quinta-feira, 1 de março de 2012

Ironias Do Destino - Capítulo 10 - Negar, negar, negar!

(Contado pela 3º pessoa)

      As 14h30 a banda já estava preparada para começar a entrevista. Vários jornalistas, fotógrafos. Todos esperando que um dos garotos confessasse algo para ser publicado na primeira página na manhã seguinte.

           - E o que estão achando de Nova York? – pergunta A.
           - Aqui é muito bonito. Os fãs são bem carinhosos. – responde Bill.
           - E a comida? Gostaram da comida? – pergunta C.
           - Comemos algumas coisas estranhas, mas valeu à pena. – responde Tom.
           - Do que mais gostaram daqui? – pergunta F.
           - Acho que não há algo pra ser escolhido como melhor. As coisas aqui são diferentes, e bem interessantes. – responde Georg.
           - E gostaram das garotas? – pergunta D.
           - Esse assunto é com o Tom. – diz Gustav.
           - Tem muitas meninas bonitas. – responde Tom.
           - Vocês estão namorando? – pergunta H.

      Os garotos se entreolham, e um “Ooooohhhhh” surge dos fotógrafos e jornalistas.

           - Estou solteiro. – responde Gustav.
           - Eu... eu também? – responde Bill.

(***)

           - Cachorro! – grita Holly.

      As meninas acompanhavam a entrevista pela televisão. Maggie deu um ataque de risos quando ouviu isso da Holly.

           - Você está caidinha pelo Bill. – disse Maggie.
           - Não estou não!
           - Ah não, imagina.

(***)

           - No momento ainda não rolou nada com ninguém. – diz Georg.
           - E você Tom? – pergunta J.
           - Estou mais livre do que nunca. – responde Tom.

(***)

           - Não por muito tempo! – diz Maggie.
           - E depois fala de mim. – comenta Holly.

(***)

           - Não estão mesmo saindo com ninguém? – pergunta B.
           - O Bill está. – entregou Tom.
           - Ah, então quer dizer que o Bill está saindo com alguém? – pergunta C.
           - É mentira do Tom. – responde Bill.
           - Não é nada mentira! – diz Tom.
           - Assim, na verdade... não estamos saindo. Estamos apenas... nos conhecendo. – diz Bill.

      A entrevista durou algumas horas, e a banda falou sobre vários assuntos. Os jornalistas não saíram tão satisfeitos, mas curtiram bastante. Mais tarde, quando chegaram em casa...

           - Vocês assistiram a entrevista? – pergunta Georg.
           - Sim. – responde Maggie. – E teve gente ai que não gostou muito de algumas respostas.
           - E porque a Holly não gostou? – pergunta Bill.
           - Por acaso ela disse que foi eu? – pergunta Holly.
           - Só ficaram vocês duas em casa. E a Maggie com certeza não foi. – disse Bill.
           - Ela não gostou quando você disse que estava solteiro. – entregou Maggie.
           - Ah é? – pergunta Bill, com um sorriso nos lábios.
           - Sua vida não me interessa! – disse Holly.
           - Mas ficou com raiva? – pergunta Tom.
           - Claro que não! Que motivos eu teria pra ficar com raiva? O Bill faz o que quiser. Já é bem grandinho! – responde Holly.

      Os meninos começaram a rir. Com raiva, ela vai pro quarto. Georg e Gustav vão pra cozinha para prepararem um lanche, enquanto Tom e Bill ficam sentados no sofá. Maggie se senta numa poltrona quase em frente.

           - Você estava bem bonito hoje. – disse Maggie a Tom.
           - Valeu. – responde ele. - Já você, é bonita sempre.
           - Acho que tem gente demais nessa sala. – diz Bill. - É melhor eu ir pro meu quarto.

      Ele se levanta, e sobe as escadas, deixando os dois sozinhos. Maggie então se senta ao lado de Tom, e começam a conversar. Bill passava em frente à biblioteca, e viu a porta aberta. Deu uma espiada, e notou que Holly estava lendo um livro. Ele então encostou-se à porta, e cruzou os braços, olhando pra ela.

           - Tá olhando o quê? – pergunta Holly.
           - Ficou mesmo com raiva? – pergunta Bill.
           - Não! – ela fecha o livro e se levanta, pronta para se retirar.
           - A Maggie não diria aquilo, se não fosse verdade. – ele a segura pelo braço.
           - Não lhe devo satisfações sobre o que estou sentindo! Você e eu não passamos de dois estranhos que tiveram seus destinos cruzados por azar!
           - Acha mesmo que foi azar? Porque eu gostei de ter reencontrado você.
           - Mas eu não! Esse negócio de ficar perto de você pode nos prejudicar! Será que ainda não percebeu?! Minha carreira como estilista pode ser arruinada se descobrirem isso! A sua nem tanto, pois é “normal”.
           - Eu não entendo você. Ás vezes parece querer o mesmo que eu, e depois parece...
           - E quem disse que é pra me entender?! – ela o interrompeu. – Se acha que estou a fim de você, está muito enganado! De você eu só... só quero distância!

      Holly se desvencilhou das mãos do Bill, e seguiu pro seu quarto. Trancou a porta, e se jogou na cama, abraçando o travesseiro, e começando a chorar. Ele entrou foi pro seu quarto, e também trancou a porta. Uma onda de raiva passou pelo seu corpo, pegou um travesseiro e afundou seu rosto nele, e gritou o mais alto que conseguiu.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 9 - Desculpa esfarrapada.

(Contado pela Kate)

      Acho que isso fez com que nos desequilibrássemos e caíssemos um por cima do outro. Ele ficou olhando fixamente dentro dos meus olhos, e o meu coração que já estava acelerado, parecia agora estar querendo saltar para fora do meu peito. Bill começou a aproximar o seu rosto, como se fosse me beijar. Não posso mentir agora, e dizer que não queria aquilo. Era bem mais forte que eu. Algo dentro de mim falava mais alto. E o que eu tanto temia que pudesse acontecer, aconteceu. O Tom apareceu, e nos viu ali caídos no chão.

           - O que estão fazendo? – pergunta Tom.

      E como se eu tivesse acordado de um transe, empurrei o Bill pro lado e me levantei. Em seguida, ele fez o mesmo.

           - É que... – olhei pro Bill. – O Bill precisava de ajuda com a janela. – disse.
           - Não estava conseguindo abrir. – completou Bill.
           - Sei. – disse Tom. – Se tentavam abrir a janela, porque estavam no chão?
           - Fui inventar de subir na cama, e ele foi me ajudar. Resultado: me desequilibrei e cai, carregando o Bill junto.
           - Um-hum. Sei. – disse Tom.

      O Tom não estava nem um pouco convencido com essas desculpas, e com razão. Bill tentava disfarçar, e fazia força para não rir. Fiquei sem graça, e sai. Me tranquei em meu quarto. Estava morrendo de vergonha.

–--
(Contado pela 3º pessoa)

      Tom seguiu a Holly com o olhar até que ela saiu do quarto. Depois se virou para o irmão, que estava se segurando para não rir.

           - Poderiam ter inventado uma desculpa melhor. – disse Tom.
           - E você tinha que aparecer aqui logo agora? Não tinha algo melhor pra fazer do que ficar atrapalhando os outros não?
           - E por acaso você acha que eu sou o quê? Algum tipo de vidente? Macumbeiro? Acha que tenho bola de cristal? Como é que eu poderia adivinhar que você estava prestes a ficar com a Holly?
           - Ela já não queria ficar perto de mim, depois disso é que não vai querer mesmo.
           - Quer saber minha opinião? Continua tentando. Uma hora ela vai ter que ceder.
           - Será?
           - Vai por mim. Mulheres adoram fazer charme.
           - Hum.
           - Mas mudando de assunto. Eu não havia reparado no quão bonita a Maggie é.
           - E daí?
           - E daí, que você vai me ajudar com ela.
           - Eu o quê? Não estou nem conseguindo me ajudar, quanto mais os outros.
           - Vai mesmo dizer não ao seu irmão?
           - Tá legal. Mas só se prometer que irá me ajudar com a Holly.
           - Ok.

      Isso sim é uma grande irmandade. Enquanto Bill continuava arrumando as suas coisas dentro do quarto, Tom resolve dar uma volta. Holly continuava trancada em seu quarto, até que Maggie aparece por lá.

           - Holly, abre aqui! – dizia Maggie, enquanto batia na porta.

      Holly destranca a porta, e puxa a amiga pelo braço. Em seguida fecha a mesma, e se senta na cama.

           - Ai! – gritou Maggie. – Calma ai! Aconteceu alguma coisa?
           - Eu quase tive uma recaída! – disse Holly.
           - Ia ficar com o Bill de novo?
           - Sim, quero dizer... se o Tom não tivesse aparecido, poderia ter rolado.
           - Meu Deus! A coisa tá ficando séria!
           - Não diga isso nem de brincadeira!
           - E agora? O que pretende fazer?
           - Ficar o mais longe possivel! Quanto mais longe, melhor.
           - E a senhorita pode me dizer como fará isso? Holly, ficar longe do Bill será a coisa mais complicada do mundo!
           - Eu sei, mas também não posso vacilar e correr o risco de ficar com ele de novo.
           - Confessa pra mim. Você gosta ou não dele?
           - Não! Quero dizer... Ai meu Deus, eu não sei! – disse Holly, colocando as mãos na cabeça. – Isso é horrível!
           - Reparou em como o Tom fica sexy com aquela camiseta?
           - O quê?
           - Ele é tão... – Maggie parecia estar sonhando acordada.
           - Ei! – Holly estala os dedos. – Estamos falando de mim ou do Tom?!
           - Foi mal. Ai Holly, você bem que poderia me dar uma ajudinha com ele, não é?
           - Tá me achando com cara de cupido? Ô Maggie, eu mal resolvo os meus problemas amorosos, quanto mais os seus!
           - O seu não tem tanto segredo assim. É só você transar de novo com o Bill, e tudo fica bem.
           - Não acredito que tá dizendo isso! Deveria estar me ajudando!
           - E pra quê melhor ajuda do que isso? Quer saber, eu realmente acho que vocês deveriam sair pra conversar.
           - Acha mesmo?
           - Um-hum.
           - E se eu tiver uma recaída? E se essa conversa acabar na cama?
           - Se isso tudo acontecer, é porque era pra ter acontecido.

      Parece que a cada tentativa que a Holly faz em ficar longe do Bill, é em vão. As coisas parecem ficar complicadas a cada minuto. A Maggie começou a reparar nos músculos que ficam “escondidos” através da blusa que o Tom usa. E ele começou a reparar na beleza da garota. Os dois pediram ajuda a quem é “menos” especializado nesse assunto.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 8 - Botão de Autodestruição!

(Contado pela 3º pessoa)

      O show da banda foi um sucesso. Gritaria do inicio ao fim, principalmente quando Bill começou a cantar “Dogs Unleashed”. No final de tudo, ainda aconteceu uma seção de fotos e autógrafos. Os meninos passaram mais ou menos uma hora fazendo isso.

      Na manhã seguinte, todos já estavam de pé, prontos para tomarem o café da manhã. A banda teria uma entrevista naquele mesmo dia, às 14h30. A campainha toca.

           - Eu preparei o café, então não irei. – disse Maggie.
           - Acabei de me sentar. – disse Georg.
           - Eu já to até tomando o meu café, ó! – disse Gustav.

      Todos inventaram uma desculpa esfarrapada só pra não ter que atender. A única pessoa que restou, foi a Holly. Ela se levantou, e foi ver quem era.

           - Tem lugar pra mais dois ai? – pergunta Tom, já entrando com suas malas.
           - O-O que fazem aqui? – pergunta Holly, surpresa.
           - A frente do hotel estava tomada por fãs, e queríamos descansar. Não se importa de ficarmos aqui, não é? – disse Bill.

      Claro que me importo! Pensou Holly.

           - N-Não. – responde Holly.
           - Que bom. – diz Tom.

      Os meninos ficaram na sala, e os outros vieram para cumprimentá-los.

           - Tem certeza que querem mesmo ficar aqui? – pergunta Holly.
           - Porque não? Aqui é perfeito para descansar. – disse Bill.
           - Mostre os quartos a eles, Holly. – disse Maggie.
           - Mostre você! – diz ela.
           - Você é a dona da casa. – disse Georg.

–--
(Contado pela Holly)

      E eu achando que as coisas não poderiam ficar piores. O que eu fiz pra merecer isso? E logo ele tinha que vir pra cá? Se fosse o Tom, por mim tudo bem, mas o Bill também? Acho que tem alguém fazendo algum tipo de macumba ou coisa parecida. Só pode ser!

      E tinha outra saída? Eu não poderia deixá-los na rua. Seria muita crueldade, e eu não sou tão má assim. Tive que mostrar os dois quartos restantes. E um deles, ficava praticamente em frente ao meu. E adivinha quem escolheu aquele? Não é necessário nem dizer, porque eu sei que vocês já adivinharam.

      Mostrei o quarto pro Tom, e o deixei sozinho para organizar as suas coisas, em seguida fui mostrar o do Bill.

           - Bonita casa. – disse ele.
           - Está fazendo isso de propósito, não é? – perguntei.
           - O quê?
           - Veio se hospedar aqui só pra me provocar!
           - Claro que não. Precisávamos mesmo de um local.
           - Não poderiam ter ficado em outro hotel?
           - Se o Gustav e o Georg estão aqui, porque também não podemos? Fica tranqüila que não irei atrapalhar o seu romance.
           - Que romance?
           - Não está saindo com o Georg?
           - Estou. – havia me esquecido desse minúsculo detalhe. – É melhor que não fique tão perto de mim para não criar mais confusões.
           - Tipo assim? – ele começou a se aproximar.
           - Isso mesmo. – respondi gaguejando de nervosismo. – E pode começar a se afastar. – lhe dei um leve empurrão.
           - Tá legal. – ele se afastou.

      Sai do quarto dele, e fui pro meu. Precisava tomar um banho antes de qualquer coisa. Acabei me esquecendo até de comer. Entrei no banheiro, e comecei a me despir. Liguei o chuveiro, e a água morna estava tão boa que dava vontade de ficar ali um bom tempo. Terminei o banho, e envolvi uma toalha branca em meu corpo. Retornei ao quarto para me vestir. Peguei uma lingerie e uma roupa, e comecei a colocar tudo. Estava usando apenas calcinha e soutien, quando Bill entra no quarto de vez.

           - Tá maluco?! – gritei, e imediatamente peguei a toalha pra me cobrir.
           - Foi mal. – disse ele.
           - Não sabe bater na porta não?!
           - Pensei que fosse o quarto do Tom.
           - Agora que tá vendo que não é pode sair!
           - Não precisa se cobrir, eu já te vi nua!
           - Sai daqui!

      Ele começou a rir, e aquilo me fez ficar ainda mais irritada. Peguei a primeira coisa que encontrei e lhe joguei. E por azar, era o meu celular, que pegou bem na sua testa, o fazendo cair.

           - Ai meu Deus! Eu matei o menino!

      Corri até ele, e tentava reanimá-lo. Bill ficou desmaiado por alguns minutos, e ninguém apareceu pra me ajudar em absolutamente nada. Estavam todos tomando o café da manhã, e conversando.

           - Bill! Bill acorda! – dava leves tapas em seu rosto.
           - Você quase me matou. – disse ele, se sentando e colocando a mão na cabeça.
           - Desculpa. Mas a culpa foi sua.
           - Eu só estava brincando. Não precisava me jogar um celular.
           - Já pedi desculpas. Você está bem?
           - Minha cabeça tá doendo um pouco.
    
      O ajudei a se levantar, e o coloquei sentado em minha cama. Ele continuava com a mão na cabeça, e parecia um pouco tonto. Aproveitei para terminar de me vestir.

           - É a segunda vez que tentam me matar. – disse ele.
           - Vai começar a fazer drama é?
           - Você me joga um celular na cabeça, e diz que estou fazendo drama?!
           - Vem, eu vou levá-lo pro seu quarto antes que alguém nos veja juntos.

      Bill ficou apoiado em meu ombro até chegarmos a seu quarto. Ele é magro, mas é pesado, e se aproveitou que eu estava ajudando-o. Acho que isso fez com que nos desequilibrássemos e caíssemos um por cima do outro...

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 7 - Salve-me!

(Contado pela Holly)

      A noite já havia chegado. Georg, Maggie, Gustav e eu, estávamos sentados na sala, assistindo um filme de terror. Ou melhor, eu estava TENTANDO assistir, mas estava complicado.

           - Você tá comendo mais que a gente! – disse Maggie ao Gustav.
           - Não estou não! – respondeu Gustav.
           - Olha só! Você tá acabando com o refrigerante! – disse ela.
           - Façam silêncio. – disse Georg.
           - Como você é chata, hein? – diz Gustav.
           - Você que é irritante e guloso! – diz Maggie.
           - Dá pra fazer silêncio? – pede Georg, mais uma vez.

      Eu estava me controlando pra não falar nada. Já tô até vendo que a regra nº 3 vai ser quebrada mais uma vez.

           - Come devagar! – disse Maggie.
           - Me erra! – disse Gustav. – Vai ver se eu tô na esquina!
           - Ignorante!
           - Mais será o Benedito?! – gritei.

      Os três começaram a rir.

           - Estão rindo do quê? – perguntei.
           - Que porra é essa de “Benedito”? – pergunta Georg.
           - Deve ser algum parente dela. – responde Maggie.
           - Ou um antigo namorado. – diz Gustav.
           - Calem a boca! – gritei mais uma vez. – Se não querem ver o filme, se retirem!
           - Relaxa Holly! – disse Georg, me jogando algumas pipocas.
           - Não desperdice comida! – disse Maggie.
           - E você fica quieta! – disse Gustav à Maggie.
           - Eu por acaso me dirigi a você?
           - Não, porque você não está de carro!

      Só ele achou graça da própria piada. Quando parou de rir, nós três nos entreolhamos e começamos a rir, mas não da piada, e sim da cara que Gustav estava fazendo.

           - Vocês são um bando de loucos! – disse Georg.
           - Vocês não! Porque eu sou a única certa. – falei.
           - Você é muito convencida, isso sim. – disse Gustav.
           - Ninguém te perguntou nada! – disse Maggie.
           - Ô garota, deixa de ser intrometida! – diz Gustav. - Só responda quando falarem com você.

      Mais uma vez a briga estava começando a se formar. Já repararam que essa convivência tá ficando complicada, não é? Acho que vou acabar enlouquecendo de vez! Preciso de médicos urgentemente! Alguém pode me ajudar com esses malucos?

      O filme acabou, e eu não consegui ouvir uma palavra se quer, e tudo graças aos doidos que estão morando comigo. Meu pai, o que eu fui fazer? Tô começando a me arrepender de ter espalhado aquele anuncio.

      O dia amanheceu. Era o grande dia! Hoje os meninos fariam o show. Estávamos todos nervosos e ansiosos. Chegamos ao teatro juntos. Os três entraram e eu fiquei alguns instantes na portaria conversando com o segurança bonitão. E quando entrei, me deparei com o Bill.

           - Bom dia. – disse.
           - Eu queria te pedir desculpas. – disse ele.
           - Pelo quê?
           - Por ontem.
           - Ah, está tudo bem. – fui seguindo meu caminho, e ele me acompanhou.
           - Pensei em sair pra tomar um café da manhã, o que acha?
           - Eu já comi. – respondi.
           - Comeu o quê?
           - Não interessa.
           - É chegada num cereal, direto da caixa? Prefere frutas. Panqueca! Gosta de panquecas?
           - Ta legal. Gosto de chocolate e iogurte. Satisfez a sua curiosidade?
           - Comeu isso hoje? Sabia que um bom dia começa com um bom café da manhã?
           - Não quero ser vista tão perto de você. Entenda e obedeça!
           - Sou um chefe conhecendo a sua funcionária.
           - Você transou com a funcionária.
           - Mas eu não a conhecia.
           - E deve continuar assim.
           - Quer que eu seja profissional? – ele parou em frente a mim. – Eu serei profissional.
           - É tudo que eu quero.
           - Então é assim que vai ser.
           - Não disse que ia sair pra tomar o café da manhã?
           - Prazer em falar com você, senhorita Tyler.

      Ele seguiu um caminho contrário que o meu. Será que eu consegui? Não tô nem acreditando que consegui fazer o Bill se afastar de mim!

      Faltava alguns minutos para o show começar, e a rua do teatro estava tomado por fãs eufóricas, loucas para entrar. Os meninos já estavam prontos, só esperando o momento de subir no palco. Georg, Gustav e Tom estavam no camarim, jogando vídeo game para descontrair. O Bill estava em outro lugar, aquecendo sua voz. Sem querer, confundi as salas, e entrei exatamente na que Bill estava.

           - Desculpa. – disse.
           - Não tem problema. – disse ele. – Tem muita gente lá fora, não é?
           - Demais. As meninas não param de gritar seu nome.
           - Estou nervoso.
           - Nem precisa. Vai dar tudo certo.
           - E se acontecer alguma coisa?
           - Relaxa! O que pode dar errado? Pessoas experientes trabalharam aqui, e vocês são ótimos.
           - Com licença. – disse Gustav, entrando. – Bill, falta cinco minutos.
           - Já estou indo. – disse ele.

      Gustav se retirou, e Bill fez seu último aquecimento. Ele já estava saindo, quando me deu vontade de dizer:

           - Boa sorte.
           - O quê? – ele retornou.
           - Boa sorte. – repeti, e ele sorriu.
           - Obrigado.

      Fiquei sozinha na sala, mas não por muito tempo. Acho que alguns segundos depois, Bill volta à sala.

           - Esqueceu alguma coisa? – perguntei.
           - Claro.
           - E o que foi? Talvez eu possa te ajudar.
           - Não fala nada, só...
           - Só...?
           - Me beija.

      Como “sempre” fazia, ele me segurou pela cintura e me beijou. Foi tudo tão rápido que nem tive tempo de me defender.

           - Agora sim estou pronto pro show! – disse ele, e seguiu para o palco.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 6 - Uma noite de um dia duro

(Contado pela Holly)

      Acordei com o celular tocando. Com muito sono, estiquei o braço até a mesinha, e o atendi. Era o meu pai, avisando que eu acabara de ganhar a nossa antiga casa de presente. A casa fica situada próximo ao Central Park, tem seis quartos, duas salas, uma cozinha, e cinco banheiros. É enorme e bem bonita. Morei lá quando tinha dois anos, mas tive que me mudar para Espanha com minha mãe quando meus pais se separaram. Enfim, agora não precisarei mais pagar o aluguei do apartamento. O único problema é que terei de encontrar algumas pessoas para dividi-la comigo.

–--
(Contado pela 3º pessoa)

      Maggie e Gustav viram o anuncio que Holly havia colocado sobre a casa, e foram atrás dela para saberem mais.

           - Porque não? – pergunta Maggie.
           - Porque passamos quatorze horas por dia juntas, e não quero ter que olhar pra você assim que eu acordar! – respondeu Holly.
           - Mas a mim você quer ver, não é? – pergunta Gustav.
           - Você não mora com os outros meninos? – pergunta Holly.
           - Tô cansado de viver num lugar onde só tem machos! – disse ele.
           - Por favor, Holly! – insistia Maggie.
           - A gente tá precisando de um lugar pra morar. – completou Gustav.
           - Tá legal. – ela cedeu. – Mas se essa convivência não der certo, os dois podem tratar de procurar outro lugar, ok?
           - Ok. – responderam em uníssono.

      Depois a Holly foi procurada pelo Georg, que também precisava de um lugar para ficar. Ela concordou, e passou o endereço do local para os três, que disseram que se mudariam ainda naquela noite para adiantar as coisas.

      Mais tarde, quando a Holly já havia mostrado a casa, disse que eles poderiam escolher qualquer um dos quartos, mas sem brigas. Cada um escolheu o seu, e o arrumou a sua maneira.

–--
(Contado pela Holly)

      Passamos a maior parte do tempo no teatro, tentando deixar tudo pronto e perfeito até o show de abertura da turnê. São cinco dias por semana, quatorze horas por dia. Estamos mais juntos do que separados. O relógio marcava 6h13 da manhã de quinta-feira. Mudei minha posição na cama, e me virei para o outro lado. Abri os olhos levemente, e levei um baita susto ao ver Maggie parada como uma assombração, olhando pra mim.

           - O quarto do Gustav é maior que o meu. – disse ela, na maior tranqüilidade.

      Aquilo fez meu sangue subir completamente pra cabeça. Me levantei rapidamente, e acho que isso me fez ficar um pouco tonta. Resultado: cai de cara no chão, e ela nem se deu o trabalho de me ajudar. Me levantei novamente, e sai do quarto. Estava caminhando em direção a cozinha, sendo seguida por ela. 

           - Eu tenho muito mais roupa. Deveria ficar com o quarto maior. – disse Maggie.

      Passamos em frente ao quarto do Gustav, e ele estava na porta, com os braços abertos, tentando impedir que Maggie entrasse.

           - Eu cheguei aqui primeiro! – disse ele, em seguida veio nos seguindo.
           - A casa é dela, então a Holly que decide. – disse ela.
           - Meu quarto são cinco centímetros maior que o seu.
           - Seu armário é maior.
           - E daí?

      Desci as escadas, passei pela sala, e cheguei a cozinha. Os dois continuavam discutindo. Mas e o Georg? Ah, ele provavelmente estava dormindo. Eu não estava mais agüentando aquela briga toda. Minha cabeça estava prestes a explodir.

           - Podem calar a boca?! – gritei, e eles se calaram. – Parecem duas crianças!
           - Que gritaria é essa? – pergunta Georg, chegando a cozinha.
           - Ainda bem que acordou! Vê se dá um jeito nesses dois!
           - Eu só quero o quarto dele, que é maior. – disse Maggie.
           - Deixa de ser chata garota! Eu cheguei primeiro! – disse Gustav.

      Depois de um tempo, os hábitos da residência viram os hábitos do cotidiano. E é sempre bom saber como lhe dar com essa situação. Nº 1: sempre mantenha uma boa cara. Nº 2: faça o que puder para superar o outro. Nº 3: tente manter o controle e ignorar as confusões. É uma pena que eu não tenha conseguido cumprir a terceira regra.

      A manhã conturbada passou, e os quatro foram pro trabalho juntos. Bill saiu de casa mais cedo e foi até uma loja. Estava acompanhado por seu segurança, Carlão. Os dois saíram do estabelecimento, e foram em direção ao carro que estava do outro lado da rua. Carlão tentou avisar que estava com mau pressentimento, mas Bill nem lhe deu ouvidos. Der repente uma moto surge do nada, em alta velocidade. Por sorte, o seu segurança o puxa de volta para a calçada. Mais tranqüilos e seguros, eles entram no carro e seguem em direção ao teatro, onde todos trabalhavam a mil por hora. Estava a maior correria, pois na noite seguinte seria o show.

      As costureiras, muito competentes, faziam o seu trabalho de deixar os últimos detalhes prontos. E sempre que havia um intervalo, Holly e Maggie “corriam” atrás dos meninos para fazê-los provar as roupas. Os primeiros a fazer isso, foram Tom e Georg. Tom logo foi liberado, e enquanto provava, Georg cantarolava, e a Holly se divertia com a situação.

      Georg terminou, e se retirou. Holly ficou no camarim sozinha, e estava distraída arrumando as roupas. Quando se virou, viu Bill parado na porta com os braços cruzados.

           - O que você quer? – pergunta Holly.
           - Que negócio é esse do Georg ir morar na sua casa? – pergunta Bill.
           - Por quê? Está com ciúmes?
           - Claro que não! Eu não tô com ciúmes!
           - Que bom, porque se estivesse, eu diria que seria uma bobagem.
           - Mas você e ele...
           - Está querendo saber se transamos? Não. Nós não fizemos isso.
           - E nem deveriam fazer!
           - Agora sim está com ciúmes. Bill, você e eu não temos nada, e só transamos uma vez. Ou seja, não temos absolutamente nada!
           - Nos beijamos no restaurante.
           - Sim. Nos beijamos no restaurante, uma vez! – ela pegou as roupas, e foi seguindo seu caminho, e o Bill ia atrás dela.
           - Esperai, é sério! Vamos sair mais uma vez. Só mais uma.
           - Não!
           - Eu quase morri hoje. Escapei por um triz! O que sentiria se eu morresse, e você não tivesse tido a chance de sair comigo?
           - Deixa de ser egocêntrico!
           - Ah, qual é? Vamos.
           - É a caçada, não é? – ela parou, e ficou olhando pra ele.
           - O quê?
           - Eu vivo me perguntando: porque insiste tanto pra eu sair com você? Sabe que é o meu chefe, é antiético, e que eu vivo dizendo não. É a caçada.
           - É divertido.
           - Viu só? Pra você é só um joguinho. Mas pra mim não é! Minha situação é diferente da sua. Se eu aceitasse, no dia seguinte estaria estampado em todos os jornais “estilista aceita sair com chefe pra crescer no emprego!”. Eu seria julgada, mesmo sabendo que isso não é verdade. Não quero que pensem errado de mim. E quero crescer sim! Mas mostrando o meu talento, e não por ter dormido com você! – disse Holly, e se retirou.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 5 - Irresistível

(Contado pela Holly)

      Faltavam vinte minutos para o motorista vir me buscar, e eu ainda não estava arrumada. Definitivamente não estava a fim de ir nesse jantar. Mas pensando bem... Eu não “briguei” com a Maggie pra desistir logo agora. Como já havia tomado meu banho, só fui fazer a parte mais difícil. Escolher uma roupa legal. Por fim acabei pegando um vestido, não muito curto, e com um pouco de brilho. Nos pés, apostei no pep toe nude. Fiz um make leve, e mantive os cabelos soltos. Não demorei muito pra me arrumar, e logo o carro já estava parando lá na rua.

      Cheguei ao restaurante e fui recebida pelo Gustav e Georg que chegaram ao mesmo momento. Entramos, e nos juntamos aos outros. Além de mim, havia outra garota. Achei interessante, pois assim eu não seria a única entre quatro rapazes.

      Passados alguns minutos do jantar, não me senti muito bem, e fui até a área aberta do estabelecimento. Era um jardim, que até um pequeno lago tinha. Fiquei em pé, respirando um pouco de ar puro, quando senti alguém sussurrar em minha orelha:

           - Você está linda.

      Me virei rapidamente, correndo o risco até de cair, só pra ver quem era.

           - O que é isso? Ficou maluco? – disse. - Perdeu a noção do perigo?
           - O que há demais em fazer um elogio? – pergunta Bill.
           - Mas precisava chegar tão perto?
           - Foi mal.

      Por dentro eu estava tremendo. Não sei por quê.

           - Gosto de restaurantes, mas prefiro fast food. – disse Bill. – E você?
           - Tanto faz. – respondi.
           - Restaurantes são cheios demais.
           - Se isso é uma indireta, eu não irei sair com você! – me afastei um pouco, e fiquei de costas pra ele.
           - E eu te convidei pra sair comigo?

      Que grosso! Pensei. Também não precisava responder desse jeito, não é?

           - Você... você quer sair comigo? – pergunta ele.
           - Nós não temos nada, e com certeza não vou transar com você de novo. E além do mais, você é o meu chefe!

      Eu sempre fazia questão de deixar isso bem claro, mas parece que ele não escuta tão bem.

           - E daí? – pergunta ele.
           - Isso é assédio sexual, sabia?
           - Só estou tomando um pouco de ar puro.
           - Olha, eu vou impor um limite. E o limite é o seguinte: não ultrapasse a linha. – disse me virando pra ele.
           - E essa linha é imaginária, ou quer que eu empreste a caneta?

      Sabe aquele olhar sedutor que não tem como resistir? Era exatamente assim que ele me olhava. Não tinha como resistir aquilo. Que tentação! Bill me puxou pela cintura, e me beijou. Sim! Eu cai em suas tentações.

           - Não! – disse me afastando.
           - Por quê?
           - Por que... porque eu to saindo com o Georg.

      O quê? Nem eu acreditei nisso! E esse foi o primeiro nome que me veio na cabeça. Tinha que ser logo o Georg? Eu deveria ter pensado um pouco, e respondido outra coisa. É nisso que dá, responder as coisas no ato!

           - Não está não! – disse ele.
           - Estou sim! – respondi.
           - O Georg teria me contado.
           - Eu não sei se reparou, mas o mundo não gira em torno de você!

      Foi a última coisa que disse antes de me retirar. Retornei para dentro do restaurante, ainda não acreditando na besteira que falei. Mais tarde, quando estávamos indo embora, chamei o Georg.

           - O que foi? – pergunta ele.
           - Preciso de sua ajuda. – disse.
           - Pode dizer.
           - Se te perguntarem, diga que estávamos saindo há algum tempo, ok?
           - O quê?
           - Depois eu te explico tudo! Mas promete que irá dizer isso?
           - Ta legal. Então... estamos namorando, é isso? – ele deu um meio sorriso.
           - Pode ir tirando esse sorriso da cara. Você só está me ajudando.

      Na manhã seguinte, Sai de casa um pouco atrasada. Cheguei ao teatro uns dez minutos mais tarde. Verifiquei se estava tudo bem com a roupa dos meninos, e fui pra lanchonete. Me sentei e fiz o pedido. Em seguida a Maggie também se senta.

           - A gente não tem que passar por aquele papo, e eu dizer uma parada e você dizer outra, e... ai alguém chora, e a gente se abraça e... – disse Megan.
           - É...
           - Ótimo.
           - Um-hum.
           - E como foi o jantar?
           - Foi legal. – silêncio alguns segundos. – Eu beijei o Bill.
           - Você o beijou?
           - Na verdade, ele que me beijou. Lá no restaurante.
           - Se beijaram no restaurante? E ninguém viu?
           - Ainda bem que não. E eu estava num dia ruim.
           - Nos dias ruins você se agarra com vocalistas bonitões?
           - Mas eu juro que não tive culpa! Ele fica me atiçando!

      Por mais que eu quisesse ficar longe do Bill, isso era complicado. Ele sempre dava um jeitinho de chegar perto e ficar... ah, vocês sabem. Seria difícil, mas eu preciso ficar o mais longe possivel. Tenho que fazer alguma coisa, urgentemente. Até quando irei agüentar isso? Help Me Please!

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 4 - Continua caindo um temporal em minha cabeça

(Contado pela Holly)

      Na tarde seguinte, Maggie e eu estávamos na lanchonete do teatro. Era o nosso horário de lanche, e só retornaríamos ao trabalho daqui meia hora. Aproveitei para ler mais um capitulo do livro de Dan Brown. Os meninos da banda chegaram, e se sentaram numa mesa um pouco distante. De inicio não notei a presença deles, mas a Maggie fez questão de me avisar. Continuei o que estava fazendo, quando ela começou um assunto...

           - Amanhã é o dia do jantar com o Tokio Hotel.
           - O quê?
           - Todo inicio de turnê, eles escolhem uma estilista e leva pra jantar.
           - Sério? – disse sem esboçar interesse algum.
           - Um-hum. E como nós duas somos as melhores até agora, provavelmente irão escolher uma de nós.
           - Se for pra escolher alguém, que seja você.
           - Por quê?
           - Porque eu não quero passar nenhum minuto perto do Bill, do que o necessário.
           - Tá maluca? Algumas garotas se matariam pra sair numa foto ao lado dele.
           - É uma pena que eu não seja uma delas.
           - Tem algo contra ele?
           - Não. Só não... só não quero me expor tanto.
           - Sei.

      Ela estava desconfiada de alguma coisa, mas não disse nada. O garçom se aproximou e perguntou se queríamos fazer algum pedido...

           - Quero um sanduíche light e um copo de suco de laranja. – disse.
           - Não gosto dos sanduíches daqui, mas vou querer um também. – disse Maggie. – Jura que não vai me contar porque não quer ficar perto dele?
           - Não. – respondi. – Se você não gosta, porque vai comprar?
           - Tô com fome. Conta logo!

      O garçom anotou tudo e se retirou. E enquanto eu não contasse nada, ela não iria sossegar, e eu não iria agüentar as suas provocações. Resultado? Contei tudo.

           - Você não pode comentar nada, ficar boquiaberta, nem ter qualquer tipo de reação. – disse.
           - Ok.
           - A gente transou. – disse, e fechei o livro.

      Não achei estranho ela ter ficado calada. Depois de escutar algo assim, até eu ficaria quieta.

           - É... Pode cancelar o meu pedido. – disse ela ao garçom.
           - Não vai mais lanchar? – perguntei.
           - Não gosto de suco de laranja e odeio sanduíche light. Mas... me diz ma coisa. Ele tem pegada? Parece que é bom de cama. Você gostou?

      Estava demorando demais pra fazer as perguntas. O garçom chegou e me serviu. Não respondi as perguntas dela, só tomei o suco e fui pagar tudo. Acabei perdendo a fome. Ela com certeza me seguiu.

           - Ah, me conta vai. O Bill é bom de cama? – ela insistia.
           - Não vou te contar. Isso é algo muito... muito pessoal. – respondi.

      Esbarramos com o Bill e o Tom. E esperamos que eles falassem algo, mas o Tom só ficava me olhando como se soubesse de alguma coisa, e o Bill estava com um leve sorriso.

           - Desejam alguma coisa? – pergunta Maggie.
           - Não. – respondeu Tom, olhando pro irmão.
           - Senhor Kaulitz... amanhã é dia do jantar e...
           - Ah, sim. – interrompeu Bill. – Mas não podemos levar as duas, então... Holly, você vem com a gente.

      O quê? Como assim eu? Não! Nem pensar! Fiquei sem saber o que falar, e essa foi a gota d’água para Maggie, que me fuzilou com o olhar e se retirou.

           - O que deu nela? – pergunta Tom.
           - Eu... eu não sei. – respondi.
           - Será que ela ficou chateada? – pergunta Bill.
           - Acho que sim. Vou atrás dela. – disse.

–--
(Contado pela 3º pessoa)

     Holly passava por um corredor, quando encontrou Maggie sentada no chão. Ela não sabia se chegava mais perto, ou se falava dali mesmo. Mas ficar longe não resolveria muita coisa, então ela se aproximou.

           - Se aquilo era tão importante pra você, eu falo pra ele que eu...
           - Por favor, vai parando! – ela a interrompeu. Não quero favor seu.
           - Maggie!
           - Você mentiu e foi mesquinha!
           - Eu não...
           - Foi sim! – interrompeu mais uma vez.

      Neste mesmo instante, o Bill passava por outro corredor, e resolveu parar para escutar as duas.

           - Não sou favorecida no trabalho por ter dormido com meu chefe. – disse Maggie. – Tem gente que precisa ralar pra ser reconhecida!

      Mesmo sabendo que de alguma forma aquilo era verdade, suas palavras magoaram a garota, a fazendo ficar calada e sem reação. Holly se retirou, com os olhos começando a se encher de lágrimas. Ao dobrar o corredor, esbarrou em Bill.

           - Está ai parado há muito tempo? – pergunta Holly.
           - Desde “não sou favorecida por ter dormido com meu chefe”. – respondeu ele.
           - Tá vendo só o que eu tenho de ouvir por ter ido pra cama com o meu chefe.
           - Ah, qual é? Não vai deixar isso abalar seu emprego, vai?
           - Me escolheu pra esse jantar só porque transei com você?
           - Claro que não! Te escolhi por ser boa no que faz. Digo... em questão de sua profissão.
           - A Maggie já trabalhava com vocês antes, deveria ter escolhido ela e não a mim!
           - Desde que chegou aqui, ela não fez nada que pudesse passar perto do que você faz. E não deveria deixar a nossa transa atrapalhar algo merecido.
           - Mas o problema é que...
           - É que mais nada! Você vai nesse jantar e acabou!

      E tinha como dizer não a essa sedução? Holly se sentia confusa com tudo que estava acontecendo, e olha que é só o começo.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 3 - Nada de lembranças!

(Contado pela 3º pessoa)

      Ele olhou para trás pra ter certeza de que ninguém havia visto, e que não seriamos incomodados enquanto estivéssemos conversando, então fechou a porta.

           - Senhor Kaulitz!
           - Que história é essa? Algumas horas atrás era “Bill”, agora é “Senhor Kaulitz”?
           - Senhor Kaulitz, vamos fingir que nunca rolou nada.
           - Nunca rolou o quê? Você dormir comigo ontem, ou me dizer apenas o seu primeiro nome? São boas lembranças, sabia?
           - Não! Nada de lembranças! Eu não sou aquela garota da boate e você não é aquele cara. Aquilo não existiu, entendeu?
           - Se aproveitou de mim e quer que eu esqueça tudo, não é?
           - Não me aproveitei! Eu não fazia idéia de quem você era!
           - Eu estava bêbado, sou bonitão e você se aproveitou!
           - Tá legal. Eu é que estava bêbada, e você nem é tão bonito assim.
           - Talvez não hoje. Ontem a noite eu tava bonitão com a minha camisa preta, e você abusou de mim.
           - Eu não abusei de você!

      Bill se aproximou um pouco.

           - Quer abusar mais? – perguntou ele. – Na sexta à noite?
         
      Holly ficou alguns segundos sem responder. Parecia estar pensando.

           - Não. – ela finalmente respondeu. – Você é o chefe, e eu sou a funcionária.

      Ele a olhava com um pouco de malicia.

           - E vê se pára de me olhar assim. – disse Holly.
           - Assim como?
           - Como quem me viu nua!

      Bill sorriu, e se aproximou como se fosse beijá-la.

           - Senhor Kaulitz! – ela recuou. - Está sendo muito... inconveniente.

      Holly desviou dele, abriu a porta e saiu. Chegou até o camarim, um pouco nervosa. Pediu um copo de água gelada, e assim que veio, bebeu tudo de vez.

           - Vai com calma garota. – disse Maggie. - O que aconteceu?
           - Nada. – responde Holly.
           - Tirou as medidas dele?
           - Dele quem?
           - Do Bill.
           - Ah, pode fazer isso por mim?
           - Ta legal.

–--
(Contado pelo Tom)

      Eu estava mexendo no computador, quando o Bill entrou e se sentou poltrona. De inicio ficou calado, mas o conheço bem e sei que estava ansioso pra me falar alguma coisa.

           - Se quer falar alguma coisa, diga logo! – disse sem desviar meus olhos do computador.
           - Lembra da garota que eu te falei hoje mais cedo?
           - E daí?
           - Ela... ela é a nossa estilista.

      Com isso, ele conseguiu chamar toda minha atenção.

           - Você transou com a nossa estilista? – perguntei incrédulo.
           - Pois é! Também não acreditei.
           - Cara, que maluquice!
           - Eu sei.
           - E ai?
           - E ai que não sei de mais nada. Não sei o que fazer.
           - Mas... tá querendo de novo?
           - Sinceramente?
           - Nem precisa responder, eu sei que você tá a fim.
           - O que eu posso fazer se ela é interessante?
           - Porque não tenta convidá-la pra sair novamente?
           - Já fiz isso, mas ela recusou. Disse que eu era o chefe e ela uma funcionária.
           - E ela tem razão.
           - Mas ela beija bem. Acredita que chegou a dizer que eu não sou bonito?
           - E o que você disse?
           - Que eu tava bonitão ontem quando nos conhecemos.
           - Tô até vendo que ela vai te deixar maluco.
           - Já está me deixando maluco!

–--
(Contado pela 3º pessoa)

      Enquanto Holly pensava na “besteira” que havia feito. O Bill tentava encontrar uma maneira para convencer a estilista a sair com ele novamente. Talvez essa tarefa não fosse tão difícil, mas também não seria tão fácil.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 2 - O que eu fiz pra merecer isso?

(Contado pela Holly)

      Deixe-me começar dizendo que sempre há dois lados numa história. E este é o meu lado. O lado certo.

      Despertei após me lembrar que aquele seria o meu primeiro dia num emprego novo. Abri os olhos lentamente, e me deparei com um lugar diferente. Aquele não se parecia nada com o meu quarto. Virei-me, e pude ver o rapaz que dormia com um quase sorriso em seus lábios, e com os braços por cima do lençol. Eu não me lembrava com muita clareza da noite passada, então tentei me levantar com o máximo de cuidado para não acordá-lo. Puxei o lençol, e o enrolei no meu corpo. Ele estava completamente nu, e para não deixá-lo daquele jeito, peguei um travesseiro, e coloquei sobre suas partes. Acho que ele se assustou um pouco e acabou acordando.

           - Acho que isso aqui é seu. – disse ele, um pouco sonolento e me entregando o meu soutien.
           - Nossa. Que situação, hein? É melhor você se vestir.
           - Porque não volta pra cama e engatamos de onde paramos? – disse ele, se levantando, e deixando ainda mais a mostra as suas coisas.
           - Ai meu Deus! – coloquei a mão no rosto. – Cubra logo isso ai!
           - A gente poderia continuar...
           - Estou atrasada pro trabalho, e não é legal se atrasar logo no primeiro dia.

      Peguei as minhas roupas, que estavam espalhadas pelo quarto, e fui pro banheiro. Vesti tudo, ajeitei o cabelo, e retornei ao quarto. Ele já estava vestido.

           - Bom... é melhor eu ir. Então... tchau. – disse.

      Ficamos calados por alguns instantes. Ele sorriu, e quebrou o silêncio.

           - Bill. – disse ele, estendendo sua mão para me cumprimentar.
           - Bill, legal. – o cumprimentei. – Sou Holly.
           - Prazer.
           - Tchau Bill. – disse abrindo a porta do quarto.
           - Não quer uma carona?
           - Obrigada, mas não precisa. – sai, e fechei a porta.

      Entrei no elevador, e me ajeitei mais uma vez, só para garantir que nada estaria fora do lugar quando eu passasse pela recepção. Na rua, tomei um táxi e em quinze minutos cheguei em casa. Olhei no relógio, e eu ainda teria meia hora para tomar banho, me arrumar, comer algo, e sair pro trabalho. Fui correndo pro banheiro.

–--
(Contado pelo Bill)

      Esta foi a primeira vez que dormi com uma garota que eu não fazia idéia de quem era. E isso tudo, por culpa do Tom, que me levou aquela boate pra comemorar o inicio da nossa turnê. Peguei a chave do carro que estava em meu bolso, e fui para casa. A manhã estava fria, então liguei o aquecedor. Passei o caminho inteiro tentando encontrar algo que pudesse ser uma pista para chegar até ela novamente. E a única coisa que eu tinha, era o seu primeiro nome, e isso não resolveria o meu problema. Cheguei em casa, e fui até a biblioteca, onde encontrei o Tom mexendo no computador. Ainda sentia um pouco de sono, e me esparramei no sofá.

           - Pelo visto a noite foi boa. – disse Tom.
           - Foi sim. – respondi.
           - E pegou o telefone dela?
           - Não. Mal conversamos.
           - E como vai fazer para encontrá-la de novo?
           - Sei lá.
           - O Georg acabou de me ligar, avisando que teremos ensaio hoje no teatro onde faremos o próximo show. Ah, e a estilista nova também deve dar as caras por lá pra acertar como será o nosso figurino.
           - Ta legal. Eu vou subir pra tomar um banho, e te encontro mais tarde.


–--
(Contado pela Holly)

      Já tinha terminado de me arrumar, e só estava colocando algumas coisas dentro da minha bolsa. Algumas semanas atrás fiz um contrato de um ano e meio com o empresário da banda Tokio Hotel. Tokio o quê? Eu não faço idéia de quem eles são. Não sei se são todos negros, brancos, amarelos, azuis... Só sei que eu trabalharia exclusivamente para quatro garotos. Estava cruzando os dedos para que fossem pessoas legais.

      Sai de casa dois minutos atrasada. Pra minha sorte, eu os encontraria num teatro onde aconteceria um show deles daqui uma semana, e o local não era tão longe assim. Cheguei por volta das 13h12, e fui recebida por um segurança que mais parecia ator de Hollywood. Ele se aproximou da janela e perguntou o que eu desejava. E se eu não estivesse ali a serviço, teria dito que desejava ele. O homem parecia uma miragem de tão bonito. Alto, olhos claros, cabelo loirinho e um pouco arrepiado. Cara de macho cheio de testosterona! Mas como eu estava ali para trabalhar duro – nem tanto assim -, e não pude dizer nada além de:

           - Holly Tyler. – mostrei o crachá.

      Ele verificou o crachá, e me liberou. Procurei uma vaga no estacionamento, e encontrei uma, instantes depois. Entrei no teatro e a banda já estava começando o ensaio. Eu queria ficar ali pra poder escutar o som deles, mas não pude. Tinha algumas coisas pra resolver. Fui pro camarim pra dar uma conferida se tudo estava indo bem. As roupas deles estavam ficando legais. Eu precisava saber as medidas do vocalista que ainda não foram tiradas, então sai à procura dele, no intervalo de um ensaio para outro. Como eu não sabia quem era, fiquei um pouco perdida.

           - Pode me dizer onde eu encontro... – olhei na etiqueta. – Bill Kaulitz.

      Este nome não me era estranho, mas nem me importei muito. Estava tão preocupada em encontrar o rapaz, que nem dei a mínima.

           - Ele está logo ali. – disse Maggie, apontado para um grupo sete ou oito rapazes.

      Ainda assim, continuei perdida. Ela só apontou! Mas não me disse exatamente quem ele era. Fiquei parada, tentando deduzir quem era esse tal de Bill Kaulitz. Eles foram se dispersando, até que ficaram somente três deles. Der repente, avistei alguém que nunca esperaria ver por ali. Não pode ser ele! Será que é ele? Ai meu Deus, é ele sim! Tentei recuar antes que ele pudesse me ver, mas era um pouco tarde. Fui andando pelos corredores, e ele acabou me alcançando.

           - Ei Holly! Eu posso falar com você um minuto? – perguntou ele, me puxando para uma sala vazia.
           - Estou ocupada. – tentei escapar argumentando isso.

      Ele olhou para trás pra ter certeza de que ninguém havia visto, e que não seriamos incomodados enquanto estivéssemos conversando, então fechou a porta.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino - Capítulo 1 - Apresentação

   Elenco:

* Holly Tyler – ela é uma versão mais “divertida” da Kate. Trabalha como estilista há alguns anos. Numa noite, sai com uma amiga e acaba conhecendo um rapaz com quem passa a noite. Na manhã seguinte, desperta dizendo que iria se atrasar para o primeiro dia de trabalho. Ela fez um contrato de um ano e meio com o empresário da banda Tokio Hotel, e fica surpresa quando percebe que o rapaz da noite anterior é o Bill.

* Bill Kaulitz – não é necessário dizer quase nada sobre ele. Só que passará um bom tempo fingindo não gostar da Holly, quando na verdade está correndo atrás dela, tentando conseguir um novo encontro.

* Maggie Minteer – também é estilista, e se tornará amiga da Holly. Quando ela descobre o que rolou entre ela e Bill, ficará com um pouco de raiva, pois acha que Holly está sendo favorecida em algumas coisas. Sentirá uma leve atração pelo Tom, que aos poucos vai crescendo.

* Tom Kaulitz – dará forças ao irmão para continuar tentando algo com a Holly. Ele e Maggie terão um caso, que se tornará mais forte com o tempo.

* Georg Listing – se tornará amigo da Holly, e a ajudará a colocar ciúmes no Bill. Mas nada irá rolar entre eles.

* Allyson Baker – da mesma maneira que Georg está ajudando Holly, Allyson ajudará o Bill.

* Gustav Schäfer – ele quase não aparecerá, mas estará sempre ao lado do Bill.

Postado por: Grasiele

Ironias Do Destino

Ironias Do Destino
Sinopse: Holly Tyler dormiu com um rapaz que havia conhecido numa boate, na noite anterior. Por sorte ou azar, ela começa a trabalhar como estilista da banda Tokio Hotel, e acaba descobrindo que aquele seu “encontro” era o Bill, que agora é o seu chefe. A situação se complica mesmo, quando ela começa a perceber que não dá pra fugir dele.
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Classificação: +18
Categorias: Tokio Hotel
Gêneros: Comédia, Romance
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência
Capítulos: 32
Autora: Sakura Lang

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