terça-feira, 16 de julho de 2013

Apenas Você - Capítulo 10

Acordei olhando para o lindo rosto do Tom dormindo ao meu lado. Era como se eu tivesse perdido a memória agora, não me lembrava de nada. Levantei um pouco e notei que já era dia. Parecia ser umas onze da manhã. O silêncio era tão profundo, os únicos barulhos que interrompiam esse silêncio eram o das gaivotas sobrevoando por cima dos rios e o barulho das águas levemente seguindo seu curso de vida natural. Minha cabeça doía muito e logo me lembrei do meu remédio. Com um pouco de sacrifício, abri minha bolsa, procurei o pacotinho onde o comprimido estava e levei-o a boca esperando que essa dor de cabeça passasse o mais rápido possível. Não queria ficar ali presa aos braços dele - não que seja algo ruim - mas é que eu precisava sair e respirar. Ninguém merece ficar presa dentro de um carro a noite toda. Caminhei um pouco e logo encontrei o Gustav e as meninas.
- Bom dia. -disseram todos a me ver.
- Bom dia. -respondi simpática.
- Vamos procurar um lugar pra tomar banho agora, você vem Danny? -perguntou a Sam.
- Claro. Vou só pegar minhas coisas. -falei.
Voltei no carro para pegar minha bolsa, notei que Tom ainda estava dormindo, sorri ao observá-lo, peguei a bolsa e fui com as meninas...

[Tom]
Acordei e notei que a Danny não estava ao meu lado, estou com uma dor de cabeça terrível... Saí do carro e fui procurar os meninos, avistei o Bill e o Gustav sentados debaixo de uma árvore.
- Cadê as meninas? -perguntei, já que não vi sinal de nenhuma delas.
- Foram tomar banho. -disse o Bill.
- Hum... -murmurei sorrindo perversamente.
- Nem pensar Tom, elas confiaram em mim, não vou deixar você espiá-las. -disse o Gustav.
- Nossa! Tá lendo mentes agora é? -disse eu, sentando-se no gramado ao lodo dos meninos.
- Parabéns! Venceu meu desafio... -disse o Georg se aproximando, tocou nas minhas costas e sentou-se no chão ao meu lado.
- Eu disse que venceria. -falei convencido.
- A Danny está na sua, pelo jeito dela, acho que não estaria rendida aos seus beijos como ela estava ontem. -disse o Gustav.
- Ela estava bêbada. -falei, tentando fugir do assunto.
- Bêbada ou não Tom, aproveita enquanto é tempo, não sou de acordo você magoar a menina. -disse o Georg.
- Se não é de acordo porque me propôs o desafio? -perguntei encarando-o.
- Queria ver o seu limite, quando disse que estava sendo rejeitado por uma garota e que ela era linda, eu quis te testar, saber do que você era capaz de fazer para tê-la. -disse ele me encarando também.
- Eu disse que se ela não fosse linda eu já teria desistido e não me importaria com o seu desafio idiota.
- Teria mesmo? -perguntou ele, num tom de deboche.
Levantamos-nos e ficando um de frente pro outro nos encarando com raiva.
- Ei, parem os dois! -disse o Bill me afastando do Georg e o Gustav afastando o Georg de mim.
- Ela vai ter que entender, eu não sou um príncipe encantado. -falei pro Bill.
- Chega! Hoje é dia de diversão Tom, como o Georg falou, aproveita... Hoje à noite, curte a tua garota. -disse o Bill.
- Eu não tentei nada com ela. Dois dias, deve ser isso o meu estresse. -falei baixo, apenas pro Bill ouvir.
- Pode ser. -ele sorriu.
Depois dessa briguinha idiota, voltamos a conversar. Depois as garotas chegaram, todas lindas, aí foi a vez dos homens irem tomar banho, que droga, eu deveria mesmo ter trago algumas meninas da faculdade, elas não se importariam em tomar banho comigo. Quando voltamos eram umas três da tarde, as garotas haviam pegado algumas guloseimas, comemos e ficamos ali conversando... Os casais namorando, menos eu e a Danny, eu estava sentado na grama e encostado numa árvore, ela estava sentada entre as minhas pernas, de costas pra mim, ela não quis os meus beijos e sorria sempre que eu tentava roubar beijos dela.
- Assim não vale, vou ficar chateado. -falei manhoso, tentando convencê-la.
Ela virou-se, sorriu e me deu um beijo rápido deixando um gosto de quero mais, logo se virou novamente.
- Menina fresca, ontem tava toda jogada pra mim e agora vem com essa. Mas... Eu gosto desse jeitinho dela. -pensei.
Passei a acariciar os seus cabelos negros, sentindo o cheirinho de morango do xampu que ela usava.

À noite [Danny]
Já era noite e estávamos nos preparando para tal balada que o Tom falou, com certeza vai ser o máximo. As meninas estão loucas, juraram matar o Georg se não fosse verdade que tinha lugar pra se arrumar nessa balada no meio do mato. Enfim, seguimos por uma estrada floresta a fora e logo chegamos. Fui junto com as meninas se arrumar, tínhamos que ficar lindas...

[Tom]
As meninas cismaram em arrumar-se, coisa de mulher, eu entrei primeiro, os garotos quiseram esperar as meninas lá fora. Observei o lugar e estava muito animado, até mais do que quando eu vim aqui ano passado com o Georg. Encostei-me no balcão e pedi uma bebida. Logo senti alguém perto de mim, era a Danny.
-Nossa. -falei, extasiado.
-O que foi? -perguntou ela, preocupada.
-Você está tão linda. -falei, segurando na mão dela, para ela dar uma voltinha.
-Obrigado. -disse ela, envergonhada.
-Você também está lindo.
-Obrigado. -eu já sabia.
-Uma bebida? -perguntei, segurando uma garrafa de champanhe.
-Hum... Sim. -respondeu ela, fazendo bico.
Enchi uma taça e a entreguei. Não resisti em observá-la bebendo aquele champanhe. Tão inocente e tão sensual. Queria poder tê-la em meus braços, beijá-la com desejo, tocá-la inteira e dizer palavras em seu ouvido. Ela sorriu, largou a taça na mesa e saiu em direção onde as pessoas estavam dançando. Não acredito que ela ia fazer isso... Ela se misturou dentre as pessoas e começou a mexer o corpo bem devagar, acelerando os movimentos conforme a música ia se agitando. Eu já não estava agüentando ver essa cena, Danny olhava sensualmente e diretamente para mim. Não sei se ela queria me provocar mesmo ou não sei. Mas que ela estava me perturbando ela estava. Ela sorria, fazia pose sexy, levantava um pouco a barra do vestido, dançava com algumas meninas. Eu não estava me segurando ali naquele balcão, eu tinha que ir dançar com ela, nem que seja só por hoje, mas eu tinha que superar isso. Cheguei perto dela e comecei dançar, ela percebeu virou de costas, e olhou pra mim mordendo o lábio inferior. Ela sorriu e virou-se novamente, pousou suas mãos delicadas em meus ombros, enquanto punha minhas mãos em sua cintura, mexendo o corpo no ritmo da música. Até que estava me divertindo com ela. Nunca fui daquela pessoa que adora dançar, mas confesso que dançar com ela, além de divertido é instigante. Ela parou de dançar e pegou em minhas mãos me levando para o balcão de novo.
-Foi divertido. -assumiu ela, arfando.
-É. -disse eu, enchendo uma taça com o champanhe. -Quer? -perguntei apontando para a taça.
-Sim, eu quero. -respondeu ela, sorrindo.
Entreguei a taça para ela e era a minha vez de provocar. Olhei pra ela de um jeito como se fosse devorar-la. Terminei de beber o champanhe deixei a taça na mesa ao lado. Eu olhei para ela que também tinha terminado. Aproximei-me dela, que sorria enquanto eu chegava mais perto. Coloquei a mão na cintura dela e selei em nossos lábios um beijo gostoso e ardente... 

Apenas Você - Capítulo 9

Segundo o Georg, o lugar era um pouco longe e íamos parar em um restaurante para almoçar. Só lembro que apoiei minha cabeça no ombro do Tom...
- Danny? -uma voz grave e suave me chamava, era o Tom. Grave e suave? Aff, vai entender...
- Hum? -murmurei soltando do Tom, um tanto rápido.
- Vamos almoçar agora! -disse ele, sorrindo com a rapidez a qual eu soltei ele.
- Ah, tudo bem.
Descemos todos do carro e fomos almoçar, a comida estava ótima, eu e as meninas ficamos tomando um sorvete depois do almoço, enquanto o Tom e o Georg foram comprar umas coisas num mercado ali perto. Logo eles voltaram e seguimos estrada a fora, dessa vez, o Gustav estava dirigindo...
- Gustav, coloca uma música aí. -disse o Bill alegre.
- Já vai. -disse ele, ligando o som.
Começou a tocar uma música qualquer, mas era ótima e todos estavam curtindo. Tom me puxou para sentar no colo dele e dar mais espaço no banco de trás, já que o casal - Sam e Bill - estava se beijando ardentemente e isso estava incomodando ele.
- Tom, manda ver cara. -brinquei, abraçando ele.
Ele me beijou intensamente como resposta. Ficamos nos beijando intensamente, sem se importar com o amanhã, sem se importar com o que poderia acontecer daqui a algumas horas. Tom percorria as mãos pelas minhas pernas, subindo dentro da minha saia. Ele beijava meu pescoço, beijou meu decote e voltou a beijar meus lábios novamente me deixando louca.
- Chegamos! -disse o Bill, feliz soltando da Sam, eu e o Tom já havíamos parado com os beijos.
Percebi que o carro tinha parado bem de frente ao rio, saímos do carro e ficamos observando a lua refletida no rio, é já estava escuro. Não sei que tipo de relacionamento eu e o Tom estávamos tendo, mas eu já o amava e acho que isso não é bom.
Os meninos estenderam alguns panos para suas garotas deitarem confortavelmente sem se sujarem com a grama. Cada uma deitou, enquanto os meninos traziam as bebidas e os salgadinhas e guloseimas para nós.
Tom deitou do meu lado me oferecendo uma garrafa de cerveja, sorri e abri-a já a bebendo. Senti nossas pernas se entrelaçarem, conforme nossos beijos ficavam mais intensos. Eu soltava dele e parava para beber a bebida e ás vezes ele bebia também. A essa altura já estávamos alterados pela bebida. Georg ligou o som do carro com uma música bem animada para embalar os casais que estavam se amando. Bill e Sam estavam no maior amasso, um pouco longe de nós.
Eu e o Tom já estávamos falando besteiras já de tão alterados que estávamos. Os outros então, sem comentários. Só podia se ouvir, gritos, gemidos, música, além do barulho das coisas sendo jogadas para o alto.
Tom abriu os botões da minha camisa, lentamente observando cada detalhe do meu corpo. Por fim ele só a deixou aberta. Beijou meu decote sem medo, percorrendo sua língua quente sobre meu colo.
Suas mãos apertavam minha cintura com gosto, sem medo de me machucar. Também a essa altura, não sabia nem o que era machucar.
Agora as mãos dele desciam por entre minhas coxas, subindo e descendo, subindo e descendo, por fim entrando por dentro da minha saia. Sorri com o seu atrevimento e ele parou de fazer o que fazia e me observou delicadamente.
- VAMOS MERGULHAR! -gritou o Gustav, animado.
- Vem. -disse o Tom tirando a camisa e as calças largas que usava, ficando apenas com um short que usava por baixo.
Levantei tirando minha roupa, ficando apenas de biquíni. Fomos juntos mergulhar naquele belo rio a nossa frente. Tom pegou-me, fazendo minhas pernas ficarem ao redor de seus quadris. Nós já estávamos aos beijos, naquela água quentinha, naquele luar perfeito, com música de fundo e olhares brilhantes reluzindo o amor. Eu estava insegura, lembrei-me das palavras da Sam:
“Ele não tem sentimentos...” Mas não queria me importar com isso agora.
- Me joga Tom. - brinquei.
- Olha que eu te jogo. - brincou ele com um sorrisinho malicioso nos lábios.
- Pode jogar. -ele me jogou.
Mergulhei com tudo na água. Tom fez o mesmo fazendo-nos encontrarmos de baixo d’água beijando intensamente sem se preocupar com o que poderia nos acontecer. Morrer afogados? Talvez...
Saímos de dentro da água e molhados, caímos sobre o nosso pano estendido no chão. Tom pegou uma toalha grande e nos secamos e ficamos enrolados na toalha bebendo mais cerveja e lógico, falando besteiras e mais besteiras, do que queríamos fazer um com o outro entre quatro paredes.
Georg e Gustav haviam trazido barracas de acampamento, assim poderíamos dormir dentro delas, protegidos da chuva que ameaçava em cair. Eram quatro barracas, os outros casais dormiram lá, enquanto eu e o Tom ficamos dentro do carro, literalmente desmaiados e preparados para uma forte ressaca amanhã.

Apenas Você - Capítulo 8

Na casa da Sam [Danny]
Finalmente sexta... Digamos que eu estou ansiosa pro fim de semana. A Sam é muito legal, amei vir dormir na casa dela, quase não dormi de tanto ela conversar, mas enfim, estamos tomando café agora...
- Me fala, o que está havendo entre você e o Tom? -perguntou a Sam.
- Nada ué? Somos amigos. -falei tomando um pouco de café.
- Fala sério, nos últimos dias vocês vivem grudados... -disse ela.
- Grudados? Apenas conversando... -falei.
- Ah, conta outra Danny. -disse ela duvidando de mim.
- A gente se beijou uma vez, foi legal até que ele fez uma coisa idiota aí estragou tudo. -confessei.
- Eu sabia! -disse ela rindo.
Terminamos de tomar café e fomos pra universidade...

Na universidade [Tom]
- Ainda anda vendo reflexos na janela Tom? -perguntou o Georg.
- Porque quer saber? Você disse que eu ando vendo muito filme... -falei.
- Viu mais alguma coisa ou não? -insistiu ele.
- Ela estava dançando, ela é perfeita, ontem eu fui a casa dela, mas não havia ninguém.
- Dançando o que? -perguntou o Georg interessado.
- Era uma dança sensual, ela mexia os quadris, eu já estava imaginando bobagens só de olhá-la. -falei.
- Mostra a dança como era... -disse ele.
- Eu não. -falei.
- Vai logo Tom, se não eu não vou acreditar. -disse o Georg cruzando os braços.
- Ela mexia os quadris, mais ou menos assim... -tentei imitar a mulher, mas não deu muito certo.
- Dançando dança do ventre Tom? -disse a Danny se aproximando de nós junto com a Sam, elas riram, droga.
- É... Não, eu só estava contando uma piada pro Georg. -olhei pro mesmo que estava escondendo o riso.
- É, piada. -disse o Georg, disfarçando.
- Hum. -murmurou a Danny mexendo os quadris, me deu um beijo na bochecha e saiu rindo com a Sam.
- Piada! -disse o Georg, em seguida soltando uma gargalhada.
- Para de rir... Você viu? Era aquilo que a Danny fez, a vizinha fazia igual. -falei.
- Você está viajando Tom. -disse ele me dando uma tapinha nas costas.

Na hora do intervalo [Danny]
Isso aqui está um saco. Acabei de ver o Tom de conversinha com uma garota, justamente quando eu estava procurando ele pra combinar algumas coisas pra amanhã.
- Oi Danny. -disse o Georg, em seguida sentou-se ao meu lado, no refeitório.
- Oi... -falei desanimada.
- Está... Triste? -perguntou ele demonstrando preocupação.
- Confusa... Não sei direito, tenho ciúmes até dos meus amigos. -sorri de canto e olhei pro outro lado.
- Se quiser me contar algo... -disse o Georg.
- É... Acho que não. -falei.
- Bom, então eu vou indo... -ele levantou-se.
- Espera! -falei segurando o braço dele.
- Sim? -disse ele sentando-se novamente.
- Eu queria falar com o Tom, mas ele está ocupado então...
- Você está com ciúmes dele? -ele perguntou me interrompendo.
- O que? -fiz cara de confusa. - Não! -falei.
- É acho que vou indo. -disse ele levantando-se e indo embora.
- Droga! -murmurei e baixei a cabeça na mesa.
Depois de uns instantes senti alguém tocar em meus cabelos, levantei a cabeça...
- Queria falar comigo? -perguntou o Tom.
- Não... Você pode ir lá conversar com a garota ruiva de saia curta e... -ele riu. - Porque está rindo? -perguntei séria.
- Está com ciúmes de mim? -perguntou.
- Tenho ciúmes dos meus amigos. -assumi, baixando o olhar.
- Vamos nos divertir muito amanhã e depois. -disse ele, tentando me animar.
- É, vai ser legal... -falei, sorrindo de leve, o sinal tocou...
- Vamos pra sala? -perguntou ele.
- Sim. -levantamo-nos e fomos cada um pra sua sala.
Quando saí da universidade esperei o Tom, mas ele demorou, a Sam foi pra casa de carona com o Bill, não vi nem o Georg e nem o Gustav, decidi ir pra casa sozinha mesmo.

À noite, na casa dos Kaulitz [Tom]
Os meninos vão dormir aqui hoje, a zona está instalada...
- Ela tem ciúmes de você. -disse o Georg.
- Isso não é bom e a culpa é sua. -falei sentando-se folgadamente no sofá.
- Disse que tem ciúmes dos amigos, mas você já mexeu com a cabeça da menina... -disse ele ligando a TV.
- Foi só um beijo e mesmo assim ela não gostou do meu carinho. -falei sorrindo de canto.
- Mas você foi lá e pediu desculpas. Idéia do Gustav. -disse o Georg.
- Agora a culpa é minha? -protestou o Gustav.
- Não, a culpa é do Georg que lançou o desafio e do Tom idiota que aceitou. -disse o Bill.
- Mas não tenho culpa de ser uma perfeição e ela está louca por mim. -falei convencido.
- Não vai se livrar dela nem tão cedo. -disse o Bill.
- Boa sorte! -debochou o Gustav, o Georg soltou uma risada.
- Bestas! -falei.
- Porque não vai à casa da vizinha hoje Tom? Eu aproveito e vou com você... -disse o Georg, sarcástico.
- Não tem ninguém lá, está tudo escuro. -falei.
- Será que ela vai dançar hoje? -perguntou o Gustav.
- Não sei e também não quero que vocês a vejam, ela só dança pra mim. -falei empinando o nariz.
- Mentiroso e metido. -disse o Bill me dando uma almofadada.
Na manhã seguinte
Fui arrastado da minha cama pelo Bill que me obrigou a tomar banho, desci pra tomar café, mas fui novamente arrastado, dessa vez pelo Gustav pra dentro do Doblo (carro). O Bill iria dirigindo.
- Come isso aí. -disse o Georg me entregando um pedaço de pizza.
- Por que o Bill vai dirigindo? Ele sabe onde é? -perguntei.
- Porque por acaso o Gustav combinou de ir pegar as meninas em frente à faculdade ás 9h, estamos 30min atrasados e elas devem está se descabelando, você está sonolento e provavelmente provocaria um acidente daqui até lá, ou seja, mais um motivo pra se atrasar. -disse o Bill, ele estava dirigindo em alta velocidade.
- Acabou comigo. -brinquei.
Paramos em frente à faculdade e as meninas entraram no carro, elas estavam lindas, principalmente a Danny, ela sentou-se ao meu lado e sorriu, ao contrário das outras que estavam chateadas devido ao atraso. Meia hora depois ela estava dormindo, como um anjo... No meu ombro? E abraçada a mim, sorri com aquilo e a abracei. 

Apenas Você - Capítulo 7

Casa dos Kaulitz [Tom]
- Gustav, são cinco horas da manhã, vai pra casa, por favor, você e o Georg, eu ainda quero dormir um pouco. -gritava o Bill na sala.
- Bill hoje é um dia especial e daí que são cinco da manhã? -disse o Gustav.
- Que porcaria é essa? -murmurei levantando-se e descendo pra sala, precisava saber o que tinha acontecido.
- É Bill, olha aqui toma esse refrigerante... -disse o Georg entregando uma latinha de coca-cola pro Bill.
- Que bagunça é essa aqui? -perguntei descendo as escadas com uma cara de sono.
- O Bill saiu da seca.
- Tá, mas são cinco da manhã, eu tava sonhando, vocês me acordam bem na hora que a... O Bill o que? -perguntei sem acreditar no que tinha ouvido.
- Não é verdade. -disse o Bill, ele acha que me engana.
- Claro que é. -disse o Georg, rindo.
- Caraca! Seis meses mano, eu já teria morrido há séculos... -falei dando uma tapinha nas costas do Bill, os meninos riram.
- Me deixem, isso é lá motivo pra comemorar... -disse o Bill tentando fugir da festinha.
- Volta aqui Bill, nossa seção de videogame é sagrada... -disse o Gustav colocando o jogo.
Ficamos ali os quatro jogando videogame...
- Já decidiu pra onde a gente vai Tom? -perguntou o Gustav.
- Pro acampamento “Forest-Dance”. (esse nome é uma mistura de floresta com dança, ou seja, é tipo uma área florestal onde as pessoas fazem trilha, acampam, e tem uma balada no meio da floresta, vai entender a cabeça da autora né? Mas tudo bem, vocês entenderam.)
- Uhu. -comemorou Georg.
- Forest-Dance? -perguntou o Gustav.
- Tem uma balada no meio da floresta. -explicou o Georg.
- É, pode ser divertido. -disse o Bill.
- Eu vou com a Jessica. -disse o Gustav.
- E eu com o meu amor. -disse o Georg orgulhoso.
- Metido. -falei.
- A Sam vai comigo. -disse o Bill.
- Eu chamei a Danny, mas acho que vou chamar também a Fellon, a Lívia, a Laura, a Sara...
- Nem pensar moço. -protestou o Georg.
- O que tem poxa? Vocês já têm os esquemas e eu? -falei indignado.
- Você vai ficar com a Danny, só com ela, esqueceu do desafio? -disse o Gustav.
- E se não rolar nada? Eu tenho que ter outra opção né? -falei.
- Ué? Você vai deixar que não role nada? -perguntou o Bill sarcástico, ele ta se achando porque saiu da seca de seis meses.
- Claro que não! -disse eu.
- Então... -disse o Georg.

Casa ao lado [Danny]
Acordei, fiz minha higiene matinal e logo desci pra tomar café.
- Bom dia mãe. -falei feliz.
- Bom dia. -disse minha mãe.
Sentei-me a mesa para tomar café.
- Mãe... Eu posso sair esse fim de semana? -perguntei.
- Pra onde? -perguntou ela passando geléia no pão.
- Pra um acampamento com meus amigos, vamos no sábado de manhã e voltamos no domingo à noite. -sorri, tentando convencê-la.
- Que amigos? -perguntou ela, dessa vez mordendo o pão.
- Tom, Georg, Gustav, Bill, mais três meninas namoradas deles. -falei.
- Tudo bem. -disse ela, minha mãe é legal, mas é chata, entenderam? É, acho que não.
- Obrigada mãe. - falei feliz.

[Tom]
A manhã na faculdade foi legal, conversei com a Danny e ela vai mesmo pro acampamento, digamos que ela achou esquisito a tal balada na floresta mas quem liga? Na hora do intervalo teve barraco da Fellon, por minha culpa, claro... Tudo começou quando eu estava conversando com a Danny, daí a Fellon viu e veio cobrar ciúmes, eu não sei porque, ela nunca foi de sentir ciúmes de mim, vai ver ela reconheceu que a Danny é tão bonita quanto ela, ou melhor, é mais bonita do que ela...
Flashback Barraco - ON
- Dá licença, preciso falar com meu namorado. -disse a Fellon ao se aproximar do Tom e da Danny, ela puxou o Tom pro lado.
- Namorado? -perguntou a Danny num tom de deboche.
- Que brincadeira é essa Fellon? -disse o Tom.
- É ele não é seu namorado. -disse a Danny, a Fellon virou-se brava pra Danny.
- Quem é você pra abrir a boca e dizer que ele não é meu namorado? -perguntou a Fellon, mantendo a raiva.
- Sou amiga do Tom. -disse a Danny calmamente, mantendo o tom de deboche.
- Amiga uma ova! -disse a Fellon puxando o cabelo da Danny.
Daí começou, puxa cabelo daqui e de lá, a Danny arranhou a cara da Fellon, depois veio o Tom segurando a Fellon que é a magreza em pessoa e conseguiu separar a briga.
- Vai ter volta sua vadia. -gritou a Fellon indo embora.
- Tô esperando, projeto de Barbie. -provocou a Danny.
- Chega! -disse o Tom. 

Flashback Barraco - OFF

E foi isso, depois da aula eu voltei pra casa com o Bill, como sempre a Danny saiu mais cedo do que eu, não pude lhe oferecer uma carona. Estava decidido a fazer uma visita a tal vizinha, mas nem sinal dela, a casa estava escura, toquei na campainha várias vezes, mas ninguém atendeu. Perguntei pra minha mãe sobre elas e ela disse que não sabia, a dona que se tornou “amiga” dela trabalha e chega tarde da noite. Perguntei sobre uma moça que eu tinha visto de longe, na verdade na janela, mas não dei detalhes pra minha mãe, ela disse que não sabia da moça, mas que ela era linda e simpática e que eu deveria conhecê-la. Concordei com a minha mãe e ela sorriu... Ah, também fofoquei do Bill pra ela.

[Danny]
Hoje a Sam veio me pedir desculpas, fui legal e a perdoei. Depois quis saber das novidades dela com o Bill, parece que estão namorando e ontem à noite transaram, ta né... Ela também me convidou pra dormir na casa dela já que não vai se encontrar com o Bill hoje, eu aceitei e está sendo legal, já estamos nos preparamos pro fim de semana. 

Apenas Você - Capítulo 6

Na hora do intervalo [Tom]
Eu estava no refeitório junto com o Georg, eu tinha acabado de contar pra ele sobre o acontecido entre a Danny e eu.
- Acabei de perder seu desafio! -falei apoiando os cotovelos na mesa.
- Ainda bem que você reconhece. -disse ele despreocupado enquanto comia um pedaço de pizza.
- Ela não entendeu que foi um gesto de carinho? Foi por impulso. -falei pro Georg.
- Mulheres são muito emotivas, eu acho que você também não gostaria se fizessem isso com você certo? -disse o Georg.
- Tá me chamando de emotivo? -perguntei indignado.
- Não. -disse ele.
- Tudo bem, eu não gostaria. -assumi.
- E aí gente... -disse o Gustav sentando-se junto a nós.
- E aí. -respondi desanimado.
- O que foi? -perguntou ele.
- O idiota aí bateu no bumbum da menina, levou um tapão na cara e ainda vai perder o meu desafio. -disse o Georg, ainda se acabando na pizza.
- Mais respeito, idiota não. -protestei.
- Apanhou da Danny? -disse o Gustav caindo na gargalhada, fazendo o Georg rir também.
- Menina fresca. -bufei.
- Também Tom, vai mexer logo com a bunda da menina... -disse o Gustav ainda rindo.
- Se com a bunda ta assim imagina com o resto? - disse o Georg, eles riam.
- É melhor não insistir Tom, vai que um dia desses você amanheça no hospital... -disse o Gustav se matando de rir com o Georg.
- Haha, legal a piadinha! -falei olhando mortalmente pra eles que continuavam debochando de mim.
- Sabe o que você tem que fazer? Bancar o fofo e pedir desculpas pra ela. -disse o Gustav.
- Isso parece coisa de apaixonado. -fiz cara de nojo. - Ela vai pensar que eu sinto alguma coisa por ela e... Eu não quero isso. -falei abrindo uma coca-cola.
- Vai perder meu desafio? -lembrou-me o Georg.
- E se eu perder? -falei.
- Você vai ser zuado pelo resto da vida e todos vão saber que você, o “Deus do Sexo” não ficou com a garota mais gata desse ano na universidade. -disse o Georg esfregando cada palavra na minha cara. O Gustav soltou um risinho.
- Idiotas! - murmurei.
Levantei-me e fui procurar a Danny...

[Danny]
Eu não sei onde estava com a cabeça quando me entreguei aos beijos do Tom, seus beijos eram viciantes. Me senti uma qualquer quando ele bateu no meu bumbum, onde já se viu? E ainda vem me contrariar... Oh não, ele está vindo pra cá. Fiquei observando-o aproximar-se de mim e sentar-se ao meu lado, no mesmo lugar em que as garotas quase o engoliram, olhei pra frente sem enxergar nada, apenas queria ouvir o que aquele cínico iria falar.
- Posso sentar com você? -perguntou o Tom.
Eu continuei olhando pra frente, balancei os ombros para indicar que não me importava. Ele sentou-se junto a mim e olhou pra frente do mesmo jeito que eu estava.
- Sabe, me desculpa por aquilo... - ele começou a falar. - Não foi minha intenção, pra mim foi um gesto carinhoso, não imaginei que você fosse ficar brava. -fiquei em silêncio por um tempo.
- Me senti uma vadia. -falei baixo ainda olhando pra frente.
- Eu sei que fofocaram pra você sobre mim, sobre as coisas que eu faço, sei que na boca de alguns aqui, eu não presto, eu não valho nada, mas se tem uma coisa que eu não faço é desrespeitar uma mulher, nunca chamei nenhuma garota de vadia ou qualquer outro nome impróprio ainda mais quando estou num momento legal com ela. -ele agora estava olhando pra mim. Olhei pra ele, encarando-o. - Você me desculpa? -perguntou com uma carinha linda, capaz de convencer o ganhador da mega-sena a queimar todo o dinheiro, ok menos.
- Desculpo sim, mas tem que prometer que não vai mais me levar pro mal-caminho me fazendo matar aula, ou me atacar no vestiário da quadra e muito menos bater no meu bumbum. -falei em tom de brincadeira.
- Tudo bem. -ele sorriu feliz. - Quer sair comigo esse fim de semana? -perguntou ele.
- Com você? -perguntei, eu não sairia sozinha com o Tom.
- É, com a gente, eu, Bill, Gustav, Georg... Conhece eles né? -perguntou o Tom.
- Conheço! Mas... Não vai nenhuma outra garota? -perguntei lembrando-se das palavras do Georg, quando perguntei sobre as aventuras do Tom: “que envolve garotas, loucuras, e tudo mais.”
- As namoradas dos meus amigos e do meu irmão, vamos em casal, eles com elas, eu com você. -oi?
- Casal, como amigos... -falei.
- Claro! -ele sorriu.
- Então, pra onde vamos? -perguntei, estava um pouco animada com o tal passeio.
- Eu pensei em um acampamento, íamos no sábado de manhã e voltaríamos no domingo à noite, o que acha? -perguntou ele.
- Por mim tudo bem, só preciso falar com a minha mãe. -disse eu, depois foi que veio na minha cabeça, vai que ele me ataque lá? Ah, seria impossível e mais, eu só vou se realmente outras meninas forem.
- A Sam te falou alguma coisa do Bill? -perguntou o Tom curioso.
- Não... Quer dizer, eu não estou falando com a Sam, aconteceram umas coisas, o começo de uma briga, coisa de mulher. -disse eu, sorrindo levemente.
- Entendo. -disse ele. - Hoje eu vou arrancar alguma coisa do Bill. -ele sorriu malicioso. Talvez estivesse falando sozinho.
...

À noite, na casa dos Kaulitz
 [Tom]
- Pode me contar qual é a tua com a Sam. -falei pro Bill que estava se entupindo de maquiagem.
- Estamos quase namorando. -disse ele ainda passando maquiagem.
- Já? -perguntei incrédulo.
- Sim. -disse ele ajeitando a jaqueta.
- Nem transaram nem nada? -perguntei.
- Agora é a minha vez de perguntar: Já? -disse ele imitando minha voz.
- Tudo bem, você não é disso mesmo... Vai sair? -perguntei.
- O que você acha? -disse ele me mostrando como estava vestido.
- Que mal humor... Você precisa mesmo dá um volta. -falei sarcástico.
O Bill não disse nada e saiu de casa, eu não tinha marcado com ninguém hoje, portanto tratei de tomar um banho, logo me lembrei da vizinha, procurei pela minha mãe, mas acho que ela tinha saído talvez ela foi jantar fora com o Gordon. Saí de casa e fui em direção a casa ao lado a fim de ver alguém por lá, mas estava escuro e parecia não ter ninguém em casa, voltei e subi pro meu quarto. Depois de uns instantes ouvi uma música que vinha do lado de fora... Corri curioso pra varanda e vi mais uma vez o reflexo da tal vizinha, dessa vez dançando, era um dança sensual, dança do ventre? Acho que já vi isso em arte... Seu corpo de mola rebolava, seus movimentos de braços e pernas se encaixavam perfeitamente com a música, era instigante olhá-la dançar, a música parou e no reflexo a vi prender os cabelos num coque, um gesto que me lembrou a Danny. Pensei em fazer uma visita pra ela, mas já era tarde e seria loucura, a mulher apagou as luzes do cômodo em que dançara, voltei pro meu quarto fechando à porta que dava acesso a varanda. Deitei na minha cama e ali adormeci. 

Apenas Você - Capítulo 5

Amanheceu e o dia estava lindo! Desci saltitante do meu quarto para tomar café na minha nova casa. Mamãe se deu muito bem com a vizinha ao lado, se não me engano é Simone o nome dela, uma pessoa muito simpática. Terminei de tomar café e logo fui pegando minhas coisas para ir à faculdade, eu já estava atrasada e muito.
- Vai com Deus filha! -disse minha mãe.
Fechei a porta e saí correndo, não consegui pegar um taxi e com certeza iria chegar à universidade super atrasada, que falta faz Tom Kaulitz me oferecendo carona agora.

[Tom]
- Tem certeza que você não estava bêbado ou tinha levado muito sol? -insistia o Georg sem acreditar no que eu acabara de lhe contar.
- Claro que não! Ela era linda, você tinha que ver... -falei empolgado.
- Tom meu amigo, eu acho que você anda vendo muito filme com reflexo de mulheres na janela, você tava sonhando cara, aposto! -dizia ele.
- Ótimo, então me deixa sonhar sozinho! Cara... Que curvas... -falei pensando na mulher da janela.
- Ah, já sabe pra onde a gente vai nesse fim de semana? -disse o Georg interrompendo meus pensamentos.
- Vou convidar a Danny hoje, quero ver se ela quer ir pra algum lugar... -falei.
- O desafio ainda está de pé? -perguntou o Georg sorrindo de canto.
- Lógico! -sorri malicioso.
- Parece que alguém está com mais sorte do que nós... -disse o Gustav se aproximando de mim e do Georg.
Olhei na direção em que ele olhara e avistei o Bill no maior amasso com a Sam, tive que olhar duas vezes.
- É o Bill? -olhei incrédulo.
- Se dando bem, pegando umas das mais gatas da universidade, já tenho a minha mesmo. -disse o Georg convencido.
- A Sam tem atitude, eu curti quando fiquei com ela... -falei ainda observando a cena.
- E a Jessica Gustav? -perguntou o Georg.
- O Tom já decidiu pra onde vai nesse fim de semana? Se ele decidir logo ou a convido. -disse ele feliz.
- Vou decidir hoje. -falei.
O sinal tocou, achei estranho a Danny não ter chegado ainda, ela sempre chega cedo. O Bill entrou de mãos dadas com a Sam.
- Não vai entrar Tom? -perguntou o Gustav.
- Vou, podem ir à frente... -falei olhando em direção ao portão a fim de ver a Danny chegando.
- Tudo bem. -disse o Gustav, seguindo com o Georg.
Todos entraram, eu já estava entrando também quando olhei pra trás por acaso e vi aquela coisa linda toda cheia de livros, andando apressada. Era a Danny, corri para ajudá-la.
- Obrigada. -disse ela com aquela voz doce e um sorriso nos lábios enquanto eu segurava os livros que ela trazia.
- Não poderia deixar uma dama carregar esse peso todo. -joguei charme. Ela apenas sorriu de canto.
Entramos e eu esperei ela olhar o horário na secretaria.
- Matemática. -bufou ela.
- Quer matar aula? -perguntei sem pensar.
- Tá maluco? Eu nunca matei aula na minha vida. -disse ela, já era de se imaginar.
- Pra tudo tem uma primeira vez. -insisti, ela sorriu.
- E como vamos fazer isso sem que ninguém perceba senhor Kaulitz? -perguntou ela tentando colocar dificuldades.
- É claro que vão perceber, mas estudamos em salas diferentes e quem vai imaginar que combinamos de matar aula juntos? -disse eu vitorioso.
- Tudo bem, eu não estou a fim de assistir aula mesmo, então... Pra onde vamos? -perguntou ela, o bonitão aqui sempre convence as garotas.
- Pra quadra. -falei observando os corredores pra ver se não havia ninguém nos olhando.
- Então vem logo porque eu não quero ser pega. -disse a Danny me puxando em direção a quadra. Um ato inesperado vindo dela. Pensei que ela não confiasse em mim devido as fofocas que ouviu ao meu respeito, de qualquer forma, não posso fazer com que ela perca essa confiança.

[Danny]
Chegamos à quadra e obviamente estava vazia. Puxei o Tom para a arquibancada e sentamo-nos lá. Prendi meu cabelo num coque enquanto Tom me observava atentamente.
- O que foi? -perguntei um pouco sem graça.
- Nada, é que... Você prendeu os cabelos, eu me lembrei de uma coisa, mas não tem importância. -disse ele sorrindo de canto.
Ficamos ali conversando, o Tom é divertido me fez rir com suas piadas sem graça e umas cantadas idiotas que não sevem exatamente pra nada. Até esquecemos que poderíamos ser pegos e passarmos uma semana na detenção.

[Tom]
Quando a Danny prendeu os cabelos logo me veio à cabeça a cena da vizinha na janela, mas logo esqueci, pois ela começou com um papo divertido e legal até, mas eu queria mais...
-... A parte do gato no banheiro foi à melhor! -ela ria lembrando-se da cena de um filme que já havíamos assistido.
- E o miado dele? Parecia mais uma vaca com falha na garganta. -falei, ela caiu na gargalhada.
Nós estávamos bem à vontade, ela estava sentada e eu deitado ao lado dela com o braço embaixo da minha cabeça servindo de travesseiro, bem próximo ao colo dela. Não agüento mais, eu tenho que fazer isso. Levantei-me ficando a frente da Danny.
- O que foi? -perguntou ela, sem entender o porquê de eu ter levantado.
- Vem aqui. -falei segurando nas mãos delas, ela levantou-se e andou comigo até onde eu estava indo.
- Pra onde está me levando? -ela perguntou um tanto assustada. Eu não respondi.
Eu segurava seu braço com força enquanto ela tentava soltar-se sem fazer barulho algum. Entrei no vestiário da quadra puxando a Danny e fechei a porta. Em seguida a puxei para um beijo intenso, impedindo que ela gritasse ou falasse alguma coisa. Eu podia sentir o calor do corpo dela junto ao meu, nosso beijo perfeito, minha língua curiosa explorava a boca dela com desejo. Ela foi cedendo até que se entregou ao beijo totalmente, assim como eu. Paramos ofegantes, voltei minha atenção pro pescoço dela, provando-o com vontade lhe causando arrepios, provocando todos os seus sentidos. Suas unhas pintadas de negro arranhavam carinhosamente minhas costas e os meus braços, me puxando sempre pra mais perto, passei a beijá-la e ela correspondia. Carinhosamente dei uma tapa no bumbum dela que parou o beijo instantaneamente.
- O que foi? -perguntei inocente.
- Idiota! -murmurou ela me dando uma tapa na cara e virando-se pra abrir a porta e ir embora.
- Danny, espera... -disse eu, com a mão no rosto que estava latejando, tentando impedi-la de ir embora. Fui atrás dela.
- Não Tom, eu pensei que... -ela pausou. - Pensei errado! Sua cabeça funciona assim, na sua mente todas as garotas são vadias. -completou.
- Mas eu não disse isso eu só...
- Só fez o que faria com qualquer uma que se entregasse aos seus beijos. -disse ela me interrompendo, vi lágrimas escorrerem em seu rosto.
- Danny, por favor... -insisti, mas ela não me deu atenção e saiu rápido da quadra, passei a mão na nuca pensando na besteira que tinha feito, mas foi com carinho e... Palmas pra você Tom Kaulitz, conseguiu assustar a menina. - Desculpa. -sussurrei.

Apenas Você - Capítulo 4

Eu ouvi direito o que ele disse? O sinal tocou...
- Bom, nada... Você ouviu? O sinal tocou. -disse o Gustav saindo de fininho.
- Droga! -murmurei e fui pra sala de aula.
A Sam estava lá, ela não falou comigo, também não falei com ela... E assim se passaram as aulas, na hora do intervalo, eu não vi o Tom, apenas os amigos dele. Fui para o pátio e sentei-me num banco de madeira... Se a Sam me pedisse desculpas talvez eu aceitasse, mas acho difícil, sou orgulhosa e não vou falar com ela sem que ela fale comigo primeiro. Avistei o Bill e a Sam caminhando no pátio... Estavam no maior papo, ela pega um irmão depois o outro, pensei.
- Olá... -disse o Tom surgindo do nada e sentando-se ao meu lado.
- Oi Tom. -respondi sem dar muita importância.
- Está sozinha aqui... A Sam está de conversa com o Bill. -disse ele olhando pro casal que estava um tanto longe de nós.
- É, eu vi. -falei.
- Você... Tem algum compromisso depois da faculdade? -perguntou ele, o que ele pretende? Me chamar pra sair?
- Bom, eu... Vou ajudar minha mãe, nós vamos nos mudar! -expliquei.
- Ah, claro... Seria legal se a gente pudesse dar uma volta depois da aula. -disse o Tom um pouco desanimado.
- É, seria legal. -assumi, ele sorriu de canto.
Em seguida avistei quatro garotas, todas com roupas muito curtas, cabelos soltos e lisos, elas vinham em nossa direção, uma delas sentou-se entre Tom e eu, essa mastigava um chiclete e me olhou com ar de deboche, outra garota sentou-se do outro lado do Tom e duas delas ficaram em pé na frente do Tom. Eu fiquei a observar aquela cena ridícula, umas das que estavam em pé sentou-se no colo dele e ele a agarrou pela cintura, elas diziam coisas que eu não consegui ouvir direito, mas eram com vozes sensuais. Retirei-me o mais rápido que pude... Caminhei pelo campus até esbarrar no Georg. Ele era bem forte e lindo.
- Oi... -disse ele sorrindo de leve.
- Ah, desculpa. -falei sem graça.
- Você é a Danny não é? -disse o Georg, como ele sabia meu nome?
- Sou sim, e você é Georg certo? Como sabia meu nome? -perguntei confusa.
- Sou sim... Ah, você também sabia meu nome. -brincou ele.
- Pois é... -sorri de leve. - Já que você é amigo do Tom... Me fala um pouco dele. -disse eu, tentando descobrir algo que se aproveite sobre o Tom.
- O que quer saber dele? -disse ele num tom sarcástico.
- Algo que não seja sobre as garotas que ele já ficou... -falei encarando-o.
- Impossível... -disse ele soltando uma gargalhada. - O Tom sempre me conta tudo, e não têm nada de legal pra falar dele que não envolva garotas, sexo, aventuras... -disse o Georg.
- Oh, então ele gosta de aventuras... -falei.
- E que envolve garotas, loucuras, e tudo mais. -disse ele, claro, o que eu poderia esperar do tal “Deus do Sexo”?
- Hum. -murmurei.
- Se interessa por ele não é? -perguntou o Georg.
- Claro que não! Eu só... Queria saber mais, ouvi alguns chamarem ele de “lenda”. -falei.
- Sei... Isso eu não posso te contar, é algo inapropriado para garotas quietinhas como você. -disse ele sorrindo de canto, debochando de mim.
- Quietinha? -questionei indignada, só queria que ele visse, enfim...
- Sim. -disse ele ainda sorrindo e virando na mesma hora em que o sinal tocou.
Pois é, aulas novamente e olha que é só o começo do ano. Entrei na sala e por incrível que pareça o tempo passou rápido, assim que saí da universidade fui correndo pra casa, ajudar minha mãe para que fossemos pra nossa nova casa.

[Tom] 
Procurei a Danny e não achei talvez ela tenha ficado constrangida com as meninas... Ah, dane-se. Na hora da saída também não a achei. Onde ela se meteu? Lembrei o que ela disse sobre mudar-se.
- Não vai levar ninguém pra casa hoje Tom? -perguntou o Gustav.
- Marquei com a Megan mais tarde. -falei, ainda procurando a Danny.
- Quem é Megan? -perguntou ele.
- Sei lá, uma garota aí... Onde ela se meteu? -perguntei pra mim mesmo.
- Ela quem? -disse ele.
- A Danny, eu queria levá-la pra casa, saber onde ela mora. -falei desistindo de procurar a mesma.
- Tá mesmo empolgado com ela né? -perguntou ele com uma cara esquisita.
- Quem? Eu? -gargalhei. - Já teria desistido se não fosse o desafio do Georg... -falei.
- É mesmo? -insistiu ele.
- Tá, eu não teria desistido porque ela é linda e não perderia a oportunidade de ter aquela gostosa. -assumi, mordendo o lábio inferior, lembrando-se da Danny.

À noite, na casa dos Kaulitz
- Tomou banho de perfume Tom? -perguntou o Bill esticado do sofá da sala enquanto eu passava por ele para sair de casa.
- Olha quem fala... -retruquei.
- Percebeu uma movimentação na casa ao lado? -perguntou ele.
- A casa vazia? Não vi nada lá... Quer dizer, nem olhei. -disse eu procurando a chave do carro.
- São as novas vizinhas! -disse o Bill.
- Vizinhas? São bonitas? Novas? Gostosas? -enchi o Bill de perguntas.
- Eu não as vi, a mamãe que viu e foi lá dar as boas vindas. A chave está na bancada. -disse o Bill.
- A mamãe foi lá? Devem ter uns 40 anos... - falei pegando a chave e saindo de casa.
- Não sei. -disse o Bill enquanto eu fechava a porta.
Não contive minha curiosidade e caminhei até a casa ao lado para ver se via alguma coisa sobre as tais vizinhas... As luzes estavam acesas, ouvi a voz da minha mãe e logo a risada de outra mulher, parecia ser uma senhora. Voltei e entrei no carro, ao entrar percebi que acenderam a luz de um cômodo no segundo andar, pela janela enorme de vidro eu podia ver uma cortina um tanto transparente e em seguida o reflexo de uma mulher, muito linda por sinal, ela estava tirando a roupa, tirou a blusa e em seguida vestiu outra peça, algo parecido com um vestido, soltou seus cabelos que até então estavam presos em um coque, fiquei a observá-la passar um creme nos braços em seguida levantou o que parecia ser um vestido e passou creme nas pernas também, tão delicada e sexy ao mesmo tempo eu havia me viciado no corpo dela... Ouvi um barulho estridente, era o meu celular, atendi-o e era a Megan perguntando onde eu estava dei uma desculpa qualquer e saí com o carro ao encontro dela. Quem era aquela mulher? Isso eu não sabia, mas tinha certeza de uma coisa, eu preciso ter-la. 

Apenas Você - Capítulo 3

Na casa dos Kaulitz [Tom]
- Bem feito pra você. -disse o Bill depois que eu contei o que a Danny disse pra mim.
- Bem feito? -falei indignado.
- É Tom. Vai insistir nela? -perguntou ele.
- E você acha que não? -falei como sendo a coisa mais óbvia.
- Boa sorte. -disse ele desinteressado.
- Tom, o que há de errado com você? Tantas garotas e você fica aí morrendo porque uma não te deu mole... -disse o Gustav.
- Mas não é uma, é A garota. -falei.
- Eu sei que ela é linda, mas se ela não foi com a sua cara, o que você pode fazer? -disse o Georg.
- É isso, eu tenho que fazer alguma coisa... -falei animado.
- Tá parecendo uma criança. -disse o Bill, o Gustav e o Georg balançaram a cabeça concordando com ele.
- Eu vou te propor um desafio... -disse o Georg.
- O que é? -perguntei interessado.
- Te dou duas semanas pra você conseguir ficar com a Danny. -disse ele sarcástico.
- Tá brincando, duas semanas é muito tempo. -falei.
- Pelo o que você disse a Danny não quer nem conversar com você, porque acha que seria muito tempo? -disse o Georg.
- Pois eu digo que fico com ela nesse fim de semana... Vocês topam dá um passeio comigo? -perguntei.
- Pode ser, e pra onde vamos? -perguntou o Bill.
- Vou descobrir um lugar ainda! -sorri perverso.

Na manhã seguinte [Danny]
Estava tranquila indo pra universidade quando me deparo com um carro preto parando ao meu lado, será algum bandido? Acelerei o passo...
- Ei Danny... -gritou uma voz familiar. Virei-me e era Tom Kaulitz.
- Ah, oi Tom. -falei me aproximando do carro.
- Quer uma carona? -acho que não seria nada de mais pegar uma carona com o Tom, mas... Ele estava sozinho! Acho melhor recusar.
- Não Tom, deixa pra próxima. -falei.
- Por quê? É só uma carona... -insistiu ele, e o que mais seria idiota?
- Eu sei que é só uma carona, mas quero evitar olhares curiosos na universidade. -falei.
- Hum, então você se importa com o que os outros pensam... Sabe essa regra não existe pra mim. -eu que o diga.
- Tudo bem, você me convenceu... -falei entrando timidamente no carro.
- Você está linda. -disse ele olhando pra mim.
- Obrigada, mas... Será que poderia ir logo? -falei.
- Claro! -disse ele dando partida no carro. Seguimos pra universidade sem dizer nada...

[Bill]
- Aquele é o carro do Tom? -perguntei pro Gustav ao avistar a Danny descendo de um carro preto.
- É ele sim... E parece que vai vencer o desafio do Georg. -disse o Gustav, em seguida o Tom saiu do carro também.
- Ah, com licença... -disse uma garota de cabelos loiros e cacheados se aproximando de mim.
- Pois não... -falei educadamente.
- Posso saber por que a minha amiga desceu do carro com seu irmão?
- Não sei... -me fiz de inocente. - Mas quem é você? -será alguma louca que o Tom saiu e veio cobrar ciúmes?
- Pode me chamar de Sam... -disse ela.
- Prazer, Bill Kaulitz. -sorri. - E esse é o meu amigo... Ué cadê o Gustav? -falei ao ver que o mesmo tinha sumido.
- A Danny já está vindo. -disse ele ao ver o Tom e a tal Danny se aproximando de nós. Andavam normais, como amigos, digo no sentido de não se tocarem.
- Oi Bill, esta é a Danny... -disse o Tom me apresentando à garota, como se eu não soubesse quem ela é.
- Olá. -disse a Danny educadamente.
- Olá... -sorri.
- Oi Sam. -disse o Tom. Então eles se conhecem, claro que garota o Tom não conhece aqui?
- Vem, preciso falar com você. -disse a Sam puxando a Danny.
- Até mais meninos. -disseram as duas. Eu fiquei a observar a Sam, ela é linda!
- Gostosinha não? -disse o Tom.
- Quem? -perguntei inocente.
- A Sam, bobão. -disse ele rindo.

[Danny]
A Sam me puxou pra conversar...
- Você começou muito bem o nosso plano. -disse a Sam.
- Mas que plano? -perguntei.
- Ah, não te contei ainda... É o seguinte, você tem que fazer o Tom acreditar que você está a fim dele e no final você não ceder nada, nem ao menos um beijo. -disse ela.
- Olha se você quer se vingar do Tom, se vinga sozinha, não me usa pra isso não ta? -quase gritei.
- Danny espera... -saí a deixando falando sozinha.
Onde já se viu? Me usar pra se vingar de um cara... Que coisa mais infantil.
- Danny, olha, não é vingança... -insistiu a Sam.
- Como não é? Primeiro você fala pra não cair na conversa do Tom, depois diz que eu fiz bem em não dá muita importância pra ele e agora vem com papinho de plano, que eu tenho que deixar ele acreditar em sei lá o que... Isso pra mim é brincar com os sentimentos dos outros. -falei.
- Ele não tem sentimentos! -disse ela.
- Como tem tanta certeza? -falei indignada.
- O que ele fez com você? Deve ter te passado uma cantada ou coisa assim pra você mudar completamente de idéia. -disse ela fazendo cara de nojo.
- A única idéia que eu tive sobre o Tom foi de que ele era metido e descobri que não é tanto assim. Você que me disse o que pensava dele e o que “achava” que ele era. -disse eu, ela me olhou com raiva e saiu pisando duro.
- Duas garotas brigando pelo Tom... Sabia que esse ano não ia ser diferente. -disse o tal de Gustav se aproximando de mim.
- Não estávamos brigando pelo Tom. E quem mandou ouvir nossa conversa? -falei indignada.
- Ouvi por acaso. -ele sorriu, em seguida estendeu sua mão. - Prazer, sou Gustav Schäfer.
- Sou Danny. -falei segurando a mão dele.
- Então, você gosta do Tom? -disse ele, mas que pergunta idiota.
- É claro que eu não gosto dele, somos apenas colegas e a Sam estava com uma idéia maluca na cabeça. -falei, ele sorriu.
- Idéia maluca e que o Tom iria adorar, ele gosta de desafios. -disse ele.
- É, mas não vou cair na conversa da Sam. -disse eu dando um sorriso falso e olhando pro relógio em meu pulso.
- Espero que não caia na do Tom também. -ele falou baixo.
- Como é que é? -perguntei brava.

Apenas Você - Capítulo 2

[Danny]
Talvez esse tal de Tom não seja tão metido assim, mas como a Sam falou que ele “conversa” com todas...
- Fez bem não dá muita importância pro Tom. -disse a Sam enquanto caminhávamos para a sala.
- Eu agi naturalmente. -falei.
- Sério? Então está bem... -ela sorriu.
Entramos na sala e logo veio um professor, ele era forte, alto, tinha cabelos grisalhos, usava óculos, era o professor de Biologia. Foi divertida essa aula, ele brincava e ensinava ao mesmo tempo, parecia fácil aprender assim...

[Tom]

A aula tava insuportável, baixei a cabeça e fiquei pensando, ainda não engoli essa história da tal Danny, as garotas nunca se distanciam de mim quando eu chego perto delas, será que eu to fedendo? Levantei o braço e cheirei a axila... Porra, o que eu to fazendo? É lógico que eu não estou fedendo, ela deve ser lésbica. Que desperdício! Senti que me jogaram uma bola de papel. Levantei a cabeça e procurei quem foi... Ah, só podia ser o Gustav, ele estava na cadeira atrás de mim.
- O que foi? -perguntei.
- Não vai revidar? -disse ele com uma cara esquisita.
- Tô mal... Acho que estou sendo rejeitado. -falei com cara de manha.
- Larga de drama, uma hora as garotas tinha que te achar usado demais. -disse o Gustav. O sinal tocou...
- Pegou pesado! -falei pegando minha mochila e saindo. O Georg veio atrás de mim...
- Quem está te rejeitando? -disse ele curioso.
- O Gustav já te contou? Nossa... Não, eu não estou sendo rejeitado. -falei.
- Tudo bem então. -disse ele, a namorada dele se aproximou junto com uma amiga, ele a beijou... A amiga dela se aproximou de mim, se não estou enganado é Jessica o nome dela... A puxei para um beijo, mas ela tirou o rosto.
- Pensando bem, eu estou sendo rejeitado! -murmurei e fui em direção ao refeitório.

[Danny]

Depois que o sinal tocou eu fui com a Sam pro refeitório, pegamos o lanche e procuramos um lugar pra sentar...
- Ah, olha lá o Tom... Está sozinho, que milagre! -disse a Sam.
- É, mas a turminha dele já chegou... -falei avistando o Gustav, o Bill e o Georg com uma garota ao lado dele.
- Sozinho no sentido de não está com nenhuma garota se esfregando nele... -disse a Sam.
- Ah, vai ver ele se cansou delas. -ironizei. Sam riu.

[Bill]

- O que aconteceu Tom? -perguntei enquanto me sentava ao lado do mesmo que estava pensativo.
- Porque uma garota me rejeitaria? -perguntou ele, eu realmente não entendi o porquê dessa pergunta.
- Quem é a garota? -perguntei.
- Aquela que está ao lado da Sam. -sussurrou ele me indicando a direção com o olhar.
- Você conversou com ela? -perguntei.
- Ainda não... Mas quando falei, ela parecia desinteressada.
- Para de neura Tom, vai ver ela é tímida... Sei lá. -disse o Georg se intrometendo na conversa.
- É Tom, deve ser isso. -concordei com o Georg.
- Tímida? Tá bom... Ela é linda porque seria tímida? Ah, que droga... Cadê a Fellon? -disse ele olhando pros lados e saindo depois que avistou a mesma.
- O Tom ta estranho... -disse o Gustav.
- Estranho é pouco. -falei.

[Tom]

Cheguei perto da Fellon e a abracei por trás beijando seu pescoço, ela virou-se e me deu um beijo intenso.
- Oi Tom... -as amigas delas disseram. Dei um de meus sorrisos maliciosos.
Fiquei ali “namorando” com a Fellon enquanto observava as garotas novatas, não consegui me agradar de nenhuma, elas pareciam imperfeitas, pelo menos aos meus olhos! Acabei por avistar a Danny passando, bem na minha frente, ela estava sozinha, olhou pra mim rapidamente e... Foi estranho, ela me lançou um olhar sedutor.
- Está sonhando Tom Kaulitz? -disse a Fellon. Ouvi o sinal tocar.
- Tchau. -falei pra Fellon, ela ficou sem entender. Andei um pouco mais rápido a fim de acompanhar a Danny. Caramba, ela anda rápido.
- Danny... -falei. Ela parou e virou-se.
- Oi... Tom. -eu me aproximei dela.
- Posso te acompanhar até a sua sala? -perguntei, sendo simpático.
- Claro. -respondeu.
- Você... Parece tão calada. -falei.
- Você que parece estranho. -não esperava isso.
- Estranho? Mas por quê? -quis saber.
- Pra mim não é normal um cara beijar qualquer garota por aí, e essa garota não ser namorada dele. -ela fez uma cara estranha, eu sorri. Não sei bem porque sorri, mas enfim...
- Então você vive no tempo da sua avó. -que merda é essa que você disse Tom Kaulitz?
- Ótimo. Então não espere que eu seja como elas... -ela saiu pisando duro.
- Droga! -murmurei.
Fui em direção a minha sala. Que garota mais fresca... Quem ela pensa que é? E pior, é convencida, como ela sabia que eu tinha certo interesse por ela? Entrei na sala e tentei me concentrar na aula de arte.

[Danny]

Finalmente saímos dessa prisão, é acho que todo lugar que você é obrigado a ir e ficar certo tempo lá deve ser chamado de prisão. Contei pra Sam sobre o Tom que se aproximou ou pelo menos tentou se aproximar de mim...
- Sério? Sabia que ele iria falar com você... Das garotas novatas você é a mais bonita, a que mais chama atenção! -disse a Sam. Eu sorri timidamente.
- Não sou nada. -avistei o Tom com uma garota, entrando no seu carro. Ele sorriu e acenou pra mim.
- Parece que o que você disse não serviu. -disse a Sam, eu sorri e acenei de volta pro Tom. Tudo de falsidade, claro.
- Ele é insistente! -falei.
- Eu acabei de ter uma idéia. -disse a Sam sorrindo perversamente.
- Qual é? -falei curiosa. Ela sorriu...
- Vamos pra casa, amanhã eu te conto.
- Ah não Sam, eu vou ficar curiosa...
- Mas não planejei tudo ainda. -disse ela, fomos pra casa.

Apenas Você - Capítulo 1

[Tom]
Olá, meu nome é Tom Kaulitz, mas pode me chamar de Lindo, Gato, Perfeito, Desejável ou simplesmente Tom... Eu sou uma perfeição em todos os sentidos! Na universidade em que eu estudo já peguei a maioria das meninas e olha que entrei lá ano passado, meu irmão gêmeo Bill Kaulitz é totalmente diferente de mim, ás vezes desconfio de que ele não é meu irmão, mas enfim... Estou num momento pós-sexo, na minha cama com a Laura... Lívia... Natália... 
- Qual o teu nome mesmo? -perguntei. 
- Catarine... -é, eu tinha se esquecido de perguntar. 
Adormeci, estava um pouco cansado, tinha curtido muito o último dia de férias.
- Levanta logo seu preguiçoso. -dizia o Bill me puxando.
- Me deixa. -murmurei.
- Você ta pelado? -disse o Gustav ao puxar o meu lençol. Eles riram.
- Eu durmo assim não sabia não? -falei quase caindo de preguiça enquanto levantava e vestia uma boxer.
- E você usa calcinha também? -disse o Georg debochando de mim com uma calcinha minúscula que encontrou no chão do meu quarto.
- Ui. -brincou o Bill.
- Isso é da Ana... Laura... Ah, sei lá o nome dela. -falei enquanto arrumava o quarto rapidamente para que minha mãe não percebesse o que havia se passado ali. 
- Algemas? -disse o Gustav rindo.
- Larga isso aí, aliás, se livra disso pra mim... -falei.
- Depois vem dizer que eu sou estranho... -disse o Bill.
- As garotas fazem coisas estranhas para realizar minhas fantasias sexuais. -sorri malicioso. - Agora podem ir que eu já desço. -falei colocando os meninos pra fora do meu quarto.

[Danny]
Não deve ser muito ruim estudar aqui, o lugar é lindo, as pessoas parecem legais e...
- Ops! -uma garota trombou em mim. Ela era loira, bonita, não muito alta e tinha olhos claros.
- Ai, desculpa. -falei arrasada ao ver que havia derrubado os livros dela.
- Não tem problema. -ela sorriu. Ajudei-a pegar os livros.
- Eu estava distraída... -falei.
- É nova por aqui? -ela perguntou.
- Sim. -respondi timidamente.
- Eu também... Samara, mas pode me chamar de Sam, prazer!-disse ela estendendo a mão para mim.
- Prazer! Me chamo Danny. -falei segurando sua mão.
- Eu já estive aqui ano passado, mas não para estudar... Foi só pra conhecer mesmo, passei dois meses. -disse a Sam.
- Entendo... Eu não tive essa oportunidade. -disse. Ela sorriu.
- Quer conhecer o pátio? A maioria dos alunos está lá... -propôs a Sam.
- Claro. -falei acompanhando a Sam.
Caminhamos até um pátio que mais parecia uma praça, tinha muitos casais namorando, não sei se é proibido aqui, mas enfim... Avistei um grupo de mais ou menos oito garotas vindo em nossa direção, elas pareciam mais um exército de Barbie, todas de saias e blusas curtas e com algum detalhe rosa, havia uma garota incrivelmente linda na frente das outras, era uma espécie de líder.
- Quem são elas? -perguntei pra Sam.
- É a Fellon e a turminha dela. São as líderes de torcida... -respondeu a mesma.
O grupo se aproximou de nós...
- Novata? -disse a tal de Fellon que estampava seu nome em tudo que usava, blusa, saia, colar...
- Por quê? -disse a Sam encarando a Fellon.
- Acho melhor tomarem cuidado, as coisas aqui são bem diferentes... -what? Talvez por causa do nosso estilo que era completamente diferente do dela.
- Mas nós... -antes de eu terminar a frase ela saiu, ouvi risinhos debochados entre o seu “exército”.
- É só ignorar. -aconselhou-me a Sam.
- Tudo bem. Você é legal... -falei.
- Você também... Toca aí. -e bem doidinha também.
Andamos mais um pouco e sentamos num banco de madeira embaixo de uma árvore, olhei em direção ao portão e vi quatro garotos, um deles usava óculos, outro tinha o cabelo liso e cumprido, o outro tinha muito estilo, usava roupas diferentes e bonitas e o outro era mais largado, usava umas tranças e um boné de aba reta. Este logo se agarrou com uma garota e a beijou...
- Quem são eles? -perguntei pra Sam.
- São os gêmeos Kaulitz e os amigos deles, o de cabelo liso é Georg, o de óculos é Gustav o de moicano é Bill, irmão gêmeo do Tom, o que está quase sugando a garota. -disse a Sam.
- Nossa... -falei impressionada.
- Tom Kaulitz também é conhecido como sex goth, dizem que ele já pegou todas as garotas daqui no ano passado. -disse a Sam.
- Ele parece bem metidinho! -falei.
- Metidinho? Ele é o cúmulo da metidisse. O Bill parece ser um pouco mais legal que ele, o problema é que ele é bem calado... -ela fez uma cara esquisita.
- Você gosta do Bill? -perguntei.
- Danny... -ela riu. - Tá, eu gosto dele. -assumiu.
- Algum deles tem namorada? -perguntei.
- Eu acho que o Georg namora uma garota daqui...
- E o Tom, namora aquela que ele beijou? -quis saber.
- O Tom não namora sério, até onde eu sei, ele beija qualquer uma bonitona que der mole pra ele. Quer um conselho? Não caia na conversa dele. -disse a Sam.
- E porque ele conversaria comigo? -perguntei curiosa.
- Ele vai conversar com todas da turma nova... E com certeza elas vão cair direitinho no papo dele. Acredite! Experiência própria.
- Então você...
- Já fiquei com o Tom! -disse a Sam.
- Ele está vindo pra cá... -falei. 

[Tom]
Nossa... Isso aqui é o paraíso. Avistei uma garota diferente ao lado da Sam, espera é mesmo Sam o nome dela? É acho que sim... Aproximei-me.
- Oi Sam. -sorri.
- Oi... -disse ela desinteressada.
- Não vai me apresentar sua amiga? -perguntei. A garota me olhou com desprezo, mas ela era linda, tinha cabelos negros, olhos verdes, uma boca sedutora e umas curvas maravilhosas, quase babei no decote dela.
- Claro Tom essa é a Danny... Danny, esse é o Tom. -disse a Sam. Fui educado e cumprimentei a tal de Danny com um beijo na bochecha, a mesma apenas sorriu, mantendo certa distancia de mim. O que há de errado com ela?
- Prazer... -disse a Danny me encarando séria.
- O prazer é todo meu... -sorri olhando nos olhos dela.
O sinal tocou... 
- Vem Danny... -disse Sam puxando a mesma, que logo se virou e a acompanhou. Deixando-me sozinho. Sozinho? 
- Assustou as garotas Tom? -disse o Georg se aproximando e rindo de mim.
- Ah, cala a boca, até parece que não me conhece, elas só ficaram impressionadas com a minha beleza. -falei convencido.
- Beleza que por sinal é igual a minha. -disse o Bill metido.
- Chega, vamos logo entrar... -disse o Gustav botando ordem.

Apenas Você

Sinopse: Tom Kaulitz entrou na Universidade há um ano, junto com o seu irmão gêmeo Bill Kaulitz, e seus amigos, Gustav e Georg! Ano passado ele já havia pintado e bordado por aqui, mas esse ano vai ser tudo diferente... Primeiro que vai entrar uma turma nova, Tom é o cara mais “popular” da universidade, acostumado a ter todas as meninas caindo aos seus pés, vai estranhar que apenas uma de todas as garotas que lá estudam, não está nem um pouco interessada nele... Na tentativa de conquistá-la ele acaba “se apaixonando” por ela, será?

Classificação: +18
Categoria: Tokio Hotel
Personagens: Danny, Tom, Bill, Gustav, Georg, Sam
Gêneros: Romance, Aventura
Avisos: Heterossexualidade, Comédia, Drama, Nudez, Sexo
Capítulos: 27
Autora: Evelyn Kaulitz

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