sábado, 18 de fevereiro de 2012

Glamourous - Capítulo 10 - Uncontrollable Jealousy.

11:00 AM – Terraço Soho Grand Hotel...



__ Sabe qual é meu maior sonho? – eu e Bill estávamos encostados sobre o parapeito do terraço, olhando os carros lá em baixo e as pessoas que mais pareciam pequenas formigas. Ele encarava o céu serio. – Pular de pára-quedas. – o olhei admirada.



__ Eu não sei se teria tanta coragem pra isso. – exclamei olhando lá pra baixo. – só de pensar em despencar nessa imensidão azul me dá calafrios.



__ Deve ser uma sensação de liberdade incrível. – ele me olhava sonhador. – sabe de uma coisa, um dia eu vou pular e você vai estar ao meu lado.



__ Ah ta bom, acredito. – ria da situação, de repente ele abaixou o olhar e aquela mesma feição triste de uns dias atrás apareceu em seu rosto. – O que foi? Por que ficou triste?



__ Tom sempre me dizia que seria preciso reza brava pra fazer ele pular de pára-quedas. – um pequeno sorriso triste se formou. – ele sempre teve muito medo de altura, andar de avião.



__ Quando vocês pararam de se falar? – perguntei tentando novamente descobrir o porque daquela briga.



__ Tínhamos 15 anos. – ele começou, finalmente ele ia me contar. – eu era muito ambicioso sabe, sempre quis tudo pra mim e Tom acabou pagando por isso, pelo meu egoísmo. – seu olhar era melancólico.



__ Bill, você já chegou a pedir perdão pelo que fez ao Tom? – perguntei o encarando.



__ Já, mas ele me deu um soco. – arregalei os olhos. – Sabe às vezes eu... – Bill foi interrompido por meu celular que começou a tocar, assim que vi o nome gelei...era Tom.





11:25 AM – Soho Grand Hotel – Quarto 330...



Narrador #



__ Eu preciso falar com você Annie... – Tom exclamou um pouco alterado no telefone, Georg o olhava preocupado. - ... aonde você esta?...venha até meu quarto...não!agora!...é importante! – Tom desligou o celular e o tacou com força no sofá.



__ Tom você ta legal? – Georg perguntou, Tom se virou.



__ Eu já não disse que to bem! – ele praticamente gritou. – Só sabem perguntar se eu estou bem, que coisa! Eu pareço doente? – Georg se calou, sabia que quando o amigo estava nervoso ele ficava estúpido mesmo. – Eu vou matar ele!



__ Tom você tem que ficar calmo, eles só estavam trabalhando. – Georg tentou argumentar.



__ Não venha me dizer que aquilo é trabalho Georg! – Tom começou a andar de um lado pro outro. – Você não viu o que eu vi, não sabe nada, então cala a boca! – Tom gritou nesse momento e no mesmo instante a mesma sensação que ele tinha sentido no escritório da Maria retornou, tudo começou a girar e ficar escuro, mas dessa vez era mais forte, suas pernas amoleceram na hora e ele com certeza ia cair se não fosse por Georg que se levantou rápido e lhe segurou.



__ Tom o que aconteceu? Você esta bem? – Tom foi recuperando os sentidos lentamente e se desvencilhou rápido do corpo de Georg. – Tom você esta pálido.



__ Eu to bem Georg, foi só uma tontura, mas eu já estou bem. – na verdade Tom não estava nada bem, sua cabeça estava pesada e ele se sentou no sofá porque com certeza ia desabar no chão. Ele começou a suar frio e suas pernas estavam tremendo assim como seu corpo inteiro.



__ Tom eu vou chamar um médico. – Georg pegou o telefone, mas Tom o impediu gritando.



__ EU NÃO PRECISO DE MÉDICO DROGA! EU JÁ FALEI QUE TO BEM! PARA DE QUERER BANCAR MINHA MÃE! NEM ELA SE PREOCUPA ASSIM COMIGO ENTÃO ME DEIXA EM PAZ! – Georg colocou o telefone de volta na base.



__ Eu só to preocupado com você Tom, mas se você não quer um médico tudo bem. – Tom apoiou a cabeça com as mãos e sentia como se seu corpo estivesse dormente, sua cabeça estava dormente. – É melhor eu sair, daqui a pouco a Annie ta ai.



__ Me desculpa! – Georg se virou. – eu to muito nervoso e acabo descontando em você, mas olha é serio eu to bem, foi só um mal estar. – Georg balançou a cabeça positivamente.



__ Se precisar de alguma coisa, me liga. – ele se virou e saiu do apartamento, deixando Tom perdido em seus próprios pensamentos. O que estava acontecendo com ele? Seria só um mal estar? Uma coisa ele tinha certeza, não estava se sentindo bem. A tontura tinha passado, mas ele continuava sentindo a cabeça pesada e uma fraqueza. Estava pensando no que faria quando ouviu três batidas na porta, era ela. Se levantou e agradeceu por não sentir aquela sensação ruim. Foi ate a porta e ficou mirando a maçaneta por alguns instantes, respirou fundo e abriu a porta. Annie o encarava curiosa, abriu um sorriso que não foi correspondido por Tom, ele apenas deu passagem para que ela entrasse.



__ E então, o que tem pra me falar de tão importante? – Annie pareceu sentir que era algo serio. – Eu vim o mais rápido que podia.



__ Como ele é? O que achou? – Tom perguntou baixo, Annie parecia não entender bem.



__ Do que você esta falando Tom? Ele quem? – ele começou a rir.



__ Não se faça de desentendida Annie, do Bill, é dele que eu estou falando. – Annie sentiu um calafrio lhe invadir. – Eu vi as fotos.



__ Tom são só fotos. – Uma raiva começou a possuir o corpo de Tom.



__ Aquilo não são só fotos Annie, vocês pareciam um casal boboca e apaixonado. – Annie o olhava incrédula. – Pareciam não, vocês devem ser mesmo, um casal boboca e apaixonado.



__ Tom qual o seu problema? Eu só estava fazendo meu trabalho. Mas quer saber eu não preciso dar satisfações da minha vida pra você. – Annie se virou, mas Tom a segurou pelo braço.



__ A única coisa que eu fiz foi te proteger contra o Bill, mas não você tinha que se envolver com ele. – Tom falava num tom já alterado.



__ Você esta ouvindo o que esta dizendo? Ate parece que seu irmão é algum criminoso! – Annie já estava irritada demais.



__ Ele só quer te enganar como ele enganou a mim. – Tom já gritava .



__ PARA DE QUERER SER A VITIMA O TEMPO INTEIRO TOM! – Annie gritou com ele. – CHEGA DE QUERER QUE AS PESSOAS TENHAM PENA DE VOCÊ! JÁ PENSOU QUE SERU IRMÃO PODE TER SE ARREPENDIDO DO QUE FEZ? NÃO, VOCÊ NUNCA PENSOU! – Tom estava sem reação, ele não acreditava nas palavras dela. – Você diz que ele é egoísta, mas já parou pra ver as suas atitudes? Aposto que não, porque você é do tipo de pessoa que só olha pra suas qualidades, mas na hora de ver seus defeitos prefere apontar os dos outros. – as palavras de Annie estavam entrando como agulhas em seu coração. – Seu irmão só precisa de uma chance...



__ ELE NÃO MERECE CHANCE NENHUMA! – agora era Tom que tinha se irritado. – Sabe qual o meu maior desejo? Que ele morra sozinho! Sem ninguém, sem amor. SOZINHO!



__ Eu me enganei sobre você Tom! Não só eu como as outras pessoas. – Annie deixou escapar algumas lagrimas. – Você não é tão diferente do seu irmão Tom, pelo contrario, é ate bem parecido, a única diferença é que seu irmão aprendeu com o erro, já você, você se tornou à pessoa que seu irmão foi. – Annie se virou, já tinha ouvido o bastante para ficar mal pelo resto da semana, assim que colocou a mão na maçaneta ouviu um barulho forte. Se virou e Tom estava estirado no chão, desacordado. Eu não sei vocês, mas acho que alguém aqui precisa de um médico...e urgente.

Postado por: Grasiele

Glamourous - Capítulo 9 - Feelings on the surface skin!

10:00 AM – Soho Grand Hotel – Quarto 321...



Acordei aquela manhã com uma disposição incrível, seria capaz de correr a maratona de New York sem problemas. Talvez fosse pela noite anterior, noite em que eu conheci o verdadeiro Bill Kaulitz, pelo qual eu me apaixonava a cada dia mais. Eu só não sabia o que faria com Tom, também gostava dele, mas era diferente, por ele era um sentimento de amizade nada mais. O pior seria para ele me ver ao lado de Bill, seu grande inimigo, por conta disso teríamos que nos encontrar as escondidas, a idéia não era tão ruim, viveríamos uma certa aventura digamos assim. Estava assistindo a TV, já tinha acordado há algum tempo, Carlla ainda dormia. Ouvi uma forte batida na porta, me levantei e caminhei até lá, abri a porta mas não tinha ninguém, estranho, jurava que ouvi alguém bater a porta. Virei-me, mas antes vi no chão um pequeno cartão branco, sorri já pensando o que podia ser. Peguei o cartão e o abri.



“O que acha do nosso primeiro “encontro” ser para um belo café da manhã? Se estiver interessada me encontre no terraço do hotel. Estarei lhe esperando.

Beijos. Bill K.”



Estava rindo igual tonta na porta. Entrei rápido, corri para o quarto e escolhi uma roupa simples. Uma saia branca, uma camisetinha pólo verde água e um tênis All Star Branco. Deixei meus cabelos soltos e passei apenas um gloss vermelhinho nos lábios e um rimel incolor. Deixei um recado para Carlla apenas avisando que ia sair e que estava com o celular. O hotel estava calmo hoje, talvez porque fosse sábado. Entrei no elevador torcendo pra que ninguém que eu conhecesse não entrasse, torcendo para que Tom não entrasse. Não demorou muito e o elevador parou. Assim que as portas abriram já dei de cara com um lindo arco de flores brancas, o terraço era simplesmente incrível e grande. Não parecia um terraço e sim um lindo jardim, tinha varias espécies de flores e vegetações diferentes. Eu caminhava por entre tantas rosas e tulipas a procura dele, mas aquilo era tão grande. O cheiro do lugar era maravilhoso. Movia minha cabeça para todos os lados a sua procura ate que o encontrei. Parado, sorrindo, diante de uma mesa linda. Ele caminhou ate mim, que como sempre fiquei sem jeito. Pegou em minha mão e lhe deu um beijo sem deixar de olhar em meus olhos.



__ Bom dia! Que bom que veio. – eu com certeza estava vermelha como um pimentão.



__ Acha mesmo que não viria no nosso primeiro encontro as escondidas? – ele sorriu. – Vejo que deu trabalho à cozinha do hotel, quanta coisa pra duas pessoas. – falei olhando para a mesa que estava cheia de coisas.



__ E quem disse que foi a cozinha do hotel que fez? – ele repousou as mãos na cintura. Eu o olhei com cara de incrédula. – O que? Fui eu quem fez tudo, ate espremi as laranjas.



__ Devo me sentir muito privilegiada então? – perguntei sorrindo.



__ Com toda a certeza. – ele falou decidido.  – Vem, vamos aproveitar o belo café que lhe fiz. – ele estendeu a mão para mim, eu a segurei e caminhei junto dele ate a bela mesinha. Nos sentamos e ficou um silencio ali, apenas escutávamos os passarinhos cantando e o barulho dos carros lá em baixo. Nos encarávamos sem desviar o olhar por nenhum segundo, era uma sintonia incrível. – Passei a noite toda pensando em você. – ele falou serio. – Não dormi direito me lembrando do seu rosto. – ele levou sua mão até meu rosto e o acariciava me fazendo fechar os olhos sentindo seu toque.



__ Também pensei em você. – ele sorriu para mim. – mas então, vamos comer?! – tinha que arrumar alguma desculpa porque senão o silencio se prolongaria ali. Começamos a comer, mas Bill não desviava o olhar de mim um segundo sequer, me fazendo corar a cada minuto.





10:30 – AM – Soho Grand Hotel – Escritório da Maria...



Narrador #



__ Não adianta Tom, eu não vou deixar você sabotar as fotos do seu irmão. – Tom mexia no computador de Maria, olhando as fotos que Bill tinha tirado sozinho.



__ Por que não? Estão horríveis mesmo, seria melhor se eu estivesse ai. – ele falou com entusiasmo. – Olha só, HORRIVEL! – ele gritou ao ver uma foto de seu irmão.



__ Tom você pode guardar a magoa que quiser do seu irmão, mas não pode negar que ele é um modelo incrível. – Tom fazia varias caretas enquanto Maria falava.



__ Fala logo que você prefere ele! Pode falar, eu agüento. – ele exclamou num tom depressivo.



__ Sem drama Tom! – Maria falou mexendo em uma papelada que estava sobre a mesa. – Agora sai daí, não quero que você veja as fotos dele com a Annie.



__ Por que não? Por acaso eles estão fazendo sexo na ponte? – ele falou enquanto mudava as fotos. Passava rápido as fotos que não lhe interessavam, ate que viu uma. uma raiva tomou conta de seu corpo, como eles se atreviam? Bill e Annie, de corpos colados, rostos bem próximos de um beijo e olhar de extrema paixão. – Já entendi o porque de você não querer que eu veja. – ele se levantou com força da mesa e na mesma hora sentiu tudo rodar ao seu redor, o chão começou a sumir e tudo ficar escuro, ele se apoiou na mesa, apoiando a cabeça com as mãos.



__ Tom você esta bem? – Maria perguntou preocupada. Tom se recuperou rápido, balançando a cabeça.



__ Eu estou ótimo, só preciso acertar umas coisas. – sem deixar que Maria lhe impedisse ele saiu como um foguete do seu escritório. Algumas coisas não devem ser vistas, ainda mais nas circunstancias em que Tom se encontra, não deve sofrer fortes emoções, isso pode lhe custar... hum... creio que já falei demais.

Postado por: Grasiele

Glamourous - Capítulo 8 - Nice to meet you, Bill Kaulitz!

2 semanas depois...



2:30 PM – Soho Grand Hotel – NY...



Depois de 2 semanas na loucura da Europa finalmente estava podendo dormir à noite. Eu não sabia, mas a agencia tinha convenio com o Soho Grand Hotel em New York, um dos melhores hotéis para modelos da América, eles alugavam quartos por tempo indeterminado para as modelos e os modelos da agencia, ou seja, eu estava morando em New York! Dá pra acreditar? Não, eu sei que não dá. Quem diria que a antiga vendedora de cosméticos ia se tornar modelo, eu não diria. Carlla dividia o quarto comigo, quarto que na verdade parecia mais um apartamento, ate cozinha tinha, era muito moderno. Nesse momento eu estava sozinha, Carlla tinha ido as compras, eu tinha decidido ficar pra ver meus e-mails, já que meu assessor de imprensa tinha ido comprar rosquinhas na Time Square. No tempo que tinha passado aconteceram algumas coisas. Conheci Londres, Moscou, Amsterdã e Berlim, não dava pra dizer por qual tinha me apaixonado mais, eram todas lindas e com algum diferencial. Em Londres eu me perdi do Tom quando íamos ao Big Bem e o pior ninguém me ajudava fiquei parecendo uma barata tonta por lá. Já em Amsterdã eu fui levada à força pra uma boate muito estranha, me fizerão tomar umas coisas doidas, no final eu sei que enxergava tudo cor de rosa e o Tom voava. Ah! Carlla e Georg se pegaram de jeito nessa boate, quase fizeram sexo explicito, não estou exagerando não, se não fosse o Tom separá-los, bem em Berlim eu conheci a casa do Tom, e que casa! Ele também me explicou tudo sobre sua mãe e seus constantes problemas com a bebida e suas tentativas de suicídio, já sobre ele e Bill ainda era um mistério, por falar em Bill eu me sinto cada vez mais atraída por ele, o que não é bom já que Tom não desgruda mais de mim, não, nós não temos nada só ficamos aquela vez, não que ele não tente, já me roubou selinhos varias vezes, mas eu decidi que não quero nada porque não sei se estou pronta para ter um relacionamento com ele. Como eu já disse, Bill me atrai de um jeito inexplicável, ele me deixa sem ar, trocamos olhares entre um corredor e outro mais nada demais Tom sempre chega perto de mim quando vê Bill se aproximando, mas de hoje não passa. Hoje tenho uma sessão de fotos para a Dolce & Gabbana e adivinha quem a Dolce escolheu para ser meu par, sim, ele mesmo, Bill! Tom quase teve um troço quando soube, gritou, esperneou mas não teve jeito, escolheram Bill. Hoje iria conhecer o verdadeiro Bill Kaulitz, por bem ou por mal.



__ Nossa ta um vento gelado lá fora uuu. – Gustav entrou esfregando as mãos em seus braços. – Trouxe rosquinhas quentinhas e de todos os sabores. – ele veio correndo e se jogou do meu lado no sofá, com um caixa com um cheirinho tentador.



__ Você é malvado Gust. – resmunguei fazendo bico.



__ Poquê? – ele perguntou mastigando a rosquinha.



__Porque você fica comendo essas tentações na minha frente sabendo que eu não posso.



__ E você liga pra esses regimes idiotas. – ele abocanhou uma de chocolate. – ocê ão vai engordar pocausa de uma ou duas. – ele estendeu a caixa pra mim, hesitei por um momento e peguei uma cheia de confeitos coloridos e dei uma baita mordida. – é assim que se faz!



__ Que horas é o ensaio? – perguntei, ele parou de mastigar sua rosquinha olhou pra mim e abriu um sorriso amarelo.



__ Sabe que eu não sei. – ele coçava a cabeça.



__ Você é um péssimo assessor de imprensa. – falei rindo enquanto ele verificava em seu Palmtop os horários.



__ Achei! – ele gritou levantando os braços. – será as 6:00 horas da tarde. – me levantei fui ate a geladeira peguei duas latas de coca-cola. – Pronta para enfrentar o senhor perfeição? – ele me perguntou do sofá.



__ Você fala do Bill? – ele assentiu com a cabeça, me sentei ao seu lado lhe entregando a lata de coca. – não sei, não o conheço não posso tirar conclusões precipitadas.



__ Uma coisa você pode ter certeza, ele é bem diferente do que aparenta nas capas de revista.



__ Isso eu já sei. – respondi o olhando. – mas mesmo assim não o julgo como todos vocês fazem. – me levantei novamente ligando a TV.



__ Vejo que temos alguém apaixonada aqui. – ele debochou, o olhei com indiferença. – Cuidado Annie você não sabe com quem esta se metendo.



__ Eu gosto de correr riscos. – falei sem tirar os olhos da TV. Mas será que Gustav tinha razão? Será que minha atração era só atração ou o inicio de uma paixão?





Em algum lugar da Time Square...



Narrador #...



Carlla carregava tantas sacolas que a cada passo ela pendia para um lado. Fazia tanto tempo que ela não ia a Time Square que tinha decidido ir andando mesmo, o hotel não era tão longe dali, ela só não sabia que compraria tantas coisas. Fazia uma manhã fria em New York, ela tinha se enrolado em dois cachecóis, mais um casaco de lã, uma calça jeans e botas de montaria, mesmo assim estava com frio. Nada tinha mudado ali, as mesmas pessoas apressadas, o mesmo movimento dos carros. Depois de um longo tempo caminhando finalmente já estava perto do hotel, quando dobrou a esquina teve a visão de quem ela menos queria ver. Sim, Georg estava do lado de fora fumando e olhando pro céu nublado. Ela pensou em voltar, mas de que adiantaria ele já tinha visto e aberto um sorriso malicioso. Carlla ergueu a cabeça e foi em direção a ele que estava na entrada do hotel, ela passou por ele sem nem ao menos mexer a cabeça, parecia um robô. Não adiantou muito, Georg a puxou pelo braço lhe prensando na parede em meio aos arbustos que tinha ali.



__ Você é louco?! – Carlla gritou, nessa altura do campeonato as suas sacolas já tinham ido pro chão.



__ Sou! Sou louco por você e sabe disso. – ele falou sussurrando em seu ouvido fazendo com que seus pelinhos se arrepiassem e não era pelo frio que fazia.



__ A única coisa que eu sei é que você precisa se tratar. – Carlla respondeu olhando bem para seu rosto. – Agora me deixa sair daqui senão eu grito. – ele segurou suas mãos na parede quando ela tentou se mover a deixando mais presa.



__ Grita. – ele a intimidou. – Mas grita bem alto. – ele só podia estar brincando com ela, Carlla provavelmente não usou de sua inteligência ou ela queria que aquilo acontecesse, ela fez o que ele queria.



__ AA... – Georg a beijou com toda a força e intensidade que ele podia. No inicio ela tentou se desvencilhar, mas Georg era mais forte e seu corpo começou a amolecer, ele a segurou pela cintura enquanto ela acariciava seu rosto frio com as mãos, eles tinham uma sincronização incrível, suas línguas seguiam um ritmo frenético, era inegável o que acontecia ali. Foram parando devagar, mas mantinham um contato visual, Georg abriu um sorriso vitorioso, não deveria ter feito isso, sem pensar Carlla tacou a mão na cara dele que parecia incrédulo diante tal atitude.



__ Qual o seu problema garota? – ele perguntou gritando com ela.



__ Isso é pra você nunca mais chegar perto de mim, imprestável. – rapidamente ela pegou suas sacolas do chão e saiu batendo o pé de novo. Ai ai, o que acontece com os jovens de hoje em dia? negando seus sentimentos...é o mundo mudou muito.



5:30 PM – Central Park...



Aidam estava terminando minha maquiagem, fiquei sabendo que as fotos seriam em um estilo celestial, por isso ele fazia uma maquiagem bem suave. Ruíz tinha feito grandes cachos nos meus cabelos e colocado um aplique, meus cabelos batiam na cintura agora, eu sempre quis ter cabelos compridos, mas ele me disse que esse era apenas para as fotos, que chato, tinha gostado dos meus cabelos grandes. Não posso negar que estava ansiosa, não tinha visto Bill ate agora, e se ele não viesse, ai é claro que ele viria, que pensamento idiota.



__ Parece tensa querida. – Aidam me falou olhando bem no meu rosto.



__ É, eu to um pouco nervosa, minha primeira sessão de fotos. – respondi tentando disfarçar.



__ Você foi perfeita no desfile, essa sessão de fotos é moleza pra você. – ele sorria pra mim. – Voilá. – ele virou minha cadeira e eu pude me ver, não era convencida, mas tinha gostado do resultado. Eu não sei o que ele tinha feito, mas minha pele parecia tão suave, e sem usar sombras fortes ele conseguiu destacar bem meus olhos azuis.



__ Aidam, eu te amo sabia? – ele bateu palminhas e me deu um abraço.



__ Ain eu não quero amassar esse vestido perfeito. – ele saiu de perto de mim. – Bom, é melhor você ir lá pra fora, vão te explicar melhor as coisas. Eu ainda tenho que maquiar o Perfeição em pessoa. – ele falou com um certo sarcasmo na voz, será que Bill era realmente uma pessoa tão ruim assim, pra ninguém gostar dele. Sai da tenda onde estava meu camarim e estava uma grande movimentação lá fora. O cenário escolhido tinha sido a grande ponte que havia bem no meio do parque, era o cenário perfeito para aquelas fotos, principalmente com a luz da lua cheia atrás de nós. Pepe me explicava como seria mais ou menos o ensaio. Não demorou muito e Bill apareceu, ele estava tão lindo, como sempre acontecia fiquei tremula ao vê-lo caminhando em minha direção, sua feição hoje estava serena, mesmo assim mantinha o ar de mistério.



__ Que bom que chegou Bill, podemos começar agora. – Maria falou sorrindo. Eu olhava pros meus próprios pés, droga por que não conseguia encará-lo. Seguimos Maria que nos levou ate a ponte. – bom, esse é Reneé Gemam, o fotografo, Bill já o conhece bem, mas você não Annie, então tente relaxar e fazer exatamente tudo o que ele mandar, tudo bem? – assenti com a cabeça. – Bill ajude a Annie no que ela precisar.



__ Com muito prazer. – aquela voz forte e alta saiu me fazendo amolecer.



__ Muito bem a historia é a seguinte. – Reneé começou a nos explicar a historia das fotos. – Annie você trará a imagem de um anjo, e Bill será o rele mortal apaixonado por você, ou seja eu quero que essas fotos sejam bem românticas, incorporem os apaixonados. – isso não seria difícil pensei comigo mesma. – mas ao mesmo tempo lembre-se que é um amor impossível. – tentei entender tudo o que Reneé tinha me explicado, mas a verdade é que estava tão nervosa que não tinha entendido nada. – Vamos começar então. – Reneé se posicionou, eu não sabia que pose fazer, Bill se aproximou de mim e a única coisa que eu fiz foi me afastar, ele me olhava confuso. – Okay Annie, eu disse que o amor era impossível, mas ele não tem nenhuma doença contagiosa, não é pra se afastar tanto. – Ótimo tinha levado minha primeira bronca do fotografo.



__ Me desculpe é que eu to um pouco nervosa. – tentei argumentar.



__ Hey! – Bill se aproximou de mim. – fica tranqüila ta legal? Eu sei que é difícil. – ele estava com um sorriso lindo nos lábios e se aproximava cada vez mais, eu me sentia hipnotizada por ele. – mas tenta relaxar, olha pra mim. – ele pegou na minha mão direita e colocou sobre seu peito, eu tremia. – ta vendo como meu coração ta disparado, é normal se sentir nervoso.



__ Ótimo! Pose perfeita! – Reneé gritou, mas eu não o escutava, estava em outro mundo.



__ Esqueça as câmeras, as pessoas, só existe eu e você aqui tudo bem, dois modelos mega nervosos. – devagar ele enlaçou seus braços em minha cintura me puxando pra perto dele, eu não fazia nada apenas o seguia. Como se eu não tivesse controle sobre meus atos levei minha mão ate seu rosto e comecei a lhe acariciar, como num gesto automático ele fechou os olhos sentindo meu toque em sua pele.



__ PERFEITO! VOCÊS ESTÃO PERFEITOS! – Reneé gritava empolgado. Aquilo ali poderia parecer uma sessão de fotos, mas par nós era muito mais, tinha sentimento ali, finalmente eu estava conhecendo o tão falado Bill Kaulitz. Bill agora apertava minha cintura com força e nos aproximávamos cada vez mais. – LINDO! CENA PERFEITA! – eu conseguia sentir sua respiração cada vez mais perto de mim, ele roçou a ponta de seu nariz no meu, fazendo com que eu sorrisse. – MEU DEUS VOCÊS TEM UM CASO NÃO É POSSIVEL! – Reneé gritou, senti nossos lábios se tocarem levemente. – MUITO BEM CHEGA! JÁ CONSEGUIMOS! – eu abri os olhos e ele me encarava serio, fui me afastando devagar, ele soltava minha cintura aos poucos. – Vocês estavam incríveis, parecia ate que tinha sentimento ali. – eu olhava tímida para Bill. – nem sei qual delas escolher, isso ficará a cargo da Dolce & Gabbana, só tenho que lhes dizer, meus parabéns! – Bill me olhava com um meio sorriso nos lábios, me virei e caminhei em direção ao meu camarim, eu ainda tentava assimilar tudo o que tinha acontecido àquela noite. Tinha sido tão perfeito e a verdade é que a cada momento que passava eu sentia Bill era mais do que uma simples atração para mim.





Eu tinha terminado de me arrumar e estava indo embora para casa, não ia pegar um táxi porque não era muito longe dali. Estava bem frio, usava um grande casaco xadrez vermelho, um cachecol preto, um shortinho jeans sobre uma meia calça preta daquelas bem grossa e uma bota sem salto preta de couro. Não tinha tirado o aplique ainda, tinha gostado tanto do meu cabelo assim que ia deixar por uns tempos. Andava toda encolhida pelas ruas desertas de New York, pensava na vida, no que tinha acontecido, pensava em Bill, nos seus belos olhos que me encaravam com doçura hoje. Sorri sozinha me lembrando dele. 



__ É perigoso andar por essas ruas sozinha. – meu coração foi parar na garganta ao ouvir sua voz bem atrás de mim, ao me virar ele me encarava sorrindo. – Por que não pegou um táxi? – ele caminhou ate mim, estava bem mais bonito do que no ensaio de fotos. Usava um sobre tudo preto, um grande cachecol também preto, uma calça jeans escura e um tênis preto. Seu rosto estava bem pálido, criando um contraste incrível com sua maquiagem escura.



__ Queria caminhar um pouco, pensar na minha vida. – começamos a caminhar lado a lado. – e você, por que não pediu um táxi?



__ Eu adoro caminhar nas noites frias. – o olhei com cara de não me convenceu, ele respirou fundo. – okay, você venceu, estava te seguindo.



__ Deu pra ser maníaco agora? – perguntei rindo.



__ Não, eu só queria conversar tranqüilamente com você, já que o Tom ta sempre perto de você. – ele explicou cabisbaixo.



__ Por falar em Tom, eu já perguntei isso pra ele, mas não tive resposta, o que aconteceu com vocês? Por que se odeiam tanto? – ele suspirou.



__ Digamos que eu não sou o melhor exemplo de um irmão legal. – ele parecia triste.



__ Mas o que aconteceu realmente? – insisti.



__ Você é tão teimosinha. – ele respondeu rindo.



__ Eu sei. – o olhei rindo.



__ Na hora certa você vai saber e juro que não vai querer me ver nunca mais. – ele parou ficando na minha frente.



__ Não sei porque, mas eu te vejo diferente, não consigo te imaginar fazendo algo pra prejudicar seu irmão. – eu olhava bem dentro de seus olhos, que hoje estavam cor de mel.



__ Annie, você não me conhece, melhor, você não me conheceu, pode ter certeza eu fiz. – ele voltou a caminhar, hesitei um momento e depois voltei a caminhar ao seu lado.





12:45 PM – Saguão do Soho Grand Hotel...



Narrador #



__ Chegamos. – Bill falou parando em frente a Annie. – Adorei te conhecer melhor.



__ Eu também adorei conhecer você melhor. – Annie olhava para o chão.



__ Pena que vai demorar algum tempo par podermos nos ver assim, tranqüilamente. – Bill mexia nos bolsos no casaco e Annie mexia em seus cabelos.



__ Já sei! – ela exclamou estalando os dedos. – Vamos nos encontrar escondidos, escrevemos bilhetinhos um pro outro combinando o lugar e a hora. – Bill não agüentou e caiu na risada, Annie o olhava nervosa.



__ Como dois adolescentes de 16 anos? – ele perguntou rindo ainda.



__ Pensei que quisesse me ver, mas já vi que não. – ela se virou, mas ele a impediu.



__ Tava só brincando, é claro que quero te ver. – Bill a olhava com doçura. – Não sabe como eu me sinto perto de você. – Annie abaixou a cabeça envergonhada.



__ Tudo bem então, estamos combinados. – Annie disse mais animada. Um silencio se espalhou no lugar. Bill admirava Annie como um besta.



__ Sobe logo Annie. – ele exclamou impaciente.



__ Por que? – ela perguntou sem entender. Ele se aproximou lentamente do seu ouvido.



__ Porque senão eu vou te agarrar aqui no meio do saguão. – Annie quase caiu pra trás ao ouvir essas palavras. Bill voltou a encará-la com um sorriso nos lábios. – Sobe vai. – Annie se virou e caminhou em direção ao elevador, na verdade ela fingiu caminhar, assim que Bill abaixou a cabeça ela correu até ele e lhe deu um selinho rápido, fazendo com que ele se espantasse.



__ Boa noite! – agora sim ela se dirigiu correndo ao elevador. Bill ficou parado, estático diante de tal ação... Ah o amor! Mas todos sabemos que contos de fadas não existem, as bruxas logo darão as caras...

Postado por: Grasiele

Glamourous - Capítulo 7 - It's Show Time!

8:00 PM - Grand Palais...

Maria só podia estar louca quando decidiu me colocar para abrir o desfile, eu já estava nervosa antes de saber disso, agora então, quase não respirava mais. Eu já estava pronta, usava um vestido tão lindo que concerteza não deveria ser usado por mim, eu era muito simples para um vestido tão chique. Ele era um balonê tomara que caia branco com algumas linhas em preto, era bem marcado na cintura e abaixo dela dava um aspecto “cheio”, enfim era lindo demais. Vestia uma sandalia azul turquesa e brincos de pedras da mesma cor. Meus cabelos estavam presos em um coque desalhiado e a maquiagem era forte, uma sombra azul tuquesa nos olhos e um gloss nos labios. Eu já não estava me aguentando mais, aquela camarim estava uma loucura, gente gritando, modelos correndo, eu estava a beira de um colapso. Por sorte ou azar Pepe apareceu lá, seguido por Maria.

__ Muito bem, Annie, Jennifer, Carlla vocês já estão prontas? – Pepe perguntou com seu habitual mau humor. Todas ficamos de frente para ele. – Otimo vamos logo então, vamos, vamos! – ele começou a bater palminhas como se fossemos podlles adestrados. Saimos correndo do camarim, subimos uma grande escada que dava para a passarela. Assim que chegamos lá, Georg e os outros modelos tambem já estavam prontos nos esperando, estavam lindos por sinal. Georg comia Carlla com os olhos, ele nem disfarçava. – Certo, Annie preste atenção, se concentre apenas na passarela e em sua pernas, esqueça plateia, esqueça fotografos, apenas passarela e suas pernas. O desfile será intercalado, ou seja, Annie vai entrar, logo depois será Georg, depois Carlla, depoi...

__ Como assim a Carlla? Eu já topei seder meu lugar de primeira do desfile pra novata e ainda vou ser a terceira? – Jennifer gritava, olhei para Carlla que ria.

__ Escuta uma coisa Jennifer, você não decidi nada aqui, se eu estou falando que você vai ser a terceira, você vai e pronto. – Pepe tambem gritava com ela, a deixando quieta. – Voltando as explicações, você só vai entrar quando eu dizer Annie, no momento em que você aparecer, não caminhe ainda, pare por dois segundos e depois caminhe, lentamente sem pressa, chegando ao final da passarela, conte os três segundos para a pose e volte, sempre confiante, como foi no ensaio tudo bem? – por incrivel que pareça Pepe foi gentil comigo, fiquei feliz por isso. – Muito bem, vai começar. – meu coração estava disparado, eu suava frio.

__ Boa sorte Annie! – Georg me desejou.

__ Obrigada. – respondi com um risinho nervoso.

__ Boa sorte amiga. – Carlla me deu um abraço apertado. As luzes tinham se apagado e um silencio tinha tomado conta do lugar, meu Deus era agora. A hora do show tinha chegado!



* She's a rainbow and she loves the peaceful life
Knows I'll go crazy if I don't go crazy tonight
There's a part of me in the chaos that's quiet
And there's a part of you that wants me to riot... *

A musica eccou alto pelo lugar, esse seria o momento mais importante da minha vida, eu tinha que faze-lo da melhor maneira! Pepe bateu em meus ombros e fez sinal de que era agora, e com a cara e a coragem eu fui. Assim que entrei na passarela, já podia ver os flashs das cameras em cima de mim, me concentrei e caminhei. Caminhei em direção ao meu sonho, se eu pudesse choraria, deixaria a emoção me levar, mas não podia, tinha que me conter, não sabia como meus passos tinham se tornado tão firmes se a segundos atras eu estava com as pernas bambas, assim que cheguei ao final da passarela, parei e sorri, isso eu não contive, esse era um desfile serio, não era um Victoria’s Secrets Fashion Show, mas a felicidade que eu sentia não cabia dentro de mim, talvez fosse chamada atenção por isso, mas naquele momento eu tinha que expressar aquela felicidade, me virei e Georg já vinha na minha direção, olhei pra ele sorrindo ainda e minha felicidade fez com que ele sorrise tambem o que concerteza estava fora dos planos. Quando cheguei atras da passarela não aguentei e ai sim deixei as lagrimas rolarem, as outras modelos e os modelos que estavam ali olhavam pra mim com curiosidade, procurava Carlla mas ela já tinha entrado na passarela.

__ Depois temos que conversar sobre esse sorrisinho Dona Annie. – Pepe gritou pra mim ajeitando outra modelo. – Agora vai lá pra tras, rapido tem outra troca de roupa. – sdai correndo feito uma louca em direção ao camarim, tirei as sandalias no meio do caminho senão levaria um tombo concerteza. Cheguei ao camarim, tirando os brincos e Gustav me ajudava com o vestido, enquanto Aidam retocava minha maquiagem.

__ Você estava perfeita Annie! Linda demais. – Aidam falava empolgado.

__ Perfeita é pouco, estava maravilhosa, uma deusa eu diria. – Gustav piscou pra mim e me entregou outro vestido, um longo dourado e com um decote nas costas que as deixavam interiras nuas. Ele me ajudou a vestir, tudo tinha que ser muito rapido. Ruíz aplicava uma boa dose de spray em meu cabelo. A primeira vez que eu vi isso já achei uma loucura, mas vivenciala era bem diferente estava ofegante. Calcei as sandalias douradas com brilhantes e brincos de brilhantes que reluziam.

__ Annie vamos! Rapido! – Luque gritava comigo e me puxava pela mão. Luque era o assistente de produção da agencia, o que dava o gás as modelos. Subi aquela imensa escadaria de novo e Pepe me aguardava.

__ Okay Annie, rapido! E sem sorrisinhos dessa vez. – esperei o modelo que eu ainda não sabia o nome chegar ao fim da passarela.


*... It's not a hill, it's a mountain
As you start out the climb
Listen for me, I'll be shouting
Oh,we're gonna make it all the way to the light
But you now I'll go crazy if I don't go crazy tonight... *


Agora tudo já acontecia naturalmente, estava confiante de mim mesma, caminhava em um salto enorme como quem caminhava descalça. As pessoas sorriam para mim na platéia, os flashs eram contínuos, não sabia se meus pais estavam assistindo pela TV a verdade é que eu queria que eles estivessem aqui. Na hora de parar fiz um esforço e me mantive seria, me virei e Georg caminhava serio, não agüentei e abri um sorrisinho pra ele, que também não agüentou e sorriu, provavelmente isso traria grandes problemas, mas se eu quisesse ser uma modelo pra entrar para historia tinha que ter algum diferencial. Assim que descia a escada Pepe me fuzilava com os olhos e eu fiz o que poderia ser minha demissão, corri ate Pepe e lhe dei um beijo estalado na bochecha, ele pareceu surpreso, corri para o camarim.

__ Annie rápido, você vai entrar junto com o Giorgio para agradecer. – Gustav me informou assim que entrei no camarim.

__ O QUE? – gritei. – Você só pode estar brincando. Giorgio Armani esta aqui? E eu vou entrar com ele? – Gustav me olhava rindo.

__ Exatamente Annie, mas nós temos que andar rápido, vem comigo – ele me puxava pela mão e eu ainda custava acreditar nisso. Quando cheguei na escada e olhei para cima, Giorgio estava lá, completamente elegante. Meu coração estava tão disparado. Gustav me puxava. Assim que cheguei ao lado dele, ele abriu um sorriso lindo.

__ Então essa é a modelo nova? – ele perguntou ao Pepe que me olhava com um sorriso nos lábios. – Tenho que dizer meus vestidos ficaram divinos em você. Meus Parabéns. – eu tinha acabado de receber um elogio de Giorgio Armani? Tudo bem, eu devia ter morrido e ido pro céu. O ultimo modelo saiu da passarela e Pepe nos posicionou. Giorgio segurava minha mão, eu estava tremendo. Ele deus o sinal e entramos na passarela, minha ansiedade tinha voltado pois agora eu desfilava com um dos estilistas mais famosos do mundo. As pessoas aplaudiam em pé. Assim que chegamos ao final da passarela, Giorgio deu um beijo na minha mão e naquele momento eu sorri de novo, mas agora sem medo. Voltamos e os outros modelos entraram para a volta final. Jennifer me fuzilava com os olhos, mas eu nem ligava, aquela tinha sido a melhor noite da minha vida e nada nem ninguém poderiam acabar com a minha felicidade.


11:00 PM – Berlim – Casa dos Kaulitz...

Narrador #

Bill devorava Annie com os olhos, ele prestava atenção em cada movimento do seu corpo. Ele não piscava, como ela o encantava, seu jeito meigo, tímido, seu sorriso que não deveria ter acontecido, ela era única. Será que?... mas isso não deveria acontecer, não é Bill?

__ Você não tem jeito mesmo né Bill? Sua inveja é maior? – Tom tinha acabado de entrar na sala e tinha visto como Bill cobiçava Annie. – Será que tudo o que eu conquisto você quer roubar de mim?

__ Tom não tem nada a ver, eu só estava assistindo ao desfile, é proibido? – Bill falou se levantando.

__ Para de ser cínico, falso. Eu vi como você olhava pra Annie. – Tom já dava indícios de irritação. – Qual o seu problema? Por que não conquista suas próprias coisas, por que cobiçar as que eu conquistei?

__ Tom eu não quero nada com ela, e outra desde quando você se interessa em uma garota só? – Tom pareceu ficar mais nervoso do que já estava. Caminhou lentamente ate o irmão.

__ Não te interessa minha vida Bill. Agora fica longe dela, é capaz de você querer a felicidade dela também. – ele se virou e saiu. Bill não pode controlar as lagrimas que corriam pelo sue rosto. Mas Bill, por que as lagrimas? Será que temos um coração frio e calculista amolecendo?

Postado por: Grasiele

Glamourous - Capítulo 6 - Hitting Front!

Na manhã seguinte, Quarto 663...



Narrador #



Tom tinha acordado aquela manhã de muito bom humor, o motivo? Muito simples, a noite anterior tinha sido “agitada” se é que vocês me entendem. Ele estava esparramado na cama, tinha acabado de se arrumar e estava esperando Pepe lhe avisar para descer. Ele olhava para o teto do quarto e lentamente as lembranças da noite passada começaram a lhe invadir, um arrepio lhe invadiu juntamente, Tom, Tom você já não é mais o mesmo... Ele já estava quase cochilando quando ouviu uma batida em sua porta, se levantou rápido, devia ser Pepe. Assim que ele abriu a porta tomou um susto ao ver quem era.



__ Bom dia maninho! – Bill estava parado bem a sua frente. Tom não podia acreditar, o que ele estava fazendo ali? – Antes de você me expulsar daqui, saiba que eu tenho motivos pra estar aqui. – Ele dizia enquanto entrava no quarto. Tom bateu a porta com força.



__ Eu espero que sejam bons motivos, ver sua cara logo pela manhã traz azar. – Bill se virou sério. – Fala logo, o que foi?



__ A mamãe. – um medo enorme invadiu Tom. – ela foi pro hospital outra vez.



__ Como você sabe? – Tom perguntou preocupado.



__ O desgraçado do Gordon me avisou, ontem à noite. – Tom se virou colocando as mãos sobre a cabeça, era só o que faltava. – Tom, ela tentou o suicídio, de novo. – Tom se virou, e viu que Bill parecia preocupado, o que estava acontecendo com o Bill frio e calculista? – Eu não sei porque ela fez isso, mas acho que nós temos q...



__ Hey Hey! Não tem “nós”, nunca houve “nós”. É você e eu, sozinhos. – Algumas lagrimas escorriam pelo rosto pálido do seu irmão.



__ Tom estamos falando da nossa mãe, será que nem assim você pode esquecer o que eu te fiz? Acho que nós dois queremos que ela fique bem não é? Acha que vai fazer bem a ela ver seus únicos filhos brigados? – Por um momento Tom não via o Bill que lhe apunhalou pelas costas e sim, seu irmãozinho frágil e que precisava de proteção.



__ Desde quando você se preocupa com alguém Bill? – Aquilo pareceu ferir mais seu irmão, ele abaixou a cabeça. – Desde quando a felicidade de alguém é mais importante que a sua felicidade?



__ Você tem razão, eu não presto mesmo, só vim aqui pra te avisar, mas agora você já sabe e eu vou embora. – Bill passou por Tom limpando algumas lagrimas.



__ Bill espera! – Bill parou e se virou. – Vamos falar com a Maria e pegar um avião, juntos! Mas saiba que só to fazendo isso pela mamãe. – Tom falou seco, Bill apenas acenou positivamente com a cabeça.



__ Eu sei Tom, eu sei. – ele deu uma ultima olhada em seu irmão, e saiu do quarto. Tom se jogou na cama e não contendo as lagrimas chorou, por que sua vida era tão difícil?





8:00 AM – Restaurante do Hotel...



__Você tem certeza que nós ficamos? – Carlla dava risada com meu desespero. – Para de rir vaca, to falando serio! – exclamei irritada.



__ Eu já te disse, vocês dois ficaram no maior love, parecia um casal de namorados. – me custava acreditar que eu tinha ficado com o Tom, ele era só meu amigo.



__ Eu não podia ter feito essa bobagem, ain eu sou uma idiota. – falei metendo a mão na testa.



__ Ain Annie credo! Qual o problema, o Tom não é o tipo de cara que quer algo serio então relaxa. – Carlla falou despreocupada comendo sua salada de frutas.



__ Ah Carlla esquece ta legal. – pra piorar estava com um dor de cabeça horrível. Comecei a comer minha maçã, mas engasguei ao ver Bill e Tom entrarem conversando no restaurante. Carlla deu alguns tapinhas em minhas costas, apontei para eles e ela abriu a boca espantada. – Eles não parecem estar se odiando.



__ Vai ver tem algum fotografo por aqui. – ela voltou sua atenção pra salada de frutas.



__ Ah não eles estão vindo pra cá, o que eu faço? – perguntei desesperada. Não deu tempo de Carlla me responder, Tom e Bill chegaram na mesa, os dois não estavam com uma cara nada boa.



__ Bom Dia! – Tom exclamou.



__ Bom dia! – Carlla e eu respondemos. – Tudo bem? – perguntei normalmente como se nada tivesse acontecido.



__ Mais ou menos! – Tom falou cabisbaixo. – Annie você pode vir comigo, preciso falar com você. – me levantei já imaginando que ele me mandaria pras conchinchinas e pediria o vestido de volta. O estranho era que Bill nos acompanhava e Tom simplesmente não falava nada.



__ Eu vou pra Berlim daqui três horas. – não pude deixar de expressar minha surpresa.



__ Como assim, mas e o desfile? – Bill nos observava calados.



__ Eu já conversei com a Maria e esta tudo okay, só vim pra me despedir, vou ficar uns dois dias por lá.



__ Mas o que aconteceu? – eu era curiosa demais, tinha que parar com isso.



__ Não dá pra explicar agora, é uma longa historia, mas quando eu voltar eu juro que te explico tudo. – balancei a cabeça positivamente. – Xau Lindinha! – ele me deu um beijo demorado na minha bochecha. Bill desviava o olhar.



__ Xau, boa viagem! – ele sorriu. – Boa Viagem Bill! – Ele me olhou confuso e surpreso ao mesmo tempo.



__ Obrigada! – sua voz saiu triste como de costume. que segredos Bill escondia? Por que tanta tristeza? Decidi que esse era o momento certo pra descobrir.





5:00 PM – Ensaio do Desfile Armani...



Minha cabeça estava longe, em Tom e Bill mais precisamente, estava preocupada, o que será que tinha acontecido pros dois viajarem as presas para Berlim? Também não deixava de pensar na noite passada, eu nunca deveria ter ficado com o Tom, maldita tequila!e Bill? A cada dia que passava eu sentia mais vontade de estar perto dele, seu jeito misterioso me encantava, me intrigava, eu queria descobrir tudo sobre ele e o faria.



__ Ta achando que a vida de modelo é ficar sentada dona Annie? – Maria parou na minha frente com as mãos na cintura. – eu não sei se você sabe, mas hoje é sua grande estréia no mundo da moda, quer fazer tudo errado? – abaixei a cabeça. – Vamos lá, vamos pro camarim, você precisa fazer as trocas de roupa e conhecer a equipe. – me levantei e a acompanhei por entre os corredores agora vazios. Chegamos no pequeno camarim, e ele já estava cheio, mas não uma bagunça. Assim que Jennifer me viu sua cara se fechou e eu a vi cochichando algo com algumas modelos que estavam ali por perto.



__ Annie eu quero que você conheça o Ruíz seu Hair Style a partir de agora. – um homem baixo, com um cabelo todo bagunçado e super estiloso, me cumprimentou. – Esse é o Aidam, seu maquiador. – Um rapaz super bonito, loiro, alto forte e de belos olhos azuis me deu um abraço super empolgado, tinha a ligeira impressão de que a fruta dele era outra se é que vocês me entendem. – e esse é o Gustav o seu assessor de imprensa, só seu e de mais ninguém. – um garoto lindo e fofo veio me cumprimentar, ele era baixo, gordinho, tinhas os cabelos loiros e um rosto muito fofo.



__ Olá Annie é um prazer te conhecer. – ain era educado ainda por cima.



__ O prazer é todo meu. – respondi alegre.



__ Muito bem, agora que você foi apresentada aos seus novos amigos, esta na hora de trabalhar, garotos. – ela se virou para Ruíz e Aidam, que bateram palminhas animadas. – mãos a obra. – rápido, os dois me puxaram e me tacaram em uma cadeira e começaram a me arrumar. Era um puxa e estica, passa pó, tira pó, eu estava me sentindo importante com tanta gente cuidando de mim ali, Gustav também conversava comigo, me explicava qual era a função dele, aonde ele atuaria, enfim, finalmente minha carreira tinha começado e eu estava animada. Depois de um tempo estava quase pronta, tinha grandes bobs no cabelo e a maquiagem já estava feita. Olhava para umas fotos dos meus pais que eu trazia comigo, que saudades deles.



__ Ora, Ora se não é a mais nova modelo da historia. – Jennifer tinha chegado com mais duas modelos em seu encalço, o que elas queriam? – E então Annie, gostando da vida de modelo?



__ É claro que sim! Esse é meu sonho. – ela começou a rir.



__ Ain esse discurso de “esse é meu sonho” me cansa tanto, vocês novas modelos são tão previsíveis. – meu Deus ela não era nada do que eu pensava. – e tão patéticas.



__ Eu não vou ficar aqui pra aturar seus ataques pessoais. – me levantei, mas ela me segurou pelo braço, eu me desvencilhei rápida.



__ Escuta uma coisa, se você entrar no meu caminho, pode ter certeza que eu não vou medir esforços pra acabar com você e com seu lindo sonho! – ela parecia falar serio. As três saíram rindo de lá. Me joguei no sofá nervosa, minha vontade era de chorar, mas não ia, Jennifer tinha feito com que eu percebesse uma coisa, se quisesse fazer sucesso nesse mundo teria que ser forte, forte pra agüentar tudo que viesse pelo meu caminho.



6:30 PM – Hospital Central de Berlim...



Narrador #



Assim que Tom e Bill chegaram à sala de espera do hospital encontraram Gordon esparramado no sofá, mascando seu chiclete estupidamente. Ele levantou o olhar pros dois e abriu um sorriso sarcástico.



__ Arrumaram um tempo na sua  extensa lista pra sua mamãezinha? – ele perguntou olhando bem pra cara de Tom.



__ Não me faz quebrar sua cara Gordon. – Tom exclamou baixo. – Qual o quarto da minha mãe? – Gordon se levantou e encarou Tom de frente.



__ É esse ai, na sua frente. – ele apontou com a cabeça para um quarto bem à frente de Tom. – Cuidado pra não matarem sua mãe de desgosto. – Tom se segurou e ele e Bill entraram no quarto. Simone virou a cabeça e ao ver quem era abriu um largo sorriso.



__ Meus filhos. – os dois se aproximaram da cabeceira da cama. – Que bom que vieram.



__ Ô mãe, por que fez isso? Por que de novo? – Tom perguntou apertando sua mão.



__ Eu tive um sonho! Na verdade foi um pesadelo. – seus olhos ficaram cheios d’água rapidamente. – Vocês dois, no meu sonho, vocês se desentendiam e começavam a brigar e...por favor me digam que pararam com aquelas brigas, me digam? – Tom e Bill se entreolharam.



__ A gente ta se entendendo bem melhor mãe. – Bill exclamou. Tom o olhou desconcertado. Simone abriu outro sorriso.



__ Que bom! Eu não suportaria ver vocês brigando. Fico tão feliz que vieram me ver.



__ Mãe, me promete uma coisa? Não vai mais fazer isso, por favor, se não você vai matar seu filho de 20 anos de ataque cardíaco. – Tom falou rindo, fazendo com que todos rissem.



__ Eu prometo, prometo! Agora me dêem um abraço bem apertado. – os dois se debruçaram sobre ela e a abraçaram forte. – eu amo vocês! – que cena linda não é! Se não fosse pelo fato de mentiras rondarem essa linda cena. Bill, Bill, será que vocês fez o certo?

Postado por: Grasiele

Glamourous - Capítulo 5 - Party! Music! Mistakes...

7:30 PM, Quarto 654...

Eu estava custando acreditar que ele tinha comprado aquele vestido perfeito da vitrine. Eu olhava pra ele estática na caixa. Carlla o pegou com cuidado e arregalava os olhos a cada detalhe que ela via.

__ Ta legal, esse vestido é perfeito! – ela exclamou com a voz esganiçada. – E deve ter custado uns 10 mil euros. – 10 MIL EUROS!? Pensei comigo mesma.

__ Meu Deus o Tom só pode estar maluco! – Carlla me olhou desconfiada, dobrou delicadamente o vestido e o colocou de volta na caixa.

__ Ou ele esta afim de você. – agora era minha vez de arregalar os olhos.

__ Você pirou né? Acha mesmo que o Tom vai se interessar por mim, faça me um favor né Carlla. – ela se sentou na cama e começou a mexer em seus cabelos.

__ Annie acorda! Você acha mesmo que ele te daria um vestido caríssimo se não quisesse alguma “coisa” em troca? Ain não banque a inocente, estamos falando do Tom se você não se lembra. – Carlla tinha razão, por que ele daria um vestido caríssimo pra mim se não quisesse algo em troca.

__ Eu vou devolver o vestido. – falei decidida já colocando o bilhete dentro da caixa.

__ Annie para de ser tonta. Não vai devolver nada pra ele, se o Tom quer algo em troca é simples diga que não, a não ser que você queira algo em troca. – ergui as sobrancelhas de forma sugestiva. – Ótimo! Então deixe esse vestido ai, vai se arrumar porque essa noite eu vou me acabar na pista de dança. – ela falou erguendo os braços e os mexendo como quem dançava.

__ Não era você que não ia porque o Georg vai junto? – perguntei fazendo com que ela se virasse com cara de merda pra mim.

__ Olha só minha querida flor, não vou parar minha bela vida por causa do senhor Listing okay? – ela se levantou, pegou minha mão e foi me guiando pro banheiro. – alem do mais, Paris é cheia de gatinhos! – ela me empurrou com força pra dentro do banheiro. Fiquei rindo sozinha por um momento, e logo depois fiquei me perguntando, será mesmo que Tom queria algo mais comigo? Ou ele apenas tinha sido muito gentil comigo, okay vamos eliminar a ultima opção. Bom agora não dava pra saber de nada, o jeito seria conversar com ele mais tarde.

7:45 PM, Salão de Jogos do Hotel...

Narrador #

__ Mas e ai, você vai dar uns pegas nela ou não? – Georg olhava para a cara do Tom enquanto esperava o mesmo fazer a próxima tacada.

__ Não sei Georg, já disse que não me interessei nela, não de um jeito mais “carnal”. – Georg o olhava como quem não acreditava em nenhuma palavra dele, balançou a cabeça e fez sua jogada, acertando duas bolas na caçapa.

__ Esse papo não cola comigo Tom, pra mim você ta querendo dar uma de bom moço pra depois dar o bote, ou você ta se apaixonando o que é completamente impossível. – Tom por um momento ficou pensativo, ele via Annie de uma maneira diferente, mas será que essa forma diferente era apenas um sentimento novo que ele descobria a cada minuto que passava? Pobre Tom, tantas duvidas em sua cabeça, e nenhuma resposta...

9:25 PM, Quarto 654...

__ Carlla se você demorar mais um segundo eu juro que te puxo desse banheiro pelos cabelos! – gritei para Carlla que já estava no banheiro a um tempão. Eu tinha acabado de me aprontar já fazia algum tempo. O vestido tinha caído como uma luva em mim. Carlla tinha me emprestado uma sandália preta altíssima, nem sei como estava em pé naquilo. Meus cabelos estavam soltos e meio ondulados. Carlla tinha feito uma maquiagem bem forte em mim. Os olhos estavam bem marcantes com uma sombra preta que realçava meus olhos azuis. Nos lábios apenas um gloss vermelhinho. Eu já estava impaciente, deveria estar no saguão há 10 minutos. Estava andando de um lado pro outro quando ouvi a porta destrancando, me virei e lá estava ela, radiante, estava mais que explicado sua demora. Ela vestia um vestidinho curto e bem colado preto, era daqueles que grudavam nas coxas. Usava um scarpin amarelo, que dava um destaque incrível. Seus cabelos encaracolados estavam lisos e sua maquiagem também era bem forte, principalmente na boca onde ela usava um batom vermelho intenso. Ela caminhou ate mim como uma verdadeira modelo, será que um dia caminharia daquele jeito? Descemos de braços dados, o elevador estava vazio. Assim que chegamos ao saguão ele estava lotado, todas as modelos e modelos estavam lá, inclusive Jennifer e sua trupe e ele, sim, Bill também estava lá. Meu olhar se deteve nele, como sempre acontecia senti meus pelinhos se arrepiarem e minhas pernas bambearem. Nossos olhares se cruzaram e foi intenso, eu não conseguia parar de olhar pra ele, e o mesmo também não desviava a atenção de mim, seu rosto estava sereno no momento em que o vi, mas não sei porque ele foi se fechando e se tornando frio de novo.

__ Sabia que ficaria linda nesse vestido. – uma voz já muito conhecida disse colado ao meu ouvido, me virei e Tom me olhava sorrindo, também estava lindo. – Gostou do presente?

__ Amei! Mas você não devia ter gastado dinheiro comi... – ele não deixou eu terminar de falar, colocando o dedo indicador na minha boca.

__ Vamos? Já estamos atrasados se não percebeu. – eu sorri, ele deu um beijo estalado em minha bochecha e ofereceu sua mão para mim, eu aceitei. Antes de sairmos olhei mais uma vez pra onde estava Bill, mas o mesmo já não estava mais lá.

10:00 PM, Boate Les Bains

O caminho ate a boate tinha sido tranqüilo, eu fui no carro com Tom. Carlla simplesmente tinha sumido e eu já sabia muito bem com quem. Assim que chegamos a Lês Bains, que segundo Tom era uma das melhores boates de Paris, a mais badalada, a mais chique, a mais isso a mais aquilo. Realmente dava pra notar que era bem chique, apenas carros importados estavam estacionados em sua frente. Ela tinha uma arquitetura rústica, quem fosse visitante ali poderia jurar que se tratava de um museu. E como estava lotada, Tom não desgrudava da minha mão por um segundo, ele ia me guiando por ali, a musica era tão alta que meus ouvidos estavam quase explodindo. Eu me espremia no meio de tanta gente, só consegui respirar aliviada quando chegamos ao camarote, que estava bem mais vazio do que a pista. Avistei Carlla sentada em uma mesa com Georg, por incrível que pareça os dois não estavam brigando.

__ E ai minha gente bonita? – Tom chegou abrindo os braços. – Nossa não se mataram ainda, isso é um progresso.

__ HAHA muito engraçado Tom. – Carlla debochou. – Vocês demoraram em, o que fez com minha amiga seu imprestável? – eu comecei a rir.

__ EU? – Tom deu um grito do meu lado. – A Carllinha olha bem pra mim, acha que eu faria alguma coisa de errado, eu sou um anjo! – ele juntou as mãos e fez uma carinha fofa.

__ Sei, e Papai Noel existe. – ela debochou. – Vem cá minha flor, senta do meu lado. – fui ate ela e me sentei.

__ Bom eu vou ao bar buscar umas bebidas, querem o que? – Tom perguntou.

__ TEQUILAAA! – Carlla gritou erguendo os braços.

__ O mesmo pra mim! – Georg exclamou.

__ Uma água pra mim. – falei o mais alto que podia.

__ ÁGUA? – Carlla gritou de novo, eu tinha a impressão de que ela já tinha bebido. – Não senhora, uma tequila pra ela também! – eu olhei incrédula pra ela, ia protestar, mas Tom já tinha saído de lá. Não demorou muito e ele voltava com vários copinhos em uma bandeja. – Uhulll! – Carlla ergueu os braços e os chacoalhava freneticamente. Tom se sentou ao meu lado. Eles bebiam aquilo com tanta facilidade e eu nem queria chegar perto do meu primeiro copo. – Vamos lá Annie, toma de uma vez! – Carlla me incentivou. Olhei bem pro copinho, será que deveria? Mas também o que estaria perdendo, eu nunca bebi na minha vida e agora tinha começado uma nova vida porque não me divertir? Peguei o copinho, respirei fundo e virei aquilo de uma vez só. Senti como se minha cabeça tivesse ido pra lua, tudo começou a girar e eu só ouvia palminhas e gritos. A verdade é que não deveria ter começado, tinha gostado daquilo e não sabia que perderia o controle...


E depois de 5 doses de tequila...

A verdade é que eu não fazia a mínima idéia de como estava conseguindo ficar em cima daquele salto imensa, afinal de conta minha cabeça parecia flutuar sobre meu corpo, ta legal eu tava mais pra lá do que pra cá e sabia disso. Mas estava me divertindo, eu acho... estava saindo do banheiro depois de imaginar que botaria tudo pra fora, por sorte dói só fruto da minha imaginação bêbada. Caminhava meio zonza entre as pessoas, não estava enxergando direito e cabei esbarrando com força em alguém, assim que olhei pra cima senti um arrepio na espinha, Bill estava na minha frente e me olhava com curisidade, eu me afastei devagar, mas sem desviar meus olhos do dele, fui ficando ofegante.

__ Me desculpe eu não te vi. – exclamei com a cabeça baixa. – Muito Prazer eu sou Annie Totzzi a nova modelo...

__ Eu sei quem você é. – meu Deus aquela voz me deixou mais mole do que eu já estava. Depois da arrogância gratuita dele, resolvi me virar e ir embora. – Hey espera! – me virei novamente. – Você ta saindo com meu irmão? – ele perguntou serio.

__ Com o Tom? – perguntei de volta.

__ é o único irmão que eu tenho. – a não ele tinha passado dos limites, me aproximei dele ficando bem próxima dele.

__ Olha aqui senhor arrogância, eu não sou nada sua pra você me tratar desse jeito, nem te conheço então me respeita okay? E não é da sua conta se eu to saindo com ele ou não, mas pode ter certeza ele é muito mais gentil que você. – me virei e sai de lá decidida e nervosa também, como ele se atrevia a me tratar daquela maneira, estúpido! Ridículo! Estava tão nervosa que acabei trombando em alguém de novo, mas dessa vez sabia quem era apenas pelo perfume.

__ Calma ai o papa-léguas, posso saber aonde vai com tanta pressa? – Tom me olhava com um sorriso lindo nos lábios.

__ Em lugar nenhum, só tava ficando o mais longe possível do seu irmão, idiota! – Tom fechou a cara na hora.

__ Você se encontrou com ele? O que aquele desgraçado te fez? – ele parecia nervoso.

__ Nada! Só foi um pouco grosso, mas vamos esquecer isso okay? – ele parecia perturbado agora, devia ter ficado calada.


* It's Britney, bitch!
I see you
And I just wanna dance with you

Everytime they turn the lights down
Just wanna go that extra mile for you (You)
Public display of affection (Ahh)
Feels like no one else in the room (But you) *


__ AAA EU AMO ESSA MUSICA!! – gritei assim que ouvi “ Gimme More” começando. – Vem! – peguei – o pela mão e ia lhe puxando pra pista de dança. Eu sabia que não faria isso em meu juízo normal, mas eu não estava nele, então... eu requebrava o maximo que podia e sabia, Tom estava com um sorrisinho nervoso nos labios. Não sabia o que estava acontecendo comigo, mas o puxei pela camisa fazendo com que nossos corpos ficassem grudados, peguei suas mãos e coloquei em minha cintura e entrelacei meus braços em seu pescoço. Nos dançavamos no mesmo ritmo, pra falar a verdade eu estava o guiando, Tom era meio desengonçado. Eu rebolava devagar e ele tentava fazer o mesmo, mas sem desgrudar nossos corpos por nenhum segundo. Mantinhamos um contato visual intenso, e eu delhiniava cada traço de seu rosto com os dedos. Me virei ficando de costas para ele, ia rebolando e deslizando meu corpo no dele, realmente eu não devia estar no meu estado normal, as pessoas tinha se afastado um pouco.

* Gimme, gimme more
Gimme, more
Gimme, gimme more
Gimme, gimme more
Gimme, more
Gimme, gimme more
Gimme, gimme more
Gimme, more
Gimme, gimme more
Gimme, gimme more
Gimme, more
Gimme, gimme more *

Tom me virou com força de frente pra ele. Entrelacei minhas mãos em seu pescoço de novo e acariciava sua nuca devagar, ele apertava minha cintura com força contra o corpo dele.

__ Você tem noção do que ta fazendo lindinha? – ele me perguntou, com um olhar provocativo.

__ Pra falar a verdade, não, mas acho que to brincando com fogo não é? – perguntei sem desviar meus olhos do dele.

__ Acertou em cheio. – ele respondeu sussurrando em meu ouvido e dando uma mordida na mesma, fazendo com que meus pelinhos se arrepiassem. Decidi entrar em seu jogo, sabia que não deveria, mas eu não estava em meu normal mesmo, comecei a roçar meu nariz por seu rosto devagar e ao mesmo tempo dava alguns beijinhos estalados nele. Senti que ele me guiava pra algum lugar, eu apenas me deixava guiar, sem parar de fazer meu joguinho, decidi abusar um pouco mais, comecei a lhe dar mordidinhas no pescoço o fazendo suspirar, senti meu corpo bater com força em uma parede. Ele me prensava com força na mesma.

__ Ta na hora de pagar pela sua brincadeirinha inconseqüente lindinha! – ele falou com os lábios quase tocando os meus.

__ A é? E como seria? – perguntei da mesma forma. – vi um sorriso malicioso se formar em seus lábios.

__ Assim. – ele me beijou, no momento em que seus lábios tocaram os meus senti um arrepio forte me invadir. Seus lábios eram macios e aquele piercing deixava tudo mais intenso. Abri a boca devagar e sua língua invadiu a mesma com pressa como se precisasse daquilo pra sobreviver. Suas mãos deslizavam por meu corpo me fazendo suspirar entre os beijos, ele as depositou em minha coxa e apertava com força, subindo meu vestido devagar, vou confessar que nunca tinha sentido aquilo com nenhum garoto que tinha ficado. Eu dava mordidas leve em seus lábios e ele fazia movimentos sexy com a língua. Fomos parando porque o fôlego já estava inexistente, terminei lhe dando um selinho e puxando seu lábio inferior com certa força. Ele me olhava surpreso e ao mesmo tempo feliz.

__ Meu Deus o que fizemos? – falei colocando as mãos na cabeça e rindo.

__ Não sei, só sei que temos que repetir mais vezes. – ele falou rindo também. Eu não fazia idéia que de longe, alguém observava tudo com certa revolta.

Postado por: Grasiele

Glamourous - Capítulo 4 - Bienvenue à Paris!

Hotel Concorde Montparnasse...



Assim que chegamos ao hotel Maria nos reuniu no saguão do mesmo, tenho que confessar que estava igual uma tonta olhando pra tudo, era tão irreal pra mim que eu estivesse ali.



__ Muito bem meus queridos, vocês já sabem como funciona o esquema. Hoje o dia de vocês é livre para fazerem o que quiserem, desde dormir ate passear pela grande Paris. – apesar de estar mega cansada, eu não perderia a chance de conhecer Paris dormindo, mesmo que ninguém fosse comigo, hoje eu ia andar por essa cidade feito uma louca. – mas lembrem-se amanhã bem cedinho vocês tem ensaio, então nada de farrear ate tarde me ouviram? – todos balançamos a cabeça em afirmativo, Maria deu um grande sorriso e saiu com Pepe em seu encalço. Eu me virei sorrindo pra Carlla que roia suas unhas freneticamente.



__ Que foi? – ela perguntou ao ver meu sorrisão estampado na cara. – Nem pensar dona Annie, eu vou é dormir. – desmanchei o sorriso e abaixei a cabeça.



__ É claro, você já deve estar enjoada de Paris, vem pra cá sempre né, aiiinn – dei um suspiro longo. – tudo bem fazer o que, quem sabe....



__ Chega Annie!! Eu vou com você. – abri um sorriso de novo. – fica fazendo chantagem emocional né, tenho que aceitar.



__ Vai ser legal eu prometo, você nunca vai se divertir em Paris como hoje. – ela ajeitou sua franja e me olhou desconfiada.



__ Quero só ver. – eu sorri. – E aonde você esta pensando em ir?



__ Carlla Hello! Eu nunca vim pra Paris, como quer que eu saiba. – ela coçou a cabeça como quem pensava em alguma solução.



__ É que eu também não conheço tão bem Paris assim. – eu arregalei os olhos.



__ Como assim não conhece? – falei um pouco alto.



__ Vejo que as mocinhas estão com problemas não é? – Georg tinha acabado de chegar e se apoiou no ombro da Carlla, meu coração só faltou pular pra fora do peito.



__ Ain Listing dá um tempo ta legal? – Carlla falou revirando os olhos.



__ Calma ai Carllinha eu só to querendo ajudar você e a...a...quem é você? – meu Deus ele tava falando comigo.



__ Annie Totzzi, sou a nova modelo. – ele pareceu surpreso quando eu disse isso, mas logo abriu um belo sorriso.



__ Ah, então é você a garota que o T... erg então vocês vão sair por Paris? – não entendi porque ele não completou a frase, mas balancei positivamente a cabeça sorrindo. – Posso ir com vocês.



__ Nem pensar, eu não to com saco pra te aturar. – Não entendia porque Carlla odiava tanto aquele Deus Grego.



__ Sabe o que é isso Carllinha? Amor, puro e doce amor. – ela olhou ele dos pés a cabeça.



__ Nem nos meus piores pesadelos Listing. – aquilo iria virar um briga, eu estava sentindo isso. – Você é o tipo de cara que eu tenho repulsa, alem do mais nem tem tanta coisa pra oferecer assim. – ela falou num tom sarcástico, Georg fechou a cara na hora e começou a se aproximar de Carlla.



__ O que você disse? – ele perguntou se aproximando cada vez mais dela, e ela não se movia apenas o olhava com um ar superior. – Por que não repete olhando nos meus olhos? – ele falou a segurando pelos ombros, tenho que confessar que estava boquiaberta com aquilo, concerteza eles iam se pegar ali, Carlla estava sem ação, eu não queria atrapalhar, mas também não queria ficar de vela né, soltei um pigarro alto fazendo com que os dois se separassem, sabia que haveria outros momentos, Carlla correu pro meu lado. – Como eu já disse, eu vou com vocês. – Carlla abriu a boca pra falar, mas eu interrompi.



__ Tudo bem Georg, sem problemas. – Carlla me fuzilava com o olhar.



__ Muito bem, me esperem aqui, eu já volto. – ele saiu caminhando em direção a um grupo de modelos que estavam reunidos conversando. Virei-me para Carlla sorrindo, a mesma ainda me fuzilava com o olhar. Decidi ficar quieta. Alguns minutos depois vi Georg vindo em nossa direção, mas ele não estava sozinho, Tom estava vindo junto dele. Não sei porque mas Tom também me encantava, mas era de um jeito diferente, eu tinha vontade de ficar perto dele, de descobrir coisas sobre ele.



__ Olá. – ele falou com um sorriso fofo no rosto. – Então estão prontas pra conhecer a magnífica Paris?



__ Concerteza, e você será nosso guia turístico? – perguntei curiosa.



__ Não! Eu serei seu guia turístico e o Georg da querida Carllinha. – Carlla arregalou os olhos, eu ia protestar, mas Tom me puxou rápido pela mão, me arrastando pra fora do hotel.



__ Rápido, antes que Carlla nos alcance. – nós corríamos pelo jardim do hotel, Tom chamou um táxi que passava por ali, entramos ofegantes pela corrida que tínhamos dado.



__ Será que dá pra me explicar o por que de termos feito isso. – ele se virou pra mim com um meio sorriso nos lábios.



__ Digamos que o Georg precisa resolver uns assuntos pendentes com a Carllinha. – já tinha entendido do que se tratava. Fomos o resto do caminho em silencio, não sabia o que conversar com ele. Estava distraída quando percebi que o táxi tinha parado. Tom pegou em minha mão e me puxou pra fora do carro, assim que saímos eu fiquei paralisada. Estávamos em frente à Torre Eiffel, senti como se meu coração tivesse parado de bater, era inexplicável o que eu estava sentindo, só sabia que era bom, ah se eu pudesse ficar ali pra sempre, admirando aquele lugar. Tom estava do meu lado.



__ E então, o que achou? – ele perguntou me tirando do transe.



__ É perfeito. – falei ainda olhando pra aquela imensa Torre. – eu já achava lindo quando via nos filmes, mas assim pessoalmente é maravilhoso! – ele sorria pra mim.



__ Você ainda não viu nada. – ele ofereceu seu braço para que eu pegasse, eu aceitei. Tom me mostrava tudo com muita paciência e calma. Passávamos por lugares incríveis, Paris era mesmo fascinante. As pessoas eram tão bonitas e chiques, sempre bem arrumadas. Estava ate envergonhada da forma como estava vestida, all star preto, calca jeans surrada e uma camiseta branca escrito : I Love Itália, mas eu era pobre, não tinha roupas da moda, mas isso teria que mudar se quisesse ser uma modelo bem sucedida. Ah tinha os casais apaixonados também, a cada esquina tinha um casal abraçado, ou se beijando, tenho que confessar senti um pouco de inveja, já fazia 7 meses que não me relacionava com ninguém, será que Paris me traria sorte? Naquele momento Bill me veio em mente, não sei porque, mas me lembrei daquele rosto lindo e angelical e que talvez escondesse uma pessoa totalmente diferente.



__ Ain vem comigo. – Tom pegou em minha mão e me puxou para um carrinho lindo que tinha ali naquela pracinha, supus que era de sorvete pelo desenho que tinha. – Gosta de chocolate? – eu fiz que sim com a cabeça. – Deux glace au chocolat, crème, s’il vous plaît. ( Dois sorvetes de chocolate, por favor) – ele falava francês! E ficava tão fofo fazendo aquele biquinho. Comecei a rir me lembrando dele pedindo os sorvetes, ele olhou pra mim curioso. – Por que ta rindo?



__ É que você fica fofo falando francês. – ele abriu um sorriso e pude ver suas bochechas ficarem rosadas, okay, agora estava mais fofo ainda. O senhor nos entregou o sorvete, era uma delicia. Eu me divertia com Tom e com suas piadas, ele era super extrovertido. Meus olhos chegaram a brilhar assim que o vi : o Rio Sena estava bem a minha frente. – Tom por favor eu quero muito andar no rio Sena, é meu sonho.



__ Oui Madam. – ele fez uma reverencia, pegou em minhas mãos e fomos em direção aquele lugar lindo. Entramos no barco e ele não estava cheio, pelo contrario só havia mais um casal conosco. Eu não queria, mas era difícil não se emocionar naquele lugar, comecei a me lembrar da minha família, que saudade sentia deles, tinha certeza que minha mãe adoraria esse lugar. Quando vi já estava chorando, Tom pareceu notar. – Hey, por que ta chorando? – ele perguntou atencioso.



__ Saudades. Queria muito que minha família estivesse aqui comigo sabe, esse sempre foi nosso sonho e agora eu to aqui, realizando ele, mas sem eles. – ele se aproximou um pouco de mim e delicadamente limpou uma lagrima que escorria.



__ Não pense assim. Tenho certeza que o orgulho que eles sentem por você já é enorme. – ficamos em silencio por mais um momento. – esse lugar me deixa arrepiado sabe, e o incrível é que mesmo depois de já ter vindo pra cá milhares de vezes eu ainda tenho essa sensação. - Passando esse tempo com Tom é que eu tinha percebido como ele era diferente, sempre pensei que ele fosse apenas engraçado nada demais, mas não, alem de engraçado ele podia ser um ótimo amigo e guia turístico. Não sabia se era o momento certo, mas eu precisava saber...



__ Tom... – ele se virou me encarando docemente. – o que aconteceu com você e com seu irmão? – ele pareceu surpreso com a pergunto, seu rosto mudou de expressão, ele abaixou a cabeça e depois levantou novamente.



__ Annie eu não quero falar sobre isso. – sabia que essa seria sua resposta. – me desculpa ta, não é nada com você é só que falar sobre isso me machuca. – eu acenei afirmativamente.



__ Mas se um dia precisar desabafar, saiba que eu estou aqui. – ele sorriu.



__ Você será a primeira pessoa que eu procurarei. – ele me deu um beijo estalado na bochecha. – Lindinha! – eu sorri. Nem me dei conta como o tempo tinha passado rápido, quando vi o passeio já tinha acabado. – Saímos de lá e decidimos voltar ao hotel, mas como era perto dali fomos caminhando mesmo. Um pouco antes de chegar ao hotel passamos pela vitrine da Channel e juro que quase tive um enfarte com o vestido que vi, era simplesmente maravilhoso. Tom me olhava curioso.



__ Como é lindo! – falei encantada olhando para o vestido, ele era tomara que caia, vermelho sangue, bem apertado no busto e soltinho em baixo, era bem curto. Eu simplesmente me encantei com o vestido, mas ele devia ser muito caro. – Vamos vai Tom, vamos antes que eu assalte essa loja. – ele começou a rir.



__ Você gostou? – eu me virei estupefata.



__ Se eu gostei? Eu amei, mas vamos logo vai, não quero mais olhar pra ele. – o peguei pela mão e o puxei. Chegamos ao hotel e tinha que confessar estava cansada. Assim que entramos no saguão me deparei com ele. Bill estava sentado em uma poltrona lendo uma revista, mas quando nós entramos ele virou sua atenção para nós. Pela primeira vez nossos olhares se encontrarão eu senti uma coisa diferente, era como se ele tirasse todo o ar que existia dentro de mim, mas sua feição era triste e fechada, principalmente depois de ver com quem eu estava. Balancei a cabeça e desviei meu olhar do dele.



__ Então, vamos sair hoje à noite? – Tom devia ter falado bem alto, pois ele não tirava o olho na gente.



__ Vamos, ah não vamos não.



__ Por que? – ele perguntou incrédulo.



__ Porque eu não tenho roupas adequadas pra sair. – exclamei triste.



__ Fica tranqüila, você confia em mim? – eu não entendi o que ele queria. – Confia?



__ Confio, mas Tom...



__ Ótimo, então você terá uma roupa linda e nós sairemos pra curtir adoidado Paris okay? – eu dei risada e de novo olhei pra ele, mas seu olhar agora não era mais triste e sim um olhar bravo e nervoso.



__ É melhor eu ir então.



__ Okay! – ele deu um beijo demorado na minha testa fazendo com que eu abrisse um sorriso. – adorei o dia que passamos juntos.



__ Eu também. – dei uma ultima olhada em Bill. – Xau. – Tom acenou com a mão pra mim, eu me virei e caminhei ate o elevador, tive a sensação que ele me acompanhava com os olhos. Entrei no elevador ofegante, Bill fazia aquilo comigo, mas por que? Meu Deus o que eu estava sentindo?



7:00 horas da noite, quarto 654...



Carlla estava falando um monte de merda pra mim porque eu tinha deixado ela e Georg sozinhos. Nós estávamos no mesmo quarto. Eu ria enquanto ela gritava lá do banheiro.



__ SUA TRAIRA, ME DEIXOU SOZINHA COM AQUELE MAL AMADO! – tava mais do que na cara que ela era louca por ele. Eu não tinha percebido que ela tinha saído do banheiro e continuava rindo. – PARA DE RIR DE MIM! – tapei a boca com as mãos segurando o riso, me levantei e fui ate ela.



__ Me desculpa Carllitá? – fiz cara de pidona, ela estava com um bico enorme. – Por favor vai!



__ Vou pensar no seu caso. – ela falou erguendo a cabeça.



__ Por favor Carllitá? – comecei a fazer cosquinhas em sua barriga, ela começou a se retorcer e rir sem parar.



__ Ta bom, Ta bom, eu te perdoa, agora PARA!!! – eu parei e lhe dei um abraço forte. – Sua bobolina.



__ Bobo o que? – perguntei rindo.



__ Bobolina, a nem tenta me entender.



__ Ok! Você vai sair com a gente hoje né? – ela se olhava no espelho.



__ Pra você me deixar sozinha de novo com o Listing, nunca! – ela exclamou se virando pra mim com uma cara de é obvio!



__ Não vamos! Eu te prometo que... – fui interrompida pela campainha que tocou, ela fez sinal para que eu atendesse. Me levantei e abri a porta, mas não tinha ninguém, apenas uma grande caixa branca no chão. Dei de ombros, peguei a caixa e entrei.



__ Quem era? – ela me perguntou curiosa.



__ Uma caixa. – respondi rindo.



__ Não tem nenhum bilhete? – ela perguntou olhando pra caixa, procurei mas não tinha nenhum. Decidi abrir a caixa e ai sim havia um bilhete por cima do pano que cobria o presente. Carlla pegou o bilhete. – “ Quando disse pra você confiar em mim era porque tinha um motivo, disse que iria ter roupa pra sair comigo e aí esta, espero que goste. Beijos Tom! P.S. : Você vai ficar linda nele.”



Ele não podia ter feito o que eu pensava que ele tinha feito, olhei para Carlla e ela tinha um sorriso em seus lábios.



__ Abre logo! – ela mandou, calmamente fui tirando o pano que o cobria. Quando o vi quase cai pra trás, Carlla tapou a boca com as mãos de tão grande a surpresa.

Postado por: Grasiele

Glamourous - Capítulo 3 - Towards Paris!

__ Nunca te falaram que é feio escutar as conversas alheias? – Meu Deus, Tom Kaulitz estava parado na minha frente e falando comigo, eu só podia estar sonhando. Annie acorda, ele não ta com uma cara nada boa, ótimo jeito de começar, idiota, pensei comigo mesma. Seu olhar era triste, talvez fosse por causa da briga.



__ Hãm... – tentei começar a me explicar. – é que eu estava com vontade de ir ao banheiro sabe só que eu não conheço nada aqui então me perdi e ai ouvi vozes e vim perguntar se sabiam onde é o banheiro mas vocês estavam brigando e eu não me contive e ouvi. – assim que terminei ele me olhava confuso.



__ Já te explicaram pra que servem as virgulas? – se eu não estivesse tão envergonhada por ter ouvido sua briga lhe responderia a altura, mas também ele devia estar nervoso. – mas então, quem é você?



__ Annie Totizzi. – estendi minha mão, ele a apertou e abriu a boca pra falar, mas eu o interrompi. – Tom Kaulitz. – ele fechou e abriu um sorriso de canto. – é impossível não lhe conhecer.



__ Que droga!! – ele exclamou cabisbaixo.



__ Você acha? Eu não! ai como eu queria poder ser reconhecida mundialmente. – falei olhando pro nada.



__ Não se iluda com os flashs, eles podem te cegar e te fazer não enxergar a verdade. – fiquei confusa com aquelas palavras dele. Ele saiu caminhando sem me dizer mais nada, fiquei lá, parada o olhando caminhar. Ele se virou.



__ Vai ficar ai? Já passou a vontade de ir ao banheiro? – se eu pudesse abriria um buraco no chão e enfiaria minha cabeça lá, com certeza! que fofo ele ia me mostrar onde era o banheiro, fui ate ele, e fomos caminhando por entre os corredores agora vazios. – mas então o que você faz aqui?



__ Bom é que, sou a nova modelo da agencia. – ele parou de caminhar e olhou surpreso para mim.



__ Sabia! Você tem cara de modelo. – tinha? Pensei comigo mesma. – foi contratada pra substituir a Rebeca não é?



__ Isso mesmo. – falei voltando a caminhar ao seu lado.



__ E ta feliz? – ele perguntou fitando o chão.



__ Mais é claro! Esse sempre foi meu maior sonho, desde muito nova ficava me imaginando em cima das passarelas, em capas de revistas. Sabe que eu ainda não acredito que consegui? – ele estava mais animado, de vez em quando abria um sorrisinho de lado. – pena que eu mal cheguei e já não foram com a minha cara.



__ Como assim? – ele perguntou mexendo nos botões da sua camisa xadrez. – Ahh já sei, Jennifer? – ele falou estalando os dedos como alguém que tinha descoberto algo.



__ A-hãm. – respondi sem entusiasmo, ainda estava chateada por Jennifer não gostar de mim.



__ Não liga pra ela, isso tudo é insegurança da parte dela. – estava confusa, como uma mulher daquelas podia ser insegura? Parece que ele tinha percebido minha cara de duvida. – escuta, você é carne nova no pedaço, os estilistas e agentes estão loucos por rostos novos, e sinceramente você me parece ter muito potencial, é uma grande concorrente pra Jennifer. – agora tudo fazia sentindo. Estava caminhando ao seu lado ainda pensando no que ele tinha me dito, quando ele deu um pulo do meu lado me fazendo assustar. – Caramba eu to mega atrasado! – ele olhava pro relógio em seu pulso. – Annie eu adorei te conhecer, mas preciso ir, a gente se tromba por ai. – ele me deu um beijo no rosto e saiu correndo todo desengonçado, um leve sorriso se formou em meus lábios, Tom era realmente muito legal.





Narrador...



Tom chegou igual a um foguete na Van que os esperava na porta da Arena onde tinha sido o desfile, Pepe estava do lado de fora da Van com uma cara nada boa.



__ Pepe me dês... – Tom começou a se explicar, mas Pepe o interrompeu.



__ Entra na Van agora Tom!! – Tom provavelmente responderia a altura se Pepe não fosse seu superior, mas acatou sua ordem calado, entrando na Van de cabeça baixa. Assim que entrou, Bill que estava olhando para a janela virou a cabeça rapidamente e depois voltou a olhar para a janela. Tom se sentou ao lado de Georg.



__ Aonde é que você tava Tom? – Georg perguntava entre dentes.



__ Com uma garota. – ele respondeu com naturalidade.



__ Mas você não tem jeito mesmo né Tom, só fica atrás de garotas. – Georg tinha um tom inconformado na sua voz.



__ Calma ta, não é nada disso que você ta pensando Senhor Perfeito e Puro! – Tom foi sarcástico. – ela é uma modelo nova e eu estava mostrando o lu...



__ Perai, modelo nova? – Georg o interrompeu.



__ É, ela ta substituindo a Rebeca, mas continuando, eu apenas tava mostrando o lugar pra ela sabe, nada demais. – Georg olhava Tom curioso, não parecia seu amigo mulherengo falando. – pela primeira vez não senti atração por ela.



__ Ela era tão feia assim? – Georg exclamou um pouco alto, fazendo os outros modelos virarem para ver da onde tinha vindo o grito.



__ Pelo contrario era linda, mas sei lá, ela me encantou sabe, mas de um jeito diferente, ah não sei explicar. – Georg o olhava confuso.



__ É melhor você consultar um psicólogo Tom, você não ta bem das idéias não. – Tom revirou os olhos e se virou olhando as ruas que passavam como borrões pela janela da Van. Eles não sabiam, mas alguém tinha escutado toda a conversa em detalhes.





Aeroporto Internacional de Milão...



O aeroporto aquela tarde estava lotado, não sei se era pelo fato da equipe da agencia de Maria que estava em peso no aeroporto ou se Milão inteiro tinha decidido viajar. Estava amarrando os cadarços do meu tênis quando percebi que alguém se sentou ao meu lado. Olhei pra cima e uma garota de cabelos pretos, encaracolados e bem compridos me olhava curiosa, sabia que a conhecia de algum lugar, só não tinha certeza da onde.



__ Olá, Carlla Reneé. – ela estendeu sua mão assim que me levantei.



__ Oi, Annie Totzzi. – retribui seu comprimento, ela abriu um sorriso e pegou um copo de café.



__ Eu sei, estava no camarim quando Maria disse que você iria substituir a Rebeca. – ela tomou um gole de seu café e olhava pro meio do nada.



__ Então você é modelo? – perguntei já sabendo a resposta.



__ Sou sim. – ela me olhava com um ar sereno, era muito bonita. Tinha grandes olhos verdes oliva, um nariz fino e uma boca grosa e bem desenhada. Sua pele era bem branca que fazia com que seus cabelos negros se destacassem. – Olha eu vi como a Jennifer te olhou e quero te alertar, tome cuidado com ela. – arregalei os olhos, pronto corria risco de vida agora! – Calma, é que Jennifer é do tipo de garota que faz de tudo pra ter o que quer, tudo mesmo. – fiquei um tempo pensando no que seria esse “tudo”, enquanto Carlla bebericava mais do seu café. – Só estou te avisando porque gostei de você e já percebi que você é daquelas garotinhas inocentes que acreditam em tudo que te falam. – não pude deixar de me ofender, eu não era inocente, ou era?



__ Então não deveria acreditar no que você esta me dizendo não é? – rebati sua critica, ela olhou pra mim com um sorriso nos lábios.



__ Esse é o espírito. – não sei por que, mas sentia que Carlla era a pessoa certa pra se confiar. Ficamos em silencio, ambas olhando pra direções opostas. Meu olhar passeava por todas as pessoas ali naquela sala de espera, ate que meu olhar encontrou ele. O responsável por fazer minhas pernas tremerem, por me deixar hipnotizada, por meu coração bater descompassado. Ele estava tão lindo, mas seu olhar estava triste, não parecia o mesmo olhar das capas de revista. Eu não conseguia desviar meu olhar dele, o jeito como ele apoiava a cabeça nas mãos e olhava para os aviões lá fora que pousavam e decolavam, tudo nele me encantava de um jeito. Se não me conhecesse tão bem diria que estava apaixonada.



__ É melhor não se apaixonar por ele. – Carlla falou me tirando do transe, olhei pra ela assustada. – Ele não é o cara que todo mundo pensa.



__ Como assim? – perguntei curiosa.



__ Digamos que ele é meio frio, calculista, não tem sentimentos. – não! Ela não podia estar falando da mesma pessoa. Bill Kaulitz não podia ser assim, ou podia. – Se soubesse o que fez com o próprio irmão.



__ O que ele fez? – era por isso que os dois estavam brigando?



__ Me desculpa, mas não sou eu que irei contar. – Droga! Precisava saber, será que Tom me contaria? Voltei a olhar para ele ainda não acreditando que Bill Kaulitz não tinha sentimentos e o que ele teria feito ao Tom? – Hey, vamos, já estão chamando nosso vôo. – Carlla já estava de pé, me levantei ficando ao seu lado. Ela passou seu braço no meu e abriu um sorriso. – Paris aí vamos nós! – ela gritou fazendo com que eu soltasse um gargalhada. Em algumas horas estaria em Paris, ainda era difícil de acreditar em tudo o que estava acontecendo na minha vida, era tudo tão inacreditável. Agora sabia que minha carreira tinha começado, o que aconteceria daqui pra frente eu não fazia a mínima idéia.

Postado por: Grasiele

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