segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Seduction Innocence - Capítulo 40

Me Salva.
Bill estava no quarto do hotel, lamentando o fim de um lindo relacionamento, quando batem urgentemente em sua porta, ele assustado abre-a. Uma linda garota, agitada, começa a falar em inglês para ele.
-Você é o Bill, né? Namorado da Anna?
-Sim, por quê? - perguntou ele, sem entender nada.
-Bill, eu temo que a Anna esteja nas garras do Brian e ele está maltratando ela - respondeu ela.
-O que eu posso fazer? - perguntou ele, preocupado.
-Eu acho que sei onde ela está. Ele me levou lá, quando me seqüestrou. Se tivermos sorte, ela está lá com ele. Meu marido está comigo, caso Brian nos ataque. Vamos tirar ela de lá?
-Sim, sim. Ela terminou comigo, mas não quero que ela sofra - disse ele, triste, dando um pequeno sorriso.
-Ok - disse ela, forçando o sorriso.
Bill saiu, fechou a porta e correu junto da Mercedes, por causa da grande concentração de fãns e a mídia do lado de fora do hotel, Bill e Mercedes saíram pelos fundos do hotel e logo, em seguida, entraram no carro, seguindo para aquele mesmo lugar onde a Mercedes havia sido levada. Ela foi dando as instruções e Rogério apenas segui-as.
Quando chegaram ao lugar, calmamente eles foram entrando no lugar, Bill ia à frente, enquanto os outros estavam atrás. Eles chegaram num ambiente sujo, úmido e escuro, Bill observou Anna amarrada numa cadeira e Brian, em desvantagem, de costas para a porta, ou o que restou de uma porta.
Bill deu um passo para trás assustado e Anna percebeu que era ele e logo abriu um sorriso, rapidamente olhou para Brian que estava quase dormindo, sentado no chão, com a faca ao lado. Ela fez um sinal de que podia ir e Bill se escondeu, mas na verdade ele estava tendo uma breve conversa de sinais com os outros dois.
Rogério era praticante de artes marciais e disse que daria um jeito de fazer com que Brian desmaiasse e desse para que os dois pegassem a Anna e fossem embora o mais rápido possível.
Rogério caminhou calmamente até Brian e lhe deu dois chutes certeiros nas costas e um ataque no pescoço, algo devagar para não matá-lo completamente, se bem que era isso que todos queriam.
Enquanto, Brian já estava no chão, Bill desamarrou as cordas de Anna e jogou para Rogério que amarrou Brian numa outra cadeira suja e molhada que estava ali.
Bill arranjou forças e pegou Anna, que estava fraca pelos golpes que havia levado, e levou-a até o carro que Mercedes já estava esperando com a porta aberta.
Rogério correu até os três e Bill pediu que a levasse para o hotel, já que sua mãe sempre em viagens trazia uma malinha de primeiros-socorros com remedinhos e outros e Bill iam cuidar dos ferimentos, fazendo com que o que a Anna disse ao Brian tornasse verdade.

‘... Ele é atencioso, me mima... ’


Rogério e Mercedes se foram e Bill, já sem ela em seus braços ela já havia conseguido ficar de pé, guiou Anna até o quarto dele. Pegou a tal malinha, ajeitou uma poltrona em frente à cama e pediu que a Anna sentasse ali e ele sentasse na cama.
Ele tirou um algodão com um pouco de um remédio e passou nos ferimentos da boca, que ela tinha e ele tentava falar com ela que estava extremamente assustada com a situação.
-Pode me contar o que ele fez?
-Eu estava correndo até o carro, quando senti alguém puxando meu braço e era ele. Ele me puxou até aquele lugar e me tor... Aiii - reclamou ela, quando ele passou outro tipo de remédio.
-É para cicatrizar - disse ele, dando um sorriso.
-Tudo bem - disse ela, sorrindo - Então, ele me torturou, falou diversas coisas - ele a interrompeu.
-Ele falou de mim?
-Nada verdade, fui eu quem disse.
-Ah?
-Ele me perguntou o que você tinha que ele não tinha e eu disse a verdade - ambos sorriram.
Bill terminou de cuidar dos machucados da Anna e por poucos segundos, ambos ficaram comentando sobre o acontecido de alguns minutos atrás.
-Obrigado Bill, obrigado por me ajudar a sair de lá - disse ela, abraçando ele.
-De nada, amo... Anna - disse ele, esquecendo-se um pouco dos nomes. Os dois continuaram se abraçando. Bill acariciava os cabelos dela e aquecia as costas dela e ela mantinha os braços sobre os ombros dele.
-Anna? - ele perguntou, mas não obteve resposta.
Ele convergiu o rosto para a garota deitada em seu ombro e abriu um sorriso, ela estava dormindo, assim como sempre fazia nas noites calorosas dos dois.
Bill, sem opção alguma a não ser deixar-la dormir em sua cama, calmamente deitou-a na cama, ajeitando o corpo dela e depois tirando seus calçados e colocando-os ao lado da bolsa dela, que por sinal havia esquecido quando ela terminara com ela. Cobriu-a, deu-lhe um beijo na testa e quando ele ia se preparar para dormir, pois já era uma da madrugada, um barulho estridente na porta, assusta-o.
-Quem poderia ser? - murmura em alemão.
Ele abre a porta e dá de cara com um homem mais ou menos do mesmo tamanho do Bill, um pouco menor, roupas escuras, cabelos curtos e negros com algumas feições da Anna, logo veio a entender que ele seria o Luis Carlos, o irmão da Anna.
-Você é o Bill? - disse ele, em inglês.
-Sim, sim - respondeu-o confuso - Você é o irmão da Anna, certo?
-Certo - respondeu - Queria saber se ela está com você, pois aquele canalha do Brian já apanhou demais e eu queria levar-la para casa.
-Ela está sim, o que aconteceu com ele?
-Eu o encontrei e acabei com a raça daquele infeliz - por dentro, Bill ficou confuso, mas feliz. Confuso, pois ele que havia sido o ‘protetor’ da Anna, não conseguiu acabar com o Brian e o irmão dela sim. Mas também os dois eram diferentes, apesar do quase mesmo tamanho, Luís Carlos era bem mais forte - Onde ela está?
-Lá dentro - mal Bill terminou de dizer e Luís Carlos, raivoso, entrou no lugar, pegou Anna nos braços, sem acordá-la e equilibrando o corpo da garota, bolsa e calçados dirigiu-se para fora do lugar, dando apenas um ‘boa noite’ para Bill, que confuso, respondeu com um também.
Bill fechou a porta e arrastou a poltrona de volta ao lugar onde ela estava. Sentou-se nela e com lágrimas, lembrou-se de cada momento no início do relacionamento deles, mas principalmente o que aquela velha disse, do antigo amor obsessivo e do bebê. Mas como eles terão um filho, se não há nada mais entre os dois? Será que tem volta? O que o destino reservou para os dois? Mais decisões?
Perguntas ecoaram a mente de ambos.
O destino ajudará, mas as decisões não são tomadas pelo destino e sim por vocês. Por cada um de nós.

Seduction Innocence - Capítulo 39

Por favor, me deixe.

Brian puxou Anna, para dentro do mesmo lugar em que ele levou a Mercedes. Ele colocou-a numa cadeira e amarrou seus braços com uma corda e pegou uma faca, fazendo a mesma ter um colapso de lembranças ruins.
-Anna Rodrigues, meu amor - disse ele, sorrindo ironicamente.
-Não me chame de amor, Brian - disse ela, irritada.
-Eu me lembro de quando você me chamava de amor, paixão, principalmente no sexo, quando você gritava de prazer - disse ele, fazendo caras e bocas ao dizer tais palavras.
-Era quando eu não sabia da sua farsa - disse ela, triste. Ele abaixou e ficou frente-a-frente com ela.
-Que farsa?
-Brian, primeiro você me leva a uma vida deprimente e depois se faz de santo na frente de todos e ainda me leva para morar na sua casa para me maltratar, me trair? Você acha que isso é o que? Você mentiu para mim e eu acreditei, seguindo seus passos, achando que teríamos uma vida harmoniosa juntos, Brian eu te amava tanto, você não sabe nem o quando eu sofri por causa disso.
-Mas...
-Brian, não tem ‘mas’ nessa história, você me maltratou, ainda tenho as marcas disso. Eu queria que nada disso tivesse acontecido, eu gostava tanto da mentira que você era, queria que a sua máscara nunca tivesse caído - lágrimas escorreram dos olhos de ambos.
-Anna, por favor - implorou.
-Não Brian, nada vai ser como antes - disse ela, mais calma.
-Me diz, Anna me diz - ele alterou-se - Me diz o que esse cara tem que eu não tenho? Hein? - totalmente alterado.
-Ele é carinhoso, atencioso, não machuca nenhuma flor, é alegre, me mima. Ele é tudo o que eu queria que você fosse Brian, você não sabe o quanto você me faz sofrer - ela derramou pequenas lágrimas tristes.
-Haha, você está brincando comigo né? - dito isso ele iniciou a tortura, dando um tapa no rosto da garota.
-Brian, por que você faz isso comigo?
-Por que eu gosto de descontar tudo o que você fez comigo!
-O que eu fiz? - gritado.
-NADA, isso NADA - e deu-lhe outro tapa e, em seguida, com a ponta da faca, passou-lhe a em cima das delicadas cicatrizes - Ops, outro corte - disse ele, vendo o sangue dela escorrer no chão.
Ele a maltratou, gritando e a chamando de todos os nomes existentes e inexistentes. A única coisa que ela queria no momento era sumir dali, morrer seria menos doloroso.
O celular dela começa a tocar, ambos se assustam e Brian pega o celular dela, tampando a boca dela com a mão, antes de atendê-lo.
-Alô
-Quem é?
-Brian?
-Eu mesmo, quem é?
-Mercedes - respondeu ela, assustada - O que você está fazendo com a minha amiga?
-Só torturando-a um pouquinho - disse ele, psicótico.
-Quê?
-Tum... Tum... Tum... - ele desligou.
-Quem era Brian? - questionou Anna, toda machucada.
-Alguém - ele jogou o celular dela no chão com força, fazendo o mesmo se espatifar todinho. Anna olhou surpresa, mas não esboçou nenhum sentimento que não fosse de dor e sofrimento.

Seduction Innocence - Capítulo 38

Bom, tudo acabou aqui.

Já havia se passado alguns dias rapidamente os dois haviam recuperado dos acidentes e já haviam recebido alta e estavam bem em seus aposentos.
Bill já havia arrumado as malas, a viagem seria a noite, por volta de dez horas e ele estava ansioso para poder viver com sua amada, num apartamento que ele já estava planejando comprar.
Anna, por outro lado, sentia-se muito mal pela decisão que tomou. Ela iria terminar seu longo e lindo relacionamento com o Bill, por motivos justos, ela receava que Bill pudesse voltar a uma cama de hospital ou morrer diretamente, por causa do Brian. Ela não suportaria mais esse mal e cortaria tudo agora antes que outro mal acontecesse. Brian está à solta (comentário da autora: as bruxas estão à solta, sacaram o trocadilho?!).
Ela, já pegou o carro do irmão e dirigiu-se até o hotel onde um contente Bill esperava a amada para contar-lhe que ia comprar um apartamento para os dois viverem juntos.
Anna chegou, bateu na porta do quarto dele e logo ele atendeu. Ele ia cumprimentá-la com um beijo, mas ela deu-lhe apenas um beijo na bochecha, demonstrando uma frieza enorme vinda por parte dela. Bill logo notou essa situação, ela apertou a bolsa que estava em seu ombro, demonstrando uma angustia muito grande e então ela sentou-se num sofá, largando a bolsa no chão e batendo no espaço ao lado, indicando para que ele senta-se também. Ele fechou a porta e caminhou até esse espaço, sentando-se temerosamente.
-Bill, tenho que falar algo muito sério contigo - ela mantinha uma seriedade enorme.
-E o que seria, amor? - perguntou ele, preocupado.
-Acabou Bill - respondeu ela, sendo direta.
-Por quê? - surpreso.
-Não quero que você pense que eu não te ame mais, mas enquanto eu estiver ao seu lado, Brian vai te seguir até te matar e eu não quero que aconteça algo contigo, por que eu juro, juro mesmo, eu me mato - respondeu ela, triste e decidida.
-Tem certeza?
-Tenho - respondeu ela, segurando as lágrimas.
-Tem certeza que irá deixar o Brian separar nós dois? - irritado - Se você acha que um homem pode separar nosso amor? Você está sendo covarde nesse sentido.
-Não fale isso - disse ela, calma.
-Eu falo sim, agora eu tenho que me conter por causa dele, eu te amo, Anna e você me ama, o melhor jeito de demonstrarmos isso, é juntos, mas você está recuando por causa do Brian? E daí se eu morrer? Se acontecer algo comigo? Pelo menos eu vou ter certeza de que não fui covarde ao deixar um amor por causa de um sujeito deprimente - irritado, Bill disse tudo isso em pé. Anna levantou do sofá e ficou frente-a-frente do amado.
-Então eu sou covarde ao defender a sua vida? - irritada.
-Não estou dizendo isso, mas acho desnecessário o término do nosso relacionamento por causa dele - ficou mais calmo.
-Mas, Bill, quando tudo acalmar, nós podemos - ele a interrompeu.
-Acho que isso nunca vai acontecer - triste.
-Então é o fim - disse ela, segurando as lágrimas.
-Bom, tudo acaba aqui - disse ele, também segurando as lágrimas.
-Bill, posso te pedir uma última coisa? - disse ela.
-Pode - respondeu ele, deixando transparecer um sorriso.
-Beija-me - ele sorriu - Devagar - completou.
Ele não disse nada, os rostos foram vagarosamente se aproximando, enquanto seus braços se tocavam a procura de um contato maior. O beijo foi o melhor que ambos haviam dado ou recebido, foi com uma emoção a mais, as lágrimas desciam dos rostos dos dois, misturando-se numa mistura de sensações.
Não se sabe ao certo por quanto tempo o beijo durou, mas apenas sabem que foi o último e o mais perfeito de todos.
Os dois se afastaram, tinham vontade de regressar a outro beijo, se tocarem, fazerem amor, mas a decisão já estava tomada e cada um iria seguir seu caminho. Daqui em diante, sozinhos.
-Adeus - esse ‘adeus’ foi muito mais doloroso do que aquela batida de carro que ela sofreu.
-Adeus - disse ele, limpando as lágrimas - Eu só quero te ver feliz - ele caminhou até a porta.
-Eu também - a disse, saindo, ela parou e olhou profundamente naqueles olhos que a conquistou - Te amo.
-Também - e ela saiu.
Já era noite e Anna estava sofrendo pelo fim de tudo o que ela mais sonhou, um relacionamento estável com um amor verdadeiro, ela saiu correndo pelas ruas de sua cidade natal e acabou nem percebendo que um homem a seguia.
Seus braços foram fortemente puxados para trás, ela tentou gritar, mas esse alguém tapou a sua boca e...

Seduction Innocence - Capítulo 37

Um amor, duas pessoas.

- 3ª pessoa -


Uma semana e três dias já haviam se passado desde os acidentes. Todos estavam na expectativa de um dos dois acordarem.
Simone havia largado tudo na Alemanha para cuidar do seu filhinho que estava no Brasil, em uma cama de hospital. Georg e Manu, preferiam ficar na casa da Manu, assim como Gustav e Ash. Tom e Julie estavam no hotel e Simone estava sempre junto da mãe de Anna e Manu. Todos estavam tristes, principalmente Tom, que estava arrasado com tudo que havia acontecido com os dois.
No hospital, tudo parecia tranqüilo no 25º andar, os enfermeiros já tinham checado todos os pacientes desse andar e passaram para o outro andar.
Lentamente, os olhos do Bill foram se abrindo. Ele sentia-se confuso, mas quando viu todo aquele ambiente branco, lembrou-se da sua primeira cirurgia, no passado.
Pouco a pouco, sua mente foi se clareando e ele foi lembrando-se do que havia acontecido. Ele levantou-se e notou uma faixa em sua barriga, uma pequena dormência surgiu ali. Seus cabelos estavam amarrados com um prendedor, já estava sem nenhum resquício de maquiagem e ele estava sem nenhum de seus objetos.
Ele ficou sentado na cama e olhou para o lado e viu sua amada, deitada sobre uma cama, ela tomava soro e tinha alguns curativos no braço branquinho da garota. O rosto dela estava com poucos ferimentos. Bill logo se assustou e levantou-se da sua cama, sem dificuldade alguma e caminhou para a cama dela.
Indo ao encontro da mão de Anna, que não estava com o soro, ele chorou e deitou sua cabeça no peito dela, ouvindo os batimentos cardíacos dela, que estavam normais. Ele sentia uma angustia muito forte ao ver-la ali.
Ele, que pensava que só veria ela numa cama de hospital quando os dois tivessem um filho, futuramente, nunca imaginara que veria ela assim, nesse estado, toda machucada, tomando soro.
Então, vendo que não podia fazer nada, voltou para a sua cama, deitou-se na mesma e ficou virado para o lado dela, derramando algumas lágrimas com os olhos fechados.
-Não chore - aquela voz fez um sorriso surgir nos lábios dele.
-O que aconteceu?
-Acho que bati com o carro - respondeu ela, confusa.
-Mas você está bem?
-Estou, Bill - ele se assustou, ela sempre o chamava de ‘amor’. Isso seria um fim?
-Vejo que os dois já estão acordados! - aquela voz os dois conheciam bem, era a Simone, feliz por ter visto dos dois acordados e conversando e também feliz por ter convencido a todos de deixarem os dois no mesmo quarto.
-Mãe! - ela abraçou o filho com cuidado e, em seguida, abraçou a nora.
Ela pediu para que a enfermeira trouxesse a comida para os dois famintos e enquanto os dois comiam, Simone e eles conversavam coisas para se distraírem, a mãe de Anna, disse que não era para tocar no assunto - Brian - que Anna já ficava atormentada.
Depois, todos foram visitá-los e sem querer a imprensa brasileira e internacional ficou sabendo e a notícia se espalhou pelo mundo. Durante a espera que o casal acordasse, a equipe da banda ficou toda no Brasil, dando o apoio que eles precisassem e assim que saíssem do hospital iriam direto para Frankfurt e de lá, voltariam para Hamburgo onde ficariam se recuperando. Pelo menos é o que Manu e Tom, como os respectivos irmãos de ambos, acharam que seria, mas o destino deu duas opções: a felicidade na luta e o sofrimento da solidão, qual delas Anna escolherá?

Seduction Innocence - Capítulo 36

Uma tragédia atrás da outra.

- 3ª pessoa -


Depois de um café-da-manhã fabuloso entre amigos e amores, os dois casais decidiram ir até o shopping para comprar presentes para os meninos que não estavam aqui.
Era, exatamente, 1 da tarde, quando os quatro atravessavam bela praça com enfeites da páscoa, já que essa data tão deliciosa estava chegando. Eles haviam comprado poucas coisas, por que passaram a maior parte do tempo num ambiente cheio de brinquedos eletrônicos. O romance naquele momento foi o ápice de tudo.
Sorrisos e mais sorrisos, beijos e mais beijos, o clima entre eles estavam ótimo, mas tudo mudou apenas com um único olhar de ódio e desprezo. Anna havia avistado Brian.
-Vamos embora? - perguntou Anna, aos amigos, sentindo a angustia subir forte em seu corpo.
-Já? Mal começamos a fazer as compras! - respondeu o Bill, dando um pulo, inocente.
-Bill, não estou me sentindo bem, algo ruim vai acontecer - ela parou, olhou para trás e ele ainda estava encarando eles - O Brian está aqui - Bill, instantaneamente, olhou para trás.
-O que ele quer, hein? - perguntou o Tom, irritado. Ela respirou fundo e respondeu a tal pergunta, feita pelo cunhado:
-Livrar-se do Bill - todos se assustaram.
-Por que eu? - perguntou o Bill, assustado.
-Porque você está comigo - respondeu ela, sentindo seu coração sair pela boca.
-Vamos ignorá-lo e ir embora, já que é assim que você quer - disse a Julie, calma.
-Ir embora? Por causa dele, gente, nós estamos entregando o jogo para ele, vamos ficar e fazer o que nós íamos fazer - disse o Bill, decidido - O que de mal ele pode fazer? - essa interrogação foi feita encarando os olhos azuis do Brian.
-Bill, tome muito cuidado com o que você diz - disse a Anna, repreendendo-o - Vocês viram o que ele fez com a minha amiga, quase a fez perder o bebê - ela sussurrava toda a última frase - Ele pode até matar-te.
-Duvido - isso foi alto de mais.
Brian já estava ficando irritado com a ousadia do Bill e ficava se questionando do que ele podia fazer. Matar? Torturar?
-‘Matar é melhor’ - seu pensamento dizia - ‘Tortura é mais demorado, apesar de ser melhor’ - ele sorriu e o mal era evidente nisso. Então, ele tirou uma arma de fogo de dentro da sua jaqueta e percebendo que não teria muitas testemunhas a sua volta, atirou contra o Bill, sem mirar ou ver aonde ia. Só sabia que ia em direção ao Bill.
-Não! - Anna gritou ao ver seu amado desmaiar sobre seus braços. Brian fugiu rapidamente para ninguém pega-lo ou vê-lo, enquanto Anna e Tom, respectivamente aqueles que amavam aquele ser que estava caído sobre o corpo da Anna que no momento caiu no chão com o peso do amado, estavam chorando muito.
Anna, com as mãos trêmulas pegou o celular dentro da sua bolsa e ligou para a ambulância, enquanto Julie, com seus aprendizados de primeiros socorros tentava fazer com que o sangue do Bill parasse de escorrer sobre o piso branco e frio do shopping. Tom gritava algo que ninguém podia entender, a não os quatro, que sabiam falar alemão.
Em dez minutos a ambulância chegou, os paramédicos socorreram Bill, que já estava desmaiado, com a bala ainda dentro de sua barriga, na parte mais baixa. Anna acompanhou a ambulância e deu o dinheiro para que o Tom pegasse um táxi, já que ele não conhecesse os caminhos de São Paulo.
Anna acompanhava tudo que estava acontecendo dentro daquela ambulância, chorando extremamente alto, pensando em tudo o que havia acontecido. Uma das enfermeiras, que já havia feito seu trabalho, tentou acalmar a moça, enquanto todos ali presentes terminavam seu pré-trabalho, já que o resto só poderia ser feito no hospital.
Chegando ao hospital, logo levaram Bill para a sala de cirurgia, Anna perturbada, esperava pela chegada dos amigos. Quando os mesmos chegaram, ela deu a breve notícia que havia lhe dado.
-O estado dele é instável, não se sabe o que pode acontecer - Tom abraçado a namorada, chorava bastante - A cirurgia vai durar umas três horas mais ou menos e eu conversei com o meu pai, que por sorte é o cirurgião que está atuando agora, que vocês estão aqui e que falam outra língua, é que eu vou buscar meu carro e qualquer coisa eles te informam - todos consentiram com a cabeça - Qualquer coisa me liguem.
-Tudo bem - Julie disse.
Ela saiu triste, pegou um ônibus e dirigiu-se para o shopping, pegou seu carro e desesperada rodou a cidade, sem ligar para os pontos turísticos. As lágrimas no rosto da garota eram tantas que dava para encher um oceano. Ela sentia-se culpada por cada gota de sangue derramada pelo corpo do amado, a única coisa que ela queria é que no lugar dele, estivesse ela, não ele, ele é tão inocente, não merece esse destino incerto que é o entre a vida e a morte.
O casal, que estavam mais calmos na sala de espera do hospital, estava ficando preocupados com a demora de Anna, que já havia saído há duas horas, quase no término da cirurgia. Tom pegou seu celular e ligou para a cunhada, que depois de um minuto, atendeu, chorando, obviamente.
-Anna, onde você está? Já se passou duas horas! - preocupado.
-Estou indo, Tom - desesperada e angustiada.
-Está tudo bem ai? - mantendo a preocupação.
-Eu não estou bem, estou muito preocupada com o Bill, estou perdida, não sei o que fazer, eu o quero, ele, só ele! - era notável seu desespero.
-Todos nós queremos isso, só que agora nós precisamos de você, amor - carinhoso - Volte o mais rápido que der, tudo bem?
Um barulho grande invadiu o telefone e logo só se pode ouvir um breve...
-Tum... Tum... - e foi cortado totalmente.
-Meu Deus - disse o Tom, desesperado, ligando novamente para Anna e ninguém atendeu, apenas:
-Número fora de área.
-MEU DEUS - isso foi mais alto.
-O que ouve, amor? - Julie perguntou ao ver o desespero do amado.
-A Anna, acho que aconteceu alguma coisa com ela.
-O que?
-Não sei - Tom explicou tudo em detalhes para Julie, que tentava em vão, pensar positivo nesse momento.
Em vinte minutos, Tom e Julie foram até a recepção tentar pegar noticias sobre o Bill. Educadamente, uma das atendentes que fala inglês fluentemente, respondia e acalmava os dois.
Quando os dois ainda estavam na recepção, chega outra emergência. Um dos paramédicos chega à atendente e pede para ela anotar a emergência no computador, enquanto eles levavam o corpo daquela pessoa para a sala de cirurgia.
-Anna Rodrigues? - perguntou Tom, vendo a moça escrever o nome da garota no computador.
-Você a conhece?
-Ela é minha cunhada, meu irmão é o que está internado.
-Nossa, sinto muito informar, mas o estado da garota não é um dos melhores, ela bateu feio com o carro em outro que passava por ela. Um caso de bebedeira matinal.
-Não acredito, por isso!
-Tom, uma mensagem - Julie pegou o celular e viu a mensagem.

‘Gente, chegamos!
Por que vocês não atendem o celular hein?
Manu’


-Eles chegaram e vão receber essa má notícia - Julie disse, triste.
Enquanto Tom pegava algumas informações sobre o estado da Anna e do Bill, Julie dava à má noticia a todos, Manu ao ouvir a Julie dizer que o hospital onde eles estavam era o que o do pai das duas trabalhavam, Manu já se dirigiu até o mesmo, também triste pelo fato dos dois amados estarem sobre a cama de um hospital sofrendo dores, entre a vida e a morte.
Manu levou todos e juntos fizeram uma corrente do bem para eles se salvarem.

Seduction Innocence - Capítulo 35

DESCULPE, NÃO FOI POR MAL.

- 3ª pessoa -


Mercedes caminhava sobre as ruas de São Paulo, feliz pela notícia que acabara de receber. Já era noite e as ruas por onde ela passava eram vazias.
Essa calmaria às vezes assustava a assustava, mas era comum ela passar por ali e sua felicidade era tão grande que ela nem ligara para isso.
A calmaria cessou-se quando ela sentiu alguém puxar seu corpo com violência. Ela tentou se debater, mas esse alguém era forte. Ela gritou uma única vez, antes que esse alguém tapasse a sua boca com mãos firmes e longas.
Ela foi arrastada, literalmente, para uma enorme fábrica abandonada, a duas quadras de onde ela foi atacada. Chegaram lá, e esse alguém a largou em cima de colchões cheios de pó e mofo, alguns bichos saíram de baixo daquele lugar, como alguns insetos.
Mercedes olhou para cima e viu quem era aquele alguém. Brian Lincol, um ex-namorado da sua melhor amiga, Anna. As duas eram como irmãs, e ela, Mercedes, sempre odiou o fato de Brian ter sido namorado dela por ter levado-a para o mau caminho, além de ter maltratado ela diversas vezes.
-Mercedes, me fale tudo sobre aquele novo namorado da Anna - gritou.
-Não vou falar nada, ela é minha amiga e não quero que a história de vocês dois se repita - ela também gritou, mas levou um forte tapa no rosto, fazendo com que seu nariz começasse a sangrar.
-Fale! - alterado.
-Não! - manteve firme a sua palavra em defesa da sua amiga.
-Fale - deu um chute nela - Fale agora! - terminou dando outro forte tapa no rosto dela.
-Por favor, Brian. Eu imploro, deixa-me ir.
-Não, não e não, só quando você disser tudo sobre os dois.
-Tudo bem - ela respirou fundo algumas vezes, Brian sentou-se numa cadeira velha, em frente da pobre mulher que está sendo forçada a contar sobre a vida pessoal de sua melhor amiga - Ele é vocalista de uma banda alemã super famosa - ele a interrompeu.
-Me diga como eles se conheceram.
-Na viagem que ela fez até a Alemanha, os dois eram vizinhos. Agora eles completam uns seis meses de namoro. Eles vivem muito bem juntos. O amor deles é simplesmente perfeito - ela sorriu, mas logo Brian levantou furioso jogando a cadeira para um canto distante, fazendo o sorriso de Mercedes sumir instantaneamente.
-Eu quero a minha princesa novamente, mas para isso tenho que me livrar dele - disse ele, para si mesmo, mas foi interrompido de seus pensamentos quando Mercedes disse:
-Ela nunca vai voltar para você, quem ama não maltrata - levou outro tapa violento.
-Cale-se maldita! - repreendeu-a - Já que ela não pode ficar comigo, ninguém ficará com ela.
-Brian, me deixa, por favor, eu estou grávida, não quero perder meu filho.
-Que se dane, garota - ele deu um chute em sua barriga, ela gritou de dor e Brian arrastou ela, já sangrando e aparentemente perdendo o bebê, até a rua e libertou-a.
Mercedes, num ato de desespero, correu até a casa da amiga, gritando de dor e chorando lágrimas de sofrimento.
Chegando até a casa de sua amiga, tocou-lhe a companhia diversas vezes, até ter sinal de que alguém iria atender-la.
-Oh meu Deus! Mê o que aconteceu contigo, amiga? - Anna ao abrir o portão e deparar-se com sua melhor amiga toda machucada, sangrando, questionou-a.
-Brian, ele me forçou a contar sobre você e o Bill - respondeu ela, assustando a amiga.
-Ele foi capaz disso? - perguntou-se para si mesmo - Que canalha! - disse ela, revoltada.
-Anna, eu estou grávida, ou não. Ele chutou-me diversas vezes, e eu estou perdendo o bebê.
-Meu Deus, Mê - surpresa - Eu vou levar-te para o hospital - disse a amiga, carregando a mesma para dentro do quintal.
-Por favor - implorou.
-Aguarde um minuto, que eu vou buscar a minha bolsa.
-Tudo bem - ela ficou esperando, enquanto a amiga buscava sua bolsa e deixava recomendações para os seus visitantes, Bill, Tom e Julie.
-Gente, desculpe, mas eu tenho que ir. Qualquer coisa ligue-me. Use aquele dicionário, caso precise de alguma coisa - apontou para o pequeno dicionário de alemão-português - Já volto.
-Aonde você vai, amor? -Bill perguntara.
-Minha melhor amiga sofreu um atentado do Brian e eu preciso levar-la ao hospital. Ela está grávida - sussurrou a última frase.
-Oh - todos disseram ao mesmo tempo.
-Já volto - e saiu.
As duas foram ao hospital próximo, no carro da Anna. Depois de alguns minutos realizando exames e fazendo os curativos, o médico apareceu e deu as noticias a Anna:
-Sua amiga está bem melhor agora, ela não perdeu o bebê, apenas perdeu um pouco do líquido amniótico, mas com alguns medicamentos específicos e repouso ela ficará completamente curada.
-Obrigada Doutor - agradeceu Anna, sorrindo levemente.
-De nada - ele ia se virando, mas Anna perguntou.
-Doutor, quanto tempo ela vai passar no hospital?
-No máximo dois ou três dias.
-Tudo bem, quando ela acordar diga a ela que está tudo bem?
-Pode deixar - ela abraçou o médico, num gesto de felicidade e depois assinou algumas papeladas da internação da Mercedes, após ter feito isso, ligou para o Rogério, marido da sua amiga, que estava em casa, sem saber de nada.
Ela dirigiu-se para a sua casa e contou toda a história que havia ouvido no caminho, hospital-casa, já que seu namorado havia contado sobre os dois, Brian e Anna, enquanto Anna levava a sua amiga para o hospital.
Depois, todos decidiram ir dormir. Anna e Bill estavam abraçados sobre a cama, já não tinham disposição e vontade para fazer amor, e ficaram conversando sobre o acontecimento.
-Amor, você teme que algo possa acontecer?
-Bill - uma lágrima escorreu pelo rosto da garota - Eu temo sim, e temo o pior, a morte.
-Eu queria que nada disso acontecesse que tal amanhã nós voltarmos para a Alemanha e esquecermos-nos disso?
-Pode ser! - ela deu um pulo alegre, nos braços do amado - Amanhã vamos ao shopping, compramos algumas coisas e viajamos para a Alemanha de volta - ela lembrou-se de algo - O meu visto - entristeceu-se novamente.
-Serve isto - ele lhe entregou um bilhete com o passaporte da garota e o visto. Ela sorriu e alegre beijou o namorado, sem ao menos saber que o fim está cada vez mais próximo.
Os dois tiveram uma boa noite de sono e amor e se prepararam para os obstáculos que viram amanhã, quando o caminho dos dois entrará numa encruzilhada e os destinos que ambos escolherem afetaram suas vidas completamente.

Seduction Innocence - Capítulo 34

Um encontro.

Eu acordei e, em seguida, Bill acordou junto de mim.
Ficamos conversando na cama por uns minutos, tomamos banho juntos e eu falei para ele que o levaria para um barzinho que eu sempre ia com as minhas amigas.
Enquanto eu estava me trocando, Bill só me observava.


- Bill -


Nossa, eu ainda nem acredito que a minha namorada é tão linda. Linda não é a palavra certa, acho que perfeita se enquadraria muito bem.
Ela tem um maravilhoso corpo que com certeza me leva os céus toda vez que o toco. Suas pernas torneadas, suas coxas perfumadas, seu bumbum era empinado, que me fazia ter vontade de fazer loucuras com ela. Ainda mais na pose que ela está diante do espelho.
Seus seios eram fartos, quando ela colocava um decote ficava perfeito, era bom para fazer inveja para os outros homens que só babavam por ela. A barriga dela era perfeita também, ela faz academia há séculos atrás, por isso ela é tão perfeita.
Falando da personalidade dela, meu Deus, que menina do gênio forte! Mas também ela é amorosa, amiga, prática, decidida, emotiva. Eu amo tudo isso nela, aliás, eu amo ela.
Ela estava linda nesse vestido preto e salto também preto. Eu ajudei a fazer a maquiagem dela, que obviamente ficou perfeita.
Depois disso, ela colocou uns óculos escuros estilosos e fez carinha de tarada e olhou para mim, perguntando:
-Eai como eu estou?
-Muito linda. -respondi alegre.
-Obrigado, amor. -disse ela, dando um selinho em mim.
-Agora podemos ir? -perguntei, ainda ia passar no hotel para trocar de roupa.
-Sim, sim. -disse ela, terminando de passar um pente nos cabelos.
Eu levantei da cama, onde eu estava sentado, e peguei em suas mãos. Ela pegou a bolsa dela e nós dois caminhamos até a garagem. Ela entrou no carro e eu a segui.
Ela nos levou até o hotel, no qual eu tinha o endereço guardado num papel dentro da minha bolsa, ainda bem que eu fiz isso. Sou bem precavido.
Chegamos ao hotel e logo fomos recebidos por vários fãs e fotógrafos. Meu Deus, já sabem que nós estamos aqui. Como eu sou um homem bem precavido, trouxe meus seguranças. Eles ajudam a afastar os fãs e fotógrafos, ainda mais que eu estou com a minha namorada. Todos vão cair em cima de nós dois agora.
Entramos no elevador, suspirando aliviados.
-Nossa, amor. É tudo isso que você encara?
-Todos os dias. -complementei.
-Nossa, senhora. -disse ela, surpresa.
O elevador chegou e diretamente fomos para o quarto do Tom, com certeza ela iria ter uma enorme surpresa ao ver a Julie e o Tom. Bati na porta e logo ele abriu-a, quando ela viu o Tom, parecia até uma de nossas fãns loucas. Abraçou-o e quase o quebrou, praticamente.
-Ai que saudade, Tommy.
-Eu também estava com saudade da minha cunhadinha única e preferida.
-Não acredito! -disse ela, ao ver a Julie.
-Amiga! -as duas ficaram abraçadas por muito tempo, enquanto o Tom comentava a minha demora. Nem dei muitos detalhes.


- Anna -


-Então, topam ir num bar super gostoso comigo e com o Bill? -propus.
-Lógico. -respondeu o casal feliz.
-Bill vai logo trocar de roupa! -disse eu, batendo nas costas dele de leve. Ele só olhou para mim com uma carinha séria e acabou caindo na risada.
-Namorada que manda, hein Bill? -comentou o Tom, indo com o Bill para o quarto ao lado.
-Vai-te catar, Tom. -foi à última coisa que eu ouvi.
Passei uns minutos com a Julie, nós conversamos sobre diversas coisas e ela admirou meu anel de namoro e eu o dela, que era uma linda aliança preta com uma fina listra prateada.
Os meninos voltaram e juntos, depois de termos passado o sufoco juntos, entramos no meu carrinho e fomos para o ‘Hannies’ um barzinho que eu adorava visitar.
Logo que chegamos já fomos para um lugar, pedimos bebidas e alguns salgadinhos e nos sentamos confortavelmente pelas cadeiras azuis e vermelhas.
O lugar era alegre, tinha muita música eletrônica e um pop gostoso envolvendo todos os sorrisos alegres de nós quatro. Vários quadros alegres estavam nas paredes, os garçons chegaram com as nossas bebidas e depois de umas duas doses, Tom e Julie foram dançar, deixando eu e o Bill, sozinhos.
Nós dois estávamos aos beijos e abraços, quando a minha felicidade se acaba por completo com a minha visão. Era ele mesmo, Brian Lincol. Meu ex-namorado obsessivo.
Quando eu o vi, logo me desesperei, Bill sentiu isso e me abraçou forte, perguntando o que tinha acontecido. Num sussurro, eu respondi disse:
-É que eu vi uma pessoa desagradável e acabei de ter um mau pressentimento. -ele se assustou com o que eu disse e me abraçou mais forte e disse:
-Quer sair daqui?
-Vamos lá fora, para eu respirar melhor.
-Tudo bem. -ele me deu a mão e juntos fomos para a área livre do bar e eu resolvi desabafar sobre o Brian.
-Quem foi que você viu? -perguntou ele, quando já estávamos sentados na mesa da área externa.
-É um homem. Brian, meu primeiro namorado.
-Ele te maltratou ou algo assim? -perguntou o Bill, confuso.
-É, vou te contar a minha história com ele. -Bill apenas consentiu com a cabeça. -Bom, tudo começou quando eu tinha apenas 15 anos. Eu era normal para a minha idade, mas tudo mudou quando eu o conheci. Brian Lincol. Minha vida tornou-se outra, comecei a beber e fumar, eu perdi minha virgindade, saia com mulheres, tudo era uma verdadeira loucura, até que dois meses depois cai na real. Ele se fez de santo e tirou-me dessa vida, e você já sabe, ganhou confiança dos meus pais e de todos e eu fiquei marcada como a vítima. Então, depois de mais ou menos uns cinco meses fui gostando dele e acabamos por namorar. Assim ficamos até os meus 16 anos, quando decidi ir morar com ele. No começo foram as mil maravilhas, mas depois ele se mostrou ser a pessoa que sempre foi: agressivo e mentiroso. Tudo o que eu fazia nunca estava à altura do que ele gostava. Quando eu cozinhava, tudo parecia estar ótimo, mas ele sempre ia e jogava a panela no chão, afirmando que já havia comido coisas melhores. Teve uma vez que ele me bateu e me empurrou na parede, tirou uma faca da mesa e fez esses cortes em meu braço. -disse ela, mostrando as cicatrizes que restaram.
-Nossa, foi horrível. -disse ele, surpreso.
-É. -respondi, desanimada. -Eu tentei denunciá-lo várias vezes, mas ele me ameaçava constantemente e nunca tinha oportunidade de fazer algo contra ele. Então eu estava para me ingressar numa faculdade, quando me apareceu a oportunidade de conhecer a Alemanha. Fiz a minha inscrição e esperei pelo resultado. Em seis meses eu estaria em Frankfurt, totalmente livre do Brian. Um dia cheguei a casa e só ouvi gemidos e sussurros, entrei no quarto e peguei-o com mais duas mulheres. Sem dizer nada, entrei no quarto arrumei as minhas coisas, tomei coragem e bati nele com todas as minhas forças. Fugi para casa e contei tudo para a minha mãe, que ouviu tudo espantada. Ela tentou denunciá-lo também, mas foi ameaçada. Então deixou quieto, eu iria embora mesmo e ele ia esquecer-se de mim. Depois de um tempo de calmaria, viajei para a Alemanha e conheci você. -ele sorriu.
-Sua história é triste. Mas agora eu estou aqui para te proteger. -disse ele.
-Eu tenho medo que ele faça mal a você.
-Ele não vai fazer.
-Espero - ele me abraçou forte - Mas agora eu quero só me divertir - decidida - Vou ver se ele já se foi.
-Tudo bem, tome cuidado. -disse o Bill, me soltado.
Levantei da mesa e caminhei até o interior do bar, antes mesmo que eu quase entrasse no barzinho, avistei o Brian bem a minha frente.
Eu me assustei e meu corpo ficou frio rapidamente, eu tinha nojo dele, eu odiava profundamente ele, nunca, nunca ia perdoá-lo por casa segundo de desgraça que ele fez para mim. O machucado que ainda carrego em minha pele.
-Olá. -disse ele, educadamente.
-Oi. -respondi seca.
-Está acompanhada?
-Pelo meu namorado. -respondi direta.
-Uhm.
-Com licença. -para disfarçar fui até o bar e peguei duas bebidas, quando eu voltei pude ver o Bill e ele se encarando pelo vidro da janela que dividia a parte interna da parte externa no barzinho.
Passei pelo Brian, sem fazer nenhum movimento, cheguei à mesa e mal eu coloco as bebidas na mesa e o Bill me pega num beijo intenso, obviamente, para provocar o Brian.
Eu soltei dele, enquanto ele beijava delicadamente meu pescoço, tomei da bebida, e olhei para o Brian. Que furioso saiu dali, voltei para o Bill que soltou do meu pescoço e me beijou nos lábios.
Depois fomos dançar com o casalzinho e fomos para o hotel. Eu decidi dormir com o Bill no hotel, para que não acontece nada demais, Brian não sabe onde o Bill está hospedado. Julie me emprestou um pijama e o Bill trocou a sua roupa, por um pijama também.
Já estávamos deitados na cama, quando eu o abracei forte novamente. Eu ainda estava abalada com a presença do Brian e Bill percebia isso. Eu estava com medo de dormir e acabar tendo um pesadelo com ele.
-Não precisa ter medo, amor -disse o Bill, me abraçando forte - Eu estou aqui para te proteger.
-Eu sei disso, amor e é isso que me preocupo -disse eu, passando a mão nos dreads dele - Eu tenho medo que ele faça mal a você.
-Ele não vai fazer - ele me deu um beijo na testa. Não estávamos mais a fim de fazer amor agora, então apenas dormirmos, juntos.

Seduction Innocence - Capítulo 33

Sedução e amor, a combinação perfeita.


Chegando ao quarto, Bill me pôs na cama de casal, bagunçando os lençóis rosados. Calmamente, tiramos as roupas um do outro, provocando cada um dos nossos sentidos.
Ele sentou na cama e eu sentei no colo dele, assumindo o controle da situação. Antes dele consumar nosso ato, pedi:
-Vai devagar.
-Por quê? -perguntou ele, confuso.
-Faz tanto tempo que nós não temos um momento assim, quero te sentir aos poucos... -murmurei, ele apenas sorriu e devagarzinho foi me preenchendo, me fazendo sentir seu corpo entrar no meu.
Os movimentos foram ficando mais rápidos, mas percebi que ele não demonstrava nenhuma reação se estava gostando ou não, então parei o ato e disse:
-Bill, você não está gostando?
-Estou, por quê? -perguntou ele, levantando uma das sobrancelhas.
-Você não está gemendo como você sempre faz. Eu quero que você demonstre que sente desejo por mim. Geme para mim, só para mim. -soou sedutor.
Ele apenas sorriu e eu me movimentei acelerando os movimentos aos poucos, ele abraçou meu corpo, apertando-me em seu corpo. Ele colocou o rosto ao lado do meu, ficando com os lábios próximos ao meu ouvido. Fazendo com que seus gemidos alcançassem meus ouvidos rapidamente, me incentivando ainda mais.
Agora sim, tudo estava nos conformes. Bill demonstrando que estava gostando daquilo e eu também. Antes de chegarmos ao ápice, Bill descontroladamente me beijou e após isso, juntos, atingimos o ponto mais alto do amor.
Por muitas vezes, fizemos amor.

...

Finalizamos o ato, deitamos na cama e ele puxou o lençol para cobrir-nos.
-Caracas, maratona sexual, hein? -disse ele, com a respiração entrecortada.
-Cinco horas seguidas. Isso é que é matar a saudade. -disse eu, limpando o suor do meu rosto.
-Estou literalmente acabado. -disse ele, fechando os olhos.
-Vamos dormir? Depois quero te apresentar a cidade. -disse eu, entrelaçando nossas mãos.
-Sim, sim.
-Então, vou trocar esses lençóis sujos. -disse eu, levantando da cama.
Vesti-me, peguei os lençóis e levei-os para a lavanderia, enquanto ele se vestia para dormirmos. Voltei para o quarto, peguei um edredom grande e fofo e joguei na cama, ele deitou-se e ficou me chamando com o dedinho. Sorri e caminhei até a janela, fechei-a, afastei a cortina, desliguei as luzes e deitei ao lado dele.
-Eu te amo. -sussurrou ele, em meus ouvidos.
-Eu sempre te amarei. -disse eu, ele apenas me beijou docemente. Soltei dele, apoiei minha cabeça no ombro dele, deixando minha respiração ser percebida em seu pescoço, demonstrando minha fraqueza diante dele e ele como meu ‘protetor’ me abraçou e apoiou a cabeça na minha. Assim dormirmos até umas dez da noite, já que era apenas seis da tarde.

Seduction Innocence - Capítulo 32

É você quem eu amo.

- Anna -


Estava num momento depressivo do dia. Hoje eu não iria trabalhar já que a minha mãe sempre cuida da loja as quintas e sextas-feiras. Hoje eu descansaria ou ia para a casa da minha mãe dormir lá.
Eu tinha feito pipoca e estava sentada folgadamente no sofá da sala, assistindo a algum filme que estava passando nela. Meu momento depressão de namorada que não vê o namorado há quatro meses.
Levantei do sofá, fui até a cozinha para deixar o pote vazio de pipoca na pia, quando eu me assusto com o som estridente da campainha. Lavei a mão, sequei no pano e olhei as roupas que eu estava vestindo. Um micro short preto e uma camiseta curta azul. Típica roupa de um dia que você não está a fim de sair de casa.
Caminhei em direção a porta, abri e depois repeti o movimento com o portão. As chaves que estavam na minha mão caíram no chão, quando aquele lindo sorriso apareceu a minha frente.
-B-Bill? -perguntei surpresa.
-Eu mesmo. -respondeu ele, com sua voz delicada.
-AHHHHH! -gritei abraçando ele com força. -Que saudade amor.
-Digo o mesmo. -disse ele, apertando o abraço.
Não era preciso palavras mais ali, somente o nosso beijo dizia tudo que sentíamos. Não sei quanto tempo durou nosso beijo, mas foi o beijo mais perfeito de todos. Não consegui conter as lágrimas enquanto beijávamos apaixonadamente.
-Espera um pouco. -disse ele, saindo dos meus braços.
-Ok. -ele foi até o carro atrás de nós, pegou uma sacola e esse mesmo carro saiu. Ele veio até mim e pegou na minha mão.
-Essa é a sua casa? -perguntou ele, enquanto fechava o portão.
-É a casa da minha irmã. Como ela está morando lá na Alemanha, ela deixou aqui para eu morar. -respondi fechando a porta de casa. -O que você falou para aquele homem do carro? -curiosa.
-Ah, ele é o motorista que o David contratou para me levar a esse endereço. -ele me mostrou um papel. -Falei para ele que podia voltar e quando eu precisasse ir embora eu ligaria. -ele sorriu, deixou a sacola no chão e me abraçou forte.
Antes de eu dizer alguma coisa ele me beijou novamente. Dei um impulso e pulei em seus braços e ele me recebeu me segurando, evitando que eu caísse. Ele sabendo que tinha um sofá atrás de si, sentou-se e parou o beijo.
-Senti algo na sua cintura. -disse ele, confuso.
-Ah, é por isso. -levantei a blusa e ele viu a tatuagem que eu havia feito.
-Que lindo. -disse ele, passando o dedo na tatuagem. Era um ‘Ich Liebe Dich’ com várias pequenas estrelinhas decorando em volta.
-Eu queria fazer seu nome, mas eu pensei bem e preferi essa declaração mais bonita. -abaixei a blusa. -Fiquei sabendo que você também fez uma.
-Eu fiz mesmo. Quer ver? -perguntou ele, me olhando com aqueles olhos meigos dele.
-Que tal lá no meu quarto? -provoquei.
-Por que não pode ser aqui? -acho que o Tom anda ensinando o que não deve para ele.
-Pode, eu moro sozinha mesmo. -sacudi os ombros.
-Então tá.
Ele tirou a camiseta e eu logo percebi a enorme e excitante tatuagem que ele me mostrava. Passei a mão por cima e ele logo se arrepiou todo e fechou os olhos sentindo aquilo subir em seu corpo.
-Muito linda. -disse eu, sorrindo.
-Obrigado. Ah, antes que eu me esqueça. -ele pegou a sacolinha e tirou um objeto que parecia ser sensível. -Para você.
-Ai amor. -peguei e abri delicadamente. -Nossa, não acredito. Eu tentei comprar e sempre não conseguia. - Deixei-o em cima da mesa ao lado do sofá.
-E essa aliança. -ele pegou uma caixinha azul e abriu. -Aceita ser minha namorada novamente?
-Sempre que você me perguntar isso, vou dizer sim. -respondi sorrindo. Ele colocou a aliança no meu dedo na frente da aliança antiga e eu repeti colocando a aliança nele.
-Eu também. Sabe, esses dias eu estava pensando no nosso casamento. -disse ele, pensativo.
-Nossa, imagina nós dois entrando na igreja... -murmurei pensativa.
-Nós já temos seis meses de namoro e parece que se passaram três.
-É. -apoiei minha cabeça no ombro dele.
-Que bom que eu te achei. Já estava desesperado nesse lugar grande e diferente. Tudo em português e eu boiando legal aqui. -ele sorriu e me abraçou.
-Imagino. Isso aconteceu quando eu cheguei à Alemanha.
-Isso é para você ver as contradições nos uniram. -brinquei. -Ah, esqueci de dizer, adorei seu cabelo.
-Estou pensando em mudar. -disse ele, pegando num dread.
-Nem pense. -repreendi. -Está lindo. -dei um beijinho na bochecha dele.
-Tudo bem. Por você eu faço isso.
-Ok. Agora vamos para o meu quarto por que eu quero que você acabe comigo. -mudei totalmente o ambiente romântico para um perverso.
-E olha que eu acabo hein! -disse ele, levantando do sofá, comigo nos braços.
-Delícia.
Eu fui guiando ele, para onde era meu quarto. E o que fizemos nele, só Deus sabe...

Seduction Innocence - Capítulo 31

Por que o amor é tão inocente e ao mesmo tempo cruel?

- Bill -


Nossa, como esses três meses foram torturantes. Estava louco para ver a minha garota. Beijá-la, abraçá-la, tocá-la. Ninguém sabe o que eu estou sentindo.
Hoje a banda, finalmente, pisaria em solos alemães. Depois de alguns minutos no aeroporto, finalmente, o carro chegou e nos levou até as nossas casas.
Coloquei as coisas no meu quarto, abracei minha querida mãezinha e fiz uma higiene básica - banho, roupas limpas, maquiagem e cabelo arrumado - e comi alguma coisa antes de ir até a casa da Julie, ver a minha amada.
Caminhei até o portão, abri-o e bati na porta. Imediatamente, Julie atendeu.
-Olá! -disse ela, feliz me abraçando forte.
-Oi Juh. Que saudade. -disse eu, retribuindo o abraço.
-Digo o mesmo. -disse ela, feliz, soltando-me.
-A Anna está? -perguntei curioso, vendo que a minha florzinha não estava no ambiente.
-Bom, não. Ela não está. -respondeu ela, triste, assustando-me.
-Ela vai voltar quando? -perguntei curioso.
-Não sei. -respondeu ela, perplexa.
-Você sabe onde ela foi? -perguntei confusa.
-Digamos que para o país natal dela. -ela demonstrou desanimo em suas palavras.
-Brasil? -perguntei suspeito.
-Sim. -respondeu ela, afirmando com a cabeça.
-O intercâmbio acabou! -bati com a mão na minha cabeça. -Err, você tem o endereço dela, algo assim?
-Tenho sim, mas para quê? -perguntou ela, curiosa.
-Eu quero surpreende-la. -sorri animado.
-Ai que romântico! -disse ela, dando um pulinho com as mãos no rosto. -Vem, entre. -disse ela, convidativa.
-Ok. -sorri.
Ela foi até a estante, pegou um bloquinho e escreveu algo nele. Depois disso, ela sorriu e entregou-me dizendo:
-Aqui é o endereço dela e o telefone. Agora ela está morando sozinha e trabalhando numa loja de roupas. Creio que nem amanhã e depois ela não trabalha, ótimo momento para o reencontro. -ela sorriu. -Você vai pedir para alguém que conhece o Brasil te levar né?
-Vou sim, não sei quem, mas vou sim. -afirmei com a cabeça.
-O Tom chegou? -perguntou ela, mudando completamente o foco do assunto e a expressão em seu rosto e corpo.
-Ele estava tomando banho quando eu sai de casa. -respondi guardando o papel no bolso da minha calça jeans.
-Posso ir lá?
-Á vontade.
Ela nem respondeu nada, apenas saiu correndo até a minha casa, se encontrar com o Tom. Ai que inveja. Gostaria tanto de fazer isso com a Anna, mas eu terei que ter paciência. Amanhã mesmo pegaria um vôo para o Brasil e como está escrito no papel, destino, São Paulo, Capital.
Sai da casa da Julie, fechando a porta e fui até a minha casa. Liguei para o David comprar as passagens para o Brasil, provavelmente, todos iriam conosco conhecer o Brasil.
Ajeitei as malas novamente, os documentos que necessitaria e tudo que tem que se levar numa viagem estrangeira. Quando eu terminei de guardar algumas coisas, o casal entra no meu quarto.
-Bill é verdade que você vai para o Brasil? -perguntou o Tom, com um braço no ombro da Julie.
-Vou visitar a mulher da minha vida. -respondi fechando a mala. -O David comprou a passagem e a noite já estou no vôo.
-Tem como nós dois ir também? -perguntou a Julie, com o olhar pidão.
-Sabia que vocês queriam ir. -respondi, sorrindo. -Pedi passagens extras para os dois.
-E os outros?
-Bom, eu não sei se eles querem ir. Tom você vê isso para mim? -mandei meu olhar pidão.
-Ok.
-Vou arrumar minhas malas. -disse a Julie, feliz.
-Tudo bem.
Os dois saíram e foram cumprir com o que foi pedido. Enquanto eu conversava com a minha mãe sobre o que eu poderia dar de presente para ela. Ela disse que era para eu ir ao shopping agora, antes do vôo.
-Bill, eles não vão. -disse o Tom. -Eles querem ficar com as namoradas e a família.
-A Manu está aqui?
-Sim, ela conseguiu a cidadania alemã, mas a Anna ainda não.
-Que pena. -disse eu, tristinho. -Mas eu preciso ir ao shopping agora.
-Tudo bem.
O Tom foi fazer as suas malas, enquanto eu pegava o carro para ir até o shopping.
Como eu sei que ela gosta de produtos esotéricos, foi à primeira loja que eu entrei. Comprei um lindo espelho com um sol bem destacado como moldura. Ela sempre dizia que queria um, mas não comprava por que não tinha o dinheiro preciso.
Também comprei novas alianças para renovar nossos votos de namoro. Seis meses de namoro! Como diz a minha mãe, já dá para casar! Com a Anna eu fazia tudo, ou melhor, por ela eu fazia tudo.
-Vamos meninos! -gritei. O carro que nos levaria para o aeroporto.
-Já vamos. -os dois desceram as escadas, arrumando os cabelos e as roupas. Creio que tiveram uma rapidinha antes do vôo.
-Aff. -ajudei a guardar as malas e entrei no carro, seguido do Tom e da Julie.
Nós dois fomos para o aeroporto e mal chegamos já anunciaram o vôo.

...

Chegamos ao Brasil, quando estava amanhecendo. É incrível como aqui é tão gostoso, tão receptivo. Não é a toa que a minha gatinha é tão perfeita.
Fomos para o hotel, nos arrumamos, comemos algo decente e quando amanhecesse mais eu logo pediria para me levar até a casa da minha florzinha.
Só espero que as fãns daqui não me matem por não ter avisado que viria. Foi de última hora né?

domingo, 20 de outubro de 2013

Seduction Innocence - Capítulo 30

Velha rotina.

Cara, minha vida está numa correria só.
A ontem foi à prova final do curso e na hora já recebi o resultado, ou seja, ralei estudando para levar a melhor nota. E hoje e o grande dia, o dia em que eu iria voltar para o Brasil.
Meu quarto está cheio de malas, tanto por causa dos presentes dos meninos, tanto pelos objetos que eu comprei. Já tinha hora marcada no aeroporto e estava completamente maluca procurando pela casa, objetos que eu espalhava pela casa.
Com tudo já guardado, começou a minha sina de tentar ligar para ele. Eu não tinha avisado que iria embora hoje e ele não sabia, mas não atendendo o celular como ele está fazendo, ele não vai saber nunca. Eu entendo que ele deve estar cheio de coisas para fazer, mas depois não diga que eu fui embora e não avisei.
Meus pais e a Julie me levaram para o aeroporto. Eu ia sentir saudade dessas pessoas tão especiais para mim, que me acomodaram e me receberam como uma filha mesmo e a Julie que foi uma irmã para mim. Vou sentir saudades dela, não enquanto eu não ganhar a cidadania alemã. Eu já estava resolvendo isso, só que ia demorar a sair, então eu ficaria no Brasil cuidando da loja da minha mãe.
No aeroporto, eu fiquei dando voltas por ele, conversando com a Julie sobre tudo o que aconteceu com nós duas e sobre a amizade incrível que cresceu rapidamente entre nós. 


‘Passageiros do vôo 459, com destino a São Paulo, embarquem pelo portão principal’


-Então. -disse eu, batendo na minha perna. -Até mais, amiga. -estava quase chorando. -Obrigado por tudo. -soltei dela, mas dei outro abraço, em seguida.
-De nada, Anna. -ela me deu um beijo na bochecha. -Até mais.
-Tchau gente. -acenei pegando minha bolsa.
-Tchau Anna. -gritaram os três.
Nunca pensei que esse momento seria tão doloroso. O bom é que em breve estarei nos braços da minha família e vendo aquele no qual eu senti mais falta. Meu maninho querido.
A viagem foi ótima. Já no avião eu fui conversando com a Julie que me perguntava mil coisas, já fui procurando casas para alugar, já que agora eu quero morar sozinha. Ser um pouco mais independente de todos.
Mas até eu acertar o contrato com o dono da casa, iria ficar no meu antigo quarto, na minha antiga casa, com minha família querida.

Alguns dias depois...

Não acredito que eu estava aqui em casa, sobre as minhas coisas, minhas lembranças. Estava tudo tão perfeito, só faltava ele.
Eu liguei para ele e passamos horas e horas no telefone, mas eu me esqueci de avisar para ele que eu já não estou mais na Alemanha.
O meu trabalho está mais que perfeito. Minha mãe tem uma loja no shopping mais badalado da cidade, uma loja de roupas e jóias, que é um show. Dá vontade de ter todas as roupas e jóias de lá.
-Filha, vem comer! -gritou a minha mãe.
-Mãe, vem aqui. -gritei de volta.
-Oh meu Deus, eu te chamando para... -ela parou e observou aquela foto na tela do computador. Era uma foto minha e do Bill no aeroporto. -Esse é o seu namorado?
-É, mãe. -respondi suspirando.
-Ele é lindo. -disse ela, me assuntando. Pensei que ela ia me espancar agora.
-Sério? -perguntei suspeita.
-Muito bonito. Parabéns. -ela me deu a mão. -Quero conhecer.
-Tudo bem. Vou falar isso com ele. -disse eu, desligando o monitor. -Vamos comer, mamãe. -dei um beijo na bochecha dela.
-Vamos meu amor. -fomos abraçadas até a sala de jantar.
Eu adoro essa rotina. Velha, mas eu adoro.

Seduction Innocence - Capítulo 29

Até mais!

- Anna -


Amanheceu e junto dele vem à despedida.
Eu estou tão triste por ficar longe dele, mas é o trabalho dele e eu como namorada, tenho que entender esse lado. Assim como ele entende o meu.
Eu acordei primeiro. Vi seu rostinho pertinho do meu, eu iria sentir falta desses momentos. Ia sentir falta do calor do corpo dele junto ao meu nas noites frias da Alemanha, ia sentir falta do seu sorriso, dos seus beijos, do seu amor. Mas o tempo passa rápido e eu confio nele, assim como ele confia em, mim.
Dei um beijinho na bochecha dele e o abracei delicadamente. Ele sorriu ainda com os seus olhos fechados e retribuiu o abraço.
-Quero acordar assim todos os dias. -murmurou ele, dando um beijo na minha testa.
-Eu também. -murmurei antes de ele me beijar intensamente.
-Vamos tomar um banho? -perguntou ele, cheirando meu pescoço.
-Sim, lógico. -respondi sorrindo, acariciando os cabelos negros dele.
-Vem. -disse ele, levantando da cama e dando a mão para me ajudar a levantar da cama.
-Ok.
Juntos, fomos ao banheiro. Ele tirou as minhas roupas suavemente, beijando cada parte sensível do meu corpo. Depois de nua, eu repeti esse momento com ele.
De baixo do chuveiro, divertirmos bastante, trocando beijos e carícias, relembrando pequenos fatos que os fizeram a ficar juntos.
Depois do banho, secamo-nos e vestimos nossas roupas. O cheirinho do café-da-manhã da minha sogrinha estava perfumando a casa. Não seria a última vez que eu iria sentir esse cheirinho, por que eles ainda iam morar aqui por um bom tempo já que a Simone e o Gordon adoraram Frankfurt e eu iria freqüentar aqui, antes de voltar para o meu país natal.
Descemos para tomar café-da-manhã e ficamos a mesa, conversando sobre pequenas coisas da vida, tudo isso em família. Sempre quando eu estava com eles lembrava meus pais e irmãos. Daqui a dois meses estarei em solos brasileiros e provavelmente irei ajeitar a minha vida completamente.
-Amor, eu vou trocar de roupa e já volto. -disse eu, dando um beijinho na bochecha dele.
-O vôo sai em meia hora. -alertou ele.
-Ok.
Sai correndo, troquei de roupa e voltei para a casa vizinha. Os meninos já estavam colocando as malas dentro dos dois carros que estavam do lado de fora da casa deles.
Entrei em um dos carros, eu atrás com o Bill e os outros cada um com o seu par. Ashley e Gustav, Georg e minha mana, que não tinha ido embora ainda e ia só hoje, mas ela ia para o Brasil por causa do trabalho dela, e Tom e Julie.
No caminho para o aeroporto foi uma parte um pouco difícil. Ninguém falava nada, só os olhares cúmplices e as caricias de mãos dadas dominavam os casais tristes pela separação.
A chegada ao aeroporto foi tranqüila, não tinha nenhuma fã por lá e eles até estranharam isso, mas essa cidadezinha de Frankfurt é muito tranqüila e quase ninguém deve conhecer a banda. 


‘Passageiros do vôo 356, com destino a Los Angeles, embarquem pelo portão principal’.


-Chegou a hora. -disse ele, levantando das cadeiras onde estávamos sentados.
-É. -levantei também.
-Quero que você saiba que eu te amo muito. Muito mesmo tá? -disse ele, pegando no meu rosto.
-Tá. -murmurei sorrindo. -Eu te amo muito e onde quer que eu esteja, aqui ou no Brasil, eu vou estar te esperando. -disse eu, sorrindo. Ele me deu um beijo de despedida bem gostoso e longo e por fim finalizou com um abraço bem forte com direito a lágrimas e palavras de despedida.
-Até logo! -disse ele, se afastando para eu abraçar os outros também.
-Até, amor. -os quatro caminharam para a pista e deram os ‘tchaus’ para as suas amadas antes de entrarem no avião.
As quatro se abraçaram, demonstrando a enorme amizade que havia ali entre nós quatro. E uma única coisa nos uniu: o amor.
Agora eu ia me despedir da minha irmã. O vôo dela foi anunciado há alguns minutos e estávamos nos despedindo. Ia vê-la em alguns meses.
Depois dos cinco terem ido para seus destinos, Julie, Ash e eu, voltamos para casa no carro em que viemos, conversando sobre diversas coisas, ouvindo músicas e comentando sobre como seria nossos reencontros.
Eu estava pronta para ralar nos estudos e voltar para o Brasil com uma experiência boa, além de ter ganhado um namorado que é tudo na minha vida.

Seduction Innocence - Capítulo 28

Uma noite especial.

Arrumei a casa para o grande jantar.
Enquanto fazia comida, que seria massa com molho e uma salada especial minha e um bom vinho, arrumava o ambiente na sala, usando a mesa de centro, algumas almofadas e velas.
Desliguei as luzes, coloquei um cd com as músicas preferidas da Anna e as minhas e aproveitei que tudo estava sobre o controle e fui tomar um banho bem gostoso.
Coloquei a roupa, o perfume e a maquiagem que ela mais gostava. Hoje eu tinha que agradá-la por que por três meses ia ficar sem vê-la e eu amo muito ela e nesse último e especial dia quero agradá-la muito.
Ajeitei meus cabelos e desci para desligar o fogo. Tudo estava parecendo delicioso e bem perfumado. Dei os últimos retoques, peguei o presente que eu ia dar para ela e o buquê de flores que eu tinha colocado num vasinho. Eram narcisos e tulipas que a Anna amava muito. O quarto dela é repleto dessas flores.
A campainha tocou e eu já abri um sorrisão, caminhei até a porta e abri. Era ela, bela e sorridente como sempre.
Seus olhos brilhavam por baixo de uma maquiagem, suas roupas eram lindas. Uma blusa preta cheia de babados do pescoço para o umbigo e um laço amarrando na lateral, um short preto e sandália de salto rosa. Fora o perfume maravilhoso que ela usava e exalava em todo o ambiente.
-Boa noite meu amor. -disse ela, sorridente.
-Boa noite. -disse eu, recebendo-a num forte abraço.
Ela entrou e eu fechei a porta atrás dela. Ela observou o ambiente e o seu sorriso foi ficando cada vez maior ao ver o que eu tinha arrumado.
-Uhm, cheiro bom. -murmurou ela.
-Eu que fiz. -disse eu, sorridente.
-Parece estar bom.
-Garanto que sim. -respondi, abraçando a cintura dela por trás.
-Igualmente. -ela me beijou apaixonadamente.
O beijo tomou forma e eu delicadamente a deitei no sofá, ela parou o beijo segurou no meu rosto e disse:
-Eu vou sentir tanto a sua falta.
-Também, amor. -ela me beijou novamente de um jeito cúmplice e carinhoso.
Soltamos e pedi que ela sentasse numa almofada na mesa de centro e fui servir-la com o vinho e a salada, em seguida, eu servi a massa que ela simplesmente adorou e do nada começamos a falar de casamento. Não que eu não quisesse casar, mas eu acho que tem que ter pelo menos um ano de namoro e temos apenas dois meses. Mas ela sim é a mulher que eu quero me casar e ter filhos. Eu simplesmente a amo. Não existem palavras a mais nisso.
Ficamos curtindo cada momento juntos, quando eu decidi dar um presente a ela.
-Estou curiosa. -disse ela, abrindo delicadamente o laço.
Eu não disse nada, só fiquei esperando pela reação dela.
-Que lindo. -era um vestido vermelho. -Simplesmente lindo. Vou usar-lo sempre. Obrigado amor.
-De nada, paixão.
-Também tenho uma coisa para você.
-O quê?
-Abra. -ela me entregou uma caixa plana e retangular. Eu abri e dentro dela tinha um porta-retrato com o símbolo da banda uma foto de nós dois. Algo que eu vou recordar pelo resto da minha existência.
-Adorei! -disse eu, sorridente. -Agora... -deixei o presente de lado e puxei-a para mim, ela sorriu e eu continuei - Quero te amar muito. -terminei a frase num beijo.
Fizemos amor à noite inteira e antes de irmos dormir, arrumamos a sala e tomamos um bom banho. Amanhã seria um dia difícil e a única coisa que eu desejo é ficar o máximo possível grudado nela. Ela concordou em ir até o aeroporto comigo.

Seduction Innocence - Capítulo 27

Isso quer dizer adeus?

Eu acabei de almoçar e o Bill me ligou dizendo que precisava conversar comigo. Eu falei para ele vir até aqui, que eu estava trabalhando num projeto do curso. Um projeto sobre os diferentes estilos de música e suas mixagens, por exemplo, samba-rock e pop rock.
Estava à manhã toda fazendo isso, agora já era umas 3 da tarde. Ouvi uma batida na porta, sabia que era ele.
-Pode entrar! -gritei.
A porta se abriu, era ele mesmo. Lindo, alto e gostoso como sempre. Levantei da cadeira do computador e dei um beijo nele.
-Tudo bem? -perguntei, segurando em seus ombros.
-Tudo ótimo, mas eu preciso muito conversar com você. -disse ele, sorrindo no começo e ficando sério na última frase.
-Tudo bem. -arrastei a minha cadeira e ele pegou a outra que ficava num canto. Ficamos de frente um para o outro, segurando em nossas mãos. Ele fez carinho na minha mão dizendo:
-Você sabe que eu e os meninos estamos terminando o cd. -ele começou.
-Sei sim.
-E só falta o Humanoid em inglês, certo?
-Certo. -respondi apreensiva. Aonde será que ele quer chegar?
-A banda precisa viajar por um tempo para Los Angeles. Ou seja, nós vamos nos separar por um tempo. -disse ele, ainda sério.
-Quanto tempo? -perguntei curiosa.
-Suspeito que seja uns dois três meses.
-Aham. -olhei para o chão por uns segundos e disse - Tudo bem, amor.
-Sério? -perguntou ele, surpreso.
-Sério. Uê é o seu trabalho, não é?
-É. -respondeu ele. -Pensei que você não ia me entender e nós íamos brigar novamente.
-Não, estrelinha brilhante. Eu te entendo, é o seu trabalho. Afinal, eu namoro um vocalista foda de uma banda foda! -disse eu, animada. -É bem obvio que às vezes nós vamos nos separar.
-Que bom que você me entende. -disse ele, me apertando num abraço.
-Assim você me quebra. -disse eu, sorrindo.
-Não quero te quebrar. -disse ele, dando um selinho.
-Nunca nós vamos nos separar. E quando isso acontecer, que seja por um ENORME motivo. -disse eu, abraçando ele novamente.
-Você não sabe o quanto eu te amo. -disse ele, sorrindo muito, enquanto eu sentava em seu colo tão convidativo.
-Você também não sabe o amor enorme que eu sinto por você. Por você eu faria tudo, tudo mesmo. Daria a minha vida se fosse possível.
-Também. -ele me deu um beijo.
Eu levantei da cadeira e puxei-o com a minha mão, guiando até a cama. Ele me seguiu, deitamos na cama e nos amamos algumas vezes.
-Bill quando vai ser a sua viajem? -perguntei, apoiando minha cabeça em seu peito.
-Depois de amanhã. -respondeu ele.
-Por que você não me disse logo? -pulei em cima dele. -Nós temos que matar a saudade desde já! -ele sorriu. Mais algumas vezes fizemos amor.


...

- Bill -


Eu já estava em casa, deixei minha florzinha terminar o projeto dela, enquanto eu planejava o nosso jantar de despedida.
-Ah que bom que vocês estão todos aqui. -disse eu, vendo Tom, mamãe e o Gordon na sala assistindo televisão.
-Oi meu filho. -disse minha mãe, me dando um beijo.
-Oi mãe. -disse eu, sentando do lado do Tom. -Gente, eu preciso conversar com vocês.
-O que seria? -perguntou o Tom, interessado.
-Amanhã a noite será que vocês poderiam me deixar com a casa. Assim, por que eu quero fazer um jantar para a Anna, vai ser a nossa ultima noite. -disse eu, fazendo minha carinha de pidão.
-Para mim tudo bem. Eu vou dormir com a minha princesa mesmo. -disse o Tom.
-Para nós também. -disse o Gordon. -Nós vamos na casa da sua tia mesmo. Já dormirmos por lá.
-Ok. -disse eu. -Que legal! -já fiquei feliz. -Obrigado gente. -agradeci. -Licença, que agora preciso ir fazer umas compras.
-Tudo bem. Se cuida, filho. -disse a minha mãe, preocupada.
-Obrigado mãe.
Sai correndo para pegar a minha bolsa e, em seguida, fazer compras para amanhã e para a viagem também.

Seduction Innocence - Capítulo 26

Um amanhecer para os amantes.

Acordei, sentindo aqueles braços delicados envolverem minha cintura. Não, tudo o que aconteceu ontem à noite, não fora um sonho e sim uma bela realidade.
O rostinho dele junto do meu estava lindo, tão meiguinho. Levantei um pouco, me desvencilhando de seus braços, sai da cama observando-o virar-se ao sentir que eu não estava mais em seus braços. Sorri vendo o rostinho delicado dele se contorcer num sorriso. Com certeza ele estava sonhando com algo muito bom.
Fui até o espelho do quarto e fiquei me observando. Peguei uma roupa que estava em cima da cadeira - que ficava próximo ao espelho - e coloquei. Era uma singela blusinha perolada e coloquei um shortinho também. Observei-me novamente e percebi pequenas manchas roxas no meu pescoço. Isso é o que dá fazer amor com certo tom de selvageria.
Fechei as cortinas para deixar um ambiente mais aconchegante para a minha estrelinha brilhante dormir mais confortavelmente e depois calcei meus chinelos e desci para tomar um café-da-manhã e preparar um para ele.
Na cozinha eu encontrei a Julie, tomando uma xícara de café puro.
-Bom dia, maninha. -disse eu, dando um beijo na bochecha dela.
-Bom dia, gatinha. -disse ela, feliz. -O que aconteceu hein? Está muito alegrinha para o meu gosto.
-Bom, digamos que eu dormi com o meu namorado e... -ela me interrompeu.
-Não diga! -disse ela, surpresa. -Vocês dois transaram?
-Sim, sim.
-Como foi? -curiosa.
-Quente, muito quente. Romântico, gostoso, bom.
-Nossa que demais. -disse ela feliz.
-Eu sei. -disse eu, sonhando. -E a propósito por que a senhorita não foi para a faculdade?
-Digo o mesmo para você! -disse ela, erguendo a sobrancelha. -Brincadeira, ligaram ai dizendo que hoje não teria aulas em nenhuma das escolas.
-Ah sim, que alívio.
Ela olhou para cima e deu um sorriso, eu virei confusa para trás. Era o Bill, com uma carinha de linda de sono e um simpático sorriso nos lábios. Ele estava todo vestido, em respeito a minha família, por que se fosse à minha casa no Brasil, até pelado dentro de casa poderia andar. Meus pais eram ainda mais liberais do que os pais da Julie.
-Bom dia amor. -disse eu, olhando para ele.
-Bom dia - disse ele, sorrindo.
-Bom dia. -disse a Julie.
Ele me deu um beijo rápido, e o celular da Julie começou a tocar. Ele estava sobre a mesa, ela apenas pegou-o, pediu licença e foi para a sala atender-lo.

No celular...
-Oi gatinha. -era o Tom.
-Oi lindo. -disse ela, sorridente.
-Gatinha, você sabe onde o Bill está? Ele não passou a noite em casa. -sua voz soou com certo ar de preocupação.
-Ele dormiu aqui em casa, por quê?
-Com a Anna? Finalmente eles... -ela não permitiu que ele completasse a sua afirmação.
-Sim, sim. Finalmente.
-E ai como foi?
-A Anna disse que foi quente perfeito e tals. -respondeu ela, sorrindo de canto.
-Ah sim, imagino. Quase três meses sem transar.
-É mesmo, ainda bem que não tinha ninguém em casa ontem, por que eles devem ter feito um barulho.
-É.
-Vem para cá?
-Pra quê?
-Ah aproveitar hoje que ninguém precisa sair, sei lá, assistir um filme...
-Uhm... Tudo bem. Já estou indo.
-Beijo.
-Beijinhos.
Eles desligaram os telefones.

-Era o Tom querendo saber de você. -disse ela, diretamente para o Bill.
-Ah, você falou que eu estou aqui?
-Falei.
-Obrigado. -eles sorriram.
-De nada.
Tomamos café-da-manhã em casais. Eu e o Bill, Tom e a Julie. Eu fazia carinho nele, dava comidinha da boca dele e ele fazia o mesmo em mim. Ficamos nessa vibe de amor, até os pais da Julie chegarem.
Lógico, todos ficaram apreensivos se eles dariam bronca em nós por termos trazido dois garotos para dentro de casa, sem a permissão. Mas eles não brigaram nem nada, pareciam que estavam super felizes da vida.
Eles apenas perguntaram se nós nos cuidamos e dissemos que sim. Eles sorriram e começamos a falar coisas pequenas da vida, sem importância.
Quando eles saíram, escurecemos a sala, fizemos pipocas e brigadeiro e escolhemos um filme qualquer para assistirmos para passarmos a manhã.
Já sentados no sofá ficamos assistindo um bom filme - Tróia e Todo mundo em pânico - rindo, abanando - principalmente quando o Brad Pitty aparecia, eu e a Julie ficávamos loucas e os meninos putos da vida - realmente foi uma manhã e inicio de tarde fabulosos.
Eu e o Bill fizemos o almoço. Algo como um prático macarrão com molho de tomate, uma bife acebolado e uma saladinha básica. Enquanto o outro casal, limpava a bagunça que fizemos enquanto assistíamos o filme, como o tapete sujo de pipoca ou sofá papeizinhos com chocolate que limpamos a boca.
Depois de o almoço estar pronto, todos se sentaram envolta da mesa e enquanto ouvíamos musica, comíamos o que eu e o Bill fizemos. E particularmente, a comida ficou maravilhosa com direto a aplausos. Sem mentira!
Depois arrumamos a cozinha e os casais dispersaram pela casa, eu e o Bill decidimos ir dormir. Quando o Tom e a Julie voltaram - eles estavam na piscina, conversando - eles ficaram se perguntando onde é que eu e o Bill estávamos.

-Amor, vou lá ver se os dois estão juntos. -disse a Julie.
-Que? E ver os dois transando? -perguntou o Tom, surpreso pela fala da Julie.
-Não, se eles estivessem transando, teria barulho, mas não tem. E é melhor nos vermos por que eles estão muito quietos. -respondeu ela, calma. Tom adorava esse jeito calmo dela.
-É. -calmo e convincente.
Os dois subiram para o quarto da Anna e abriram a porta que estava apenas encostada. Eles se depararam com uma cena tão linda. O casal dormindo abraçados na cama.
-Ti fofo. -disse a Julie, num sussurro.
-È. Vem vamos fazer o mesmo.
-É! -respondeu ela, animada.
Os dois também foram dormir tranqüilos.

Seduction Innocence - Capítulo 25

Eu preciso sentir você.

Levantei da cama e fui tomar um banho para acalmar o espírito. Vesti apenas uma camisa listrada e curta e uma saia curta. Voltei-me a deitar-me na cama. Eu sei que eu sou muito ciumenta, mas isso foi o cúmulo da traição.
Agora pequenas lágrimas molhavam a fronha delicada do travesseiro. Minha mente estava tão confusa que não sabia nem o que dizer, nem o que falar. Apenas queria dormir em meu sono profundo. Mais uma vez ele conseguiu me fazer chorar.
Ouvi um barulho, vinha da porta do terraço. Levantei da cama, apanhei meu roupão branco e caminhei em direção a porta. Afastei a cortina e o vi, era ele. Como ele conseguiu subir aqui?
Abri a porta, com uma expressão confusa invadindo meu rosto.
-O que você quer? -perguntei entrando no meu quarto.
-Preciso conversar com você. -respondeu ele, me seguindo. Ele fechou a porta e segurou na minha mão como um sinal para eu parar de andar.
-Fale. -disse eu, parando tentando olhar em seus olhos.
-Bom, Anna, aquela garota vem me perseguindo há muito tempo, acho que desde os meus 17 anos e ela sempre fingir não me conhecer e eu sempre finjo que não a conheço. Ela é muito antipática e começa sempre com aquele papinho de se eu tenho namorada ou não. Quando ela me beijou eu deixei só para ver se ela largava de mim. -ele parou de contar essa história e eu olhei para baixo confusa - Agora você me perdoa?
-Não sei se devo. -respondi, olhando para baixo, passando a mão dentre os meus cabelos.
-Anna, eu te amo. -insistiu.
-Você escondeu isso de mim! -insisti, ainda sem encará-lo.
-Tudo bem. -sua voz saiu fraca e rouca.
Nenhuns de nós disseram alguma palavra, eu não conseguia encará-lo e o silencio era perturbador. Esse mesmo silêncio foi quebrado pelo barulho de algo de prata caindo sobre o piso.
Instantaneamente, olhei para a direção no qual o barulho me guiou e lá estava a aliança dele. Eu olhei para ele e ele disse:
-Se é assim que você quer.
Eu não disse nada, pequenas lágrimas saiam dos meus olhos e percorriam meu rosto. Bill colocou a mão na boca como se aquilo ajudasse a evitar chorar, mas ele não agüentou e desabou em lágrimas, chorando e chorando.
Meu coração partiu em mil pequenos pedaços ao ver-lo assim, chorando por um motivo besta meu. Abaixei, peguei a aliança dele, pedi que estendesse a sua mão e ele o fez parando de chorar. Coloquei a aliança no dedo dele, fechei a sua mão e dei um beijinho nela, em seguida, eu disse:
-Não posso deixar meu amor ir embora triste.
Ele não disse nada, apenas me abraçou forte. Como eu disse a ele, não podia o deixar ir embora assim. Eu o encontrei, realizei meu sonho. Eu o amo e ele me ama, por que eu deixaria ele ir embora triste por um motivo besta de ciúme?
Ele me soltou e eu peguei a ponta do roupão e delicadamente limpei a maquiagem borrada dele, enquanto ele ficava imóvel, apenas com um sorriso de felicidade nos lábios.
Ele me abraçou mais uma vez dizendo:
-Estou tão feliz por você ter me perdoado. Não sei viver sem você, minha florzinha.
-E eu sem você, estrelinha brilhante.
-Eu te amo.
-Eu te amo muito. -dito isso ele me beijou carinhosamente. Senti-o pegar nos meus quadris, como se quisesse que eu subisse em meu colo e foi o que eu fiz. Ele sorriu e voltou a me beijar, agora me levando assim para a cama.
Ele me deitou nela, ficando por cima de mim. Nosso beijo continuou, mas com um desejo a mais, aquele desejo de todas as nossas tentativas frustradas. Dessa vez ninguém irá nos atrapalhar, pois nada nos importam agora, somente ele e nosso amor.
Suas mãos percorriam meu corpo por de baixo da camisa delicada que usava. Minhas mãos apenas acariciavam seu pescoço, deixando pequenas marcas avermelhadas.
Sua boca nunca desejou tanto o meu pescoço como agora. Seus lábios começaram a explorar o canto da minha boca, descendo para o meu queixo e finalizando no pescoço. Onde ele caprichou, brincando com a língua, beijando fazendo marcas arroxeadas surgirem em meu pescoço. Aquilo era bom, dizia que eu tenho um dono. Calma, já vou deixar marcas no dele, para dizer que ele tem uma dona, muito ciumenta por sinal.
Seus beijos desceram até o pequeno e singelo decote que a camisa fazia sobre mim. Ele parou tudo, olhou nos meus olhos apreciando cada detalhe deles. Um leve sorriso surgiu em meus lábios, contagiando os dele que torceram num sorriso tão lindo que acalmava qualquer pessoa. Principalmente a esquentadinha aqui.
Bill abriu delicadamente os botões da camisa, revelando meus seios. Seus lábios se torceram num sorriso perverso. Acariciei seu rosto, enquanto ele fechava os olhos para sentir o toque das minhas mãos em seu rosto.
Bill não resistindo, subiu novamente em meu corpo beijando suavemente a minha boca, mantendo um sincronismo dos nossos lábios unidos em um só. Puxei a barra de sua camiseta o fazendo soltar meus de meus lábios e erguer os braços, enquanto tirava sua camiseta, mostrando aquele corpo coberto de tatuagens no qual eu tanto desejara agora e sempre.
Ele voltou a me beijar, adentrando suas mãos pela camisa que ele não tinha tirado por completo. Ele voltou a brincar com o meu pescoço, enquanto eu podia sentir claramente seu desejo por mim, dentre as minhas pernas.
-Agora é a minha vez. -disse eu, virando ele na cama. Não sei como eu consegui fazer isso.
-À vontade. -disse o Bill, sorrindo perversamente.
Eu sorri e antes de começar a provocação, beijei-o intensamente, provando cada parte de seus lábios, provando daquele gosto do qual eu nunca enjoaria, do qual eu sempre desejaria mais e mais.
Beijei seu pescoço, brincando com a minha língua nele, dando mordidas leves, fazendo os primeiros gemidos da noite surgirem em sua garganta. Abaixei mais beijando todo o seu peito e abdômen. Suas tatuagens foram contornadas pela minha atrevida língua e pela ponta das minhas enormes unhas pintadas de negro.
Sentei em suas pernas, voltando à atenção para os botões da sua calça jeans preta. Desabotoei-os, Bill levantou segurando-me para não cair, já que isso foi um momento inesperado vindo dele.
Ele beijou-me, enquanto com uma mão segurava-me e com a outra acariciava a minha perna, subindo para dentro da saia. Sua mão que me segurava, subiu para os meus cabelos, puxando-os levemente para trás, me fazendo jogar minha cabeça para trás também. Bill aproveitou e beijou meu pescoço com gosto, enquanto marcas arroxeadas já estavam bem evidentes naquele local e desceu a língua até o meu colo, me dando mais vontade de que ele também passasse a língua em meus seios.
Empurrei-o levemente, fazendo ele se apoiar na cama, apenas com os cotovelos. Sorri com aquilo, eu disse que era a minha vez de me divertir um pouco. Sorri e deslizei pelas suas pernas, até ficar de joelhos no chão, rendida a ele. Ele me observou com aquele olhar de tentação dele, mantendo um leve sorriso perverso em seus lábios brilhantes cheios de desejo.
Subi minhas mãos por suas pernas, Bill levantou um pouco, auxiliando a retirada da sua calça. Deixei-a de lado e voltei minha atenção para o que eu mais queria agora. Ele iria provar do que eu sou capaz.
Fiquei feliz ao ver o volume que estava por baixo daquele boxer preto, com o nome dele no elástico. Dei uns beijinhos por cima. Realmente, era excitante vê-lo suspirando, tentando acalmar o corpo estremecido. Mais uma vez ele se curvou, tirando a boxer, revelando a nossa fonte de prazer.
Tomei seu membro em minha boca, sugando-o com força, acariciando com as minhas mãos curiosas e passando a minha mão em seu saco escrotal. Bill arfava, gemia alto, chegava a gritar até. Suguei ainda com mais força, explorando toda a extensão de seu membro pulsante cheio de prazer fazendo movimentos circulares com a minha língua.
Ele mordia o lábio, enquanto ocasionalmente chamava roucamente pelo meu nome. Passei minha língua em seus sacos escrotais e voltei a chupar seu membro. Senti seu líquido preencher minha boca. Após lamber tudo, senti-me vitoriosa por poder dar prazer para ele. Agora, agora ele ia vingar em mim. Medo.
Levantei, ficando em pé na frente dele. Primeiro terminei de tirar minha camisa e depois, após ele se aproximar mais de mim, tirei a minha minúscula saia, revelando que eu estava sem nada por baixo.
-Sabia que você estava sem nada por baixo. -sussurrou ele, no meu ouvido.
-Eu senti isso, quando você tocou lá. -disse eu, maliciosa.
Eu o beijei, fazendo-o provar de seu próprio gosto. Deitei na cama, apoiando minhas costas na cabeceira da cama. Bill se ajoelhou de frente para mim, com o seu membro novamente ereto. Tirei um preservativo de debaixo do travesseiro e pedi que ele colocasse. Mesmo nesses momentos, temos que prezar pela proteção.
Ele pegou nas minhas pernas, após colocar o preservativo, e penetrou-me fortemente fazendo um gemido rouco sair de minha garganta.
Os primeiros movimentos foram suaves, enquanto me ajeitava numa posição mais confortável. Após já estarmos envolvidos numa posição mais agradável para ambos, os movimentos foram se intensificando cada vez.
-Mais, por favor, mais... -implorava por mais, sempre mais, enquanto passava com a minha mão pelo meu corpo. E ele estava sempre me obedecendo, gemendo tão alto quanto eu.
Estávamos quase para atingir o orgasmo, quando ele tornou a acariciar meus seios, prolongando cada vez a minha chegada ao ponto mais alto do prazer.
Os movimentos foram ficando mais lentos, avisando que já havíamos chegado ao ápice do prazer. Ele descaiu em cima de mim, arfando e suando.
Seu rosto estava vermelho, todo molhado de suor, seus cabelos estavam num misto de molhado com seco. Eu então estava molhada de suor, cheirando ao perfume dele que foi claramente acentuado e empreguinado na minha pele enquanto fazíamos amor.
Finalmente, fizemos amor sem que ninguém nos interrompesse. Nós desejávamos isso há tanto tempo e agora estávamos recuperando nossas respirações aceleradas pelos movimentos que nos fizeram a ir ao céu.
Fui tirada dos meus pensamentos quando senti sua língua adentrar meu sexo. Eu sabia que ele ia revidar. Ele continuou e continuou, passava rapidamente a língua entre os maiores lábios da minha vagina, a abrindo mais e passando a língua nela até tocar onde ele queria tocar. Em poucos segundos já estava tendo um segundo orgasmo.
Bill sorriu vitorioso por mostrar quem manda ali eu sorri e o agarrei na cama e o coloquei em cima de mim. Ele voltou a beijar meu pescoço, passou a ponta de sua língua em meu colo, chegando em meu seio,ele o apertou mais e os juntou e foi ai que ele começou a chupa-los, me deixando cada vez mais louca.Até que ele parou, sorriu e me deu um beijo quente. Ficamos brincando um pouco mais. Ele fazendo cócegas em mim e eu nele.
-Vamos tomar banho? -perguntei levantando em cima dele.
-Sim, sim. -respondeu ele, alegre.
Levantamos da cama e fomos parar no banheiro. Tomamos um bom banho quente para limpar nossos corpos do suor que os cobria. Acabamos por fazer amor novamente.
Terminei meu banho e deixei-o no banheiro secando os cabelos molhados e fui trocar os lençóis por outros mais limpos. Peguei um cobertor e coloquei-o em cima da cama. Ajeitei as roupas dele sobre a cadeira e troquei meu roupão pelas roupas que eu iria usar anteriormente para dormir, só que dessa vez coloquei uma calcinha por baixo.
Deitei na cama e ele apareceu, vestiu seu boxer e a camiseta e veio me acompanhar debaixo dos lençóis e do cobertor quentinho para a noite fria que estava do lado de fora.
-Nunca pensei que essa noite com você poderia ser tão perfeita. -disse ele, passando o braço em volta da minha cintura, trazendo-me para mais perto dele.
-Também, amor.
-Obrigado por me proporcionar essa noite tão... Quente e perfeita.
-O mesmo para você. -disse eu, sorrindo brevemente. -Bill?
-O que? -perguntou ele, atencioso.
-Err, promete que nunca mais vai mentir para mim?
-Prometo.
-Como você veio parar aqui?
-Bom, a arvore da minha casa, para aqui na sua varanda.
-Você subiu numa arvore?
-Por amor eu faço tudo.
Eu sorri e dei um selinho nele, o que ocasionou num beijo delicado e romântico. Que me lembrou o nosso primeiro beijo.
-Eu te amo muito.
-Também.
Depois de tudo o que aconteceu entre nós, agora a única coisa que meu corpo pedia era uma boa noite de sono ao lado do meu amado.

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