terça-feira, 10 de setembro de 2013

Give Me A Second Chance - Capítulo 1 - Um aparecimento

Depois de muito tempo, cinco meses eu diria, eu voltei para lhe pedir perdão.
Estava preparada para pedir seu perdão. Eu tive que fazer isso, não podia perder essa grande chance almejar ainda mais meu futuro profissional. Não sei como ele está; não sei o que ele pensa sobre mim e principalmente, não sei se ele ainda sente algo por mim, assim como eu sinto por ele.
Nunca o esqueci, em nenhum momento. Ele não deve ter me entendido, eu no lugar dele, iria ficar muito magoada, mas eu me sacrifiquei totalmente para pedir o seu perdão. Espero que ele me perdoe, senão não sei como será o meu futuro, realmente, não sei.
Coloquei minha carteira dentro do bolso interno do sobretudo que usava, passei um batom nos lábios e um lápis fraco nos olhos e desci para pegar um táxi em direção a casa dele.
Toquei a campainha e esperei ansiosamente com o meu coração batendo aceleradamente dentro do meu peito.
-Já vai. -gritou alguém de dentro da casa.
Não respondi.
Esse alguém abriu a porta e se espantou por me ver.
-Anny? -era o Tom.
-Eu mesma. -respondi tensa.
-Que saudade. -disse ele, me abraçando.
-Também meu lindo. -disse eu, retribuindo o abraço.
-Você veio falar com o Bill né?
-Sim, eu preciso muito falar com ele. É importante.
-Tudo bem. -disse ele, entrando. -Sente-se ai. -disse ele, apontando para um sofá. -Vou chamá-lo.
Eu me sentei tensa sobre o sofá macio enquanto aguardava o Tom ir chamá-lo.

-Bill, tem visita para você. -disse o Tom, abrindo a porta do quarto do irmão.
-Quem? -perguntou o mesmo, sem olhar para o irmão, largando os fones em seu colo.
-Acho melhor você mesmo ir ver. -disse o Tom, ainda segurando a porta.
-Tom, para. Você está me assustando. -disse o Bill, levantando da cama, apreensivo.
-Vem. -disse o Tom, saindo e indo em direção as escadas.
-Ah Tom, fala logo. -disse o Bill, seguindo o irmão.
-Olhe com os seus próprios olhos. -disse o Tom, terminando de descer as escadas.
-Quem poder... -disse o Bill, esquecendo-se do que ia falar, parando diante o sofá onde seu antigo amor estava sentado.
-Licença. -disse o Tom, indo para a cozinha.

O silêncio dominou o ambiente. Eu levantei do sofá e olhei-o nos olhos. A sua expressão mudou completamente para uma expressão de raiva e mágoa.
-O que você quer hein? -perguntou ele, arrogante.
-Bill, é que... -eu não conseguia formular algo concreto para falar a ele.
-Você não me respondeu. -mantia a arrogância em suas palavras.
-Eu vim te ver. -respondi engolindo a seco a sua arrogância. -Vim... -ele me interrompeu.
-Que legal. Você já me viu né? -disse ele, ignorante. -Então vá. -disse ele, apontando para a porta.
-Bill, eu preciso conversar contigo.
-Mas eu não. Não quero nem olhar para você, vá. -disse ele, mantendo a ignorância.
-Você tem que saber da verdade.
-Que engraçado. -disse ele, rindo sarcasticamente. -Há um tempo você não se importava nenhum pouquinho com os meus sentimentos.
-Bill, por favor. Vamos para outro lugar, eu preciso falar com você.
-Aonde você quer ir? -perguntou ele, se dando por vencido.
-Para o café do centro, certo? -perguntei apreensiva.
-Certo. -respondeu ele, de mal humor.
Olhei para ele que ainda estava parado na minha frente, com uma expressão de tristeza na face, mas uma tristeza com uma ponta de mágoa. Seus cabelos estavam caídos pelos ombros, maquiagem preta ao redor de seus olhos cor de mel que hipnotiza os deuses, sua boca rosada e desenhada perfeitamente. Alto e magro, vestia roupas escuras e alguns acessórios em prata. Ele resmungou algo e passou por mim, abrindo a porta, mantendo seu mal humor.
Sai e ele me seguiu. Fomos andando até o próximo ponto de táxi que nos levaria para o centro. Dentro do táxi, o silêncio era profundo. Só ouvi as nossas respirações e a suave música que tocava na rádio do táxi.
-Centro, por favor. -pedi.
-Tudo bem, senhorita. -respondeu o motorista.

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