terça-feira, 10 de setembro de 2013

Give Me A Second Chance - Capítulo 9 - Decisão

Cheguei ao hotel e fui tomar um banho. Eu tinha que tomar uma decisão séria agora. Não era uma simples decisão, era uma escolha que mudaria toda a minha vida.
De um lado, Bill Kaulitz, meu amor de infância e o homem da minha vida, do outro lado, minha carreira profissional como cineasta.
Seja qual for a minha escolha, estarei deixando parte da minha vida ir água a baixo, mas se eu escolhesse a primeira opção que era ficar com o Bill, ele me deixaria completa, por que se eu ficasse com a segunda, uma parte de mim estaria fora, sem nexo, sem vida.
Eu estava prestes a escolher entre um amor e um futuro. Não sei o que vai acontecer com nós daqui pra frente, mas eu vou tomar essa decisão agora.
Terminei o banho, sequei meu corpo detalhadamente, não se esquecendo de nenhum detalhe. Passei um creme hidratante, assim não necessitando do perfume, e vesti uma roupa simples. Uma blusa roxa e uma calça jeans qualquer. Calcei um tênis e dessa vez peguei minha mala toda, fechei a conta no hotel e fui para a casa dos Kaulitz. Nisso tudo, já havia se passado duas horas e meia.
Entrei num táxi e pedi que me levasse para a Rua Mont Saint Helena, era a rua da casa deles. Pelo trânsito da hora em que se era, ia demorar meia-hora para chegarmos. Decidi então, mandar um e-mail para minha querida mãe. Que sempre me apoiou com o meu namoro com o Bill e sempre, sempre esteve ao meu lado nos momentos mais difíceis da minha vida. No momento em que eu precisava decidir, pensara em pedir sua ajuda, mas não, agora cresci e preciso me virar sozinha. Minha mãe já me ajudou demais, já está na hora da Anny crescer e se tornar mulher.
O e-mail dizia o seguinte:

Mãe, me perdoe, mas eu tomei essa decisão sozinha. Eu te amo mais do que tudo na minha vida, mas ele é especial e eu quero passar os meus últimos anos de vida ao lado dele, quero amá-lo e desejá-lo assim como sempre fiz durante todo esse tempo.
Não queria ter que abandonar o curso, por que seria assim um sonho realizado, mas eu estando cursando-o ai, não seria mesma coisa de estar com ele. Com ele eu me sinto completa.
Espero que você entenda. Um dia eu vou te visitar.
Beijos e abraços,
Anny Rink.


Desliguei o notebook, quando o táxi chegou ao seu destino. Olhei para a enorme casa a frente, tirando a mala pequena de dentro do carro. A mala era pequena por que eu não queria trazer muitas coisas, já que viria a passar poucos dias aqui.
Toquei a campainha e logo fui atendida.
-Bill, eu larguei tudo por você. -ele me abraçou.
-Não precisava fazer isso, nós arranjaríamos outro jeito. -disse ele, tentando se redimir pelo erro.
-Não Bill. Eu estou entregando a minha vida a você e sempre, até a minha morte quero estar junto de ti.
-Você, hoje e sempre... -disse ele. Era o que sempre dizíamos quando nós começamos a namorar.
-… Forever and ever. -completei. Ele me beijou.

Seis meses depois, na Alemanha…

-Ah para Bill. -disse eu, jogando uma almofada nele.
-É sério! Eu quero ter filhos contigo, casar com você.
-Não quer não. -brinquei.
-Quero sim. -disse ele, firme. Abraçando-me.
-E se eu disser que estou grávida.
-Sério? -perguntou ele, impressionado.
-Não, brincadeira. -disse eu, rindo. Ele não gostou nada e me soltou. -Mas bem que poderíamos tentar.
-É. -respondeu ele, voltando a ficar feliz. -Agora! -disse ele, se jogando em cima de mim, no sofá do hotel.
Agora sim tinha a total certeza de que tinha feito a coisa certa. Tomei a decisão certa e não me prejudiquei por que com o pouco que aprendi, ajudo os meninos com a gravação dos clipes e de outras coisas mais.
E não me arrependi de ter gasto um dia da minha vida junto dele, onde acontecimentos especiais se realizaram. Aproveitei a minha segunda chance sem medo de ser feliz e hoje estou ao lado dele, amando-o e desejando-o. Em paz comigo mesma. E agora posso dizer que sim, vivemos felizes para sempre, como num conto de fadas de verdade.


FIM

Fonte: x

Give Me A Second Chance - Capítulo 8 - Escolhas

-Sou eu mesmo pessoal. -disse eu, feliz.
-Eu disse que ela tinha aparecido. -disse o Tom, convencido.
-Nossa, você voltou mesmo. -disse o Georg, me abraçando seguido do Gustav, meu ursinho.
-Quando o Tom disse, nós nem acreditamos. -disse o Gustav.
-Nem o Bill acreditou e digamos que ele ficou bravo com isso. -disse eu, olhando para o mesmo. Bill apenas me abraçou indicando que não estava mais bravo comigo e sim feliz por me ver.
-E eu estou bem, sabe, obrigado por perguntar. -disse o Bill, sério.
-É claro que você tá bem, imbecil. Você passou a noite fora com uma garota, por sinal, muito bonita. - disse Tom e eu senti meu rosto corar levemente – Tão bem que nem atendia o celular! -Nós dois rimos.
-Digamos que... - Bill disse ao ver Tom erguer a sobrancelha. -Bom, eu te conto depois.
- Não precisa. -Disse o Tom. - Eu não quero saber o quê e nem como vocês fizeram. Se é que me entendem. -Tom sorriu piscando para o casal. E os outros também riram das palavras do Tom.
-Vocês já almoçaram? -perguntei, séria.
-Não. -responderam juntos.
-Bom, estão afim de um bom macarrão com bastante molho? -perguntei animando eles.
-Sim. -responderam eles animados.
-Eba! -o Bill pulou do meu lado.
-Desde quando você sabe cozinhar? -perguntou o Tom desconfiado. Eu era péssima na cozinha.
-Bom, cinco meses ao lado da minha mãe, ou você aprende, ou vive de salada e pizza. -disse eu, rindo.
-Sua mãe ainda é modelo?
-Sim, sim. E agora estilista também.
-Oh sim.
-Por mim tudo bem em você cozinhar. -disse o Gustav.
-Por mim também. -disse o Georg.
-Você está doido? -Tom estava quase gritando. -Quer morrer?
-Para! -eu atirei uma almofada no rosto dele, mas ele a segurou. -Eu aprendi a cozinhar bem. -disse eu, ofendida.
- Ah, claro. Desculpa, mas eu tenho amor à vida. -zombou Tom e desta vez a almofada acertou sua barriga. -Ai!Eu tô brincando! -disse ele, passando a mão aonde tinha acertado.
-Bom venham me ajudar.
-Eba.
E todos seguiram para a cozinha, cozinhar, obvio! E bagunçar também.

Enquanto todos comiam, Bill percebeu o sorriso belo de Anny. E cada vez mais tinha certeza de que tinha feito a coisa certa, só que a vida lhe reservou mais decisões.

Nós dois estávamos na sala, os meninos estavam lavando a louça e tinham dado um desconto para mim e o Bill conversarmos.
-Bill, eu preciso te alertar de algo.
-O quê amor? -ele pegou em minhas mãos.
-Eu não quero separar de você, mas eu tenho que continuar o curso. Já perdi muitas aulas pensando nisso e vindo até aqui.
-Eu também não quero amor, mas o que podemos fazer?
-Não sei amor.
-Eu vou abandonar a banda. -disse ele, convicto.
-Não Bill! -disse eu, repreendendo. -Não faça isso, é teu sonho.
-Eu sei, mas eu te amo e não quero te perder.
-Eu também não.
-Então...
-Eu vou para o hotel e te digo a resposta. -disse eu, me levantando do sofá.
-Tudo bem, amor. -disse ele, me abraçando forte. -Qualquer coisa que você decida, eu estarei ao seu lado.
-Eu te amo.
-Eu também, te amo.
Ele me abraçou mais forte.
-Tchau meninos! -gritei.
-Tchau! -gritaram eles.
-Me espere. -disse eu, diretamente para o Bill.
-Estarei aqui.
Eu fui para o hotel.

Give Me A Second Chance - Capítulo 7 - Diga apenas o que eu quero ouvir

Terminamos nosso café-da-manhã, subimos para o quarto, pegamos nossas coisas e decidimos fazer um pequeno passeio no shopping que era a duas quadras daqui e íamos andando mesmo.
Compramos doces, revistas, livros, bichinhos de pelúcia e outras coisas. Carregamos sacolas para todo o lugar, nos divertimos muito sem se importar com o amanhã. Agora o que nos interessava verdadeiramente era a nossa paixão, o nosso amor.
Não havia ouvido de sua boca um ‘eu te perdôo’, mas os seus atos contra comigo, já dizem que ele me perdôo. Não sei o que vai nos acontecer, mas quero aproveitar esse momento ao lado dele. Essa nossa pequena aventura.
-Eu ainda tenho meia-hora. -disse eu, séria, olhando meu relógio.
-Você ainda está contando? -perguntou ele, triste.
-Você ainda não me disse o que eu quero ouvir.
-Eu te perdôo por tudo que você me fez. Eu te perdôo por que eu te amo mais do que a meu próprio ser. -disse ele, pegando em minhas mãos.
-Obrigado Bill. Eu também te amo. -disse eu, sorrindo levemente.
Ele me deu um beijo rápido e ele disse:
-E agora você está contando?
-Não. -respondi sorrindo. -Quero ficar com você para sempre agora.
-Eu também.
E ele me beijou novamente, só que de um jeito mais longo e gostoso.
Nós dois saímos da loja de chocolates e eu parei para ajeitar as sacolas e avistei uma loja de celulares e sorri lembrando-se dos pedaços dos nossos. Bill olhou na mesma direção que a minha e disse:
-Eu preciso de um.
-E eu também. -nós dois rimos. -Bill, por que você não vai para casa para almoçar? Enquanto você almoça, eu vou para o hotel.
-Para quê?
-Trocar de roupa, guardar as compras, ligar para a minha mãe.
-Ah sim. É que quando eu estou com você, eu perdo as horas. -ele deixou as coisas no chão e me abraçou alegremente, sugerindo:
- Então fazemos assim: vamos lá pra casa, almoçamos lá, eu tomo um banho e depois levo você no hotel.
- Pode ser. Assim você aproveita e dá notícias ao Tom, antes que ele pense que eu te abduzi. – Brinquei.
- Ok. Lá vamos nós atrás de outro táxi... – ele disse virando os olhos sorrindo.
Pegamos outro táxi e agora fomos para casa dele. Pedi ao taxista que levasse minhas compras para o quarto 351 do hotel Hinton, onde eu estava hospedada.
Chegamos a casa ele, ele abriu a porta e nós dois podemos ouvir algumas vozes misturadas com música. Essas vozes pertenciam ao Tom, Georg e Gustav e a música, a televisão.
-Hey! -disse o Bill, feliz direcionando a atenção dos meninos para ele.
-Olá! -disse eu, feliz saindo de trás do Bill.
-ANNY? -Georg e Gustav se perguntaram ao mesmo tempo, surpresos por me verem.

Give Me A Second Chance - Capítulo 6 - Um amanhecer de um amor

Eu acordei, temendo que tudo fora apenas um sonho.
Olhei ao meu redor e não o encontrei. Apenas os lençóis desalinhados e seu perfume doce dele pairando sobre o ar.
Observei a porta da varanda aberta e percebi que ele estava lá. Levantei da cama e vesti o roupão do hotel. E fui em direção a varanda.
O vi encostado na grade de proteção da varanda. Sorri abertamente e fui em direção a ele, abracei-o fortemente.
-Pensei que você tinha me abandonado. -disse eu, soltando-o e vendo-o olhar sorridente para mim.
-Não, nunca. -ele sorriu. -Só estava pensando sobre nós e vendo esse amanhecer lindo.
-Eu posso vê-lo com você. -disse eu, sorrindo.
-Tudo bem. -disse ele, dando um de seus sorrisos maravilhosos. -Eu ia te acordar, mas você estava dormindo tão linda, que eu não quis atrapalhar.
Ele se sentou no chão frio da varanda e me colocou em seu colo me envolvendo com os seus braços para conter o frio da manhã que cercava Hamburgo.
Ficamos conversando sobre pequenas e simples coisas, lembrando do nosso passado, rindo das brincadeiras do Tom. E lógico, trocamos alguns beijos e carícias com amor e carinho.
Quase sete e meia da manhã o sol começou a surgir no horizonte dos prédios da cidade.
-Olha Bill. -comentei.
-Que lindo. -extasiado.
Esperamos mais uns minutos, antes de celebrarmos esse amanhecer com um beijo romântico e intenso assim como o sol, surgindo belo no horizonte.
-Vou tomar um banho, amor. -disse eu, entrando no quarto, acompanhada dele.
-Tudo bem.

Bill viu a garota entrar no banheiro e sorriu, enquanto deitava-se na cama.
Ele ficou a pensar sobre o que tinha acontecido. Ele amava Anny desde quando a conheceu, quando eles tinham apenas 12 anos, num acampamento no qual ele odiava.
Mas o momento no qual ele queria lembrar foi de ontem à noite. Foi à primeira vez de ambos. E eles sempre sonhavam isso, só lhes faltavam oportunidade. De estar a sós um com o outro. Bill teve certeza de que essa noite foi a mais perfeita de todas.
Mas ele queria repetir isso. Repetir essa sensação de poder tê-la em seu corpo novamente. Bill se levantou da cama e ouvindo o barulho do chuveiro, ele caminhou até o banheiro sorrindo alegremente.
Ele entrou no banheiro e disse:
-Posso tomar esse banho com você? -perguntou ele, fazendo ela se virar surpresa. Bill sorriu sendo acompanhado dela, que abriu os braços respondendo:
-Eu estava te esperando, meu amor. -respondeu ela, feliz.
Bill a encostou na parede, roubando beijos dela. Bill a pegou no colo e Anny entrelaçou suas pernas na cintura dele e fizeram amor.

Eu me vesti junto dele e depois arrumamos nossos cabelos molhados, usando o secador e o escova do hotel. Bill colocou seus enormes óculos escuros e descemos para tomar café-da-manhã.
Nós dois andávamos abraçados agora, como antes, como um verdadeiro casal apaixonado. Como se nesses cinco meses, nenhum de nós dois tivéssemos deixado de se amarem ou se tivessem sentindo raiva um do outro.

Give Me A Second Chance - Capítulo 5 - A noite tão esperada.

Chegamos ao hotel. Bill pediu um quarto simples, apenas para passar a noite.
Esperamos alguns minutos até prepararem o quarto. Quando alertaram que estava pronto, Bill colocou o braço no meu ombro e assim fomos juntos até o quarto.
O quarto era realmente simples. Paredes alaranjadas com uma fina faixa bege passando no centro das paredes e no rodapé também. Ao lado direito da porta, tinha uma mesa com um vaso de rosas amarelas contrastando com a parede alaranjada, e mais próxima a essa parede, tinha uma porta, que provavelmente seria um closet. Do outro lado do quarto tinha uma porta, parecia ser do banheiro. Ainda na mesma direção, tinha duas poltronas e alguns livros e revistas empilhados em cima de uma mesinha com um telefone. No centro do quarto tinha uma cama, ao lado dois criados-mudos com abajures e próximo a cama, estava uma varanda com uma belíssima vista.
-Está bom pra você? -perguntou ele, tirando o seu casaco.
-Está ótimo. -respondi, ligando os abajures.
Ele sorriu levemente, deixando o casaco em cima da poltrona. Fiz o mesmo com o meu sobretudo.
Aproximei-me dele, sorridente. Estava feliz por passar esses momentos com ele. De ter-lo de volta a mim por pelo menos esse dia. Esse único dia.
-Você não sabe o quanto eu senti a sua falta, meu amor. -disse eu, colocando os braços em volta do pescoço dele, apoiando minha cabeça em seu peito.
-Eu também, meu anjo. -disse ele, apertando o abraço, colocando suas mãos em minha cintura.
-Você não sabe o quanto sofri... -ele me interrompeu.
-Shihh... -disse ele, colocando o dedo na minha boca. -Não diga nada. -ele passou a acariciar meu rosto. -Nós já aproveitamos a vida hoje, mas nesse momento eu quero curtir você agora. Só tu me interessas agora.
Seus olhos se fecharam acompanhando os meus e nossos lábios se uniram num beijo.
Beijo pelo qual eu aguardo desde que eu o vi pela primeira vez desde que voltei para pedir seu perdão. Beijo que eu tanto desejava nesses cinco meses.
Ele me tomou nos braços e levou-me até a cama. Deitou-me suavemente, ainda mantendo nossos lábios unidos.
Bill tirou nossos calçados e em poucos segundos, estávamos sem nossas roupas. Ele beijava meus pontos sensíveis, tocava minha pele com delicadeza. Olhava-me nos olhos, bem fundo tentando decifrar-los.
Nossos corpos se mexiam com um sincronismo intenso. Fazendo gemidos e suspiros surgirem de nossas gargantas. O prazer era indescritível, o amor e o carinho, não tinham palavras.
Tínhamos certeza de que não estávamos fazendo apenas sexo e sim, amor.
Bill, já exausto, deitou ao meu lado, me envolvendo com os seus braços.
-Nada me importa agora. -disse ele, sorrindo pra mim. -Nada me importa agora que você está aqui comigo.
-Eu te amo.
-Eu te amo.
Ajeitei minha cabeça em seu peito. Bill me abraçou mais forte, fazendo ambos sentirem o calor do corpo um do outro. Ele abaixou um pouco e selou um beijo em meus lábios e em poucos segundos, ambos tomados pelo cansaço que o momento os fizeram, que o dia agitado e aventureiro os fizeram. Nós dois adormecemos juntos, naquele quarto de um hotel.

Give Me A Second Chance - Capítulo 4 - Doce infância. Sweet Innocence.

-Chegamos! -disse eu, descendo do carro.
-Um parque de diversões? -perguntou ele, fazendo uma careta. O local estava cheio, alegre, cheio de luzes e pessoas felizes.
-Exato. -respondi, entrando na fila da bilheteria. -Para lembrar a nossa infância. -disse eu, sorrindo.
Compramos os bilhetes para irmos a vários brinquedos. Corremos em direção ao carrossel era o nosso brinquedo favorito quando éramos apenas duas crianças felizes.
Bill pegou em minhas mãos enquanto dávamos voltas e voltas no carrossel. Sorrimos e gritamos felizes.
O sorriso dele era simplesmente maravilhoso e me encantava como um passe de mágica. Nossos cabelos ao vento, sorrisos vagos, gritos alegres de dois adolescentes amantes.
Não sei nem quantas vezes brigamos sobre qual era o próximo brinquedo que nós íamos. Parecíamos até duas crianças, apesar de termos apenas 19 anos. Era divertido poder lembrar o passado. A magia do passado, da doce inocência de um olhar, no beijo molhado em frente à roda-gigante, dos sorrisos e do sorvete dividido. Lembrar da nossa infância é mais do que magia, era um sonho. Lembrava do mesmo dia em que ele pediu em namoro, quando tínhamos apenas 14 anos.
-Ah, estou com muita, muita fome. -disse ele, colocando a mão na barriga.
-Também. -disse eu, repetindo o movimento antes feito por ele. -Tem uma lanchonete ali. -disse eu, apontando para a mesma. -Lembra dela?
-Lógico. Impossível esquecer-se do dia da guerra de hambúrgueres. -disse ele, rindo. -Expulsaram nós de lá.
-É mesmo. -disse eu, caindo na gargalhada.
-Vamos. -disse ele, apresado.
-É. -disse eu, toda louca.
Fomos à lanchonete. Pedimos nosso cardápio de sempre: hamburguês, batatas-fritas, refrigerante e de sobremesa, um sundae de morango de preferência. Adorávamos esse sabor.
-O que você tem feito? -perguntei, comendo uma batata-frita.
-Ah, só estamos gravando um novo disco, fazendo pequenas sessões de fotos e assim vai. -disse ele, bebendo coca-cola. - Você?
-Bom eu tenho feito alguns cursos e abandonei um namorado para fazer isso. -disse eu, sem olhar para ele.
Nós dois rimos alegremente.
Terminamos de comer e seguimos para fora do lugar. Observamos tudo, as luzes, as pessoas felizes, o céu negro sendo colorido pelos brinquedos.
-Queria estar com o meu celular agora. -reclamou ele, rindo.
-Foi por um bom motivo. -disse eu, sorrindo.
-Concordo.
Começamos a andar sem rumo pelo parque, conversando sobre pequenos acontecimentos do passado. Eu avistei um banco e cansada, sentei nele e Bill me acompanhou:
-Não queria que isso nunca mais acabasse. -desabafei.
-Também não.
-Já é noite. -disse eu, olhando o relógio em meu pulso.
-Bom.
-Isso me lembra onde vamos dormir. -disse eu, com o olhar cansado. -Que tal dormirmos no hotel onde estou? -virei diretamente para ele.
-Não é uma boa idéia. -respondeu ele, colocando o dedo no queixo, sinalizando que ele estava a pensar. -Que tal nós irmos para outro hotel, num outro quarto, só para celebrarmos essa nossa pequena aventura?
-Sério? Não é melhor irmos para o meu hotel? É menos trabalhoso.
-Não. -respondeu ele, fazendo bico. -A minha idéia é 100% melhor.
-Tudo bem.
-Vem. -disse ele, se levantando e estendendo a mão para mim pega-la.
-Ok.
Nós saímos e fomos pegar outro táxi, agora em direção ao hotel.

Give Me A Second Chance - Capítulo 3 - Uma tatuagem

-Vem Bill. -disse eu, puxando ele pela mão em direção ao beco próximo do café.
-Anny, ainda não acredito que aceitei isso. -disse ele, tropeçando, enquanto era fortemente puxado por mim.
-É Bill. Se prepare! -disse eu, feliz.
Parei de frente para um muro escuro. Bill olhou confuso para mim, passou as mãos pelos seus cabelos negros e disse:
-Você está com o seu celular? -perguntei tirando o meu do meu bolso.
-Sim. -respondeu ele, passando mão pelo bolso de trás da sua calça. -Para quê? -perguntou ele, atordoado.
-Me dê seu celular. -disse eu, estendendo a mão em direção a ele.
-Quê? -perguntou ele, ainda atordoado.
-Apenas me dê seu celular. -disse eu, firme. Ele tirou o celular do bolso da sua calça jeans e entregou na minha mão. Eu segurei firme e inesperadamente joguei-o contra a parede. Bill virou-se para mim, olhando seu celular de ultima geração desfeito todo em pedacinhos.
-Anny, o que você acabou de fazer? -perguntou ele, chocado pela minha ação contra o celular dele.
-Bill, faça o mesmo. -disse eu, entregando meu celular para ele. Ignorando sua pergunta. -Vai Bill. -incentivei.
Ele não disse nada, apenas fez força e jogou o celular contra a parede. Ele olhou confuso para os pedacinhos do mesmo sobre o chão frio e me perguntou, mantendo a confusão no olhar:
-Qual é o motivo disso?
-Meu tempo é curto com você é nós temos que aproveitá-lo ao máximo, sem que ninguém nos incomode.
-Como você é louca.
-Eu sei. E eu quero que você saiba que durante essas 24 horas você é todo meu. -ele sorriu abertamente.
-Sim. -respondeu ele, fazendo seu sorriso desaparecer. -Mas para onde vamos? -perguntou ele, enquanto segurava sua mão arrastando ele rua a fora.
-Não vou dizer. -disse eu, fazendo bico. -Bill, não se preocupe. Se jogue no destino.
Paramos em frente a um estúdio de tatuagem. Bill ainda continuou confuso e me perguntou:
-Você vai fazer uma tatuagem? -perguntou ele, custando a acreditar em onde nós estávamos.
-Sim. -disse eu, procurando o desenho dentro do bolso do sobretudo. -Ah achei. -disse eu, com o papel na mão.
-Nossa, não acredito. -disse ele, surpreso. -Annynha, não faz isso. Você morre de medo de agulha.
-Por isso mesmo. Tenho que superá-lo. -disse eu, sentando na cadeira onde o tatuador pediu que eu sentasse.
Levantei a manga do sobretudo, enquanto o tatuador preparava os materiais necessários para a execução da tatuagem.
Bill se sentou ao meu lado, num baquinho, e pediu que eu segurasse a mão dele. Segurei-a enquanto o tatuador desinfetava meu pulso.
Quando a agulha começou a atritar na minha pele, eu mordi o lábio, forçando as nossas mãos juntas. Depois que me acostumei com a dor, uma ligação forte entre mim e o Bill começou. Eu o olhava nos olhos, o observava mesmo quando ele não olhava para mim.
Meia hora se passou. Era uma tatuagem pequena e simples, mas com um grande significado para nós. Mas principalmente para mim.
-Pronto. -disse o tatuador.
-Obrigado. -disse eu, pegando o dinheiro do meu bolso.
Eu me levantei da cadeira e Bill me seguiu. Eu dei a mão a ele e eu comentei:
-Gostei dessa sensação.
-Sério? -perguntou ele. -Eu fiz uma tatuagem também.
-É?
-Aham. Depois eu te mostro. -disse ele, dando uma piscadinha. -Me deixa ver?
-Aqui. -disse eu, levantando a manga do sobretudo.
-Oh. -disse ele, surpreso.
Eu tinha tatuado o nome dele com um coração no fim.
-Gostou?
-Achei simplesmente linda. -disse ele, ainda surpreso.
Sorri e vi um táxi passar, alertei que o queria e gritei para o Bill.
-Vamos logo! O tempo é curto. -disse eu, entrando no carro.
-Sua louca. -gritou ele, entrando no carro atrás de mim.

Give Me A Second Chance - Capítulo 2 - Uma chance

Chegamos ao tal café, sentamos numa mesa no fundo, para não ter nenhum risco dele ser reconhecido pelas suas fãns.
-O que vocês desejam? -perguntou o garçom.
-Um café com adoçante, por favor. -pedi.
-Um café forte. -pediu ele, mantendo a arrogância.
-Já lhes trago. -disse o garçom saindo.
Pus minhas mãos sobre a mesa, respirei fundo antes de iniciar minha argumentação contra ele.
-Bill, é... Muita coisa aconteceu. E antes de tudo, peço lhe desculpas por não ter mantido contato com você e de não ter te avisado, é que eu queria evitar despedidas e lágrimas.
-Nossa, legal. Desde quando você se preocupa comigo?
-Bill, por favor, para de me tratar assim? -segurava fortemente as lágrimas.
Ele não respondeu nada. Tentei continuar.
-Minha mãe me chamou para passar um tempo com ela, na França e eu aceitei. Era para ser por quatro anos, por que eu ia fazer faculdade de cinema, assim como você sempre soube que eu queria fazer. -percebi um leve sorriso em seus lábios. -Passei esse tempo todo tentando fazer a faculdade sem pensar no erro que havia cometido, mas era quase impossível. Tudo nos lembrava, lembrava do nosso relacionamento, da nossa infância. E mesmo eu estando feliz fazendo o que eu gosto não me sentia completa. E nesses últimos dias, eu me senti muito culpada e vim aqui falar contigo sobre isso.
-Anny, você passou todo esse tempo fora, sem atender minhas ligações, sem mandar um e-mail se quer, e ainda vem fazer todo esse papelão pedindo desculpas? Você não sabe o quanto eu sofri, o quando chorei pensando que você não me queria mais, pensando que você tinha fugido com outro. -a mágoa era perceptível em seu olhar ofuscado pela raiva. -Agora você vem dizer que me trocou por uma mera faculdade de cinema e vem dizer que se sente culpada? Anny inventa outra, por favor. -disse ele, dando um gole no café, fazendo uma careta pelo gosto do café.
-Bill, eu me sinto culpada sim. Eu cometi um erro cruel e quando vi a bola de neve que tudo tinha feito eu sofri mais do que você. Por que eu sofri por mim e por você. E assim como eu te entendo, queria que você pudesse me entender.
-E você quer o que? Quer que eu acredite que entre nós a amor ainda? -mantinha totalmente a sua arrogância.
Peguei em sua mão, estendida sobre a mesa. Acariciei delicadamente e disse:
-Me deixa provar que eu ainda te amo que você ainda me ama.
-Será que não é tarde demais?
-Dê-me apenas uma chance. -disse eu, tensa. -Hoje você está ocupado?
-Não.
-Então me dê apenas esse dia para provar que te amo.
Ele não respondeu. Parecia estar pensando. Aquilo me deixava ainda mais apreensiva. Não sabia se ele ia aceitar a minha proposta, mas se ele aceitasse seria a minha única chance. Minha única chance de mostrar que o amo ainda e que nós podemos ficar juntos para sempre como sempre sonhávamos.
-Está bom. -disse ele, mantendo a seriedade. -Apenas um dia.
Relaxei um pouco, respirando fundo.
-Obrigado. -entrelacei nossas mãos.

Give Me A Second Chance - Capítulo 1 - Um aparecimento

Depois de muito tempo, cinco meses eu diria, eu voltei para lhe pedir perdão.
Estava preparada para pedir seu perdão. Eu tive que fazer isso, não podia perder essa grande chance almejar ainda mais meu futuro profissional. Não sei como ele está; não sei o que ele pensa sobre mim e principalmente, não sei se ele ainda sente algo por mim, assim como eu sinto por ele.
Nunca o esqueci, em nenhum momento. Ele não deve ter me entendido, eu no lugar dele, iria ficar muito magoada, mas eu me sacrifiquei totalmente para pedir o seu perdão. Espero que ele me perdoe, senão não sei como será o meu futuro, realmente, não sei.
Coloquei minha carteira dentro do bolso interno do sobretudo que usava, passei um batom nos lábios e um lápis fraco nos olhos e desci para pegar um táxi em direção a casa dele.
Toquei a campainha e esperei ansiosamente com o meu coração batendo aceleradamente dentro do meu peito.
-Já vai. -gritou alguém de dentro da casa.
Não respondi.
Esse alguém abriu a porta e se espantou por me ver.
-Anny? -era o Tom.
-Eu mesma. -respondi tensa.
-Que saudade. -disse ele, me abraçando.
-Também meu lindo. -disse eu, retribuindo o abraço.
-Você veio falar com o Bill né?
-Sim, eu preciso muito falar com ele. É importante.
-Tudo bem. -disse ele, entrando. -Sente-se ai. -disse ele, apontando para um sofá. -Vou chamá-lo.
Eu me sentei tensa sobre o sofá macio enquanto aguardava o Tom ir chamá-lo.

-Bill, tem visita para você. -disse o Tom, abrindo a porta do quarto do irmão.
-Quem? -perguntou o mesmo, sem olhar para o irmão, largando os fones em seu colo.
-Acho melhor você mesmo ir ver. -disse o Tom, ainda segurando a porta.
-Tom, para. Você está me assustando. -disse o Bill, levantando da cama, apreensivo.
-Vem. -disse o Tom, saindo e indo em direção as escadas.
-Ah Tom, fala logo. -disse o Bill, seguindo o irmão.
-Olhe com os seus próprios olhos. -disse o Tom, terminando de descer as escadas.
-Quem poder... -disse o Bill, esquecendo-se do que ia falar, parando diante o sofá onde seu antigo amor estava sentado.
-Licença. -disse o Tom, indo para a cozinha.

O silêncio dominou o ambiente. Eu levantei do sofá e olhei-o nos olhos. A sua expressão mudou completamente para uma expressão de raiva e mágoa.
-O que você quer hein? -perguntou ele, arrogante.
-Bill, é que... -eu não conseguia formular algo concreto para falar a ele.
-Você não me respondeu. -mantia a arrogância em suas palavras.
-Eu vim te ver. -respondi engolindo a seco a sua arrogância. -Vim... -ele me interrompeu.
-Que legal. Você já me viu né? -disse ele, ignorante. -Então vá. -disse ele, apontando para a porta.
-Bill, eu preciso conversar contigo.
-Mas eu não. Não quero nem olhar para você, vá. -disse ele, mantendo a ignorância.
-Você tem que saber da verdade.
-Que engraçado. -disse ele, rindo sarcasticamente. -Há um tempo você não se importava nenhum pouquinho com os meus sentimentos.
-Bill, por favor. Vamos para outro lugar, eu preciso falar com você.
-Aonde você quer ir? -perguntou ele, se dando por vencido.
-Para o café do centro, certo? -perguntei apreensiva.
-Certo. -respondeu ele, de mal humor.
Olhei para ele que ainda estava parado na minha frente, com uma expressão de tristeza na face, mas uma tristeza com uma ponta de mágoa. Seus cabelos estavam caídos pelos ombros, maquiagem preta ao redor de seus olhos cor de mel que hipnotiza os deuses, sua boca rosada e desenhada perfeitamente. Alto e magro, vestia roupas escuras e alguns acessórios em prata. Ele resmungou algo e passou por mim, abrindo a porta, mantendo seu mal humor.
Sai e ele me seguiu. Fomos andando até o próximo ponto de táxi que nos levaria para o centro. Dentro do táxi, o silêncio era profundo. Só ouvi as nossas respirações e a suave música que tocava na rádio do táxi.
-Centro, por favor. -pedi.
-Tudo bem, senhorita. -respondeu o motorista.

Give Me A Second Chance

Sinopse: Um grande amor. Uma grande decisão. Depois de muitos anos sem vê-lo, Anny tenta o perdão de um amor passado. Será que Anny conseguirá o perdão de seu amado? Ou se culpará pelos seus últimos dias que lhe restam de vida?

Classificação: +18
Categorias: Tokio Hotel
Personagens: Bill Kaulitz, Anny
Gêneros: Romance
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Capítulos: 9
Autora: Anne Lander

Remember Me? - Capítulo 6

Acordei na manhã de sábado estiquei meu corpo sob coxão, bocejei e agradeci por ter Johanne dormindo ao meu lado passei as pontas dos meus dedos em seus cabelos, e sem querer há acordei ao invés de ficar zangada, sorriu. Oh esse sorriso tão único dela, jamais verei sorriso tão meigo no rosto de outra pessoa.

- Desculpe se te acordei – Murmurei.
- Não tem problema – Ela se aproximou de mim e me beijou ternamente então quando nós paramos de nos beijar algo mágico aconteceu. O colar de chave que ela usava brilhou na luz do Sol e refletiu no meu colar de chave (que até então me era desconhecido) eu olhei em seus olhos castanhos. As imagens de minha vida passavam em minha mente como flashes, eu estava me lembrando de tudo agora. Eu vi os lábios de Johanne chamar meu nome... Mas minha mente ainda guardava todas minhas novas recordações.

- Bill! – Ela chacoalhou meus ombros e eu voltei do meu transe. 
- Esse colar é chave do coração um do outro eu te dei quando começamos a namorar. Você achava Aliança muito clichê por isso eu comprei esse colar de chave.
- Você se lembra? – Ela perguntou emocionada.
- Eu me lembro de tudo agora! – Johanne me abraçou uma lágrima solitária escorreu de seu rosto. – Eu me lembro de você meu amor – Acariciei os cabelos dela. – Agora que me lembro não quero me esquecer jamais de como eu sou feliz e realizado ao seu lado. 

Passamos a tarde inteira trancada em nosso mundo, somente eu e ela e nossas lembranças. Assistimos vários DVD’s caseiros que o Tom tinha gravado das nossas férias passadas, comemos brigadeiro, dançamos Linger a música de nosso primeiro encontro. Nos beijamos, fizemos amor no sofá, tiramos várias fotos juntos fazendo caras e bocas, passamos trote na policia, pedimos Pizza as três da tarde, bebemos uma grade de Heikenen, fizemos amor na cozinha, tomamos banho juntos e molhamos a casa inteira. E quando a noite chegou assistimos um filme romântico com pipoca com caramelo e chá. E dormimos novamente no sofá.


Novamente eu estava naquela floresta.

Não precisei procurar muito por Cassiel meu anjo ele já estava na minha frente.

- Vejo agora que se lembra de tudo – Ele disse se aproximando.
- Sim são as melhores lembranças que eu tenho mais felizes até que – Ele me interrompeu.
- As lembranças de sua outra vida.
- Nunca pensei que eu pudesse ser tão feliz assim!
- Mais você pode se quiser... E só fazer a escolha certa.
- Escolha certa?!
- Dá última vez que estivemos juntos eu disse que você voltaria.
- Para que?
- Para você fazer sua escolha pela segunda vez... Então o que prefere Kaulitz o amor de Johanne ou amor de sua banda.

Engoli seco parecia que tinha engolido um nó, nunca na minha vida pensei que um dia fosse escolher uma coisas dessas. Imagens da banda e de Johanne passavam em minha cabeça. E vozes sussurram em meu ouvido.

‘’Preciso de uma garota que possa da sua vida para ser capaz de fazer uma vida comigo’’

‘’Bill eu amo você, haja o que houver sempre estarei aqui disposta a desistir de mim por você’’

"Eu abdicaria de tudo. Quando a encontrar, seria capaz de acabar com tudo que construí até agora, durante toda minha vida como vocalista do Tokio Hotel para estar somente com ela."

‘’Você canta com o coração com a alma, não apenas com a voz. Eu sei que você vai conseguir eu sei!’’

“Acredito no amor verdadeiro, um amor para toda a vida.”

- Então Bill já tomou sua decisão? – Acordei do meu dejá-vu e dei minha resposta com toda certeza:
- Sim eu escolho o amor de Johanne, vou sentir saudade dos palcos de minha antiga vida com a banda... Mas morreria se ficasse sem Johanne sem seu sorriso sem o seu amor.
- Ótima escolha, mais tem um porém... – Franzi o cenho confuso e Cassiel continuou:
- De manhã quando ela acordar não vai se lembrar de você, assim como você ela vai se lembrar somente da vida antiga.
- Mais porque isso?
- Porque você fez uma escolha definitiva de ficar com ela.
- E como eu faço para ela se lembrar de mim?
- Isso você terá que fazer sozinho.
- Mais como – Ele me interrompeu.
- Pare de fazer tantas perguntas e meu tempo está acabando. Adeus, acho que não nos veremos mais nessa dimensão, boa sorte.
- Obrigado e por favor, não apareça mais em meus sonhos. – Cassiel sorriu antes de desaparecer na nevoa branca.



Abri os olhos ela ainda dormia, minhas costas doíam é nós precisávamos trocar o sofá de casa. Aos poucos ela foi se mexendo, abriu os olhos bocejou, olhou o ambiente ao seu redor e depois olhou para mim se afastou indo para outra ponta do sofá. Parecia uma gata arisca eu calmamente me aproximei. Enquanto repetia mentalmente: Selembredemim!Selembredemim!Selembredemim!Selembredemim!

- Quem é você? – Ela disse com a voz tremula.

Eu demorei três dias para me lembrar dela e se ela nunca se lembrasse de mim de nós.

- Sou eu Bill, se lembra de mim?

Os olhos castanhos de pupila dilatada se encontraram com os meus e nós ficamos assim durantes alguns segundos então ela sorriu e eu soube de imediato que ela se lembrava de mim.

- Claro que eu me lembro! – Ela acabou com há distancia entre nós e me abraçou fortemente. O sol atravessou nossas janelas mesmo aquela manhã de domingo ter amanhecido nublada. Eu cantei em seu ouvido:

Eu tenho o brilho do sol
Num dia nublado
Quando está frio lá fora
Para mim é como se fosse a primavera


Bem, você vai me perguntar:
O que pode me fazer sentir desse jeito?
Minha garota
Eu estou falando da minha garota (minha garota)

Eu tenho muito mel
As abelhas me invejam
Eu tenho uma doce canção
Como os pássaros nas árvores

Bem, você vai me perguntar:
O que pode me fazer sentir desse jeito?
Minha garota
Eu estou falando da minha garota (minha garota)

Eu tenho o brilho do sol
Num dia nublado
Quando está frio lá fora
Para mim é como se fosse a primavera

Bem, você vai me perguntar:
O que pode me fazer sentir desse jeito?
Minha garota
Eu estou falando da minha garota (minha garota).



Prólogo.


Na semana seguinte David Jost nós ligou dizendo que tinha adorado a Demo e que tinha gravadora interessada em nós. 

Dois anos depois Tokio Hotel voltou a ser o sucesso que era, só que, dessa vez melhor porque eu tinha todas as coisas que eu amava perto de mim. Ás vezes fazemos escolhas erradas, e nem sempre a vida nos dá uma segunda oportunidade de concertar as coisas. Eu agradeço por ter tido essa chance de mudar meu futuro, é parece estranho parece até estória de filme, mais é a pura realidade. Hoje sou Bill Kaulitz vocalista dos Tokio Hotel e tenho ás quatros coisas que preciso para viver: Meus amigos, minha família, minha música e minha garota


Fonte: x

Remember Me? - Capítulo 5

Minha lembrança viva.

- Então foi assim que nos conhecemos? – Ela acenou positivamente.
- Nada de tão grandioso, mais eu agradeço a Deus todos os dias por ter colocado você ao meu lado – Sorriu, e me roubou um largo sorriso. Apesar de Johanne contar nossa história eu ainda não conseguia me lembrar de absolutamente nada.
- Eu ainda não me lembro de nada – Meu rosto foi tomado pela decepção, os braços de Johanne se envolveram em volta de mim.
- Como foi nosso primeiro beijo? – Ela desfez o abraço.
- Foi no nosso primeiro encontro.
- Me conte como foi! – O brilho intenso nos olhos dela voltou de certo modo eram recordações boas.

Na cama uma montanha de roupa a moça se olhava no espelho mais não concordava com a imagem que via já estava na sétima peça de roupa e nada lhe agradava.

- Pelo amor de Deus Johanne é só um encontro! – a amiga ruiva reclamou.
- Eu sei mais eu quero achar uma roupa legal.

Depois de tentar várias peças de roupa escolheu um vestido tomara-que-caia preto até na altura do joelho com um lado no busto nós pés uma sandália preta com rebites. Ao chegar ao bar seus olhos percorreu todo ambiente a procura dele.

- Achei que não viesse mais – a voz melódica atravessou seus ouvidos, virou-se e deparou-se com o grande sorriso de Bill aquele de menino travesso que ela amava.
- É tive alguns problemas ao sair de casa – Bill colocou as mãos em volta do ombro da moça e guiou até uma mesa onde se tinha uma vista privilegiada para o palco ela se acomodou no banco estofado de vermelho. O moço de cabelo liso e chapado fez um sinal para Bill.
- Eu vou ter que tocar mais não saia da aí – como se eu fosse sair – Ela pensou, o rapaz subiu no palco e era incrível o poder que ele tinha quando estava com o microfone era algo mágico que emocionava todo o ambiente, todas as pessoas paravam e voltavam seus olhares para o palco. E algumas vezes quando o vocalista abria os olhos e olhava na direção de Johanne para ter certeza se ela ainda estava lá. Ao fim dá última música a única coisa que ele queria era conversar com Johanne, mais foi impedido um grupo de meninas vieram em cima dos rapazes deixando Johanne um pouco enciumada com aquelas garotas dando em cima do Bill descaradamente. Por fim ele conseguiu se livrar das garotas e se sentou á mesa.

- É elas te adoram – a moça disse ironicamente, os outros membros da banda se aproximaram.
- Você é Johanne prazer Georg – ele pegou a mão da moça e beijou.
- Não ligue ele fica sem ação perto de moças bonitas – disse o gordinho e loirinho, Johanne achou-o uma graça.
- Sou Tom irmão do Bill – disse o dreads.
- Irmãos?
- Gêmeos – completou os outros dois.
- É a gente não é muito parecido eu sou mais bonito – disse Tom.

Os garotos deixaram os dois á sós, e se formou um silêncio incomodo logo os dois riram um do outro.

- Você está linda – ele à admirava, ela ficou com pouco tímida com o olhar tão intenso de Bill sobre si. Uma música lenta começou tocar dos The Cranberries – Linger.
- Quer dançar? – ele a convidou – Mais já vou logo avisando esteja preparada porque eu vou pisar muito no seu pé.
- Que ótimo porque eu também vou pisar muito no seu – ele pegou-a pela mão e a guiou até a pista de dança. Johanne rodeou o pescoço de Bill com seus braços, ele a segurava pela cintura. Começaram meio sem ritmo mais já ao meio da música estavam totalmente conectados, Johanne estava com a cabeça afundada no casaco de couro dele, o cheiro dele erra algo delicioso era suave e concentrado. Mesmo com a fim da música não pararam de dançar, pois nem ouviam a música naquele momento só existia eles e mais ninguém.

- Eu preciso ir – ela sussurrou de olhos fechados – Meus pais devem estar preocupados.
- Tudo bem eu te levo até sua casa é perigoso andar na rua essa hora da madrugada – nem era de madrugada e nem era tão perigoso era só uma desculpa para ficar um pouco mais perto dela.

Caminhavam lado à lado com a chegada da noite a temperatura tinha caído drasticamente e Johanne estava encolhida esfregando as mãos no braços despidos. Bill como um bom cavalheiro retirou o casaco e pousou nos ombros dela, Johanne sorriu timidamente e vestiu o casaco de couro. O silêncio era absoluto mas não incomodava, por vezes se olhavam para ver se o outro estava olhando e quando fazia isso ao mesmo tempo sorriam, Johanne tomou uma atitude que Bill não esperava entrelaçou seus dedos no dele. Sorriu timidamente e suas bochechas ruborizaram, ao chegar em frente da casa dela pararam um de frente pro outro.

- Está entregue e em segurança – disse sorrindo, sempre sorrindo.
- Obrigada, não precisava me trazer.
- Não foi nada, foi um prazer te trazer até aqui.
- É melhor eu entrar... Boa noite.
- Boa noite – Bill murmurou, ela deu um beijo em uma de suas bochechas e olhou até Johanne subir o segundo degrau da escada que dava para porta e gritou:
- Espere! – ela parou e quando olhou para trás Bill já estava de frente pra ela os olhos de ambos se hipnotizavam, Bill foi se aproximando colocou a mão dele em seu rosto e puxou-a pra si e o beijo aconteceu de forma carinhosa naquele momento eles viram fogos de artifício, aos poucos os lábios se separaram. O sorriso de felicidade estava estampado no rosto deles.
- Boa noite meu anjo – ele disse.
- Boa noite – ele tomou o caminho da rua e ela se mantinha parada tocou os lábios e sorriu na verdade por pouco não gargalhou. Chegou em seu quarto e percebeu que estava com casaco de Bill e que era tarde demais para devolver então dormiu a noite inteira agarrada nele. 



Johanne estava com a cabeça apoiada em meu ombro enquanto contava algumas de nossas estórias, por mais que ela falasse e eu me esforçasse ao máximo não conseguia me lembrar de nada. Nós passamos a tarde inteira no parque mais na volta pra casa à nossa casa há chuva começou cair sobre nós e os pingos começaram a engrossar, Johanne me puxava pela mão nas ruas de Berlim. Chuva há quanto tempo não tomava um banho de chuva. Acho que a última vez foi com treze anos, chegamos ao nosso apartamento, ensopados e rindo feitos dois idiotas entramos no quarto, Johanne tirou o casaco vermelho de tricô e jogou no chão perto de seus pés, a camiseta branca estava transparente e grudada em seu corpo frágil, ela retirou a camisa e olhou para mim se desculpando:

- Desculpe... É que é tão normal eu fazer isso perto de você, mas, se você quiser posso me trocar no banheiro. – Eu me levantei da cama e caminhei até ela, peguei seu rosto em minhas mãos e a beijei. Eu queria fazer amor com ela não me importa se eu não me lembro dela, só sei que estou terrivelmente apaixonado por ela... Pela segunda vez. Ela se soltou dos meus lábios e me olhou confusa.

- Tem certeza? – Me perguntou.
- Eu amo você e isso já basta para mim.

Caímos no colchão e fizemos amor à noite toda e no fim da madrugada quando o céu se tornava laranja ela dormiu em meus braços. E naquele momento percebi que não precisava de me lembrar de Johanne ela já era a minha lembrança viva. 

Remember Me? - Capítulo 4

A chave de tudo.

Virei para encarar o sujeito desconhecido, era alto, de cabelos loiros quase platinado, os olhos eram castanhos escuros, a pele era pálida, às maças do rosto tinha um leve rubor rosa. Usava calças sócias e um blazer tudo em tom preto, parecia ter uns vinte e cinco anos. Recuei tirando a mão dele do meu ombro.

- Quem é você? – perguntei receoso.
- Sou Cassiel, seu anjo da guarda – ele disse calmo, como se fosse normal ter um anjo em seus sonhos.
- Anjo?
- Sim seu anjo, nós já nos vimos antes.
- Não, não nós nunca nos vimos antes eu me lembraria pode ter certeza você é uma figura marcante. – Ele sorriu mostrando os dentes brancos.
- Você não se lembra porque eu apaguei da sua memória com o passar dos dias, mas eu me lembro de você tinha apenas quatorze anos e uma escolha a fazer.
- Que escolha?
- Você sempre foi muito romântico algo muito bonito meu rapaz, mas também tinha o sonho de ser um grande cantor. Então eu te fiz uma proposta e naquela época você só podia escolher uma entre elas. 
- Que proposta?
- Você tinha que escolher sua alma gêmea ou a sua carreira musical.
- Eu escolhi a carreira musical não é? – Disse decepcionado comigo mesmo.
- Não se culpe você era muito novo e acreditava que seria fácil encontrar a garota da sua vida. 
- Então porque você voltou?
- Porque você estava precisando de mim, você deve está muito confuso com tudo isso que está acontecendo, mas, acredite isso não é um sonho nem uma criação de sua cabeça.
- Está bem... Então me explique eu amanheci com uma vida e acordei com outra totalmente diferente!
- Essa seria sua vida se você tivesse escolhido sua alma gêmea.
- Então Johanne é minha alma gêmea?
- Sim.
- É eu já desconfiava... Porque tudo isso está acontecendo comigo é uma segunda chance que o cara lá de cima está querendo me dar?
- Isso são os mistérios de Deus em breve você entendera. 
- Eu queria tanto me lembrar de Johanne mais do qualquer outra coisa no mundo.
- Isso infelizmente só ela pode te ajudar.
- Como assim?
- Você pergunta de mais, Johanne é a chave de tudo você deve se lembrar dela!
- É fácil falar como eu faço isso?
- Conte pra ela o que está acontecendo.
- Ah claro ela vai chamar um hospício pra mim isso sim! 
- Ela te ama e vai acreditar em você, meu tempo está acabando eu preciso ir, lembre-se ela é a chave de tudo. – O anjo foi desaparecendo em uma nevoa branca.
- Espere eu tenho mais perguntas! – gritei.
- Nos vemos em breve.

Abri os olhos e olhei rapidamente para meu lado esquerdo, Johanne ainda continuava ali dormindo tranquilamente. O relógio digital marcava 6:50 da manhã, suspirei me lembrando de tudo o que aquele anjo me disse. Eu tinha receio de contar a verdade para Johanne, nem consigo acreditar nessa história direito. Ela vai me achar um maluco, vai querer me internar isso sim! Mas o anjo disse que só ela poderia me ajudar eu não tenho outra saída há não ser contar a verdade pra ela. Johanne se alinhou em meu corpo e ronronou feito uma gatinha manhosa ela abriu os grandes olhos castanhos e sorriu para mim. 

- Eu preciso te contar algo – sussurrei. – Você precisa acreditar em mim – sentei-me na cama e ela fez o mesmo, seu rosto tinha ganhado uma expressão de preocupação.
- Nos somos um casal você pode me contar tudo, eu vou te apoiar.
- Não sei se você vai acreditar em mim isso é uma loucura até pra mim – Ela segurou em minhas mãos e disse:
- Eu vou acreditar Bill me conte o que está acontecendo – suspirei, olhei pra ela novamente.
- Promete me ouvir até final sem fazer perguntas?
- Prometo.

Eu contei tudo pra ela tudo mesmo, ela ouviu cada palavra sem me interromper e prestou atenção em tudo o que eu disse e quando eu terminei de contar ela parecia confusa.

- Espera deixa eu ver se entendi, até dois dias atrás você era Bill Kaulitz que tinha uma banda chamada Tokio Hotel e agora você o Bill Kaulitz com uma banda de garagem e você não se lembra de nada que viveu nessa vida? E tudo isso aconteceu por causa de uma escolha? – Ela falou colocando os pensamentos em ordem.
- Exatamente, sei que parece maluquice mais é verdade! Você tem que acreditar em mim! O anjo me disse que você podia me fazer lembrar quem eu era você tem que acreditar em mim. – Pedi com olhos pidões.
- É um pouco difícil mais eu acredito em você... E se a gente pedisse ajuda à um psicólogo? Você pode está tendo alucinações isso é mais comum do que você pensa – Me joguei no colchão e disse desiludido:

- Você não acredita em mim não é mesmo?
- Desculpe... A idéia do psicólogo foi idiotice, mais como você acha que eu posso te ajudar? – Ela se jogou no colchão como eu fitando o teto branco.
- Eu não sei... – ficamos fitando o teto sem dizer uma única palavra talvez estivéssemos buscando uma solução para minha memória voltar, queria lembra como foi a primeira que vi Johanne, primeira vez que nos beijamos, primeira vez que fizemos amor. Queria saber se era feliz e se há fiz feliz então à chamei:

- Johanne?
- Diz.
- Nós somos felizes juntos? – Ela sorriu se virou pra mim e respondeu:
- Eu sou a pessoa mais feliz do mundo quando estou ao seu lado. Nós somos muito felizes juntos – Voltou a olhar pra frente e agarrou minha mão que estava repousada no colchão, permanecemos assim durante alguns minutos.
- Eu tive uma idéia! – Ela levantou o tronco e se sentou eu fiz o mesmo. – Eu posso te levar nos lugares onde nós já fomos juntos tipo o nosso primeiro encontro essas coisas talvez isso possa nos ajudar!
- É pode dar certo.
- Claro que vai dar! Passe na lanchonete na hora do almoço eu vou pedir pra sair mais cedo.
- Se um dia minha banda for famosa de novo você nunca mais vai precisar trabalhar e usar aquele uniforme... Apesar de você ficar uma gracinha nele. – Johanne sorriu e me deu um selinho.


XX


Fiquei em casa amanhã inteira assistindo desenho animado e descobri que não tenho emprego e vivo de bicos e de alguns shows da banda. Estava deitado no sofá concentrado no desenho do Pernalonga quando a capainha tocou feito uma desesperada murmurei um ‘’já vou merda’’ e abri a porta era Tom entrou e deitou no meu sofá.

- Acabei de entregar a Demo para o David Jost – Tom disse balançando os pés e mudando de canal.
- E ai ele gostou?
- Eu não sei, ele vai avaliar o material e nos ligar semana que vem.
- Você acha que ele vai gostar?
- Não sei como eu vou saber? – ele deu os ombros prestando atenção na TV.

Tom foi embora depois de acabar com a comida de casa, olhei no relógio da parede da cozinha era quase meio-dia me arrumei e peguei o mapa que Johanne tinha rabiscado em um guardanapo já que eu não sabia onde ela trabalhava. Seguindo as instruções de Johanne eu encontrei a lanchonete assim que ela me viu saiu de trás do balcão e me roubou um beijo.

- Deixa eu tirar essa roupa e nos já vamos – Johanne entrou por uma porta onde só era permitida para funcionários, depois de quinze minutos apareceu vestindo uma calça jeans, junto com uma camisa branca e um casaco de tricô vermelho. Nos pés uma sapatilha também vermelha. Ela agarrou meu braço se despediu de alguns funcionários e começamos a caminhar para o centro da cidade.

- Para onde você está me levando? – Perguntei.
- Para o lugar onde nós nos conhecemos.


Paramos em uma espécie de parque, tinha várias árvores em volta e um lago no centro e do lado do lago uma capela. Sentamos em um gramado verde e macio.

- Foi aqui que nos conhecemos? – perguntei há olhando de canto.
- Sim. – Respondeu sorrindo meigamente como sempre. 
- Que romântico!
- Foi no dia do casamento da minha irmã ela sempre sonhou em casar nesse parque.
- Então me conte como foi? – Estava curioso para saber nossa história de amor, ás palavras começaram a brotar de seus lábios e seu olhar ganhou um brilho ao se recordar daquele dia.

A moça de longos cabelos negros se encontrava entediada e isolada alimentando os pombos, se sentia ridícula com aquele vestido de madrinha, sempre sorria falsamente quando algum convidado a cumprimentava. Sua irmã mais velha estava se casando, ela estava um pouco mais feliz assim poderia usar o quarto da irmã como seu estúdio de fotos mais sentiria falta da irmã. Sua mãe e algumas tias ainda arrumavam a decoração da festa. Ela odiava ter a família toda reunida sempre tem aquele tio chato com piadas sem graça, e aquela tia casamenteira que te apresenta todos os solteiros da festa. Aos poucos os convidados foram chegando e a rua do parque antes deserto foi sendo coberto por carros. Como era madrinha e irmã da noiva tinha que recepcionar os convidados, aos poucos a capela foi sendo preenchida e sendo tomado por cochichos que só se calaram quando a marcha nupcial começou a ser tocada e a noiva entrar de braços dado ao lado pai. Depois do tão sonhado ‘’sim’’ caminharam até o lado de fora do parque onde tinha mesas e cadeiras e um pequeno palco à frente. Os familiares dos noivos se reuniram em uma mesa separada, enquanto comiam e conversavam. Apesar de tudo Johanne ainda estava entediada nada naquela festa poderia salvá-la, mas, mudou de idéia quando viu uma Van azul escura, um pouco surrada parar do outro lado da rua. Saíram de lá quatro garotos carregando instrumentos musicais.

- Os músicos chegaram – a mulher de meia idade com um enfeite ultrapassado na cabeça avisou.

Os músicos arrumavam seus instrumentos e Johanne observava tudo de longe mais o que mais chamava sua atenção era o vocalista. Naquela época de cabelos compridos e pretos com mechas brancas que tapado por uma touca preta. Tinha um rosto extremante delicado e os olhos mais profundos que ela já viu. Só parou de olhar quando o rapaz de dread o cutucou avisando que ele tinha uma admiradora ela tratou logo de olhar para um canto qualquer.
Curiosa para saber quem era esses novos rapazes cochichou no ouvido da irmã:

- Quem são eles?
- São os Devilish o baixista Georg é conhecido do Bryan e fez um preço bacana pra gente, vai dá até pra te trazer uma lembrancinha do Brasil. – a noiva sorriu, mas antes que pudesse voltar ao assunto da mesa a sua irmã mais nova a interrompeu novamente.
- Quem é o vocalista?
- Porque você está interessada?
- Não!
- O Bryan você sabe o nome do vocalista a Johanne ficou interessada – A mais nova bufou de raiva, ela não estava interessada apenas curiosa.
- Mesmo depois de casada você vai continuar me enchendo!
- É o Bill eu tenho o telefone dele se você quiser.
- Mais eu não quero droga! – ela bufou e antes que começasse uma discussão saiu da mesa. Parou ao lado das mesas onde tinha uns docinhos e começou a comer.

De repente o mundo a sua volta parou de girar, a voz daquele vocalista entrou na sua mente tirando qualquer preocupação. Era impressionante como aquela voz era envolvente, os olhos deles entraram e choque e durante a música eles não se desviaram. Os casais se formaram em frente ao palco. Ao fim de cinco músicas a banda parou para comer algo, a moça por sua vez já não tinha motivos para estar ali à música e voz envolvente do vocalista tinha acabado.
Surrupiou uma garrafa de Champagne Francês e foi se sentar no gramado perto do lago. Olhava o sol das cinco sem muita pretensão e planos para o amanhã.

- Posso me sentar ao seu lado – ela girou o pescoço e viu aquele rapaz de voz admirável a sua frente, sorriu fraco e acenou positivamente com a cabeça.
- E essa garrafa de Champagne não vai abrir? – o moreno perguntou olhando-a, ela se virou pra ele e sorriu meigamente aquilo fez com seu coração acelerasse. Ela tinha o sorriso mais bonito que ele já viu.
- Se você dividir ela comigo, talvez.
- Isso é um convite?
- Pode ser. – Ele pegou a garrafa que estava deitada na grama tirou o papel laminado em volta da tampa e chocalhou a garrafa. Antes de abrir a tampa parou a garota a seu lado olhou curiosa.
- Espere! Minha mãe sempre diz que antes de abrir um Champagne temos que ter um motivo para comemorar. – Ela pendeu um pouco cabeça e fez um bico, pensativa, algo que Bill achou adorável.
- Vamos comemorar esse dia que nós nos conhecemos pode ser? – perguntou olhando-o.
- Me parece digno – ele abriu tampa que saltou longe, e a espuma escorregou por cima das suas mãos.
- Primeira as damas – a moça sorriu e pegou a garrafa dando um bom gole e depois entregando a Bill.
- Porque você está aqui? – olhava o lago calmo a sua frente.
- Meu irmão pensou que talvez fosse boa idéia eu vir aqui falar com você – ele deu um bom gole e depois passando para a garota.
- Mais você está aqui porque quer ou porque seu irmão disse que seria uma boa idéia?- ela o olhou ele fez o mesmo, sorriu torto e disse.
- Porque eu quero, algo em você chamou bastante minha atenção – ela sorriu abertamente e voltou a olhar o lago a sua frente. Os dois conversavam e nem se davam conta das horas, já estava na hora do crepúsculo e a noite logo chegaria a maioria dos convidados já tinha ido embora. Os dois perceberam que tinha várias coisas em comuns, Bill não queria ser pretensioso mais olhando aquela menina já um pouco alterada falando sem parar imaginou que ela fosse sua alma gêmea, desde o momento em seus olhos se uniram esse foi um dos motivos por ter ouvido seu irmão pela primeira vez.

Os amigos o chamavam para ir embora, apesar de querer ficar com a companhia da garota a noite inteira teve que se despedir. Não antes de pegar o seu telefone e convidar para ir ver sua banda tocar no Bar do vermelho. 

Remember Me? - Capítulo 3

Sagrada

Você para mim
Sempre será sagrado
Eu morro
Pela nossa imortalidade
A minha mão
Desde o princípio
Sobre ti
Eu acredito em você
Você para mim
sempre será sagrado

Á noite da cidade de Hamburg estava linda, era tão bom poder caminhar e se sentir livre sem medo, sem receios. 

Era primavera, e as flores das árvores formavam um tapete colorido em nossos pés. Os garotos caminhavam na frente, eu e Johanne caminhávamos em passos mais lentos. Ela tinha sua cabeça apoiada em mim e nossos dedos estavam unidos em um nó. Nunca imaginei que algo tão simples me pudesse trazer tanta felicidade, aquilo era tão normal e até banal, mas, tinha um valor incrível pra mim. Nós estávamos tão unidos e completos que ás pessoas admiravam nossa cumplicidade.
Por vezes ela me sorria e tocava meus lábios, era tão bom ter ela por perto. Ela tinha tudo aquilo que eu sempre quis em uma garota, Johanne é perfeita para mim.

O estúdio era péssimo mais segundo Tom era o que podíamos pagar Tom e Georg arrumavam seus instrumentos, junto com Gustav. 

Johanne estava sentada em um sofá da parte de fora do estúdio, onde não se pode ouvir nada sem os fones de ouvido. 

Ela se levantou soltou ar quente no vidro que separava o estúdio minúsculo ao meio, e fez um coração com dedo indicador e sussurrou um: Boa sorte.

- Bill se concentra! – pediu Tom, aquilo estava me fazendo lembrar os velhos tempos com a banda.
- Qual música a gente vai tocar? – Perguntou Gustav atrás de sua bateria.
- Schrei, nós decidimos isso semana passada.
- Não eu tenho uma idéia melhor – eu disse.
- Lá vem você querendo bancar o inovador! – reclamou Tom, típico dele sempre me contrariando, mas quando concordamos em algo é impossível vir contra nós dois.
- Você quer tocar o que? Nós só temos uma hora pra ficar no estúdio. – Falou Georg.
- Vamos tocar Heilig.
- Helig? – reclamou todos.
- Sim eu me sinto mais seguro em tocar essa música.
- Ah Bill pelo amor de Deus nos ensaiamos Schrei a semana toda – Chiou Tom já arrumando a guitarra nas mãos. 
- Mas eu quero cantar Heilig! – Insisti como uma criança mimada.
- Deixa vai, Bill é um cabeça dura mesmo. – Sorri vitorioso, fiz um sinal para que Johanne colocasse os fones de ouvido queria que ela me ouvisse cantar, porque aquela música era pra ela.

Os instrumentos começaram a formar a melodia, e a minha voz se desprendeu de minhas cordas vocais de forma limpa.

Nunca tinha cantado de maneira tão profunda e doce, ao abrir os olhos Johanne me sorria emocionada do outro lado do vidro, eu queria sair dali correndo e abraçá-la.

- Cassete hein Bill você mandou bem mesmo! – Elogiou Georg.
- Obrigado G, eu dei o meu melhor.

Ao sairmos do estúdio eu Johanne ficamos para trás como da última vez, minhas mãos envolvia sua cintura e sua cabeça se apoiava em meu ombro.

- Você cantou lindamente hoje – me sorriu com aquele sorriso meigo.
- Obrigada, eu cantei pra você.
- Eu me lembro quando escreveu essa música pra mim nós tínhamos acabo de alugar o nosso apartamento. – Então eu tinha feito essa música pra ela?!
- Obrigada por ser minha musa inspiradora – sorri, ela levantou um pouco os pés e tocou meus lábios.
- Eu devia ter arrumado um namorado mais baixo é horrível ter que ficar levantando pra te beijar sabia? – Eu parei de andar e segurei suas mãos.
- Então deixa que eu me abaixo. – Abaixei um pouco minha cabeça e toquei seus lábios, sempre quando há beijava eu sentia mil borboletas no meu estomago, meu coração batia tão rápido e eu sentia uma felicidade tão grande que eu gritar pra todo mundo. Quando nossos lábios se afastaram sorrimos beijei o topo de sua cabeça e voltamos a caminhar.

- Onde estamos indo?
- No Bar do Vermelho – que Bar é esse? – pensei. 

O bar ficava num... como eu posso dizer? Em um buraco? Não, subterrâneo é melhor a gente só sabia que tinha um bar lá pela placa com o nome do mesmo com letras de neon quebradas. Nós descemos uma escada que dava para o bar. As paredes eram todas vermelhas e em uma delas tinha um bode com um chifre, medonho eu sei. Caminhamos para uma mesa de estofados vermelhos e surrados. Em um palco improvisado tinha uma banda de Metal tocando uma música bem barulhenta. As garçonetes eram todas tatuadas com piercings e peitudas. Uma delas bem loira com braços fechado de tatuagem e o colo também, veio nos entender.

- Olá rapazes o que vão querer pra hoje? – Ela perguntou com a caneta e um papel, pronta para anotar os pedidos.
- O numero do seu telefone, que tal? – Tinha que ser o Tom mesmo! A loira bufou e fez cara de poucos amigos.
- Tom deixa de ser imbecil você não faz meu estilo!
- Mas você não gosta de coisas novas? Posso te ensinar um monte delas... Na cama – Quando ele mexia aquele maldito piercing como estava fazendo agora costumava dar certo. Menos com a loirinha que continuava com cara de desdém.
- Você disse certo, coisas novas, agora caras cafajestes como você Tom, tem um monte aqui. – Os G’s se manifestaram na hora.
- Podia ter dormido sem essa! – Disse Georg.
- Cala boca Georg você ainda é virgem não entende nada de mulher!
- Tom ela te deu um fora aceite isso cara – Falou Gustav ajeitando os óculos.
- Então o que vocês vão querer? – Ela estava impaciente com a nossa demora pra fazer um simples pedido.
- Desculpe Doroti – Pediu Johanne – Eu vou querer um Bloody Mary e para o Bill vê qualquer coisa que não contenha álcool, ontem ele bebeu demais e até agora está abobado. – Eu ia reclamar mas Johanne me deu um olhar de reprovação.
- Pra mim vê uma Fogosa, capricha em Doroti! – Georg disse esfregando as mãos uma na outra.
- Pode deixar, e você Gustav?
- Eu vou querer duas porções de fritas com queijo e uns Nachos com queijo também.
- E pra beber? 
- Uma coca-cola diet, estou de regime – O riso foi geral até Doroti se segurou pra não rir.
- Posso saber o motivo da piada? Estou levando meu regime muito à serio!
- Ah sim claro comendo feito um mamute! – insultou o Georg.
- Quando minhas fritas e meus Nachos chegaram não vou deixar você comer também! – então se iniciou uma pequena discussão entre os dois. 
Doroti olhou para Tom com o mesmo desdém.
- E você?
- Bom deixa-me pensar... Eu quero você deitada nua na minha cama coberta de morango e chantilly, pode ser?
- Deixa de palhaçada e pede logo!
- Eu sou cliente eu sempre tenho razão lembra? – Ela bufou por um momento achei que ela ia decapitar Tom ali mesmo.
- Faça a merda do seu pedido logo ou eu vou mandar outra menina vim aqui fazer isso por mim! 
- Bom sendo assim quero apenas um cerveja, e ah capricha em Doroti – Aquela frase teve alguma insinuação ou é impressão minha? Tom deu uma piscadela pra ela, Doroti saiu pisando duro e bufando que nem um touro bravo.

- Ela me ama – Ele disse apoiando as mãos na cabeça.
- Claro – Ironizei.
- É só uma questão de tempo e talento e vocês verão, alias acho melhor começar a mostrar meu talento a partir de agora – Ele levantou e foi até o balcão onde Doroti preparava nossas comidas. Tom nunca muda nem na minha segunda vida.

Um homem já meio de idade veio em nossa direção ele tinha uma barba comprida e grisalha, tinha umas tatuagens de presidiário nos braços. Usava uma camiseta preta e com alguns furos do Metallica.

- E ai garotos como estão? – Ele cumprimentou os G’s fazendo um toque de mão.
- E ai Vermelho! – ele se sentou na nossa frente.
- E você Johanne esse magrelo tem te tratado bem? 
- Sim, se não eu coloco ele pra fora de casa – ela brincou, e esse tal Vermelho me deu um tapa no braço que me fez quase cair no chão.
- E isso ai garoto, e vocês quando pretendem tocar no meu bar?
- Assim que você nos convidar. – Gustav falou.
- Então sintam-se convidados a partir de agora, marcamos um dia e fazemos um barulho demoníaco aqui! E você meu rapaz porque está tão calado? – Perguntou me olhando.
- É só canseira mesmo – Menti.
- E cadê seu irmão?
- Está enchendo o saco da Doroti.
- Toda vez que ele vem aqui ela fica toda atrapalhada deixa eu ir lá.
- Esse Vermelho é uma figura – Johanne disse assim que o tal Vermelho saiu.

Voltamos para nossa casa os meninos ainda tinham ficado lá no bar. Sentei na cama tirando minhas botas, e uns braços me envolveram os lábios de Johanne tocaram meu pescoço e os gemidos foram inevitáveis ela se sentou no meu quadril e beijou meus lábios fugazmente eu rapidamente me livrei do vestido dela, mas algo me fez parar. 

- O que foi? – Perguntou confusa.
A verdade era que: eu não queria dar esse passo sem me lembrar dela, não me parecia certo sei que tenho uma vida com Johanne mas quando fizer isso quero me lembrar dela.
- Eu estou um pouco confuso... Só isso – menti.
- Confuso com o que? Bill nós somos um casal não temos segredo um para o outro, me conte o que está acontecendo. O problema sou eu é isso?
- Claro que não minha linda – Segurei seu rosto em minhas mãos – Não tem nada haver com você e sim comigo, o problema sou eu. – Os olhos decepcionados de Johanne por um segundo quase me fizeram contar a verdade ela sabia que eu estava escondendo algo. Ela não disse nada apenas se levantou e foi para o banheiro fechando a porta, eu me senti péssimo! Tirei minha roupa e coloquei apenas uma calça de moletom. Deitei-me na cama e puxei o edredom sob mim, ouvi a luz ser a apagada e o quarto ser iluminado apenas pelo abajur. Johanne se deitou do lado vago da cama, ficamos assim por um tempo e eu decidi quebrar a distancia entre nós. Encostei-me nela, afundei meu nariz naquele mar de fios pretos.

- Desculpe – murmurei em seus ouvidos.
- Me conte o que está acontecendo – ela sussurrou.
- Prometo um dia contar – ela suspirou decepcionada mas mesmo assim não se afastou de mim. Aos poucos a respiração dela foi se acalmando e quando há olhei seus olhos estavam fechados e seu semblante mas tranqüilo.

Fiquei com medo de dormir, e se acordasse amanhã e Johanne não estivesse mas ao meu lado? E se tudo fosse um sonho uma mentira uma fantasia de minha cabeça? 
Tentei me manter acordado até o máximo que pude mas teve um momento que em minhas pálpebras não agüentaram mas ficar abertas.

Eu estava naquela mesma floresta de céu nublado de árvores cobertas de musgos, só que dessa vez não estava sozinho, eu vi uma mão tocando meu ombro e uma voz masculina chamando meu nome.

- Bill Kaulitz?

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