terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dead Or Alive - Capítulo 20 - I'll Be There For You

 
Eu acho que desta vez você está realmente partindo
Eu ouvi sua mochila dizer adeus
E enquanto meu coração partido cai sangrando
Você diz que o amor verdadeiro é suicídio
Você diz que tem chorado mil rios
E agora você está nadando para a praia.
Você me deixou afogando em minhas lágrimas,
E nunca mais irá me salvar.
Vou rezar a Deus para me dar mais uma chance, garota...
 
Eu Estarei Lá Por Você  -   Bon Jovi
 
-Eu quero fazer amor com você, Bill!
Ela disse verdadeira, porem sentiu mais ódio dela, do que dele. Bill a olhou e o sarcasmo e o ar de deboche sumiram do rosto dele, a palavra amor lhe atingiu com um tapa dolorido em uma de sua face, e pela primeira vez se sentiu frágil com as palavras de Alice.
Os olhos verdes dela se fecharam e ao abrir novamente estavam brilhantes como se tivesse com lágrimas, Bill arregalou os olhos, surpreso, o olhar intenso e emocionado de Alice o desarmou e aquele ar de superioridade deu espaço a um sentimento de igualdade.
-Faça amor comigo como nunca fez com ninguém... Nem comigo mesma!


Bill sentiu o olhar faminto dela e Alice continuou as confissões:
-Você aniquila com todo o meu amor próprio, na verdade quando estou perto de você é como se eu fosse... profundamente sem orgulho!
Ele engoliu a seco.

-Nós vivemos momentos... Legais... Porem temos novos caminhos a seguir. –Ela disse pausadamente.
-Isso é um obrigado?
-Não sei... Talvez!
-Mereço mais que isso.
-Acredite se eu pudesse te daria! –Alice o olhou e o viu baixar a cabeça e passar a mão em seus cabelos negros, despenteando-os. –É o fim da linha para nós, se seguirmos, será suicídio!
-Então, ele é realmente mil vezes melhor que eu.
-Eu estou aqui, não estou?
-Agora, e amanhã?
-Pensei que você não se importasse com o amanhã.
-Talvez te odeie por isso. –Bill disse dando um passo em sua direção.
-Não me culpe pelos seus sentimentos, Bill.
-Culpo! Pois foi por sua causa que eles mudaram.
-Um pouco tarde demais. –Ela disse com os lábios trêmulos.  – Eu... Eu te entreguei muito mais que o meu corpo... Muito mais que os meus gemidos... Eu te...
A confissão não se finalizou. Não foi preciso.
Ela fechou os olhos após aquelas palavras tão sinceras, percebeu que tinha ido longe demais a revelar segredos, até então escondidos em seu âmago  
Esperou pela reação de Bill, que veio muito mais rápido do que ela imaginou, Alice segurou a respiração e se arrepiou inteira quando sentiu as pontas dos dedos dele em sua barriga nua, depois suas mãos precisas enlaçaram sua cintura fina, Bill a segurou e a trouxe sem resistência para perto de seu corpo. Num abraço jamais dado entre os amantes.
 Alice o enlaçou pelo pescoço, como se ele fosse um bote salva vidas, que sem isso, ela não sobreviveria à tempestade dentro da sua corrente sanguínea, ainda de olhos fechados, se livrou de todas as barreiras e pensamentos sobre o dia seguinte, dando espaço apenas ao desejo inigualável que ela sentia por Bill.
Ele enfiou seus dedos na pele dela e a apertou, fazendo-a arfar e acelerando o seu coração. Alice teve certeza que ele ia saltar de dentro do seu peito.
Afastaram-se de repente e se entreolharam com os olhos cheios de perguntas sem respostas.
-No que você me transformou? –Bill perguntou baixo, mordendo o lábio superior de Alice.
-Engraçado... Eu ia exatamente lhe fazer a mesma pergunta.
Ele passou o polegar nos lábios carnudos de Alice, vermelhos da mordida, ela deu um leve sorriso sexy, mas ao mesmo tempo doce, os olhos mel dele brilharam e ele enfiou todos os dedos dentro dos longos cabelos castanhos dela e apertou com força trazendo o rosto dela para perto e roçando seu nariz no dela, gemeu:
-Faça amor comigo Alice como você nunca fez com homem nenhum... Nem comigo mesmo!
Bill contornou a boca inteira da bela morena com a ponta da sua língua, lambeu seu queixo e com a língua lambeu-lhe o pescoço, quando a ouviu gemer, ele sem parar as caricias murmurou:
- O seu gemido... Me enfraquece!
-E o seu toque... Me fortalece!
 E sem esperar mais a beijou devagar, lentamente explorando cada pedaço da boca da bela morena, ela gemeu mais uma vez, estimulando todas as células dele, fazendo com que ele a segurasse forte em seus braços.
Bill seguiu com o beijo, parando apenas para dar pequenas mordidas nos lábios de Alice, deixando-os inchados, ela estremeceu quando uma mão dele tocou-lhe o seio e suas pernas amoleceram quando substituiu os dedos pela língua quente e molhada, lambendo e mordicando os bicos, até deixarem duros.
-Sou louco por eles!
 Ele disse passando a língua para o outro seio, ela apertou seus cabelos negros e arqueou as costas, não agüentando mais.
Então, ela se afastou e em um movimento rápido o ajudou a tirar a calça junto com a boxer e segurou o elástico da micro calcinha para retirá-la também.


-Espere... Não tão rápido dessa vez! – ele disse meigo detendo suas mãos.

Ela sorriu, pela primeira vez, encabulada.

Bill a abraçou e a conduziu até a cama em passos lentos deitando-a delicadamente, sustentaram o olhar e ele sorriu docemente, fazendo-a arrepiar-se devolvendo o sorriso, lágrimas brotaram em seus olhos, que foram afastadas rapidamente.
Alice o olhou e com os olhos verdes cheios de paixão e cobiça, convidou-o.

Ele se moveu, entendendo o convite, deitando-se por cima do corpo quente da morena, lhe beijando mais uma vez, seus lábios abandonaram os dela e sem avisar cravou os dentes fortemente no vão do pescoço e o mordeu, ela gemeu e apertou-lhe as costas, enfiando-lhe as unhas.
-Filho de uma puta...
Bill deslizou as mãos por seu quadril, pela barriga, na parte interna de suas coxas bem feitas e quando atingiu a sua intimidade úmida, ela se contorceu.
Ela passou suas mãos pelo corpo bem feito dele e quando envolveu o membro rígido, ele segurou sua mão e a prendeu no alto de sua cabeça, ela tentou com a outra, e Bill fez a mesma coisa. Mostrando que ali, quem estava no comando era ele.
 Naquela noite, aquilo era o que menos importava quem estava no comando, ela o queria, necessitava daquele toque, daquelas mãos, daquele homem, mas do que tudo em sua vida.

Os olhares se cruzaram e Bill se moveu na cama e se colocou de joelhos entre as pernas de Alice, as abriu e olhou para a pequena calcinha preta, mordeu os lábios, e se abaixou beijando o tecido, ela soltou todo ar, só não desmaiou de prazer, por que o carinho foi feito ainda por cima da calcinha preta.
-Adoro suas calcinhas minúsculas... Elas cheiram tão bem!
O sorriso surgiu de imediato no rosto de Alice, e ela mordeu os lábios inferiores quando ela sentiu a língua quente e úmida passeando pela região, se incomodou, mas foi quando Bill segurou o elástico para tirá-la que ela se manifestou medrosa:

-Espera... isso a gente nunca fez! -Disse ela apoiando-se nos cotovelos, olhando-o espantada entre suas pernas.
-Foi o que você me pediu, para fazer amor com você como nunca fiz com nenhuma mulher, muito menos com você.  –Ele sorriu charmoso.  -É exatamente o que estou fazendo. Quer que eu pare? Eu paro!
Então ela o olhou, e ele lançou um olhar confiante e ela nada respondeu apenas se deixou cair novamente no colchão, sentindo os dedos dele deslizando por suas pernas, tirando a pequena calcinha, cheirando-a antes de jogá-la longe, Alice fechou os olhos, quando as mãos deles, separaram suas pernas, e ela sentiu primeiro a respiração dele em sua intimidade e depois a ponta da língua dele no seu ponto maior do prazer.
Primeiro, ele contornou-a e depois com a língua passou a beijá-la com habilidade, ela arqueou um pouco a cintura e respirando com dificuldade pediu a ele:
-Me mostre o inferno, Bill Kaulitz!

Ele não disse nada, preferiu responder com a sua língua em ação, em chupadas e lambidas que a fez delirar e gemer como nunca, seu corpo se torcia inteiro e ela segurava a fronha do travesseiro como se fosse rasgá-la.

O corpo de Alice já dava sinais que o clímax estava para acontecer, Bill teve certeza disso quando os gemidos aumentaram e suas pernas ficaram trêmulas, e então ciente do que aconteceria, abraçou as coxas dela, segurando-as fortemente e começou a movimentar a sua língua rapidamente, ela segurou os ombros dele, tentando tirá–lo dos meios de suas pernas em desespero, o gesto fez com que ele apertasse mais suas coxas, e acelerando mais os movimentos certeiros da língua, ela não aguentando mais de prazer , enfiou seus dedos nos cabelos negros dele e fechou-os desesperadamente, puxando-os, ela berrou, gritou o mais alto que pode pelo nome dele.
-Bill...
Bill a soltou. Ela não respirou, não se mexeu, não conseguiu raciocinar por segundos, os espasmos delirantes tinham lhe atingido de forma inenarrável, Bill tinha lhe proporcionado o melhor orgasmo de sua vida. 
- Deliciosa!
Ele disse a ela enquanto acariciava suas coxas, aprontando-se para penetrá-la. E devagar Alice sentiu cada centímetro de Bill entrando em seu corpo. Olharam-se por alguns segundos, imóveis. Quando ele se moveu, ela soltou o ar dentro de seu corpo, logo em seguida, outra estocada, sutil ainda, Alice enlaçou suas pernas na cintura e rebolou, Bill gemeu algo em alemão e aumentou a investida contra o corpo dela.
-Assim você me mata...
-Quer que eu pare, Bill? –ela gemeu
-Nem fodendo... Pode me matar... acabe comigo...
Ela mexeu o quadril com habilidade, ele fechou os olhos, abriu os lábios e gemeu deliciosamente. E cada vez que entrava dentro dela era como se pedaço do paraíso fosse descoberto aos poucos, como se um mundo até então frio, tornava-se vivo.
-Bill... assim...não pare...
 Ela começou a sentir um calafrio subindo pelos pés intensificando em suas pernas e quando chegou a suas costas e ela não suportou mais, e suas unhas prenderam-se na carne dele. E num tom sexy e ao mesmo tempo terno, ele pediu:
-Goza pra mim...
-Odeio te obedecer... mas...ain...Bill...
Alice o atendeu com gosto e não suportando mais, gritou. Um prazer tão intenso lhe invadiu beirando a dor física.
-Vire-se quero fechar com chave de ouro.
Alice sorriu ainda sem fôlego, obedecendo-o.
Ele a invadiu, devagar. Ela jogou a cabeça para trás, só que dessa vez ele não puxou os seus longos cabelos e nem a mordeu como fazia todas as vezes que era colocada naquela posição.
-Bill... seja mau comigo... – Pediu Alice.
-Pensei que não gostasse... –Ele sussurrou em seu ouvido
-Eu adoro...
-Eu posso ser muito mau
-Mostre-me...
Foi o suficiente para ele perder todo o controle, e a segurou com força pela cintura, e como um animal faminto e louco, movimentou-se ferozmente, só parou quando ouviu outro grito alucinado de Alice e então se rendeu, chegando a um explosivo e nunca alcançado clímax.
 Ele a trouxe, ainda de costas, para junto dele e lhe beijou as costas suada, depois a virou, segurou seu rosto entre as mãos e a beijou com ternura, finalizando o ato.
Abriram os olhos, depois do beijo, e olharam-se, trocaram mil palavras, mas nenhuma foi dita, com a respiração fora de controle ainda, ele deitou na cama e a trouxe para cima dele, beijando sua testa e a repousando sobre o seu peito.
-Por que você tem que ser tão lindo?  -Alice disse baixo, sem forças e sonolenta.
Bill apenas sorriu pegando um cacho de cabelo, brincando com ele com os dedos.
-Gute nacht! –Ela sorriu e suspirou antes de cair no sono profundo.  
Ele ainda demorou a pegar no sono, ela parecia um anjo, parecia longe de todas as mentiras que a rodeava, desprendida do passado, seu peito doeu e pensou nela indo embora seguindo para Cuba, indo se encontrar com o velho amigo, Bill já a imaginou, na cama, nua, esperando por ele, a olhou dormindo em seu peito, e a aninhou em seus braços em um abraço quase esmagador, como se dessa forma a impedisse de partir... Pegando no sono.


x.x

O calor estava insuportável dentro do quarto, Lara ainda não conseguia dormir. Tom depois da briga, não tinha voltado, odiava quando ele fazia isso. Seu coração palpitava sem muitas esperanças.
 Levantou da cama impaciente e foi em direção da geladeira. Pegou a garrafa com água e sem sono, foi até a janela, abriu a cortina pesada e quando viu a cena fechou um pouco a cortina para não ser vista e apenas observou.
Não conseguia ver o rosto de Alice, pois Bill tampava, mas podia ver os braços gesticulando. Bill não. Parecia que não falava apenas ouvia, ela estava sentada e ele em pé, de repente ele se aproximou dela e a beijou, Lara bebeu mais um gole de água e aflita continuou olhando. Agora conseguia ver o rosto de Alice, ela estava com os olhos fechados e mordia os lábios com o rosto cheio de desejo.
 Lara arregalou os olhos quando Bill estourou as alças da camisola de Alice, deixando os seios da mulher à mostra, o viu beijando seu queixo e se arrepiou quando viu a cara de dor de Alice quando Bill mordeu seu ombro. Por que ele sempre fazia isso? -Ela pensou.
Aproximou mais sua cabeça da janela e viu quando iniciou o beijo e achou estranho quando Bill se virou se afastando dela, Alice o olhou e subiu sua camisola falando sozinha, com raiva, Lara viu ela se virando para descer as escadas, porem não as desceu, parando e virando-se seguiu para o quarto de Bill indo a passos rápidos, depois disso só ouviu o grito, não ouviu o que se dizia apenas que se gritava.
Ela correu para a cama e colocou o ouvido na parede tentando entender o que eles diziam os gritos continuavam.
-Deu para ouvir a conversas dos outros agora? -Tom disse fechando a porta atrás dele
Lara se assustou e se virou com os olhos arregalados, estava tão empolgada com o que acontecia do outro lado da parede que nem ouviu quando ele entrou.
-Não...é que ela gritava..eu...achei que Bill tivesse batendo em Alice! –Ela tentou se explicar.
Tom ficou em silêncio e quando ouviu um grito do outro lado, Lara baixou os olhos de vergonha e Tom sorriu debochado.
-Tadinha realmente ela deve estar sofrendo demais...
O nome de Bill foi berrado e ela saiu de cima da cama, correndo. Tom a olhou e sorriu ao vê-la tão sem jeito. Parou de sorrir quando viu duas malas no chão. Lara seguiu seus olhos e antes que ele dissesse algo, explicou:
-Eu...eu fiz nossas malas Tom
-Para?
-Não temos mais tempo, ficar aqui não faz mais sentido. – Lara o olhou e continuou. –Sei que dói demais deixá-lo, mas não temos outra escolha, e outra, quando tudo passar podemos trazê-lo para perto de nós. E só uma questão de tempo.
Tom olhou as malas no chão, olhou para a parede, como se pudesse ver o irmão através dela então, não pensou, pois se o fizesse não o deixaria, pegou as duas malas e sem olhar para trás saíram do quarto, depois pegaram o carro e partiram.
x.x


Tom e Lara já estavam à uma duas horas na estrada, desde de que deixaram o quarto Tom se mantinha calado.
-Se é para ficar assim, melhor não irmos! –Lara disse tocando o rosto dele de leve.
-Lara só preciso de um tempo...Nada mais!
O silêncio se formou novamente, Lara para amenizá-lo, ligou o rádio e deitou no ombro largo dele, a música que tocava no rádio acabou e o locutor anunciou a próxima notícia:
-Essa manhã o assessor de imprensa do senador da Califórnia Jonathan Linderman, convocou uma coletiva e muito abalado informou a população.
A voz do assessor era grossa e firme:
-Infelizmente, viemos comunicar que a família esta em luto. Por motivos maiores, nem a imprensa e nem a polícia foi notificada do sequestro da filha do senador Linderman, Lara Linderman, a notícia veio há 4 dias trás, de Phoenix, quando um motel foi incendiado, a polícia e os legistas acreditavam que os quatro corpos que foram achados no quarto, carbonizados. Sejam: Três deles dos seqüestradores de Lara e o outro seja da herdeira, já que uns dos corpos estavam com objetos pessoais que a vítima usava quando foi sequestrada.
E o Assessor continuou:
-Hoje pela manhã, infelizmente, veio a confirmação que um dos corpos é mesmo de Lara, a família não tem mais dúvida da morte da bela jovem. A família não quer mais se pronunciar sobre o assunto e espera o respeito e compreensão de todos.
Tom freou o carro, subindo a poeira seca da estrada e suas mãos não conseguiam largar o volante quando reconheceu a voz de Carlos no rádio:
-Não noticiamos o sequestro para polícia e imprensa, por que ele já estava sendo finalizado, o resgate tinha sido pedido e o lugar acertado. Não sabemos o que deu errado. Só sabemos que minha noiva esta morta.
Tom virou o rosto e encontrou os olhos de Lara arregalados e cheios de lágrimas.
Todas as estações de rádios estavam noticiando a morte de Lara e dos 3 sequestradores, e todos ressaltavam que realmente era Lara por que a família tinha reconhecido peças e objetos da mesma. E não sabiam, a identidade dos outros três sequestradores.
-Corpos carbonizados? –Lara perguntou sem entender – Que corpos? Como havia corpos, se somente nossos dois quartos foram incendiados, e se nós saímos de lá, ainda vivas!
-Não sei...Não sei onde acharam esses corpos carbonizados! –Tom disse sem entender.
-E com meus objetos pessoais? – Lara questionou lembrando-se do nécessaire que tinha ficado no quarto ainda em chamas.
-Lara isso esta estranho de...
A risada alta de Lara o cortou, Tom a olhou e ela batia palma e sorria de felicidade, tinha certeza que ela tinha entrado em um estado histérico.
-Tom...Meu Deus! Essa é a melhor notícia do mundo. – Tom a olhou e a viu sorrir – Isso é muito bom, isso quer dizer que para o mundo estamos mortos. Para o mandante do meu sequestro e para Carlos, não existimos mais. –Lara chorava de alegria. –Alguém nos ajudou, não sei quem...Mas alguém esta olhando por nós.
Tom a olhou e viu o brilho nos olhos dela, isso era sádico demais, ficar feliz com aquela desgraçada toda, porem, no momento seguinte era exatamente essa sensação que lhe invadia.
-Podemos viver nossa história sem nos esconder. Pois, com certeza esse incêndio foi cometido pelo mandante do meu sequestro, para nos matar. –Lara estava afobada e continuou. – Se acharam os corpos e foi divulgado que são nossos....Eles acham que conseguiram, que realmente nos mataram naquele incêndio.
Tom se calou e lembrou, que depois do incêndio não recebeu mais nenhuma ligação, após o incêndio, o mandante não entrara mais em contato, e por coincidência nem os Kaulitz com ele. Tudo fazia sentido. Lara tinha toda a razão.
 -Bill! –Foi tudo o que Tom conseguiu dizer.

Tom ligou o carro dando meia volta seguiu a estrada com um sorriso no rosto, acelerou e sentiu que as coisas estavam começando a entrar nos eixos para ele e para o irmão gêmeo.

A viagem de volta durou quase uma hora e meia, Tom abriu a porta do carro, saiu do carro correndo e subiu as escadas em dois em dois, gritando:
-Bill... Bill
Tom parou de falar quando chegou à frente da porta do quarto que Bill dividia com Alice.
-Bill? –Tom o chamou e entrou no quarto que estava revirado.  –Bill?   - Quando ele entrou no banheiro, um grito foi sufocado, seus olhos fecharam e cambaleando sentou na cama, abriu os olhos novamente não acreditando na cena que via. O medo lhe invadiu e lágrimas raivosas desceram de seu rosto.

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 As fotos no começo sumiram...Vamos lá!
  


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 É isssooooo....

Postado Por: Grasiele

Dead Or Alive - Capítulo 19 - Vivendo em pecado!


Eu não preciso de licença
Assinar em nenhuma linha
Eu não preciso de pregador
Para dizer que você é minha
Eu não preciso de diamantes
Eu apenas preciso de você
Vivendo em pecado...
Living In Sin  - Bon Jovi
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-Sim, eu não sou uma simples prostituta...Esses oito milhões eu ganhei para fazer parte do seu destino!

Ele a soltou repentinamente e arregalou os olhos, esperava tudo, menos aquela confissão...
Alice percebeu a expressão de espanto no rosto de Bill, jamais ele imaginou que ela seria tão rápida em revelar a verdade. Bill se afastou, andou pelo quarto, quieto e depois de alguns segundos voltou a olhá-la e ainda anestesiado perguntou:
-Como é que é? – Bill tentava digerir a verdade. –Você o que?
-Oito milhões e eu entrei em sua vida! –Alice repetiu olhando para ele. -Naquela noite... na noite que nos conhecemos, depois que fui embora do seu quarto, Tom estava no celular, eu o ouvi falando que vocês iam fazer uma entrega no México, na hora, ouvi e não dei importância, na verdade nem sabia que ele era o seu irmão.
Alice respirou, pegou fôlego e continuou:
 -Quando cheguei em casa, liguei o meu celular e tinha uma chamada, de um ex-cliente, um homem no qual devo alguns favores, uma pessoa que me ajudou muito durante esses últimos anos, ele precisava de um grande favor, alguém que atravessasse oito milhões de dólares dos Estados Unidos para Cuba, neguei na hora, mas depois ele disse que me daria 800 mil quando eu chegasse ao meu destino, eu pensei aquela manhã inteira como esse dinheiro ia me ajudar e como ele me tiraria dessa vida miserável.
Bill estava ainda em pé, olhando-a e ouvindo a sua explicação, e pela expressão facial, Alice estava convencendo-o.
-Foi quando me lembrei do rapaz, que estava no mesmo hotel que você.
-Tom!   – Bill disse.
-Sim...Então, quando eu estava indo ao encontro dele, você apareceu, me viu naquele estado deplorável, e foi tudo como se o destino tivesse me ajudando, você surgiu e quando vi Tom dentro do carro e percebi que estavam juntos, não perdi a chance e pedi para você me levar com você.
-Você disse que estava indo ao encontro do rapaz, Tom...Você ia fazer o que?
-Não sei!  -Ela disse movendo os ombros – Ia observar, tentar uma aproximação, tentar seduzi-lo, vi como ele me olhou quando eu passei por ele, sabia que seria muito fácil envolvê-lo e que por alguns serviços bem feitos ele me ajudaria chegar pelo menos até o México.
-Serviços bem feitos? –Bill a olhou e sorriu sem emoção – Você ofereceria sexo para ele!
-Eram 800 Mil, sabe o que é isso? –Alice perguntou com um leve sorriso nos lábios.  –O fim das ruas para mim! Você sabe como é difícil essa vida?
Bill não respondeu nada. E ela prosseguiu em sua explicação.
-Bom, continuando, não precisei dormir com Tom, Graças a DEUS, pois você apareceu, e aqui estou!
-Sabe o que é engraçado? –Bill aproximou-se de Alice e ela deu dois passos para trás se afastando  –Eu nunca vi essa mala vermelha!
-Você nunca a viu por que eu nunca estive com ela!  –Alice explicou, segura de si.
-Não? E quando o seu amigo do peito lhe entregou o dinheiro, os oito milhões?
-Ontem!  –Alice disse se afastando mais, esperando a reação negativa dele.
-Ontem? –Bill repetiu, não escondendo sua raiva. –Ontem?
-Sim, depois que eu sai do motel! –Ela disse tentando controlar o pavor que crescia em seu interior.
-Depois que você me deixou no motel desmaiado! –Bill fechou os punhos para conter a sua raiva.
-Sim! –Ela apenas disse baixo.
-Você me deixou desmaiado e foi se encontrar com seu amante é isso? –Bill cerrou os olhos tentando manter-se calmo.
-Eu não tenho amante, ele é um apenas velho amigo!
Alice percebeu Bill arquear uma sobrancelha e morder os lábios, podia jurar que ele estava com ciúmes!
-Um velho amigo? Era para ele que você estava ligando do orelhão ontem?  –Bill perguntou cruzando os braços na altura do peito.
-Sim, eu ligo sempre para ele, para lhe deixar informado de todos os meus passos. –Bill agora andava pelo quarto, sem tirar os olhos dela.  - Ele vai me enviar documentos falsos para eu entrar em Cuba.
- Falsos? Por que falsos? Você é alguma assassina que não pode ter documentos legítimos?
Alice o olhou, engoliu a seco e tentou não falhar na resposta.
-Não...Não é isso...é que os meus estavam com o meu cafetão...aquele que você matou naquela manhã, lembra?
-Hum...lembro! –Bill parou de andar pelo quarto, mas ainda a olhava fixamente e tal atitude estava deixando-a trêmula.
-Foi ele que me ensinou a usar uma arma, a lutar e a sobreviver nas ruas, tudo isso ajudou a me defender dos clientes inoportunos, ele me ensinou tudo o que eu sei hoje...digo sobre defesa pessoal!
Ela tentou corrigir o duplo sentido de sua frase, mas Bill já tinha levado o “ensinado tudo” para o lado sexual, e ouvir isso não foi tão simples, ele pela primeira vez se sentiu incomodado e com ciúmes.
-E esse seu amigo faz o que? –ele perguntou tentado ainda manter a calma.
-Para o seu bem é melhor eu não te contar. –Ela foi curta.
Bill se aproximou e Alice fechou os olhos, sentiu ele perto demais, sentiu a respiração em seus cabelos, prendeu a sua respiração e o ouviu perguntar:
-Você já transou com ele?
-Totalmente irrelevante! –Ela disse saindo de perto dele e sentando na cama de costa para ele.
-Ontem quando me deixou desmaiado no motel e se encontrou com ele para pegar a mala, vocês transaram?
Alice baixou a cabeça e não respondeu. Sentiu o olhar de Bill perfurar sua pele e sugar sua alma, e ela não respondeu,permaneceu calada.  Em vez de responder a pergunta, ela disse:
-Eu preciso do dinheiro. Até por que ele não é meu! – Alice disse sem olhá-lo – Eu tenho que passar pela fronteira em cinco dias.
-Cinco Dias?
-Sim, daqui cinco dias eu saio da sua vida Bill Kaulitz! –Alice levantou-se da cama e virou encarando-o.   Os olhos verdes encontraram os olhos mel dele em brasa e raivosos.
Cinco dias! A calma de Bill foi embora nessa hora, fechou os punhos e se controlou, queria pegá-la e lhe dar uma surra, queria chacoalhar os ombros e...e...pedir para não o abandoná-lo daqui cinco dias. Queria gritar com ela e pedir para não falar e muito menos terminar essa missão para o seu velho amigo.
Mas, não podia!
 Bill respirou, tentou se controlar para não fazer nada que se arrependesse depois. Por que algo nele avisou que se abrisse a boca, denunciar-se!  Maldito Amigo!
O quarto ficou em silêncio novamente, depois de alguns segundos, Alice ouviu os passos e depois o barulho da chave, a porta foi aberta porem antes de ser fechada, ela ouviu:
-Eu devolverei o dinheiro para o seu velho amigo, não se preocupe! –Bill disse fechando a porta. Ouviu a voz de Tom e depois a de Bill que sem a preocupação de falar em alemão, disse ao gêmeo:
-Amanhã cedo entregaremos Lara e dane-se o que vão fazer com ela, pra mim chega, acabou e não dá mais para eu continuar com isso mais um dia sequer. Se você quer levar adiante, leve, mas sozinho! Eu estou fora!
-Bill, eu não vou entregá-la! –Tom disse a ele.
O irmão mais novo o olhou e balançou a cabeça negativamente e antes de passar por Tom, disse:
-Então a dupla se desfaz aqui e agora, meu irmão!
Bill passou pelo irmão e seguiu corredor a fora, descendo as escadas e entrando no restaurante do motel, deixando Tom parado na porta do quarto, olhou para Alice e lhe sorriu sarcasticamente dizendo:
-Não sei a explicação que você deu a ele, mas aposto que nenhuma palavra que saiu dessa boca imunda foi verdade. Você continua mentindo!  –Tom fechou a cara e saiu atrás do irmão mais.

 Alice permaneceu imóvel, não respondeu a acusação de Tom, estava cansada demais, de tudo e de todos, foi até a porta fechando-a e deitou-se na cama, até tentou chorar, mas não conseguiu, então fechou os olhos e abraçou o travesseiro e a última frase que pensou antes de pegar no sono profundo foi:
-Você esta certo, Tom Kaulitz!

Alice jamais poderia contar a verdade para Bill, que foi Syn que a treinou e a designou para estar ao lado dos gêmeos, para depois lhe entregarem para a polícia alemã. Muito menos podia dizer para Bill que a mala vermelha estava no maleiro escondida e que lhe foi dada no dia do incêndio, por que era nesse dia, que ela tinha que ir embora para a Suíça e deixar os irmãos a mercê do FBI alemão, o seu último dia com os Kaulitz foi adiado por causa do ruivo desgraçado, que com o incêndio tentou matar: Bill, Tom e Lara.
A verdade não podia ser dita a Bill. Não antes da prisão dos Kaulitz, que aconteceria no dia seguinte.
No dia seguinte...Mas, por que aquilo lhe doía tanto?


x.

x

-Por que você contou para a prostituta sobre Carlos? –Tom disse ao entrar no quarto com Lara, depois de ter jogado o dinheiro em Alice e ter se pegado com ela.  –Não sabia que vocês eram amigas confidentes?
-Não sou intima dela. – Lara o olhou.  - Ela viu a foto que esta dentro do seu envelope amarelo e me perguntou quem era. E respondi! –Lara deu de ombros.
-E você respondeu que era seu noivinho querido e amado.
-Não seja tolo, Tom! –Lara disse aumentando o tom de voz. –Sim, afinal Carlos é o que meu? Meu noivo!
Lara olhou para Tom e viu que ele estava extremamente nervoso com a amizade de Lara e Alice. Tentou chegar perto dele, odiava brigar com ele. Tentou afagar-lhe o rosto. Ele a olhou e saiu de perto dela.
-Você percebeu o que você fez se abrindo toda com ela? –Tom a olhou de longe – Agora, ela pode sair daqui e falar para Carlos, que temos um caso e que fugimos!
O estômago de Lara deu uma fisgada, sua cabeça rodou e ela sentou na cama mordendo os lábios.
-Eu não pensei nisso...Eu...
-Pois é, voltamos à estaca zero –Ele disse impaciente - Voltamos a ficar nas mãos de Carlos!
-Sinto as vezes que você tem medo de Carlos. –Ela disse não sentindo o perigo. –Parece que ele exerce um poder sobre você! Percebo que existe uma ligação entre vocês dois.
Aquilo para Tom foi como lhe dar um murro no nariz, com um soco inglês. Um chute forte e certeiro em suas partes intima. Ele andou furioso até Lara e a levantou da cama com raiva e furioso cuspiu as palavras:
-Eu não tenho medo de homem algum, nenhum homem me intimida, você entendeu? –Ele sacudiu Lara pelos braços e a segurou a olhando com os olhos pegando fogo. –Muito menos esse ladrãozinho de merda do seu noivinho!
Lara o olhou e sentiu que existia, que tinha alguma coisa ligando os dois, e que não era apenas o amor dos dois pela mesma mulher, era muito, além disso.
-A nossa ligação é apenas uma minha querida –Tom falou cheio de sarcasmo- Transamos com a mesma mulher!
-Não é só isso,Tom! –Ela se soltou dele e o olhou.  –Carlos é o mandante desse seqüestro!

Não era uma pergunta, e sim uma afirmação.

-Antes fosse!  –A resposta foi rápida, curta e verdadeira  – Não, Carlos não é o lado mau desse seqüestro...infelizmente!
-Não é o lado mau?  –Lara perguntou tentando entender a afirmação dele.
-Sim, minha querida, o seu noivinho prestativo, é o lado bom dessa sujeirada toda!
Quando Lara abriu a boca para falar, Tom continuou:
-E é por isso que eu o odeio tanto. Odeio esse amor super protetor que ele sente por você. –Tom respirou com dificuldade e prosseguiu:
-Carlos daria a vida dele por você! –Aquelas palavras doíam nele e quase em um sussurro ele finalizou   -Ele te ama...muito e talvez isso que estamos fazendo, não seja correto com ele!
Tom fechou os olhos e sem dizer mais nenhuma palavra, deu as costas para Lara.
-Carlos sabe quem me sequestrou, não é?  –Lara perguntou  –Sim, ele sabe!
Tom permanecia em silêncio, Lara andou até ele e tocou em seu ombro apertando-o.
-Não tenho um futuro para lhe dar...Não tenho nada! –Tom baixou a cabeça, triste – Nem o dinheiro desse maldito seqüestro eu terei.
-Dinheiro...Dinheiro...Tudo se move através desse maldito dinheiro! –Lara gritou, furiosa. Batendo com força a mão fechada na porta do banheiro. –Dá pra você parar de falar nisso, de pensar só nisso? Nessa porra de vida só existe isso? Nunca te ensinaram outra palavra? AMOR por exemplo?
Tom arregalou os olhos, levantou e encarou Lara que ao ver os olhos de Tom cheios de água, tentou puxar todas as palavras de volta para dentro do seu ser, mas não foi possível.
-Amor!  –Tom a olhou com dor no coração.  –Essa palavra é tão presente na minha vida nesse exato momento, é exatamente ela que me prende aqui, que me impede de viver minha vida, que não me permite raciocinar direito, a partir do momento que deixei a palavra amor entrar dentro de mim, eu não tive mais paz e meu juízo foi jogado aos abutres no deserto!
Uma lágrima rolou, Lara abriu a boca para se desculpar, não conseguiu, tentou correr para não deixar a lágrima rolar, mas seus pés permaneciam grudados no chão, como se tivessem cola. Tom Kaulitz estava chorando.
-Tom...eu...não quis –Lara conseguiu se mover e andar até ele, chegou muito próxima,  apenas seguiu a lágrima até que ela deixasse o rosto dele e pingasse no chão do quarto.
-A vida cheia de diamantes, segurança e amor que ele te oferece, eu nunca vou poder oferecer. – Tom passou a mão no rosto para enxugá-lo –Amor somente nunca é suficiente...Acorde para a realidade e volte para a sua vida de conto de fadas.
Ele tocou levemente o rosto delicado de Lara e com um gemido sofrido sussurrou:
-Meu doce pecado...
 Sem mais nada a dizer, virou-se e antes de sair do quarto deixando-a sozinha, disse:
-Vou ver se Bill precisa de ajuda para matar aquela vagabunda.
Ela o viu sair do quarto, sentou na cama, abraçou as pernas e deixou as lágrimas rolarem:
-Eu não quero diamantes...só o seu coração...só isso...

Deixou-se chorar.

 Depois mais calma, olhou para a porta do quarto e tentou se mexer para finalizar aquele martírio, queria passar por aquela porta e ir de encontro com Carlos e lhe exigir todas essas respostas, mas todo amor que sentia por Tom lhe segurou ali, naquele quarto de motel.
Maldito amor, obsessão desgraçada, como podia amar tanto alguém, como podia depender de um homem daquela forma? Por mais que ela fizesse mil perguntas. As mil e uma respostas seriam sempre iguais... Amava Tom Kaulitz mais que sua própria vida.
E muita segura do que queria do seu destino, começou a arrumar a sua mala e depois a de Tom, assim que ele colocasse os pés no quarto novamente, eles fugiriam para outro lugar.
Lara sabia que seria uma fuga difícil e cheia de obstáculos, mas precisava correr todos os riscos, tudo era válido por Tom, a fuga tinha que ser feita e o mais rápido possível...Ainda naquela noite!


x.x


Alice acordou num pulo assustada, sonhará que Bill a enforcava, passou as mãos em volta de seu pescoço e depois pulou da cama, percebeu que já era de noite e Bill não estava no quarto.
Então, aproveitou a ausência, saiu do quarto, atravessou todo o motel até chegar ao orelhão discando e ao ouvir mais uma vez a voz disse:
-Os gêmeos vão entregá-la amanhã na parte da manhã. –Alice fechou os olhos e disse para ele – Depois que ele entregar Lara, os flagramos e os entregamos para a Alemanha. –Ela ouviu Syn e sentindo o coração apertar finalizou a conversa:
-Amanhã será o fim dos Kaulitz!

Ela colocou o telefone no gancho, ouviu o barulho da moeda caindo, colocou a testa no orelhão e tentou fazer seu corpo parar de tremer, não saberia o que seria mais difícil no fim dessa missão, encarar Syn depois de tudo o que viveu com Bill ou a prisão dos Kaulitz, mesmo sabendo o tipo baixo e sem escrúpulos que eles eram, de se envolver em um sequestro tão sórdido e mesquinho, ela lutava com seus sentimentos, ele queria ter raiva e ódio de Bill e por mais que tentasse, ela não conseguia.
Jamais em toda sua vida ela tinha se envolvido com alguém dessa forma, nunca tinha se relacionado tão intimamente com alguém. Além de sexo, muito além dos lençóis, até por que com seus clientes, ela era só ato sexual, satisfazia-os e fim.
Alice sempre se policiou e deixava claro para ela mesma: Não havia lugar para o amor em sua Vida. Apenas metas, compro­missos e riscos.
Pensou em Syn Gates, o velho amigo, mesmo sendo fiel a ele, mesmo lhe devendo a vida desde os seus 15 anos, depois de quase 7 anos de relacionamento de amizade, ela jamais se entregou a ele da forma que se entregava para Bill. Ele sempre pediu e ela sempre negou.
Alice colocou a mão no bolso e pegou o maço de cigarro, pegou um, acendeu, fumou e depois de quinze minutos contemplando a lua e as estrelas, respirou fundo e subiu para o quarto, quando entrou encontrou Bill deitado na cama apenas de boxer com os braços embaixo da cabeça, assistindo TV.
Parou na porta ao vê-lo, seminu e estirado na cama, da forma que ela mais gostava. “Ele podia ser feio” ela pensou passando seus olhos verdes pelo corpo magro e bem desenhado dele, parou  o seu olhar na tatuagem de estrela que ele tinha no lugar mais sexy de seu corpo e engoliu a saliva.
-Quer um babador?
A pergunta debochada de Bill a trouxe de volta ao quarto. Era óbvio que ele tinha notado seu olhar de cobiça e desejo exacerbado para ele, Bill sabia o poder que exercia sobre Alice.
“Maldito...Gostoso!”
Ela o xingou em seus pensamentos, não respondeu a sua insinuação, Alice apenas entrou no quarto rapidamente, foi até a gaveta pegou uma calcinha e uma camisola e seguiu em direção do banheiro, tudo isso sob o olhar atento de Bill. 
Entrou, fechou a porta com a chave e tomou um banho demorado, quando terminou e já estava vestida, torceu para que Bill já tivesse dormindo. Não queria falar com ele, não queria que ele lhe perguntasse nada naquela noite.
A última noite com Bill...

Saiu do banheiro e sua primeira reação foi olhar para ele, suspirou aliviada quando percebeu que ele dormia, seguiu até a cama, deitou sem fazer muito barulho e apagou a luz do abajur, deixando o quarto escuro, fechou os olhos virando de costas para ele tentando dormir.
-Foi ligar para o amiguinho?
Ela se assustou quando ouviu a pergunta e a resposta foi verdadeira.
-Sim!
O silêncio caiu sobre o quarto novamente.
-Eu não transei com ele naquela tarde.  -Ela confessou.
-Você espera que eu acredite nisso?  –Bill disse
-Na verdade depois que entrei em seu carro naquela manhã, eu não fiz mais sexo com ele, na verdade eu não fiz sexo com mais ninguém, só com você.
-Que azar o seu! –Ele disse sério.
O quarto estava escuro e não dava para um ver o rosto do outro...mais silêncio!
-Eu não transei com ele!
-Sim, você já disse! –Ele se mexeu na cama e suspirou fundo.

Alice não suportou mais aquilo e se levantou da cama, bufando. Acendei a luz, foi em sua bolsa pegou um saquinho com a erva, foi até a geladeira e pegou uma garrafa de vodka saindo do quarto em passos rápidos sentando em um pequeno muro que ficava perto dos quartos, enrolou um cigarro de maconha e abriu a garrafa. Fumou e bebeu, quando já tinha terminado o segundo cigarro e a garrafa de vodka estava quase vazia, ele saiu na porta do quarto e a olhou, Bill estava com o peito nu e vestia uma calça jeans preta.
Alice olhou primeiro a estrela e depois tentou ser indiferente virando o rosto em seguida, o ignorando. Como se pudesse...
Ouviu os passos dele aproximando parando na frente dela, ele segurava uma garrafa de cerveja.  Ela não o olhou, apenas levou à garrafa a boca, terminou com o líquido e o encarando perguntou:
-O que esta fazendo aqui? Quero ficar sozinha!
Ele continuou com os olhos fixos nela e bebeu mais um grande gole de cerveja. Mas permaneceu calado.
-Se não acredita em mim por que veio aqui fora? –Ela o alfinetou – Você me irrita profundamente com esse olhar de nada com coisa alguma.
Ele permanecia calado, com o olhar preso nela, para irritá-la.
Bill acabou com o liquido da garrafa, a olhava sério como se quisesse falar alguma coisa. Mas desde que descobriu sobre Syn, ele se mantinha distante e calado.
Ela já estava um pouco fora dela, tanto pela maconha como pela vodka, então ela o olhou com desprezo e disse enfurecida:
-Amenize essa agonia, me mate, me bata, faça o que você tiver que fazer, mas diga alguma coisa, porra!
-Te bater...isso te daria prazer demais!  -Ele disse a olhando com olhos felinos.
-Eu odeio você! –ela suspirou olhando para ele.
-Eu também odeio você, Alice!
Ele disse aquela frase sorrindo tão sexy, que ela umedeceu só em ouvi-lo, como podia tal façanha?
Os olhos se cruzaram e ela viu quando os olhos de Bill baixaram para o seu decote, e ela fechou os olhos, para tentar afastar o desejo que percorria o seu corpo inteiro.
-Por que não me pergunta logo o que você quer saber? -Ela perguntou finalmente
   -E o que eu quero saber? –ele disse sorrindo deliciosamente.
-Não se faça de idiota! –Ela disse entre os dentes.
-Não preciso fazer pergunta nenhuma até por que eu já sei muito bem a sua resposta.
-Ah sabe! –Ela sorriu, não achando graça   –E prepotente, convencido, metido  como é, eu tenho certeza que acha que é mil vezes melhor de cama que meu amigo.
   -E não sou? -Ele disse dando um passo em sua direção parando próximo a ela, fazendo–a cruzar os braços entre os seios evitando que ele visse o arrepio em seus bicos.
-Não!   –Ela mentiu  –Não é!
Ele sorriu alto ao ouvir a resposta dela, deixando-a mais nervosa e brava.
-Não é mesmo! –Ela repetiu querendo feri-lo, como se fosse possível.
-Vou te provar que sou!
   Então, ele andou até ela e se enfiou entre suas pernas parando poucos centímetros de seu rosto. Colocando suas duas mãos dentro dos cabelos dela, segurando-a com força e a trazendo para perto de seu rosto, bruscamente.
O sangue dela ferveu e suas pupilas dilataram de prazer ao ser tratada daquela forma tão vulgar por ele.
Não foi necessário palavras para seduzi-la, quando Bill passou sua língua nos lábios carnudo dela e esfregou sua ereção nela, Alice já estava nas mãos dele. Inteira ao dispor.
   Alice estava totalmente rendida e submissa a Bill, então ela abriu as pernas e o encaixou melhor entre elas, ela também enfiou seus dedos nos cabelos negros dele e o trouxe mais perto, aprofundando o beijo.
O beijo ficou perigoso, e as mãos de ambos, já passeavam um pelo corpo do outro, deixando rastro de fogo, as línguas enroladas, a respiração faltando, os gemidos de prazer, o sexo era pronunciado e o frenesi enlouquecedor não permitiria que eles nem chegassem ao quarto.
   Afastaram-se por um segundo...
Ele segurou forte uma alça da camisola dela, a puxando com força arrebentando-a e logo depois a outra, ela rapidamente escorregou a peça de seda para sua barriga deixando os seios a mostra, ele admirou-os, lambendo seus próprios lábios de satisfação, juntou-se a ela mais uma vez, ele passou a língua devagar em seu queixo, depois desceu seus lábios para um de seus mamilos, fazendo-a gemer e enlaçar suas pernas em sua cintura fina. Trazendo-o mais próximo de seu corpo.
   Gemeu de prazer, Alice ainda de olhos fechados, desceu suas mãos abrindo rapidamente o zíper do jeans dele, colocando a mão dentro de sua boxer segurando seu membro já ereto e pulsante.
Bill gemeu perto do ouvido dela, lambeu seu lóbulo e em seguida mordeu forte o seu ombro, fazendo a jogar a cabeça para trás e dar um grito de prazer com misto de dor, ela não disse nada apenas procurou a boca dele mais uma vez e o beijou descontrolada.
   Ele se deixou ser beijado, foi ela própria que colocou a calcinha de lado, se posicionou para recebê-lo, Bill por sua vez, afastou-se, olhou-a enfurecida de luxúria, sorriu e baixo disse:
-Agora vamos fazer assim, eu vou entrar e se você for atrás de mim como uma cadelinha no cio...Eu sou mil vezes melhor que ele e se você não for...Ele é!
   Bill se virou e a deixou sentada no muro, sozinha.
Ele entrou no quarto fechando a porta. Alice respirou com dificuldade de raiva dele, como ele podia ser tão desprezível, tão ordinário, miserável.
Ela queria gritar de raiva, o odiava com todas as suas forças e jamais iria atrás dele nem que ele fosse o último homem da face da terra.
   Ela dormiria dentro do carro, mas jamais se rebaixaria tanto, nunca desceria a esse nível, em toda sua vida ela nunca tinha ido atrás de um homem e não seria agora que iria. Ela subiu sua camisola e a segurou nos seios para cobrir-se, desceu do muro e estava se dirigindo para a garagem quando lembrou:
“Amanha é o fim dos Kaulitz”
O fim seria nunca mais vê-lo, nunca mais tocá-lo e nunca mais...Nunca!  Aquele pensamento a fez parar e olhar para o quarto.

-Você é um filho de uma puta muito do desgraçado! –Ela disse ao entrar dentro do quarto batendo a porta com raiva. –Eu te odeio como nunca o fiz em toda minha vida.
Ele se virou e sorriu para ela, ela foi na sua direção transtornada e quando foi lhe dar um tapa, ele segurou seu braço e a trouxe para perto dele. Ela o olhou furiosa, e ele ainda sorrindo ordenou:
-Peça Alice!
Ela o olhou por alguns segundos, fechou os olhos e então disse baixo quase inaudível:
-Faça sexo comigo!
-Peça direito! –Bill elevou a voz, ordenando!  –Ou melhor, Implore!
Ela abriu seus olhos e o olhou, ele levaria isso adiante então se ela o quisesse naquela noite, não teria outra saída, era sua ultima noite com ele, ela o queria demais, então teve que se submeter aquela cena deplorável.
Engoliu o orgulho de aço, fechou os olhos humilhada e seguiu adiante.
“Por Favor, Bill Kaulitz me coloque de quatro nessa porra de cama e me coma”, ela pensou em falar, mas sua boca e seu coração lhe traiu descaradamente, ela abriu os olhos e o encarou por alguns segundos, e disse:
-Eu quero fazer amor com você, Bill!
Ela disse verdadeira, porem sentiu mais ódio dela, do que dele. Bill a olhou e o sarcasmo e o ar de deboche sumiram do rosto dele, a palavra amor lhe atingiu com um tapa dolorido em uma de sua face, e pela primeira vez se sentiu frágil com as palavras de Alice.
Os olhos verdes dela se fecharam e ao abrir novamente estavam brilhantes como se tivesse com lágrimas, Bill arregalou os olhos, surpreso,  o olhar intenso e emocionado de Alice o desarmou e aquele ar de superioridade deu espaço a um sentimento de igualdade.
-Faça amor comigo como nunca fez com ninguém... Nem comigo mesma!

Postado Por: Grasiele

Dead Or Alive - Capítulo 18 - Forte... Ou Fraca!



"Ela será fraca
Ela será forte
Luta duro
Resistindo"

(What's a Woman - Vaya con Dios)


Alice estava ao lado do frízer com um copo de água na mão, já passava das 23hs, quando ela parou ao ouvir o barulho da chave, e o barulho da porta abrindo, sua espinha fisgou e o medo incorporou nela fazendo-a fechar seus olhos, ela pensou que tinha que ser forte ao enfrentá-lo.
Não tendo mais saída, ela se virou e o encarou séria.
Depois que o fez desmaiar, o colocou na cama e colocou a chave do carro ao lado dele, roubou um Mustang velho num velho posto de gasolina e depois de se encontrar com Syn, seguiu para o Motel que deixou Lara e Tom.
-Está mais calmo, Senhor arrogância? – Ela perguntou no mesmo instante que Bill bateu a porta com fúria, a trancando. Seus olhos negros faiscaram quando ele deu o primeiro passo em direção a ela.

“Fudeu” – Foi a única palavra que veio a mente da pobre mulher....

-Eu devia te matar! –Ele deu o segundo passo no mesmo instante que ela baixou a cabeça e fechou os olhos. – Sim, eu devia te matar...Lentamente e dolorosamente! – Bill chegou bem próximo a ela e tirou a arma prateada da cintura, ele a engatilhou e o barulho fez com que Alice prendesse a respiração por alguns segundos. O medo tinha se instalado no quarto.
-Você faz um sexo incrível, digna de uma puta de primeira, mas por que será que eu desconfio que você seja mais que isso? –Bill se aproximou mais do corpo de Alice e com a ponta do cano da arma, tocou o vale entre os seios dela, desabotoando o primeiro botão. -E por que sou tão fraco a ponto de não te pressionar e te fazer contar toda a verdade? –Bill abriu mais um botão e a blusa totalmente aberta mostrou o par de seios morenos e empinados. –Tenho apenas uma bala dentro da arma, não sei se a uso em você ou em mim, por ser tão fraco quando o assunto é você.
Alice ainda mantinha os olhos fechados, mas não perdeu a oportunidade de irritá-lo.
-Use-a em você! –Ela disse fingindo indiferença –Faça esse bem para a humanidade.
Ela ouviu a risada dele, e quando sentiu os dedos finos em seu seio esquerdo, ela arrepiou-se.
-Engraçado, seus lábios dizem uma coisa e ele outro. – Bill apertou deliciosamente o bico do seio dela e disse quase ainda irritado:
-Você é muito mais que uma prostituta de beira de estrada.
Alice abriu os olhos e olhou para Bill, ele ainda olhava para os seus seios, sorriu para ela com deboche, pelo olhar de pavor que ela lhe deu, ele teve certeza eu a afirmação era verdadeira, que ela era muito mais que uma prostituta. Ele parou de massageá-la quando ela falou:
-Duvido que você me mataria! –Ela tentou disfarçar o medo e tentou desviar o assunto em discussão. –Você mesmo disse que somos parceiros, que nossos destinos estão traçados e que não podemos fugir disso.
Ele gargalhou e com um movimento astuto pegou uma grande mecha de cabelos castanhos claros, puxando-os com força e raiva trazendo-a para junto de seu corpo.
-Não me venha com essa! –Bill disse entre os dentes - Vai abrindo essa boca e contando a verdade antes que eu acabe com você.
-Seja mais original, Bill!   –Ela abriu os olhos e o olhou divertida  – Essa frase é minha!
-Eu não serei paciente, Alice – Bill soltou a mecha e a segurou com força pelo braço lhe jogando na cama.   –Abra essa maldita boca, não agüento mais esse seu jogo, não terei dó de você! Fale logo antes que eu te mate! –Ele perdeu totalmente a paciência com ela.
-É nessa hora que eu me ajoelho aos seus pés aos prantos e peço clemência? –Ela o olhou séria e ajoelhou aos pés dele, juntando as mãos, como se tivesse rezando. – Esqueça, seu idiota!
-Vadia, mentirora e traidora! – Bill a pegou pelos ombros e a fez ficar em pé – Eu só não te chuto daqui pra fora por que...
-Por quê? – Foi a vez dela gritar com ele – Por que, Bill Kaulitz?
Eles se olharam, estavam ofegantes iguais quando faziam sexo, as faíscas entre eles era visíveis e intensas, Bill abriu a boca para dizer algo, mas as batidas na porta o fez engolir e seguir até ela para abri-la.
Era Tom, ele colocou a cabeça para dentro do quarto e olhou desconfiado para a prostituta, ela por sua vez, lhe mandou um beijo e uma piscadela, ele a ignorou e preocupado fez a pergunta ao gêmeo mais novo em alemão, a resposta de Bill também foi dada no mesmo idioma, esse olhou para ela e ainda nervoso, saiu do quarto acompanhando o mais velho, deixando Alice sozinha. Tinha ESCAPADO dele!
Agradeceu a interrupção de Tom, olhou pela janela e viu os dois entrarem no quarto ao lado. Alice foi até sua bolsa e pegou o seu celular, discou e ao ouvir o barulho do celular desligando sem bateria, xingou:
- Merda era só isso que faltava!
Então, em passos lentos, foi até a porta e abriu devagar, olhou para os dois lados e pode ouvir os irmãos ainda conversando no quarto ao lado. Fechou a porta lentamente, e nas pontas dos pés, desceu a escadas, correndo até o orelhão, que tinha perto da recepção do motel, ela colocou a moeda apressadamente no aparelho e quando ouviu a voz do outro lado, disse:
-Queria apenas me desculpar da maneira que te tratei hoje na lanchonete, estou realmente cansada e meu limite já esta esgotado, nunca te tratei dessa forma. Eu gostaria...
Houve um barulho de moeda caindo...
-Alô? – Alice perguntou e quando o gancho do fone do orelhão foi solto bruscamente, ela se virou e viu a mão grande e magra soltando-o, ela a seguiu e encontrou os olhos cor de mel de Bill a fitando com um enorme ponto de interrogação dentro deles.
- O que você esta fazendo? – ele perguntou calmamente
-Telefonando! – O coração dela parou,  “O que ele estava fazendo ali, MEU DEUS.”
-Sério?  -ele sorriu debochado – Pensei que estivesse lavando roupa.
Ela o olhou, seus lábios tentou dizer algo e não conseguiu, entrou em pânico! “Corra” e por um impulso, saiu correndo, cruzou a recepção, depois subiu as escadas que dava acesso aos quartos, quando ela foi entrar em seu quarto, a porta estava trancada, a empurrou desesperadamente e quando viu que não tinha jeito, que ali não poderia ser o seu esconderijo, ela se virou e quando foi virar a maçaneta do quarto de Tom, os dedos finos de Bill cercaram o seu braço e lhe apertou, ele a puxou, abriu a porta do seu quarto e entrou com ela, arrastada.
-Me larga, seu imbecil! –Ela tentou se livrar da mão dele e não conseguiu, quanto mais ela tentava, mais ele apertava envolta de seu braço. –Tira essa mão cheia de dedos de mim!
Bill a virou com força de frente para ele e com uma mão, a segurou o queixo com brutalidade, obrigando-a a olhá-lo. Mas nos olhos dele não havia mais raiva e sim, dúvidas.
-Pra quem você estava telefonando? – Ele disse aos berros – Quem é você, afinal?
-Eu... –Ela não conseguia falar tamanha era força que ele exercia em seus dedos no queixo dela.  –Eu sou a Alice!
Ele a soltou, gritou um palavrão em alemão fechando a mão socando a parede, poucos centímetros do rosto dela, ela se curvou apavorada, e se não tivesse se abaixando teria levado um soco forte no nariz.
-Chega das suas ironias, Alice! –Bill a olhou realmente fora dele, enfurecido.  – A brincadeira acabou!  -Ele se aproximou, com os olhos arregalados e enfiou o dedo no rosto dela. – Eu exijo que me conte toda a verdade. O que você quer ...
-Eu quero...
Ela sussurrou e olhando dentro dos olhos dele ergueu sua mão tocando o dedo de Bill,  que estava  perto de seu nariz, pegou o dedo magro e comprido e colocou-o inteiro na boca, chupando-o de forma sedutora e convidativa.
-Quero você...inteiro! –Ela disse quando tirou o dedo da boca. –Como nunca quis outro em toda minha vida! –Alice pegou a mão de Bill e a beijou com doçura. – Te quero...pra mim, Bill Kaulitz! –Ela o olhou e se aproximou roçando seus lábios nos deles, uma...duas...na terceira vez  colocou sua língua inteira dentro da boca dele e o beijou mais com paixão.
Alice se sentia forte...fraca...sentia mil sensações ao mesmo tempo quando ele estava por perto, a luta era difícil, ela tinha que resistir contra ele...mas estava perdendo todas suas forças! Deus não podia, ela não podia!
Bill abriu sua boca deixando-se ser beijado por quase quinze segundos, o que mesmo ele havia perguntado a ela? Ele esquecerá, porem era exatamente isso que ela queria, enlouquecê-lo e fugir novamente da verdade, quando conseguiu juntas sanidade e a empurrá-la para longe, ele limpou a boca como se estivesse com nojo.
-Você me da náusea! –Ele disse se afastando.
Ela baixou os olhos, triste.  Pela primeira vez ela tinha dito a verdade, naquele momento disse algo que realmente sentia e ele não acreditou, Bill tinha certeza que era mais um golpe sujo! E Alice não o culpava.
-Cansei desse jogo de oferecer seu corpo para obter privilégios...bem típico de prostitutas do seu nível. -Bill a olhou com raiva.  –Por que eu não te expulso daqui como um cachorro sarnento?
-Quer que eu vá embora da sua vida? -Ela gritou tentando pegar o braço dele, não conseguindo.
-Faça o que você quiser... Agora me deixe em paz, estou cansado e quero dormir. –Bill tirou sua roupa e  deitou-se na cama apenas de boxe tentando dormir.

Ela o olhou estirado na cama. Pela segunda vez ela escapará da verdade, até quando teria essa sorte?
Alice seguiu para o banheiro, tirou sua roupa e entrou embaixo do chuveiro, depois de quinze minutos desligou-o, se enrolou na toalha e saiu do banheiro, ele estava dormindo e respirava alto mostrando cansaço.
“Como pode ser tão delicioso, tão convidativo, tão sensual e lindo?”
 Teve vontade de deitar na cama e beijá-lo inteiro, até ouvi-lo gemer e morder os lábios na hora do gozo, mas isso seria arriscado demais.
Então, ela colocou uma camisola curta e sem fazer do barulho saiu do quarto batendo no quarto ao lado impaciente falando baixo:
-Abre sou eu, Alice!
A porta foi aberta e Tom apareceu só de bermuda e com o rosto inchado de dormir.
-O que foi? –Ele disse mal humorado.
Alice o empurrou, entrou e olhando para Lara deitada na cama, disse:
-Vou dormir aqui hoje!
Lara olhou para Tom com os olhos arregalados.
-Aqui? -Tom disse fazendo uma careta.
-É! Você vai dormir com o teu irmão! –Alice ordenou.
-Vou? -Tom respondeu não acreditando na cena que via.
-Sim, você vai ou podemos dormimos os três juntos aqui... Na mesma cama.
-Tom, acho melhor você ir! – Lara disse ainda assustada. – Amanhã, você me diz tudo o que tem para dizer, sobre o seqüestro.
Ele revirou os olhos, estava pronto para lhe contar toda a verdade do seqüestro, sem alternativa, pegou uma camiseta e saiu do quarto, bufando como sempre em alemão.
-Desculpa estragar sua transa, mas não quero dormir com ele hoje, e se eu ficar lá, ele vai me olhar daquele jeito, eu não vou me segurar e eu vou entregar coisas ...que não devo! –Ela disse explicando para Lara quando Tom fechou a porta do quarto.
-Tá...eu entendi! 
-Eu sei que ele vai me procurar, vai passar aqueles dedos magros e habilidosos em mim e quando...
-Alice!  -Lara sorriu sem graça – Eu já entendi!


A morena deitou na cama de casal, se cobriu e dormiu, Lara se afastou um pouco, com medo da “amiga” e também fechou os olhos tentando dormir.


x.x

Bill virou-se na cama e colocou seu braço ao redor da cintura dela, por mais que achasse que a odiasse, por mais que ele detestasse a idéia de ser sexualmente ligado a ela, Bill ERA! Então, ele a queria naquela madrugada, ele veio para frente e encostou-se todo em Alice.
-Se você não tirar esse negócio das minhas costas juro que eu dobro ele e enfio no seu rabo!
Bill pulou da cama assustado, tropeçou no coberto e caiu no pé da cama batendo a cabeça no canto da mesinha de centro.
-Que porra é essa? –Bill disse ainda no chão – O que você esta fazendo aqui?
-Pergunta para a esquisita da sua...da sua parceira de sacanagem!
Bill se levantou passando a mão na cabeça, no lugar atingido. Olhando para Tom, não acreditou, ela havia trocado de quarto durante a noite. Alice sabia que durante o orgasmo, ele ia obrigá-la a confessar toda a verdade. Ele tinha que admitir, ela era única.
-Vou dormir no sofá! –Bill disse indo deitar-se no sofá vermelho que existia no quarto, ainda massageando a batida na cabeça.
-Melhor! – Tom disse se esparramando na cama.  – Por que se relar em mim de novo com esse pau, eu quebro sua cara.
Bill se deitou e dormiu...Pelo menos tentou!


x.x
No outro dia, pela manhã, o dia já estava fervendo e os gêmeos também, no outro quarto, Alice ainda estava deitada quando ouviu o barulho forte na porta, viu quando Lara saiu da cama para abrir, quando ela girou a chave para abrir , Tom entrou falando em alemão , logo atrás Bill entrou, abatido. Os Kaulitz falando em alemão, boa coisa não era! Alice não quis abrir os olhos, pois seu sexto sentido sabia que o “alemão” era para ela...e para infelicidade dela, estava certíssima!
Os dois pararam lado a lado olhando para ALICE.
O estômago dela gelou sabia que aquilo não ia acabar bem, quando desceu o olhar para as mãos de Tom arregalou os olhos ao ver a sua mala vermelha nas mãos do inimigo.
-O que você esta fazendo com a minha mala na mão? – Alice pergunta furiosa para Tom.
Ela pulou da cama andando em passos rápidos em direção a Tom e quando foi tocar a mala, Bill a pegou pela cintura e a jogou na cama com raiva. Ela caiu e Tom se aproximou abrindo-a e a virando de cabeça para baixo despejando todo o dinheiro que tinha dentro dela em cima de Alice. Ela não se mexeu apenas deixou as notas caírem sobre si.
-Oito milhões de dólares, o que uma vagabunda de beira de estrada esta fazendo com toda essa grana em uma mala?
Ela tirou o dinheiro de cima dela e olhou para Bill que permanecia imóvel no mesmo lugar.
-São minhas economias, eu ganhei esse...
-Ganhou? –Tom a interrompeu sorrindo alto, nervoso.  – Nem que você trabalhasse desde os 10 anos e cobrasse 1000 dólares por programa, você não conseguira juntar tudo isso! –Tom foi para cima dela e pegou seus cabelos e gritou com ela:
-De quem são esses oito milhões de dólares?
Lara se assustou e se espremeu na parede ao ouvi-lo gritar com Alice. Aquele era um Tom que ela nunca tinha visto, Bill tinha encarnado nele!
-É meu! Eu já disse, seu idiota! –Alice o olhou com raiva, para Bill ela evitava olhar.
-Que é seu, eu sei, mas onde conseguiu?
-Não devo satisfações a você, seu frouxo!
O tapa que Tom deu no rosto de Alice a fez cair novamente na cama e no mesmo instante que caiu, levantou como uma leoa, e pulou em cima dele, os dois caíram nos pés de Bill, Alice por cima,  ela fechou a mão e deu um murro no rosto de Tom, e depois outro.
 Tom fechou uma das mãos e quando foi devolver o soco, duas mãos a segurou pela cintura e a tirou de cima dele.
-Tom você vai se sujar a toa, não vale a pena. –Bill disse calmo.
-Ela esta mentindo, essa vagabunda esta mentindo para você. –Tom berrou para o irmão.
-É meu dinheiro...Para o meu futuro, não tenho ninguém nesse mundo, não tenho irmão. -Ela tentava se livra dos braços de Bill para ir para cima de Tom. –Não tenho família, papai como a sua princesinha e muito menos noivinho milionário, como ela!
Tom olhou para Lara e ela baixou a cabeça desviando o olhar.
-Você também sabe sobre o noivo? –Alice parou de se debater e olhou para Tom sorrindo – Então não sou a única aqui que sabia do segredo? –Ela sorriu e olhou para Lara que mantinha a cabeça baixa, envergonhada. –Engraçado e eu sou a vagabunda, mas não sou eu que tenho um noivo, estou há um mês do casamento saio transando feito louca com o meu seqüestrador!
-Cala essa boca, sua vadia! –Tom perdeu totalmente o controle com Alice.
-E sou Vadia, mas não sou a única nesse quarto!
Tom tomado pela raiva, partiu para cima de Alice e mais uma vez lhe atingiu o rosto.
-Seu desgraçado eu vou te matar, eu vou acabar com você!  – Ela se soltou de Bill e mais uma vez foi para cima de Tom, que dessa vez, a segurou e a jogou no chão, imobilizando-a.

-Tom... Chega! –Bill gritou com ele – Eu me entendo com ela!
-Nããão! Eu vou cuidar dela, ela é assunto meu! –Tom a pegou e quando fechou a mão para deferir um soco em Alice, ouviu Bill gritar.
-Tom saia de cima dela!
O irmão bufou de raiva e saiu de cima dela. Falando com ele em alemão mais uma vez, Bill gritou com Tom e foi para perto dele furioso. Olharam-se nos olhos, cuspindo fogo um com o outro.
Com certeza, Tom estava acusando Bill de não ter pulso firme em decisões quando o assunto era a respeito de Alice. Não houve mais diálogos em alemão. O quarto ficou em silêncio.
Alice ficou sentada no chão imóvel de cabeça baixa, viu quando Tom e Lara saíram do quarto. Ficando apenas BILL e ELA, seu mundo tinha desmoronado, ele já tinha encaixado algumas das peças desse quebra cabeça, tudo naquele dia estava dando errado, para ela! Droga de dia!
A verdade estava prestes a ser descoberta. O choro veio até a sua garganta, junto com o medo e o desespero. Cravou as unhas nas palmas das mãos, começou a tremer, ela tentou camuflar o medo, em vão.  Bill acabaria com ela, o que falaria? Por qual tangente ela sairia? Será que existia uma?
Alice ouviu os passos de Bill se aproximando e gelou ao ouvir:
-Bom...somos só nós dois agora!
Ele a tocou nos ombros e com suas duas mãos a levantou do chão.
-Não tem oito milhões nessa mala! –Ela tentou.
-Tem...Tem sim!
Ela olhou para os olhos dele e não tentou mais se defender, nada mais a ajudaria.
Bill apalpou seus seios com força e subiu as mãos para o seu pescoço e apertou a enforcando, suas mãos forçou mais a levantando-a do chão, sentiu ali que ou ela falava ou ele a mataria, não conseguiria se safar pela TERCEIRA VEZ. Então, começou:

-Sim, eu não sou uma simples prostituta...Esses oito milhões eu ganhei para fazer parte do seu destino!

Ele a soltou repentinamente e arregalou os olhos, esperava tudo, menos aquela confissão...

Postado Por: Grasiele

Dead Or Alive - Capítulo 17 - Bed Of Roses


Sobre todas as coisas em que eu desejo acreditar,
Sobre amor e a verdade, é isso que você significa para mim
E a verdade é, baby, que você é tudo de que preciso...

(Bed Of Roses - Bon Jovi)



-Eu... Eu...
-Pensei que nunca mais fosse te ver! – Lara estreitou os olhos ao mesmo tempo em que seu coração bateu descompassado, soltou um suspiro aliviado, correu até ele e o beijou desesperadamente.
Tom não se moveu imediatamente, a imagem dela parada a sua frente, desprotegida e com os olhos inchados de tanto chorar, o deixou imóvel. Apenas se deixou beijar quando ela correu até ele. Lara era exigente no beijo e agarrava o seu pescoço como se ele fosse fugir.
-Tive tanto medo de eles me pegarem... Medo de nunca mais poder te ver ou sentir o seu cheiro, seu toque... Sentir você inteiro... Assim perto de mim... Tom... Tom!
O nome dele veio como exigência entre o beijo, ele a abraçou pela cintura e a tirou do chão, conseguiu ir até a porta e a fechou ainda com Lara nos braços, pendurada nele. Como um animal amedrontado e com medo do seu caçador.
-Calma. Preciso fechar a porta! – Ele disse baixo no seu ouvido. –Eu estou aqui... Tudo vai ficar bem!
-Não me largue... Não me solte! – pediu chorando feito uma criança.
-Não vou te soltar! – Tom a abraçou mais forte beijando-lhe a testa molhada de suor. –Não vou mais me afastar de você.
Lara fechou os olhos e sorriu ao sentir os lábios carnudos e quente em sua testa, aquilo lhe confortou e lhe tranqüilizou. Os músculos foi relaxando aos poucos, seu coração foi desacelerando aos poucos, até bater normalmente dentro do seu corpo.
Mais calma, sentados na cama, Lara contou com todos os detalhes como Alice e ela conseguiram sair de dentro do quarto sem serem vistas pelo tal ruivo misterioso. Tom a ouviu e agora andava pelo quarto sem entender absolutamente nada.
-Alice fez isso? – perguntou franzindo a testa. –Ela sozinha pensou nisso tudo?
-Sim... Ela não foi esperta?  - Lara respondeu sorrindo.
-Muito... Muito! – Tom disse pensativo.
-Você precisava vê-la, ela parecia essas policiais de seriado de televisão.
-Policial! – Tom sussurrou baixo para si, sem quase ouvir o que Lara falava sobre a prostituta, ela falava animada, parecia que Alice tinha virado a nova heroína dela.
-Tom... Tom... – Lara o chamou – Você esta com essa cara por quê?
-Você disse que ela roubou uma moto, a dirigiu...
-Sim, ela foi rápida – Lara respondeu o cortando – Alice nos tirou do quarto dentro do pequeno carrinho de limpeza da arrumadeira, pegou a grande moto que estava perto do motel e a dirigiu como se fizesse isso a vida inteira. – Lara arregalou os olhos e eles brilharam - Mas por que prostitutas são ladras, espertas e sabem dirigir todo tipo de veículo, pelo menos sempre vi isso em todo filme na Tv!
-Lara a vida não é um filme de TV. – Tom disse sério. - É muita coisa para uma prostituta de beira de estrada! – Tom disse baixo se levantando da cama. –Estranho demais!
Mas antes que ele pudesse se mexer, ele sentiu a pequena mão dela lhe segurando. Olhou para os olhos verdes de Lara, o observou com carinho, ele por um instante esqueceu Alice e seu coração deu uma pequena pontada, ele sabia o que ela estava pensando. A pergunta veio dos lábios dela como ele pressentia.
-E agora, Tom?
Ele continuou a olhando, calado.
-Como vamos prosseguir daqui para frente? - ela persistiu na questão.
-Se eu te falar que eu não sei... Eu não sei! – Ele disse levantando-se e seguindo em direção a janela, abriu a cortina e olhou para a linha do horizonte, viu o sol vermelho, brilhante e quente. O quarto estava insuportável, beirava os 42 graus, porém foi quando sentiu os dedos finos dela em sua cintura que percebeu que suava e tremia ao mesmo tempo, numa mistura de incerteza e medo.
Lara colou sua testa nas costas dele fechando os olhos, Tom também fechou os deles e arfou.
-Seria loucura... Uma grande loucura!
-O nosso nível passou da loucura faz tempo! – Lara disse baixo passando os dedos na barriga definida de Tom.
-Não poderíamos ter deixado...
-Não deixamos, aconteceu!
-Eu preciso tanto de você, porra!
-Não tanto quanto eu! – Lara continuava com o tom baixo, ainda acariciando o abdômen dele.
-Estou atestando o seu óbito!
-Foda-se!
Tom riu da frase de Lara, ergueu sua mão e alcançou a dela em sua barriga, entrelaçou seus dedos grandes, nos pequenos dela e apertou, depois segurou e levou a boca para beijar cada dedo fino, falando para ela:
-Está certo... Chegamos ao veredicto final! - Tom disse trazendo-a para frente e colocando suas duas mãos no longo pescoço de Lara, fazendo-a fechar os olhos, toda arrepiada.
–Vamos deixar o nosso amor falar mais alto, eu acredito nele e é POR ELE que vou viver a partir de hoje... Pois é só dele que eu necessito!
Os olhos de Lara encheram-se de lágrimas ao ouvir a declaração de Tom, e ainda muito emocionada contornou os lábios dele com a língua dela cantarolando sensualmente:

Sobre todas as coisas em que eu desejo acreditar,
Sobre amor e a verdade, é isso que você significa para mim
E a verdade é, baby, que você é tudo de que preciso...

 E depois que ela sussurrou as últimas palavras, Lara sorriu apaixonada e certa de todos os riscos, o beijou com paixão. Ela envolveu Tom de uma forma que ele não pode negar tudo aquilo que sentia pela bela morena.  Colocou toda língua para fora e invadiu a boca dele, na verdade, com esse movimento, não quis apenas invadir a boca, ela quis invadir e sugar, além disso.
Ao mesmo tempo em que ela sugava a língua dele, tentava trazer para dentro do seu ser, Tom Kaulitz... Não o seqüestrador, mal e sem alma... Mas sim o apaixonado, carinhoso, o seu Kaulitz, o homem que largaria tudo para viver aquela louca e insensata paixão ao seu lado.
Carlos... Pensou um segundo no noivo... Esse com certeza iria querer a alma dos dois... Mortos ou vivos! Não podia pensar... Não... Não pensaria, agiria e seguiria sua vida ao lado do homem que a fazia sentir uma mulher completa.

---

-Syn! – Alice entrou no bar e ao chamá-lo ele se virou sorrindo ao vê-la.
-Oi, minha pequena! – Ele se levantou e a beijou rapidamente na boca. –Pensei que não viria.
-Aconteceu um imprevisto... Desculpa!  - Alice disse fingindo estar tudo bem.
-O que foi? - Ele perguntou vendo sua expressão de cansada.
-Nada!  – Ela sorriu fingida. – Já está tudo resolvido.
-Eu não devia ter te pedido esse favor!  - Ele disse olhando para o rosto esgotado de Alice - Os Kaulitz são realmente estressantes. – Syn tocou-lhe as mãos geladas e finalizou: - Por isso odeio tanto esses gêmeos, tudo neles me causa repu..
-Syn... Tudo bem! – Ela disse bebendo o café quente que estava a sua frente – Diga-me que isso vai acabar, é só isso que eu peço. Não posso suportar tudo isso!
-Infelizmente, não! - O homem a sua frente também bebeu o liquido preto e quente, fazendo uma careta. – Só peço mais dois dias... Apenas dois dias!
Alice bateu com a mão fechada na mesa e saiu bufando para fora da cafeteria, Syn jogou alguns dólares em cima da mesa e sorriu para a garçonete, ela o tinha paquerado desde o primeiro instante, quando Alice entrou e o viu beijando-a, o olhou bravo e depois nem se quer lhe serviu mais uma gota de café. Se ele não fosse tão ligado em Alice, já teria uma acompanhante para a noite.
Syn amava Alice, fazia muito tempo, mas ele nunca passou de um grande amigo e de transas contra o estresse para ela, e como o amor por ela era grande demais, ele aceitava dessa forma, sem nunca reclamar, pois tinha certeza que um dia, Alice se apaixonaria por ele.
-Lyce... Espere! – Ele a chamou. Alice já estava dentro do carro que tinha roubado em um pequeno posto de gasolina. –Espere!
Alice abriu o vidro do Mustang vermelho e esperou que ele falasse, ela não teve a menor preocupação em olhá-lo.
-Eu sei que ficar perto desses dois filhos da puta realmente é muito difícil. – ele disse a olhando dentro do carro. – Eu deveria ter te poupado. Mas, você era o perfil certo para Bill, eu sabia que ele olharia para você no primeiro instante que colocasse os olhos em seu corpo. – O homem suspirou e continuou. – Cacete, foi você quem pediu para entrar nisso também, você me pediu a chance e lhe dei!
Alice baixou a cabeça no volante e lembrou-se do dia que Syn lhe pediu para entrar na vida de seu maior inimigo, no primeiro instante ela negou, mas quando viu a imagem de Bill Kaulitz nos arquivos confidenciais de Syn, algo mudou.
Voltou atrás na resposta dada ao amigo e disse que estava dentro, que lhe ajudaria, e usou a desculpa de estar cansada de viver dando prazer a homens desconhecidos e que aquilo não faria mais parte de sua vida.
Foi nesse dia, que Syn lhe contou que descobrirá que o inimigo estava envolvido num seqüestro de bilhões de dólares e que essa era a grande chance e pegar Bill e de vingar a morte do irmão e outras dívidas que tinha que cobrar do gêmeo mais novo de Tom. E foi a partir desse dia também que Syn lhe ensinará a lutar e a atirar, ele lhe ensinou tudo o que aprenderá nesses sete anos que fora agente do FBI.

-Tudo será rápido e prático! – Syn disse no dia que Alice iria se envolver com Bill na boate Hola.  –Não se envolva com esse rato! – Ele deixou isso muito claro para a amiga. – Não quero você envolvida com ele, essa é a única regra!
“Não quero você envolvida com ele... Essa é a única regra!” – Alice pensou e essa frase a trouxe de volta para a realidade.
-Syn eu dou mais dois dias e acabou! – Ela disse ligando o carro. -Quero os dois deportados para a Alemanha e depois disso não é mais problema nosso.
-Deportados para a Alemanha? - ele perguntou fazendo uma careta.
-Sim, você disse que a Alemanha se encarregaria do castigo dos gêmeos, não foi? – Syn se lembrou das pequenas mentiras contadas para Alice, com elas seria bem mais fácil convencê-la a ajudá-lo em seus planos sórdidos.
-É sim!! – confirmou sorrindo sem graça – A Alemanha dará o castigo merecido aos Kaulitz!
-Não sei, não senti firmeza nessa sua resposta! – Alice o olhou com cara de poucos amigos.
Syn colocou seu corpo dentro do carro e a beijou nos lábios, Alice não moveu os seus.
-Minha vontade é sim de matar esses dois imundos e desgraçados, porém...
Alice o olhou, esperou o término da frase que não veio, então sem expressão facial alguma no rosto, deu ré saindo em alta velocidade sem olhar para trás, ligou o rádio e tentou se acalmar. Tentou colocar suas próprias palavras dentro de sua mente, para poder ter certeza que era isso que queria.
“Já não é problema nosso...”
Ela fechou os olhos e aumentou todo o volume do rádio para ver se conseguia tirar a imagem de Bill de sua mente. Ele era apenas o seu alvo, a sua missão. Pensou por mil vezes entregar apenas Tom e deixá-lo livre. Mas não adiantaria nada, Bill sem Tom, era a mesma coisa de Planeta terra sem água potável... Zero por cento de sobrevivência.
---


-Amanhã de manhã partiremos para o Brasil! – Tom disse beijando a mão de Lara que estava sobre o seu peito nu e suado.
-Mesmo? - Lara se levantou com um sorriso iluminado nos lábios. –Eu serei a pessoa mais feliz desse mundo.
-Você é louca! –Tom a olhou e sorriu.
-Você é tão lindo sorrindo! –Ela o olhou, agora séria. – Quer dizer você é lindo de qualquer jeito!
-Lara eu sou o homem que te fez sofrer! – Tom também ficou sério. – Eu sou o seu seqüestrador.
-Eu sei exatamente o que você é Tom! – Ela disse se aproximando dele e passando a ponta do dedo no rosto bem desenhado. –Sei que você é um seqüestrador! – Lara abaixou seu rosto e o beijou com delicadeza e continuou:
-Mas corrija-me se estiver errada. Você foi pago para me afastar da minha vida por pouco tempo, quinze dias exatamente e quando passou esse prazo, você foi me devolver á minha vida de princesa, só que aí foi pedido a você que me matasse, e ao invés disso, você me afastou e me protegeu.  – Lara sorriu doce para Tom.  -Na verdade, não sei quem é você Tom Kaulitz e para falar a verdade nem quero saber, pois não me interessa, pode me chamar de louca, insensata o que for... Eu quero você, eu preciso estar perto de você, eu quero ficar com você, eu quero ir com você onde for e nada e ninguém vai mudar isso!
Tom suspirou profundamente e colocou uma mecha do cabelo negro de Lara atrás de sua orelha e quase sem forças disse:
-Ninguém mais pode mudar isso! – Tom fechou seus olhos cor de mel e se rendeu.
Tom enfiou todos seus enormes dedos dentro dos cabelos de Lara, apertou-os dentro deles e a trouxe para perto dele em um beijo delicado, inocente e doce, como ela.
Ela devagar colocou suas pernas ao redor da cintura de Tom e sentou em suas coxas, descendo seu tronco para receber o beijo. As mãos grandes e hábeis de Tom deixaram as mechas de cabelos e desceram pelas costas nuas de Lara, arrepiando-a inteira.
Lara passou as unhas de leve no peito bronzeado e bem definido de Tom fazendo-o gemer baixo e rouco, ela sorriu ao ouvi-lo, e continuou a excitá-lo. A sua língua quente e molhada passeou pelo peito deslizando diabolicamente para o seu abdômen, depois para o seu umbigo e ouviu outro gemido quando tocou o membro dele com fome.
-Lara... Você faz minha sanidade sumir com apenas um toque... Eu fico indefeso!

Ela não parou o sexo oral e Tom deixou todos os gemidos saírem de seus lábios, sem escondê-los ou abafá-los, não esconderia mais seus sentimentos de Lara, não se fecharia mais por nada.
Sentiu os lábios doces e quentes de Lara subindo e acendendo o fogo em seu corpo, puxou-a pelo braço com força e a deitou contra o colchão colocando-se sobre ela rapidamente, Tom a olhou profundamente e sorriu por um instante.
-Dia 18 de fevereiro você não entrará naquela igreja!
Lara sorriu e jogou a cabeça para trás, Tom também sorriu divertido, beijou-lhe o queixo e continuou:
-Sei que Carlos vai nos caçar... Mas tenho que correr esse risco.
-Ele não precisa saber de nada... Posso ficar o resto da minha vida seqüestrada, ele não precisa saber da verdade, para Carlos meu seqüestro durará para sempre, ele nem desconfiara!
-Lara, não é tão simples assim! – Tom a olhou sério – Carlos sabe de toda...
-Tom... – Lara gritou impaciente.  -Não quero saber de Carlos, de seqüestro, não quero saber de NADA! Minha vida COMEÇOU agora!  - Ela tapou a boca dele com sua delicada mão. –Agora... Cala essa boca e entre em mim e apague todo essa chama que queima dentro do meu corpo nesse instante.
Tom foi obrigado a sorrir para ela, Lara não queria mesmo saber sobre Carlos, sobre seqüestro, ou sobre sua vida antes desse redemoinho acontecer, e para ser muito sincero, Tom também não se interessava. Depois que teve certeza que ela estava morta naquele incêndio, se culpou por não ter se entregado a paixão que sentia pela única mulher que conseguiu fazê-lo mudar o rumo de sua vida.
Estava decidido, a vida antes do seqüestro não existia mais... Então, Estava na hora de contar toda a verdade para Lara.
-Pare de pensar e aja Tom Kaulitz!
Tom a olhou dentro dos olhos e a beijou fervorosamente, passando as mãos pelo corpo dela, demorando nos glúteos. Tom foi trilhando com beijos leves ora chupões todo o corpo de Lara, que se contorcia de prazer. Ela abriu os lábios e gemeu quando sentiu o polegar dele roçando o ponto mais forte de sua excitação.
Quando ele percebeu que ela estava mais do que entregue, ele separou-lhe as pernas e se apoiou nos cotovelos e a admirando a penetrou.

Ele a viu sorrir ao recebê-lo, Tom então cobriu a boca dela com os seus lábios e a beijando com amor e paixão passou a se movimentar devagar, queria prolongar o máximo o momento. A tortura não durou muito tempo, pois ambos não se agüentavam, quando ela sentiu que ele chegaria ao orgasmo, levantou seu quadril e o ajudou, o dele veio primeiro e a segurando pelos ombros continuou até que ela mordesse os próprios lábios e gemesse baixo perto de seu rosto.
Tom abriu os olhos e viu a expressão de felicidade em seu rosto e quando ela expremeu mais os olhos pode ver a lágrima escorrendo sobre sua face vermelha e saciada.
Lara ficou alguns segundos aninhada em seu peito e depois seguiu para o chuveiro, Tom a olhou e pensou que após o banho, ele abriria todo o jogo, queria terminar tudo naquela noite mesmo. Inclusive a história do envolvimento “negro” entre Carlos e ele.
Carlos Ponches... O noivo famoso de Lara.
Carlos o procuraria, ele não morreria sem tentar achá-los, conhecia muito bem o noivo de Lara, um chefão boliviano, que não tinha nenhum escrúpulo, na Bolívia era ele que ditava as regras, Tom via sempre fotos e reportagens dele na TV e em jornal, o incrível, era que Lara sempre estava ao seu lado, como se não importasse com o que ele era e representava, e por tudo isso Tom tinha certeza que Carlos iria ate o inferno para achar a noiva. Mas, naquele momento ele não tinha medo, faria isso sem pensar em conseqüências, estava fora dele e por Lara correria esse risco, abandonaria Bill, para que o irmão não tivesse respingos desse ato impensado.
Fechou os olhos pensando na nova vida ao lado de Lara e como seria seus passos, sem o apoio de seu grande parceiro, seu irmão mais novo e assim pegou no sono.

---

Alice estava ao lado do frízer com um copo de água na mão, já passava das 23hs, quando ela parou ao ouvir o barulho da chave, e o barulho da porta abrindo, sua espinha fisgou e o medo incorporou nela fazendo-a fechar seus olhos, ela pensou que tinha que ser forte ao enfrentá-lo.
Não tendo mais saída, ela se virou e o encarou séria.
Depois que o fez desmaiar, o colocou na cama e colocou a chave do carro ao lado dele, roubou um Mustang velho num velho posto de gasolina e depois de se encontrar com Syn, seguiu para o Motel que deixou Lara e Tom.
-Está mais calmo, Senhor arrogância? – Ela perguntou no mesmo instante que Bill bateu a porta com fúria, a trancando. Seus olhos negros faiscaram quando ele deu o primeiro passo em direção a ela.

“Fudeu” – Foi a única palavra que veio a mente da pobre mulher....
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Syn, Ex-agente do FBI, 30 anos.

Postado Por: Grasiele

Dead Or Alive - Capítulo 16 - Quem é Você?

Tom sentou na cama e colocou as mãos na cabeça e bufou. O celular tocou e Tom se apressou para atender e quando atendeu ouviu:
-Por favor, o Sr.kaulitz –Tom ouviu uma voz masculina

-Quem é? É você seu desgraçado nós vamos te caçar até...
-Me caçar? –A voz masculina perguntou sem entender o motivo da agressividade de Tom. –Por que vai me caçar? Tem alguém aqui ao meu lado querendo falar com você!
-Alguém querendo falar comigo? –Perguntou Tom sem entender.
-Alô? Bill? –A voz feminina perguntou do outro lado da linha.
-Quem esta falando? –Tom não estava entendendo mais nada.
-A falta de sexo também te fez ficar idiota? –Ela disse sorrindo.
-Alice? –Tom perguntou quase em um grito. -Alice??
-Alice?! –Bill foi em direção a Tom e arrancou o celular da mão dele. –Alice? Alice? É você mesmo?
-Não é a rainha de copas! –Alice riu do outro lado da linha.
-Aonde você esta? Como conseguiu fugir da explosão do hotel? –Bill perguntou sem dar atenção a brincadeira dela.
-Eu sabia que aquele ruivo desgraçado ia fazer alguma merda com a  gente. -Alice disse séria para Bill.
-Ruivo? -Bill perguntou para Alice. –Você viu algum ruivo perto do hotel?
-Sim! Tinha um ruivo esquisito dentro de um carro e tive certeza que tinha ligação com vocês, até por que gente esquisita com gente estranha se dá bem e se entendem. –Alice riu novamente do outro lado da linha.
- Como você consegue ter esse humor depois de tudo o que aconteceu? –Bill perguntou.
-Eu sobrevivi a um atentado você queria que eu estivesse como? Chorando? –Ela disse agora séria. - Venha me buscar no motel Texas pegue o endereço na internet! Venha rápido! –Alice disse e desligou.
-O que foi Bill? –Tom perguntou preocupado.
-Vou sair e já volto, fique aqui e me ligue caso perceba algo estranho. -Bill falou sério para o irmão. Pegou a chave do carro, saiu do quarto e entrou no carro ligando e quando se virou para dar ré, a arma foi colocada em sua testa e engatilhada.
-Dirija calado e não tente nada ou não verá nem a princesinha e nem o seu dez milhões de dólares.
Bill olhou para ela e deu partida seguindo para estrada indicada por ela.
-Por que tudo isso? –Ele perguntou olhando pelo retrovisor.
Ela se manteve calada, ele dirigia com a arma apontada em seu pescoço, dirigia e sempre que podia a olhava com olhos de interrogação pelo retrovisor.
-Abaixe a arma e vamos conv...
-Quieto... Será que não deu para você perceber que eu não quero papo? -Alice gritou.
-Abaixe essa arma, eu paro o carro no acostamento e podemos nos entender do jeito que sempre fazemos, deixo você ficar por cima até o final ou te pego de quatro de jeito como você gosta.
Alice o olhou mais uma vez pelo espelho e enfiou mais o cano da arma no pescoço dele e disse com a cara fechada.
-Se você não calar essa maldita boca a única coisa que vai ficar por cima de você são os seus miolos.
-Você não teria coragem. -Bill a olhou dessa vez sério.
-Quer pagar pra ver? –Ela disse para Bill com ódio  -Entre nesse retorno e depois pare naquele motel!
Ela ordenou e ele a obedeceu parando na garagem e desligando o carro.
-Agora desça e sem gracinha.
Bill abriu a porta e Alice pulou o banco rapidamente ainda com a arma apontada para ele. Entraram no quarto e quando ele se virou para ela, Alice fechou a mão e deu um soco forte no rosto dele fazendo-o cair no chão e ela rapidamente colocou o pano no nariz dele.
Ela estava ao seu lado quando ele tossiu ao sentir o cheiro forte de álcool em seu nariz, Bill se mexeu e levantou a cabeça ainda meio tonto. Ela começou a andar de um lado pro outro no quarto, ele a observou e percebeu que suas mãos estavam presas atrás de seu corpo, algemado na cadeira.
-Belo soco para uma simples prostituta! -Ele disse irônico.
-Quero saber tudo, o por quê e quem tentou te matar? –Ela ignorou a brincadeira dele
-Isso é relevante? –Bill sorriu debochado.
O tapa na cara que ele levou o fez fechar os olhos e abri logo em seguida, olhando-a disse sorrindo:
-Isso esta virando rotina! -Bill disse raivoso com os olhso fechados.
-Seu desgraçado, eu quase morri por sua culpa e você acha que isso não é relevante? –Ela disse o olhando brava- Você vai me contar o que esta acontecendo ou eu não vou mais devolver Lara a vocês, saio daqui e vou direto para a polícia e a entrego a eles. -Alice  mais uma vez apontou a arma para ele e finalizou: - É uma escolha sua.

-Prefiro manter você fora disso tudo! –Bill disse a olhando sério. –Esqueça nunca te contaria nada.
Ela se aproximou e deu outro tapa na cara dele.
-Resposta errada, Bill Kaulitz! –Ela colocou o cano na testa dele. – O que esta acontecendo?
-Esta acontecendo que a hora que eu sair daqui eu vou te socar muito, sua puta!
Ela baixou a arma sorrindo alto, aproximou mais dele e mais uma vez bateu no rosto dele com mais força.
-Isso se você conseguir sair vivo desse quarto. –Ela disse rindo divertida.
-Eu querendo te defender e você querendo me matar. –Bill disse lambendo o sangue de seus lábios
-Corta essa, Bill! –Ela disse curta e grossa. –Quem é o mandante do sequestro de Lara e por que ele mudou de idéia? Por que ele quer matar vocês três?
- Alice esta perdendo o seu tempo! –Ele apenas disse.
-Quem é o mandante? –Ela gritou e engatilhou a arma apontada para ele.
-Atira e você vai piorar tudo! –Ele olhou para a arma e depois para ela, sorrindo.
Ela poderia torturá-lo e ele jamais falaria, ele nunca diria uma só palavra. Ela respirou fundo e sentou na cama. Passou a mão em seus cabelos e o olhou dizendo:
-Eu odeio você! -Alice quase foi as lágrimas de raiva. -Odeio mais do que você possa imaginar!
-Entre na fila e pegue sua senha!
-Guarde seu sarcasmo, seu idiota!
Ela pegou sua bolsa, pegou um cigarro acendeu e o tragou sem olhá-lo. Era visível que estava preocupada.
-Onde você aprendeu a bater desse jeito?-Bill perguntou tirando-a de sua concentração.
-Desde quando devo satisfação da minha vida a você?
-Ingrata!
-Filho da puta!
-Vadia mal agradecida! – Ele a olhou sério dessa vez.
-Cala essa boca! –Ela levantou da cama e foi em direção a ele. –Dá pra você ficar quieto, sem abrir essa maldita boca? -Ela pegou o cigarro de sua boca e o queimou no braço sem dó.
-Ah Alice! Você não sabe o que te espera a hora que eu sair dessa porra de quarto! –Ele gritou agora cheio de raiva.
-Acho melhor você baixar sua bola e ser bem bonzinho para eu ter um pouco de piedade e te deixar sair daqui vivo.
-Você não tem outra saída, temos que continuar juntos nessa. – Ele disse baixo e  olhando – A partir do momento que entrou no meu carro seu destino se cruzou com o meu e meus problemas viraram seus problemas.
-Que lindo isso! –Ela debochou dele. –Essa é a parte que eu choro?
-Você é um de nós agora Alice!
Ela o olhou e ele tinha toda razão, qualquer pessoa que testemunharia contra eles, lembraria dela, ela era cúmplice deles, seu destino foi traçado no momento que entrou no carro deles. Não tinha muito que fazer, tinha que voltar com ele para o hotel e continuar até o fim do sequestro e depois tinha que fugir para um lugar muito distante dos Estados Unidos.
-Um dia você vai ter que me soltar! –Ele disse sorrindo.
 
Ela o olhou e balançou a cabeça, pegou outro cigarro e foi para a janela, abriu um pouco a cortina e fumou ali parada. Ele não disse mais nenhuma palavra, apenas a observou de costas e olhando longe para fora do motel. Não soube por que, mas naquele instante teve vontade de chegar por trás dela e abraçá-la. Mas logo em seguida baixou a cabeça e tirou esse pensamento idiota da cabeça.
Ela deu a última tragada e apagou o cigarro no cinzeiro que estava em cima da mesa perto dele, ela pegou o seu chaveiro e pegou a chave menor que existia nele, a das algemas, andou até ele e se abaixou para abrir deixou a chave cair no chão e imediatamente pegou o pano úmido e colocou-o no nariz dele fazendo-o dormir novamente.

x.x


 Tom estava sozinho no quarto, assistindo TV, estava impaciente e mesmo com a TV ligada não prestava atenção em uma palavra que o apresentador do telejornal dizia. Bill lhe preocupava, Lara lhe preocupava, tudo naquele momento lhe preocupava.
A batida na porta o fez levantar os olhos e andar até ela.
-Bill...até que em...

Sua frase morreu pela metade ao ver que na porta parado não estava o seu gêmeo. Seu coração pela primeira vez em todo esse  tempo, apertou!

Postado Por: Grasiele

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