terça-feira, 16 de julho de 2013

Apenas Você - Capítulo 6

Na hora do intervalo [Tom]
Eu estava no refeitório junto com o Georg, eu tinha acabado de contar pra ele sobre o acontecido entre a Danny e eu.
- Acabei de perder seu desafio! -falei apoiando os cotovelos na mesa.
- Ainda bem que você reconhece. -disse ele despreocupado enquanto comia um pedaço de pizza.
- Ela não entendeu que foi um gesto de carinho? Foi por impulso. -falei pro Georg.
- Mulheres são muito emotivas, eu acho que você também não gostaria se fizessem isso com você certo? -disse o Georg.
- Tá me chamando de emotivo? -perguntei indignado.
- Não. -disse ele.
- Tudo bem, eu não gostaria. -assumi.
- E aí gente... -disse o Gustav sentando-se junto a nós.
- E aí. -respondi desanimado.
- O que foi? -perguntou ele.
- O idiota aí bateu no bumbum da menina, levou um tapão na cara e ainda vai perder o meu desafio. -disse o Georg, ainda se acabando na pizza.
- Mais respeito, idiota não. -protestei.
- Apanhou da Danny? -disse o Gustav caindo na gargalhada, fazendo o Georg rir também.
- Menina fresca. -bufei.
- Também Tom, vai mexer logo com a bunda da menina... -disse o Gustav ainda rindo.
- Se com a bunda ta assim imagina com o resto? - disse o Georg, eles riam.
- É melhor não insistir Tom, vai que um dia desses você amanheça no hospital... -disse o Gustav se matando de rir com o Georg.
- Haha, legal a piadinha! -falei olhando mortalmente pra eles que continuavam debochando de mim.
- Sabe o que você tem que fazer? Bancar o fofo e pedir desculpas pra ela. -disse o Gustav.
- Isso parece coisa de apaixonado. -fiz cara de nojo. - Ela vai pensar que eu sinto alguma coisa por ela e... Eu não quero isso. -falei abrindo uma coca-cola.
- Vai perder meu desafio? -lembrou-me o Georg.
- E se eu perder? -falei.
- Você vai ser zuado pelo resto da vida e todos vão saber que você, o “Deus do Sexo” não ficou com a garota mais gata desse ano na universidade. -disse o Georg esfregando cada palavra na minha cara. O Gustav soltou um risinho.
- Idiotas! - murmurei.
Levantei-me e fui procurar a Danny...

[Danny]
Eu não sei onde estava com a cabeça quando me entreguei aos beijos do Tom, seus beijos eram viciantes. Me senti uma qualquer quando ele bateu no meu bumbum, onde já se viu? E ainda vem me contrariar... Oh não, ele está vindo pra cá. Fiquei observando-o aproximar-se de mim e sentar-se ao meu lado, no mesmo lugar em que as garotas quase o engoliram, olhei pra frente sem enxergar nada, apenas queria ouvir o que aquele cínico iria falar.
- Posso sentar com você? -perguntou o Tom.
Eu continuei olhando pra frente, balancei os ombros para indicar que não me importava. Ele sentou-se junto a mim e olhou pra frente do mesmo jeito que eu estava.
- Sabe, me desculpa por aquilo... - ele começou a falar. - Não foi minha intenção, pra mim foi um gesto carinhoso, não imaginei que você fosse ficar brava. -fiquei em silêncio por um tempo.
- Me senti uma vadia. -falei baixo ainda olhando pra frente.
- Eu sei que fofocaram pra você sobre mim, sobre as coisas que eu faço, sei que na boca de alguns aqui, eu não presto, eu não valho nada, mas se tem uma coisa que eu não faço é desrespeitar uma mulher, nunca chamei nenhuma garota de vadia ou qualquer outro nome impróprio ainda mais quando estou num momento legal com ela. -ele agora estava olhando pra mim. Olhei pra ele, encarando-o. - Você me desculpa? -perguntou com uma carinha linda, capaz de convencer o ganhador da mega-sena a queimar todo o dinheiro, ok menos.
- Desculpo sim, mas tem que prometer que não vai mais me levar pro mal-caminho me fazendo matar aula, ou me atacar no vestiário da quadra e muito menos bater no meu bumbum. -falei em tom de brincadeira.
- Tudo bem. -ele sorriu feliz. - Quer sair comigo esse fim de semana? -perguntou ele.
- Com você? -perguntei, eu não sairia sozinha com o Tom.
- É, com a gente, eu, Bill, Gustav, Georg... Conhece eles né? -perguntou o Tom.
- Conheço! Mas... Não vai nenhuma outra garota? -perguntei lembrando-se das palavras do Georg, quando perguntei sobre as aventuras do Tom: “que envolve garotas, loucuras, e tudo mais.”
- As namoradas dos meus amigos e do meu irmão, vamos em casal, eles com elas, eu com você. -oi?
- Casal, como amigos... -falei.
- Claro! -ele sorriu.
- Então, pra onde vamos? -perguntei, estava um pouco animada com o tal passeio.
- Eu pensei em um acampamento, íamos no sábado de manhã e voltaríamos no domingo à noite, o que acha? -perguntou ele.
- Por mim tudo bem, só preciso falar com a minha mãe. -disse eu, depois foi que veio na minha cabeça, vai que ele me ataque lá? Ah, seria impossível e mais, eu só vou se realmente outras meninas forem.
- A Sam te falou alguma coisa do Bill? -perguntou o Tom curioso.
- Não... Quer dizer, eu não estou falando com a Sam, aconteceram umas coisas, o começo de uma briga, coisa de mulher. -disse eu, sorrindo levemente.
- Entendo. -disse ele. - Hoje eu vou arrancar alguma coisa do Bill. -ele sorriu malicioso. Talvez estivesse falando sozinho.
...

À noite, na casa dos Kaulitz
 [Tom]
- Pode me contar qual é a tua com a Sam. -falei pro Bill que estava se entupindo de maquiagem.
- Estamos quase namorando. -disse ele ainda passando maquiagem.
- Já? -perguntei incrédulo.
- Sim. -disse ele ajeitando a jaqueta.
- Nem transaram nem nada? -perguntei.
- Agora é a minha vez de perguntar: Já? -disse ele imitando minha voz.
- Tudo bem, você não é disso mesmo... Vai sair? -perguntei.
- O que você acha? -disse ele me mostrando como estava vestido.
- Que mal humor... Você precisa mesmo dá um volta. -falei sarcástico.
O Bill não disse nada e saiu de casa, eu não tinha marcado com ninguém hoje, portanto tratei de tomar um banho, logo me lembrei da vizinha, procurei pela minha mãe, mas acho que ela tinha saído talvez ela foi jantar fora com o Gordon. Saí de casa e fui em direção a casa ao lado a fim de ver alguém por lá, mas estava escuro e parecia não ter ninguém em casa, voltei e subi pro meu quarto. Depois de uns instantes ouvi uma música que vinha do lado de fora... Corri curioso pra varanda e vi mais uma vez o reflexo da tal vizinha, dessa vez dançando, era um dança sensual, dança do ventre? Acho que já vi isso em arte... Seu corpo de mola rebolava, seus movimentos de braços e pernas se encaixavam perfeitamente com a música, era instigante olhá-la dançar, a música parou e no reflexo a vi prender os cabelos num coque, um gesto que me lembrou a Danny. Pensei em fazer uma visita pra ela, mas já era tarde e seria loucura, a mulher apagou as luzes do cômodo em que dançara, voltei pro meu quarto fechando à porta que dava acesso a varanda. Deitei na minha cama e ali adormeci. 

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