pára de ser bicha e vamos de uma vez, você não vai se arrepender maninho. -ordenei empurrando-o até a porta.

–Tá legal, seu mala! -bufou. -Se eu não for vocês vão ficar me enchendo o saco. -revirou os olhos.

Entramos no meu carro e seguimos para a boate, com certeza estaria cheia e como sempre teríamos que entrar pelos fundos para não sermos reconhecidos e atacados pelos fãs.
Estávamos saindo do carro disfarçadamente e da rua já podia ver que a festa estava bombando, sentia que seria a noite. Entramos na boate e nos encaminhamos até a área VIP, a pista estava cheia e as gatinhas agitavam seus corpos perfeitos no ritmo da música.

–Isso aqui está bombando hoje, hein! -disse Georg olhando uma garota loira.

–Não estou vendo nada de mais, aliás acho que vou embora. -Bill comentou carrancudo.

–Nada disso, bebe alguma coisa e vê se solta. –Gustav impôs.

–Como vocês querem que eu me divirta? Caralho, são sempre as mesmas pessoas, essas garotas só chegam perto da gente por interesse. -meu gêmeo tagarelou nervoso.

–Eu vou falar com aquela loirinha, fui. -Georg saiu em direção à garota que estava olhando-o descaradamente.

–Acho que eu encontrei a minha diversão. -Gustav falou indo em direção ao bar.

Bill e eu ficamos observando Gustav falar com uma garota que tinha os cabelos curtos, cacheados e pretos, era baixa e parecia bem simpática.... Mas a garota ao seu lado “roubou” os meus sentidos, seus cabelos cumpridos e castanhos batiam na cintura, seu corpo curvilíneo parecia esculpido cuidadosamente, os olhos castanhos levemente puxados, um sorriso encantador brincava em seus lábios e ela parecia simples, delicada e ao mesmo tempo extremamente sexy, tentadora, uma personalidade composta por uma mistura interessante... Nunca tinha visto uma garota tão linda e atraente como aquela.


–Bill eu vou lá no bar pedir algo pra beber, você vai ficar aqui?

–Não, acho melhor eu ir também. -respondeu com um sorriso nos lábios.

Fomos em direção ao bar e, no pequeno caminho que percorremos, questionei mentalmente se era possível meu irmão ter se interessado naquela garota, na minha garota. E como não iria se interessar por uma gata daquelas? Bem, o melhor era não pensar e apenas agir... Afinal é isso que Tom Kaulitz faz! Vai ao ataque.

Postado por: Grasiele

Resumption - Capítulo 6

 Não estava acreditando no que acontecia... Eu tinha um emprego ótimo, minha melhor amiga estava comigo, eu “ganhei” uma casa e tenho um motorista. Não tinha imaginado que tais coisas pudessem acontecer.
Em poucos minutos estávamos parados em frente a uma linda casa de três andares e uma escada dava acesso à porta.


–Chegamos, vou levar as malas. -disse Carlo.

Enquanto Carlo pegava as malas, descemos do carro e entramos na casa.

–Muito obrigada! -agradeci.

–Por nada! Se precisarem de qualquer coisa é só me ligar. – disse alcançando-me um cartão e saindo da casa.

Camila foi até a cozinha e me chamou.


–Vem ver isso Duda! Essa cozinha é meu sonho de consumo! Doce, refrigerante...

–Ual! Quanta besteira e a comida saudável, hein? -falei em tom de reprovação.

–Dudinha, para de ser chata! Você vai ficar verde de tanto comer alface. -riu.

–Ah, não vem com essa! -bufei. -Você sabe muito bem que eu amo tudo que engorda. -falei pegando o sorvete no congelador.

–Tá, às vezes você abandona o alface. -debochou. -Nham... Sorvete. -suspirou me alcançando uma colher.

Liguei o rádio a todo volume, comemos sorvete, dançamos e cantamos feito loucas pela casa até cansarmos, quando percebemos já eram onze da noite.


–Mila, o que você acha de conhecermos a noite alemã?

–Acho uma boa idéia, mas hoje?

–Ah vamos, por favor? –pedi com cara de cão que caiu do caminhão da mudança.

–Está bem! -revirou os olhos. -Não sei quem resistiria à essa sua carinha, chantagem emocional pura.

–Eba, você é a melhor irmã do mundo!

–E você a amiga mais puxa-saco!-riu debochada.

–Boba!-gritei derrubando-a no sofá.

–Você me paga Duda!-falou correndo em minha direção.

Ri e enquanto subia as escadas depressa pra que a Camila não alcançasse, tranquei a porta, tomei um banho rápido e me vesti.

–Eu já liguei pro Carlo, você está pronta? -sua voz soou baixa, provavelmente estava no andar inferior.

–Sim, já vou descer.

A campainha tocou, pegamos nossos pertences e caminhamos em direção ao carro, sendo acompanhadas por Carlo.


–As senhoritas querem ir aonde?

–Você tem alguma sugestão? -perguntei.

–Posso levá-las à boate que a senhora Anne frequenta.

Camila e eu nos olhamos rapidamente, estávamos imaginando Anne em uma boate cheia de jovens, não que ela fosse velha, aparentava ter pouco mais de trinta anos, mas parecia não gostar desse tipo de diversão.
–Sei que parece estranho, mas é comum todos saírem à noite por aqui. -Carlo disse respondendo aos meus pensamentos.

Logo o carro foi estacionado em frente a uma grande e movimentada boate, esta que tinha uma fila grande.

–Se não se importam, vou acompanhá-las.

–Não se preocupe conosco. -disse Camila.

–Acredito que saibam se defender, mas sei que não gostariam de esperar na fila.

–Não compreendi. -disse franzindo a testa.

–Como eu havia dito antes... A Sra. Anne frequenta esta boate e, tanto ela quanto eu, temos “passe livre”.

–Por mim tudo bem, vamos? -Camila apressou-se em dizer.

Saímos do carro e fomos para a entrada, logo um dos seguranças do tipo “muralha da China", ele até tinha os olhos puxados, parou-nos.


–As senhoritas estão comigo. -Carlo falou.

–Me desculpem pela indelicadeza! Entrem e divirtam-se. -disse o segurança.

Entramos na boate... Conseguia sentir a energia contagiante do lugar, as pessoas dançavam e bebiam alegremente.

–Fiquem e divirtam-se! –disse Carlo despedindo-se.

–Ok! -Camila respondeu balançando-se no ritmo da música.

–Vamos beber alguma coisa? -convidei-a.

Camila e eu fomos para o bar, e pedimos nossas bebidas.

–Não sei como o seu fígado aguenta
whisky, é muito forte. -Camila comentou rindo.

–Nem eu, mas não fui eu que fiquei de porre da última vez, dona Camila bebum! -respondi debochada.

Virei-me para olhar a pista de dança e jurei ter visto os meninos do Tokio Hotel.


Postado por: Grasiele

Resumption - Capítulo 5

 Andava devagar pela rua, lembrando de tudo o que vivi desde que cheguei no Brasil... As dificuldades que enfrentei por vir de um país diferente e não conhecer ninguém, as amizades que fiz, as brigas dos meus pais, a separação deles, o meu ex-namorado e a traição dele com a minha ex-melhor amiga, a briga com os meus pais, a amizade da Camila e o meu emprego. E agora eu estava prestes a retornar à Alemanha, o lugar ao qual eu realmente pertencia e de onde nunca deveria ter saído.

Fui tirada dos meus devaneios pelo meu celular.


–Alô!

–Hallo!- disse uma mulher.

Estava surpresa, pois a mulher falava em alemão. Voltei a falar, desta vez no idioma dela.

–Me desculpe, quem gostaria?-perguntei confusa.

–Aqui é Anne da agência alemã, poderia falar com a senhorita Müller, por gentileza?-respondeu a mulher.

–Bem, sou eu mesma, muito prazer.

–Bem querida, estou ligando para avisar que providenciei um motorista para ir buscá-la no aeroporto quando desembarcar! E por favor, pode me chamar apenas de Anne!-disse.

–Está bem, Anne... Obrigada.

–Se quiser pode vir até a agência quando chegar! Até logo e boa viagem.

–Claro, assim que desembarcar irei conhecê-la! Até logo e obrigada.-respondi desligando o celular.


Voltei para casa às 18 horas, levei as malas para a sala, peguei meu violão e o notebook, liguei o rádio e deitei no sofá. Acabei pegando no sono com Monsoon 1000 Oceans do Tokio Hotel e acordei atrasada. Chamei um táxi e desci com as malas, quando entrei no táxi Camila estava me ligando.

–Alô, Mila!

–Maria Eduarda você só podia estar dormindo, né menina! Sabe que horas são? Faltam 15 minutos pro embarque e você nem fez seu check-in ainda!

–Para de rodar a baiana, tá querendo dar passe no meio do aeroporto?! Eu moro bem perto daí e não tem quase ninguém na rua à essa hora... Em 5 minutos eu chego aí! Tchau.

Não demorou muito e cheguei no aeroporto, peguei minhas malas, fiz o check-in e procurei a Camila.

–Aleluia Jesus! Pensei que ia pra Alemanha sozinha atrás do Gustav.

–Mila não começa! Eu já estou aqui e quanto ao Gustav... Bem, você cuida dele quando chegarmos em Berlim, certo?

–Tudo bem, agora vamos pro avião. –falou me empurrando.

Embarcamos no avião com os nossos Ipods e logo que nos acomodamos começamos a conversar.

–Mila, se prepara porque a viagem vai ser longa!

–Nem me fala, por sua culpa vou ficar velha e com lordose! Quando chegar na nossa nova casa vou me atirar na cama! -bufou.

–Por minha causa? Você que praticamente se convidou pra viajar comigo. -fingi-me irritada.

–Arre jumenta! Eu só me propus a fazer companhia pra você, eu seu que não vive longe de mim.- disse apertando minhas bochechas.

–Convencida! –revirei os olhos. -Mas mudando de assunto, antes de irmos pro hotel eu vou na agência conhecer a minha chefe.

–Eu acho que aguento mais uns minutinhos!

Nós rimos e continuamos conversando por algumas horas, tínhamos muitas coisas para conversar, já que estávamos voando “rumo ao futuro”. Quando não estávamos conversando, ouvíamos música ou dormíamos. A viagem foi cansativa, voamos de São Paulo à Lisbia e de lá até Berlim.

–Duda, acorda!-Camila me sacudiu.

–O que foi Mila? Que horas são?

–Chegamos! São quatro horas da tarde!

–Nossa, não aguentava mais essa poltrona. –resmunguei. -Agora vamos, quero conhecer logo a Anne e depois ir pra um hotel.


Desembarcamos, pegamos as nossas malas e fomos procurar o tal motorista. Foi difícil, pois o aeroporto estava cheio, mas não demoramos muito para avistar um rapaz segurando uma placa com meu nome. Passamos por entre as pessoas e chegamos até onde o motorista estava parado.



–Sou Maria Eduarda Müller e esta é Camila Gonçalves, minha amiga.

–Muito prazer Srtas. Sou Carlo Schimidt!

–Muito prazer. –dissemos em uníssono.

– Poderia nos levar até a agência, por favor?

–Claro, a Sra. Anne estava à sua espera.

Demoramos 20 minutos para chegar até a agência. Era um prédio lindo, com muitos andares, bem diferente da agência em que trabalhava no Brasil.


–Poderia nos esperar aqui? Voltamos em poucos minutos!

–Claro!

Camila e eu entramos no prédio e pedimos para falar com Anne, enquanto isso, ficamos admirando a sala de espera que era confortável e aconchegante. A recepcionista logo permitiu que fôssemos até a sala de Anne e então entramos no elevador que ficava ao lado da recepção e subimos ao 2º andar. Saímos do elevador e entramos em um corredor bem iluminado, com paredes claras e quadros dispostos respectivamente em cada uma delas. Uma mulher ruiva, com estatura mediana, olhos verde-escuro e sorriso encantador foi até nós.

–Olá! Você deve ser a menina Müller!

–Sou eu! Muito prazer Sra. Anne! –cumprimentei-a educadamente. - Essa é minha amiga Camila.

–Muito prazer! Chame-me apenas de Anne, sim?

–Cl-claro.

–Bem, estou feliz que tenha aceitado o convite para trabalhar comigo! Cláudia me disse que confiava plenamente em você e acredito que comigo não será diferente. –sorriu. -Devem estar cansadas, o motorista levará vocês em casa.

–Obrigada, Anne... Amanhã estarei aqui no horário!

–Até amanhã, então!


Despedimo-nos de Anne, saímos da agência e entramos no carro.

–As senhoritas vão para casa?

–Vamos para um hotel.-respondeu Camila.

–Hotel? Bem, a Sra. Anne alugou um imóvel para a senhorita Müller.

–Não acredito! Tem certeza?-perguntei surpresa.

–Sim e, se me permitirem, as levarei até a sua nova casa.

–Claro, muito obrigada.

Postado por: Grasiele

Resumption - Capítulo 4

Acordei-me com a luz do sol em meu rosto, estava de bom humor. Sentia que tudo daria certo, fui até o banheiro e fiz minha higiene. Logo depois fui até a cozinha e, enquanto pegava um iogurte na geladeira, abri o envelope que buscara na portaria na noite passada.

–Hum... Está tudo ok. -analisei meus dados pessoais. -A viagem está marcada para 15 de Junho de 2008, quarta-feira, às 2hs30... Mas hoje é terça! Putz, cadê o telefone? –perguntei enquanto procurava o aparelho.

Liguei para Camila, ela não atendia o telefone... Tentei várias vezes até que a mesma atendeu.

–Alô, quem está falando? Isso são horas de ligar pra casa dos outros? –perguntou sonolenta.

–Acoorda dorminhoca, liguei pra avisar sobre a viagem! -suspirei- É a Duda quem está falando. –ri.

–Você é louca, garota? São 8 horas! E o que tem a viagem? –sua voz soava arrastada.

–Já é tarde e você vai ter um longo dia! A viagem foi marcada pra amanhã, às 2hs30! Você precisa dos documentos e da passagem, se meche!- falei.

–Tudo bem, mas 2hs30 da manhã? Pra que tão cedo? –perguntou indignada.

–Eu é que vou saber? Mas pra mim tanto faz, quero mais é embarcar logo!-respondi feliz da vida.

–Eu também não vejo a hora de criar asas e voar! –disse rindo.
–Ok, o que você acha de almoçarmos juntas? Você resolve suas coisas, enquanto eu arrumo as minhas malas e depois a gente se encontra... –tagarelei. –E então?

– Por mim tudo bem! A gente aproveita e conversa sobre onde vamos morar. –respondeu animada.

–Então está combinado! Beijo. –despedi-me.

Terminei de comer o iogurte e fui pro quarto arrumar as malas. Resolvi levar só o básico, afinal de contas, na Alemanha estaria um clima agradável e não seria necessário levar tantas peças de roupa... Poderia comprar o que necessitasse por lá mesmo.
Fiquei horas arrumando as malas e quando percebi era quase hora do almoço, pouco tempo depois Camila ligou e combinamos de almoçar no shopping.

–Oi... Conseguiu resolver tudo? – perguntei sentando-me ao lado de Camila na praça de alimentação.

–Oi, Duda! Consegui e, graças à Deus, o pior já passou. –respondeu rindo.

–Ainda bem que resolveram a parte burocrática por mim. –suspirei. -Mas então, nós vamos comer o que eu estou imaginando? –perguntei.

–Se for a mesma coisa na qual estou pensando, sim.

–Mc Donald’s ! – dissemos as duas juntas aos risos.


Depois de almoçarmos, conversamos sobre a viagem e combinamos o horário que nos encontraríamos no aeroporto.



–Bem, já são 15 hs, você precisa arrumar as suas malas... Eu vou pra casa, talvez dê uma última caminhada no parque antes de ir embora.

–É, preciso arrumar as malas e não tenho noção do que colocar nelas. –respondeu fazendo uma careta.

–Amiga, leva só o básico... Na Alemanha essa época do ano o clima é bom, se precisarmos vamos às compras.

–O que deu em você? Nunca foi de fazer compras. –arqueou as sobrancelhas.

–Quando é preciso eu acabo por fazer umas comprinhas básicas. –respondi sacudindo os braços indiferente.

–Ok, nos vemos mais tarde... Se cuida!

–Você também. –despedi-me e fui andando até meu apartamento.


Quando cheguei à portaria, avisei à José, o porteiro, que iria viajar e que, se alguém procurasse por mim, era para dizer que não tinha autorização para falar nada sobre mim. Era melhor que eu deixasse absolutamente tudo o que me “ligava” ao Brasil para trás, iria começar uma vida nova.

Subi as escadas, entrei no meu apartamento, coloquei uma roupa confortável e fui caminhar no parque uma última vez.


Postado por: Grasiele

Resumption - Capítulo 3

 Fomos até a cozinha e lanchamos.

–Bem, eu não agüento mais esperar, estou morrendo de curiosidade, conta logo o que você tinha que falar!- disse Camila.

–Está bem... Eu recebi uma proposta de emprego, na matriz da agência em que eu trabalho. –respondi alegre.

–Não me diga! Amiga que ótimo e você aceitou? Ah, diz que sim!

–Claro que sim! E você não vai acreditar, é na Alemanha! -respondi sorrindo.

–Oh, mein gott! Eu vou com você amiga, quando é viagem? Eu não vou perder a oportunidade de sair do país! Não agüento mais viver com os meus pais. E imagina só se nós, duas lindas brasileiras, encontrarmos os garotos do Tokio Hotel! –falou pulando de alegria.

–Calma Mila! Porque você quer ir embora? Eu sei que os nossos meninos são sonhos de consumo e que seria ótimo encontrá-los, mas a sua vida aqui é perfeita. Não tem do que reclamar, sempre que quer alguma coisa teus pais te dão. – falei sem entender.

–Você sabe... Eu preciso viver! Meus pais me controlam demais, eu sei que se eu precisar eles não vão me negar nada e sou grata por eles cuidarem de mim. Mas eu preciso ter a minha vida. –respondeu calmamente.

–Hum... Tudo bem. Eu convido você pra viajar comigo, você aceita? –perguntei.

–Mas é claro, Dudinha!-respondeu pulando em cima de mim.

–Eu não sei o que seria da gente se não tivéssemos uma à outra, você é a irmã que eu não tive, Mila. –falei.

–É verdade... Acho que estaríamos sozinhas no mundo. Você é como minha irmã mais nova! –concordou.

–Acho engraçado, toda a vez que saímos juntas perguntam se somos irmãs! Não somos tão parecidas assim. –falei rindo.

–Você nunca vai achar mesmo! Eu sou mais baixa que você, tenho os cabelos cacheados e sou mais velha, apesar de acharem que sou a "caçula". Ah, e mais bonita, é claro. –debochou.

–Nem um pouco convencida, coitada. –falei rindo.

–Haha, eu vou embora maninha! Me liga quando souber a data e o horário da viagem, preciso comprar a passagem. – disse indo em direção à porta.

–Te ligo sim! Tchau. –falei despedindo-me.

–Tchau e se cuida. –responde Camila.

Fui para o meu quarto e peguei meu violão, fui até a varanda, sentei-me em uma cadeira e comecei a cantar:
This is my same old coat
Este é o meu casaco velho de sempre

And my same old shoes

I was the same old me
Eu era a mesma velha de antes

With the same old blues

Com as velhas tristezas de sempre


O telefone tocou e atendi-o.

–Alô, Maria Eduarda?-pergunta a voz do outro lado.

–Pois não? Quem gostaria? –perguntei.

–Bem, desculpe-me por incomodá-la a esta hora... Sou Isabel, secretária da Cláudia. –diz a mulher.

–Certo... Então Isa, em que posse ajudá-la? –perguntei simpaticamente.

–Cláudia pediu para que eu deixasse os documentos e a sua passagem para a viagem em suas mãos, mas não quis incomodá-la, então deixei na portaria do seu prédio... Está bem? –disse.

–Não seria incômodo nenhum atender você, mas mesmo assim agradeço pela gentileza.

–Não há de quê! Boa sorte, garota! Boa noite. –desejou.

–Muito obrigada! Boa noite! –despedi-me.

Fui até a portaria e peguei o envelope com os documentos e a passagem, e depois fui direto para a cama. Fiquei imaginando como seria minha vida daquele momento em diante e logo peguei no sono.

Postado por: Grasiele

Resumption - Capítulo 2

Cheguei em casa, tirei os sapatos e fui tomar um banho relaxante. Assim que saí do banho e vesti-me, peguei o celular e liguei para minha amiga Camila.

–Alô, Mila? – falei.

–Duda! Oi amiga, como é que você está? – perguntou Camila.

–Estou ótima e você? Tenho uma coisa ótima pra te contar.- falei com felicidade na voz.

–Estou bem, me diz o que é por favor! – implorou Camila.

–Hum... Por que você não vem aqui em casa? Acho melhor te contar pessoalmente!- respondi.

–Aiii, você e a sua mania de me deixar curiosa! Tá bem, eu vou aí, não demoro. Beijo.- disse fingindo estar brava.

–Até daqui a pouco, beijo. –falei desligando o telefone.

Fui até a cozinha preparar um lanche enquanto esperava Camila. A campainha toca
em seguida.

–Será que já é a Camila? Nossa, não pode ser. - questionei-me.

Fui até a porta e abri-a. Quando vi quem estava em minha frente não acreditei... Era Caio, meu ex-namorado, com um buquê de flores enorme em mãos.

–Duda meu amor, que saudade! Eu preciso conversar com você, me perdoa por favor? Você sabe que eu te amo, não quero te perder, eu preciso de você!- disse me abraçando.

–Caio, o que você está fazendo aqui? Depois do que você fez ainda tem coragem de aparecer? É muita cara-de-pau mesmo. –falei empurrando-o.

–Você sabe que não foi por querer! –disse tentando se desculpar.

–Ah, não foi? Vai dizer que a culpa foi só da Vanessa agora! Por favor, não me diga que me ama, isto está ficando ridículo!-gritei.

–Mas é a verdade! Se ela realmente fosse sua amiga, não teria me agarrado!- Caio tentava se defender.

–E se você realmente me amasse, teria dado um jeito de se livrar dela! Você quer o meu perdão? Você está perdoado! Agora dê o fora daqui e não aparece nunca mais! –falei chorando.

A campainha tocou e fui abrir a porta, desta vez era minha melhor amiga, Camila.

–Ei, Duda por que você está chorando? –pergunta Camila preocupada e vê Caio parado no meio da sala.

–O que você está fazendo aqui garoto? Já não basta o que você fez com a minha amiga? Dá o fora daqui e leva essas rosas de macumba daqui! Imbecil. –minha amiga disse irritada.

Caio saiu a passos largos do meu apartamento e deixou-me chorando.

–Ei Duda, não fica assim! Ele não merece que você chore por ele. –Camila tentava me acalmar.

–Ai, que raiva desse garoto! – falei limpando as lágrimas.

–Venha, vamos até a cozinha beber alguma coisa... E não se esqueça de me contar a novidade. –disse com os olhos brilhando como os de uma criança.

–Está bem, mas para de fazer essa cara de louca, eu estou ficando com medo. – falei rindo.

–Boba!- diz Camila me mostrando a língua.

Postado por: Grasiele

Resumption - Capítulo 1

Sou Maria Eduarda Müller, filha de mãe brasileira e pai alemão, nasci na Alemanha e aos meus 3 anos de idade mudei-me para o Brasil com meus pais. Deixei meus avós paternos tristes com minha partida, pois era a única alegria em suas vidas, já que não tinham mais netos e não relacionavam-se muito bem com meu pai.
Anos passaram-se e quando completei 18 anos, estava formada no curso avançado de fotografia, filmagem e edição de imagens, e trabalhando em uma agência publicitária. Briguei com meus pais há 2 anos atrás, pois queria morar sozinha e saí de casa

Estava no estúdio editando as fotos que havia tirado mais cedo, quando o telefone tocou.

– Alô ? –falei.

– Senhorita Müller, preciso que venha até a minha sala urgentemente, precisamos tratar de um assunto sério. – disse minha chefe, sua voz ostentava um tom sério.

– Claro, Cláudia, não demorarei, até logo! –respondi um tanto nervosa e desligando o telefone.

Larguei imediatamente o que estava fazendo e fui até a sala da chefe. Logo que cheguei, bati na porta.


–Entre, por favor e sente-se! – disse Cláudia.

–Desculpe-me a curiosidade, mas qual o motivo desta “reunião” repentina? – perguntei.

–Acredito que irá gostar do que tenho para lhe propor, senhorita!- disse Cláudia sorridente.

–Por favor então diga, estou um tanto nervosa. –pedi.

–Hoje pela manhã, enquanto estava trabalhando no seu estúdio, recebi uma ligação da Alemanha... Bem, a diretora da agência alemã pediu-me para transferir um profissional de minha confiança. – respondeu Cláudia calmamente.

–Não me diga que ...- iria completar minha frase, mas faltaram-me palavras.

–Sim, minha querida, eu a escolhi para representar-nos! Apesar de estar conosco apenas há 6 meses, tem mostrado-me uma capacidade incrível. Tem habilidade e o dom de lidar com as imagens. Nasceu para isto! – respondeu Cláudia.

–Eu não sei o que dizer! Muito obrigada por confiar em mim. Não sabe o quanto esta oportunidade é importante para mim.- falei enxugando as lágrimas.

–Apenas diga que aceita querida, não aceito um não como resposta! Você merece uma chance, é tão nova e começou a trabalhar tão cedo... É muito dedicada e uma das melhores profissionais que já trabalharam nesta empresa!- disse Cláudia apoiando-me.

– É claro que aceito! E não se preocupe, eu vou ser eternamente grata! – respondi.

–Ótimo! Avisarei à Anne que aceitastou o emprego. Pedirei para que entreguem-lhe as passagens, acredito que irá essa semana mesmo. – disse Cláudia dando-me um abraço.

–Sentirei falta de tudo e de todos aqui! – falei saindo do abraço da chefe.

–Todos sentirão sua falta também! Bem, já estou com o seu salário em mãos, assim que terminar a edição das fotos que tirou hoje, poderás ver-se livre do Brasil. – diz Cláudia.

Saí da sala com um sorriso largo no rosto, levei algumas horas para terminar a edição das fotos. Fui para casa exausta, não acreditava no que estava acontecendo.

Postado por: Grasiele

Resumption

Resumption
Sinopse: Maria Eduarda, uma típica alemã, muda-se para o Brasil com seus pais ainda na infância. Os anos passam e, aos seus 18 anos, retorna ao seu país de origem, buscando por um recomeço em sua vida e acaba conhecendo pessoas incríveis.
A garota é excelente em lidar com o trabalho, mas no amor é totalmente atrapalhada, indecisa, impulsiva e sensível, tudo que pode levá-la inúmeras vezes à confusões e no fim... Só lendo para descobrir.

Classificação: +18
Categorias: Tokio Hotel
Gêneros: Comédia, Romance
Avisos: Álcool, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Sexo, Nudez
Capítulos: 70
Autora: misguidedghost

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