terça-feira, 10 de setembro de 2013

Give Me A Second Chance - Capítulo 3 - Uma tatuagem

-Vem Bill. -disse eu, puxando ele pela mão em direção ao beco próximo do café.
-Anny, ainda não acredito que aceitei isso. -disse ele, tropeçando, enquanto era fortemente puxado por mim.
-É Bill. Se prepare! -disse eu, feliz.
Parei de frente para um muro escuro. Bill olhou confuso para mim, passou as mãos pelos seus cabelos negros e disse:
-Você está com o seu celular? -perguntei tirando o meu do meu bolso.
-Sim. -respondeu ele, passando mão pelo bolso de trás da sua calça. -Para quê? -perguntou ele, atordoado.
-Me dê seu celular. -disse eu, estendendo a mão em direção a ele.
-Quê? -perguntou ele, ainda atordoado.
-Apenas me dê seu celular. -disse eu, firme. Ele tirou o celular do bolso da sua calça jeans e entregou na minha mão. Eu segurei firme e inesperadamente joguei-o contra a parede. Bill virou-se para mim, olhando seu celular de ultima geração desfeito todo em pedacinhos.
-Anny, o que você acabou de fazer? -perguntou ele, chocado pela minha ação contra o celular dele.
-Bill, faça o mesmo. -disse eu, entregando meu celular para ele. Ignorando sua pergunta. -Vai Bill. -incentivei.
Ele não disse nada, apenas fez força e jogou o celular contra a parede. Ele olhou confuso para os pedacinhos do mesmo sobre o chão frio e me perguntou, mantendo a confusão no olhar:
-Qual é o motivo disso?
-Meu tempo é curto com você é nós temos que aproveitá-lo ao máximo, sem que ninguém nos incomode.
-Como você é louca.
-Eu sei. E eu quero que você saiba que durante essas 24 horas você é todo meu. -ele sorriu abertamente.
-Sim. -respondeu ele, fazendo seu sorriso desaparecer. -Mas para onde vamos? -perguntou ele, enquanto segurava sua mão arrastando ele rua a fora.
-Não vou dizer. -disse eu, fazendo bico. -Bill, não se preocupe. Se jogue no destino.
Paramos em frente a um estúdio de tatuagem. Bill ainda continuou confuso e me perguntou:
-Você vai fazer uma tatuagem? -perguntou ele, custando a acreditar em onde nós estávamos.
-Sim. -disse eu, procurando o desenho dentro do bolso do sobretudo. -Ah achei. -disse eu, com o papel na mão.
-Nossa, não acredito. -disse ele, surpreso. -Annynha, não faz isso. Você morre de medo de agulha.
-Por isso mesmo. Tenho que superá-lo. -disse eu, sentando na cadeira onde o tatuador pediu que eu sentasse.
Levantei a manga do sobretudo, enquanto o tatuador preparava os materiais necessários para a execução da tatuagem.
Bill se sentou ao meu lado, num baquinho, e pediu que eu segurasse a mão dele. Segurei-a enquanto o tatuador desinfetava meu pulso.
Quando a agulha começou a atritar na minha pele, eu mordi o lábio, forçando as nossas mãos juntas. Depois que me acostumei com a dor, uma ligação forte entre mim e o Bill começou. Eu o olhava nos olhos, o observava mesmo quando ele não olhava para mim.
Meia hora se passou. Era uma tatuagem pequena e simples, mas com um grande significado para nós. Mas principalmente para mim.
-Pronto. -disse o tatuador.
-Obrigado. -disse eu, pegando o dinheiro do meu bolso.
Eu me levantei da cadeira e Bill me seguiu. Eu dei a mão a ele e eu comentei:
-Gostei dessa sensação.
-Sério? -perguntou ele. -Eu fiz uma tatuagem também.
-É?
-Aham. Depois eu te mostro. -disse ele, dando uma piscadinha. -Me deixa ver?
-Aqui. -disse eu, levantando a manga do sobretudo.
-Oh. -disse ele, surpreso.
Eu tinha tatuado o nome dele com um coração no fim.
-Gostou?
-Achei simplesmente linda. -disse ele, ainda surpreso.
Sorri e vi um táxi passar, alertei que o queria e gritei para o Bill.
-Vamos logo! O tempo é curto. -disse eu, entrando no carro.
-Sua louca. -gritou ele, entrando no carro atrás de mim.

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