sábado, 18 de fevereiro de 2012

Glamourous - Capítulo 10 - Uncontrollable Jealousy.

11:00 AM – Terraço Soho Grand Hotel...



__ Sabe qual é meu maior sonho? – eu e Bill estávamos encostados sobre o parapeito do terraço, olhando os carros lá em baixo e as pessoas que mais pareciam pequenas formigas. Ele encarava o céu serio. – Pular de pára-quedas. – o olhei admirada.



__ Eu não sei se teria tanta coragem pra isso. – exclamei olhando lá pra baixo. – só de pensar em despencar nessa imensidão azul me dá calafrios.



__ Deve ser uma sensação de liberdade incrível. – ele me olhava sonhador. – sabe de uma coisa, um dia eu vou pular e você vai estar ao meu lado.



__ Ah ta bom, acredito. – ria da situação, de repente ele abaixou o olhar e aquela mesma feição triste de uns dias atrás apareceu em seu rosto. – O que foi? Por que ficou triste?



__ Tom sempre me dizia que seria preciso reza brava pra fazer ele pular de pára-quedas. – um pequeno sorriso triste se formou. – ele sempre teve muito medo de altura, andar de avião.



__ Quando vocês pararam de se falar? – perguntei tentando novamente descobrir o porque daquela briga.



__ Tínhamos 15 anos. – ele começou, finalmente ele ia me contar. – eu era muito ambicioso sabe, sempre quis tudo pra mim e Tom acabou pagando por isso, pelo meu egoísmo. – seu olhar era melancólico.



__ Bill, você já chegou a pedir perdão pelo que fez ao Tom? – perguntei o encarando.



__ Já, mas ele me deu um soco. – arregalei os olhos. – Sabe às vezes eu... – Bill foi interrompido por meu celular que começou a tocar, assim que vi o nome gelei...era Tom.





11:25 AM – Soho Grand Hotel – Quarto 330...



Narrador #



__ Eu preciso falar com você Annie... – Tom exclamou um pouco alterado no telefone, Georg o olhava preocupado. - ... aonde você esta?...venha até meu quarto...não!agora!...é importante! – Tom desligou o celular e o tacou com força no sofá.



__ Tom você ta legal? – Georg perguntou, Tom se virou.



__ Eu já não disse que to bem! – ele praticamente gritou. – Só sabem perguntar se eu estou bem, que coisa! Eu pareço doente? – Georg se calou, sabia que quando o amigo estava nervoso ele ficava estúpido mesmo. – Eu vou matar ele!



__ Tom você tem que ficar calmo, eles só estavam trabalhando. – Georg tentou argumentar.



__ Não venha me dizer que aquilo é trabalho Georg! – Tom começou a andar de um lado pro outro. – Você não viu o que eu vi, não sabe nada, então cala a boca! – Tom gritou nesse momento e no mesmo instante a mesma sensação que ele tinha sentido no escritório da Maria retornou, tudo começou a girar e ficar escuro, mas dessa vez era mais forte, suas pernas amoleceram na hora e ele com certeza ia cair se não fosse por Georg que se levantou rápido e lhe segurou.



__ Tom o que aconteceu? Você esta bem? – Tom foi recuperando os sentidos lentamente e se desvencilhou rápido do corpo de Georg. – Tom você esta pálido.



__ Eu to bem Georg, foi só uma tontura, mas eu já estou bem. – na verdade Tom não estava nada bem, sua cabeça estava pesada e ele se sentou no sofá porque com certeza ia desabar no chão. Ele começou a suar frio e suas pernas estavam tremendo assim como seu corpo inteiro.



__ Tom eu vou chamar um médico. – Georg pegou o telefone, mas Tom o impediu gritando.



__ EU NÃO PRECISO DE MÉDICO DROGA! EU JÁ FALEI QUE TO BEM! PARA DE QUERER BANCAR MINHA MÃE! NEM ELA SE PREOCUPA ASSIM COMIGO ENTÃO ME DEIXA EM PAZ! – Georg colocou o telefone de volta na base.



__ Eu só to preocupado com você Tom, mas se você não quer um médico tudo bem. – Tom apoiou a cabeça com as mãos e sentia como se seu corpo estivesse dormente, sua cabeça estava dormente. – É melhor eu sair, daqui a pouco a Annie ta ai.



__ Me desculpa! – Georg se virou. – eu to muito nervoso e acabo descontando em você, mas olha é serio eu to bem, foi só um mal estar. – Georg balançou a cabeça positivamente.



__ Se precisar de alguma coisa, me liga. – ele se virou e saiu do apartamento, deixando Tom perdido em seus próprios pensamentos. O que estava acontecendo com ele? Seria só um mal estar? Uma coisa ele tinha certeza, não estava se sentindo bem. A tontura tinha passado, mas ele continuava sentindo a cabeça pesada e uma fraqueza. Estava pensando no que faria quando ouviu três batidas na porta, era ela. Se levantou e agradeceu por não sentir aquela sensação ruim. Foi ate a porta e ficou mirando a maçaneta por alguns instantes, respirou fundo e abriu a porta. Annie o encarava curiosa, abriu um sorriso que não foi correspondido por Tom, ele apenas deu passagem para que ela entrasse.



__ E então, o que tem pra me falar de tão importante? – Annie pareceu sentir que era algo serio. – Eu vim o mais rápido que podia.



__ Como ele é? O que achou? – Tom perguntou baixo, Annie parecia não entender bem.



__ Do que você esta falando Tom? Ele quem? – ele começou a rir.



__ Não se faça de desentendida Annie, do Bill, é dele que eu estou falando. – Annie sentiu um calafrio lhe invadir. – Eu vi as fotos.



__ Tom são só fotos. – Uma raiva começou a possuir o corpo de Tom.



__ Aquilo não são só fotos Annie, vocês pareciam um casal boboca e apaixonado. – Annie o olhava incrédula. – Pareciam não, vocês devem ser mesmo, um casal boboca e apaixonado.



__ Tom qual o seu problema? Eu só estava fazendo meu trabalho. Mas quer saber eu não preciso dar satisfações da minha vida pra você. – Annie se virou, mas Tom a segurou pelo braço.



__ A única coisa que eu fiz foi te proteger contra o Bill, mas não você tinha que se envolver com ele. – Tom falava num tom já alterado.



__ Você esta ouvindo o que esta dizendo? Ate parece que seu irmão é algum criminoso! – Annie já estava irritada demais.



__ Ele só quer te enganar como ele enganou a mim. – Tom já gritava .



__ PARA DE QUERER SER A VITIMA O TEMPO INTEIRO TOM! – Annie gritou com ele. – CHEGA DE QUERER QUE AS PESSOAS TENHAM PENA DE VOCÊ! JÁ PENSOU QUE SERU IRMÃO PODE TER SE ARREPENDIDO DO QUE FEZ? NÃO, VOCÊ NUNCA PENSOU! – Tom estava sem reação, ele não acreditava nas palavras dela. – Você diz que ele é egoísta, mas já parou pra ver as suas atitudes? Aposto que não, porque você é do tipo de pessoa que só olha pra suas qualidades, mas na hora de ver seus defeitos prefere apontar os dos outros. – as palavras de Annie estavam entrando como agulhas em seu coração. – Seu irmão só precisa de uma chance...



__ ELE NÃO MERECE CHANCE NENHUMA! – agora era Tom que tinha se irritado. – Sabe qual o meu maior desejo? Que ele morra sozinho! Sem ninguém, sem amor. SOZINHO!



__ Eu me enganei sobre você Tom! Não só eu como as outras pessoas. – Annie deixou escapar algumas lagrimas. – Você não é tão diferente do seu irmão Tom, pelo contrario, é ate bem parecido, a única diferença é que seu irmão aprendeu com o erro, já você, você se tornou à pessoa que seu irmão foi. – Annie se virou, já tinha ouvido o bastante para ficar mal pelo resto da semana, assim que colocou a mão na maçaneta ouviu um barulho forte. Se virou e Tom estava estirado no chão, desacordado. Eu não sei vocês, mas acho que alguém aqui precisa de um médico...e urgente.

Postado por: Grasiele

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