sábado, 17 de setembro de 2011

Things Of Life 2 - Capítulo 23 - Making Myself Clear / Festival



Tom Kaulitz

Como sou idiota, imbecil, e todos os insultos que agora esqueci, não acredito que perdi tanto tempo, que demorei tanto pra enxergar que, o que sentia por ela não era só carinho, não era só amizade..e pior, que cheguei a achar que tava apaixonado por outra. Burro!  Confundi tudo, MISTUREI tudo, essa é a palavra certa...cheguei ao ponto de achar que assim como a Bia chegou em minha vida, a Mel havia chegado também. Idiota! Pura ilusão, pura idiotice da minha parte...ninguém será como a Bia, ninguém! E tudo o que achava estar sentindo pela Mel, eram apenas lembranças de um sentimento bom...atração física também..mas não era amor, era apenas uma peça pregada pelo meu inconformismo pela perda do meu amor. E além de burro, sou um filho da puta mesmo, foi preciso magoar a garota, pra perceber o que eu realmente queria. Imbecil! Mas isso eu vejo depois, estou atordoado demais pra bolar desculpas ou qualquer outra coisa, e apesar de tudo isso, por incrível que pareça, estou feliz, aliviado..aliviado por finalmente chegar em uma conclusão, chegar a resposta do que tanto me questionei esses últimos tempos. O que ta acontecendo comigo? Eu estou amando! amando de novo, algo que pensei que nunca mais aconteceria, algo que me recusava sentir de novo por alguém...mas seria idiotice da minha parte não amá-la, pra ser mais preciso, IMPOSSIVEL...eu só não estava entendendo a profundidade da coisa, não estava enxergando que a cada dia que passava, meu sentimento por ela aumentava, sentimento esse que ultrapassava a amizade, a cumplicidade...era amor.

Sai do quarto de Mel um tanto desnorteado com o tsunami de conclusões que invadiam minha mente, mas ao ver em minha frente a resposta de tudo...sem esperar mais um segundo, resolvi agir.


-Nay. –falei um tanto alterado assustando Nay que havia acabado de subir as escadas.

-Tom. –ela respondeu no mesmo tom de voz e um semblante divertido vindo em minha direção. –menino você ainda ta todo molhado, pensei que já tivesse tomado banho.

-Nay. –falei segurando forte sua mão.

-que foi? –falou estranhando minha atitude.

-eu preciso falar com você, eu preciso saber, preciso muito saber se sou só eu, se é diferente pra você..se.. –falava segurando seu rosto a deixando assustada.

-saber o que? –indagou aflita franzindo a testa.

-você lembra? –falei tentando controlar a respiração e falar com mais calma, sem muito sucesso. –lembra, o que você me disse lá na piscina, na nossa ultima conversa, no final da conversa, lembra?

Sua expressão aflita se transformou em...tristeza? e seus lábios tentavam formar em vão uma resposta.

-eu digo. –falei aproximando mais nossos rostos.  -eu te amo...foi o que você disse, eu te amo..não foi?

-foi. –me respondeu em um sopro fraco assentindo em positivo. –mas.p...Tom...

-e eu respondi o mesmo, não foi?

-é...pra que isso Tom? porque você ta fazendo isso? comigo –sussurrou a ultima palavra quase que inaudível com os olhos marejados.

-porque eu me enganei. –falei olhando pra baixo. –porque eu sou um burro e ainda não havia percebido que não te amo, não como...

-eu sei. –Nay soprou já caindo no choro.

-não, não sabe...Nay. –falei levantando seu rosto com minha mão. –eu não te amo só como amiga, eu quero você...por completo.

-que? –franziu a testa.

-eu te amo. –falei olhando fixamente em seus olhos.

-mas e a Mel?

-a Nay..eu amo a Nay, a Mel foi uma ilusão. –falei assentindo em negativo.

-eu achei que você era minha ilusão. –disse dando um sorriso fraco enquanto lagrimas teimosas ainda escorriam por seu rosto.

-a ilusão perdeu a vez em nossas vidas depois de um baita esbarrão em uma certa boate. –falei rindo a fazendo ir também, logo formando um rápido silencio. -....uma vez eu disse que você não existia. –falei mexendo em uma mexa de seu cabelo. –acho que foi meu inconsciente lutando contra o fato de que a minha chance de amar de novo estava bem na minha frente. –falava tendo meus pulsos segurados por Nay, enquanto eu mantinha as mãos em seu rosto. –e eu quero ser um filho da puta se deixar essa chance escapar.

-tadinha da minha sogra. –Nay sussurrou enrugando o nariz. –não vou deixar que desonrem o nome dela. –sussurrou me puxando pra mais perto.

-não? –indaguei no mesmo tom, roçando meu nariz no seu, ambos de olhos fechados.

-não. –falou acariciando meu rosto.

-porque?

-porque eu te amo!

-eu sabia. –falei dando um risinho.

-idiota. –falou me dando um tapinha.

-SEU, idiota. –falei acabando com a pequena distancia que havia entre nossos lábios, iniciando um beijo tranqüilo e apaixonado.

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No outro dia acordei decidido a ir falar com a Mel...eu estava muito feliz por ter me entendido de vez com Nay, mas não podia deixar a situação com Mel do jeito que estava, eu lhe devia um baita pedido de desculpas, e seria a primeira coisa que iria fazer, mas fui surpreendido com a noticia de que Mel  havia arrumado suas coisas e ido ao aeroporto pegar o primeiro vôo de volta para Chicago.

Em menos de 20 minutos eu estava lá, e com muita sorte cheguei a tempo de achá-la na sala de espera com Georg, que logo nos deixou a sós para conversarmos. Nossa conversa foi longa, tensa, me senti muito mal por vê-la daquele jeito, mas no fim deu tudo certo....na medida do possível. Vontade de me matar ela não tinha mais..talvez no fundo ela ainda quisesse, me torturar com uma faca afiada, eu entendo...mas meus mil pedidos de sinceras desculpas, foram feitos e aceitos com um sorriso fofo e um abraço apertado.

Tentei convencer Mel a ficar, pelo menos até depois do festival, mas ela disse que precisava desse tempo só pra ela e que além do mais havia recebido uma proposta de emprego em Chicago e ainda não havia nos contado...até soltou uma piadinha como nos velhos tempos,  aproveitando que havíamos nos entendido “só quis ficar com você porque eu ia embora no outro dia...e claro, porque eu estava bêbada, porque quando estou sóbria tenho bom gosto” disse com cara de ‘se enxerga Tom’. Abusada! Meu queixo foi parar no joelho e meus olhos se arregalaram ao ouvir tamanho absurdo “PORRA” a única coisa que consegui falar antes de cairmos na risada e assim ficamos conversando com Georg que havia voltado, até seu avião chegar.

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E finalmente é chegado o grande dia do festival. Ou seja. Nervos a flor da pele. Já acordei bem...bem mal, uma vontade de vomitar, uma tremedeira ridícula dos infernos, falta de ar e uma ansiedade que não cabia em mim. Eu estava tão tranqüilo nos dias anteriores, porque eu to assim agora? Até parece que eu nunca me apresentei.
Nay fez pra mim, um de seus chás horríveis de não sei o que lá, que por incrível que pareça sempre funciona, então agora só me resta a ansiedade e um pouquinho de tremedeira básica.
Bill ganhou uma massagem relaxante de Carla pra ver se acalmava também. Resultado, caiu em sono profundo e agora ta todo atordoado se arrumando atrasado.
Georg ta o dia todo andando pra lá e pra cá esfregando as mãos..to já pra descer a mão na cara dele pra ver se ele fica quieto, to começando a ficar nervoso de novo.
Gustav ta trancado o dia todo no quarto com a Julinha...não quero nem saber o porque.
Josh saiu cedo pra arrumar as suas coisas pra festa que vai haver depois do resultado das bandas.
A hora ta passando e nossa apresentação chegando cada vez mais perto...acho que estou me acalmando.

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O festival começou, 3 bandas das 7 concorrente já se apresentaram, nós seremos a penúltima banda...não sei se isso é bom ou ruim,as vezes acho que se fossemos os 1° já estaríamos tranqüilos agora...ou não.

-20 minutos pra entrar. –o cara responsável por organizar as bandas disse em voz alta chamando a atenção de todos que estavam no camarim.

Pude ouvir murmurinhos dos presentes, mas nenhuma palavra inteira saía perceptível aos meus ouvidos depois de “20 minutos pra entrar”...eu que estava até então mais tranqüilo e distraído com a história que Georg contava pra nos distrair, ao ouvir esta frase entrei em uma espécie de pânico, agonia e uma falta de ar insuportável.

-eu vou... –falei meio desnorteado me levantando sem conseguir terminar a frase, apontando pra porta e deixando todos com cara de interrogação.

Sai corredor a fora a procura de ar, a procura de um refugio. -malditas lembranças. –sussurrava pra mim mesmo com os punhos fechados, logo encontrando uma porta que dava acesso a parte de trás da estrutura do palco, me sentei na beirada do pequeno espaço que tinha do palanque e me encostei na parede finalmente conseguindo encher meus pulmões de ar, e joguei a cabeça pra trás de olhos fechados.

-eu não vou conseguir, eu não vou conseguir. –pensava assentindo em negativo enquanto meu coração parecia querer sair pela boca a qualquer momento.

Eu já temia isso, mas achei que iria conseguir me controlar na hora, eu sabia..sabia que todas as lembranças daquele festival em Berlim viriam a tona, sabia que ficaria angustiado, mas não sabia que iria doer tanto, que cada detalhe angustiante que passei antes e durante aquele show, viria assim tão claro em minha mente. Porra, eu não posso deixar eles na mão. E a cada pensamento que vinha em minha mente, sobre a situação de agora, vinha acompanhado das malditas lembranças daquele dia.

-droga. –falei entre os dentes batendo a mão em minha perna com os olhos fechados, mas os abri assim que senti uma delicada mão encobrir a minha.

-calma. –Nay sussurrou entrelaçando seu dedos nos meus.
-desculpa eu...

-eu sei que é difícil Tom....eu sei. –Nay falou cautelosa.

-não pensei que iria ser tão ruim. –falei franzindo a testa fitando o longo caminho de areia da praia. –não achei que iria me sentir tão mal assim...é uma sensação horrível, você não faz idéia. –falei mordendo forte meu lábio enquanto olhava pra cima na tentativa de conter um choro.

-eu sei que é ruim...mas você não esta mais sozinho nessa Tom, eu estou do seu lado...sempre. –Nay falou me puxando de lado, de modo que eu ficasse na sua frente e ela me envolvesse com seus braços. –sempre...e vai dar tudo certo, viu?! –completou me abraçando forte e depositando um beijo em meu ombro.

Me permiti chorar amparado em seus braços por uns bons minutos, e a mistura do choro, o vento fresco que fazia aquela tarde e os afagos que recebia ali de Nay, foram como um calmante, me deixando mais leve e sereno pra tomar a decisão correta.


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-prontos?! Vocês são os próximos. –disse o organizador entrando mais uma vez no camarim enquanto eu arrumava a alça da minha guitarra e Georg eufórico empurrava Gustav que estava em sua frente.

Respirei fundo e antes de sair do camarim dei uma ultima olhada em Nay que mesmo sem som pronunciou um “eu te amo” pra mim “eu já sabia” falei da mesma forma fazendo Nay rir e me mostrar a língua, “eu também” falei antes de sair.

Enquanto um carinha branquelo de cabelo estranho anunciava a nossa banda, consegui me esticar e dar uma olhada no local, a praia estava lotada, as pessoas gritavam ansiosas pela próxima apresentação, e o sol parecia ter se intensificado, ou poderia ser só o nervosismo mesmo, mas o fato era que eu estava cozinhando naquelas roupas.

Gustav dava pulinhos aflitos e chacoalhava as baquetas, enquanto Georg inspirava e respirava pesadamente, Bill tentava dar um ultimo retoque em seu moicano e eu me abanava de todas as maneiras possíveis. “não pode ser só nervosismo, é a porra desse sol mesm...” pensei sendo interrompido por um grito vindo do branquelo:TOKIO HOTEEEEEL! E vários gritos em seguida.

-BOA SORTE! –gritou Josh aparecendo do nada enquanto nos dirigíamos ao palco. –to muito orgulhoso de você, veado. –disse dando um soco no meu braço antes que eu entrasse.

-calma, ainda nem arrasei. –falei lhe dando um sorriso o vendo rir e assentir em negativo.


Ao pisar no palco a merda do calor se intensificou ainda mais e minhas mãos perderam a estabilidade, segurei firme a guitarra e respirei fundo tentando me controlar enquanto ouvia a contagem feita pelas baquetas de Gustav, logo eu estava tocando os primeiros acordes de Attention, e como em um passe de mágica. Tah, essa expressão foi meio gay, eu sei, mas realmente como se fosse mágica, todo aquele pavor sumiu, e a musica fluiu da melhor maneira possível.


I'm trying to tell you
I'm trying to know you
I'm dying to show you
Fighting to get you

Soon as you got me
You go and drop me
It's cool when you burn me
I love how you hurt me

Oh no
I'll never let you go
Oh no
I hate that i need you so........



Eu estava leve, parecia que absolutamente tudo havia sido apagado da minha mente naquele momento, a banda estava em uma sincronia perfeita, Bill interagia com o publico como nos velhos tempos, Georg agia como se já estivesse super acostumado com situações como essa e Gustav totalmente imerso as suas batidas, enquanto eu observava tudo aquilo com uma paz imensa, eu amava aquilo, sempre amei, só havia me esquecido...propositalmente, o quanto aquilo era importante pra mim.


I'm standing in the pain
That's smothering me
It's more becoming my own blood
You can't you see
That I'm starving for your love
And I need attention
Or I'm gonna die

It's not what you said
It's the way you say it
It's not what you did
It's the way you do it
Sick and tired of needing your affection
I chose to be lonely
Than live without your attention
Attention



Completei o ultimo acorde, e soltei um suspiro aliviado, junto de um imenso sorriso, assim como os demais da banda, enquanto a platéia ia a loucura..sinceramente não sei se eles são educados e fizeram isso com todas as bandas, já que eu não vim bisbilhotar a apresentação de nenhuma, ou se eles gostaram mesmo...to achando que sim, já que um couro se formou gritando alto “Tokio Hotel, Tokio Hotel”...puta que o pariu, como isso é bom, como consegui me esquecer de toda essa sensação.





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Chegamos no camarim e todos estavam completamente eufóricos, todos queriam falar ao mesmo tempo, e riam como idiotas e eu do calor comecei a sentir até frio. Georg com um sorriso de orelha a orelha dizia que ganhando ou não, era isso que ele queria pra ele. A musica! Tendo sua opinião compartilhada pelos demais da banda. Gustav era bajulado por Julinha e Bill por Carla...Nay não sabia se me abanava ou se me esquentava, já que parecia que eu estava na menopausa.

-to muito, muito, muito orgulhosa de você. –Nay disse com seus braços em volta de meu pescoço.

-e olha que nem ganhamos ainda. –brinquei dando um sorriso meio envergonhado.

-a partir do momento em que você subiu naquele palco, você já era um vencedor..não tenha duvidas. –concluiu fazendo carinho em meu rosto e eu a puxei para um beijo.

A ultima banda se apresentou e Josh assumiu as pick ups, dando um gostinho de como seria a festa depois da premiação. O sol já estava indo embora quando finalmente todas as bandas subiram ao palco para o anuncio da banda vencedora.

O branquelo de cabelo esquisito falava e falava e eu não entendia nada, não conseguia me concentrar, apenas balançava o pé compulsivamente enquanto olhava para o chão.

Tanta coisa estava passando por minha cabeça, basicamente um filme de tudo que aconteceu comigo depois que vim pra Austrália, de tudo que eu jamais achei que conseguiria superar e hoje estou aqui...de novo em um festival e extremamente feliz, como jamais achei que conseguiria de novo.

-e o premio de 50.000 dólares e um contrato com a gravadora Universal Music, vai para... –disse o branquelo me tirando de meus devaneios junto de um cutucão de Georg enquanto meu coração ficava extremamente acelerado. -......TOKIO HOTEL!

Gritos surgiram de todos os lados enquanto eu e os garotos não sabíamos se nos abraçávamos, pulávamos ou simplesmente soltávamos todos os palavrões que vinham em mente...resolvemos então fazer tudo ao mesmo tempo.

Recebemos um troféu e um cheque gigante surgiu no palco, como naqueles programas bobos, e eu riria da cena se não estivesse tão atordoado, mal consegui agradecer assim como Georg e Gustav que disseram poucas palavras, já Bill...esse matou as saudades de tagarelar em discursos de agradecimento.




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A festa pós premiação estava fervendo, a praia completamente lotada dançava ao som das pick ups de Josh, ele manda muito bem nisso aí, nunca tinha o visto atuar nessa área, depois tenho que ir parabenizar esse veado.

Gustav, Julinha, Bill e Carla, eram os casais mais grudentos daquele lugar, tanto faz se a praia estivesse cheia ou vazia, eles ocupariam o mesmo pequeno espaço, se amassando sem parar. Georg já estava curtindo os ‘louros da fama’ rodeado de mulheres querendo um pouco de atenção. O sol já havia sumido mas o calor continuava forte, eu devo estar doente, emocionado, sei lá...e Nay? É exatamente isso que estava pensando agora. Cadê a Nay? Melhor ir procurar, antes que alguém Zé mané venha com graça pra cima dela.

Sai andando rápido e meio aéreo enquanto tentava a achar no meio da multidão quando de repente levei um puta esbarrão no braço:
-oooow olha por ond... –falei cortando a frase ao ver que me esbarrei em quem eu procurava.

-nossa que revolta. –Nay disse arqueando uma sobrancelha. -só pode ter levado um pé na bunda. –concluiu debochada exatamente como no dia que nos conhecemos, me segurei pra não rir e conseguir continuar a cena.

 -eu lá sou homem de levar pé na bunda?...Eu posso ser idiota, cafajeste, e um bobo apaixonado, mas não levo pé na bunda........levo? –perguntei fazendo um bico a vendo imitar o meu gesto.

-não. –Nay sussurrou puxando meu rosto pra perto do seu e eu me adiantei lhe dando um beijo calmo, logo separando nossos lábios, lhe depositei um beijo na bochecha antes de lhe abraçar forte.

-sabe qual foi o meu maior premio essa noite? –perguntei num sussurro enquanto desmanchava o nosso abraço e Nay apenas assentiu em negativo. -não foi o cheque, o contrato, ou a superação do meu trauma...foi simplesmente ter você do meu lado. –falei recebendo um sorrisinho envergonhado e emocionado como reação. –quando eu achava que nada mais faria algum sentido pra mim, você apareceu...você tem o dom de fazer tudo ao meu redor ficar melhor...você é o meu melhor, a melhor coisa que podia ter me acontecido Nay. –falei segurando seu rosto vendo uma lagrima escorrer pelo mesmo.

-e você é o meu. –Nay disse encostando sua testa na minha.

-eu te amo....muito! –concluímos juntos.

FIM!


Por: Grasiele | Fonte: x

Things Of Life 2 - Capítulo 22 - That Idiot

Tom Kaulitz

Hoje faltando exatos 1 semana e 3 dias para o Festival de Banda, nós finalmente nos inscrevemos, e estamos prontos pra vencer. Tokio Hotel...todo mundo que ouve acha o nome da banda um tanto quanto estranho, mas nós adoramos e o escolhemos de uma maneira tão, imprevisível, e é isso que importa. Já a música ainda não sei o que vão achar, as meninas da casa estão putas da vida, pois resolvemos deixar o suspense no ar, elas só saberão no dia. Nossos ensaios são lá na escola de musica, a direção assim que soube que nos inscrevemos, deu o maior apoio e cedeu uma das salas para os nossos ensaios.


I scratched your sweet name
Eu arranhei o seu doce nome
Right into my skin
 Bem no meu braço
You left me bleeding
Você me deixou sangrando
But I couldn't give in
Mas eu não podia desistir



Bill sentado em uma cadeira, cantarolava um trecho da música, batucando em suas pernas enquanto nós arrumávamos os instrumentos “como é bom ser vocalista” resmunguei comigo mesmo enquanto afinava a minha guitarra.


Attention. Bill havia composto essa musica no seu curto tempo de fossa, lá na Alemanha, e se eu não tivesse chegado a tempo, o doido tinha mesmo realizado esse trecho da música. Bom, fora isso, a música é linda, eu adorei a letra assim que a li escrita em um dos vários papeis que estavam jogados no chão de seu apartamento, tratei de pegá-lo e guardá-lo antes que fosse para o lixo, e assim que viemos para a Austrália eu tratei de fazer a parte instrumental da musica...mostrei para Bill e ele a principio quis me matar por ter mexido nas coisas dele, mas assim que ouviu a musica mudou sua cara de poucos amigos e cooperou colocando a voz na música. Eu só não imaginava que iríamos usá-la comercialmente um dia, e nem que esse dia chegaria tão rápido. Confesso que apesar da nossa empolgação de ganhar e ajudar o Georg...lembrar do fato de que vou estar novamente em um palco, me trás muitas lembranças que não gostaria de desenterrá-las, e me da calafrios só de pensar.


Melanie


3 dias pra apresentação dos meninos no festival, e essa casa está a maior correria desde a inscrição. Hoje aproveitando que é sexta-feira, os meninos resolveram descansar...descansar dos ensaios, e ir pra balada. Tomei um bom e quentinho banho, vesti um jeans básico, uma blusinha azul marinho com botões que faziam uma linha vertical em toda a frente da mesma e uma sapatinha simples. Como sempre fomos todos juntos pra balada, só que a ‘balada’ mudou de rumo quando no meio do caminho, todo mundo muito lindo, cheiroso e arrumado, fomos pegos de surpresa por um baita temporal. Ai você pergunta “e daí que choveu? Boates tem teto” e eu respondo, NÓS HAVIAMOS IDO A PÉ! Sim, a pé, porque era perto e assim todos podíamos beber e voltarmos sem representar risco a ninguém na rua, só a nós mesmo haha. Bom a questão é que ficamos encharcados e resolvemos virar para o lado oposto e irmos a praia. Idéia de louco? Eu achei, porque sinceramente eu não ando muito no clima de balada, eu só vim porque insistiram, e ainda me vem e chove?! Puta que o pariu. Pensei enquanto sentava na areia molhada..não mais do que eu.


Fiquei sentada observando a animação de todos rindo, gritando e entrando na água, “corajosos” pensei me encolhendo com a água fria da chuva que batia em meu corpo e em questão de segundos me perdi nos meus pensamento..pensamentos esses que me atormentavam já a um bom tempo, pensamento esse que tinha nome e sobrenome e ridiculamente mexia comigo. Tom Kaulitz. No começo me irritava todo o seu jeito convencido e extremamente cafajeste, mas depois que ele se afastou, senti uma falta patética daquilo, senti falta de sentir raiva de sua presença insistindo em algo que eu não queria..não admitia aceitar que eu QUERIA... queria dizer sim, a cada vez que meu corpo se arrepiava com sua perigosa aproximação, a cada vez que me sentia tonta quando sua respiração junto de suas frases provocantes batiam num sussurro em meu ouvido, sentia falta de tudo aquilo que eu neguei...por medo, e orgulho bobo.



-vai ficar ai congelando? –disse Bill sentando-se ao meu lado e me tirando do transe.

-ãã?..não eu...depois eu vou. –falei abraçando os meus joelhos e lhe oferecendo um sorrisinho fraco.

-você sempre deixa tudo pra depois? –Bill disse me olhando de canto de olho.

-o que? –falei quase que inaudível me virando pra ele.

-você sabe. –falou olhando pra frente e eu acompanhei seu olhar que havia ido em direção a Tom.

Abaixei meu olhar, fitando a areia engolindo minhas malditas escolhas.

-sabe...uma coisa que eu aprendi é pensar menos e agir mais, deixar o medo e as duvidas de lado e encarar de peito aberto..seja lá o que me aguarda, pode valer a pena ou não. –deu de ombros. -mas só vou saber se eu fizer. –Bill completou enquanto eu me martirizava por dentro, pelo fato de não ter agido...enquanto meu olhar se perdia entre todos ali se divertindo na água...e engoli seco, ao ver o braço de Tom envolver Nay em um abraço de lado e um sorriso extremamente lindo estampando seu rosto...depois de recuperar o ar que havia sido cortado de meus pulmões, disse fraco para Bill:


-eu já vou. –me levantei e antes que ele se pronunciasse completei. –não se preocupe, é pertinho. –falei lhe jogando um beijo no ar e corri em direção a rua.



Cheguei em casa em poucos minutos, depois de correr como uma louca na chuva, só me faltava um vestido de noiva e gritar ‘porqueeeeeeeeee?’ pra virar logo um dramalhão mexicano. Eu estava me sentindo uma completa idiota, com raiva de mim e do meu geniozinho difícil. Tirei as sapatilhas na porta de casa e entrei totalmente encharcada, sem ligar para a sujeira que estava deixando no chão, passei pela sala e ao avistar uma garrafa de Whiskey que estava pela metade, a peguei e levei para meu quarto...me sentei na cama ainda molhada e me sentindo no fundo da fossa, tomei tudo da garrafa na tentativa de afastar os pensamentos que me consumiam cada vez mais.


Não sei por quanto tempo fiquei ali sozinha, aérea com pensamentos, só sei que despertei assustada com o modo que Tom surgiu no quarto:



-Mel? –ele disse entrando sem bater na porta e com um semblante um tato quanto assustado, e sem me dar tempo de responder qualquer coisa ele continuou. –tá doida de vir sozinha desse jeito? A praia é perto, mas é perigoso garota...vim assim que o Bill falou, deixei o pessoal vir com mais calma. –disse se aproximando enquanto eu sustentava minha cara de nada.

-e desde quando você se importa? –falei seca.

-Mel, do que vo...você bebeu garota? –disse alternando seu olhar entre mim e a garrafa vazia no chão. –você bebeu. –confirmou pra si mesmo. –que que te deu Mel? Seu parafuso folgado, soltou de vez é? –disse se sentando ao meu lado.


Deve ser o efeito do álcool, mas tudo o que Tom dizia desde que entrou no quarto, não passavam de bla bla bla’s sem importância em minha cabeça...a única coisa que eu conseguia pensar de fato era, em todo esse tempo que eu perdi negando algo que eu sabia que queria, e então após as palavras de Bill soarem em minha mente “seja lá o que me aguarda, pode valer a pena ou não..mas só vou saber se eu fizer”...resolvi agir:


-Tom. –falei com a voz baixa fazendo um bico.

-fala. –ele disse ainda me olhando com cara de pai dando sermão.

-vem cá. –falei com o mesmo tom de voz, lhe estendendo as mãos.

Franzinho levemente a testa sem entender, Tom pegou em minhas mãos e se aproximou mais, ficando sentado quase no meio da cama. –to aqui. –sussurrou sem conseguir segurar um meio sorriso ainda confuso.

-é...aonde eu sempre quis. –falei me levantando sobre os joelhos e soltando suas mãos. –sempre quis, mas nunca admiti. –falei sentando em seu colo o olhando nos olhos.  Tom abria e fechava a boca a procura de palavras..que não vinham, então continuei. –eu tinha raiva de te querer. –sussurrei em seu ouvido o vendo se arrepiar. –raiva de ter você nos meus malditos sonhos. –falei começando a desabotoar os botões de cima de minha blusa, tento meu movimentos das mãos seguidos pelos olhos de Tom que parecia estar com a respiração um tanto falha. –mas raiva ainda por ter perdido tanto tempo. –falava agora o encarado e continuando a abrir os botões da blusa que a esta altura já mostrava meu sutiã.


-Mel, não. –Tom disse segurando meu braço me impedido de continuar. – você está...melhor não, Mel.

-pra que esperar mais. –falei pegando rápido em seu pescoço e o puxando para um beijo. Tom a principio hesitou em se mexer, mas logo seus lábios ainda frios da chuva deram espaço a minha língua de encontro a sua, e seus dedos se entrelaçaram em meus cabelos úmido, agarrei seu pescoço com força o puxando para mais perto...o beijo estava se intensificando cada vez mais, mas de uma outra pra outra, aos poucos senti Tom fraquejando seus movimentos e num súbito desgrudou seus lábios dos meus, grudando nossas testas e mantendo os olhos fechados.


- o que foi? –falei tentando controlar a respiração.

-não é certo, eu sou um idiota. –disse soltando o ar pesadamente.

-porque não? eu não estou bêbada, eu sei que eu quero. –falei indignada com as mãos em seu rosto.

-mas.... –começou segurando em meus braços e ainda com o olhar perdido como se estivesse colocando as idéias no lugar completou. -eu não quero. –disse me deixando totalmente sem reação. –me desculpa. -falou tirando devagar minhas mãos de seu rosto.

-Tom. –falei quase que inaudível o encarando ainda confusa enquanto ele me tirava de seu colo.

-desculpa. –falou me dando um beijo na testa e saindo apressado e atordoado do quarto.

Fiquei ali imóvel e fitando a porta já fechada por um bom tempo, tentando digerir tudo o que havia acabado de acontecer. Idiota, era uma palavra que se encaixava pra ambos no momento. Me pus a chorar..chorar compulsivamente, devido aos sentimentos de ódio, vergonha e tantos outros que não conseguia definir no momento...mas apenas uma conclusão é a que me matava mais. Ele percebeu que não era a mim que ele queria.

Por: Grasiele

Things Of Life 2 - Capítulo 21 - Whiskey Poker

Nayara


“50 mil dólares”

Essa bela frase soou para todos nós, da mesma forma “solução dos problemas”.

 Ficamos na praia, a tarde toda conversando com Josh [que cara doido, é uma versão do Tom com um parafuso a menos que o próprio, por incrível que pareça] nos informamos com Josh, sobre todos os detalhes do Festival de Bandas que ira acontecer daqui a exatas 2 semanas...os meninos em comum acordo resolveram participar, e totalmente decididos e empenhados em ganhar para ajudar Georg a reabrir o consultório e racharem o resto da grana entre si...já o contrato eles disseram que não sabem se vão aceitar.

 Sim eles estão crentes que vão ganhar...e eu, não é pra puxar saco não, mas também acho que eles ganham...por mais que eles toquem apenas por hobby, eles mandam super bem, e não podemos esquecer de que temos 2 ex integrantes de uma banda, o que já é uma força a mais. Eles ainda não se inscreveram porque faltam 2 detalhes. Nome da banda e a música pra apresentação...musica essa, que tem que ser inédita, de autoria da banda, na hora achei que isso seria um problema, mas a rápida “conversa” que Tom e Bill tiveram, entre olhares sugestivos lá na praia, deu pra sacar que eles tinham uma carta na manga. Em falar em Tom..estou tão orgulhosa desse garoto, afinal eu sei bem o trauma que ele tem em questão de ‘Show, banda, passado’ e mesmo assim, ele não cogitou em negar participar da banda, só pensou em ajudar o Georg e mais nada.




Bom, hoje está todo mundo em casa, o que é raro pra uma noite de sábado, e pra descontrair vamos jogar Poker. Idéia sugerida pelo Georg e incrementada pelo Tom, já que nós mulheres da casa não aceitamos a idéia do pervertido do Josh. Sim o Josh veio se hospedar aqui até o dia do festival, empurramos ele pro quarto do Georg.

-vamos jogar Poker? Vamos. –dialogou Georg sozinho quebrando o silencio que havia se formado a algum tempo, e foi em direção a mesinha pegar as cartas.

-Strip Poker. –gritou Josh levantando os braços.

-NÃO! –nós mulheres nos manifestamos em uni som.

-nossa. –ele disse se encolhendo no sofá.

-jogar Poker? Eu não consigo jogar nada, não consigo fazer nada desde que soube do Festival gente...será que só eu estou preocupado? –disse Gustav andando de um lado pro outro nos assustando com sua demonstração repentina de desespero e ansiedade.

-relaxa Gustav, ta preocupado com o que exatamente? –disse Tom arqueando fortemente uma sobrancelha e parando de misturar as cartas que Georg o entregou.

-COM TUDO, com tudo, cara..a gente nem tem nome pra banda ainda, eu não paro de pensar nisso, já me veio tanto nome..’Os praianos’ sei lá.

-OS PRAIANOS? –falamos todos juntos ostentando expressões que iam de espanto, a nojo e vontade de rir.

-é melhor parar de pensar Gustav. –Bill falou o olhando um tanto assustado me fazendo rir de sua expressão.

-é sério gente, precisamos de um nome, seus..bando de sossegados.  –Gustav disse meio elétrico. –eu até roubei isso. –disse nos fazendo o olhar rapidamente com os olhos arregalados devido as duas ultimas palavras. –acho que nem vão sentir falta. –ele falou trazendo uma caixa de madeira em sua mão.

-primeiro se faz de nerd, depois o pegador da praia, depois o metaleiro..agora isso Shäfer?! –Tom disse encarando Gustav com os olhos semicerrados fingindo uma reprovação e indignação nos fazendo rir.

–cala a boca Tom, deixa eu explicar. –Gustav disse sentando no sofá. –peguei está caixa lá na biblioteca da faculdade, ela tem varias palavras. –ele disse tirando um papelzinho branco escrito ‘uva’ e continuou. –pensei que, já que não conseguimos entrar em um acordo para o nome da banda....

-também...Os Praianos. –disse Josh gargalhando nos fazendo rir também.

-HAHA MUITO ENGRAÇADO. –Gustav disse com cara de poucos amigos.
-calma meu lindo, é brincadeira. –disse Julinha apertando a bochecha de Gustav. –esse “os praianos” também foi brincadeira da sua parte né?! –ela sussurrou com cara de ‘que nome pobre’ nos fazendo rir de novo. –brincadeira, não resisti. –falou dando-lhe um beijinho no bico emburrado de Gustav.

-bom, CONTINUANDO. –Gustav disse mexendo na caixa. –como não chegamos em um acordo para o nome, achei que poderíamos sei lá, usar essa caixa e sortear palavras pra ver se temos uma idéia e...
-e se sair “Os Praianos” ai de dentro? Que que a gente faz? –Tom disse nos fazendo explodir de rir. Ai cara, dessa vez eu chorei.

-não, agora é serio. –disse Georg fazendo sinal com as mãos para que ficássemos quietos, enquanto ele tentava voltar a respirar normalmente. –pode dar certo gente..é claro que se sair nomes sem sentido, ou bizarros tipo “Uva Feliz” a gente descarta, tenta outra coisa, pode dar certo. –completou e depois de um breve silencio, todos concordaram.
-e quem vai sortear a primeira palavra? –disse Gustav contente batucando na caixa.

-a Mel, a mais quietinha da noite. –disse Georg pegando em sua mão a ajudando a levantar do tapete.

-vai lá Mel, não nos decepcione. –disse Gustav chacoalhando a caixa antes de Mel pegar.
-Tokio. –Mel disse franzindo a testa enquanto lia o papel que havia pegado.

-Tokio?! –disse Bill pra si mesmo. –acho que essa idéia não vai dar muito certo.

-é Mel você não deu muita sorte não.  –disse Josh assentindo em negativo enquanto a puxava pelo braço para voltar ao seu lugar.

-vá te catar. –ela disse boquiaberta tentando não rir.

-acho que ta faltando um tempero da sorte. –disse Tom nos fazendo o olhar confusos. –é gente, ALCOOL. –completou nos fazendo revirar os olhos. –sério, depois a gente tenta formar um nome ai. –falou enquanto arrumava sua faixa na cabeça. -vamos ao Poker.

-e o álcool aonde entra? –disse Mel arqueando uma sobrancelha.
-hum danadinha, sabia que você era chegada em uma birita. –disse Tom semicerrando os olhos, levando um tapa de Mel como resposta. –todos aqui sabem jogar Poker não é? –Tom disse nos vendo assentir em positivo. –mas não tão bem quanto eu. –falou fazendo sua esperada carinha de ‘sou foda’ nos fazendo revirar os olhos. –então...todos que forem perdendo as rodadas terão que tomar uma dose de....

-Whiskey. –disse Georg levantando de imediato indo atrás de uma garrafa.

-isso...vai que de mais sorte no sorteio das palavras depois. –completou Tom.

-vocês estão é querendo embebedar a gente...não sei não. –falei os olhando desconfiada.

-querendo aproveitar da nossa inocência. –disse Mel imitando meu gesto.

-nos bulinar sem que nós lembremos amanha.  –completou Julinha com a mesma encenação.

-ninguém te bulinará meu bem, só eu. –Gustav disse arqueando as sobrancelhas pra Julinha.

-se vocês estão com tanto medo assim de perder pra mim, tudo bem, agente pensa em outra coisa. –Tom disse entortando a boca enquanto arrumava as cartas em suas mãos.

-aaaaté parece. –Mel disse debochada.

-preparem-se para perder. –falei arqueando uma sobrancelha.
Então o jogo começou...1..4..7 rodadas e 4 vitórias minhas, eu sou demais, e a mais sóbrio daqui, então estou rindo muito das besteiras que estão sendo ditas, alias todos estão rindo, mas só eu me lembrarei amanha e os zoarei pelas perolas ditas, pelo resto de seus dias. Me senti uma demoniazinha agora.

-vocês não canção de perder não é? Eu cansei de ganhar, seu fracos. –falei após a minha 5° vitória.

-não vale Nay. –protestou Tom apontando o dedo cachaceiro em minha direção.. -eu não..não sabia que você era bbboa..quer dizer, boa no Poker né, porque na ca...

-shhhh quieto. –o interrompi dando lhe um cutucão.

-aain minha costela, sua ruiiim. –falou fazendo bico.

-cala a boca e bebe. –falei lhe entregando mais uma dose de Whiskey.

-ta querendo me embebedar né?! –ele disse pegando o copo e me olhando de rabo de olho, me segurei pra não rir. –ta querendo tirar a minha inocêêênciaaaa. –falou passando o dedo na borda do copo, não agüentei, tive que rir da cena.

- é né, já que a Mel não quer tirar. –disse Gustav, levando um tapa de Julinha e levando uma bronca que não consegui ouvir.

Mel não sabia aonde enfiar a cara, muito menos eu, e até Tom ficou sem jeito depois dessa.


Esses dois ainda estavam na mesma, cheios de dedos na hora de se falarem, e olhares desconfortáveis. Depois de tantos foras recebidos por Mel, Tom ficou um tanto cismado em chegar de novo, as vezes acho que ele compara isso a lembrança que tem de Bia, que tanto fugiu dele e acabou o encantando completamente, acho que ele esta com medo de ter se apaixonado de novo, sei lá, ele anda tão confuso, que está me confundindo também, só sei que eles não param de se flertar a base de olhares, mas não passam disso. Mel por sua vez parece estar um tanto arrependida de não ter lhe dado uma chance, mas é teimosa de mais para dar o braço a torcer, ou tomar alguma iniciativa. Já eu...torço pra felicidade dele...mesmo que...seja ao lado dela, veremos no que vai dar.


-err vamos ao sorteio, então. –disse Bill tentando fazer o ‘mau estar’ causado pelo comentário de Gustav, passar.

-vamos. –disse Carla engatinhando por cima de Bill para pegar a caixinha de madeira, recebendo um selinho de Bill em seu bumbum. –BILL! -disse Carla envergonhada se arrumando novamente eu seu lugar.

-que foi? –disse Bill na maior cara de pau. O que o álcool não faz hein.

 -quem sorteia? Eu sorteio! –disse Tom e assim o fez sem esperar qualquer tipo de protesto.-Hotel. –disse após tirar o papelzinho. –nem pra ser ‘Motel’. –disse fazendo um bico de lado.

-ai que lindo seria “Tokio Motel”. –falei debochada.

-Tokio? –disse Julinha com cara de interrogação.

-é...foi a primeira palavra sorteada. –disse Mel com cara de ‘dã’.

-nossa, nem lembrava. –disse Julinha com a voz meio grogue e cara de boba nos fazendo rir.

-então vai ser isso? Tokio Motel? –disse Josh.

-não, HOTEL. –falei franzindo a testa.

-Motel é mais divertido. –disse Tom olhando pro nada.

-é. –concordou Georg com um sorrisinho de lado.

-não, que horror, meu branquinho não vai tocar em Motel nenhum. –reclamou Carla abraçando Bill de lado o fazendo rir.

-vão querer sortear mais alguma coisa? –disse Gustav pegando a caixa.
-não, um hotel em Tókio, já ta mais do que bom. –disse Julinha nos fazendo a olhar com cara de ‘o que?’.

-tadinha, tão fraca pra bebida. –disse Gustav a abraçando de lado e lhe dando tapinhas no ombro.

-dois nomes já está bom! –disse Georg escorregando as costas na parte frontal do sofá ficando praticamente deitado no tapete depois de dar um baita arroto nos fazendo o olhar de canto de olho.

-porco. –dissemos juntas Mel, Carla e eu.

-então é isso?! –disse Josh novamente.

-é..vai ficar um nome interessante...engraçado que a gente sempre quis conhecer Tókio, né Bill?! –Tom disse apontando para o mesmo.
-é verdade. –Bill disse dando um sorriso fofo.

-cada japinha delicia que eu via na net. –Tom disse fazendo nós meninas revirarmos os olhos. –é isso, Tokio Hotel. –falou fazendo um gesto com as mãos como se pegasse em um letreiro.

-legal...todos concordam não é?! –disse Georg olhando todos assentirem em positivo. -só espero que amanha alguém lembre do nome. –completou rindo.

-pode deixar que eu lembro. –falei rindo. –Tokio Hotel.

Por: Grasiele

Things Of Life 2 - Capítulo 20 - Conversations and Encounters

Tom Kaulitz

“eu preciso pensar” e a partir dessa frase ,foi o que eu mais fiz durante todos esses dias, analisando fatos e sentimentos absurdamente misturados em minha mente...eu precisava resolver isso mais cedo ou mais tarde, mas sem me precipitar, evitar os riscos de me arrepender por escolhas súbitas e mal analisadas...escolha essa que ainda estava indecisa em minha mente, mas espero que se esclareça logo.

E pelo visto não sou só eu que estou querendo esclarecer algo...

Carla que até então parecia muito feliz e decidida a ficar com meu irmão, anda meio balançada...ou com pena, não sei..só sei que o fato do Georg estar mal, também a deixa mal e um tanto confusa com toda a situação...tão confusa que a suja veio falar aqui com o mau lavado:


-mas você ainda gosta do Georg Cah? Ou é só remorso? Porque se for isso cara..na boa...não tem coisa pior do que alguém estar com você por pena. –eu falava sentado na beira da piscina com uma garrafa d’água na mão enquanto Carla sentada próxima a mim, me ouvia com os olhos voltados ao chão. –eu sei...assim sei por alto. –falei rindo. –que vocês tiveram uma história forte e tal, mas se o amor acabou, por parte sua, a história acaba ai também..sabe que quando um não quer dois não brigam e nem....né. –falei fazendo um gesto que ela rapidamente entendeu me dando um belo tapa no braço. –eeei não bate no psicólogo não, que a consulta sai mais cara. –falei alisando meu braço a fazendo rir.

-Toom, caramba...é sério. –ela disse com cara de piedade.

-é sério...conversa com ele, esclarece as coisas na boa...poxa, mesmo depois de vocês terminarem vocês continuaram amigos...coloridos. –falei levando um cutucam. -o que não da mais né, já que você está com o Bill e ele é muito egoísta pra essas coisas..não gosta de dividir.

-aah e você gosta? –perguntou debochada.

-err..de dividir não, mas de ser dividido até que é bom. –falei dando um sorriso de lado.

-safado. –ela falou rindo e sentindo em negativo, ficando quieta e soltando um longo suspiro em seguida. –aain Tom, eu não sei o que fazer. –choramingou jogando a cabeça pra trás.

“somos dois” pensei, mas resolvi não comentar..afinal a ‘seção’ aqui era com ela.
-Cah...apenas se pergunte, quem você quer ao seu lado como amigo, e quem você quer como parceiro de cam...

-Toooooom. –o tapa no meu braço doeu tanto quanto o grito fino entrando em meu ouvido.

-aaaaaaaaaaaai Cah, caramba, to brincando. –falei passando a mão no braço. –relaxa. –falei arqueando uma sobrancelha. –respira....relaxa..e pensa. –falei fazendo gesto de ‘calma’ com as mãos. –pensa se você ainda ama o Georg, ou se só esta se sentindo mal por ter lhe dado um puta fora. –falei rindo e levando outro tapa.

-não da pra conversar com você, Kaulitz. –ela disse semicerrando os olhos e eu fiz um bico me fingindo ofendido.

-não tenho culpa se você procurou o psicólogo errado da casa. –falei com os olhos semicerrados e cara de ‘dãã’. –mas já que veio, escuta calada.....brincadeira. –falei rindo e me esquivando de outro tapa. –sério....não deixa o carinho que você ainda sente pelo Georg, se transformar em pena...não faça nada por pena, não se culpe por não querer mais ter uma relação com ele e sim com o Bill...não se culpe pela relação de vocês não ter dado certo...e se você quer mesmo o Bill, mas não quer magoar mais o Ge...fala com ele, conversa numa boa..tente se entender e acabar com todo esse clima chato...tentem reviver e dar mais valor a o carinho e respeito que vocês sentiam um pelo outro...voltem a ser amigos, e tente o ajudar a ver que assim como você, ele pode achar outro alguém que o faça feliz...mas que nem por isso vocês precisam se distanciar. –conclui a vendo fitar o nada com uma cara engraçada e depois de um silencio absoluto ela disse ainda meio..pasma.

-quem é você? E o que fez com o sem noção do Tom Kaulitz?!

-falei bonito né? putz as vezes até eu me surpreendo com o quanto eu sou foda e...

-ok, o Tom voltou. –ela disse revirando os olhos me fazendo rir.

-NÃO VÃO JANTAR NÃO ÔÔ CAMBADA DE VAGABUNDO?! –berrou Julinha encostada na porta.

-TA FOLGAAAADA HEEEIN AGREGADA. –berrei de volta recebendo um gesto nada educado da parte de Julinha fazendo Carla rir. –MENIIIINAAA. – a repreendi rindo também.

-vamos Tom. –Carla falou levantando sendo seguida por mim. –obrigado pela força. –ela falou me oferecendo um sorrisinho enquanto andávamos até a porta.

-imagina cunhada, qualquer coisa pode falar. –falei a abraçando de lado.



TENSO. Essa foi a palavra que reinou desde a ultima terça-feira, quando o consultório do Georg foi assaltado, mas graças a Deus ninguém saiu ferido, ouve apenas prejuízo...muito prejuízo, todos os aparelhos novos que Georg havia e mal começado a pagar foram roubados, o obrigando a fechar por tempo indefinido o consultório. Georg ficou muito triste, claro, mas recebeu o apoio de todos nós, e estamos pensando em como o ajudar, não só dando força, mas o ajudar a reabrir o consultório também.
Graças a esse episódio, Carla e Georg se reaproximaram, conversaram muito e finalmente se entenderam, voltando a serem amigos, e confidentes como eram...mas apenas amigos...sem ressentimento.


Quatro palavras: puta sol da porra. Pensei com os olhos semicerrados enquanto limpava a lente do meu óculos escuro, na barra da minha bermuda.

Hoje todos resolvemos ir a praia torrar um pouco, mas pelo visto vamos torrar muito, porque o calor está demais. Gustav e Julinha não saem da água desde que chegaram, vão sair de lá enrugados. Bill entupido de protetor se apossou de um guarda sol e ninguém o tira de lá. Nay super protetora ta passando protetor solar no Georg pela 3° vez, enquanto fofoca com Carla e Mel  sentadas em suas cangas.

-vou ver se encontro um sorveteiro e arrasto pra cá. –falei ajeitando meu óculos ouvindo um ‘aêêêê’ de todos como resposta e me virei batendo bruscamente em um cara que vinha atrás de mim.

-desculpa. –falei meio tonto e ao olhar pra cara do ser que eu esbarrei eu quase não acreditei no que vi. –JOSH? –falei com os olhos arregalados.
-AH NÃO....TOM?

-Josh...filho da puta. –falei o puxando pra um abraçado enquanto todos nos olhavam com cara de ‘mais que porra é essa?’.

-Tom, seu veado, desgraçado, cê ta vivo, vagabundo. –Josh demonstrava todo seu carinho por mim com um sorriso de orelha a orelha assim como eu.

-porra Josh, seu prostituto, o que você ta fazendo aqui, mano? não acredito. –falei dando-lhe um tapão no ombro.

-eeeita e haaaaja elogio. –disse Nay fazendo os outros rirem.

-porra, quem não acredita sou eu e...-Josh parou ao avistar Bill se levantando de sua cadeira. –AH BILL, seu corno, vem cá.

-putz..corno não. –sussurrei pra Josh fazendo uma careta e ele entendendo o recado fez cara de ‘falei merda’.

-aaah foda-se..maaanoooo, não acredito. –Josh disse indo em direção a Bill.

-Joooosh, veado do cacete, é você mesmo?! –Bill disse o abraçando.

 -cara que doidera. –falei comigo mesmo enquanto riamos que nem idiotas.

Ao notarmos a cara de todo mundo tentando entender alguma coisa, chamei Josh e o apresentei aos demais, Gustav e Julinha chegaram em seguida rindo do que viram meio de longe e tentando entender também.

-gente esse é o Josh.

-aham...veado. –disse Carla.

-filho da puta. –disse Nay.

- e prostituto. –completou Mel enquanto riamos.

-também. –falei ainda rindo. –bom, além de tudo isso, ele era o baixista da nossa ex banda.

[Sim, eu já havia contado a todos sobre a banda que tínhamos na Alemanha..alias, eu não..Bill tagarela que contou, e eu confirmei, afinal...chega de esconder o passado]

-o ex baixista mais foda, da ex banda mais foda da Alemanha ,diga-se de passagem. –Josh falou colocando a mão no peito e fazendo cara de ‘é...sou foda’..pobre iludido.

-a humildade alemã me fascina. –Nay disse revirando os olhos nos fazendo rir.

-Josh..a engraçadinha aqui é a Nay...essa é a Mel, essa outra aqui é a cunhada, Carla. –falei apontado pra Carla.

-huummmm. –Josh falava alternando o olhar entre Carla e Bill, fazendo Carla corar enquanto riamos.

-tira o olho, ô puto. –Bill falou dando um tapa em Josh.

-agora os marmanjos....opah, faltou a Julinha. –corrigi depois de receber um olhar fulminante da mesma que saia de baixo do guarda sol, com uma toalha nas mãos.

-obrigado Tom, também te amo. –disse Julinha entregando a toalha para Gustav.

-o minha linda, desculpa. –falei fazendo bico.

-não desculpa não, lindinha. –disse Josh com cara de bicha desdenhosa. –esse sujeitinho não tem coração. –falou pegando em meu ombro. –não sabe como tratar uma dama...vocês viram que ele me abandonou –completou baixando a bicha louca.

-iiih começou a viadagem. –disse Bill arqueando a sobrancelha.

-o Josh...quantas vezes tenho que te falar pra não expor assim a nossa vida...roupa suja se lava em casa, bicha despeitada. –falei entre os dentes, me fingindo indignado enquanto todos gargalhavam. –agora é sério, ess...

-como assim ‘agora é sério’? E eu? eu não sou algo sério na sua vida é? É assim que você me trata depois de tanto tempo longe desse corpinho lindo?! –Josh disparou a dizer com as mãos nas cadeiras.

-cala a boca. –falei tentando parar de rir. –deixa eu terminar...esse é o Gustav, namorado da Julinha....e esse é o Georg, irmão da Nay. –terminei finalmente as apresentações enquanto Georg cumprimentava Josh, por fim.

-mas cara..sério agora..

-aaah agoraaa é sérioo? –falei interrompendo Josh com as mãos nos quadris o imitando minutos atrás fazendo todos rirem de novo.

-é...o Humberto tinha comentado uma vez que você tava morando na Austrália, mas nunca imaginei que poderia te encontrar, e nem que o Bill também tinha vindo pra cá e...

-e você?...nossa, nunca  imaginei te reencontrar, AQUI. –disse Bill.
-é..o que você ta fazendo aqui?

-aah então. –Josh disse batendo uma palma. –tão sabendo do festival que vai rolar aqui na praia né?!

-não. –Bill e eu dissemos juntos franzindo a testa.

-eu to. –disse Nay dando um sorrisinho.

-menina inteligente. –disse Josh. –então...eu sou amigo do organizador do evento, e sendo eu DJ..desde que a banda acabou.

-hum que legal. –comentou Mel.

-poisé, tenho muitos talentos. –disse Josh me fazendo revirar os olhos. –voltando...o cara me convidou pra agitar a festa que vai ter depois da premiação.

-premiação? –perguntei junto com Georg.

-sim, será um festival de bandas, onde a banda vencedora recebera 50 mil dólares e um contrato com uma gravadora.

’50...mil...dólares’ soavam em minha mente como ‘a solução do problema’ e pelo que notei, soou também, na mente de todos presentes, exceto Josh que não estava entendendo a nossa reação.

-50 mil dólares?! –indaguei com as sobrancelhas arqueadas.

Por: Grasiele

Things Of Life 2 - Capítulo 19 - Confused

Tom Kaulitz

Algumas semanas se passaram depois daquele dia conturbado, e com isso datas foram comemoradas. Gustav e Julinha completaram..não sei quantos meses de namoro, Gustav preparou uma festinha surpresa aqui na casa..mas quem ficou de queixo caído foi ele, assim que viu a bateria que Julinha comprou pra ele de presente..e que bateria, até eu fiquei de queixo caído. As surpresas não acabaram por ai...a festa rolava a todo vapor na sala e quintal e eu sem querer, peguei Bill e Carla aos beijos no corredor...é, agora sei porque Bill nem tocou no assunto sobre voltar pra casa, e porque Georg vive emburrado pelos cantos..perdeu meu amigo, mas vai ai um consolo...perdeu pra um Kaulitz, é mais digno do que perder pra qualquer um.

Agora com a bateria de Gustav na área, nossas “reuniões de fim de noite” ficaram mais animadas, e dou graças a Deus por não ter mais que ouvir o Gustav batucar panelas pra não se sentir excluído quando eu e Georg tocávamos e Bill chegou pra completar cantando, o que até Nay fazia as vezes, ela canta bem, mas é marrenta e só canta quando estava com vontade. Chata, linda!

Carla e Mel ficam só olhando e batendo palmas, não se arriscavam nem a cantarolar nada. Mel..a minha relação com ela depois daquele dia por incrível que pareça ficou mais tranqüila, mais amigável...eu resolvi dar um tempo nas investidas, sei lá, eu havia ficado muito atordoado, e não estava gostando nada disso, então meio que começamos do zero..conversávamos civilizadamente, sem muitas gracinhas ou grandes aproximidades, o que nem por isso estava me deixando completamente bem, ou simplesmente a vontade com tudo isso, fora que pra completar a Nay tava me maltratando...desse jeito fica difícil:


-Nay fala sério, só você pra me deixar com tesão, usando uma lingerie bege. –falei entrando em seu quarto depois de educadamente bater na porta..é, aprendi!

-besta! –disse Nay entre risos apenas de shortinho jeans e sutiã enquanto encarava o espelho ajustando o fecho frontal de seu sutiã.

-vai aonde toda cheirosa? –falei dando um beijinho em seu pescoço a fazendo se encolher de leve.

-voou na casa da Lary fazer um trabalho da facul. –respondeu concentrada no cós de seu short enquanto eu me concentrava na imagem de seu corpo refletida no espelho.

-não seria melhor ficar aqui pra nós fazermos um trabalho mais divertido? –propus a abraçando por trás e a fitando por cima de seus ombros pelo reflexo do espelho, a vendo sorrir de lado e se dirigir ao meu ouvido, me arrepiando com sua respiração tão próxima.

-não. –ela sussurrou em meu ouvido.

-NÃO? –indaguei boquiaberto me fingindo indignado a fazendo rir mais.

-é...eu preciso muito da nota desse trabalho da facul. –ela falou se virando pra mim e semicerrando os olhos continuou. –e convenhamos que nesse “trabalho” que você propôs...a minha nota é sempre a melhor. –concluiu falhando por um segundo minha respiração.

-propus exatamente por isso. –falei quase inaudível enquanto a puxava para um beijo calmo a pressionando contra a penteadeira aprofundando o beijo...tava tudo muito quente e ótimo até que fiz menção de abaixar a alça de seu sutiã e fui empurrado com um certo esforço.

-Naaay. –protestei tentando recuperar o fôlego enquanto ela escapava de meus braços.

-o trabalho me espera. –ela disse vestindo rápido uma regatinha branca que não sei aonde ela achou essa maldita.

-e eu? –falei abrindo os braços indignado. –vai me deixar assim? Na mão? –falei a vendo se aproximar novamente, e me dando um demorado selinho, Nay pegou minha mão e junto a sua a pousou em cima de minhas partes intimas por cima de minhas calças...se dirigiu ao meu ouvido e sussurrou:

-literalmente. –logo saindo do quarto correndo e rindo.

-aaah filha da mãe. –falei incrédulo fitando a porta.





E assim segui meus seguintes dias, atordoado, confuso e maltratado.

A noite estava totalmente agradável, fazia bastante calor, e todos nós resolvemos ficar na piscina nos divertindo e jogando conversa fora.  Já eram 22:30 quando todos resolveram sair da piscina, eu optei por ficar mais um pouco, fazia um tempo que eu não ficava sozinho, na companhia de meus pensamentos..e pelo jeito, iria ficar mais um tempo, pois senti alguém se aproximando:

-Tom?! –Nay disse quase que inaudível se aproximando de mim.

-oi. –falei no mesmo tom, abrindo um sorrisinho de lado.

-como é que está meu paciente? –ela disse envolvendo os braços em meus quadris e eu abracei seus ombros.

-indo. –falei depositando um beijinho em sua testa.

-indo bem, ou mal? –ela disse enrugando o nariz me fazendo rir enquanto roçava a ponta de meu nariz do dela.

 -não sei. –falei num sopro fraco olhando para baixo enquanto colava minha testa na sua, ficando um pouco em silencio.

 –confuso. –falamos juntos rindo em seguida logo ficando em silencio de novo.

Nay depositou um beijo carinhoso e molhado em minha bochecha e deitou a cabeça em meu peito enquanto ajeitava os braços em minha volta me fazendo automaticamente a abraçar mais forte.

 –ela mexeu com você né? –Nay disse quebrando o silencio enquanto com uma das mãos, despejava água em meu braço, o acariciando em seguida.

-não sei.-respondi fitando o nada.

-mexeu. –afirmou respirando fundo. –mexeu e você ta com medo de assumir isso pra si mesmo...bobo.

-Nay eu.... – falei respirando pesadamente. -não sei, eu to muito confuso cara...com tudo, tudo.

-porque Tom? pra que?....que mal a em estar gostando de alguém de novo? –disse se afastando pra me encarar.

-Nay eu não sei se to gostando, ou se... –falei dando de ombros. -sei lá....droga.

-bobo. –ela falou rindo.

-Nay. –a repreendi tentando não rir também.

-ta parecendo um pré-adolescente, Tom. –falou assentindo em negativo.

-e você ta falando como se fosse fácil. –falei sério.

-é a função de um psicólogo. –ela disse seria assentindo em positivo me fazendo rir involuntariamente.

-chata. –falei a puxando pra mais um abraço e depositando um beijo em sua cabeça.

 -vai..atrás dela. –Nay falou com a voz fraca.

-não. –falei de imediato. –eu preciso de um tempo...pra pensar, pra tentar entender tudo. –preciso saber o que eu realmente quero. –falei respirando pesadamente.

-você que sabe. –falou depois de um tempo. –e sabe que pode sempre contar comigo não é?!

-sempre. –sussurrei com a cabeça encostada na sua. –consultas grátis é o que há. –falei quebrando um silencio que pretendia se formar, a fazendo rir.

-olha que um dia eu vou cobrar hein.

-pode cobrar o que quiser...tudo pra ter você sempre comigo. –falei a sentindo me abraçar mais forte.

-te amo sabia?

-sabia. –falei convencido levando um tapa em seguida. –eu também...minha linda.

Por: Grasiele

Things Of Life 2 - Capítulo 18 - Is Not My Day

Tom Kaulitz

Um mês, UM MÊS se passou desde a chegada de Melanie aqui na casa, e nada, NADA rolou ainda...ê bichinha do mato mais difícil viu, achei que ela tinha dado uma balançada depois daquele dia no banheiro dela, mas ela se ‘equilibrou’ alguns minutos depois, ficando totalmente firme de seu “não” para cada aproximação que eu tentava fazer...é, já to começando a achar que tenho MESMO cara de ninfomaníaco/tarado/psicopata.

-Bom dia! –falei NORMALMENTE entrando na cozinha...fazendo não sei porque, Melanie que estava deixando algo na pia, dar um pulinho de susto. –louca. –falei comigo mesmo e praticamente inaudível.

-o que você disse? –Mel falou semicerrando os olhos.

-roupa...esqueci de mandar a minha pra lavanderia hoje. –falei indo em direção ao armário, ouvindo um ‘aah ta’ de Mel. Peguei um copo, e o bati na mesa fazendo assim algum barulho naquela casa tão silenciosa, e fazendo Mel dar mais um pulinho...essa menina ta devendo, só pode, pensei e segurei para não rir. –nossa...que silencio, só tem a gente aqui? –perguntei passando por ela pra pegar uma faca.

-é, só. –ela disse seca.

- caramba, to tão atrasado assim?! –me questionei olhando para a gaveta de talheres.

–se está tão atrasado assim, porque não vai logo?

-se está tão incomodada com a minha presença, porque não corre logo? –falei soltando um risinho sarcástico, logo completando. –antes que eu te ataque não é?!

-você não seria louco. –Mel disse também sorrindo debochada e olhando tranquilamente suas unhas encostada na mesa próxima a mim.

-não diria louco..quem sabe..tarado..não é o que você pensa de mim?!

- ninfomaníaco, eu diria.

-irresistível, eu diria.

-sonhador, eu diria. –ela falou gargalhando.

-sabe o que eu diria. –falei me virando e a encarando. -alias o que eu prevejo....

-uuuh. –ela disse me interrompendo com uma cara sarcástica de ‘que poderoso’.

-vai rindo. –falei a fitando profundamente e me aproximando mais. –não dou mais que alguns meses pra VOCÊ vir por conta própria até mim. –completei a vendo gargalhar.

-essa foi boa. –ela falou batendo palmas. -seus encantos não me causam efeito, Tom Kaulitz.

-ah não?! –falei rindo de canto e estreitando ainda mais nossa pequena distancia.

-Não! –Mel respondeu com rispidez me encarando.

-não é o que parece. -falei ainda a fitando e encostando nossos narizes e passando lentamente minha mão em sua fina cintura por cima da blusa, logo percebendo seus pelinhos se arrepiarem. –ou você esta com frio?! –falei soltando um riso fraco afastando meu rosto do seu e mordendo meu lábio. -...mas nesse calor? –sussurrei em seu ouvido fazendo-a se encolher pra lado oposto.

-é, tem razão. –ela disse respirando fundo e segurando meu braço. –você me causa efeito sim. –ela disse me encarando. –REPULSA! –falou ríspida tirando meu braço de sua cintura com força, logo me empurrando e saindo as pressas da cozinha, deixando um ser muito puto, para trás....EU!


A raiva e a frustração por levar mais um fora dela, estava me consumindo o dia inteiro, não consegui tomar meu café antes de ir para a escola de musica, e as malditas horas trancado na sala da mesma, não estava me ajudando nem um pouco..não sei como estava conseguindo explicar alguma coisa, as palavras saiam automaticamente sem serem processadas com calma. Será que as alunas estão entendendo alguma coisa hoje?...FODA-SE! Estava puto demais para me importar com qualquer coisa hoje.

Batia a caneta na mesa a uns..sei lá, 10 minutos, olhando para o nada, enquanto as alunas faziam um exercícios que passei...joguei o corpo pra trás enfurecido..e entediado me esparramando na cadeira quando parei meus olhos em Paula..uma das varias alunas que levam com sigo tatuado na testa a frase “daria tudo pra dar pra você, professor”.

Paula era linda, olhos azuis, cabelos longos e loiro escuro, um corpo cheio de belas curvas de deixar qualquer um louco, ainda mais com esses shortinhos e blusinhas que ela vem pras aulas...tão fáceis de tirar...mas mesmo assim, eu nunca quis nada, quer dizer..sempre me controlei muito bem, pois não quero encrenca no meu trabalho. Mas hoje, o pouco da sanidade que me restava...acabou de dizer tchau!


-PAULA! –a chamei com um tom de voz um tanto auto o que fez a sala inteira olhar. –preciso conversar com você sobre a sua matricula.
–falei levantando e a chamando com a mão. De onde tirei essa desculpa? Sei lá.


Paula veio com um olhar confuso que perdi de vista quando sai da sala sem a esperar, andei corredor a fora conferindo se o mesmo estava vazio, logo sentindo a presença de Paula se aproximar:


-o que foi professor? Não entendi, minhas mensalidades estão em di... –não a deixei terminar a puxando pelo braço e a prensando na parede a deixando um tanto asustada.

-eu sei,calma. –sussurrei a fitando com o rosto muito próximo ao seu. –não tenho nada pra reclamar de você...você é uma boa aluna. –falei a fitando agora com malicia. –mas será que, em tudo?

–sussurrei agora em seu ouvido ouvindo uma fraca risada de sua parte.
-só ensinando pra saber.

-então se esforce porque essa aula não terá segunda chamada. –falei a puxando pra dentro do banheiro feminino, que por sorte não havia ninguém. Amanha quando minha sanidade voltar agradecerei por isso.


Fechei a porta do banheiro com o pé enquanto nos beijávamos desesperadamente, a encostei na pia a fazendo se encolher um pouco com a temperatura gélida da mesma, muito diferente de nossos corpos naquele momento.

Minhas mãos passeavam por baixo de sua blusinha rosa, a levantando cada vez mais enquanto Paula agarrava forte em meu pescoço e vez ou outra, passava de leve suas unhas no local. Estava indo tudo muito bem, até que a imagem de um dos vários foras que recebi de Mel, me venho em mente, me deixando extremamente nervoso. Mordi com força o lábio inferior de Paula, como numa tentativa de afastar aquela imagem e me concentrar ali, ela soltou um gemido de dor e logo pude senti um gosto de sangue, como conseqüência da mordida.

-desculpa. –sussurrei ainda de olhos fechados, respirando descompassadamente e posando minha mão em seu rosto.

-vai ter que me compensar por isso. –ela disse me fazendo abrir os olhos e encontrar seu olhar perverso.

-é você que vai ter que provar ser capaz de tudo que você insinuava com o olhar nesses meses todos. –falei logo tendo meu lábio puxado em uma forte mordida, mas sem sangue dessa vez.



Logo os amassos recomeçaram e os beijos, chupões e mordidas se intensificavam a cada peça de roupa que era tirada de ambos...ver aquele shortinho jeans deslizar por aquelas coxas torneadas, fez meu dia valer a pena pela primeira vez desde que levantei da cama hoje. Paula pulou em meu colo entrelaçando as pernas em volta de meu quadril apenas de calcinha e sutiã, esse que foi tirado as pressas enquanto eu nos dirigia a caminho de uma das cabines do banheiro, afinal eu já estava me arriscando demais ali com aquela porta principal apenas encostada.

Devidamente trancados na cabine, tive minha boxer preta arrancada com os dentes por Paula. Sanidade? O que é isso? Eu não sei! Não depois de receber um dos olhares mais maliciosos que me lembro ter visto..e olha que já presenciei muitos.

Mas como hoje o dia nasceu pra tirar uma com a minha cara, mais uma vez..JUSTO AGORA, Mel surgiu em minha mente de novo, me deixando possesso, tanto que sem mal me dar conta, puxei Paula pelo braços com força, a trazendo para cima e tirando-lhe as pressas a única peça que lhe sobrava, e a penetrei sem aviso previu ou simplesmente gentileza, com a insana intenção de tirar a imagem de Mel de minha cabeça...senti a parede estremecer com tamanha foi a minha força que investir, tão forte quanto suas unhas cravando em minhas costas, afundei meu rosto em seu pescoço na tentativa de abafar os gemidos e com os olhos fechados bem forte tentava ‘bloquear’ meus pensamentos que teimavam em ir de encontro ao rosto de Mel.

Beijava Paula enlouquecidamente, tendo o beijo retribuído na mesma intensidade.
“maldita” pensava com raiva toda vez que Mel teimava em aparecer em minha mente e conseqüentemente investia mais, e mais forte quando isso acontecia, fazendo Paula morder sua própria mão para abafar os fortes gemidos, logo chegando ao clímax seguida por mim.

Paula me abraçou ofegante descansando seu corpo em mim, enquanto eu tentando controlar a respiração fitava a parede a minha frente...senti um leve beijo depositado em meu pescoço.

Se depois de uma transa tão intensa eu estava satisfeito?Não...não era ela que eu queria!
Por: Grasiele

Things Of Life 2 - Capítulo 17 - I'm Tired

Carla

Três semanas se passaram desde que a casa ficou mais cheia e mais agitada, mesmo que na maior parte do tempo, Mel e Bill sejam a definição da palavra ‘timidez’, eles sempre acabam se soltando quando todos nos juntamos pra jogar conversa fora na beira da piscina até anoitecer, ir pra praia e etc...fora que ganhei um reforço pro dia da faxina, Bill é um moço prendado, fato...e confesso que ainda não consegui achar um defeito nesse cara, já tentei, e o máximo que consegui foi lembrar de uma cantadinha de pedreiro “seu defeito é que sua boca está muito longe da minha” ri de mim mesma, quando me passou essa coisa tosca pela cabeça. Quem não está gostando nada do meu..encantamento por Bill, é o Georg, não entendo qual é a dele, desde que Bill chegou, Georg adota uma cara de anus, a cada vez que me vê conversando com o mesmo, que ridículo, não é porque gostei do jeito do garoto, que estou apaixonada...e se viesse a estar, qual é o problema? Sou solteira e não devo satisfações a ninguém, muito menos a ex namorado ciumento...tão ciumento que as vezes faz questão de fazer faxina junto conosco, coisa que sempre fugiu..ridículo, só de raiva, o faço lavar o banheiro, e hoje tive que me controlar pra não rir da cara que ele fez quando pedi tal coisa, mas logo fiz cara de ‘sou sua mãe, estou mandando’ e ele foi bufando e batendo os pés como um fedelho birrento, deixando Bill e eu cuidando da cozinha:

.na na na lá lá lá. –cantarolava enquanto passava o pano no chão da cozinha e tentava me lembrar de uma musica do Guns que eu adorava, sem ao menos ligar pra minha falta de afinação na voz e o desconforto que deveria estar causando em Bill, por ser obrigado a ouvir minha nada linda voz, enquanto ele exterminada toda a louça que havia na pia, até que lembrei a musica cantando a na maior empolgação aumentando o tom de voz. -She's got a smile that it seems to meeeee...

-Reminds me of childhooooood memoriiiiiiies...where everything...was as fresh as the bright blue skyyyyyyy. –Bill cortou meu barato, fazendo um copo de microfone, e tirando toda a minha moral, com uma voz extremamente linda e afinada, me deixando estática no meio da cozinha com o rodo na mão. -err...foi mal, me empolguei. –Bill falou sorrindo sem graça, voltando a lavar a louça. Em outra situação eu me derreteria com sua timidez, mas estava pasma demais, com a perfeição de sua voz:

-cara...você canta muito. -falei com os olhos arregalados. -credo, fiquei até com vergonha..não canto mais. -disse depois de um tempo voltando a varrer a casa...mas uma pergunta martelava a minha cabeça, e eu tinha que fazê-la. –ôô Bill, já pensou em cant... –falei me virando bruscamente e acertando o rodo no braço do coitado.

-aaaaaain. –ele gêmeo se encolhendo com a mão no braço.

-aain desculpaaaa. –falei soltando o rodo na intenção de ajudá-lo, mas tive a capacidade de tropeçar no mesmo, agarrando Bill e o levando ao chão e caindo no colo dele. E paaaaaaalmas pra minha capacidade de ocasionar cenas constrangedoras.

Ficamos estáticos por alguns segundos, até que nos olhamos de canto de olho, e o ataque de risos foi inevitável:

-nós somos uma equipe e tanto. –Bill falou entre risos.

-éé. –afirmei rindo que nem monga e Bill tirou uma mexa de cabelo que havia caído em meu rosto, me fazendo murchar o sorriso aos poucos ao sentir o toque macia de suas mãos em meu rosto...Bill agora me olhava sério, me fitando profundamente, o que estava me deixando totalmente desconcertada, desviei meu olhos dos seus, o que não foi uma boa idéia, pois pousei meus olhos justamente em seus lábios..lábios esses que, não sei se por conta da minha vontade e imaginação, mas os sentia cada vez mais perto, aumentando o ritmo dos meus batimentos cardíacos.

-ôô Carla, eu não achei o desinfetante, será que acab... –disse Georg adentrando a cozinha. Acabou sim Georg, acabou todo o clima, idiota! Pensei comigo mesma, depois de me afastar de Bill, ambos assustados, me levantei meio desengonçada e afobada, seguida por Bill, muito sem graça, com tudo o que aconteceu e disse já estressada:

-nãão Georg, não acabou, você não sabe procurar as coisas não è?! Ta lá na lavanderia, lá no armarinho. –falei apontando pra porta da cozinha.

-não sei aonde, pega lá pra mim. –Georg falou aparentemente tentando se controlar, mas a cara de ‘eu mato um’ era evidente.

-não Georg eu...

-PE-GA PRA MIM...POR FAVOR!

-aain taaaa. –falei revirando os olhos. –Bill já volto, vai terminando a louça ai. –falei saindo da cozinha, vendo Georg fuzilar Bill com os olhos e logo sentindo a presença do mesmo atrás de mim.

E assim como previ, Georg teve um ataquizinho assim que chegamos na lavanderia:


-qual é a sua hein Carla? Desde que esse esquelético chegou você fica toda besta pra cima dele..

-qual é a sua digo EU, Georg! –falei o encarando com os olhos semicerrados. –o que é que você tem haver com o que eu faço, ou deixo de fazer, FORA do meu horário de serviço, heeeeeein?!

-não é assim.

-NÃO É ASSIM O QUE? É assim SIM..é assim desde que VOCÊ teve a iniciativa de terminar o nosso namoro, sentindo falta da liberdade’ então..

-Cah.

-Cah o cacete, deixa eu terminar. –falei respirando apressadamente recuperando o fôlego das palavras que eu havia cuspido sem pausas, o deixando boquiaberto. È Georg, não tente vir com graça pra cima de uma mulher, no dia da faxina e ainda de TPM. –qual é a sua hein? Sério..me diz, porque não da pra entender..alias eu não quero acreditar que você achava mesmo que iria passar a vida toda, solteirinho curtindo com todas e me tendo a disposição quando bem entendesse. –falei um tanto mais calma assentindo em negativo.

-Cah..eu... –Georg baixando totalmente a guarda, tentou falar mais o cortei.

-Georg. –falei respirando fundo.Eu já estava cansada dessa situação, e essa era a hora de deixar tudo as claras, mesmo que eu o magoasse...o que eu não queira, mas era preciso. –para de agir como um idiota cara, não me faça perder o carinho que ainda sinto por você...caramba, desde que o Bill chegou aqui você não faz questão de disfarçar o descontentamento que você tem pelo garoto..o que é que ele te fez? –falei o vendo achar resposta. –NADA! Nada Georg..ele não te fez nada..foi você que fez...fez a sua escolha...a liberdade! E sinceramente espero que você seja muito feliz com ela, porque se depender de mim, é a única coisa que você vai ter. –falei o fitado por um tempo antes de sair dali o deixando refletir..assim espero.

Por: Grasiele

Things Of Life 2 - Capítulo 16 - Hey, I Do Not Bite, Only If You Want

Melanie

2 semanas se passaram desde a minha vinda pra casa dos meus primos, ainda não encontrei um emprego..quer dizer encontrar eu encontrei, mas eu não sai de uma loja em Chicago pra trabalhar em uma loja na Austrália, eu quero algo melhor, afinal eu não me matei na faculdade de Web Designer a toa. Aqui na casa, a convivência esta sendo tranqüila, Nay e Georg, iam sempre me visitar em Chicago e eu a alguns anos já havia passado 1 mês aqui, então já conhecia bem a todos,menos os gêmeos.


Bill é uma graça, passou uns dias meio cabisbaixo, e o porque disso, Nay me contou um dia quando fomos as duas até a praia, fiquei abismada com o fato...ele é tão jovem e já é ‘divorciado’ de uma forma tão covarde por parte da mulher...mas ele já está bem melhor, só que bem na dele, um tanto tímido, com toda a turbulência que tem nessa casa, mas sempre que dá, conversamos bastante, nos damos super bem...já o Tom.


Esse vive me comendo descaradamente com os olhos, não só a mim, mas a todas as mulheres que passam em sua frente, pelo que eu percebi, e pelo que a Nay me alertou, me dizendo logo que seu eu fosse ter algo com ele, que não me envolvesse ou criasse expectativa a respeito. O que apesar dele ser extremamente lindo e charmoso, não está em meus planos, pelo contrario, quero distancia, ele é sempre cheio de brincadeirinhas e piadinhas de duplo sentido, que logo são cortadas pelas minhas respostas sem paciência..mas ele não desiste, parece que é um passatempo pra ele me encher o saco, mas no fundo, quando ele resolve falar sério, ou simplesmente agir como um cara..normal, ele é legal:


Acordei mais tarde do que o normal, tanto que a casa está num silencio tamanho, que acho que estou sozinha. Ainda deitada na cama, sem o mínimo de coragem pra nada, passei a repetir mentalmente “eu tenho que me levantar” o que de inicio saia ‘da boca pra fora’ até que finalmente levantei relutante e me dirigi até o banheiro, pois nada melhor do que um bom banho pra ver se consigo despertar de vez, coisa que me bateu um certo arrependimento, pois a porcaria do chuveiro simplesmente não queria esquentar a bendita água...ta certo que eu quero ‘acordar’ mas água fria, já é crueldade:



-droooogaaaaa! –falei dando pulinhos de nervoso e fechando a mão em punho enquanto com a outra segurava minha toalha, a única coisa que envolvia meu corpo, pois eu pretendia tomar um banho..se o chuveiro colaborasse, e antes de ameaçar dar um soco no mesmo, me dei por vencida e fui até a porta do quarto chamar por ajuda, na esperança de Georg ainda não ter saído para trabalhar:

-Geee... –travei ao me deparar com Tom passando pelo corredor.

- o Georg já foi. –Tom disse despreocupado.

“merda” pensei contraindo os lábios, até que lembrei de uma segunda opção decente, mas logo fui broxada pela momentânea leitura de pensamentos, feita por Tom.

-e o Gustav também. –ele disse chegando mais perto me deixando um tanto apavorada. Pelo jeito, só tinha nós dois em casa “merda” era o que ecoava em minha mente..não que ele fosse me atacar, mas ele me deixava um tanto nervosa, besta e um tanto mais tímida e travada do que o normal....”merda” como eu vou tomar banho agora..só se, eu for no quarto da Nay. –posso ajudar? –ele disse me tirando do transe.

-ãã? Nã..não eu... –falei tropeçando nas palavras como uma imbecil.

-o chuveiro queimou? –ele disse soltando um sorrisinho e arqueando uma sobrancelha enquanto analisava os fatos:  Eu + toalha + chamando o Georg pra me ajudar = chuveiro queimado. Ponto pra ele, pra aumento do meu desespero.

-não, é..ta, mas... –enquanto Tom estava em seu momento ‘mãe Dina’ eu estava no meu ‘lady GAGA’ 


-deixa eu dar uma olhada. –ele falou pedindo passagem e indo em direção ao meu banheiro sem nem esperar resposta.

-não precisa Tom, eu.... –falei indo atrás dele.

-relaxa Mel, eu arrumo rapidinho, já arrumei tanto chuveiro aqui..parece uma praga, sempre quebra quando eu estou em casa.

“só pode ser praga” pensei comigo mesma.

Fiquei encolhida na porta do banheiro, com cara de bicho do mato amedrontado, enquanto segurava minha toalha com unhas e dentes e vez ou outra sem sucesso, tentava a deixar mais comprida, enquanto calmamente, Tom arrumava o chuveiro. Enquanto isso, não pude evitar de olhar seus braços bem definidos, que ele deixou a mostra ao arregaçar as mangas da camiseta antes de começar a arrumar o chuveiro..porque Deus da a ‘chatice’ a ‘safadeza’ e a ‘beleza’ a mesma pessoa? Isso não é justo! Pensei com meus botões.

-agora liga aqui o chuveiro, pra ver se deu certo, porque eu não quero me molhar..já tomei banho hoje. –ele falou rindo e eu arregalei os olhos sem perceber.  –VAI! –ele exclamou arqueando as sobrancelhas e fazendo sinal com a mão pra eu ir, e relutante passei por ele pelo pequeno espaço que havia, indo abrir o chuveiro, que logo vi, estar funcionando novamente...dei uns passinhos pra trás ao sentir a água ainda esquentando, espirrar em meus pés.

-e ai? –ele falou pegando em meu ombro me assustando.

-tta bom... arrumou. –falei sem o olhar, o ouvindo rir baixo, pelo meu susto.

-que bom. –falou sério se preparando pra sair, mas logo virando pra mim. -olha...eu posso até parecer tarado. –Tom disse me encarando com os olhos semicerrados. –mas eu não faria nada...  –falou subitamente levando sua mão ao meu queixo e levantando meu rosto para encará-lo melhor. –...que você não queira. –concluiu e enquanto minhas pernas ficavam totalmente bambas meu lábio inferior foi puxado em uma mordida forte e rápida, e sem me dar o menor tempo pra uma ação, Tom logo se afastou enquanto ainda me encarava firmemente...pude saber claramente que em sua mente ele sabia que no fundo..mesmo o detestando na maior parte do tempo...eu queria aquilo.

“merda” ecoou em minha mente pela milésima vez no dia, enquanto ele sumia de minhas vistas, fazendo a curva pra sair do banheiro, e eu permanecia com a mesma cara de tacho, que fiquei quando ele se aproximou.

Por: Grasiele

Things Of Life 2 - Capítulo 15 - We Have New Guys At Home

Tom Kaulitz

Precisava de um banho e Bill também, mas separados, LÓGICO! E já que provavelmente a prima da Nay “como era mesmo o nome..Bel? Mel?..algo assim”  bom, seja lá qual for o nome, é meio certo de que ela esteja a essa hora, trancada no quarto, ainda meio assustada, tanto pela invasão no quarto, quanto pela invasão no quarto, feita por um desconhecido, já que ainda não fomos apresentados, e então assim, a casa estaria praticamente vazia...e como até agora não apareceu ninguém, eu fui tomar um banho rápido no quarto da Nay, enquanto Bill tomava em outro banheiro.

Assim que sai do banho, ouvi um vozes vindo lá de baixo “até que enfim apareceram” pensei correndo corredor a fora de toalha, pois havia esquecido de levar roupas pro quarto da Nay, vesti um short jeans escuro, uma camiseta cinza e calcei um chinelo...estava indo atrás do Bill quando esbarrei nele voltando do banheiro já vestido em um jeans claro e uma blusa branca.

- vamos descer, que já chegaram Bill. –falei me recompondo do esbarrão.

A medida que descíamos as escadas, o som das vozes vindas da cozinha aumentavam, mas a conversa estava muito confusa em um misto de gargalhadas, e só ao chegar na porta compreendi Georg soltando a perola:

-o gostosão da casa sou eu!

-ráá mas é só eu dar uma saidinha, que já tem neguinho se achando. –falei entrando na cozinha fazendo todos se virarem surpresos.

-TOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM! –Nay e Carla gritaram em uni som correndo e pulando em cima de mim, quase me derrubando e desequilibrando o Bill que estava atrás de mim. –Tom, Tom, Tom, Tom. –elas diziam pulando no meu colo, e sinceramente não sei como não cai, com o peso das duas e por não conseguir parar de rir com a situação.

-agora que já sei meu nome, e o quanto as duas pesam. –falei rindo e as colocando no chão. –quero um beijo triplo de boas vindas. –conclui fazendo bico.

-aaaah ta bom. –disse Carla me dando um baita tapão em um braço e Nay  no outro.
-aaain que saudades desse cafetão de uma figa. –disse Nay me abraçando de lado e dando um beijinho em minha bochecha.

-aah na bochecha eu dou. –disse Carla fazendo o mesmo.

-ai que putaria. –disse Georg revirando os olhos.

-é...com o verdadeiro gostosão da casa, só da putaria mesmo. –falei cruzando os braços e me encostando no vão da aporta, fazendo Nay e Carla rirem lembrando do comentário do Georg...e do nada Carla ficou um tanto estática ao olhar para trás de mim...ou seja, Bill...que com toda essa recepção calorosa das meninas, esqueci de apresentá-lo.

-aah gente, esse é meu irmão. –falei puxando Bill pelo braço.

-mas se você não fala, eu jamais teria imaginado. –disse Nay irônica fazendo cara de chocada.
-ahaha engraçadinha. –falei revirando os olhos a fazendo rir.

-prazer Bill, seja bem vindo. –Nay disse se aproximando com um lindo sorriso e estendendo a mão ao Bill, que fez o mesmo, assentindo com a cabeça em positivo. –aaah eu sou a Nay! –concluiu com cara de ‘dãã esqueci de falar isso’.

-prazer Nay. –Bill disse dando um sorriso.

-e essa aqui é a Carla. –falei apontando pra mesma, ainda com cara de besta o olhando...eu hein.
-err..oi. –Carla falou estendendo a mão á Bill.

-oi. –respondeu fazendo o mesmo e sorrindo.

-esse é o Georg. –falei apontando para o mesmo que estava vindo em nossa direção.

-e aê cara, firmeza?! Fica a vontade hein..só não coma nossas mulheres. –Georg disse estendendo a mão ao Bill que ficou com cara de ‘que????’

-Geoooooog! –disse Nay incrédula dando um tapa no braço do irmão. –que isso?! –completou ainda incrédula com o comentário.

Pelo visto não foi só eu, mas Georg também percebeu que a presença do Bill deu uma mexida repentina com a Carla, e pelo visto, ele parece não ter gostado muito, já dando logo seu recado...bem tosco, diga-se de passagem.

-cadê o Gustav? –falei tentando contornar aquele momento.

-serve esse? –disse Gustav chegando pela sala e colocando a mão em meu ombro me fazendo virar, vendo ele e Julinha.

-e aê casaaal, firmeza?! –falei fazendo Julinha rir e assentir em positivo. –deixa eu apresentar aqui o meu irmão. –falei e o apresentei a ambos.

Entramos todos na cozinha, e nos acomodamos na mesa pra botar a conversa em dia, quando Nay de repente volta seu olhar a porta, falando:

-pronto agora não falta mais ninguém. –falou levantando e fazendo todos virarem a atenção a porta. –meninos, essa aqui é a Mel, prima minha e do Ge, claro. –concluiu rindo e puxando sua prima pelo braço, que veio com um olhar meio baixo e perdido entre todos da mesa, e abaixando mais ainda ao cruzar seu olhar com o meu, provavelmente por lembrar do susto que lhe dei em seu quarto, quando estava apenas de jeans e sutiã, prestes a colocar a camiseta...camiseta essa que pude ver agora, um tanto justa ao corpo, corpo esse que apesar de magrinha, belas curvas não á faltavam, bem marcadas naquele jeans claro e baby look vinho, que dava um destaque aos seus cabelos longos e dourados, com leve ondulações.

-bom, Mel...esse é o Bill. –Nay continuava as apresentações. –e esse é o Tom.

EU quase falo “é...eu já conheço..assim...mais ou menos...” mas ai iria ter de explicar tudo e coitada da menina, acho que ela quer, é esquecer o episódio, tamanha era a timidez estampada em seu rosto ao olhar pra mim, então me permiti falar apenas um “oi” assentindo em positivo com a cabeça, recebendo a mesma reação como resposta.

-senta aqui comigo e a Carla. –Nay falou puxando uma cadeira que antes estava próxima a mim. –o Tom é tarado..cuidado. –ela falou fingindo cochichar e Mel apenas rio.

“pronto, se a menina já estava meio que achando isso, agora tem certeza” –pensei comigo mesmo.

Por: Grasiele

Things Of Life 2 - Capítulo 14 - Taking Your Remains

Tom Kaulitz
  
Dois dias se passaram desde que voltei a Hamburgo, e depois daquele chacoalham que dei no Bill, as coisas estão fluindo...consegui convencer Bill de ir pra casa da nossa mãe, lá seria mais fácil de animá-lo, distraí-lo. Ele não está cem por cento Bill ainda, claro, é tudo muito recente, e ele precisa de tempo, mas já está muito melhor do que no dia que cheguei, ele já ri, nem que seja por conseqüência de um ataque de cócegas que dou nele.


Depois de uma longa conversa, muito longa, consegui convencer o Bill de ir pra Austrália comigo, por duas semanas...foi o máximo que arranquei dele, mas não o deixarei voltar tão rápido, não mesmo.


“pra que Tom?! fica aqui na Alemanha mesmo cara, fica aqui” dizia Bill sem querer aceitar meu pedido [ordem]


“Fica aqui?!” Ele só podia estar de sacanagem com a minha cara né?! Por mais que eu estivesse feliz em reencontrá-los, e estar quase todo tempo fazendo de tudo, para levantar o astral do Bill...só eu sei o quanto estava mal, e mexido por dentro, por estar novamente nesse país...cada canto daquele lugar me lembrava a Bia, me angustiava, e voltava a me matar aos pouquinhos...mas eram apenas 3 dias, e de modo algum eu demonstrava a minha agonia...o Bill era a minha prioridade naquela situação.


Amanha cedo estaremos embarcando de volta para a Austrália, e isso já me deixa um tanto mais aliviado.


 Bill ficou arrumando suas mil malas com a ajuda de nossa mãe, e eu aproveitei esse momento sozinho, pra ir até o tumulo da Bia.



Sempre que entro nesse cemitério, é como se eu revivesse tudo aquilo de novo, o mesmo nó na garganta, estomago embrulhando, o coração descompassado sem mais toda aquela alegria e motivo de viver, mas era só olhar o sorriso estampado na foto de sua lapide, que um singelo sorriso sem permissão se esboçava em meu rosto, me trazendo um certo conforto:


-oi minha branquinha. –falei me sentando em seu tumulo, arrumando as flores que havia levado. –não poderia ir embora de novo sem antes vir aqui...você sabe. –falei passando os dedos sobre a foto de sua lapide. –eu falei pra você que iria tentar voltar a viver por você...e eu to tentando...mas é tão difícil. –falei respirando fundo e pendendo a cabeça pra trás. –não da pra ser feliz cem por cento...nunca mais vai dar...não sem você. –falava enquanto lagrimas teimosas já escorriam. –droga, eu falei pra mim mesmo que não iria chorar. –falei limpando o rosto. –você me tornou um chorão, Bia. –falei rindo. –e mesmo que...infelizmente por pouco tempo...também me tornou o cara mais feliz do mundo. –falei com o olhar vago lembrando de como eu era feliz ao seu lado. -e por isso, eu volto aqui pra jurar que...demore o tempo que for, eu vou me esforçar pra ser feliz de novo...por você branquinha...por você...eu juro. –falei de cabeça baixa deixando que uma ultima lagrima torturante molhasse seu tumulo. –só peço que me de forças. –falei respirando fundo.


Fiquei lá por mais algum tempo, saindo antes da chuva que aquela tarde prometia.



O resto do dia passou rápido, e logo na manha seguinte, estávamos no aeroporto nos despedindo de nossa mãe e Gordon que se disponibilizou pra cuidar da loja o tempo que fosse. O vôo foi tranqüilo e quando chegamos em Adelaide, Sul da Austrália, fomos direto pra casa, aonde aparentemente não tinha ninguém, apresentei logo a cozinha ao Bill, que assim como eu, estava morrendo de fome, fizemos um lanche rápido e subimos pro quarto onde já me deparei com duas camas, assim como Nay havia digo, sorri ao lembrar da mesma, estava com saudades já, não só dela, como de todos na casa.

-bom...fica a vontade Bill...pode se acomodando ai, que eu vou dar uma volta na casa...

-casa? Puta mansão, isso que quis dizer. –disse Bill com os olhos arregalados me fazendo rir. –e aquela piscina?! –falou arqueando fortemente uma sobrancelha...tava com saudades das manias do Bill.

-éé a piscina vai ser boa pra dar uma cor a essa brancura européia. –falei dando-lhe um tapinha no braço enquanto Bill fazia cara de ‘seu sem graça’. –alias, não só a piscina, como a praia, que é aqui pertinho como você viu no caminho. –falei assentindo em positivo. –já volto Bill, vou ver se tem alguma alma viva aqui.

-ok. –disse Bill enquanto eu saia do quarto.

Já no quarto ao lado ouvi um barulho “ué, não é que tem gente mesmo” pensei comigo mesmo, e sem pensar duas vezes abri com tudo a porta do quarto que se encontrava apenas entre aberta, e já cheguei falando todo empolgado -VOOOOOOLTEEEE........ -sendo bruscamente interrompido por um grito ensurdecedor que ecoou pelo quarto me fazendo travar.

-err..d..desculpa, eu...ai caramba. –foram as únicas coisas de consegui dizer totalmente atordoado e sem jeito, coloquei a mão no rosto e sai do quarto como uma bala, deixando pra trás uma moça loira de cabelos compridos e meio ondulados, com a maior cara de pânico se segurando com ‘unhas e dentes’ em uma camiseta que estava prestes a vestir quando eu entrei.


Ainda meio atordoado,parado no corredor, tentando assimilar tudo o que havia acontecido, e com quem...o que alias era a minha pergunta no momento “quem é ela?” pensei na possibilidade de ser uma peguete do Georg, mas ele nunca trouxe nenhum pra casa...não que eu tenha visto e...e a fixa finalmente caiu, eu acho.  -aaah é a prima da Nay e do Georg. –sussurrei pra mim mesmo arqueando as sobrancelhas “ela iria ficar no quarto ao lado, só pode ser ela” pensei comigo mesmo voltando pro meu quarto me deparando com Bill na porta me encarando de olhos arregalados.

-que que foi isso cara? –disse Bill com cara de perdido.

-isso foi um “vê se aprende a bater na porta antes de entrar, seu idiota”. –falei rindo e entrando no quarto.

Por: Grasiele

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