sábado, 18 de fevereiro de 2012

Glamourous - Capítulo 3 - Towards Paris!

__ Nunca te falaram que é feio escutar as conversas alheias? – Meu Deus, Tom Kaulitz estava parado na minha frente e falando comigo, eu só podia estar sonhando. Annie acorda, ele não ta com uma cara nada boa, ótimo jeito de começar, idiota, pensei comigo mesma. Seu olhar era triste, talvez fosse por causa da briga.



__ Hãm... – tentei começar a me explicar. – é que eu estava com vontade de ir ao banheiro sabe só que eu não conheço nada aqui então me perdi e ai ouvi vozes e vim perguntar se sabiam onde é o banheiro mas vocês estavam brigando e eu não me contive e ouvi. – assim que terminei ele me olhava confuso.



__ Já te explicaram pra que servem as virgulas? – se eu não estivesse tão envergonhada por ter ouvido sua briga lhe responderia a altura, mas também ele devia estar nervoso. – mas então, quem é você?



__ Annie Totizzi. – estendi minha mão, ele a apertou e abriu a boca pra falar, mas eu o interrompi. – Tom Kaulitz. – ele fechou e abriu um sorriso de canto. – é impossível não lhe conhecer.



__ Que droga!! – ele exclamou cabisbaixo.



__ Você acha? Eu não! ai como eu queria poder ser reconhecida mundialmente. – falei olhando pro nada.



__ Não se iluda com os flashs, eles podem te cegar e te fazer não enxergar a verdade. – fiquei confusa com aquelas palavras dele. Ele saiu caminhando sem me dizer mais nada, fiquei lá, parada o olhando caminhar. Ele se virou.



__ Vai ficar ai? Já passou a vontade de ir ao banheiro? – se eu pudesse abriria um buraco no chão e enfiaria minha cabeça lá, com certeza! que fofo ele ia me mostrar onde era o banheiro, fui ate ele, e fomos caminhando por entre os corredores agora vazios. – mas então o que você faz aqui?



__ Bom é que, sou a nova modelo da agencia. – ele parou de caminhar e olhou surpreso para mim.



__ Sabia! Você tem cara de modelo. – tinha? Pensei comigo mesma. – foi contratada pra substituir a Rebeca não é?



__ Isso mesmo. – falei voltando a caminhar ao seu lado.



__ E ta feliz? – ele perguntou fitando o chão.



__ Mais é claro! Esse sempre foi meu maior sonho, desde muito nova ficava me imaginando em cima das passarelas, em capas de revistas. Sabe que eu ainda não acredito que consegui? – ele estava mais animado, de vez em quando abria um sorrisinho de lado. – pena que eu mal cheguei e já não foram com a minha cara.



__ Como assim? – ele perguntou mexendo nos botões da sua camisa xadrez. – Ahh já sei, Jennifer? – ele falou estalando os dedos como alguém que tinha descoberto algo.



__ A-hãm. – respondi sem entusiasmo, ainda estava chateada por Jennifer não gostar de mim.



__ Não liga pra ela, isso tudo é insegurança da parte dela. – estava confusa, como uma mulher daquelas podia ser insegura? Parece que ele tinha percebido minha cara de duvida. – escuta, você é carne nova no pedaço, os estilistas e agentes estão loucos por rostos novos, e sinceramente você me parece ter muito potencial, é uma grande concorrente pra Jennifer. – agora tudo fazia sentindo. Estava caminhando ao seu lado ainda pensando no que ele tinha me dito, quando ele deu um pulo do meu lado me fazendo assustar. – Caramba eu to mega atrasado! – ele olhava pro relógio em seu pulso. – Annie eu adorei te conhecer, mas preciso ir, a gente se tromba por ai. – ele me deu um beijo no rosto e saiu correndo todo desengonçado, um leve sorriso se formou em meus lábios, Tom era realmente muito legal.





Narrador...



Tom chegou igual a um foguete na Van que os esperava na porta da Arena onde tinha sido o desfile, Pepe estava do lado de fora da Van com uma cara nada boa.



__ Pepe me dês... – Tom começou a se explicar, mas Pepe o interrompeu.



__ Entra na Van agora Tom!! – Tom provavelmente responderia a altura se Pepe não fosse seu superior, mas acatou sua ordem calado, entrando na Van de cabeça baixa. Assim que entrou, Bill que estava olhando para a janela virou a cabeça rapidamente e depois voltou a olhar para a janela. Tom se sentou ao lado de Georg.



__ Aonde é que você tava Tom? – Georg perguntava entre dentes.



__ Com uma garota. – ele respondeu com naturalidade.



__ Mas você não tem jeito mesmo né Tom, só fica atrás de garotas. – Georg tinha um tom inconformado na sua voz.



__ Calma ta, não é nada disso que você ta pensando Senhor Perfeito e Puro! – Tom foi sarcástico. – ela é uma modelo nova e eu estava mostrando o lu...



__ Perai, modelo nova? – Georg o interrompeu.



__ É, ela ta substituindo a Rebeca, mas continuando, eu apenas tava mostrando o lugar pra ela sabe, nada demais. – Georg olhava Tom curioso, não parecia seu amigo mulherengo falando. – pela primeira vez não senti atração por ela.



__ Ela era tão feia assim? – Georg exclamou um pouco alto, fazendo os outros modelos virarem para ver da onde tinha vindo o grito.



__ Pelo contrario era linda, mas sei lá, ela me encantou sabe, mas de um jeito diferente, ah não sei explicar. – Georg o olhava confuso.



__ É melhor você consultar um psicólogo Tom, você não ta bem das idéias não. – Tom revirou os olhos e se virou olhando as ruas que passavam como borrões pela janela da Van. Eles não sabiam, mas alguém tinha escutado toda a conversa em detalhes.





Aeroporto Internacional de Milão...



O aeroporto aquela tarde estava lotado, não sei se era pelo fato da equipe da agencia de Maria que estava em peso no aeroporto ou se Milão inteiro tinha decidido viajar. Estava amarrando os cadarços do meu tênis quando percebi que alguém se sentou ao meu lado. Olhei pra cima e uma garota de cabelos pretos, encaracolados e bem compridos me olhava curiosa, sabia que a conhecia de algum lugar, só não tinha certeza da onde.



__ Olá, Carlla Reneé. – ela estendeu sua mão assim que me levantei.



__ Oi, Annie Totzzi. – retribui seu comprimento, ela abriu um sorriso e pegou um copo de café.



__ Eu sei, estava no camarim quando Maria disse que você iria substituir a Rebeca. – ela tomou um gole de seu café e olhava pro meio do nada.



__ Então você é modelo? – perguntei já sabendo a resposta.



__ Sou sim. – ela me olhava com um ar sereno, era muito bonita. Tinha grandes olhos verdes oliva, um nariz fino e uma boca grosa e bem desenhada. Sua pele era bem branca que fazia com que seus cabelos negros se destacassem. – Olha eu vi como a Jennifer te olhou e quero te alertar, tome cuidado com ela. – arregalei os olhos, pronto corria risco de vida agora! – Calma, é que Jennifer é do tipo de garota que faz de tudo pra ter o que quer, tudo mesmo. – fiquei um tempo pensando no que seria esse “tudo”, enquanto Carlla bebericava mais do seu café. – Só estou te avisando porque gostei de você e já percebi que você é daquelas garotinhas inocentes que acreditam em tudo que te falam. – não pude deixar de me ofender, eu não era inocente, ou era?



__ Então não deveria acreditar no que você esta me dizendo não é? – rebati sua critica, ela olhou pra mim com um sorriso nos lábios.



__ Esse é o espírito. – não sei por que, mas sentia que Carlla era a pessoa certa pra se confiar. Ficamos em silencio, ambas olhando pra direções opostas. Meu olhar passeava por todas as pessoas ali naquela sala de espera, ate que meu olhar encontrou ele. O responsável por fazer minhas pernas tremerem, por me deixar hipnotizada, por meu coração bater descompassado. Ele estava tão lindo, mas seu olhar estava triste, não parecia o mesmo olhar das capas de revista. Eu não conseguia desviar meu olhar dele, o jeito como ele apoiava a cabeça nas mãos e olhava para os aviões lá fora que pousavam e decolavam, tudo nele me encantava de um jeito. Se não me conhecesse tão bem diria que estava apaixonada.



__ É melhor não se apaixonar por ele. – Carlla falou me tirando do transe, olhei pra ela assustada. – Ele não é o cara que todo mundo pensa.



__ Como assim? – perguntei curiosa.



__ Digamos que ele é meio frio, calculista, não tem sentimentos. – não! Ela não podia estar falando da mesma pessoa. Bill Kaulitz não podia ser assim, ou podia. – Se soubesse o que fez com o próprio irmão.



__ O que ele fez? – era por isso que os dois estavam brigando?



__ Me desculpa, mas não sou eu que irei contar. – Droga! Precisava saber, será que Tom me contaria? Voltei a olhar para ele ainda não acreditando que Bill Kaulitz não tinha sentimentos e o que ele teria feito ao Tom? – Hey, vamos, já estão chamando nosso vôo. – Carlla já estava de pé, me levantei ficando ao seu lado. Ela passou seu braço no meu e abriu um sorriso. – Paris aí vamos nós! – ela gritou fazendo com que eu soltasse um gargalhada. Em algumas horas estaria em Paris, ainda era difícil de acreditar em tudo o que estava acontecendo na minha vida, era tudo tão inacreditável. Agora sabia que minha carreira tinha começado, o que aconteceria daqui pra frente eu não fazia a mínima idéia.

Postado por: Grasiele

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