quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Untouched - 37º Capítulo - In Your Shadow (I Can Shine)

 

Artista: Tokio Hotel
Música: In Your Shadow (I can shine)

Odeio a minha vida
Não posso ficar sentado mais um único dia
Tenho estado aqui esperando algo
Para o qual viver e morrer
Vamos correr e nos esconder
Sem contato
Sem tempo
Apenas perder-nos sem rastro
Contanto que você fique ao meu lado
Na sua sombra eu posso brilhar
Você vê a minha alma,
Eu sou um pesadelo,
Fora de controle,
Estou invadindo o escuro,
A lua
Dentro do mundo do nosso casulo
Você é o sol
E eu sou a lua,

Um ano depois...


Minhas mãos procuraram seu corpo, mas ele não estava lá apenas um lugar vazio ao meu lado, abri meus olhos lentamente enquanto os raios de sol penetravam neles machucando-os e os deixando doloridos, por algum tempo minha mente ficou branca e sem respostas eu pensei que aquilo tudo poderia ter sido apenas um sonho, e minha vontade foi de fechar os olhos de novo porque sem ele eu não seria nada. Foi então que passei a mão pelo lugar vazio ao meu lado e o senti ainda quente e desarrumado, me aproximei do travesseiro e pude sentir seu cheiro forte entrando no meu pulmão me fazendo respirar bem forte procurando por cada traço do seu , conclui que nada daquilo foi um sonho e minha memória voltou me fazendo dar um grande sorrido enquanto eu olhava para a janela e o sol de verão aquecia toda minha pela branca e fina.
Agora era a mais pura realidade a minha vida era a melhor de todas, eu tinha o marido perfeito a filha perfeita a família perfeita o trabalho perfeito e nada mais iria estragar isso. Sou repórter da mesma revista que trabalhava anteriormente e cada vez mais cogitada para fazer trabalhos, há cinco meses eu tive que pedir licença e há um mês estou de volta ainda cansada devido a noites mal dormidas, porem está sendo mais fácil  com o carinho dos meus colegas de trabalho inclusive Khristen que agora é casada com Tom, os dois se amam tanto finalmente ele virou um homem de uma mulher só, e tem uma novidade, Khristen está grávida de seu primeiro filho e vai ser um menino, Tom baba tanto nisso que chega a ser engraçado porem ele só vai saber hoje que é um menino, esse vai ser seu presente de aniversário na verdade ninguém sabia ainda só eu. Georg está namorando firme com Verônica, ele diz que ela é quente, o que poderia se esperar de uma brasileira tão bela?Ele me contou que hoje a noite vai pedir Verônica em casamento e que era um segredo, é surpreendente, pois ele diz estar louco por ela, os dois se completam realmente. Gustav está noivo de Barbara e vão se casar no próximo mês, ele é completamente apaixonado por ela, esses têm futuro grande eles se entendem profundamente algo extraordinário parece ter alguma ligação, os dois sempre tão compreensivos.
E existe a melhor parte, Bill meu único e eterno amor no qual eu não canso de dizer que amo e muito, esse um ano foi o mais cheio de amor que pude ter em na vida, ele esteve ao meu lado em todos os momentos sempre me amando, a voz dele me faz tão bem, e o principal ele era o pai mais lindo que já existiu na face da terra, e também o melhor ele ama tanto nosso bebê que chega a ser emocionante quando os dois estão juntos,mas apesar de ser um pai presente e um ótimo marido ele também tem a sua vida, Bill, Tom Georg e Gustav estão melhores que nunca com a banda Tokio Hotel, a cada dia fazendo mais sucesso e conquistando mais fãs, por vezes eles já saíram até mesmo em turnês depois do nosso casamento, e isso me deixa tão feliz, pois pra mim são os melhores no que fazem, em tudo que fazem eles são os melhores não me sentiria bem se tivesse empatado a vida deles ao contrário dou o maior apoio que posso, pois sei o quanto isso faz bem para eles nossa relação é a de maior confiança e amor possível o que me torna cada dia mais mulher, realmente não existe mais nada no mundo que eu queira.
Meus olhos ainda estavam fechados como eu sempre fazia sonhando acordada, aos poucos os abri e pude ver as árvores se mexendo lá fora fazendo os galhos brigarem entre si se debatendo e algumas folhar caírem derrotadas ao chão, o céu estava tão azul que meus olhos ficavam cegos, o ar entrava tão forte no meu pulmão que me deu energia para me levantar.
Realmente era uma notícia feliz atrás da outra, agora sim eu estou vivendo um conto de fadas o melhor que alguém pode viver, onde todos os personagens ficam bem no final, a vida realmente tem surpresas é só aguardar por elas. Estava tão feliz que fui tomar um banho com o maior sorriso no rosto tão grande que seria capaz de rasgar minha boca, aquilo era incontrolável aquela felicidade imensa que sentia. Despi-me rapidamente e tomei um banho rápido e quente fazendo meu corpo ficar vermelho da maneira que eu sempre gostei ate não suportar mais e pedir que desligasse, e foi o que fiz logo me enxugando na toalha e voltando ao quarto, coloquei um vestido branco curto e rodado com mangas que batiam na metade do meu braço finas e delicadas, deixei meus cabelos soltos e minha respiração voltar ao normal.
Andei até a janela para apreciar a vista do meu alto quarto quando vi a cena mais linda que uma mulher poderia ver, Bill estava lá em baixo no jardim sentado em um banco com as pernas dobradas e os joelhos perto do seu rosto e em cima das suas pernas estava nossa pequena Melody cujo nome ele tinha escolhido, pois lembrava Melodia às melodias que eram sua vida, ela parecia ser minúscula nos auge dos seus cinco meses  perto do corpo alto de Bill. Ele sorria para ela brincando com seus braçinhos brancos e alisando seus cabelos loiros e finos ainda curtos, Bill a protegia com seus braços longos e aproxima seu rosto do dela a beijando com carinho e voltando a sorrir beijando seus pesinhos descalços que se mexiam agitados pelas palhaçadas que Bill fazia enquanto olhava pra ela. Não havia algo mais glorioso para uma mãe do que ver aquilo, não existia algo mais perfeito do que as duas pessoas que eu mais amo em toda minha vida estarem sorrindo aquilo me fazia sorrir mesmo estando no meu pior dia.
Bill me dá todo o amor que uma mulher pode desejar e eu dou todo o amor que posso porque esse eu tinha de sobra, seu rosto iluminava minha vida as suas mãos me aqueciam por toda parte ele estava ali ao meu lado e eu ao seu lado sempre, por todos os dias e segundos que passamos e passaríamos, era aquele homem que fazia meu coração bater desesperado toda vez que tocava de alguma maneira em mim, não sei como pode ser possível, mas nosso amor parece crescer cada dia mais, ficando interminável.
Desci as escadas da minha casa procurando por eles, eu queria dar um grande abraço nos meus dois amores e dizer-lhes todo o dia que era minha vida, cheguei à porta da sala e a abri feliz e tranqüila indo em direção a eles, Bill de longe notou a minha presença e deu aquele mesmo sorriso apaixonado que ele sempre dava quando me via, colocou Melody virado pra mim e eu pude ver seus grandes olhos verdes se realçarem a luz do sol, Bill chegou perto do seu ouvidinho apontando para mim e disse alguma coisa a ela, sua boquinha delicada e rosada abriu um sorrisinho divertido me fazendo sorrir também, acelerei meus passos com vontade de pega-la nos braços e apertar meu bebe cheguei perto deles os olhando ainda afastada.

–Da um oi pra mamãe bebe. – Bill pegou no bracinho dela acenando e sorrindo.
–Bom dia amores. –Disse sorrindo boba.

Inclinei-me um pouco selando meus lábios no do Bill e peguei Melody nos meus braços dando um forte beijo em sua bochecha rosada a fazendo rir. Bill me puxou para baixo me fazendo sentar em seu colo com Melody no meu, ele encostou minha cabeça em seu peito coberto por uma fina camiseta branca e eu senti seus batimentos acelerados, e seu nariz procurar pelo cheiro do meu cabelo, aquilo era tão bom, sentir que duas vidas dependiam da minha e a minha dependia das deles.

–Feliz aniversário amor. –Levantei minha cabeça olhando pra Bill sorrindo.
–Obrigada meu amor. –Ele apertou ainda mais minha cabeça e beijou minha testa.
–Você tem muitos presentes. – Acariciei as bochechas de Melody.
–Quais? –Ele olhou curioso.
–Primeiro hoje iremos ter uma linda noite juntos. –Mordi o lábio inferior.
–UAL. –Ele tremeu. – Ótimo presente. –Sorriu safado. –Quem sabe você possa me dar outro presente, como outro filho? – Seus olhos brilharam.
–Ah meu Deus Bill. –Arregalei meus olhos. – Até que não seria má idéia. – Sorri pensativa. – Mas... Você vai ganhar um sobrinho.
–Oh Deus é um menino?- Ele bateu as mãos em forma de palmas – Tom deve estar louco, eu estou louco, agora teremos um casal de primos. – Bill apertou a bochecha de Melody. – Vai ter um priminho Mel. – Sorria bobo. – E quem sabe... Logo você terá um irmãozinho. – Bill olhou-me de um jeito sedutor o que me fez abaixar a cabeça em seu peito e me esconder de vergonha.
–E tem mais, adivinha? – Disse voltando a olhá-lo
–O que? –Seus olhos se arregalaram.
–Georg pediu  Verônica. –Dei um gritinho.
–Mentira?Sério? –Ele pôs a mão na boca assustado. –Fico tão feliz por eles. –Vi um sorriso brotar de seus lábios. –Já era hora também. –Ele riu. –Quantas coisas hoje, já vi que teremos um grande dia amor.  –Me olhou apaixonado. – A propósito já tomou café? Parece estar com fome, sua barriga ta roncando. –Ele gargalhou. –Amor precisa comer pra ter energia pra de noite. – Mordeu a boca.
–Ah esqueci, queria tanto ver meus amores que nem me lembrei de comer, vou lá...

 Queria me levantar do colo de Bill, mas ele não deixou me prendeu lá arrastando meu rosto até sua boca quente selando meus lábios e eu sorri entre eles.

–Que tal um piquenique? Todas essas notícias me deixaram com fome de novo, eu vou trazer algumas coisas pra comer aqui fora tudo bem? Já volto.

Bill se inclinou e selou nossos lábios e deu um beijo na bochecha de Melody que gargalhou, ela sempre ficava assim ao lado do pai, alias qualquer um ficava assim ao lado de Bill, que agora já estava distante e já havia entrado na nossa grande casa.
Coloquei Melody virada pra mim e encostei minha testa em sua cabecinha sentindo seu cheirinho de bebê me afastei lentamente e ela sorria com os lindos olhos verdes e grandes, nunca vi criança tão feliz, deveria ser porque ela era o fruto do maior amor que já existiu e isso fazia de Melody um bebê mais que especial sim ela era um milagre e havia feito um. Comecei a mexer em seus cabelinhos loiros que ela havia herdado do seu pai e eles já eram cheios feito os meus mesmo ela sendo tão pequena, seus olhos verdes eram completamente iguais aos meus apenas maiores e mais brilhantes, relei em seu bracinho e sua pele era tão branca quanto a minha, a minha mão subiu ao seu rostinho seu nariz era delicado feito o de Bill, a boca também era grossa igual à dele, e suas bochechas rosadas lembravam as minhas, Melody era nossa fusão perfeita nenhum traço nos traia, todos lembravam a mim ou a ele de alguma forma, sempre mais a Bill pois seu rosto tinha as feições do rosto dele, era um anjo feito o pai.

–Você é o bebê mais lindo do mundo. –Apertei seu pesinho. – Coisa mais linda. – Ri engraçada. –Todos te amam amorzinho.

E isso era completamente verdade, Melody era uma criança tão risonha que todos a amavam da forma mais pura que já existiu ela encantava a todos, tanto pela beleza como pelo sorriso. Tom amava Melody como se fosse sua filha, quando a pegava no colo não largava nunca mais, ele fazia tantas palhaçadas com meu bebê e ela gostava tanto, Georg apertava minha filha como se fosse um ursinho, mas ela adorava e nunca reclamava já Gustav tinha o dom de acalmá-la, acho que Melody gostava da tranqüilidade dele porque ninguém melhor que Gustav para fazê-la dormir nos braços, Khristen era a segunda mãe dela, sempre presente e enfeitando Melody como uma boneca, Khris a enchia de mimos e ela lógico adorava a tia. Os pais de Bill, Simone e Gordon sempre vinham nos visitar e amavam muito nosso bebê dando o maior carinho possível e a mimando toda hora como bons avós babões, ela adorava ir na casa deles também, já meus pais, era tão engraçado ver meu pai todo durão se derretendo completamente pela neta, as vezes ele a seqüestrava junto com minha mãe e a levava para passear, ela ficava tão sorridente e esperta ao lado deles, minha filha era a mais sortuda do mundo.
Estava tão perdida em pensamentos e nos carinhos que estava dando a Melody que só depois de um beijo na testa fui perceber que Bill me observava atento sorrindo parecendo estar orgulhoso

–Você fica linda quando baba! –Ele riu.
–Ah desculpa, estava sonhando. – Olhei para cima encarando seus olhos.
–Aqui está. – Ele ergueu a mão.

Nas mãos de Bill havia uma cesta enorme parecendo estar cheia e ele a balançava de um lado pro outro sorrindo feito criança era tão lindo ver ele feliz como era, meu anjo sempre com sorriso nos lábios. Sorri pra ele e me levantei com Melody no meu colo, dei a mão a Bill e começamos a andar tranquilamente procurando algum lugar calmo naquela imensa casa, enquanto andava eu podia sentir a mão de Bill acariciando a minha e seu coração bater mais forte por isso, o tempo podia passar porem nossos corações não parariam de bater apaixonados. Chegamos a uma árvore que antes era verde agora estar quase laranja e com as folhas secadas caídas no chão por causa do começo do outono aquilo dava um ar mais belo. Bill abriu a sexta e de lá tirou uma grade toalha xadrez vermelha e branca e a estendem no chão enquanto eu brincava com Melody em meus braços, Bill pôs a sexta em cima da toalha e logo foi tirando os alimentos de dentro dela que eram os que eu mais gostava e ele sabia bem disso era incrível como seu sorriso não desaparecia do seu belo rosto e isso me fazia cada dia ficar ainda mais apaixonada se é que seria possível.
.
–Pronto. – Bill bufou e sentou em cima da toalha com as pernas cruzadas – Pode comer. – Ele olhou pra cima sorrindo.

Sentei-me devagar segurando Melody em meus braços, Bill me olhou e estendeu os braços sorrindo para que eu desse o bebê pra ele para comer sossegada, entreguei ela com os pesinhos se batendo por estar prestes a sentir o calor do pai e ele pegou ela mordendo de leve a sua bochecha rosa depois colocando ela no meio das suas pernas virada pra ele com sua cabecinha o olhando atendo. Olhei por toda aquela extensão de comida e peguei uma torrada com geléia e fiquei observando Bill brincar com Melody dando maçã amassada em sua boca e comendo o resto da fruta, era tão fofo eu esperava que ele fosse um ótimo pai, mas a cada dia ele é melhor não só como pai, com tudo, Bill às vezes parece não ser real. Enquanto eu admirava abobada minhas vidas sorrindo, eu mastigava suavemente e sorria pra eles, Bill sempre retribuía esse, era incrível a ligação que Bill e Melody mantinham eles pareciam se entender mesmo que ela nem falasse absolutamente nada ele parecia saber o que ela pensava, de alguma forma eles estavam conectados deis de quando ela estava em minha barriga, Bill sempre adivinhou tudo desde  seu sexo até o momento que ela iria nascer, era algo realmente extraordinário.
Aos poucos percebi que Melody estava com sono, apesar que Bill já havia percebido antes e a colocado deitada em seus braços a balançando de leve, as mãozinhas brancas dela agarravam em sua camisa como se pudesse tirar algo dali e ele a olhava tranqüilo enquanto era possível ver a respiração dele se chocar com a fraca respiração dela, eu olhava aquilo atentamente não pretendendo perder nenhum segundo, aos poucos Bill aproximou seu rosto do dela e seus braços a seguraram com mais força ela fechou os olhos que já estavam quase pregados e Bill também fechou os dele imediatamente respirando fundo ele começou a cantar bem baixo perto do seu ouvidinho com a voz mais doce que tinha.

Ich bin da, wenn du willst
Schau dich um dann siehst du mich
Ganz egal wo du bist
Wenn du nach mir greifst dann halt ich dich

Aos poucos ela adormeceu tranqüila em seus braços e também aos poucos vi as minhas lágrimas sendo derrubadas, porem elas eram de felicidade e tratei logo de limpa-las ainda sorrindo por causa disso, eu sabia que aquela era a música favorita de Melody, era uma música só dela. Depois que Bill abriu os olhos parando de cantar e fiscalizou se ela estava já dormindo, ele a colocou com cuidado deitada na toalha virada para o lado dormindo tranquilamente, eu seguia suas mãos experientes e logo vi que ele sorriu pra mim e rapidamente se deitou em cima das minhas pernas com a cabeça nas minhas cochas olhando para frente do lado de Melody.
Eu olhava pra ele e sua respiração estava tranqüila e mesmo assim eu ouvia seu coração batendo forte por estar em contato comigo, uma de suas mãos estava aberta em cima do seu peito enquanto a outra estava também aberta  do seu lado estendida na toalha, eu sentia seu corpo em cima do meu e sentia sua energia sendo transmitida pra mim, mesmo sem querer ele fazia meu amor por ele aumentar, seus olhos não olhavam pra mim e sim para sua frente o que fazia seus olhos ficar cor de mel por causa do brilho do sol e seus grandes cílios fazerem sombra em seu rosto, a sua boca rosada e carnuda estava entreaberta parecendo admirar algo que estava distante, seus cabelos pretos escorriam por minhas pernas brancas fazendo um contraste.
Tudo isso me faz pensar, que de algum modo a vida põe alguém no nosso caminho é porque essa pessoa tem alguma coisa a fazer por nós, e Bill fez mais do que o imaginável e impossível por mim, hoje eu vejo qual era a sua missão e ela não foi fácil. Bill me guiou pela na vida, ele me deu suporte ele me fez ser forte e concreta ele me tornou uma mulher de verdade, ele foi e é minha vida inteira. Passamos por todas as dificuldades existentes, atravessamos mares e escalamos montanhas e mesmo assim isso não foi o suficiente para nos derrotar, para nos vencer porque o nosso amor foi sempre o mais forte de tudo. Cometemos os maiores erros no passado que agora já são esquecidos porem esses erros foram os erros que nos fizeram amadurecer e nos amar ainda mais, agora eu vejo que se não tivéssemos passado por todas essas barreiras nosso amor não seria tão forte e indestrutível como é hoje. Notei que passamos por cima de todos e de tudo por nosso amor, fomos capazes de enfrentar a própria morte, ele venceu a morte pra me ter em seus braços de novo. Todos os desafios que encontramos e superamos seria impossível pra qualquer outra pessoa, porem para nós dois eu percebi que absolutamente nada é impossível, porque Bill não é real ele é um anjo que entrou em minha vida da forma mais bela possível e a virou de ponta cabeça pra depois eu perceber que o de ponta cabeça é o correto, porque o que parece errado, no final é o mais certo e na vida não podemos ter medo de nada e temos que arriscar tudo por quem a gente ama, porque se um dia essa pessoa não existir mais talvez não aconteça o que aconteceu comigo, provavelmente o pior vai ser o mais provável e é exatamente por isso que temos que amar de todas as maneiras possíveis quem é dono do nosso coração e não temer por nada porque se essa pessoa que nos ama será capaz de te proteger de qualquer coisa, então o certo na vida não é se esconder ou tiver medo de amar por medo de sofrer o certo é se entregar por inteiro a quem se ama e não ter medo de nada apenas viver cada segundo intensamente respirando o mesmo ar que ela até o ultimo dia da sua vida.

Bill

Sentia a sua mão acariciando toda a extensão do meu rosto o que me fez desviar os meus olhos da bela vista do começo do outono e olhar para o que era realmente mais belo que qualquer outra vista, Alana que tinha suas mãos finas tocando delicadamente minhas bochechas me fazendo fechar os olhos, e abri-los lentamente podendo observar seus olhos verdes com lágrimas me olhando atentamente cada detalhe do meu rosto, eu podia perceber que aquelas lágrimas não eram de tristeza e sim de emoção porque sei que Alana me amava tanto ao ponto de querer chorar quando relava em mim, eu a conhecia em todos os detalhes.
Olhei atentamente pra ela pra ver se de algum modo Alana percebesse porem seus olhos estavam mais perdidos em pensamentos do que os meus, seus olhos verdes eram enigmáticos e eu não conseguia perceber no que ela pensava, mas eu sentia seu coração bater forte e sua respiração acelerada quando ela me olhava com amor.
Era inevitável não amar aquela mulher a cada segundo mais, era impossível e mesmo assim a cada milésimo de segundo meu amor por ela era maior o tanto possível pra me tornar cada vez mais homem. Eu via sua expressão e sentia vontade de beijá-la e tê-la em meus braços pra sentir seu calor, e eu sei que a teria para sempre e ela teria a mim.
Tudo que vivemos tudo que passamos juntos foi algo tão inexplicável que nem em milhares de anos alguém poderá dizer o que exatamente existe entre nós dois, porque o que eu sinto por ela é tão forte que acho que já não pode ser mais considerado amor, deveria existir alguma outra palavra, um dia quem sabe exista.
Ela era a mulher mais fantástica que um dia já existiu, ela me fez viver e minha vida é apenas viver por ela e agora por minha pequena filha que me devolveu a vida para que eu pudesse cuidar dela e dar todo o amor que eu poderia dar a alguém, a qualquer momento eu poderia dar a vida por qualquer uma das duas, sem elas eu não existiria sem Alana nada seria eterno assim como é junto dela, Alana me faz acreditar e ter certeza que a minha vida vai durar eternamente enquanto ela e Melody estiverem ao meu lado.
Sua boca estava entreaberta e com os meus olhos e a seguia, como tinha vontade de entrar no fundo da sua alma para compartilhas dos seus pensamentos e se por algum motivo ela estiver agoniada tomar a dor toda pra mim e nunca vê-la sofrer novamente, de todas as maneiras vou fazer isso. Eu senti vontade de amá-la e a sentir colada em meu corpo com desejo a todo segundo, de ouvir seus gemidos de compartilhar nossos delírios, eu sentia sede da sua boca que parecia estar distante de mim no momento o que fazia meu desejo ser maior.

–Me beija. – Era quase uma ordem

Alana se despertou e me olhou nos olhos com a maior paixão já vista, eu a olhava de ponta cabeça sério tentando mostrar que tudo o que eu sentia no momento não era simples e sim completo igual ao que eu podia notar que ela também sentia. Aos poucos ela desceu seu rosto até o meu ao ponto de sentir sua respiração quente perto da minha, suas mãos estavam agarradas em meu rosto tremulas e vi seus olhos sendo fechados quando estavam a um centímetro dos meus e assim eu também fechei os meus esperando pelos seus. Os lábios quentes e úmidos delas me tocaram de leve e seu cabelo perfumado caiu por cima do meu deixando tudo ainda mais escuro, ela abriu sua boca e eu coloquei minha língua na dela passeando vagarosamente por todas as partes até ouvir seu coração disparar, aprofundei ainda mais o beijo colocando minhas mãos em sua cabeça a aproximando ainda mais até sentir seu ultimo fôlego então ela se afastou de mim com os olhos ainda fechados de ponta cabeça.
Levantei-me saindo das suas pernas e ela permanecia sentada na minha frente me olhando estática, eu me encontrava também ajoelhado olhando a nos olhos bem em sua frente, tentando sentir seu cheiro, me arrastei até ela e minhas mãos vagaram tranquilamente por seus finos braços tentando trazê-la para mais perto de mim até sentir seu corpo colado no meu e seu coração batendo na mesma fração de segundo do meu,ainda olhando para seus profundos olhos.

–Você é tudo pra mim meu amor, eu te amo mais do que você possa imaginar. – Peguei em sua nuca a aproximando.
–Eu te amo Bill, mas que a minha própria vida, além da minha vida. – Ela disse olhando em meus olhos suspirando.

Encontrei com seus lábios os beijando com delicadeza que logo foi se tornando mais profundo quando ela colocou a mão por baixo da minha camisa, logo desci meus beijos até seu pescoço e depois meus lábios com ardência pelo seu ombro o que a fez estremecer de leve como se fosse cair, coloquei minha mão e sua cintura a sustentando e fui me deitando com ela se deitando por cima de mim enquanto a beijava tranquilamente com minhas mãos entrelaçadas em seu cabelo e com as suas mãos passeando por meu corpo, ela amolecia em cima de mim como sempre fazia ao sentir meus toques eu queria ela cada vez mais perto então minhas mãos desceram por sua fina cintura a entrelacei meus braços em volta de Alana sentindo todo seu corpo quente em meus braços fazendo seu coração bater cada vez mais forte. Aos poucos meus beijos foram ficando mais calmos porem não intermináveis, sim eu queria mais que aquilo porem agora não seria o melhor momento pois eu ainda sentia a respiração fraca do meu bebê logo ao nosso lado, então aos poucos fui separando meus lábios dos de Alana que me olhava revirando seus olhos que se abriam lentamente, ela possuía o sorriso mais lindo no rosto.
Ela delicadamente saiu de cima de mim e rolou seu corpo ainda deitada até meu lado começando a fazer carinhos em Melody que parecia um anjinho dormindo, eu fiquei atrás dela com as mãos acariciando seus braços finos vendo seu corpo de costas para o meu e sua respiração voltar ao normal.

Alana

Senti o peso de sua cabeça em cima do meu ombro e sua respiração quente soar em meu pescoço me fazendo estremecer, ele deitou sua cabeça por lá a descansando perto do meu ouvido sentindo sua respiração e seu corpo bem junto ao meu, suas mãos estavam apoiadas em minha cintura enquanto o seu braço permanecia em baixo da minha cabeça e a sua mão estava mexendo nos finos cabeços de Melody que agora eu observava dormir.
Um vento forte bateu o vento que anunciava o começo do outono e as folhas amareladas começaram a voar em torno se nós, então o outro braço de Bill me cobriu e cobriu também o corpinho da nossa filha fazendo com que nada a machucasse formando um escudo sobre nós duas.
E assim seria até nossos últimos dias, seus braços estariam em volta de nós duas esperando para que se alguma coisa acontecesse eles pudessem nos amparar firmemente em qualquer situação ou em qualquer hora. Ele nos protegeu e iria nos proteger por toda a vida até os nossos últimos suspiros e através do nada quando tudo acabasse, porque Bill não era um humano normal, ele era um anjo, o anjo que foi designado pra me proteger e proteger tudo que viesse de mim assim como Melody, Bill era a minha vida, o meu destino, a minha salvação, Bill era a minha eternidade.

Fim.


Postado por: Grasiele | Fonte: x

Untouched - 36º Capítulo - Out from Under


Música: Out from Under
Artista: Britney Spears feat. Joanna Pacitti

Expiro você
Respiro você
Você fica voltando para me dizer
Que você é o aquele que poderia ter sido...
E os meus olhos vêem isso claramente
Isto foi há muito tempo
Mas nunca desapareceu
Eu tento que deixar isso no passado
Agarrar-se a mim e não olhar para trás
Eu não quero sonhar com
Todas as coisas que nunca existiram
Talvez eu possa viver sem isso
Quando eu estiver livre desse problema
Eu não quero sentir a dor
Que bem isso faria a mim agora
Eu resolverei isso tudo
Quando eu estiver livre desse problema


Enquanto o motorista dirigia tranquilamente até o local onde iríamos passar nossa noite de núpcias, cujo qual eu não tinha a mínima idéia de onde seria, Bill não conseguia parar de me beijar dentro daquele carro, ele sugava meu pescoço com desejo e beijava minha boca sedento de prazer, suas mãos percorriam meu corpo em cima do vestido e ele praticamente estava em cima de mim, eu sentia seu coração querer pular pra fora toda vez que ele me tocava com suas mãos tremulas, seu cabelo grudava em meu rosto e no dele principalmente, sua respiração falhava a sentia quente no meu pescoço me fazendo a arder de desejo. Minhas mãos permaneciam em seu rosto trazendo ele cada vez mais perto de mim e ele me prendia ainda mais no banco do carro acabando com meu ar, Bill estava louco e eu queria tê-lo e a vontade era de nos amar ali mesmo porem não seria nada apropriado.
Ele afastou seu rosto do meu e ainda de olhos fechados respirou fundo e ofegante com suas mãos em meu rosto tremulas, eu abri meus olhos e vi sua boca inchada e vermelha de tão intensos que foram os beijos, ele ainda permanecia com os olhos fechados eu senti o seu amor correndo em minhas veias, aos poucos Bill abriu os olhos e me olhou profundamente e me mostrando o seu desejo misturado com amor, eu olhei pra ele tentando puxar mais amor e ele não parava de me olhar daquele jeito.

– Não tenho forças para me manter longe de você nem por um segundo...- Bill disse calmo. 
–Você nunca mais vai ficar longe de mim nem por um milésimo...

Então eu o trouxe  para perto de mim e comecei a beijá-lo novamente com um pouco menos de agressividade que ele anteriormente, porem não com  menos desejo. Bill segurava fortemente minha cintura enquanto eu apertava seu pescoço aproveitando para fazer caricias em sua nuca até que o carro foi parando até ser estacionado, Bill abriu os olhos sem desgrudar nossos lábios olhando para o lado e eu tentei beijá-lo mais fazendo-o olhar para mim.

–Alana, acho que chagamos. –Respirou ofegante. – Vamos antes que eu não agüente e arranque esse seu vestido nesse carro mesmo. – Ele cochichou no meu ouvido e eu ri.

Bill pegou em minha mão me puxando para fora até sairmos do carro, foi então que respirei o ar mais puro que tinha respirado na vida, estávamos de volta aquele lugar onde Bill e eu havíamos estado há alguns meses atrás onde ele me amou loucamente, onde tudo começou de novo o lugar que chamávamos de mágico. O sol começava a se esconder misturando as cores laranja e rosa no sol, à grama ainda era verde como antes e os chalés ainda mais bonitos o que me fez sorrir serena, eu sentia o calor fraco do final do verão aquecer minha pele mesmo não havendo sol nenhum, acho que era o calor dos braços de Bill me abraçando por trás enquanto ele colocava as mãos na minha barriga entrelaçando seus dedos com os meus e cheirando meu pescoço.

–Eu aluguei tudo isso aqui pra nós. –Ele disse sorrido. -Acha que está bom porque se não estiver à gente pode ir...
–Não. – Olhei repreendendo-o. – É maravilhoso você não poderia ter escolhido melhor querido... – Disse sorrindo com minha cabeça virada para seu rosto.
  
Bill me largou e se colocou em minha frente voltando a me segurar na cintura trazendo meu corpo perto do dele, ele acariciou de leve minhas bochechas enquanto sorria satisfeito.

–Aqui é o lugar mais especial do mundo, você sabe disso, eu acho que não haveria lugar melhor que esse para passarmos essa noite.
–E não há mesmo, esse lugar me mostrou tanta coisa me mostrou principalmente que eu sempre amei você. –Disse apaixonada.
–Ele me mostrou que eu poderia ser feliz novamente... – Ele me olhou nos olhos.
–Eu acho que foi aqui que fizemos nosso bebê. – Eu ri de leve.
–Tenho certeza que foi. –Ele mordeu de leve minha bochecha. – Vamos relembrar como foi isso? – Perguntou rindo safado.

Bill começou a andar enquanto me beijava, me guiou pois eu estava de costas para a entrada e ele ia arrastando meu corpo junto com o dele até chegarmos a um dos chalés o maior que tinha pelo que deu pra perceber, ele abriu a porta desesperado e acendeu a luz não parando de me beijar esbarrando em tudo em sua volta e rindo entre nossos lábios e eu fazia o mesmo. Ele começou a beijar mais forte minha boca enquanto suas mãos desciam pela minha cintura e sua respiração ficava ainda mais forte, sua boca ardia na minha sua língua se desesperava tentando encontrar o máximo possível algum contato maior com a minha, ele espremia  meu corpo no dele e eu me sentia protegida em seu calor. Bill pisava em meu vestido mesmo que ele nem tenha calda e isso estava aborrecendo-o e fazendo sua respiração acelerar mais procurando meu corpo, notei que tinha que livrar logo daquilo.

–Espera. –Disse afastando sua boca da minha com a mão em seu peito.

Bill me olhou um pouco tonto com a boca completamente vermelha e a respiração ofegante tanto quanto a minha.

–Já volto...
–Aonde você vai? – Perguntou assustado.

Desprendi-me dos seus braços vendo seu rosto ficar desanimado então deixei ele lá e fui até o banheiro me trancando lá dentro, com muito sacrifício consegui me livrar da peça ficando apenas de Lingerie a qual eu tinha comprado especialmente para a noite, uma branca com renda vermelha que favorecia meus seios que já estavam aumentando ainda mais de volume e uma calcinha não tão grande com fitas vermelhas em toda sua extensão, coloquei um robe vermelho cor de sangue escuro por cima de tudo, me livrei da coroa de flores da cabeça e permaneci com os sapatos brancos  abri a porta e voltei para o quarto do chalé.
O quarto agora estava completamente cheio de pétalas de rosas vermelhas e brancas espalhadas por todas as partes, inclusive em cima da cama, Bill estava sentado nela agora já sem o terno apenas de camiseta de manga cumprida social que agora já se encontrava aberta mostrando seu peito nu, ele olhava para as mãos que se mexiam constante e quando me viu abriu um sorriso pervertido e mordeu os lábios me olhando de cima em baixo, eu sorri envergonha me encostando na parede o fazendo vir até a mim. Bill se levantou de pressa da cama e foi tirando sua camisa ficando com os ombros nus e eu pude ver o curativo que ele tinha em cima do tiro que havia levado e parecia algo dolorido, ele parou a um passo de mim e eu podia ouvir sua respiração em meu rosto rápida e quente, seus olhos me olhavam com paixão e sua boca entreabria de desejo, aos poucos ele foi se aproximando do meu corpo e eu ouvi seu coração perto do meu, seu corpo encostou o meu na parede e eu o senti arder no meu, sua boca permanecia a centímetros da minha enquanto ele ainda olhava profundamente nos meus olhos, senti vontade de beijá-lo imediatamente, mas ele parecia querer me torturar prensando meu corpo contra parede ainda mais forte, eu coloquei as mãos nela para tentar me segurar.

–Tenho medo de machucar você... – Olhei pra o seu peito ferido.
–O seu amor não me machuca Alana. – Ele aproximou mais seu rosto. – Machucou quando eu pensei que não tinha mais ele...

Senti seus olhos seguindo os meus sua boca desejando a minha, e seu corpo ardendo colado no meu, nada mesmo podia machucar ele.

–Você me faz te querer cada vez mais Alana. – Seus olhos se encaixaram nos meus. – Eu não consigo mais sem você meu amor, quero te ter pra sempre em meus braços e te amar loucamente. – Sua boca estava a centímetros da minha e meu coração acelerou. -  Eu te amo mais do que você pode imaginar, mais do que eu posso agüentar, mais do que meu corpo pode querer. – Ele ofegava o nariz no meu rosto e meus olhos se fecharam. – Quero você Alana, quero você em mim... Apenas você agora como minha mulher. -Seus olhos pegavam fogo e sua mão quente acariciou meu rosto. – Me ame, porque eu te amo mais do que posso...

A boca de Bill se encostou à minha e sua língua penetrou dentro da minha boca imediatamente, meu corpo estremeceu colado no seu deixando que apenas ele me sustentasse suas mãos foram colocadas no meu ombro e ele começou a entrar elas por dentro do meu robe pouco a pouco fazendo cair se enroscando em meu corpo depois indo parar no chão. Bill começou a beijar meu ombro já nu, ele afastou meu cabelo colocando  todo para o outro lado e começou a beijar meu pescoço dando fortes mordidas, eu coloquei minhas mãos em suas costas nuas e comecei a arranhadas de leve, beijei seu pescoço dando diversos chupões deixando sua cabeça revirar de leve.

–Eu te amo mais que minha própria vida. – Ele disse perto do meu ouvido gemendo baixo.
–Você é a minha vida Bill. – Abri meus olhos olhando nos dele que lacrimejavam.

Bill passou a descer seus beijos junto com as mãos pelo meu corpo, ele abriu o fecho de trás do meu sutiã logo o desprendendo e com as peça em suas mãos ela a atirou para longe, ele voltou os olhos para meu corpo começando a beijar meus seios com delicadeza mordendo um mamilo de leve enquanto a mão massageava o outro me fazendo gemer, suas mãos desceram por de baixo dos meus seios e sua língua foi passando por toda minha barriga ainda lisa e sem sinais de gravidez nenhuma, enquanto ele segurava meu tronco em suas mãos e minha cabeça encostava na parede, minhas mãos se prendiam em seu cabelo. Ele começou a beijar toda a extensão da minha barriga com a maior delicadeza possível parecendo acariciar nosso bebe, sua boca não parava mais de beijar ela e eu estremecia me equilibrando na parede, Bill alcançou minha calcinha e colocou os dedos em sua lateral de leve começando a tirá-la por minhas pernas enquanto ele olhava profundamente nos meus olhos me deixando ainda mais excitada. Depois de se livrar da única peça que ainda restava em mim ele se ergueu e afastou-se de mim me olhando nos olhos e eu olhei com paixão no dele, voltando a aproximar meu corpo nu no dele e beijar seus lábios, ele colocou as mãos em minha cintura quente e fincou elas lá a segurando forte, eu comecei a abrir seu cinto olhando em seus olhos enquanto ele me acariciava com as mãos já suadas, abri sua calça e com um toque elas caíram no chão, eu coloquei minhas mãos dentro de sua  boxer e senti seu membro já grande, então puxei ela para baixo o libertando dentro da calça consegui tira-la e colocá-la bem longe dele.
Levantei-me até seu rosto novamente e ele me olhava com desejo e eu a ele, Bill encostou se corpo já nu no meu corpo nu e me levou até a parede não parando de me olhar dentro dos olhos me deixando ainda mais apaixonada, ele colocou suas mãos nas minhas entrelaçando seus dedos nos meus e as subindo de leve pela parede forçando meu corpo por lá, seu corpo ainda mais próximo do meu me fazia gemer e com as mãos presas ele começou a beijar meu pescoço e meu ombro, eu sentia seu membro em minha intimidade. Bill abaixou nossas mãos, mas não as depreendeu apenas as colocou em minhas costas me deixando impossibilitada de lhe tocar, com a força do seu corpo ele me levou até a cama enquanto me beijava a boca,  foi me deitando na cama e se deitando por cima de mim, seu corpo foi encostando-se ao meu fazendo um encaixe perfeito, eu senti um calafrio enquanto ele se deitava em cima de mim e com as mãos em nossas costas ele segurava a minha coluna me fazendo arrepiar. Sua boca ainda permanecia na minha agora um pouco mais calma sentindo mais meu gosto, depois de terminar de me deitar sua mão se largou da minha e ele percorreu toda a lateral do meu corpo parando elas em minha cintura, aos poucos o membro de Bill penetrou em mim e eu gemi baixo logo sentindo aquele prazer incontrolável voltar. Ele se movimentava desesperado em cima de mim e eu me contorcia em baixo dele com as mãos no fundo de suas costas perto de sua bunda, eu acariciava toda aquela extensão passando minhas unhas de leve sentindo seu corpo estremecer em cima do meu, Bill agora beijava meu pescoço com vontade e gemia perto do meu ouvido e eu gemia um pouco mais baixo pra ele. Consegui sair de baixo do seu corpo não nos desconectando apenas rolei para cima me colocando em cima dele e voltando a beijar sua boca com desejo, ele passava as mãos por minhas costas nuas me fazendo arrepiar e apertava minha bunda dando fortes estocadas nas quais eu gritava de prazer, nossos corpos se movimentavam juntos como ondas sempre grudados sentindo um roçar no outro batendo nossos abdomens mesmo estando por cima ele me esmagava com a forma que fazia entre seus braços e seu corpo, suas mãos se perdiam por meu corpo suado me apertando com força, eu mantinha as minhas em volta do seu pescoço e entrelaçava minhas pernas nas dele, aquilo estava completamente perfeito, pois nossos corpos nunca estiveram em tanta sintonia, Bill colocava sua mão em meu rosto me beijando ardentemente sentindo a fúria das nossas línguas. Seus braços envolveram todo meu corpo me apertando contra o seu corpo, eu estremeci colocada em seu corpo e ele no mesmo segundo também com nossos gemidos roucos, havíamos chegamos ao ponto máximo do prazer.
Bill tirou seu membro de mim porem ainda permanecia me beijando com seus braços me envolvendo e me acariciando, eu ainda tinha aos mãos em seu pescoço fazendo caricias, aos poucos senti nossa respiração se acalmar porem nossos dois corações ainda batiam acelerados, depois de muito tempo paramos de nos beijar e eu encostei minha cabeça no peito de Bill ouvindo seus batimentos como sempre gostei, ele acariciava ainda minhas costas e eu ainda sentia seu corpo  no meu.

Bill

Aquele corpo agora era só meu e eu iria cuidar dele para o resto das nossas vidas, eu iria amar aquela mulher até que tudo acabasse como um dia acabou então eu sei que nós iríamos nos amar mesmo que não exista mais nada, porque nosso amor é capaz de construir o tudo. Senti-a em minhas veias, eu sentia sua respiração correndo agora no meu organismo, e as nossas vidas continuando a viver em seu ventre se tornando eternas como prova do nosso amor, eu iria ser dela e ela seria minha até o fim dos tempos ou até mesmo mais que o fim por o nosso amor não tinha fim, era algo tão forte que eu tenho certeza que era algo mais que amor, era algo mais que a vida, algo que não tinha explicação.

Alana

–Te amo meu amor. –Disse calma.
–E eu ainda mais... – Ele também disse calmo.
–Vai me amar pra sempre? – Olhei em seus olhos sorrindo.
–Vou te amar mesmo depois da morte Alana. – Ele colocou as mãos em meu rosto. – Como já aconteceu... Eu te amo sem tempo. – Seus olhos se encheram de lágrimas.
–Quero você pra sempre.
–Quero você por inteiro, sua alma, seu sorriso seu cheiro, seu corpo, tudo pra mim.
–Vai me querer mesmo estando velinha? – Sorri.
–Vou querer você mesmo que você não me queira. – Ele sorriu triste.
– Mesmo quando eu estiver gorda e chorona por causa do nosso filho?
–Filha. – Ele sorriu.
–Filha? – Arqueei a sobrancelha.
–Sim filha, eu posso sentir que é uma menina. – Seu sorriso era feliz. – Vai ser minha princesinha, assim como a mãe é minha rainha. – Suas mãos percorreram minhas costas.
–Eu te amo Bill... Amo-te tanto que às vezes sinto que não cabe aqui dentro. – Olhei pra ele.
–Então divida comigo...
  
Bill me trouxe para perto dos seus lábios com as suas mãos em minhas costas, em pouco tempo nossos beijos foram ficando ainda mais quentes e nossas respirações mais aceleradas, as nossas mãos voltaram a se tocar com mais força e nossos corpos voltaram a se amar, e assim seria para sempre, nossos corpos iriam se amar por toda a vida até não agüentarem mais, e quando isso acontece as nossas almas iriam se amar por toda a eternidade até já não existir mais ela, e mesmo assim eu sei que elas ainda iriam se amar por todo o nada.

Postado por: Grasiele

Untouched - 35º Capítulo - No Boundaries


Música: No Boundaries
Artista: Adam Lambert

Você consegue superar a dor
Passar pela tempestade
Para chegar àquela única coisa
Quando você acha que a estrada não o leva a lugar nenhum
Apenas quando você quase desiste de todos os seus sonhos
Eles te levam pelas mãos e mostram que você é capaz
Você pode ir mais alto
Você pode ir mais fundo
Não há limites
Acima e abaixo de você


Três dias mais tarde...

Talvez esse esteja sendo o dia mais feliz de toda a minha vida apesar de ter tantos outros importantes e inesquecíveis, mas hoje eu irei me tornar a esposa de Bill para todo o sempre eu iria ser apenas dele. Meu coração explodia dentro do peito e minhas mãos suavam frias estando geladas e tremulas, freqüentemente eu colocava a mão em minha barriga ainda lisa para ver se meu filho estava bem, sim ele estava bem melhor que eu tenho certeza. Meus olhos se enchiam de lágrimas quando alguém pronunciava qualquer coisa, eu realmente estava sensível por estar grávida e porque eu iria me casar com Bill em 10 minutos.
Eu olhava para o buque de rosas vermelhas se mexendo em minha mão, eu sorria com os olhos cheios de lágrimas pelo meu nervosismo me olhando em um grande espelho improvisado na limusine estacionada bem em frente ao começo de um lindo tapete vermelho. Khris estava ao meu lado, ela seria a minha madrinha e tinha me arrumado toda para o casamento colocando tudo no lugar, ela sorria feito boba com o sucesso porque a ajuda dela realmente tinha dado certo.

–Você vai borrar a maquiagem se não parar de lacrimejar. – Ela me disse brava.
–Khris eu to morrendo de nervoso, o que quer que eu faça? – Olhei pra ela nervosa.
–Você não vai estragar meu trabalho. – Então bufou. – Esta tão linda. – Seus olhos brilharam.

Eu realmente estava tão bonita como nunca antes, meu vestido era a coisa mais perfeita que eu já vi em minha vida como eu sempre sonhei branco feito neve justo no busto e logo depois havia uma fita vermelha grossa marcando minha cintura e a partir dela o vestido ia descendo e se alargando leve e ainda mais claro, era delicado e nada espalhafatoso ou largo, ele era tão simples porem aos meus olhos a coisa mais magnífica de todas, meus sapatos eram brancos e de salto bem alto, meus cabelos estavam soltos e cumpridos caindo até o fundo das minhas costas com leves cachos em suas pontas havia uma coroa delicada de rosas brancas e vermelhas em cima da minha cabeça dando ainda mais delicadeza, meus olhos eram apenas marcados por rimel e delineador ambos pretos, enquanto meu blush era cor de pêssego e havia o pó iluminador no meu rosto na minha boca apenas um gloss. cor rosa claro sem brilho algum, Khris caprichou e muito e eu estava orgulhosa de mim e dela que também estava perfeita com os cabelos cor de mel presos em um coque baixo deixando alguns fios soltos e um vestido vermelho estilo grego com um lindo decote 

–Já está quase na hora de sair Alana. – Khris me olhou sorrindo.
–Ah meu Deus e se Bill não estiver ai?E me deixar sozinha, o que eu faço? –Entrei em desespero.
–Alana você acha que depois daquilo tudo Bill seria capaz disso? Tenha dó. – Ela semicerrou os olhos. -Vou indo ficar do lado de Tom, boa sorte amiga – Ela me deu um beijo no rosto de leve. – Te amo.

Khris saiu da limusine andando por um caminho que parecia não ter fim, pronto agora eu estava sozinha e morrendo de enjôo de novo, a tontura veio e eu estava morta de medo de tropeçar ou algo do gênero, porem a felicidade era mais forte e em algum momento todos os pensamentos ruins foram perdidos e eu criei coragem e respirei fundo acariciando minha barriga de leve.

–Bebê ajuda a mamãe, a gente consegue vamos lá não fica nervoso, me dá forças, por favor...

Então respirei fundo e senti um vento do começo da tarde bater em meu rosto o motorista tinha aberto a porta, desci completamente desengonçada sem ainda olhar para frente vendo o tapete vermelho aos meus pés arrumando meu vestido e colocando o buque certo na mão tentando fazer minhas pernas pararem de tremer e ficarem duras, aquilo não adiantava porque eu queria cair. Ouvi a música começar e eu conhecia aquela música, tocava  Spring Nicht apenas no violino e piano, na hora sorri e levantei meu olhar o que me deu vontade de chorar de novo, aquilo estava tão lindo quanto eu nunca tinha sonhado na vida, estávamos em um jardim repleto de flores brancas pelo chão, e lindas fontes que brilhavam com intensidade bem ao lado, em cima do tapete havia pétalas de rosas brancas e todo o caminho era cercado por folhas e flores os convidados sentavam em cadeiras cobertas por um pano branco e vermelho e eles me olhavam sorrindo me encorajando a andar e foi isso que fiz comecei a dar alguns passos, mais a frente havia uma passagem com um arco grande repleto de flores coloridas entrelaçadas e então vi o altar onde meus olhos de longe se cruzaram com os de Bill.

Meu coração disparou tanto que eu o ouvia mesmo com a música, tenho certeza que o senti na minha garganta e eu tentei colocá-lo de volta para dentro, porque ele tinha que estar tão lindo? Seus cabelos negros estavam soltos caindo pelo terno branquíssimo no qual ele se encontrava vestido com a camiseta por baixo também branca levemente aberta, havia um pouco de maquiagem que nunca era dispensada em seus olhos que estavam repletos de luz me olhando estáticos, agora mais perto eu vi as suas mãos se apertarem tentando esconder o nervosismo e ele sorria amarelo, aquele sorriso me movia mesmo com minhas pernas moles ele me encorajava me fazendo se aproximar ainda mais dele perto dos seus braços que era o meu lugar eu já podia sentir sua respiração alta me dar oxigênio para seguir meus passos, minha barriga revirou tenho certeza que meu filho estava se revirando de felicidade o que me fez sorrir, coloquei a mão em cima dela a acariciando de leve como se pudesse acalmar meu filho e uma lágrima escorreu sem permissão pelo meu rosto, olhei para Bill sorrindo e ele também chorava.

Bill

Como uma mulher conseguia fazer isso comigo? Meu coração disparava vendo a caminhar até a mim para ser apenas minha pelo resto da eternidade, Alana estava tão linda como sempre foi, mas hoje ela era a coisa mais magnífica que eu já presenciei em toda vida, seus cabelos soltos me davam vontade de cheirá-los a qualquer custo hoje à noite eu iria senti-la novamente. Ela dava passos vagarosos e isso me fazia querer ir até á e pega-la no colo para adiantar tudo e ter a certeza de que ela será minha para sempre, a cada passo que ela dava meu coração batia mais e mais forte eu podia sentir seu cheiro já entrando por meu nariz e me entorpecendo e fazendo minha cabeça girar, suas mãos seguravam forte ao ponto de quebrar o buque de rosas vermelhas, as quais ela sempre adorou. Eu a vi colocar a cabeça para baixo e temi que ela estivesse passando mal me segurando para não correr e ampará-la, Alana passou a mão em sua barriga parecendo acarinhar nosso filho minhas lágrimas escorreram ao ver a cena, ela o protegeria com a própria vida assim como eu a ela e meu filho, ela me olhou sorrindo deixando as lágrimas escorrerem e seu sorriso doce me fez acalmar deixando meu peito respirar todo o ar que podia, controlei as lágrimas engolido as, e consegui compartilhar o mesmo ar que o dela que agora permanecia a sentimentos do meu rosto.
Um sorriso foi aberto em meu rosto e logo vi um sorriso ser aberto no dela, peguei em suas mãos finas e delicadas e aproximei meu rosto do dela beijando sua testa levemente sentindo seu cheiro, ela fechou os olhos ao sentir meus lábios e apertou as minhas mãos me mostrando que estava nervosa eu apertei as suas de leve e olhei em seus olhos fechados.

–Vai ficar tudo bem, vou sempre estar aqui.

Aquilo foi um sussurro e deixou minhas emoções transparecerem sentindo vontade de chorar, mas não fiz tentei ser forte, ela abriu os altos me olhando fixamente deixando uma lágrima escorrer por seu rosto eu não consegui segurar as minhas e também derrubei uma ao ver a sua emoção constante, limpei a lágrima do seu rosto e ela sorriu, encostei minha mão em sua barriga a acarinhando e sorri feito um pai bobo limpando as lágrimas que saiam por meu rosto. A minha vida agora estava completa e eu não podia imaginar ou querer mais nada, a não ser nosso futuro juntos. Eu respirei fundo e me virei para o altar a encorajando a virar-se também. O padre nos esperava ligeiramente emocionado tentando engolir as lágrimas, e eu consegui ver todo mundo querendo chorar também, inclusive quando olhei para o lado e vi meu irmão Tom se desmanchar em lágrimas, eu sorri pra ele e ele tentou esconde-as, eu ri e olhei para Alanha que sorria também apertei sua mão de leve e ela a minha nos apoiando ao mesmo tempo, me virei novamente para o padre, que começou o casamento.

Alana

Durante toda cerimônia os olhares estavam atentos a nós dois, foi à cerimônia de casamento mais linda que eu já vi em toda a vida, porem acho suspeito falar isso sendo que a noiva no caso era eu. Bill segurava minha mão a todo instante a apertando delicadamente, eu podia ver sua mão suada devido ao nervoso mesmo que ele esteja tentando parecer tão inabalável, eu apertava sua mão com força, pois sei que se soltasse iria cair no chão de fraqueza. Era praticamente impossível não se emocionar a cada palavra que o padre dizia, parecia que tudo foi feito para nós, ele retratou todas as dificuldades que o amor pode sofrer, mas que no final tudo dá certo, eu queria chorar meus olhos ardiam teimosos, porem eu segurava com força as lágrimas que teimavam em sair.
Era a hora dos votos, Bill olhava com força em meus olhos expressando todo o amor que ele possuía, eu podia ver seus olhos profundos querendo me dizer mais do que diziam no momento, consegui ver o amor que aquele homem sentia por mim e as lágrimas dos seus olhos aparecerem mais fortes, sua respiração ficou forte e sua voz sair falhada sendo atrapalhada pela vontade de chorar, contudo ele foi forte e permaneceu assim, aos poucos ele foi colocando uma aliança de ouro branco em meu dedo e por final deu um beijo em minha mão. Agora era minha vez tentei de todo jeito não parecer frágil o que foi em vão, a cada palavra que eu pronunciava jurando meu eterno amor a ele o que eu sabia que mesmo sem jurar seria sim eterno, as lágrimas caiam quentes e constantes em minha face, eu olhei pra ele e tentei mostrar meus sentimentos o que eu acho que foi possível ver com clareza, coloquei a aliança em seu dedo delicado logo pegando em sua mão e aproximando ela dos meus lábios que a selaram de leve, minhas lágrimas caíram na mão de Bill e ele limpou-as sorrindo para mim e deixando que também caíssem as dele.

–Pode beijar a noiva...

Bill se aproximou lentamente sorrindo apaixonado enquanto eu também sorria para ele, suas mãos alcançaram minha cintura trazendo-me para mais perto dele encostando meu corpo no seu, com a outra mão ele pegou no meu maxilar de leve e levantou meu rosto até o seu, eu fechei meus olhos até sentir seus lábios tocarem nos meus de leve dando um incrível choque, sua língua entrou de leve em minha boca a deslizou suavemente dentro dela puxando de leve o meu gosto, eu coloquei a mão em seu braço o apertando com firmeza tentando sentir mais seu toque. Aquele beijo foi o inicio de tudo, aquele beijo dizia que agora seriamos um do outro, eu viveria para ele e ele viveria para mim eternamente.
Suas mãos me afastaram de vagar e eu ainda procurei por seus lábios, ele encostou sua testa na minha ofegando ainda com sua mão em meu rosto, respirei seu ar e aquilo parecia sempre ser tão bom. Ouvi os aplausos de em nosso fundo e nós dois sorrindo logo nos virando para frente e sorrindo para os convidados, saímos andando de braços dados com o sorriso estampado em nossos rostos, as pessoas jogavam arroz de monte em nós dois, Bill colocava a mão em minha barriga e acariciava enquanto andamos até o final do tapete vermelho.
Chegamos até onde seria a festa em poucos passos, um lugar com uma linda decoração branca e vermelha cheio de flores realmente lindo e quem organizou tudo foi Bill em apenas dois dias ele era ótimo nisso, os convidados começaram a sentar-se à mesa conversando animados, eles não eram muitas apenas pessoas que nós realmente amávamos nossos familiares próximos e amigos mais íntimos. Bill me levou até a mesa onde nós dois sentaríamos, não só nós como Tom, Khristen, Georg e Gustav que já estavam lá Khris me deu um abraço choroso me chacoalhando de um lado para o outro e me disse palavras tão lindas que eu acabei me emocionando e chorando de novo, enquanto Tom abraçava Bill os dois se desmanchando em lágrimas, Tom parecia um bebê de tão emocionado que estava e Bill seguia os passos estava tão sensível, Georg me abraçou forte até esmagar meus ossos e Gustav de leve tendo medo de machucar meu filho o que era engraçado porque ainda estava imperceptível.
Depois dos comprimentos me sentei do lado de Bill e ele não parava de me beijar, eu sorria vendo sua animação, Bill falava que me amava mais que tudo e eu dizia as mesmas coisas durante um bom tempo, Georg e Gustav de nojo com toda a melosidade, Bill e eu caímos na gargalhada nos separando.

–Oi Alana.
–Querida Parabéns.
–Olá queridas! – Respondi sorrindo.

Verônica a Barbara minhas primas gêmeas idênticas mais chegadas se aproximaram da mesa sorrindo iguais, eu adorava aquelas meninas e a beleza típica brasileiras delas pois eram sobrinhas da minha mãe as únicas que eu mantinha uma relação de amizade deis de muito nova quando visitava o Brasil, as duas possuíam lindos cabelos negros iguais aos meus porem os corpos eram bronzeados, seus olhos eram castanhos e grandes e possuíam grandes cílios que batiam como espanadores, seus corpos tinham lindas curvas perfeitas e sempre estavam felizes. Eu levantei e abracei as duas de uma vez só elas me espremeram, eu olhei para mesa e percebi como Georg e Gustav não tiravam o olho daquelas duas, na verdade não tinha como tirar eram tão lindas, Georg olhava tanto os seios fartos de Verônica e Gustav encarava a bunda de Barbara, eu sorri para eles durante o abraço os repreendendo, os dois ficaram vermelhos e esconderam a cara, alguma atitude eu tinha que tomar.

– Barbara, Verônica esses são Gustav e Georg, todos da banda. – Eu apontei para os dois que sorriam amarelos.
–Ah sim conheço eles, não pessoalmente só agora, mas já vi em todo qualquer lugar. – Verônica disse sorrindo com os dentes perfeitamente brancos.
–Adoramos o trabalho de vocês, ótimo baixista e ótimo baterista. –Barbara apontou para cada um também sorrindo.
–Muito obrigada garotas. –Gustav sorriu satisfeito.
–Que bom que gostam. – Georg sorriu sedutor.
–Quer... Dançar? –Barbara disse vermelha se dirigindo a Gustav
–Ah claro que quero. – Gustav se levantou colocando a mão em sua cintura levando minha prima a pista.
– E você? – Verônica perguntou com vergonha puxando assunto com Georg.
–Vamos dançar? – Ele também saiu levando ela.

Bill logo voltou a me beijar de surpresa feito um louco, eu podia ver ele sedento por mim e eu realmente estava também por ele, ele aproxima nossos corpos ambos sentados em cadeira e tentava me beijar da maneira mais quente possível e eu a ele. Eu ainda ouvia Khristen suspirando apaixonada vendo a cena e olhando de relance Tom que estava quieto e nervoso, até que ele começou a se movimentar de mais e a tossir, tentando chamar a atenção, Bill parou de me beijar e nós respiramos fortes então olhávamos para Tom tentando atender sua atenção.

–Quero um minuto da atenção de vocês. – Ele disse nervoso olhando para nós três. – Hoje é meu aniversário e o de Bill, ele já ganhou seu presente e agora eu vou querer o meu. –Ele sorriu safado.

Ele se levantou da mesa e se ajoelhou do lado na frente de Khristen que na hora começou a tremer, eu coloquei minhas mãos na boca de surpresa com a cena que iria presenciar e Bill sorriu parecendo já saber o que iria acontecer. Tom pegou uma caixinha no bolso e a abriu na frente de Khris que ao ver o que tinha dentro começou a derrubar lágrimas tremendo feito louca, Tom olhou apaixonado para ele não parando de sorrir, até que conseguiu ar.

–Eu sei que faz apenas alguns meses que nos conhecemos Khris, mas eu sinto aqui no peito que você é a mulher da minha vida então não a motivos para esperar, não seria um momento mais apropriado que hoje, então... – Tom olhou fundo em seus olhos. – Quer casar comigo meu amor?

Khris deu um grande sorriso e se levantou da cadeira puxando Tom junto com ela, os dois ficaram se olhando alguns segundos até ele colocar a mão em seu cabelo de leve.

–Claro que quero! 

Tom a beijou de maneira quente e sedutora até os dois perderem o ar, eu sorria feito boba e deixei as lágrimas caírem em meu rosto vendo aquilo, me levantei e abracei ela da maneira mais calorosa que podia vendo suas lágrimas sendo derrubas no meu ombro nu, eu as limpei e ela sorriu pra mim, Tom abraçou Bill e eles se apertaram felizes, depois abracei Tom forte mexendo em seus cabelos.

–Cuida bem dela hein? – Sorri pra ele.
–Com minha própria vida. –Ele sorriu pra ela. – Vamos dançar amor?
–Vamos marido. – Ela o arrastou para pista.

Fiquei vendo eles se afastando lentamente até a pista de dança percebendo que tudo estava começando a se encaixar meu coração pulava no peito de felicidade vendo tudo estar feliz com todos, senti Bill me abraçando por trás colocando as mãos em cima da minha barriga e seu queixo em meu pescoço pude sentir sua respiração quente, coloquei minhas mãos em cima das dele e virei meu rosto para o lado encontrando seus lábios.

–Eu te amo. – Ele disse.
–Também te amo marido. –Sorri pra ele.
–Estou tão feliz, finalmente você é minha.
–E vou ser pra sempre amor, até o fim dos meus dias.

Uma música romântica começou a tocar e a nossa frente vimos os casais se juntarem e começarem a dançar agarrados.

–Quer dançar? – Perguntei com medo.
–Você sabe que sou horrível nisso, mas faço qualquer coisa pro você.

Bill pegou em minha mão me levando até o meio da pista de dança onde ele pegou meus braços e colocou em volta do seu pescoço, suas mãos foram parar no fundo das minhas costas fazendo meu corpo grudar no dele e eu encostei minha cabeça em seu peito sentindo seu coração acelerado enquanto acariciava sua nuca vendo seus pelos arrepiarem. Ele trazia meu corpo cada vez mais perto se movendo conforme o ritmo enquanto cheirava meus cabelos com força eu sentia seus braços estremecerem ao meu redor, a minha vida poderia acabar naquele instante que eu não ligaria porque esse era o momento mais feliz que eu tive em toda ela, nunca me senti tão protegida em minha vida ao ponto de me entregar completamente naquele momento, eu sentia falta do corpo de Bill no meu e pelo jeito que ele me tocava tenho certeza que ele também sentia, talvez até mais que eu.
Ele começou a cheirar meu pescoço e dar beijos quentes nele sua respiração era tão forte que me abalava e puxava meu ar agora acabando com a meu, Bill esfregava seu perfeito nariz por meu ombro passando sua língua por todo ele, aquele homem estava sedento de dejeto e me fazia também estar, senti suas mãos prensarem ainda mais meu corpo no dele me esmagando levemente, meus olhos se fechavam com cada toque e ele também fechava os seus.

–Senti falta do teu corpo... Eu te quero Alana. – Ele respirou ofegante. - Quero você no meu corpo de novo, nossos corpos juntos na mesma sintonia e ritmo, quero te sentir hoje, amanhã e eternamente, quero você agora. – Suas mãos seguravam meu rosto e seus olhos me olhavam cheios de desejo.
– Eu também te quero amor, sentir teu cheiro misturado com o meu. – Fechei os olhos passando a mão em seu pescoço.
–Vamos sair daqui? – Ele sorriu safado. –Já estamos de mais mesmo, é hora da lua de mel. –Mordeu seus lábios.

Ele nem me esperou responder apenas me puxou pela mão com pressa sorrindo me fazendo sorrir também parecendo ser dois fugitivos, me levou até seu carro me fazendo sentar no banco de trás chamou o motorista para dirigir pra ele, pois Bill ainda não tinha autorização do médico para isso. Fiquei esperando ele conversar com o rapaz dando as coordenadas onde era de onde ele iria nos levar até o ver entrar também no banco de trás e se sentar ao meu lado me encostando contra o banco e começando a me beijar ferozmente.

Postado por: Grasiele

Untouched - 34º Capítulo - It's Over

 


Música: It’s over
Artista: Cinema Bizarre

Não vá perdendo tempo com alguma outra coisa
Se me perder agora, eu vou perder a mim mesmo
Hey é só você e eu agora
Você é a circulação no meu sistema
Tomando a minha transmissão
Circulação no meu sistema
Me destruindo, e todas as minhas visões
Ainda tenho essas fotos de vocês aqui
Como pude transformar tudo o que sinto por você 
em medo
Hey é só você e eu agora
Eu disse hey é só você e eu agora

Estava chegando à hora, a hora de vê-lo partir para sempre, todos nós iríamos até o hospital nos despedir, fomos no grande carro do Tom eles me deixaram irem na frente porque eu estava enjoada. Durante todo o trajeto ninguém disse uma só palavra, apenas o silêncio permanecia constante, Tom olhava apenas para frente segurando forte o volante ao ponto de esmagá-lo enquanto atrás não se ouvia absolutamente nada. Meu coração estava apertado e eu já sentia a falta do seu corpo que eu sempre sonhei que um dia iria acordar, olhei para frente tentando desviar o olhar dos outros e soltei algumas lágrimas deixando minha vista da rua levemente embaçada, enquanto eu pensava em como não seria nunca mais ver ele.
Chegamos ao hospital depois de um tempo longo, saí do carro lentamente depois de todo mundo dando tempo de esconder as lágrimas que ainda restavam até que consegui me livrar delas completamente. Seguindo Tom todos entramos lá dentro e ele tratou logo de falar com a senhora que estava na recepção.

–Sou Tom Kaulitz, preciso ver o Médico responsável por Bill Kaulitz, tenho que conversar com ele. – Tom falava olhando discretamente a senhora.
– Tudo bem senhor Kaulitz, já irei chamá-lo. – A mulher deu um breve sorriso.

Eu estava um pouco atrás de todos, tentando ficar o mais longe possível para que ninguém notasse meu desespero, cada segundo que se passava o fim se aproximava. A senhora discou um número e logo falou alguma coisa que eu não ouvi então deu um sorriso triste para Tom.

–Pode subir ao andar que seu irmão está senhor, o Doutor estará esperando
–Obrigada.

Tom olhou para baixo e deu alguns passos ao elevador sendo seguido por todos nós e eu sempre atrás, meus olhos ardiam e eu me sentia pesada, vi minha vida passar por todo o caminho, a minha junto de Bill, a vida que nunca terminamos de viver e nunca terminaríamos. O elevador subiu e eu vi aquele corredor branco, aquele terrível corredor no qual eu passei os piores minutos de minha vida e continuarei passando até hoje. Eu apertei minhas mãos uma na outra sonhando que minha vida terminasse ali para não ter que presenciar aquilo, mas Deus não atendeu o meu pedido. Tom ficou olhando para o corredor e demorou algum tempo até resolver ser forte e entrar nele de cabeça erguida, Georg, Gustav e Khristen o seguiram e eu apenas os olhei se afastando até que Tom notou que eu não me movia e voltou a meu lado segurando minha mão.

–Se não quiser não precisamos fazer nada disso Alana. – Ele me olhou nos olhos.
–É direito dele descansar Tom, eu quero...
 –Acho melhor você não entrar lá, melhor pra você e pro bebe.
–Ele também tem direito de saber que vai ter um filho Tom... Mesmo que nunca venha a conhecê-lo - Uma lágrima pingou rápida. – Sei que ele vai sentir...
– Então se você quer assim...

Tom não me olhou mais e seguiu em frente, eu fiz o mesmo que ele tentando ter a mesma coragem e o seguindo, até um homem de jaleco branco nos parar e nos cumprimentar com um rosto nem tão feliz.

 –Acho que sei o que os senhores vêm fazer aqui. – O homem nos disse.
–Viemos pedir para desligarmos os aparelhos do meu irmão. – Tom falou seco. – Não há mais motivos para adiarmos esse fim já que ele já aconteceu.
–É a melhor escolha a fazer, isso só trairia mais sofrimento e não adiantaria em nada, é a solução mais sensata a ser tomar e eu admiro a coragem de vocês. – O médico disse confiante.
– Não é por falta de amor e sim o contrário, ele merece Doutor... Merece ter um fim digno e descansar eternamente. – Tom olhou para baixo.
–Você vai ter que assinar alguns papéis e prometo que vai ser rápido, apenas alguns minutos e depois decidam o que irão fazer com o corpo.
–Tudo bem, eu assino.
–Vamos lá então...
–Mas antes... A gente pode ver ele? Pela ultima vez?Eu e ela. – Ele apontou para mim.
–Sim podem, vou levá-los até lá e deixá-los a sós com Bill.

O médico saiu andando pelo corredor e nós o seguimos e eu como sempre atrás, agora era inevitável as lágrimas jorraram por meus olhos descontroláveis sem deixar espaço para minha respiração, meu coração foi diminuindo cada vez mais até desaparecer por completo, minhas pernas eram fracas de mais para meu corpo e eu senti uma pequena tontura e cambaleei, Tom me segurou pela cintura me ajudando, ele me olhou e deu um pequeno sorriso.

–Seja forte e entre lá...

Nessa hora percebi que estava em frente aquele vidro onde eu poderia ver o corpo do Bill estirado em cima da cama, o corpo sem vida e pálido com os olhos fechados que nunca iriam poder ver mais nada, mas mesmo assim ele parecia o homem mais lindo do mundo e mesmo estando fraco, aparentava ser o mais forte de todos. Tom me olhou e me pegou pela mão e com a outra abriu a maçaneta, eu olhei para trás vendo os outros três e eles apenas me sorriram fracos me encorajando. Fui puxada para dentro dando passos leves ficando um pouco afastada de Bill, mas ainda assim pude ver seu rosto angelical dormindo tranqüilo, Tom foi corajoso e largou minha mão ficando bem perto dele, deixando as lágrimas rolarem tranqüilas, ele pôs a mão nos cabelos de Bill e os acariciou lentamente  eu vi as lágrimas pingarem em seu rosto, Tom desceu a mão até as bochechas de Bill o único lugar onde aquela mascara transparente não era capaz de alcançar, ele a acariciou de leve e aproximou seu rosto do dele chegando bem perto do seu ouvido.

–Dorme com Deus irmãozinho, eu te amo...

Tom se ergueu e saiu de perto de Bill vindo até a mim com o rosto completamente molhado me olhando nos olhos, aquilo feriu completamente o meu coração já dilacerado me fazendo engolir o choro, ele colocou uma mão em meu ombro e disse.

–Vou deixar você sozinha com ele...

E então Tom saiu pela porta a fechando delicadamente me deixando lá com Bill, eu olhei pra ele de longe e me aproximei vagarosamente contando os segundos que ainda restavam. Parei bem ao seu lado me encaixando na cama olhei eu seu perfeito rosto intocável e mesmo sem vida meu coração pareceu saltar. Ele parecia tão sereno e tão calmo como nunca esteve, não parecia infeliz apenas aparentava descansar. Vi suas mãos soltas ao lado do seu corpo e percebi que essas mãos nunca mais iriam me tocar, mas eu iria as fazer tocarem meu filho pela primeira vez, peguei de leve em sua mão esquerda fria e mole e coloquei-a em cima do meu ventre sentindo seu corpo pela ultima vez, fechei meus olhos e deixei as lágrimas geladas correrem por toda extensão da minha face aproveitando o momento, abri meus e olhei de novo para seu rosto deixando minha mão apartar a sua em minha barriga, meu coração já mal batia.

–Eu te amo Bill, te amo como nunca ninguém pode amar alguém, vou te amar por toda minha vida e por toda a sua eternidade e eu sempre vou sentir você perto de mim meu amor, porque agora você faz parte de mim como nunca. – Olhei para minha barriga apertando mais sua mão em meu ventre. – Você está aqui meu amor, dentro de mim, esse aqui é o seu filho amor, ele queria te conhecer. –Sorri derrubando lágrimas. – Vou cuidar dele assim como você cuidaria, obrigada por me dar esse presente antes de partir Bill, eu te amo...

Foi nesse momento que a coisa mais estranha aconteceu, em minhas mãos senti a mão de Bill se mover lentamente e acariciar minha barriga, eu ainda olhava para elas e ao mesmo tempo ouvi o barulho do eletro ficar agitado muito rápido, eu entreabri a boca de susto ficando completamente sem reação mais mantendo a sua mão nas minhas. Até aquele hora não tive coragem, mas finalmente consegui prender o ar e olhar para Bill e eu vi uma lágrima escorrer entre seus olhos fazendo uma escorrer entre os meu, ele abriu seus olhos em um susto olhando arregalado para mim e desesperadamente arrancou com tudo a mascara que havia em seu rosto procurando algum resto de ar, meus olhos não conseguiam se mover.

–Meu filho...

Bill se sentou rapidamente na cama pegando em minhas mãos me trazendo para perto do seu corpo, ele aproximou seu rosto da minha barriga e descansou sua cabeça nela me abraçando. Meu coração não podia agüentar aquilo eu pisquei os olhos pensando ser um sonho porem não era meus braços que estavam soltos lentamente abraçaram seu pescoço e minhas lágrimas pingaram escorrendo por seu cabelo, eu senti meu coração bater de novo senti minha vida voltar, aquilo era um milagre, ele era um milagre.Minha boca se abria lentamente em forma de susto e eu respirava forte tentando puxar seu cheiro pra mim como se fosse acabar, Bill ergueu sua cabeça em minha direção me olhando com os olhos completamente aguados e um sorriso abriu em sua boca, eu não conseguia acreditar naquilo, era impossível, completamente impossível eu havia morrido e aquilo era o céu.

–Meu filinho. – Ele apertou sua cabeça na minha barriga.

Ouvimos um grande barulho na porta e ela foi aberta com tudo mostrando o rosto do médico e das enfermeiras completamente brancos e sem reação alguma, as mulheres colocaram a mão na boca assustadas e uma parecia querer desmaiar todos estavam completamente surpresos. Tom entrou pela porta afastando todo mundo com a expressão de medo.

– O que ta acon...

Tom olhou para Bill piscando por várias vezes ficando imóvel ao lado do médico, até notar que aquilo não era ilusão ele deu alguns passos a sua frente e manteve os mesmos olhos curiosos até Bill começar a sorrir pra ele querendo chorar, eu me afastei um pouco para dar espaço a Tom que se sentou do lado de Bill e ficou olhando para ele alguns segundos até abraçá-lo da maneira mais calorosa que podia sentindo seu cheiro e chorando em seu ombro, Bill também chorava enquanto passava a mão na cabeça de Tom os dois passaram alguns minutos sem dizer nada, mas eu podia ver a conexão entre eles sendo estabelecida novamente. Georg e Gustav também entraram no quarto com a expressão de interrogação até perceberem que estava a sua frente assim arregalando os olhos da forma maior que podiam.

–Vocês não vão me abraçar?- Bill abriu os braços.

Foi quando eles perceberam que aquilo não era sonho e correram até Bill o abraçando cada um de um lado deixando algumas lágrimas escaparem, e ficaram assim por um bom tempo até Bill notarem que estavam apertando forte de mais Bill e o soltaram de leve. Khris entrou no quarto por ultimo porem ela já estava na porta há algum tempo e caminhou sorrindo até Bill dando um grande beijo em sua bochecha ele a abraçou com ternura. Eu permanecia imóvel olhando aquilo logo ao lado sem falar nada, era algo que nunca aconteceu algo extraordinário eu apenas senti meu coração batendo  forte ao ponto de sair do meu peito e as lágrimas descerem pelo meu rosto. Bill me olhou sorrindo angelicalmente, eu tive medo que aquilo fosse um sonho, mas se fosse iria me entregar completamente então corri até Bill me sentando ao seu lado o forte não deixando que ele fugisse de novo, apertei meu rosto contra seu peito e deixei minhas lágrimas o tocarem.

–Eu te amo te amo, te amo, te amo te amo. – Disse desesperada.
–Eu também te amo meu amor mais que tudo, mais que a eternidade, mas que minha própria vida. – Ele ofegou meu cabelo.

Coloquei minhas mãos em seu rosto magro e fino o segurando com força sentindo ele em minhas mãos, colei minha testa na dele e chorei baixinho sentindo sua respiração em meu rosto, aquela respiração que me fazia respirar junto, aquela na qual eu pensei que nunca mais iria sentir, ele fechou seus olhos e eu fechei os meus e assim as respirações ficaram ainda mais ofegantes, eu ouvi seu coração bater de longe e o meu batia tanto  igual ao dele.

–Agora eu estou aqui, vai ficar tudo bem, eu nunca vou lhe deixar novamente, nem você nem meu filho. – Ele mexeu em uma mexa do meu cabelo.
–Você é um milagre Bill, eu não quero que isso seja um sonho Bill, não quero, não irei suportar mais, me diga que isso é real. –Apertei meus olhos ainda mais sentindo as lágrimas correrem.
–Não é meu amor, estou aqui me sinta...

Bill ergueu o meu rosto e eu permaneci com os olhos fechados sentindo suas mãos já quentes me acariciando, ele se aproximou tremendo dos meus lábios encostando os seus de leve no meu, me beijado delicadamente e sem pressa me mostrando que não era preciso te-la. Aos poucos voltei a sentir seu gosto que nunca foi esquecido aquilo fazia meu coração se contrair no meu peito e acho que pude sentir meu filho que ainda era um grão pular dentro de mim, segurei seu rosto firme cada vez me aproximando mais procurando o sentir mais perto e ele fez o mesmo, nunca meu coração pulou tanto as lágrimas escorriam no meu rosto e no dele também fazendo nossos rostos grudarem ainda mais,  senti sua língua deslizando calma e tranqüila sobre a minha me fazendo arrepiar até o fôlego acabar então eu encostei minha testa na dele.

–Eu te amo meu amor, e não vou te perder de novo. – Respirei seu ar.
–Eu não vou deixar que me perca novamente. – Ele também respirou.
–Me perdoa por ter deixado você sair daquela porta sozinho, eu deveria te seguir por onde quer que você fosse, foi o mais erro que alguém podia cometer aquilo me destruiu pouco a pouco Bill... Eu pensei que não iria agüentar. – Olhei pra ele.
–Não diga isso. – Ele tampou meus lábios. –Obrigada por não desistir de mim Alana porque eu sei que no fundo nunca desistiu, e agora vou ficar ao seu lado não deixando que você desista nunca. – Ele olhou bem pra mim.
–Sou forte com você aqui, você é a minha fortaleza.
–Obrigada por me fazer o homem mais feliz do mundo me fazendo voltar a vida, ele me fez voltar a vida – Bill sorriu acariciando minha barriga. –Um filho, meu Deus vou ser pai estou tão feliz. – Ele sorria bobo. -Eu te amo tanto, já amo tanto esse bebê. – Ele olhou para os lados. – E também amo todo mundo que está nos olhando nesse momento, Bill sorriu.

Eu abri meus olhos e vi Tom abraçado com Khris chorando em seus braços, Georg com os olhos cheios de lágrimas e Gustav sorrindo feito bobo, as enfermeiras choravam e o médico tinha água os olhos, eu olhei sorrindo e ele também sem a mínima vergonha já que não haveria de ter vergonha da verdade. O médico se aproximou de Bill e bateu em seu ombro ligeiramente emocionado.

–Meu rapaz, como sua mulher disse você é um milagre. – Ele olhava orgulhoso.
– Eu ouvi que iria ser pai, então na hora meus sentidos voltarem completamente. – Bill falou balançando a cabeça.- Eu realmente não sei o que aconteceu, só lembro de estar dormindo, em um lugar branco, nao sei, são memórias fracas- Ele forçou a cabeça.
–Nunca aconteceu isso antes... Não tenho o que falar rapaz, apenas que seja feliz como puder. – O homem sorriu.
–Eu posso ir embora daqui já? – Ele olhou com esperança.
–Você vai ter que passar por uma séria de exames para ver se realmente está bem e só assim poderá ser liberado, isso foi tão surpreendente Bill teremos que fazer muitos exames mesmo para ver se podemos desvendar o que aconteceu, mas vendo você assim eu só posso dizer que foi um milagre, agradeça a sua mulher. – O médico sorriu pra mim.

Bill voltou a olhar pra mim e eu mantinha sua mão grudada na minha sem deixá-lo escapar e assim seria para sempre, ele entrelaçou seus dedos nos meus me olhando sorrindo.

–Que dia é hoje? – Ele arqueou a sobrancelha.
–Dia 27 de Agosto de 2016. – Olhei confusa pra ele.
– Estive fora por dois meses?
–Os dois piores meses da minha vida...
–Não vai ser mais assim te prometo. – Ele sorriu.
–Eu sei que não vai deixar...
–Mas, está chegando meu aniversário! –Seus olhos se iluminaram.
–Sim falta pouco e mesmo assim foi você que me deu um presente, você de volta. – Eu beijei seu nariz.
–Você que me deu um presente. – Ele olhou pra minha barriga. – Mas, eu quero outro além desse. – Ele sorriu encantando
–O que você quiser amor. – Sorri leve.
–Eu te prometi uma coisa. – Ele olhou de leve a aliança em meu dedo. – E acho que agora posso cumprir o pedido, então além do meu filho... Quero casar com você no dia do meu aniversário. – Ele falou rápido e com medo.

Eu abri a boca de susto pela rapidez que ele tinha se recuperado, eu queria rir e chorar o mesmo tempo como aquele homem não parava de fazer meu coração disparar nunca, ele sempre me surpreendia em qualquer situação eu amava Bill com todas as forças que alguém pode amar outra pessoa, então eu sorri para ele e logo abaixei minha cabeça.

–Você quer mesmo se casar com uma idiota, imbecil e retardada que nem eu?
–Sim, eu quero me casar com uma linda, maravilhosa e perfeita pessoa que nem você.

Bill ergueu meu queixo me fazendo olhar para ele, seus olhos brilhavam com intensidade eu sentia vontade de mergulhar dentro deles de tanto prazer que via,  ele se aproximou de mim e eu novamente senti seu coração junto ao meu então selou nossos lábios de leve, não precisei dizer que aceito, pois meus olhos diziam tudo e sei que ele entendeu completamente.

–Mas Bill seu aniversário é daqui três dias? – Eu espantei. – Será que não é melhor deixar pra depois?
–Você ainda acha que devemos deixar alguma coisa para depois? – Arqueou a sobrancelha como só ele sabia fazer. – Acho que não devemos deixar nada pra depois Alana, vamos viver tudo agora e aproveitar cada dia que nos resta, eu quero casar com você meu amor e não precisamos esperar mais nada, só quero você.

Bill olhava tão fundo em meus olhos fazendo meu coração se derreter aos poucos e a minha respiração ficar ofegante, ele tinha qualquer e absoluto domínio sobre mim eu sabia exatamente disso, sempre soube. Agora mais que nunca eu queria aquele homem somente pra mim e iria tê-lo. Agora eu iria ter minha vida de volta, iria o amar da forma mais pura que alguém deve amar, nós iríamos se amar.
Aproximei meu rosto do dele ainda com as nossas mãos entrelaçadas coloquei elas em cima da minha barriga e depois beijei Bill com toda a vontade que tinha, no fundo ouvi todos ali nos aplaudirem, eu sorri durante o beijo como iria sorrir sempre perto dele. 

Postado por: Grasiele

Untouched - 33º Capítulo - I hate this part





Música: I hate this part
Artista: Pussycat Dolls

O mundo desacelera mas meu coração bate depressa agora
Eu sei que essa é a parte onde o fim começa
Eu não aguento mais
Pensei que fôssemos mais fortes
Tudo o que fazemos é nos prolongar
Escorregando por entre nossos dedos
Eu não quero tentar agora
Dizer adeus a tudo que restou
E achar um jeito de te dizer:
Odeio essa parte aqui
Odeio essa parte aqui
Não consigo aguentar suas lágrimas
Odeio essa parte aqui


1 mês e poucos dias depois
Os dias se passaram lentamente e eu pude perceber que minhas lágrimas não fariam a dor parar ou trariam Bill de volta pra mim, então eu parei de chorar. Eu tinha que me acostumar que não iria mais sentir seu corpo no meu e ele nunca mais iria dizer que me amava, nunca mais iria ouvir sua doce voz em meu ouvido ele já não podia mais viver. Acostumei-me com tudo isso porem a dor na consciência nunca foi embora porque me sentia a culpada de tudo aquilo, dois homens morreram por minha causa, queria voltar no tempo e tentar concertar tudo, eu fui tola e destruí meu amor e essa era a única coisa que conseguia sentir no meu coração, a culpa, o peso em minha consciência que nunca ia embora, e isso me fazia não querer viver, eu já não comia mais, não dormia eu não respirava, quando acordava de manhã e não via ele do meu lado e sentia seu cheiro forte as lágrimas voltavam a escorrer.
Eu não possuía mais sentimento algum porque meu coração ficou com ele, o sorriso nunca mais brotou no meu rosto e aquilo me fazia mal, as únicas vezes que eu me sentia fora da escuridão era quando ia visitar o corpo de Bill no hospital, somente o corpo porque a alma já não estava presente, eu toquei em seu rosto por diversas vezes e rezei pra que ele estivesse descansando em paz, há algumas semanas nem isso eu conseguia fazer, não suportei ver o rosto dele e não ouvir sua voz aquilo me deixava ainda mais doente, então não o vi mais.
Está sendo difícil sem Bill como eu nunca pensei que iria ser tão difícil enfrentar a vida, não imaginava que ela seria tão cruel, eu fui perdendo também meus sentimentos e o brilho dos meus olhos se apagaram. Tom, Khristen, Gustav e Georg tentavam me fazer feliz, e eu vi que nem ao menos eles eram, Tom tentava sorrir, mas ele quase não falava sentia que ele não tinha mais vida e nem vontade de viver aquela luz que sempre o iluminava não existia mais, Khristen ficava sempre ao seu lado ela o amava de verdade e ele a ela e isso me fazia querer ver como eu podia ter sido feliz com Bill porem não fui. Georg não ria mais, aquele homem alegre foi embora e Gustav sempre andava sério e quieto os TOKIO HOTEL tinham acabado, e mesmo assim eles tentavam me ajudar.
Recebi cartas de fãs, cartas tão lindas de apoio, percebi que elas me amavam tanto quanto Bill era lindo ver como essas estavam comovidas e sofriam junto com nós, elas o amavam verdadeiramente, nunca o abandonam.
Estou vivendo agora com Khristen em seu apartamento ela me acolheu e tenta me fazer feliz como uma boa amiga eu tento rir, mas esse riso é falso somente pra ela se sentir bem, eu sei que ela percebe e também a vejo triste por não conseguir fazer nada por mim como tem vontade.
De algum dias pra cá sinto as coisas só tem piorado, se já não me bastasse a dor na alma estou tendo que conviver com algumas tonturas, tenho freqüentes enjôos e por diversas vezes desmaiei, acho que estou ficando doente.

28 de agosto de 2016

Era de manhã e o sol brilhava lá fora, mas não aqui dentro hoje eu não fui trabalhar o que me deixava ainda mais sozinha perdida em pensamentos sombrios isso era assustador. Eu ainda permanecia de pijama e com os cabelos despenteados e não tinha comido absolutamente nada, estava assistindo qualquer coisa na TV, já quase não passava noticias sobre ele e quando passava eu teimava em assistir e me machucar ainda mais, meus olhos agora eram profundos devido à insônia e eu me sentia tão mal ao ponto de desmaiar foi quando ouvi a porta se abrindo e mudei minha feição assustadora.

–Bom dia amiga, não quis te acordar e fui ao supermercado. – Khristen se atrapalhava com as sacolas.
–Bom dia. –Disse fraca. – Espera vou te ajudar.

Quando tentei me levantar a minha cabeça rodou e tudo começou a ficar escuro me apoiei no braço do sofá pra não cair e sentei nele respirando fundo, Khristen se assustou e correu até a mim pra me segurar.

–Ei o que foi?
–Não é nada, apenas aquela tontura chata. – Sorri de leve.
–Estranho isso Alana, todo dia a mesma coisa. – Arqueou a sobrancelhas.
–Não foi nada, deve ser labirintite, mas então o que trouxe de bom? – Mudei de assunto.
–Ah você vai adorar. – Ela foi até as sacolas. – Comprei aquela lasanha quatro queijos que você adora, cheia de molho e lotada de queijo, hum delicia. – Fez cara de fome.

Lasanha? Queijo? Molho? Meu estomago se embrulhou completamente e senti alguma coisa subindo em minha garganta era o maldito vomito, deixei Khristen falando sozinha e corri até o banheiro abaixei a cabeça no vaso e vomitei tudo, o problema era que não sei de onde saiu tudo aquilo sem nem eu ao menos comia, estava tossindo desesperada até que saísse tudo quando terminei dei descarga e fui a pia lavar a boca quando me assustei com o reflexo de Khristen no espelho.

–Alana você... - Ela se aproximou.
– O que tenho eu?
–Alana você está grávida. – Disse sorrindo perto de mim.
–Eu grávida? Não, não, não posso estar grávida não é possível. – Nos meus pensamentos eu verifiquei que era sim possível. – Não posso, não posso. – Olhei em seus olhos.
–Amiga você está com tonturas enjôos não come nada, é lógico que só pode estar grávida!
–Claro que não! – Quase gritei.
–Então me dia só uma coisa... Você usou camisinha com o Bill? – Arqueou uma sobrancelha.
–Lógico... Não, não usei. –Olhei pra baixo concluindo.
– Eu sabia, estou desconfiando a dias, amiga você vai ter um filho. – Seus olhos brilharam.
–Não posso ter um filho Khris, não posso. – Me martirizei.
–Quem disse que não? Claro que pode e seria sim muito bom isso, vamos se troque. - Me empurrou.
–Me trocar, pra que?
–Vamos ao médico imediatamente confirmar isso.
–Já disse que não estou grávida, não quero ir ao médico não é preciso. – Me alterei.
–Então não custa nada fazer um exame pra ver se não está grávida mesmo – Ela bufou. – Vai logo.

Fui para o quarto colocando qualquer roupa que tinha em cima da cama, era lógico que eu não estava grávida eu não podia estar grávida era a única coisa que não podia acontecer numa hora dessas, eu engravidar e meu filho não ter um pai não queria fazer mais uma pessoa sofrer por minha causa. Voltei pra sala onde Khristen já me esperava rodando a chave do carro na mão, quando me viu pegou minha mão e andou segurando meu braço até o carro como se quisesse me amparar.

– Khris eu já to bem, não precisa querer me pegar no colo.
–Vou cuidar do meu sobrinho oras!
–Já disse que esse sobrinho não existe impossível.
– E se existir?

Não respondi nada  e ela continuou a me encarar logo percebendo que eu não iria falar nada por falta de respostas, caminhamos quietar até o carro e fomos até o hospital sem falar nada, eu estava muito ocupada pensando o que iria fazer da minha vida se estivesse mesmo grávida.Chegamos rápido e logo subimos o elevador e o médico nos atendeu rapidamente porque não tinha ninguém esperando, ele disse que eu precisava fazer alguns exames de sangue e que não iria doer nada, mas mesmo assim eu queria chorar não de medo de agulhas e sim com medo do resultado.

–Alana não se preocupa, se você estiver mesmo grávida eu vou estar aqui pro que der e vier, não tenha medo. – Ela disse me olhando nos olhos.

Então eu sai com o médico olhando pra ela como se pudesse me socorrer, Khris apenas me olhou me dando apoio e ficou no sofá sentada. O médico furou a minha veia apenas uma vez e já disse que estava pronto e que poderia voltar pra junto da minha amiga e esperar alguns minutos e logo iria me chamar, ele fez um curativo e me mandou segura-lo eu andei até fora da pequena sala branca e encarei Khristen que me esperava no sofá me olhando com dó, sentei do seu lado e apoiei minha cabeça em seu ombro ela me abraçou.

– Eu não posso ter esse filho Khris não posso...
–Pode sim querida. – Ela tirou uma mecha de cabelo do meu rosto. – A gente cuida dele. -sorriu.

O médico chegou nos olhando sorrindo e logo sentou na nossa frente com as mãos entrelaçadas, eu o olhei com espanto e com medo do que ele iria dizer não queria ouvir porque acho que já sabia a resposta.

– Parabéns senhorita, você vai ser mãe.

Minha boca se abriu e aquelas palavras haviam caído como pedras em cima de mim me sufocando, olhei pra baixo sentindo as primeiras lágrimas caírem nos meus olhos eu já não sabia se era de emoção ou tristeza porque meus sentimentos agora eram confusos, o que eu iria fazer com essa criança? Ela iria crescer sem um pai, o que eu faço agora meu Deus?

– Porque a senhorita está triste?E o pai da criança? – O médico me olhou.
–Ele morreu... – Olhei em seus olhos chorando.
–Sinto muito senhorita. – Ele disse com pena.

Olhei pra Khristen ela não sorria mais porque viu o estado em que eu estava e isso feriu seus sentimentos, ela me abraçou me dizendo que iria ficar tudo bem e me levantou junto dela ainda me abraçando pra sairmos daqui, o médico continuou a nos encarar com pena. Eu chorei em seu ombro em tudo caminho até o carro ela alisava meu cabelo como se fosse uma mãe, até entrarmos no carro. Virei-me pra frente deixando as lágrimas escorrerem tranqüilas enquanto ela dirigia sem falar nada apenas me olhando de vez em quando.
Olhei para minha barriga sem sinal nenhum de gravidez e comecei a passar a mão por cima dela tentando sentir alguma coisa, a idéia de que eu teria um filho já não era tão assustadora quando os segundos passavam, eu teria essa criança e a faria feliz de qualquer modo, sendo pai e mãe e cuidando tão bem dela como se Bill estivesse cuidando. Aos poucos um sorrido foi brotando dos meus lábios que não sorriam há tempos e agora as lágrimas já não era de tristeza.

– Você já o ama antes mesmo de nascer não é? Eu sabia que você iria ficar feliz, Alana uma criança vai mudar sua vida, vai ser um pedacinho de Bill crescendo em seu ventre e você vai te-lo pra sempre ao seu lado agora.
– Vou sim, irei amá-lo por nós dois. – Olhei pra ela chorando.

Chegamos em casa e subimos até seu apartamento com um leve sorriso em nossos rostos, meu filho nem havia nascido e eu já daria minha vida por ele a qualquer minuto parecia um amor intenso a brotar no meu coração, eu viveria pra ele.

–Agora trate de comer mocinha, quero essa criança bem gordinha pra poder apertar suas bochechas. – Ela fez os gestos com a mão.
–Vou tentar...
–Alana teu celular ta tocando. – Ela apontou pro meu bolso.

Abri meu bolso olhando o número para ver quem era e era Tom, não sei, mas uma forte pontada me doeu em meu peito e eu atendi com medo.
– Alo Tom.
–Oi Alana. –Disse desanimado. – Eu preciso conversar com você é urgente, dá pra Khris te trazer aqui agora? Precisamos falar sobre uma coisa e tem que ser imediatamente. – Sua voz era tão tensa ele parecia realmente preocupado.
–Tudo bem eu vou.
–Estou esperando. – Desligou.

Olhei pra Khris assustada, e ela percebeu.

– Tom precisa falar comigo, ele está estranho, parece triste...
–Vamos lá. – Abriu a porta me pegando pela mão.

Novamente saímos no carro dela até o apartamento que Tom tinha comprado a pouco tempo pois eles todos resolveram mudar para Alemanha já que não tinha mais banda iria ficar perto de suas famílias, quanto mais chegávamos perto mais meu coração parecia estar apertado não sei porque mais tinha um pressentimento ruim do que iria ser dito por Tom. Chegamos até lá subindo de elevador até seu andar luxuoso e tocamos a campainha.Tom nos atendeu com medo no olhar e estando sério deu um pequeno beijo em Khris e um beijo em minha bochecha, nos convidou a entrar e quando entrei vi Gustav e Georg sentados em uma grande mesa nos olhando também sério, o clima estava pesado e eu já podia sentir o que Tom havia decidido.

–Sentem – se. – Tom apontou para dois lugares.

Ele se sentou em nossa frente grudou as duas mãos colocando ambas em cima da boca e apoiando a cabeça levemente sobre elas, ele olhava rosto por rosto calmamente piscava lentamente e respirou fundo antes de falar o que já sabia.

– Eu venho pensado há muito tempo e acho que a hora já chegou. -Suspirou. – Bill precisa descansar em paz, não merece ficar naquela maca eternamente, acho que chegou a hora de desligarmos os aparelhos dele... E deixá-lo livre daquilo tudo... Todos vocês concordam com isso? – Ele olhou para nós.

Eu olhei nos olhos do Tom e pude ver sua tristeza em dizer aquelas palavras uma lágrima escorreu por meu rosto e eu abaixei a cabeça pra escondê-la com as mãos apertadas sentindo que agora eu perderia até mesmo seu corpo, mas aquilo era a coisa certa a fazer ele merecia mais que ninguém morrer com dignidade, então não iria impedi-lo, iria chorar em silêncio, só que antes disso eu tinha que me despedir e falar com ele pela ultima vez sobre nosso filho.

–Pode ser... – Gustav falou.
–Ele merece ter um enterro digno. – Georg olhou pra parede.
–E você Alana... Concorda? Não faremos nada sem você. – Tom me olhou preocupado.

Eu limpei as lágrimas que caiam e olhei pra eles deixando outras caírem, eu teria que falar a verdade.

– Eu estou grávida. – Abaixei a cabeça.

Ouve um grande silêncio naquela sala e nada foi ouvido por alguns instantes eles me olharam assustados sem crerem, principalmente Tom que entreabriu a boca, eu podia jurar que ele não havia gostado.

–Você está... Grávida?
–Sim, desculpa...
–Meu Deus você está grávida, eu vou ser tio, você ta grávida, ah meu Deus. – Tom abriu um imenso sorriso.

Aos poucos todos começaram a sorrir e Khristen sorriu satisfeita, pois sabia que eles teriam essa reação, Tom veio até mim e se agachou do meu lado colocando o ouvido na minha barriga e depois a beijou deixando algumas lágrimas brotarem.

–Oi amiguinho. – Ele sorria satisfeito. – Vou cuidar de você como fosse seu pai, porque ele me fez prometer que iria cuida da sua mãe e você é parte dela, dele e minha também.– Tom sorriu pra mim e eu chorei.

Gustav e Georg também sorriram e correram até a mim ficando todos agachados e relando em minha barriga como se meu filho já estivesse em meu braço, Georg colocou o ouvido nela e olhou assustado.

–Ele não chuta? – Arregalou os olhos.
–Sua anta, olha o tamanho da barriga dela o bixinho ainda é um feto. – Gustav bateu em sua cabeça.
– Ai, para. – Olhou emburrado e nós todos rimos.

Khristen também veio perto de mim e ficou ao meu lado alisando meu cabelo eu olhei pra ela satisfeita agradecendo por tudo.

–Obrigada Alana, agora é uma parte de Bill que vai sempre estar com nós, vou cuidar dele Alana vai ser como meu filho nunca vou deixar faltar nada pra essa criança, principalmente amor. – Ele tocou de leve a barriga.
– E nem eu, também cuido dele como se fosse meu. – Gustav se aproximou. – Vou ensinar ele a jogar bola, e se for menina vou ensinar do mesmo jeito. – Ele riu.
–Me incluam nessa, todos nós vamos cuidar da criança, nunca vamos deixar você sozinha. – Georg me olhou nos olhos.

Eu estava completamente emocionada por aquilo, as lágrimas começaram a escorrer pelo rosto, mas de felicidade aquela criança seria mais amada do que eu podia imaginar, todos já amavam meu filho e isso me deu forças.

–Porque ta chorando. – Tom perguntou?
–Porque vocês me fazem a mãe mais feliz do mundo. – Sorri chorando. – Obriga!
  
Todos me abraçaram e eu sorri nos braços deles, sentindo o calor de três pais pro meu filho, nada poderia ser mais perfeito, quer dizer poderia sim, porem isso não teria jeito era algo impossível e eu já havia me contentado.

–Meu filho vai ter quatro pais, nada mal. - Dei risada.
–Quatro pais e duas mães! – Khris sorriu e me deu um beijo estalado na bochecha.

 Tom se afastou lentamente e aquela cara de antes voltando sua seriedade olhou pra mim com os olhos cheios de lágrimas e eu sabia o que ele queria dizer esperava pela minha resposta me olhando com pena.

– Ele merece descansar... Vamos deixá-lo descansar. – Uma lágrima fria escorreu por meu rosto, eu toquei em meu ventre e sorri. – Sua missão já foi cumprida, e ela não poderia ser mais bela. – Olhei nos olhos de todos. – Mas antes... Eu preciso falar com ele pela ultima vez, ele merece sentir seu filho antes que se vá, só preciso disso. – Deixei as lágrimas rolarem.

Tom sorriu de leve e assentiu com a cabeça concordado, deixando as lágrimas escorrerem fáceis por seus olhos, todos viram que era apenas isso que eu desejava e nada mais, e eles sorriram fracos se preparando para o fim ou para o começo.

Postado por: Grasiele

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