sábado, 17 de setembro de 2011

Things Of Life 2 - Capítulo 8 - Nightmare

Nayara

Três semanas haviam se passado, depois daquela noite com Tom, nossa amizade continuou a mesma, mas com um toque especial...’uma cor a mais’ como dizia Tom...a famosa amizade colorida.


Hoje o dia foi corrido, não vi quase ninguém, passei o dia na faculdade fazendo trabalho, voltei já a noite, jantei e me surpreendi com tal cardápio...uma macarronada maravilhosa, feita por Georg, com um tal molho secreto, delicioso, feito por Tom. Pena que não cheguei mais cedo pra ver os dois de avental e a mão na massa.


Depois do jantar, Georg saiu pra balada com Gustav e Julinha, Carla foi dormir na casa de uma amiga, Tom foi dormir cedo, por milagre de Deus, pois tinha que trabalhar cedo..tinha uma reunião, sei lá, e eu subi pra tomar banho e fazer o mesmo, estava muito cansada, e pra aproveitar daquele silencio absoluto que reinava na mesma. Tomei um banho demorado, vesti uma camisola soltinha e quando estava deitada me preparando pra dormir, ouvi um forte grito que me fez pular da cama tamanho o susto, fiquei tremula por alguns segundos enquanto meu coração parecia querer sair pela boca, o grito era do Tom, que soltou um “Nein” tão forte e desesperador, que na hora minha espinha gelou.


Tom não falava com a gente, praticamente nada em alemão, apenas por insistência de Georg, ele o ensinou a falar um tal de “zeig mir deine pflaumer” ou algo assim, o que me deixou ainda mais intrigada. Levantei da cama correndo e fui em direção ao seu quarto para ver o que havia acontecido.

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Tom Kaulitz

O dia hoje foi tranqüilo, cheguei cedo do trabalho e inventei de fazer alguma coisa para o jantar, já que Carla e Nay não estavam, Gustav havia ido buscar a Julinha e Georg...o tirei do sofá e o arrastei pra cozinha, não iria me matar sozinho né?!..no final até que deu certo, fizemos uma bela macarronada. Depois do jantar todos haviam saído, ficamos eu e Nay, me despedi dela e fui pro meu quarto, estava com um pouco de dor de cabeça, tomei um banho rápido e me joguei na cama, amanha iria acordar cedo pra trabalhar e pra conseguir fazer isso sem reclamar, precisava dormir muito, mas se eu soubesse que teria esse maldito pesadelo de novo, preferia nunca mais dormir na vida:
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–bom..to indo. –Bia falou e eu ouvi a porta do carro se fechar. –um ótimo show pra vocês.....


-beijo Tom.


-beijo minha linda.


-bom agora vou mesmo...tchau meu amor. –Bia falou e ouvi um beijo no telefone.


-tchau linda. – fiz o mesmo e desliguei.


Bianca deu a partida no carro, ligou o radio e colocou ‘Good Riddance ‘ do Green Day, uma musica que adorava, e seguiu em direção ao restaurante aonde seria a reunião...o transito estava calmo, Bianca cantarolava a musica e dava tapinhas no volante conforme a melodia da mesma, ela já estava a duas ruas do restaurante, quando um carro da pista ao lado perdeu o controle e foi velozmente de encontro ao seu carro, e eu nada pude fazer apenas assistir...o farol alto do carro clareou o interior do carro de Bianca, naquele começo de noite escura, fazendo seus olhos assustados ficarem em um azul quase transparente, o barulho da tragédia causada aquela noite, pode se ouvir de longe.
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-NEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIIIIIIINNNN. –gritei tão forte que minha garganta ficou doendo por um tempo, mas não tanto quando a dor que despertou dentro de mim novamente, como a dor que senti naquela noite ‘maldito pesadelo, de novo’ pensei sentado na cama, ofegante e suando frio, com o coração totalmente acelerado...meus olhos já estavam marejados quando olhei pra frente vendo a porta do quarto se abrir, era Nay com uma expressão, totalmente assustada.

-Tom?! que foi? –ela falou já subindo na cama.

‘nada’ –tentei dizer, mas a voz não saia.

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Nayara
Abri a porta do quarto e encontrei Tom sentado na mesma, meio desnorteado com a respiração falha, provavelmente teve um grande pesadelo.

-Tom?! que foi? –perguntei já subindo na cama.

Ele parecia tão perdido, peguei em seu rosto que estava totalmente gelado, ele evitava me olhar nos olhos, olhos os seus que estavam marejados.

-calma. –sussurrei o abraçando, Tom apenas descansou seu peso sobre mim, desabando em um choro profundo, o abracei mais forte deitando minha cabeça sobre a sua. Nunca o vi daquele jeito, e sem fazer idéia de qualquer motivo que o levara a ficar assim, senti uma angustia horrível de vê-lo naquele estado...seus soluços eram profundos, como os de uma criança extremamente magoada, fiquei em silencio acariciando seu braço, o deixando desabafar apenas em lagrimas, depois de um bom tempo, quando ele havia se acalmado um pouco, ainda sem dizer nada, lhe dei um copo d’água, o fiz deitar e fiquei o vigiando até pegar no sono, e depois de um tempo fiz o mesmo, mas sem sair dali caso ele acordasse.

Por: Grasiele

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