sábado, 3 de março de 2012

Ironias Do Destino - Capítulo 20 - No Hospital, Parte II

(Contado pela 3º pessoa)

      As horas passavam, e a Holly continuava sedada. Todos estavam no hospital, ansiosos para que ela acordasse logo. Maggie foi em casa pra dormir, e retornou na manhã seguinte. Tom estava na porta do quarto, observando seu irmão, que não saia de lá.

           - Há quanto tempo o Bill está ali? – pergunta Maggie.
           - Não saiu do lado dela. – responde Tom. – Tentei fazê-lo comer alguma coisa, mas não adiantou nada. Estou começando a me preocupar com ele.
           - Vou tentar convencê-lo a ir até a lanchonete do hospital, com você.

      Maggie entrou no quarto.

           - Bill, é melhor ir comer alguma coisa. – diz Maggie.
           - Estou sem fome. – diz ele.
           - Se continuar sem comer nada, quem ficará nesse hospital é você, e não a Holly.
           - Não quero sair do lado dela.
           - Sei que está sendo difícil, mas precisa ser forte.
           - To tentando.
           - Olha, eu garanto que a Holly não irá acordar até você voltar.
           - Eu não quero comer nada. Só quero ficar aqui, com ela.
           - Por favor, Bill. Tome pelo menos um suco. Não pode ficar sem se alimentar.

      Após muita insistência, o Bill aceitou. Ele foi até a lanchonete do hospital, acompanhado pelo seu irmão. Comeu pouca coisa, e retornou ao quarto. Estava um pouco cansado, então colocou uma cadeira ao lado da cama, e se sentou. Segurou a mão dela, e disse que só sairia dali quando ela estivesse recuperada.

      Algumas horas depois, Holly começa a acordar lentamente.

           - Bill. – disse Holly.
           - Que bom que acordou. – disse ele, contente.
           - Onde estou?
           - No hospital. Como está se sentindo?
           - Com um pouco de fome, mas estou bem.
           - Vou mandar providenciar algo pra você comer.
           - Obrigada.
           - Fiquei tão preocupado.

      Os olhos dela lacrimejaram, e começaram a escorrer lágrimas.

           - Ele não resistiu, não é? – pergunta ela, chorando.
           - Infelizmente. – responde Bill, com a cabeça um pouco baixa.
           - Me perdoa. Me perdoa por não ter contado.
           - O importante é que você está bem.
           - Eu deveria ter dito, mas senti tanto medo.
           - A culpa não foi sua. Eu que fui lento demais e não percebi nada. Não deveria ter deixado você sozinha àquela hora da noite. Nada disso teria acontecido se eu estivesse ao seu lado.

      Bill também chorava, e se sentia culpado.

           - Não fique se culpando. – disse Holly. - Não poderíamos ter previsto isso.
           - Mas eu poderia ter evitado! Fui um idiota!
           - Não! Isso não é verdade!

      Um médico apareceu.

           - Me desculpem por estar atrapalhando. – disse ele.

      Bill enxuga as lágrimas, e se levanta.

           - Pode me dizer quando ela sairá daqui? – pergunta Bill.
           - Se a Holly se recuperar bem, acho que receberá alta daqui três ou quatro dias. – responde ele.
           - Isso tudo? – diz ela.
           - O corte foi um pouco profundo, mas não muito grave. Ficará bem. – diz ele.

      O médico sai, em seguida o pessoal entra para dar as boas vindas a Holly.

           - Ainda bem que acordou. – diz Georg.
           - É bom tê-la de volta. – diz Gustav.
           - É bom estar de volta. – diz Holly, sorrindo.
           - Estou tão feliz em vê-la sorrindo. – diz Maggie.
           - Espero que saia logo daqui. Não queremos uma estilista substituta para preparar as nossas roupas. – diz Tom.
           - E por falar nisso, vocês têm um show, não é? – pergunta Holly.
           - Não. O Bill cancelou. – responde Tom.
           - O quê? – diz Holly.
           - Eu não conseguiria cantar sabendo que você está assim. – diz Bill.
           - Mas não pode parar a sua vida por minha causa. – diz Holly.
           - Você é a minha vida. – diz Bill.
           - OOOOOHHHHHHHHH. – disseram Maggie, Tom, Georg e Gustav, em uníssono.
           - Não quero atrapalhar sua carreira. Tem que seguir em frente. E além do mais, ficarei bem. – diz Holly.
           - Já está decidido! Não faremos o show! – disse Bill. – Não quero ficar longe de você.
           - E o que irá falar pra imprensa? – pergunta Maggie.
           - Invento qualquer coisa. Mas não haverá show algum! – responde Bill.

      Bill estava com aquela idéia fixa em sua mente, e ninguém o faria mudar de idéia. Ele só sairia dali quando a Holly estivesse bem mesmo! Segundo ele, disse que não quer passar nenhum minuto longe dela.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 19 - No Hospital, Parte I

(Contado pelo Bill)

           - Você está segura agora.

      Contei a policia o que sabia, e até queria acompanhá-la na ambulância, mas o Tom não deixou. O Gustav a acompanhou. Georg e Maggie foram logo atrás de carro.

           - A Holly está precisando de mim. – disse.
           - Bill! Bill fica calmo! – disse ele.
           - Não posso deixá-la sozinha!
           - E não a deixará!
           - Preciso vê-la, saber como está!
           - Não pode ir pro hospital com essa roupa suja de sangue!
           - Mas...
           - Mas nada! Vá pra casa e tome um banho. Iremos juntos ao hospital.
      
      A vizinhança parecia um set de seriado policia de TV. Luzes vermelhas atravessavam as janelas. Um helicóptero da policia passou por cima da casa, lançando seu facho de luz sobre ruas e alamedas circunvizinhas. Os policias fecharam a rua com fitas de isolamento e revistaram o bairro a pé. Seus esforços foram em vão: nenhum suspeito foi preso. Alguns dos vizinhos que saíram em perseguição do bandido depois relataram que nem chegaram a vê-lo de longe.

      Tomei um banho rápido, e coloquei uma roupa limpa. Entrei no carro, e havia alguns lanches dentro dele.

           - Come alguma coisa. – disse Tom, enquanto dirigia.
           - Estou se fome. – respondi.
           - Se passar mal, como ajudará a Holly?

      Isso me convenceu, e acabei comendo um sanduíche natural. Chegamos ao hospital, e os três estavam sentados na sala de espera.

           - Alguma noticia? – perguntei.
           - Ela acabou de entrar na sala de cirurgia. – responde Gustav.
           - Vai ficar tudo bem. – disse Tom.
       
      Segurei a barra por um tempo, mas ali já não estava mais agüentando. Abracei o Tom, e chorei.

           - Não posso perdê-la. – disse.
           - Isso não irá acontecer. – disse ele, tentando me confortar.
     
      Esperamos ali durante duas horas. Eu estava a ponto de invadir a sala de cirurgia pra saber como as coisas estavam indo.

           - Quem são os acompanhantes de Holly Tyler? – pergunta o médico.

      Me levantei rapidamente. Se viesse uma noticia ruim, as lágrimas já estavam prontas para caírem de novo, e meu coração preparado para sofrer pro resto da vida. Mas se fosse uma boa noticia, eu nem sei o que faria.

           - Como ela está? – perguntei, ansioso.
           - A cirurgia correu bem. – disse ele.

      Me senti tão aliviado.

           - Ela ficará bem. – disse ele. - Mas o bebê não resistiu.
           - Bebê? – fiquei surpreso. – Que bebê?
           - Ela estava grávida.
        
      Aquilo foi um baque enorme. A Holly estava grávida e não me disse nada? Agora entendo o porquê daquelas perguntas. Ela estava tentando me avisar, e eu não consegui perceber isso.

           - Daqui cinco minutos, poderão vê-la. – disse o médico. – Mas só uma pessoa.

      O médico se retirou, e me sentei no sofá, tentando absorver tudo que ele havia dito. Tom se sentou ao meu lado.

           - Ela estava grávida. – disse. – A Holly estava esperando um filho meu, Tom. Eu ia ser pai!
           - Sinto muito. – disse ele.
           - Maggie, - olhei pra ela. – você sabia disso?
           - Sim. – respondeu ela.
           - E porque não me contou?
           - A Holly pediu segredo. Ela tinha medo de que você não quisesse essa gravidez.
           - O quê? – disse.
           - Ela estava feliz, mas tinha medo da sua reação. – disse ela.

      Os minutos passaram, e uma enfermeira veio avisar que eu já poderia entrar no apartamento onde Holly estava repousando. Senti um aperto no coração ao vê-la naquela cama. Estava dormindo. Não consegui segurar as lágrimas.

           - Eu prometo que irei encontrar o desgraçado que fez isso com você, meu amor. – segurei sua mão. - Não descansarei até colocá-lo atrás das grades. – disse, enquanto derramava lágrimas.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 18 - Um grito na noite

(Cotado pela Holly)

      O dia amanheceu, e acordei ao lado do Bill. Havíamos passado a noite juntos, e não tive coragem de dizer nada sobre a gravidez. Estávamos abraçados. Ele trajando apenas sua cueca, e eu, calcinha e soutien.

           - Bill... já imaginou se eu ficasse grávida? – disse.
           - Como assim?
           - Ah... se acontecesse. O que faria? – olhei pra ele.
           - Não sei. Por quê?
           - Por nada.
           - Tá querendo ficar grávida é?
           - Não, não. É que... me veio isso na mente.
         
      O beijei. Estava preocupada com a resposta que ele deu. Isso significa que ele não quer o bebê? Precisava esquecer aquele assunto pelo menos por um segundo, então o beijei novamente, desta vez, vorazmente.

           - Uau. – disse ele, recuperando o fôlego.
           - Sei que ainda é cedo, mas... to afim. – disse.

      Bill me beijou de novo, e tirou meu soutien. Em seguida tirou sua cueca, e minha calcinha.

           - Faça-me perder o controle. – disse, e ele sorriu maliciosamente.

      Me penetrou com um pouco de força, me fazendo gemer. Acho que ele levou a sério demais, pois não teve “dó” nenhuma, e a cada segundo ia mais rápido. Para não incomodar ninguém, peguei o travesseiro dele, e coloquei no meu rosto para abafar o barulho. Ele estava mesmo me fazendo perder o controle. Quanto mais ia rápido, mais ele gemia também. Tirei o travesseiro, e olhei pra ele. Bill me beijou, e continuou. Notei que ele já estava ficando “fraco” assim como eu. Ele realmente sabia me surpreender. Pude sentir seu bafo quente e ofegante em meu pescoço, me fazendo delirar ainda mais. Chegamos ao ápice. E sem forças, ele “desmoronou”. Ficou em cima de mim, sem nem ao menos tirar seu membro das minhas vergonhas.

           - Me responde uma coisa. – disse ele, ofegante.
           - O quê? – perguntei, também ofegante.
           - Consegui te fazer perder o controle?
           - E ainda tem dúvidas?

      Ele sorriu, e me deu um selinho. Retirou seu membro das minhas vergonhas, e deitou-se ao meu lado. Puxei o lençol com os pés, e depois com a mão, até nos cobrir.

           - Quando quiser de novo, é só avisar. – disse ele, sorrindo maliciosamente.
           - Não seria mais fácil agir?
           - Você quem manda.

      Um dia depois. Era noite, e eu resolvi ir ao super mercado. Fiz algumas compras, e voltei pra casa. Mais uma vez, estava passando o jogo da Alemanha. Época de copa do mundo. Entrei, e vi os meninos nervosos, ansiosos, loucos para verem um gol. A Maggie provavelmente estava em seu quarto assistindo outro canal.

           - Alguém pode me ajudar com as compras? – perguntei.
           - Agora não dá! – disse Georg.
           - Isso é só um jogo! – disse.
           - Um jogo importante. – disse Tom.
           - Bill! – disse.
           - Desculpa amor, mas é muito importante.
           - Ok. Acho que terei de fazer isso sozinha.

–--
(Contado pela 3º pessoa)

      Com a noite quente, Bill havia ligado o ar-condicionado e as janelas estavam fechadas. Os meninos estavam concentrados, quando ouviram um barulho. Um som agudo e demorado. Tom abaixou o volume da televisão, e todos ficaram congelados tentando ouvir. E ouviram novamente atravessando as janelas fechadas, mais alto do que o barulho do ar-condicionado. Um grito. Um grito de mulher, alto e claro. Gustav disse que talvez pudesse ser algumas garotas que moram na casa ao lado fazendo algum tipo de festa, o que não era comum. Mas não era um grito acompanhado de gargalhadas. Havia desespero nele, um terror verdadeiro, e logo começaram a suspeitar que alguém tivesse em perigo. E mais uma vez ouviram o grito. Foi o bastante para Bill.

           - Essa é a voz da Holly! – disse Bill.
           - Georg, chame a policia. – disse Tom. – E você Gustav, vem com a gente.
      
      Eles saíram na varanda, a tempo de ver alguém escapulindo rua abaixo. Holly gritou novamente. Do lado de fora, sem o abafamento das paredes e dos vidros, o grito encheu o ar da noite com uma rapidez e agudeza surpreendentes, como somente alguém ouvira em filmes de terror. Outras luzes de varanda começaram a acender. Mas Bill ainda não sabia onde a Holly estava.

           - Ali! – diz Gustav, apontando. – A Holly está ali!

      Um rapaz que também saiu de sua casa para saber o que estava acontecendo, logo disse:

           - Ela foi esfaqueada!

–--
(Contado pelo Bill)

      Quando o rapaz disse isso, senti meu mundo desabar. Corri em direção a ela, e a encontrei na entrada da garagem, dobrada ao meio, chorando convulsivamente. Holly apertava as costelas, e sob suas mãos pude ver uma mancha de sangue em sua blusa.

           - Ele me disse que eu não gritasse, senão me esfaquearia. – disse Holly, soluçando.

      Ela cuspia as palavras, respirando com dificuldade.

           - Mas eu gritei. Eu gritei e ele me esfaqueou.

      Como se não acreditasse nela, levantou sua blusa para me mostrar a ferida em sua caixa torácica.

           - Eu estava pegando as compras. Ele surgiu do nada.

      Coloquei minha mão sobre seu braço para acalmá-la, ao fazer isso, seus joelhos se dobraram. Holly caiu sobre mim, dobrando as pernas pra frente. A deitei no asfalto e a coloquei sobre meu colo. Suas palavras saiam mais devagar agora, enquanto lutava para manter os olhos abertos.

           - Ele me disse pra não gritar. – repetiu ela. – Ele colocou sua mão sobre minha boca e disse pra não gritar.
          - Você fez o que devia. – respondi. – O espantou daqui.

      Notei que ela estava entrando em choque e não fazia idéia do que fazer para ajudá-la. Estava com medo de perdê-la. “Venha ambulância. Onde estão vocês?”. A consolei da única forma que sabia, alisando seu cabelo, colocando a palma da minha mão sobre seu rosto, secando suas lágrimas. À medida que ela ia ficando mais fraca, eu continuava dizendo a ela para resistir, que a ajuda estava chegando.

           - Por favor, não feche os olhos. – disse. – Você vai ficar bem! – afirmei, mas nem eu tinha certeza disso.

      Sua pele estava ficando acinzentada. Tom, Gustav, Georg e Maggie ficaram ao nosso lado o tempo todo. E pelo que me pareceu por horas, mas, na verdade, de acordo com o relatório da policia, foram cerca de três minutos.

           - Estou com você. – disse a ela. – Não me deixe.

      Me senti culpado. Se tivesse concordado em ajudá-la com as compras, nada disso teria acontecido.

           - A policia está chegando. – acrescentei. – Agüente firme, por favor.

      Antes de fechar os olhos, Holly sussurrou:

           - Eu te amo.

      Puxei uma mecha de seu cabelo para trás da orelha, e disse:

           - Sempre te amarei.

      Como um anjo enviado dos céus, um policial veio subindo à calçada. Em seguida, chegaram mais policiais, e logo uma equipe de salvamento chegou em uma ambulância, com uma maca e pedaços de gaze esterilizada. Antes de levarem para dentro da ambulância, segurei a mão de Holly e disse:

           - Você está segura agora.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 17 - O Teste

(Contado pela Holly)

      Três semanas se passaram.
      Era de manhã, e estávamos todos reunidos na mesa para o café. Por mais incrível que pareça, o Gustav e a Maggie não estavam brigando. O Tom tomou a frente de tudo, e preparou toda a refeição. Ele também nos serviu. Assim que colocou o suco de laranja em meu copo, senti algo estranho. Minha cabeça doeu um pouco, e o cheiro do suco me fez ficar enjoada. Pedi licença, e corri direto pro banheiro. Me ajoelhei em frente ao sanitário, e vomitei por uns três minutos.

           - Está se sentindo bem? – pergunta Bill, da porta do banheiro.
           - Acho que comi algo que não me fez bem. - respondi.
           - Será que foi o hambúrguer de ontem?
           - Não sei.
           - Se precisar de alguma coisa é só avisar, que virei correndo.
           - Obrigada.

      Ele entrou, e me deu um beijo na testa, depois se retirou. Fiz uma higiene bucal, e fui pro quarto. Ainda não me sentia tão bem, então resolvi me deitar para descansar um pouco.

      Mais tarde, estava assistindo televisão ao lado da Maggie, do Tom e do Bill. Georg e Gustav jogavam vídeo game. Aquela mesma sensação que senti mais cedo estava voltando. Mais uma vez corri disparada para o banheiro, e repeti o mesmo processo de antes.

           - Não acha melhor procurarmos um médico? – pergunta Bill.
           - Isso vai passar. É só um enjôo bobo. – disse.
           - Tem certeza?
           - Absoluta.
           - Eu acho melhor irmos ao médico.
           - Deixa de bobagem. Não é nada grave, eu tenho certeza.
  
      Os meninos teriam um show daqui cinco dias, então a Maggie e eu teríamos que nos empenhar para criar o figurino deles. Estávamos em meu quarto, tentando entrar num acordo.

           - Esperai. – disse.
           - O que foi? – pergunta Maggie.
           - Estou com vontade de vomitar. – disse, e corri pro banheiro.

      Isso já estava virando rotina. Nunca vomitei tanto num só dia. Comecei a achar que o Bill tinha razão, e que eu deveria procurar um médico. Talvez fosse algo sério. Terminei de vomitar, e voltei ao quarto. A Maggie me olhava de um jeito estranho.

           - Holly, você está grávida? – pergunta ela.

      O quê? Claro que não! Óbvio que não estou grávida! Essa pergunta foi bem direta. Soltei uma risada irônica.

           - Só se for do espírito santo. – respondi.
           - A não ser que ele tenha mudado o nome para Bill Kaulitz.
           - Não fale besteiras. Não estou grávida.
           - Sei muito bem que você e o Bill andaram fazendo besteirinhas.
           - Como sabe disso?
           - O Tom me contou.
           - Mais que droga! Ele havia prometido que não contaria nada.
           - Isso não vem ao caso agora. O importante é saber se está mesmo grávida.
           - Já disse que não!
           - Como pode ter tanta certeza?
           - Porque sempre nos prevenimos.
           - Falhas podem acontecer.
           - Impossível. Eu tomo pílula.
           - Então me responda uma coisa: já viu alguém que tem uma boa saúde vomitar três vezes num só dia?
           - E-Eu não posso estar grávida.
           - Só há um jeito de saber.

      Não tive coragem de ir até a farmácia para comprar um teste de gravidez, então a Maggie fez isso por mim. Cinco minutos depois, ela retorna com uma pequena sacola na mão. Tranquei a porta do quarto, e fomos pro banheiro. Com o teste de gravidez aberto, ao lado da pia, ela leu as instruções.

           - Muito bem – disse ela. -, aqui diz que ele tem um acerto em 99% dos casos. A primeira coisa que você vai ter que fazer é pipi no copinho.

      O passo seguinte era mergulhar a fita plástica do teste na urina e depois em um pequeno tubo com uma solução que vinha junto com o teste.

           - Espere cinco minutos. – disse ela. - Depois colocamos na segunda solução por quinze minutos. Se ficar azul, você está oficialmente grávida!

      E isso era uma boa noticia ou não? Marcamos os primeiros cinco minutos, e depois Maggie colocou a fita no segundo tubo. Se o resultado do teste fosse positivo, puxa vida, nossas vidas mudariam pra sempre. O único problema é que não tivemos coragem de assumir o namoro, quanto mais uma gravidez. Se fosse negativo, eu talvez ficasse decepcionada, mas tentaria me proteger ainda mais quando fossemos transar. Depois do que pareceu uma eternidade, o temporizador tocou.

           - Está preparada? – pergunta ela.
           - Não. Mas... vamos em frente. – respondi.

      Fomos até o banheiro, e ela pescou a fita do teste do tubo. Sem dúvida, estava azul. Azul como o fundo do mar. Um azul-marinho escuro, denso, brilhante. Um tom de azul que não poderia ser confundido com nenhuma outra cor.

           - Parabéns, mamãe. – disse Maggie.
           - Oh, meu Deus! – foi tudo que consegui dizer, e a Maggie me abraçou.

      Estou grávida! Não dá pra acreditar nisso. E agora?

           - Quando contará pro Bill?
           - N-Não sei.
           - Porque não conta agora?
           - Preciso de um tempo pra me acostumar com isso.
           - Conte logo!
           - Maggie, eu estou grávida!
           - Eu sei, e isso é maravilhoso. Eu vou ser titia.
           - Tô falando sério! Criança não é brincadeira!
           - Mas não pode esconder isso dele.
           - Sei disso. Mas...
           - Não está feliz?
           - Estou, quero dizer... não sei. Não faço idéia do que estou sentindo. É muita coisa pra um só dia.
           - Tem razão.
           - Promete que não contará a ninguém até eu decidi revelar? Principalmente pro Tom!
           - Ok, eu prometo.

      A abracei, e ficamos daquele jeito por alguns minutos. Eu estava precisando de um abraço amigo, e o único que tive naquele momento foi o dela. Como irei contar ao Bill sobre isso? Será que ele vai ficar feliz? Será que vai querer esse bebê? São tantas perguntas, e não tenho resposta de nenhuma delas.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 16 - Está com ciúmes?

(Contado pela Holly)

      Após o café da manhã, sai do quarto do Bill com cuidado para que ninguém me visse. Entrei no meu quarto, e fui direto pro banheiro pra tomar um banho. Depois desci até a sala, onde todos estavam reunidos assistindo uma série. Eu tentei disfarçar pra ninguém perceber, mas não dava pra esconder o sorriso que insistia em surgir em meu rosto.

           - Como está se sentindo? – pergunta Maggie.
           - Bem. – respondi.
           - E a dor de cabeça?
           - Que dor de cabeça? – perguntei.
           - A que estava sentindo. – disse ela.
           - Ah, - me lembrei. – já passou.
           - Sei.
           - Por quê?
           - Porque ninguém fica com esse sorriso enorme no rosto após uma dor de cabeça.

      Tom olhou um pouco desconfiado pro Bill, que riu. Georg e Gustav estava calados.

           - Essa garota gosta de se intrometer na vida dos outros. – disse Gustav.
           - Cale a boca, que ninguém te perguntou nada! – respondeu Maggie.
           - Ao contrário de você, que nem precisam perguntar para já estar falando.

      Era muito bom pra ser verdade. Queria que aquela paz de ontem, voltasse. Fui pra cozinha beber um pouco de água. Bill me abraçou por trás, e me deu um beijo no rosto.

           - Não faz isso! – disse, olhando na direção da porta, com medo que alguém tivesse visto.
           - Ninguém vai ver. – disse ele. – Só um beijinho.
           - Você é maluco, sabia?
           - Por sua culpa!

      E dava pra resistir a um sorriso daquele? Cada sorriso que o Bill dava, era como se meu mundo se iluminasse ainda mais. Nos beijamos, mas ainda assim eu sentia ressentimento que alguém pudesse ver. Com certeza iria contar pros outros, mas não agora. O beijo foi rápido, e eu já ia sair da cozinha.

           - Ô Holly, tem algo aqui ó. – disse ele, apontando pro meu queixo.

      Passei a mão, e perguntei se havia saído. Ele respondeu que não, e repeti o gesto.

           - Você não vai conseguir, deixa que eu tire. – ele se aproximou.

      Ergui um pouco o queixo, e não acredito que cai nesse truque... idiota, digamos assim. Ele me olhou, e sorriu novamente, em seguida me deu mais um beijo.

           - Bill! – disse me afastando um pouco.
           - Desculpa, é que não deu pra resistir.

      Ta legal, eu também não conseguiria resistir. Nem bebi a água, e fui pra sala.

–--
(Contado pela 3º pessoa)

      Mais tarde, Holly foi até o quarto de Bill, e tomou todos os cuidados possíveis para não levantar suspeitas. Bateu na porta devagar, entrou e fechou a mesma. Se deitou ao lado dele na cama, e o abraçou.

           - O que será da gente? – pergunta Holly.
           - Como assim?
           - Vamos ou não contar pra todo mundo?
           - Só iremos contar, quando você se sentir realmente segura.
           - E se isso demorar?
           - Espero o tempo que for preciso.
           - Eu te amo. – ela sussurrou.
           - Eu sempre te amarei. – ele sussurrou de volta, e a beijou.

      Algumas semanas se passaram, e os dois ficavam sempre se encontrando as escondidas. As únicas pessoas que sabiam concretamente do romance era o Tom e o Carlão, que prometeram não dizer nada.

      Naquela noite, dia 20, aconteceria o VMA. A banda estava concorrendo em duas categorias: Melhor vídeo clipe com Darside Of The Sun, e melhor show. Obviamente a banda ganhou as duas categorias, e seguiram para a festa que haveria após a premiação. Holly e Maggie tiveram que se segurar para não ficar tão próximas dos meninos, e levantar alguma suspeita.

      Bill estava no barzinho tomando um drink, quando uma morena se aproximou e ficou ali conversando com ele. De longe, Holly observava tudo.

           - Quem é aquela piriguete? – pergunta Holly.
           - Não faço idéia. – responde Maggie.
           - Olha só o jeito como ela olha pro Bill.
           - Relaxa, eles só estão conversando.
           - Se eu relaxar é bem capaz dela se aproveitar.
           - O Bill sabe se defender.

      A morena se aproximou ainda mais, como se fosse beijá-lo.

           - Viu só! Ela quer beijá-lo! – disse Holly.
           - Que oferecida!
           - Vou acabar com essa palhaçada agora!
           - O que vai fazer? – pergunta Maggie, segurando no braço de Holly.
           - Sei me cuidar, e não farei nada que possa nos expor.

–--
(Contado pela Holly)

      Cheguei perto, e me pus entre os dois.

           - E ai, tudo bem? – perguntei ao Bill.
           - Sim. – responde ele.
           - E você, quem é? – pergunta a morena.
           - Sou a... – namorada! - estilista dele.
           - Fez um ótimo trabalho. Se bem que ele fica bonito de qualquer jeito.

      Meu sangue subiu pra cabeça, e me controlei pra não escorregar minha mão na cara dela. Dei o meu sorriso mais forçado, só pra não demonstrar que estava com ciúmes.

           - Tem razão. Ele é bonito de qualquer maneira. – disse, e olhei pra ele.
           - E a estilista tem nome? – pergunta ela.
           - Holly Tyler. – respondi. – E você?
           - Amanda Bittencourt. Sou atriz.
           - Pornô? – perguntei.

      Bill, que no momento bebia algo, se engasgou após ouvir minha pergunta.

           - Não! – disse Amanda.
           - Parece. – disse.
           - Mas não sou!
           - Tudo bem, só estou dizendo que parece.

      Pedi uma bebida, e enquanto isso continuamos conversando. Bill permaneceu o tempo inteiro calado. A bebida que eu havia pedido chegou, e era de morango. Me veio uma idéia na cabeça, que de inicio achei que fosse perversa demais.

           - Me desculpe. – disse, após ter derramado a bebida no vestido brando de Amanda.
           - Olha só o que você fez! – disse ela, irritada e tentando limpar.
           - Acho que to com mal de Parkinson. – disse com cinismo.
           - Vem Holly. – disse Bill, me arrastando.

      Ele me tirou dali, e me levou para um lugar mais calmo, onde não havia ninguém. Fechou a porta, e descarregou.

           - O que foi aquilo? – pergunta Bill.
           - Eu quem deveria fazer essa pergunta! – disse.
           - Só estávamos conversando.
           - Aham, e dali alguns minutos estariam na cama!
           - Que exagero!
           - Ah, então você acha exagerado? Tinha uma mulher quase lhe mostrando os seios, e diz que sou exagerada?
           - Exagerou de novo!
           - Ela quase te beijou!
           - Isso não é verdade. E além do mais, ela nem é tão bonita assim.
           - Conta outra, Bill. Eu vi muito bem o jeito que você olhava pra ela, tá?
           - A olhava da mesma forma que olharia pra qualquer pessoa.
           - Mentiroso!
           - Ô Holly, você... está com ciúmes?
           - Estou! Porque, vai dizer que não posso ter ciúmes do meu namorado?
         
      Ele riu.

           - Do que está rindo? – perguntei.
           - É que você fica ainda mais linda quando está brava.
           - Nem adianta mudar de assunto.
           - Ah não, não iremos brigar, não é?
           - Já estamos brigando!
           - Eu prefiro acabar com a briga, e lhe dar um beijo agora mesmo.
           - Isso não vai me fazer deixar de ficar com raiva.
           - Tem certeza? – ele se aproximou, e me segurou pela cintura.
           - Tenho. – não.
           - E se eu disser que te amo? Ainda assim vai continuar com raiva?
           - Odeio quando faz isso.

      Mais uma vez não resisti. Eu era tão vulnerável a ele. Bastava um olhar, e já estava me derretendo. Isso não é justo. Nos beijamos, e após isso, tive que recuperar meu fôlego. A cada dia que passava, me apaixonava ainda mais.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 15 - Começar do começo.

(Contado pela 3º pessoa)

      Holly ficou calada. Não soube o que responder diante daquela pergunta.

           - Lute pelo seu amor. – disse Carlão. – Preocupe-se apenas em ser feliz.
           - O carro já está pronto? – pergunta Bill, chegando ali.
           - Sim senhor. – responde Carlão, se levantando.
           - Então vamos. Tenho que deixar a Allyson em casa.
           - Sim. – diz Carlão. – E você, pense no que lhe falei. – diz ele a Holly.
           - Obrigada. – diz Holly.

      Carlão abre a porta do carro, e Allyson é a primeira a entrar. Antes de fazer a mesma coisa, Bill olha pra trás pra poder ver a Holly. Ela desvia o seu olhar, e ele entra no carro.

      Mais tarde, a Holly toma um banho, coloca um vestido leve, e decide dar uma volta pelo Central Park para tranqüilizar um pouco a sua cabeça, e tomar algumas decisões. Ela olhou no relógio, e já era 18h45. Achou que já estava na hora de voltar pra casa.

–--
(Contado pela Holly)

      Cheguei em casa, e notei algo super estranho. Havia silêncio. Estava silencioso demais para uma casa que tem como moradores a Maggie e o Gustav. Olhei a sala, a cozinha, a dispensa, e não encontrei ninguém. Subi as escadas, e já no corredor me deparei com algo mais estranho ainda. Algumas velas decoravam o local. Fui seguindo-as para ver até onde iam. Resultado: quarto do Bill. Pensei que ele estivesse fazendo algum tipo de ritual macabro, e senti medo. Cheguei a porta, e vi que o quarto dele também tinha algumas dessas velas, e em cima de sua cama, havia várias pétalas de rosas vermelhas. Logo imaginei que ele estivesse fazendo aquilo para receber a Allyson.

           - O que está fazendo? – perguntei.
           - Tentando deixar o ambiente mais agradável. – respondeu ele.
           - E cadê todo mundo?
           - Tom e Maggie saíram para jantar, depois assistiriam a um filme. Disseram que não vão voltar hoje. O Gustav e o Georg foram dormir no hotel.

      Dei um sorriso tímido. Não estava entendendo o motivo daquilo tudo.

           - Isso significa que estamos sozinhos. – disse Bill.
           - Armou tudo isso...sozinho?
           - Tive ajuda do Tom e do Carlão.
           - Carlão. – repeti.
           - Ele contou sobre a conversa que tiveram, e me disse pra fazer isso aqui.
           - Ele é incrível.
           - É sim.
           - E a Allyson?
           - Ela não é importante, e nem estamos namorando de verdade.
           - O Georg e eu... também não.

      Bill se aproximou devagar. Comecei a sentir minhas mãos soarem, meu coração acelerar... Ele estava próximo o suficiente para passar sua mão direita em meu rosto, me fazendo fechar os olhos, como se não quisesse que aquele momento acabasse.

           - Me desculpa por ontem. – sussurrou Bill, e eu abri os olhos.

      Um arrepio percorreu o meu corpo. Bill se aproximou mais, e encostou seus lábios frios nos meus. Não recuei, e não tinha como. Dei um leve sorriso, e ele ficou me olhando nos olhos, como se estivesse pedindo permissão para aprofundar mais as coisas. Ele caminhou até a porta e a fechou. Permaneci paralisada, não acreditando que aquilo estava mesmo acontecendo. Bill afastou meu cabelo, e beijou docemente a curva entre o pescoço e o ombro. Foi subindo vagarosamente com beijos delicados até o lóbulo da minha orelha, e desta vez usou um pouco a língua. Senti um enorme calafrio, e estive a ponto de cair. Passou suas mãos pelo meu braço, depois desceu o zíper do vestido, que escorregou pelo meu corpo até chegar ao chão. Bill me fez virar para ele, então enlaçou minha cintura com seus braços, e me beijou mais uma vez. Sempre com delicadeza. Tive quase certeza que meu coração iria estourar. Tentei manter o controle, e tirei a sua blusa. Ele usava uma calça de moletom preta, que foi retirada em seguida. Me beijou novamente, e começou a encaminhar-me para a cama.

      Bill me deitou de um jeito tão... tão delicado, que cheguei a pensar que fosse outra pessoa. Da primeira vez que fizemos isso, ele não havia me tratado com tanto cuidado. Talvez por estarmos bêbados. Mas eu estava gostando de estar ali, e queria aproveitar cada segundo, não importando mais nada. Ele tirou meu soutien, e não resistiu em tocar meus seios. Fiquei um pouco envergonhada, mas não recuei. Depois tirou minha calcinha, e sua boxer.  Afastou um pouco as minhas pernas, e se posicionou entre elas. Agora sim meu coração estava acelerado. O nervosismo praticamente tomava conta de mim. Até parece que essa é a primeira vez. Bill iniciou a penetração, e pude ouvir um leve gemido sair de sua boca, indo diretamente em meus ouvidos, me deixando ainda mais louca. Foi aumentando a velocidade, e de acordo com que isso ia acontecendo, gemíamos juntos. Arranhei suas costas, e ele nem ligou. Também não me preocupei se estaria machucando-o ou não. Chegamos ao ápice juntos, e soltei um gemido um pouco mais alto, quase que um grito. Uma onda de êxtase passou pelo meu corpo, e me colei a ele num abraço apertado. Nos olhamos, e nos beijamos. Mesmo que eu quisesse, não conseguiria parar de beijá-lo. É como se eu tivesse que aproveitar aquele momento. E posso dizer que realmente aproveitei, e pelo sorriso que estava estampado no rosto dele, também posso dizer que estava satisfeito. Bill rolou pro lado, ficando de barriga pra cima. Coloquei minha cabeça sobre seu peito, e fiquei ouvindo as batidas do seu coração, que iam diminuindo devagar. Adormecemos juntos, abraçados.

–--
(Contado pelo Bill)

      O dia amanheceu, e eu fui o primeiro a acordar. Aproveitei que ninguém ainda havia chegado, e fui até a cozinha pra preparar um café da manhã especial para a Holly. Assim que ficou pronto, retornei ao quarto com uma bandeja na mão. Não tive coragem de acordá-la. Ela dormia com um leve sorriso no rosto, e mais parecia um anjo. Tão delicada. Ainda é difícil acreditar que finalmente consegui “roubar” o seu coração. Me sentei numa poltrona, e fiquei observando-a dormir. Era uma das melhores visões. Não estava conseguindo resistir em ficar “tão longe”. Tive que me sentar ao seu lado, e passei minha mão sobre as maçãs de seu rosto. Ela suspirou, e se moveu um pouco. Aproximei meus lábios do seu rosto, e lhe dei um leve beijo. Não fiz isso com intenção em fazê-la acordar, mas acabei causando isso.

           - Bom dia. – disse ela, com um sorriso.
           - Oi. – disse.
           - Passamos a noite juntos.
           - Passamos sim.
           - Passamos a noite juntos? – ela pergunta, e se senta na cama rapidamente, como se estivesse preocupada com algo.
           - O que foi?
           - É que...
           - Fica tranqüila, ninguém sabe que fizemos isso.
           - Mas ficarão sabendo assim que a Maggie entrar em meu quarto.

      Mostrei uma chave a ele.

           - Tranquei a porta do seu quarto, e deixei um aviso dizendo que você estava com dor de cabeça e não queria ser incomodada. – disse, e ela sorriu.
           - Não acredito que fez isso.
           - Preparei o café também.

      Peguei a bandeja que estava em cima da cômoda, e coloquei em cima da cama. Tomamos o café juntos. Com direito a suco de laranja, torradas, bolo de cenoura – que ela adora -, e pra finalizar, morangos. Se eu achava que a nossa primeira vez foi boa, essa superou todas as minhas expectativas. E agora sim tenho certeza do que sinto por ela.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 14 - Coração solitário.

(Contado pela 3º pessoa)

      Gustav estava em seu quarto, lendo um livro. Maggie e Tom, estavam na sala “assistindo” televisão. Na verdade, os dois estavam se agarrando. Holly e Georg chegaram, e se depararam com aquela cena.

           - Pelo menos eles estão se divertindo. – disse Georg.
           - É. – disse Holly.
           - Ah, vocês já chegaram? – pergunta Maggie.
           - Não. Isso aqui é só uma miragem. – responde Georg.
           - Tá aprendendo isso com o Gustav, não é? Aposto que aquele ET tá colocando minhocas em sua cabeça. – diz Maggie.
           - Vou pro meu quarto. – diz Georg, subindo as escadas.
           - Se eu fosse vocês, terminaria isso no quarto. – diz Holly. – De preferência, com a porta trancada.
           - De novo? – pergunta Tom.
           - Deixa pra lá. – diz Holly, também subindo as escadas.

      Os dois continuaram nos amassos lá na sala. Holly fechou a porta, depois se pôs em frente ao espelho. Começou a tirar sua roupa, ficando apenas de soutien e calcinha. Caminhou até o guarda roupa, e escolheu algo confortável. Instantes depois a Maggie bate na porta, e entra.

           - Como foi o jantar? – pergunta Maggie.
           - Horrível. – responde Holly.
           - Pode me contar o que aconteceu?
           - O Bill tá namorando uma prostituta.
           - O quê?
           - Também não acreditei, mas é verdade.
           - E como está se sentindo?
           - Como assim? Estou me sentindo bem.
           - Tem certeza?
           - Não vai começar logo agora, não é?
           - Ta legal. Desculpa.

      As duas conversaram por alguns minutos, depois a Maggie se retirou. O relógio marcava 23h12. Todos estavam dormindo, menos a Holly. Ela perdeu o sono, e resolveu se levantar para beber um pouco de água. Colocou um roupão, e desceu até a cozinha.

      Holly abriu a geladeira e pegou a jarra de água. Colocou um pouco da mesma, no copo. Ela tinha certeza de que era a única acordada ali na casa.

           - O que faz acordada há essa hora? – pergunta Bill.
           - Se quiser me matar, faça de outro jeito, não me assustando. – disse Holly.
           - Desculpa, eu não queria te assustar. Mas ainda não respondeu a minha pergunta.
           - Que mania essa sua de querer que eu lhe dê satisfações, hein?
           - Foi mal.
           - Como... como foi a noite com a Allyson?
           - Que noite? Depois que saímos do restaurante eu a levei para casa. Só isso.
           - Não tinha uma surpresa pra ela?
           - Não havia surpresa nenhuma. A não ser que deixar alguém em casa seja uma surpresa.
           - E que história é essa de comemoração de um dia de namoro? – ela riu.
           - Qual o problema? Está com ciúmes? – o sorriso se desfez.
           - É melhor eu ir pro quarto antes que comecemos a brigar.
           - Espera Holly! – ele a segurou pelo braço. – Me desculpa. Eu não... eu não queria ter dito isso.
           - Mas disse! Quando entenderá que não sinto nada por você?!
           - Nunca. Eu sei que isso não é verdade. Você deve sentir algo por mim, nem que seja pouca coisa.
           - Você é muito convencido!
           - Só estou tentando entender!
           - Já disse que não tem que entender! – ela se desvencilhou.
           - Não?! – ele a segurou novamente. – Então diga que não gosta de mim, olhando nos meus olhos.

      Holly ficou sem reação.

           - Diga que não gosta de mim! Diga Holly! – ele alterou um pouco a voz.
           - Não tenho que lhe dizer nada. E me solta! - ela o empurrou um pouco.
           - Só sairá daqui quando dizer que me odeia! – ele a encostou na parede, impedindo sua passagem.
           - Porque está fazendo isso comigo?
           - Porque eu...
           - Dá pra vocês dois pararem de gritaria? – interrompe Tom. – Ouvi os dois brigando lá do quarto.

      Bill se afasta da Holly, que continua no mesmo lugar.

           - Eu atrapalhei, não é? – pergunta Tom.
           - Não. Eu já estava indo pro quarto. – disse Holly.
           - Holly... – ela nem para pra ouvir, e vai direto pro quarto.
           - Desculpa ter atrapalhando, é que vocês não me deixavam dormir. – diz Tom.
           - Não tem problema. – diz Bill.
           - Como assim “não tem problema”? Deveria estar furioso!
           - E isso traria a Holly pra mim?
           - Acho que não.
           - Então relaxa, mano.

      No outro dia, o café da manhã estava meio tenso. Todo mundo completamente calado, comendo em paz.

           - Não estou gostando desse clima. – disse Maggie.
           - Cala a boca. Não está vendo que tá todo mundo quieto. – disse Gustav.
           - Nem vou me dar o trabalho de te responder.
           - Vocês dois não começarão a brigar logo agora, não é? – pergunta Georg.
           - Isso tudo é resultado da gritaria de ontem a noite? – pergunta Gustav.
           - Que gritaria? – pergunta Maggie.
           - A gente pode tomar o nosso café sem sermos interrompidos? – pergunta Bill.
        
      A campainha toca, e o Tom vai atender. Instantes depois volta acompanhado pela Allyson.

           - Bom dia gente. – diz ela. – Bom dia ursinho.
           - Allyson, não me chame desse jeito. – diz Bill.
           - Desculpa.

      Todo mundo começa a rir, menos a Holly. Ela se levanta da mesa, e sai da cozinha. Bill a segue com o olhar.

***

      Holly se senta na escada da varanda. Carlão estava dentro do carro, e viu quando ela chegou. Ele se aproximou.

           - Posso me sentar com você? – pergunta ele, educadamente.
           - Claro. – responde ela.
           - Eu não quero me intrometer, mas parece um pouco triste.
           - Só estou tentando entender porque a vida às vezes parece ser injusta.
           - É difícil entender isso.
           - Muito.
           - Posso te contar uma história?
           - Um-hum.
           - Quando eu era mais jovem, fui apaixonado por uma garota. Ela vinha de uma família muito formal, e eu era... apenas seu motorista. Tive muito medo do que as pessoas diriam se descobrissem que o motorista estava apaixonado pela filha do chefe. Já ela, não se importava nem um pouco com isso. Fazia de tudo pra eu desencanar dessa história, e viver o momento. Mas mesmo assim eu insistia em dizer não, justamente para não lhe trazer problemas familiares.
           - E o que aconteceu?
           - Os pais dela descobriram, e a obrigaram a ir para a Venezuela. Um mês depois ela faleceu num acidente de carro.
           - Sinto muito.
           - O Bill gosta muito de você. Eu tenho certeza que ele seria capaz de qualquer coisa só pra ficar ao seu lado.
           - Mas ele é o meu chefe.
           - E ela era a filha do meu chefe! Não deixe que as más línguas atrapalhem a sua vida. Não fique preocupada com o que os outros irão dizer. Quer mesmo esperar que alguma coisa aconteça, pra perceber o quando o ama? Vai esperar que alguém apareça e os separe?
        
      Holly ficou calada. Não soube o que responder diante daquela pergunta.

           - Lute pelo seu amor. – disse Carlão. – Preocupe-se apenas em ser feliz.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 13 - Isto é o fim do mundo!

(Contado pela Holly)

      Não tive outra alternativa, a não ser aceitar o convite do casal. O horário que marcamos, estava quase se aproximando. Terminei de me arrumar, e desci para encontrar o Georg. Depois entramos em seu carro e partimos pro restaurante italiano, que não ficava tão longe dali.

      Chegamos, e o recepcionista nos abordou. Perguntou nome, e se tínhamos reservas.

           - Boa noite, nome, por favor?
           - Georg Listing.
           - Tem reserva?
           - Acho que está no nome de Bill kaulitz.

      Ela não demorou muito a achar o nome em seu computador.

           - Ok. – disse ela. – Me acompanhem.

      A recepcionista nos levou até a mesa onde Bill e Allyson estavam. De longe já dava pra notar os sorrisos que um distribuía pro outro. Nos juntamos a eles, e um garçom se aproximou.

           - Desejam fazer o pedido? – pergunta ele.
           - Nos traga o melhor champanhe. – disse Bill. – Hoje é dia de comemorar.
           - E estamos comemorando o quê? – perguntei.
           - Um dia de namoro. – responde Allyson.
           - O quê? – diz Georg, incrédulo.
           - O Billzinho e eu estamos namorando. – disse ela.
           - Q-Que bom. – disse.

      Bill não disse uma palavra se quer. Quem em sã consciência comemoraria um dia de namoro? O garçom trouxe o champanhe, ele a abriu, e nos serviu.

           - Vamos fazer um brinde! – disse Allyson, se levantando com a taça na mão.

      Confesso que fiquei sem graça, mas o Georg se levantou, então eu tive que segui-lo. Fizemos o brinde. Nos sentamos novamente, e ficamos conversando enquanto o prato principal não chegava.

           - Me dêem licença, irei ao toalete. – disse Allyson. – Não quer vir comigo, querida?

      Esse “querida” me matou! Abri um sorriso super forçado, me levantei e fui com ela. A Allyson passava tanta maquiagem no rosto, que eu achei que ela estava rebocando a cara!

           - Então você e o Bill estão namorando? – perguntei.
           - Sim. – responde ela.
           - Legal.
           - E você namora o Georg.
           - Não. O Georg é só um amigo.
           - Um-hum.
           - Você... gosta do Bill?
           - Claro! Ele é o único garoto que gosta de mim de verdade. Não é como os outros.
           - Que outros?
           - Os outros que pagam para dormirem comigo.
        
      Fiquei chocada com isso!

           - Você é... garota de programa? – perguntei incrédula.
           - Eu era! Depois que conheci o Bill, resolvi mudar.
           - Sei.
           - O que acha que eu devo fazer?
           - Sobre o quê?
           - Acha que eu deva levar o Bill pra um lugar mais calmo?
           - Tipo um hotel?
           - Hotel é muito chique. Melhor mesmo seria um motel!
         
      Essa garota é maluca?!

           - Acha que devemos transar? – pergunta ela.
           - NÃO! – gritei, e ela se assustou um pouco. – Quero dizer... você disse que o Bill é diferente, então não deve tratá-lo como se fosse um cliente.
           - Como assim?
           - Estão comemorando um dia de namoro. Não acha que é muito cedo pra isso acontecer?
           - Será?
           - Não está querendo espantar o Bill, não é?
           - Obvio que não.
           - Então tenha calma, garota! – disse dando um sorriso falso.
           - Já terminei. – disse ela, após rebocar seu rosto.
           - Vou ficar mais um pouco. – disse. – Preciso passar um pouco de máscara para os cílios.
           - Ok.

      Ela se retirou e voltou à mesa onde os meninos estavam. Fiquei por pouco tempo ali, e logo me juntei a eles também. As horas passaram voando, e já estava ficando um pouco tarde.

           - É melhor irmos, não é ursinho? – disse Allyson, dando um selinho no Bill.
           - Você quem manda. – disse ele.
           - O Bill disse que tem uma surpresa pra mim. Estou ansiosa pra saber o que é. – ela fez uma cara de descarada.
           - Divirtam-se. – disse Georg.
         
      Georg e Bill pagaram a conta, em seguida caminhamos em direção a entrada do restaurante, para esperarmos o motorista que traria os carros.

           - Boa noite. – disse.
           - Pra você também. – disse Bill.

      Tá legal. Estou mega curiosa pra saber que tipo de surpresa o Bill fará para aquela... Ah, vocês sabem. Esperai, o que estou falando?! A vida é dele, e os dois fazem o que quiserem! Não fui eu quem disse que queria distancia do Bill? Não posso voltar atrás logo agora! Por mim ele pode fazer o que quiser. Então trate de se controlar, Dona Holly! Contenha sua curiosidade! A vida dele NÃO te interessa! Nem um pouco!

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 12 - Que pouca vergonha é essa?

(Contado pela 3º pessoa)

            Holly se sentou no sofá, e respirou fundo. Georg pegou as chaves do carro, e saiu com o Gustav. Bill ficou lá parado, e quando ia se retirar...

           - Bill! – chamou Holly.
         
      Ele se virou para olhá-la.

           - Acho que lhe devo desculpas por ter falado aquelas coisas. – disse Holly.
           - Está tudo bem. Não precisa se desculpar. – disse ele.
           - Ok. Então... é melhor eu ir pro meu quarto.
           - Espera! – disse ele. – Não gostou mesmo de ter me reencontrado?
           - Eu... tá legal. Confesso que fiquei feliz em te encontrar, mas...
           - Mas...?
           - Mas você sabe que não pode haver nada. E recomendo que não insista.

      Ela sobe as escadas e vai pro quarto. E quem disse que o Bill iria desistir assim tão facilmente? Ele teve uma “incrível” idéia, que surgiu rapidamente. Pegou seu celular, e ligou pro Carlão.

           - To precisando de sua ajuda! Pode vir me buscar? – pergunta Bill.
           - Chego ai em cinco minutos! – diz Carlão.

      Bill dá um sorriso, e desliga o celular. Instantes depois, o Carlão chega, e o leva á algum lugar.

***

      No quarto da Maggie...

           - E ai, tá gostando? – pergunta Tom.
           - Vai mais forte! – disse Maggie.
           - Calma ai.
           - Mais forte! Mais forte!
           - Tá querendo me matar, é?
           - Você não é macho não? Bota mais força nisso!
           - To indo. Calma!
           - Ô Tom, mostre que é homem de verdade, e ponha força nessa bagaça!
           - Tá legal, eu já cansei.
           - Mas logo agora que a massagem tava ficando boa?
           - Já relaxou demais!
           - Então deita ai que eu vou te mostrar o que é massagem de verdade!

      Tom se deitou, ficando de bruços na cama. Maggie se sentou em cima dele, e começou a fazer a tal massagem. Holly passava pelo corredor, quando escutou...

           - Ai...

      Ela parou no meio do corredor, só para ter certeza de que não estava ficando louca.

           - Ai...

      Agora sim, ela tinha certeza. Foi caminhando, e notou que esses gemidos vinham do quarto da Maggie, cuja porta estava aberta.

           - Que pouca vergonha é essa? – pergunta Holly.

      Tom, assustado, se levanta rapidamente esquecendo-se até que a Maggie estava em cima dele. A mesma caiu e foi parar do outro lado da cama.

           - Não é nada disso que você está pensando. – disse Tom.
           - Eu não estou pensando nada. Mas o que estavam fazendo? – pergunta Holly.
           - Estava tentando fazer massagem no Tom. – disse Maggie, se levantando.
           - Você está bem? – pergunta Tom.
           - Um-hum. – disse Maggie. - Você bem que poderia ter sido um pouco mais delicado, não é?
           - Foi mal. - diz Tom.
           - Não estavam fazendo nada demais, mas pelo menos fechem a porta, porque quem não sabe, fica imaginando besteiras. – disse Holly.
           - Tipo você? – diz Tom.
           - É, quero dizer... fechem a porta da próxima vez!

      Holly saiu do quarto, fechando a porta. Tom e Maggie se entreolharam, e começaram a rir.

           - Vem, deixa me terminar a massagem. – disse Maggie.
           - Eu te derrubei, então deixe que eu faça agora. – diz Tom.
           - Ok.

***

      Bill chega em casa acompanhado por uma loirinha de olhos claros. A garota mais parecia uma boneca. Eles se sentam e começam a assistir televisão. Instantes depois, a Holly desce as escadas, ela estava a caminho da cozinha, quando ouviu algumas risadas. Parou, e viu que era o Bill.

           - Olá Holly. – disse Bill.
           - Oi. – responde ela.
           - Essa é a minha amiga Allyson.
           - Muito prazer. – disse Holly.
           - O prazer é todo meu. – disse Allyson.
           - Allyson e eu, estávamos pensando se você e o Georg não querem jantar com a gente, amanhã.
           - Eu acho que...
           - Não fará essa desfeita, não é? – pergunta Allyson.
        
      Bill ficou olhando pra Holly, esperando uma resposta.

           - Tá legal. – responde Holly, finalmente.
           - Seremos boas amigas, Hollynha. – disse Allyson.
           - Espero que sim.

–--
(Contado pela Holly)

      Hollynha? Por acaso ela é de outro planeta? E que intimidade é essa? Nem que eu estivesse louca, não iria querer uma amiga como ela. Aposto que isso é algum tipo de armação do Bill. Num instante ele estava se derretendo todo pra cima de mim, e agora me aparece com uma oxigenada?! Se ele está pensando que irá me fazer ciúmes, está muito enganado!

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 11 - Perdendo a Fé.

(Contado pela 3º pessoa)

      Era noite, e todos estavam jantando. Uma hora ou outra o Bill olhava para a Holly, que tentava desviar o seu olhar, e às vezes se pegava olhando para ele também. Estava o maior silêncio, por mais incrível que pareça, até que isso tudo passou.

           - Pode me passar a salada? – pergunta Maggie ao Gustav.
           - Por acaso é alijada? – pergunta ele. – Não custa nada se levantar um pouco e pegar.
           - Se eu me levantar, será pra lhe matar! – responde Maggie.
           - E tá esperando o quê? – ele provoca.
           - Só não faço isso porque tem muitas testemunhas!

      Ninguém conseguiu segurar o riso.

           - Então quer dizer que o Georg e a Holly estão saindo? – pergunta Tom.
           - O quê? – Holly se engasga com o suco. – Quem lhe contou isso?
           - Não vem ao caso agora. – responde ele.
           - A gente tá saindo sim, por quê? – pergunta Georg.
           - É engraçado, porque vocês nunca ficam juntos e ainda não vi um beijinho se quer. – diz Tom.
           - Ah, mais isso não é problema. – diz Georg, que larga o copo de suco, e agarra a Holly.

      O ódio tomou conta do Bill naquele instante. Ele se retirou da mesa. Maggie começou a rir, e o Gustav não estava acreditando naquela cena. Tom se divertiu no inicio, mas depois que viu seu irmão se retirar daquela maneira, mudou seu jeito na hora.

      Bill estava no quarto, furioso. Tom bateu na porta, e assim que entrou, viu seu irmão dando um soco na parede.

           - Ei, ei, ei! – disse Tom, correndo até ele. – O quê que aconteceu?
           - Ainda tem a cara de pau de perguntar?! – diz Bill, irritado. – Poxa Tom, eu pensei que fosse me ajudar, e não atrapalhar!
           - Do que está falando?
           - Precisava pedir pro Georg beijar a Holly?!
           - Mas eu não pedi nada! Não tenho culpa se ele é maluco o suficiente para beijá-la daquela forma!
           - As coisas já estão complicadas entre mim e a Holly, e você ainda coloca mais lenha na fogueira!
           - Não me culpe por fazer suas burradas!
           - O quê?
           - Se fosse tão corajoso quanto o Georg, seria você, e não ele!
           - Não entendi.
           - Se liga Bill! Não será o Georg a tirá-la de você. Ainda não percebeu que esse “romance” é pura mentira?! A Holly deve ter inventado isso pra poder ficar longe de você.
           - Acha isso?
           - Se tivesse ficado até o final, teria visto a cara que ela fez. Era você que ela queria ali naquele momento, e não o Georg.
      
      Bill se sentou na cama.

           - Continua vacilando, e perderá a Holly por pura bobagem. – disse Tom.
           - E o “senhor sabe tudo” pode me dizer o que eu devo fazer?
           - Continua correndo atrás. Ou melhor, mostre a ela o que você realmente quer.
           - Como assim?
           - Inventa alguma coisa, sei lá. Você é bom com surpresas, então... faça uma a ela.
           - Surpresa?

***

      Na biblioteca, Holly e Georg conversavam...

           - Me beija de novo, e eu arrebento a sua cara! – disse Holly.
           - Mas foi você quem disse que estávamos saindo. – disse Georg.
           - Disse sim, mas não precisava me agarrar!
           - Foi puro impulso.
           - Então trate de controlar esses impulsos, se não quiser amanhecer com a cara arrebentada.
           - Como você é violenta!
           - E ainda não viu nada!
           - Você... você gostou?
           - Gostou do quê?
           - Do beijo.
           - Ah, me poupe Georg!

      Ela se retirou, indo pra sala, onde encontrou a Maggie assistindo televisão, ao lado do Gustav.

           - Isso só pode ser uma miragem. – disse Holly.
           - Do que está falando? – pergunta Gustav.
           - Você e a Maggie, lado a lado. – responde ela.
           - Ele que se atreva encostar em mim. – disse Maggie.
           - E porque eu faria essa loucura? – diz Gustav.
           - Acho bom mesmo! – diz Maggie.
           - Pra sua informação, eu gosto de mulher.
           - Tá me chamando de traveco?
           - Se a carapuça serviu...
           - Você vai ver a carapuça!

      Maggie partiu pra cima do Gustav, e começou a bater nele. Holly ficou maluca com aquela situação, e se aproximou para tentar separá-los.

           - O que está acontecendo? – pergunta Tom, enquanto descia as escadas.
           - Dá pra me ajudar aqui? – pergunta Holly.
           - Não acredito que o Gustav está brigando com uma garota! – diz Bill, chegando a sala.
           - Aposto cinquentinha, na Maggie. – diz Georg.
           - Eu aposto cem, no Gustav, por ele ser meu amigo. – diz Bill.
           - Dá pra vocês pararem de fazer apostas e vir ajudar? – diz Holly.

      Tom segurava a Maggie pela cintura, tentando deixá-la bem longe do Gustav, que estava sendo segurado pelo Bill e o Georg.

           - Me larga, que eu vou acabar com esse idiota! – disse Maggie.
           - Deixa a magrela vir que só dou um sopro e ela cairá bem longe! – disse Gustav
           - Magrela é a mãe! – gritou Maggie.
           - Já chega! – gritou Holly, entre eles. – Querem se matar? Que seja fora daqui!
           - Idiota. – Maggie provocou.
           - Fica quieta Maggie! – disse Holly. – Tom, eu sei que você é bom nisso, então tire-a daqui. – ele deu um sorriso malicioso, e a levou pro quarto para se acalmar. – E você Gustav, é melhor dar uma volta e esfriar essa cabeça.

      Holly se sentou no sofá, e respirou fundo. Georg pegou as chaves do carro, e saiu com o Gustav. Bill ficou lá parado, e quando ia se retirar...

           - Bill! – chamou Holly.

Postado por: Grasiele

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