terça-feira, 10 de setembro de 2013

Give Me A Second Chance - Capítulo 4 - Doce infância. Sweet Innocence.

-Chegamos! -disse eu, descendo do carro.
-Um parque de diversões? -perguntou ele, fazendo uma careta. O local estava cheio, alegre, cheio de luzes e pessoas felizes.
-Exato. -respondi, entrando na fila da bilheteria. -Para lembrar a nossa infância. -disse eu, sorrindo.
Compramos os bilhetes para irmos a vários brinquedos. Corremos em direção ao carrossel era o nosso brinquedo favorito quando éramos apenas duas crianças felizes.
Bill pegou em minhas mãos enquanto dávamos voltas e voltas no carrossel. Sorrimos e gritamos felizes.
O sorriso dele era simplesmente maravilhoso e me encantava como um passe de mágica. Nossos cabelos ao vento, sorrisos vagos, gritos alegres de dois adolescentes amantes.
Não sei nem quantas vezes brigamos sobre qual era o próximo brinquedo que nós íamos. Parecíamos até duas crianças, apesar de termos apenas 19 anos. Era divertido poder lembrar o passado. A magia do passado, da doce inocência de um olhar, no beijo molhado em frente à roda-gigante, dos sorrisos e do sorvete dividido. Lembrar da nossa infância é mais do que magia, era um sonho. Lembrava do mesmo dia em que ele pediu em namoro, quando tínhamos apenas 14 anos.
-Ah, estou com muita, muita fome. -disse ele, colocando a mão na barriga.
-Também. -disse eu, repetindo o movimento antes feito por ele. -Tem uma lanchonete ali. -disse eu, apontando para a mesma. -Lembra dela?
-Lógico. Impossível esquecer-se do dia da guerra de hambúrgueres. -disse ele, rindo. -Expulsaram nós de lá.
-É mesmo. -disse eu, caindo na gargalhada.
-Vamos. -disse ele, apresado.
-É. -disse eu, toda louca.
Fomos à lanchonete. Pedimos nosso cardápio de sempre: hamburguês, batatas-fritas, refrigerante e de sobremesa, um sundae de morango de preferência. Adorávamos esse sabor.
-O que você tem feito? -perguntei, comendo uma batata-frita.
-Ah, só estamos gravando um novo disco, fazendo pequenas sessões de fotos e assim vai. -disse ele, bebendo coca-cola. - Você?
-Bom eu tenho feito alguns cursos e abandonei um namorado para fazer isso. -disse eu, sem olhar para ele.
Nós dois rimos alegremente.
Terminamos de comer e seguimos para fora do lugar. Observamos tudo, as luzes, as pessoas felizes, o céu negro sendo colorido pelos brinquedos.
-Queria estar com o meu celular agora. -reclamou ele, rindo.
-Foi por um bom motivo. -disse eu, sorrindo.
-Concordo.
Começamos a andar sem rumo pelo parque, conversando sobre pequenos acontecimentos do passado. Eu avistei um banco e cansada, sentei nele e Bill me acompanhou:
-Não queria que isso nunca mais acabasse. -desabafei.
-Também não.
-Já é noite. -disse eu, olhando o relógio em meu pulso.
-Bom.
-Isso me lembra onde vamos dormir. -disse eu, com o olhar cansado. -Que tal dormirmos no hotel onde estou? -virei diretamente para ele.
-Não é uma boa idéia. -respondeu ele, colocando o dedo no queixo, sinalizando que ele estava a pensar. -Que tal nós irmos para outro hotel, num outro quarto, só para celebrarmos essa nossa pequena aventura?
-Sério? Não é melhor irmos para o meu hotel? É menos trabalhoso.
-Não. -respondeu ele, fazendo bico. -A minha idéia é 100% melhor.
-Tudo bem.
-Vem. -disse ele, se levantando e estendendo a mão para mim pega-la.
-Ok.
Nós saímos e fomos pegar outro táxi, agora em direção ao hotel.

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