sábado, 17 de setembro de 2011

Things Of Life 2 - Capítulo 13 - Back The Origins

Tom Kaulitz

No outro dia, fui na escola de música dar minhas aulas e antes de ir embora conversei com a direção, pedindo pra ser liberado por alguns dias, pra resolver um assunto particular. Pedido aceito, fui pra casa arrumar as malas enquanto Gustav comprava pela internet uma passagem pra o vôo mais próximo. Passagem comprada, me despedi de todos que estavam em casa, aproveitando que era caminho, passei no consultório do Georg pra perturbar a paz e me despedir também, e finalmente segui para o aeroporto.


Logo um mal estar acompanhado de um embrulho em meu estomago, tomou conta de mim, ao ler na passagem que o vôo teria uma escala em Berlim. Inevitavelmente lembranças dos dias que passei lá com a Bia, me vieram em mente, me torturando de novo.


-é pelo Bill. –sussurrei pra mim mesmo fechando meus olhos com força, e antes que alguma lagrima teimosa caísse em publico, ouvi o primeiro anuncio do meu vôo.


Entrei no avião, já pensando em quando iria voltar, definitivamente voltar a Alemanha tava me machucando mais do que eu pensei, quando decidi tal feito.


Na escala em Berlim foi inevitável não chorar em silencio, a cada minuto naquele lugar, as lembranças ficavam mais fortes em minha mente, e pra evitar olhares curiosos pro meu lado, meu óculos escuro foi um companheiro inseparável na viagem, e um moletom com capuz também deu uma ajudada.


Chegando em Hamburgo, fui direto pra casa da minha mãe, e logo que a vi, me abrindo um lindo sorriso...toda aquela angustia que estava sentindo, foi amenizada com um longo e apertado abraço que recebi dela.


-mãe. –falei dando um forte beijo em sua bochecha e a abraçando mais forte.


-ôô meu amor, que saudades eu senti de você. –ela disse acariciando minhas costas.


Ficamos conversando um pouco na cozinha enquanto ela preparava algo pra eu comer, eu estava morrendo de fome, não consegui comer nada no vôo...não descia. Depois de comer o maravilhoso wafles que só minha mãe sabe fazer, e de ter ficado um pouco mais a par de tudo que aconteceu, fui correndo pro quintal ver meus cachorros...que saudade daqueles pulguentinhos e do meu grandão, todo mongo e preguiçoso como sempre...o folgado nem pulou em cima de mim todo serelepe como os outros, ele simplesmente esperou o momento que eu sentei no chão e se jogou preguiçosamente no meu colo.


-eee coragem hein. –falei rindo e esfregando a mão em sua cara que logo se aconchegou em meu colo esperando carinho.


Só nessas poucas horas aqui em casa, eu já me sentia bem mais leve, e depois de passar um tempo com os cachorros, fui tomar um bom banho, antes de ir ao apartamento de Bill.


Depois do banho, segui para o apartamento, mas antes parando na nossa loja, que ficava no caminho, lá falei rapidamente com Gordon que por esses dias estava cuidando da mesma, pra dar uma força a Bill. A loja estava um tanto diferente da ultima vez que eu vi, ou eu realmente nunca tinha reparado nela direito...as únicas vezes que vim aqui foi obrigado por Bill, que insistia em me tirar de casa na época.


Sem mais enrolações fui ao apartamento de Bill, e uma dor imensa horrível me invadiu ao vê-lo naquele estado. Ee havia entrado com uma chave reserva que minha mãe havia me emprestado, e ao abrir a porta da sala, me deparei com Bill, largado no sofá, usando um moletom preto, cabelos bagunçados e varias roupas, sapatos e objetos espalhados pelo chão.


Bill ainda de cabeça baixa, apenas levantou vagamente seu olhar, pra identificar quem estava entrando, logo voltando seu olhar perdido a um papel um tanto amassado, que estava em sua mão, desde de a hora que entrei.


Engolindo seco, a sua indiferença com a minha presença, respirei fundo e me aproximei do sofá, e antes que falasse algo, Bill se pronunciou:


-satisfeito?! Como sempre, você estava certo. –disse com a voz fraca e ainda fitando o papel.


-mas preferia mil vezes, estar errado, ao te ver assim. –falei sentando ao seu lado.


Dando um riso fraco e irônico, Bill continuou:


-acho que o problema sou eu mesmo. –falou começando a chorar. –eu que não sei segurar uma mulher, e a fazê-la feliz...


-para de falar merda Bill. –falei um tanto alterado semicerrando os olhos. –para...não existe pessoa mais maravilhosa do que você, não existe alguém com um coração tão grande quanto o seu, que seja capaz de fazer alguém mais feliz, do que você, cara! –falei segurando em seu ombro.  –se tem alguém aqui que tem algum problema, esse alguém é a Laura...aquela idiota não sabe a burrada que fez, em deixar alguém como você.


-alguém como eu. –falou soltando outro risinho irônico, o que já estava começando a me irritar...se pelo menos aquela vadia merecesse esse sofrimento todo, mas NÃO, definitivamente ela não merece, coisa que Bill não parecia enxergar..ou simplesmente não queria.


-para com isso Bill...caraaamba...olha pra mim. –falei o fazendo se virar em minha direção. –para de se lamentar..para de sofrer por alguém que não te merece, cara!


-era tudo que você queria, não é?! –ela começou semicerrando os olhos. –desde de o começo...você NUNCA...nunca se esforçou pra se dar bem com ela. –falava assentindo em negativo. Definitivamente, esse não é o Bill que eu conheço, esse olhar, esse Tom de voz...eu só não dou um soco nele agora, porque mantenho a idéia de que vim pra ajudá-lo.


-você sabe que eu não sei ser falso. –falei tentando manter a calma. –e que dificilmente me engano quanto ao caráter...ou a falta dele, nas pessoas. –conclui dando ênfase na ultima frase diga. –e não é porque VOCÊ, se ilude fácil, que eu iria aceitar de boa, ver meu irmão se ferrar nas mãos de uma vad...


-NÃO FALA ASSIM COM ELA! –Bill gritou voando na gola de minha blusa me fazendo quase deitar no sofá.


-VADIA...VADIA SIM, É ISSO QUE ELA É, BIIIIIIIIIILL! –falei o tirando de cima de mim com um forte empurrão. –é isso que ela é, e você sabe disso. –falei voltando ao tom de voz normal, arrumando minha blusa e controlando minha respiração. –demorou pra cair a ficha...mas agora sabe...do pior jeito, mas sabe...então aceite isso. –me esforçava pra continuar falando, enquanto Bill jogado no sofá do mesmo jeito que o derrubei, se desvalia em lagrimas, provavelmente por ódio de estar ouvindo a verdade.
Tudo que eu queria ali, era abraçar aquele magrelo teimoso, desde a hora em que cheguei, mas se a situação estava assim, eu precisava acordá-lo. –olha só pra você Bill. –falava gesticulando com as mãos. –olha só pra essa zona que está aqui, você nunca foi disso...olha no que essa mulher está te transformando, e você ainda defende ela Bill, acorda mano, acorda! –falava o encarando, enquanto ele me olhava com cara de nada, com lagrimas silenciosas escorrendo em seu rosto. –ela não merece nem uma dessas lagrimas ai. –falei apontando para seu rosto. –ela não merece o seu sofrimento...ninguém merece o seu sofrimento...e você não está só se acabando assim...ta acabando comigo também, porra. –falei já sem conseguir segurar as lagrimas o fazendo chorar mais. –sai dessa, seu magrelo idiota. –falei o puxando pra um abraço, sentindo Bill envolver seus braços em mim se encaixando em meu peito como uma criança. –não fica assim por favor Bill...eu sei o quanto isso faz mal. –conclui o abraçando forte enquanto nossas lagrimas rolavam sem controle.
-não me deixa Tom. –Bill falou entre fortes soluços.
-não...nunca mais! –falei o apertando em meus braços.

Por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog