quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Untouched - 21º Capítulo - Just so you know

Música:Just so you Know
Artista:Jesse McCartney

Eu não deveria te amar,
Mas eu quero te amar.
Eu não consigo recusar.
Eu não deveria te ver,
Mas não consigo me mover.
Não consigo enxergar mais além
Só pra você saber
Esse sentimento está me controlando.
E eu não posso evitar.
Eu não vou me aproximar,
Não posso deixá-lo vencer agora.
Achei que você deveria saber.
Dei o melhor de mim pra me
Permitir me afastar de você,
Mas eu não quero.
Eu só tenho que te dizer isso tudo antes que eu me vá
Só pra você saber.
 É cada vez mais difícil ficar perto de você
Há muito que eu não consigo dizer
Você me quer pra esconder os sentimentos
E enxergar de outra maneira?

Este vazio está me matando,
E eu estou me perguntando
Por que eu esperei tanto tempo?
Olhando pra trás eu entendo
Que sempre esteve lá.
Apenas nunca revelado.
Estou esperando aqui...
Estive esperando aqui.
 


Eu olhava pela janela o céu estava azul bem claro sem nenhuma nuvem se quer, o sol iluminava boa parte do quarto meus olhos verdes era cor de mar no momento, senti uma leve brisa entrando e batendo no meu rosto as cortinas voavam devido ao vento que as levantavam. Meu peito subia e descia conforme a minha respiração, eu ainda estava com  o vestido verde de ontem e por isso estava sentindo um grande frio mesmo tendo um  edredom grosso em cima de mim.
Dave dormia tranqüilo ao meu lado possuindo um singelo sorriso em seus lábios e sua respiração era lenta. Era sábado dia de trabalho pesado para mim, teria que editar toda aquela entrevista, já Dave estava de folga então iria ficar em casa, não quis acordá-lo então levantei com cuidado da cama colocando meu pé nu no chão gelado um calafrio subiu por minha espinha e esfreguei meus braços com intenção de me esquentar.
Corri até o banheiro me trancando lá dentro me despi e quando fui ligar o chuveiro lembrei-me do curativo em minha mão, minha cabeça que já doía ficou mais pesada, lembrei-me de tudo da noite passada e meu coração acelerou mais uma vez, respirei fundo tentando acalmá-lo, retirei todas as fitas coladas em minha mão relembrando do toque da mão do Bill quando fez isso, eu tinha que parar com isso. Abri o chuveiro e tomei um banho bem quente fazendo minha pele queimar até doer, quando não era possível ver mais nada no banheiro devido à fumaça fechei a torneira, olhei o corte ele estava bem mais vermelho que ontem, mas não ardia tanto, então fiz outro curativo.
 Sai de lá e fui para o closet escolhendo uma roupa de frio, optei por uma calça Jeans clara cigarrete uma blusa cacharreu preta colocando um sobretudo quadriculado cinza com branco por cima de tudo e enrolei um cachecol cinza em volta no pescoço, calcei uma bota preta sem salto e passei uma leve maquiagem apenas usando o delineador de olhos, prendi o cabelo em um rabo de cavalo.
Eu queria ir a Revista andando além de não ser longe não estava a fim de dirigir hoje, queria sentir o vento frio bater em meu rosto, sim eu gosta disso era bom. Na rua estava um frio de congelar andei com as mãos no rosto e de cabeça baixa, em poucos minutos já estava lá dentro da recepção nem vi o tempo passar cheguei rápido.


Bill


Fazia minutos que eu estava olhando para a janela, o sol batia direto em meu rosto fazendo meus olhos arderem. Eu sonhei com ela uma, duas, três milhares de vezes durante a noite como sempre fazia, eu podia jurar que quando tapei meus olhos por causa do sol senti o seu cheiro entre meus dedos respirei forte aquele aroma, eu podia estar ficando louco? Isso não era uma pergunta, é claro que estava talvez tenha sempre sido, mas por ela, Alana me fazia ficar louco mesmo longe, agora perto eu não consigo controlar os meus instintos, não conseguia amenizar a sede que tinha por ela, era lógico que estava completamente louco, mas a loucura era boa porque eu sorria feito um pateta pensando nela, afinal loucos eram engraçados.
Não tinha nada o que fazer hoje, era sábado e não teria show nenhum marcado, nem entrevista nem nada, Jost nos deu um descanso, o resto da banda com certeza ainda deveria estar dormindo, então hoje seria um dia entediante, o que me fez ficar mais um pouco na cama e o que me provocou idéias, que eram péssimas.
Eu sei que não devia fazer o que eu estava pensando e o que tinha certeza que iria acabar fazendo, mas o meu coração não me obedeceu me levantei da cama em um salto e tomei um banho rápido e um pouco gelado o que me fez tremer, coloquei uma calça jeans qualquer  camiseta preta e uma jaqueta de couro bem quente, calcei um adidas branco e desci o elevador no hotel colocando uma touca de lã, um óculos escuros e tampei o rosto com meu cabelo.
Eu queria andar e iria me fazer bem, tinha tempo pra isso, e sim eu iria até o trabalho de Alana, precisava ao menos ver ela e ficaria sentado na porta daquele trabalho dela o dia inteiro se for preciso, apenas ficaria feliz em vê-la de longe era o que bastava pra fazer um pobre apaixonado ficar bem.
Demorei um pouco pra chegar até lá,estava um frio de arrebentar acho que meu nariz congelou minha pele ardia, era um pouco mais que 11h da manhã e em uma grande árvore cheia de galhos eu me escorei sentando no chão, esperando ela por todo o dia se for necessário.

Alana

Fui direto a minha sala e lá passei horas só arrumando aquela maldita entrevista, quando mais digitava mais minha cabeça latejava, quando mais lia aquilo que estava escrito com minha caligrafia arrastada mais me lembrava de Bill e suas palavras ditas na noite anterior, era algo insuportável de lidar, tomei diversos remédios para fazer a dor parar e nada adiantava ela continuava querendo explodir. Por vez parei e fechei meus olhos colocando minha cabeça entre meus braços cruzados na mesa, agora eu fiquei mesmo ótima estava com tontura, só o que me faltava.

–Alana?

Vi a cabeça de Khristen na porta que logo entrou toda feliz e agitava completamente ao contrário de mim, ela veio em minha direção se ajoelhou na minha frente e me deu um forte abraço quente, meus olhos se esbugalharam o que tinham feito com minha amiga? Bati de leve nas costas dela.

–Obrigada amiga, obrigada mesmo!- Ela sorria- Ai que tudo de bom, obrigada!- Ela me balançava fazendo a minha cabeça chacoalhar.

Olhei assustada pra Khristen sem entender absolutamente nada.

–Tom me ligou me convidando pra sair, meu Deus até a voz dele é sexy, Oh Deus! – Ela se abanava.
 
Só Khristen para me fazer sorrir mesmo que de leve numa hora dessas, não tive nenhuma reação muito eufórica pela falta de forças mas se pudesse pularia junto com ela, fiquei muito feliz.

–Estou sem palavras pra agradecer, só obrigada! Ah tenho que voltar a trabalhar- Ela se levantou. – Falando em Tom ai que homem sedutor aquele irmão dele, Oh família, bendita família. –Ela levantada aos mãos pro ar logo saindo pra fora.

Khristen me fez lembrar de Bill de novo bem agora que tinha esquecido dele a 11 segundos.
Olhei para aquele computador, e para a folha que ainda restava para digitar e conclui que não dava mais, se não fosse pra casa agora acho que teria um derrame cerebral de tanta dor, fechei o NoteBook e peguei a minha bolsa, os poucos passos que dei já me fizeram tropeçar,  tudo a minha volta rodava, mesmo assim não me importei sai pela porta e andei até a portaria sem parar vendo vultos a minha frente e aos lados, cheguei ao estacionamento e logo a rua livre onde diversos carros passavam mas eu mal conseguia vê-los direito.
Eu estava terrivelmente desastrosa, meus pés mal se seguravam no chão e meu corpo mole tombava para o lado, mesmo andando de pressa tudo parecia passar de vagar, o vento parecia querer me levar de tão tonta que estava, coloquei um pé na rua para atravessá-la foi ai que tudo rodou eu não segurei meu próprio corpo não senti minhas pernas e por um breve momento tudo ficou escuro.

Bill


Acho que já se passou mais de 6 horas que estou aqui e isso não me incomodou de nada aquela rua era movimenta e tinha muitas distrações, mas eu não desviava do meu objetivo que era o Editorial, porem só agora que meu estomago começou a doer notei que não tinha comido absolutamente nada então me levantei para comprar alguma coisa e voltar para o mesmo lugar rapidamente, não podia perdê-la de vista.
Foi ai que a vi saindo pela porta da Revista linda com o sol batendo no rosto que estava bem à mostra devido ao cabelo preso, pensei em sair correndo para não ser notado, mas quando se aproximou pude notar que algo de errado estava acontecendo com ela, seu rosto estava pálido e ela parecia assustada, iria desmoronar a qualquer instante.
Ela queria atravessar a rua e não olhou para os lados, um carro preto vinha ao seu encontro, ela...
Não tive tempo de pensar em nada aquele carro iria atropelá-la com toda certeza. Corri até ela na maior velocidade que pude e que nunca tinha corrido, mas o carro parecia cada vez estar mais perto e ela cada vez mais longe. Entrei em sua frente a pegando pela cintura e a derrubando no chão bem em baixo de mim abraçando-a forte e protegendo-a com meu próprio corpo.
Fechei os olhos e esperei pela morte, mas ela não veio, abri os lentamente e pude ver Alana tremendo em baixo de mim me olhando com os olhos verdes arregalados, ela estava branca que nem papel parecia uma criança indefesa assustada, eu não me controlei e acariciei seu rosto com meus dedos.


Alana

Por um breve momento poderia jurar que tinha morrido, um anjo me segurava firmemente em seus braços calorosos com o rosto colado no meu, ele mantinha os olhos fechados e quando abriu senti o terror invadir sua alma.
Bill acariciou meu rosto de leve com as mãos frias o que me fez tremer mais do que estava, meus olhos se fecharam no momento para sentir o prazer que suas mãos me proporcionavam, ele quase morreu por mim.
Seu corpo em cima do meu estava quente e me esmagava, seu rosto tão perto...
Mas eu logo retornei a sanidade mental e me mexi um pouco tentando sair de baixo dele, Bill no mesmo instante levantou rápido nós dois me protegendo com seus braços ao meu redor.

–Você quer se matar?- Ele disse sério.

Eu não disse nada, apenas olhei para baixo e encarei meus pés juntos eu agi com irresponsabilidade ele estava certo eu quase me matei e levei-o junto.

–Ei, por favor, não faz mais isso! – Ele me abraçou. – Eu te imploro, pensei que iria te perder... – Ele falava abafado com o queixo encostado meu pescoço.

Eu fechei os olhos sentindo suas mãos em minhas costas e seu rosto encostado nos meu, seu corpo me esquentava e me sentia segura, mas ele logo se afastou.

–Desculpa...
–Obrigada... Se não fosse você acho que teria morrido. –Olhei em seus olhos.
–Você quase me matou... – Ele suspirou. - Tive medo...
–Me desculpa, eu quase te levei comigo!- Sorri de leve.
–Não faça mais isso...
–Obrigada te devo minha vida. ... – Cai na real. – Agora tenho que ir... – Disse andando.
–Mas nem pensar em ir sozinha, eu vou com você até sua casa, me assegurarei que nada vai acontecer de novo...
–Não preciso, eu estou bem! – Disse me afastando.
–Já disse que vou junto, diga o que disser. – Ele relou em meu ombro.

Olhei pra ele e dei um simples sorrido, abracei meu corpo cruzando os braços e começando a andar rápido com ele bem ao meu lado também com os braços cruzados.

Bill

Eu nunca tive tanto medo igual tive hoje, medo de perdê-la pra sempre de um modo como ainda não tinha perdido, os piores pensamentos rodaram minha cabeça no momento, nunca senti algo igual. Se de algum modo ela se fosse não haveria duvida alguma eu iria logo depois, em nenhum momento cogitei em viver sem sua existência.
Por sorte consegui pega-la a tempo e a tive em meus braços de novo, queria eternizar o momento pra sempre, aquele corpo em baixo do meu novamente, mas nada dura pra sempre. Ela ainda não estava bem continuava pálida como antes apesar de seus olhos não aparentarem serem mais confusos, entretanto tinha que ir junto com ela não deveria deixá-la sozinha.
Durante o caminho ela esteve calada e eu também, seus passos eram suaves, mas rápidos, sua respiração acelerada me motivava, sempre olhava para ver se nada de errado estava acontecendo, ela parecia inquieta então comecei a falar.


Alana

–Ainda com medo?
–Foi algo realmente assustador algo que não se esquece tão rápido, e eu devo minha vida a você ,não tenho como agradecer. – Eu o olhei nos olhos.
–Na verdade tem!- Ele deu um sorriso.

Tive medo de qualquer coisa que ele iria dizer no que eu pensei não poderia agradecer de nenhuma forma, não deveria.

 –Você poderia ser minha amiga? Que tal? Quer ser minha amiga?- Ele abriu um belo sorriso.

Por um momento me aliviei, depois de tudo era aquilo que ele queria? Estava surpresa tive vontade de rir de sua simplicidade, mesmo sabendo que nunca poderia ser sua amiga, então me calei.

– Apenas minha amiga?Só isso, não te peço mais nada, mas só se você quiser, acho que você não vai querer, eu sei que não mereço, apenas sonhei!- Ele olhou pra frente.
–Vou ser sua amiga!- Eu sorri pra ele.


Ele deu um belo sorriso de confiança, seus olhos brilharam felizes e ele continuou sorrindo mesmo sem olhar pra mim.
Chegamos a minha casa em pouco tempo, na verdade não queria ter chegado sua companhia me fazia bem, mesmo sem palavras eu ouvia seu coração.

–Pronto chegamos, obrigada. – Me coloquei na frente dele.
–Sim chegamos- Ele olhou triste. –Entre está frio pra você. –Ele sorriu.
–Quer entrar?- Não acredito que disse aquilo, me escapou.
–Não, hoje não. Tenha uma boa noite. – Ele olhou pra casa.
–Boa noite.

Andei até a porta e senti os olhos de Bill a me seguir, quando cheguei a porta e entrei ainda podia ver ele a me olhar, eu não segurei e sorri pra ele.
Dave estava no computador dei um beijo rápido e ele sorriu, um pouco mais tarde jantamos e como era tarde fomos dormir, não tinha como parar Bill não sair mais da minha cabeça, nem antes e muito menos depois de hoje.
Eu não conseguia parar de ouvi-lo dizendo com medo que pensou que iria me perder, ele parecia tão preocupado tão amedrontado... Tão apaixo... Não essa ultima palavra estava fora da lista, Bill não seria capaz disso. Mesmo não sendo eu lhe devo a vida.
E lentamente remoendo o dia de hoje fui pegando no sono.

Bill

Eu andava de volta pro hotel que era bem longe, mas o tempo foi bom pra refletir.
Ela seria minha amiga? Apenas amiga, mas o que estou dizendo? O que pensava que ela seria, seu idiota? Mais que isso?Nunca! Eu deveria ficar absolutamente feliz por isso, mas não consegui era difícil tê-la como amiga sabendo que o sentimento que sinto por ela é milhões de vezes maiores do que o carinho de uma amizade. Mas o dela não, e talvez nem chegue ao sentimento de uma amizade, e não deveria eu não merecia, então fiquei um pouco contente.
A melhor parte do dia foi notar que tinha ganhado alguns pontos, os pontos nos quais me ajudariam para que ela me perdoasse e libertasse minha culpa, mesmo que minha alma esteja sempre presa com ela.
Durmi rápido foi um dia exaustivo mesmo sem ter feito nenhum show, afinal quase morri, mas se houvesse acontecido isso, tenho certeza que não há melhor forma de morrer, dando a vida a quem mais amo.


Postado por: Grasiele

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