sábado, 17 de setembro de 2011

Things Of Life - Capítulo 3 – At Elevator

" -magina. –respondeu uma voz doce me fazendo levantar meu olhar antes voltado ao chão."


“puta que o pariu” pensei enquanto meu coração acelerado parecia que ia sair pela boca ao ver que era ela.

“então Bianca Müller é outra...graças a Deus” pensei e ela lançou um sorrisinho educado e eu assenti em positivo a cumprimentando.


“obrigado Deus” pensei me encostando na parede espelhada do elevador, então, ridiculamente eu travei! Travei total não consegui falar nada pra ela.


“imbecil..fala alguma coisa, ô jegue” pensava e nada saia, até que surpreendentemente ela que quebrou o gelo.


-odeio esse clima de elevador. –ela comentou me despertando. –é como se eu estivesse devendo aluguel atrasado pra você e te vi sem querer e ainda não tenho o dinheiro. –completou me fazendo rir.

-ééé...é exatamente assim. –falei rindo.

-não que eu já tenha devido aluguel. –falamos juntos voltando o olhar um para o outro começando a rir.

Como o sorriso dela era lindo, ela ainda tinha umas covinhas fofas pra completar e pelo visto já esqueceu o que ouve ontem, então melhor eu não atacar, melhor deixas as coisas fluírem normalmente.

“que que isso?!” pensei sentindo o elevador parar.

-fa-la  sé-rio! –ela disse incrédula olhando pro nada.

-quebrou. –falei fazendo um bico.

-ai Deus, eu tenho claustrofobia. –ela disse colocando a mão no coração me assustando. –brincadeira. –ela disse rindo.

“doida” pensei rindo aliviado.

-mais que droga, eu vou me atrasar...eu já me atrasei. –completou olhando rápido em seu celular.

-é muito importante? –perguntei.

-sim, minha amiga esta precisando de uns papeis e eu esqueci. –disse fazendo uma caretinha fofa. –ai voltei pra pegar e to aqui...presa. –falou abrindo os braços. –ôô raiva. –completou cruzando os braços.

“eu estou amando” pensei fazendo cara de ‘poxa sinto muito’.

-fazer o que né?! –falou se sentando no chão e eu a acompanhei.

-deixa eu ver?! –falou estendendo a mão em direção a minha revista e pude ver uma delicada tatuagem de com três pequenas borboletas negras fazendo um caminho em sua mão.

-........aah claro. –falei a entregando. Eu nem lembrava que estava com ela na mão. –gosta de carros? –perguntei já que a revista era sobre isso.

-não entendo muito, mas...acho bonito. –falou dando um sorrisinho.

-qual desses preferi? –perguntei apontando para os carros.

-hum...esse. –falou apontando para uma Bugatti Veyron vermelha.

-eu também. –menti descaradamente. –ta aqui a passeio? –perguntei antes que ela se envolvesse com a revista e me abandonasse.

-nada...a trabalho mesmo. –falou folheando a revista. -quer bala? –ela falou mexendo em seu bolso.

-quero. –aceitei de imediato.

-agente oferece por educação e o povo aceita. –ela murmurou me fazendo rir. –cuidado com essa bala, se vacilar você baba rios enquanto fala. –ela disse me entregando.

“eu to babando é por você” pensei sorrindo levemente de canto.

-trabalha de que? É modelo? –perguntei curioso enquanto abria minha bala.

-mais que cantada barata hein. –ela falou me olhando de canto de olho.

-não, é sério, perguntei sério. –falei atrapalhado e ela sorrio. Eu realmente perguntei inocente. –é que ontem, você e suas amigas...achei que..eram modelos. –completei desconsertado.

-hum sei...lá da área vip né?! –ela falou com ar de deboche.

“tinha que lembrar esse detalhe” pensei fazendo um bico.

-err...vamos esquecer ontem, que tal?! –falei arqueando as sobrancelhas ansioso por uma resposta.

-esquecer o que? –ela falou querendo rir e eu entendi como um sim e sorri aliviado.

-então... –falei pausando fazendo cara de ‘como se chama?’.Como se eu não soubesse.

-Bianca. –falou com um sorrisinho.

-Tom. –falei estendendo minha mão que ela deu uma olhadinha e um sorriso de lado antes de apertá-la com sua mão pequena e macia.

Não sei porque mais..com ela eu não tava conseguindo ser cachorro, não entendia porque, não mesmo! Eu tava louco atrás dela desde ontem, louco pra das uns bons amassos nela, não que não esteja mais afim, LÓGICO que estou, mas não consigo partir pra cima, ela ta me travando como um nerd virgem, na frente da Pamela Anderson.

“What would my mama do uh oh uh oh
If she knew about me and you?”

O celular dela tocou quebrando nossa troca de olhares.

“merda” pensei na hora.

-quer ver que é minha amiga?! –ela apostou pegando o celular de seu bolso. –ganhei, passa a grana. –ela falou estendendo a mão e fazendo um bico de ‘eu sou foda’. Eu ri e fingi rapidamente pegar minha carteira, ela então atendeu o celular.

Ficou uns cinco minutos conversando com a tal amiga, explicando o que estava acontecendo, porque deixou a amiga na mão e disse que estava presa com um estrangeiro velho caquético cheio de piercings e tatuagens dos ursinos carinhosos. Nisso ela usava o tom de voz mais sério possível me fazendo ficar sem ar de tanto rir.

-e ele fica dizendo ‘me gusta banana’...to com medo. –ela dizia me olhando de canto de olho enquanto eu ria.

Ela mexia em seu cabelo e eu babava a cada movimento e sorriso dela, me segurei pra não atacá-la ali mesmo quando inclinando a cabeça pro lado ela afastou os cabelos de um jeito muito sexy deixando o pescoço a mostra. Respirei fundo enquanto me arrumava no chão tentando afastar os constantes pensamentos promíscuos que tinha perto e longe dela.

-hum caiu. –ela falou fazendo um bico super fofo olhando pro celular.

-machucou? –zoei levando um tapa no braço como resposta.

-sem graça. –ela falou rindo e indo mais pra trás pra encostar as costas na parede.

De repente um incomodo silencio tomou conta do local, por trás dos meus óculos eu observava seu pezinho balançar enquanto suas mãos esticadas descansavam em seu colo e ela olhava pros lados.


Estiquei a mão como quem pede algo. O que? O dinheiro de um aluguel por exemplo. Ela olhou sem entender:

-meu aluguel. –falei com cara de cobrador e ela sorrio entendendo a piada. Como a risada dela era gostosa e divertida, e as covinhas que se formavam me derretia todo.

-....será que vai demorar? –ela falou fazendo um bico de lado.

-não sei. –murmurei me fingindo de chateado. –ta com frio? –falei a vendo esfregar os braços.

-ãhan. –ela murmurou fazendo uma caretinha.

“deixa que eu te esquento” pensei retornando meus pensamentos pervertidos de costume.

-vesti minha blusa. –falei a tirando. Não ia dar uma de tarado né. “o tarado do elevador” pensei segurando um sorriso.

-mais ai você que vai ficar com frio. –falou fazendo carinha de dó.

“se soubesse como eu estou pegando fogo perto de você” pensei. -vou nada. –falei a entregando a blusa.

Ela vestiu a blusa em silencio, se encostou na parede novamente e:

-não querendo ser folgada mais já sendo. –falou batendo uma palminha. –você tem um ipod ai? –completou fazendo uma caretinha de curiosidade.

-tenho. –respondi rindo enquanto o procurava em meus bolsos.

-mais tem música que preste? –falou arqueando uma sobrancelha.

-claro, só escuto as melhores. –falei rindo incrédulo.

-veremos. –ela disse estendendo a mão e me olhando de canto de olho.

“pronto..achei minha versão feminina..direta, divertida, linda e cara de pau” pensei rindo.

Lhe entreguei o ipod, me ‘arrumei’ dobrando os joelhos com as pernas abertas descansando minhas mãos no joelho enquanto ela colocava os fones de ouvido e ligou o ipod começando a analisar meu playlist.

-Drake. -falou animada.

-gosta? –perguntei olhando em seu rosto.

-adoro. –falou soltando um leve sorriso continuando a fuçar o ipod.  -hum...Samy Deluxe, Samy Deluxe..Samy Deluxe, Samy Deluxe, Samy Deluxe, Samy Deluxe. –falava trocando as faixas.

-não gosta? –perguntei querendo rir.

-Samy De...ah essa eu gosto. –falou finalmente parando em uma.

-qual? –perguntei interessado.

-Weck mich auf. –respondeu em seguida dando uma dançadinha com a cabeça.

-essa é boa mesmo. –falei assentindo em positivo.  -as outras também.-falei inconformado e ela rio continuando a fuçar.

-50 cent…Timbaland…EMINEM. –frisou.  -tem Lose Yourself? –perguntou me olhando rápido.

Mordi meu lábio ficando pensativo. –tem.-falei assentindo em positivo.

-adoro ela! –exclamou.

-eu também. –concordei.

-só tem rap aqui, opaaaaaah  MILEY CYRUS? –falou incrédula me olhando boquiaberta.

-o queeeeeeeee? –falei mais incrédulo ainda arregalando os olhos.

-brincadeira. –falou gargalhando.

-mais nem de brincadeira, ninguém merece uma praga dessas. –falei assentindo negativamente.

-é. –ela concordou fazendo cara de nojo.

-Jamie Foxx, legal. –falou assentindo em positivo.Enquanto um flash dela dançando ‘blame it’ ontem na pista me veio em mente. –Incubus, oooun..essa música é fofa. –falou fazendo um bico mais fofo do que qualquer música que fosse.

-qual? -perguntei chegando perto.

-Talk Shows On Mute. –respondeu dando uma cantaroladinha em seguida e eu dei um sorriso de lado. –Flo Rida. –falou trocando de música de novo.

 -my lips like sugar, my lips like sugar, nananana. –cantarolou me maltratando enquanto eu via a cena em câmera lenta como num filme, seus lábios carnudos e vermelhinhos em movimento me fazendo arrepiar até o ultimo fio de cabelo.

-poxa não tem rock. –lamentou me tirando do transe e antes que eu pudesse responder. -opa, Aerosmith. –falou animada. –Pink..Crazy... –falou pulando as faixas.

-não vai ouvir nenhuma inteira não?  -perguntei soltando um risinho incrédulo.

-vou calma, to escolhendo. –falou me olhando. –você quer ouvir também né?! –falou fazendo uma carinha de ‘foi mal’ me fazendo rir. –toma. –falou me entregando um fone de ouvido.


Me aproximei mais dela pra não correr o risco de arrancar o fone de seu ouvido...bom pelo menos foi essa a desculpa pra chegar mais pertinho. Ela tinha um cheirinho gostoso, um perfume que eu não conhecia e que ficaria em minha blusa que ela estava vestindo.

-mais que musica horrível. –ela falou incrédula e eu fiquei vermelho a cada palavrão e cada referencia ao sexo selvagem que o rap que ela tinha colocado falava. –mais que vergonha hein. –ela falou tirando da música tão vermelha quanto eu porém sem perder seu bom humor.

Ficamos ali ouvindo música...meias músicas, durante um certo tempo, eu me aproximava mais aos poucos, porém já tinha desistido de tentar algo a mais, pelo menos naquele lugar, tava me insultando em pensamentos por isso, nunca fui de ter medo de chegar, mais ela tinha o poder de me intimidar.


Tirei meus óculos escuros e me afastei para os deixar de canto junto de minha revista, levando sem querer o fone dela junto.

-ai foi mal. –falei pegando o fone e me virando pra ela para colocá-lo novamente. –licença. –falei sem esperar qualquer resposta e afastei seus cabelos, os colocando atrás de sua orelha, enquanto sem graça ela tentava evitar olhar nos meus olhos, coloquei seu fone e desci minha mão a deslizando lentamente em sua bochecha sentindo seus pelinhos se arrepiarem, seus olhos azuis agora fitavam os meus enquanto eu aproximava meu rosto do seu cada vez mais, fui fechando meus olhos lentamente ao sentir sua respiração quente se misturando com a minha, entrelacei meus dedos em seus cabelos, nossos lábios estavam a um fio de se tocarem quando o elevador balançou, nos assuntando.

“PUTA QUE O PARIU, VAI TOMAR NO OLHO DO CU” pensei revoltado com a porra do elevador enquanto ela se afastava sem graça.

Por: Grasiele

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