quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sie Hat Mich - Capítulo 9 - Provocações

“You make me so hot
Make me wanna drop
You're so ridiculous
I can barely stop
I can hardly breathe”

(Trecho da música Hot da Avril Lavigne)

- Então, irei te explicar tudo Julia, querida. – Hanz, o fotografo da Vogue falou após ter nos cumprimentado animadamente, e estava mais animado ainda por causa dos integrantes do Tokio Hotel estarem junto e pedirem para acompanhar o ensaio.
- Certo querido, me explique tudo. – pedi assumindo a minha pose séria. Johan sempre dizia que eu ficava muito fofa séria... Vá entendê-lo.
Estávamos numa luxuosa sala de estar, todo o equipamento já estava ajeitado, tiraríamos as fotos lá. Tinham-se apenas uma poltrona preta e um sofá preto com uma almofada num tom de vinho.
- Bem, é o seguinte, iremos tirar duas fotos no sofá, uma na poltrona, duas com aquela janela ali e uma na praia. – ele indicou uma grande janela ao lado do sofá que dava vista para a praia – Serão todas as fotos com trajes de inverno, menos a da praia, é claro. Seis fotos no total, cinco páginas com você e uma das fotos, a capa. Ficaram lindas! Todo o figurino é o Johan que trouxe, até mesmo o biquíni. Marjorie fará a sua maquiagem e Gretta ficará aqui para... Por ficar, já que é ela que fez a matéria. – Gretta Vürck era uma famosa jornalista da revista, que faria a matéria de capa comigo no meio. Talvez ela tentasse uma entrevista, melhor dizendo, talvez no meu contrato tivesse uma entrevista.
- Certo, certo... Já entendi tudo. – falei já me dirigindo para o lado da Marjorie. Eu a conhecia há dois anos, era a principal maquiadora do Johan.
No entanto, a jornalista Vürck, não me deixou terminar a minha trajetória, abrindo aquela grande boca e parando na frente do Bill.
- Você não podia tirar uma foto com ela? – perguntou me olhando de canto.
- Pelo que eu sei, as fotos são apenas comigo... – falei um tanto grosseiramente, sem conseguir me controlar.
- Julia, por favor, controle-se. – Johan pediu num sussurro.
- Ela tem razão. – Bill falou me olhando demoradamente e depois voltando o olhar para a Gretta – As fotos são apenas com ela.
- Apenas uma foto, temos até figurino para você. – ela insistiu – Johan trouxe algumas coisas masculinas que combinariam certinho com você... – insinuou.
Eu e Bill lançamos um olhar assassino para o Johan, que deu de ombros rindo travesso. Então ele tinha combinado tudo! Depois, Bill voltou a me analisar e já estava me incomodando a intensidade que ele me olhava.
- Certo então, apenas uma foto e nada mais. – acabou cedendo ao pedido da jornalista.
- Ah, isso é ótimo! – ela exclamou animada – Muito bem, primeiro façamos as da Julia e depois, a do casal! Ao trabalho pessoal! – ela falou animadamente, sentando-se em uma das cadeiras.
Eu lancei um olhar de poucos amigos para o Kaulitz e segui Marjorie para um dos quartos, onde eu trocaria de roupa.
A primeira coisa que eu vesti foi um sobretudo roxo com meias pretas, um encharpe num tom de vinho dentro do sobretudo, maquiagem um tanto dark e o cabelo com alguns cachos.
Assim que terminei de me trocar, saímos do quarto e voltamos para a sala de estar. O cenário já estava adequadamente pronto, Johan e o resto estavam sentados de frente para o sofá aonde eu tiraria as primeiras fotos.
Johan se levantou na mesma hora que percebeu eu na sala, entusiasmado, ele começou a me elogiar na esperança que eu mudasse a minha cara mal-humorada e pedindo que eu o perdoasse por ter trazido vestes masculinas.
- Oh diva, você não vai me perdoar? – ele perguntou tristemente, fazendo uma carinha... Por que ele tinha que saber o fraco por carinhas?
- Seu chato, você sabe que eu não consigo ficar brigada com você, então pare com o showzinho e me deixe trabalhar. – falei rapidamente.
Fui até o Hanz, e ele animado, pediu que eu o seguisse até o sofá.
- Muito bem, vamos começar. Quero que você sente-se aqui do lado direito, apóie o rosto na mão direita e olhe para o lado esquerdo, aquele olhar sedutor sabe? Estou te chamando para um amasso no sofá, venha que eu estou mandando. – explicou.
Eu ri com a suposição dele e me sentei no sofá, exatamente da forma que ele pediu.
- E as pernas? Normais? – perguntei.
- Claro que não! Cruze-as, assim deixa mais sexy. – ele respondeu se afastando de mim, em direção à câmera – Agora olhe sedutoramente para o lado esquerdo. – pediu, já com a câmera preparada.
Fiz exatamente o que ele me pediu, olhei para o meu lado esquerdo e nossos olhares imediatamente se cruzaram. Ele olhava curioso, ou talvez apenas observasse... O Kaulitz de cabelos negros inclinou-se ligeiramente para o lado de Johan e falou alguma coisa que eu não consegui entender, Johan pareceu se alegrar muito com o que ele falou, pois deu um grande sorriso. Para provocá-lo, eu fiz o olhar que o Hanz me pedira, ele pareceu ficar satisfeito com o que eu acabara de fazer e o flash aconteceu. Repetimos algumas fotos, mas terminamos rápido. Agora, faltava apenas a foto da praia e a que eu teria que tirar com ele. Depois de muitos olhares incômodos e provocações, estava na hora de nós dois posarmos para a foto.
- Vamos lá Julinha, você ficará linda naquele vestido vermelho ao lado do divo! – Johan exclamou alegremente me puxando para o quarto.
- Calma, calma! – falei enfurecida me deixando ser levada por ele.
A próxima roupa que eu vestiria era um vestido vermelho, um tanto decotado e longo, sexy é a palavra que se resumia a ele. Vesti-o com a ajuda de Johan, para fechá-lo. Dessa vez ele mesmo me maquiou, destacando meus olhos verdes com sombra vermelha e me deixando mais branquinha. E por último a sandália de salto altíssimo preta.
- Está linda diva! – ele exclamou me fazendo ficar de frente para o espelho – Muito sexy, o divo vai babar!
Realmente o vestido tinha ficado muito bonito, delineando meu corpo, minhas curvas... Como Johan dissera, tinha ficado sexy.
- Agora, diva, eu verei como o nosso divo querido está ficando, espere aqui. – pediu-me alegremente indo em direção à porta.
- Onde ele está? – perguntei por perguntar.
- No quarto ao lado. – Johan me respondeu – Agora, por favor, não se sente! – e saiu do quarto.
Ficar de pé era a restrição, não podia amassar o vestido e a sandália alta não era problema, já estava acostumada a andar com aqueles saltos, tantos e tantos desfiles. Fiquei por um tempo me observando no espelho e depois, sai andando pelo quarto, parando na janela para observar o mar. Ventava um pouco e por isso se formavam ondas um tanto grandinhas. O sol já estava bem baixo, em breve teríamos o pôr-do-sol... Por isso, essa última foto teria que ser rápida.
A porta do quarto foi aberta, não quis me virar para ver quem era, mas tive a certeza de que era o maníaco sexual quando ele me abraçou por trás.
- Eu realmente não estou gostando disso. – ele falou ao meu ouvido. Me arrepiei na hora ao sentir o hálito quente dele.
- Ninguém está pedindo para você gostar. – falei mexendo os ombros com a intenção de que ele saísse de perto de mim.
- Fique assim querida. – ele pediu docemente – A tal jornalista está perto.
- Você está se aproveitando da situação. – afirmei num sussurro.
- Estou. – Bill concordou mordiscando a minha orelha.
Virei-me na hora de frente para ele. Ia erguer a minha mão e dar-lhe um tapa certeiro no rosto, mas a minha atenção foi mudada para a porta. A jornalista nos observava curiosa.
- É... Você... – mas eu parei de falar.
Na verdade não consegui continuar falando, pois Bill estava muito lindo! Ele estava usando uma jaqueta de couro brilhante preta, um cachecol branco, calça jeans escura e sapatos sociais, mein Gott, ele estava muito lindo mesmo. Eu o ouvi rir da minha expressão abobada.
- Está encantada é? – ele perguntou estralando os dedos perto do meu rosto.
- Idiota. – sussurrei baixinho – Afinal, você não estava mentindo... – falei voltando à realidade.
- Ela está na porta, não está? – ele perguntou descendo a mão pelo meu corpo e apertando a minha cintura.
- Sim... – respondi curtamente inebriada.
Bill se inclinou para o meu lado e eu fechei os olhos, pensei que ele fosse me beijar, mas não. Desceu beijos pelo meu pescoço, quase mordendo-o de novo. Eu, por mais que desejasse que ele continuasse, o fiz parar.
- Vou ficar toda marcada querido, por favor. – pedi com desagrado, pausadamente.
Ele riu do meu desagrado e começou a subir os beijos pelo meu queixo, parando ao lado da minha boca.
- Você quer? – perguntou provocante me fazendo sentir o hálito quente dele.
- Não seja idiota. – falei tentando retornar a minha pose de durona, mas falhando ao senti-lo apertar a minha coxa com uma das mãos.
- Não quer? – perguntou novamente, de modo mais provocante ainda.
Gemi baixinho, praguejando junto, ao sentir-lo apertar a minha coxa novamente por cima do vestido. Estava embriagada com a presença dele ali, com a nossa proximidade, com tudo e estava querendo muito mais que apenas simples toques. Virei meu rosto na direção que a boca dele estava, ele pareceu se afastar para me provocar mais ainda e quando eu fui tentar beija-lo, ele acabou com a distancia entre nossos lábios. Beijamo-nos talvez com um pouco de agressividade. A língua dele invadiu a minha boca sem permissão nenhuma e ele começava a puxar o vestido para cima, clássico de pessoas que queriam mais que apenas uma noite. E eu, como não sou nenhuma santa, estava com a mão já no cinto dele, dá para acreditar? Entretanto, não continuamos por muito tempo para o nosso desagrado, uma batida na porta fez com que nós dois separássemos eufóricos.
- Eu sei que é chato interrompe-los... – era a Gretta – Mas temos que tirar uma foto na praia antes do pôr-do-sol. – ela falou visivelmente envergonhada... E para piorar, ela estava com o celular na mão!
- Ah sim, claro. – falei sorrindo amarelo – Vamos voltar para a sala Bill. – e encarei-o. Ele estava com uma cara de poucos amigos e me deu um olhar irritado, eu apenas o puxei pela mão, para a sala.

Postado por: Alessandra

Sie Hat Mich - Capítulo 8 - A viagem

“Leather and jeans
your watch glamorous
Not sure what it means
But this photo of us
It don't have a price
Ready for those flashing lights
'Cause you know that baby I-”
(Trecho da música Paparazzi, da Lady Gaga)
- Então, vocês terão que andar de mãos dadas, agirem como dois apaixonados e saírem juntos, para se conhecerem melhor e nem passarem vergonha um perto do outro. É basicamente isso. – Johan nos explicou entusiasmadamente seu plano, enquanto tomávamos o café da manhã – A frente da sua casa está lotada de paparazzis! Está um surubão aqui!
- Você está se divertindo com isso. – falei emburrada, a parte dos paparazzis já era imaginável – Aposto que tem dedo seu nisso tudo que aconteceu.
- Eles descobriram até sobre a briga entre eu e aquele babaca. – o Kaulitz falou baixando o jornal e olhando emburrado para o Johan também.
- Vocês dois falam como se a culpa fosse minha. – ele falou meio tristonho – Eu não fiz nada que vocês fizeram essa noite... E que noite! Teremos que usar maquiagem para tampar esses chupões que você tem no pescoço Julinha.
Automaticamente levei a mão ao pescoço e corei um pouco.
- Culpa minha... Sei. A culpa é dele. – falei em minha defesa.
- Ah sim, a culpa é minha? Foi você quem tinha a camisinha... – ele falou sarcástico me olhando com um sorriso de canto.
- Não acredito! – Johan se descabelou – Finalmente ela serviu para algo! – comemorou – Estou tão orgulhoso de você Julinha! – e apertou a minha bochecha por cima da mesa.
- Não é hora para comemoração! – reclamei – E vai me deixar com mais uma marca.
- Oh, é verdade. Perdoe-me diva.
- Idiota. – Bill e eu afirmamos ao mesmo tempo. Nos encaramos por um momento e depois viramos o rosto para o lado.
- Seus bobinhos... Não me diga que brigaram agora! Essa madrugada vocês não brigaram, pelo jeito que eu vi vocês dormindo na cama. – ele falou segurando o riso.
- Não acredito que você entrou no quarto. – falei me alterando rapidamente.
- Quem você acha que deixou a revista e o jornal lá? – falou – Euzinho. Não sei como vocês conseguiram chegar até o quarto...
- Já chega Johan, não é necessário falarmos mais sobre isso. – repreendi-o e me levantei da cadeira – Vou arrumar as minhas coisas e vamos para Hamburgo logo.
- Sim, sim, sim! Vamos para a praia! – os olhinhos de Johan brilharam.
- Voltarei para o meu apartamento. Tenho que pegar algumas coisas lá. – Bill levantou-se também.
- Ótimo, nos encontramos lá!
- Ahm? Como assim? – perguntei sem entender.
- É, como assim? – Bill perguntou também erguendo uma sobrancelha.
- Oh, não me digam que vão perder a chance de viajarem juntos? Será ótimo! – falou e riu, acho que da nossa cara.
- Você não pode estar falando sério!
- Mas eu estou falando diva. – Johan falou na maior cara de pau me olhando.
- Será que você cabe no porta-malas? – Bill provocou-me.
- Ora seu... Espera pra ver quem é que vai no porta-malas! – falei irritada, fechando a mão.
Ele apenas riu e nos deu as costas.
- Nos vemos mais tarde.
Ah, Johan ia escutar de mim, ia escutar muito! Enquanto eu reclamava para ele e arrumava as minhas coisas para a viagem, o tempo foi passando. Quando eu vi, já estava na hora de nós irmos. Novamente, entrei no carro do Johan, após passarmos por vários paparazzis querendo saber sobre a minha madrugada com Bill Kaulitz, e Johan me levou pelas ruas de Berlim, para o apartamento dos gêmeos. Onde Tom, Georg, Gustav e Bill nos esperavam encostados numa 4 por 4 e uma BMW prateada. E junto deles, tinha uma Mercedes com alguns seguranças.
- Finalmente vocês chegaram! – Tom falou me ajudando a tirar as três malas que eu havia trazido.
- Não fui eu que deixei as minhas coisas para serem arrumadas para a última hora... – Johan falou meio bravo olhando para mim.
- Desculpe se eu nasci. – falei na maior irritação.
- Ei, olha o stress... Estou muito feliz que por meu irmãozinho ter tido uma noite daquelas, é bom vocês não estragarem essa minha felicidade toda! – Tom exclamou animado, largando as minhas malas na BMW.
- Cala boca Tom. – Bill falou cruzando os braços e desencostando do carro.
- Ah Bill, não vai contar nadinha do que aconteceu pro seu adorado irmãozinho? – Tom perguntou rodeando o irmão.
- Claro que não idiota. – ele falou dando a volta no carro, para a porta do passageiro.
- Não seja mal Bill! Ao menos usou camisinha? – perguntou seguindo-o – Pelo que eu sei você nunca carrega uma... Como fez? Comprou em alguma farmácia?
Eu corei nessa hora, e de pensar que fui eu quem forneceu isso... Bill ignorou-o e abriu a porta do carro.
- Entre no carro. – mandou. Quem ele pensa que é para mandar em mim?
- Você não manda em mim. Não vou entrar no seu carro. – falei durona, cruzando os braços em frente ao corpo.
- Ui, essa doeu. – foi o comentário que eu ouvi do Georg.
Bill apenas rolou os olhos e tornou a me encarar, mas irritado do que antes.
- Entra no carro logo. – mandou novamente.
- Não entrarei nisso, enquanto você não pedir com delicadeza. – falei me emburrando e girando os olhos.
Tom riu e se juntou a Georg nos comentários idiotas.
- Nem parece ser meu irmão... Será que foi sexo selvagem e o deixou mal por não estar acostumado? – Tom perguntou rindo para o Georg.
Eles apenas riram mais ainda, acompanhados de Johan e Gustav.
- Poderia fazer a grande gentileza de entrar no carro. – ele pediu ainda segurando a porta – Por favor. – acrescentou.
- Claro que sim. – dei um sorriso falso e me dando por vencida, entrei naquele carro.
Ele fechou a porta com força desnecessária e deu a volta rapidamente no carro, enquanto eu sorria satisfeita colocando o cinto de segurança. Bill entrou no carro e fechou a porta novamente com força, colocou o cinto e quando ia dar a partida, Tom bateu na janela dele. Emburrado, ele abaixa o vidro da janela.
- O que você quer? – pergunta irritadinho.
- Sabe, eu estava pensando... Se vocês precisarem parar num motel na estrada, eu vou entender... Três horas e meia de viagem... – Tom falou todo malicioso, mexendo no piercing da boca.
- Vai se danar Tom. – Bill falou subindo novamente o vidro da janela.
- Mas é uma possibili... – continuou.
Ele ia continuar provocando ainda mais ele, mas Bill deu a partida no carro um tanto bruscamente e saiu em alta velocidade em direção à rodovia.
- Será que você podia ir mais devagar? – perguntei rapidamente, assim que ele ultrapassava os carros mais lentos.
- Quem está dirigindo? Eu ou você? – ele perguntou na maior ignorância.
- Ei, eu pedi para você ir mais devagar... Quer saber, dirija do jeito que quiser! – me emburrei novamente, comecei a mexer na minha bolsa e tirei meu iPod de lá.
Apesar de tudo, ele diminui a velocidade e pelo retrovisor, pude ver o carro do Tom nos seguindo e provavelmente a Mercedes com os seguranças. Logo entramos na rodovia e ele ligou o radio, colocando um CD do Green Day. Eu particularmente gosto deles... Tenho algumas músicas no meu iPod, e essa foi uma deixa para eu tirar os fones e ficar ouvindo junto com ele.
Não conversamos boa parte da viagem, mas eu fiquei observando-o pelo canto do olho. Ele era bonito e tudo mais, mas o que me levou a ir para cama com ele? Atração? Desejo? Ou carência? Não que eu tenha terminado há pouco tempo com o meu namorado, tipo, fazia no mínimo seis meses que eu não beijava ninguém. E na primeira chance que eu tenho, acabo indo para a cama com o individuo, isso nunca tinha acontecido comigo! Foi até bom, isso eu não posso negar, levei a minha mão as marcas de chupões que aquele individuo tinha deixado, e de pensar que eu o deixei marcado também... Mais dez minutos de viagem, vimos um daqueles motéis de estrada. Não sei por que, mas automaticamente olhei para o Bill e ele olhou para mim.
- Se quiser nós podemos parar... – Bill sugeriu sorrindo de canto, sem parar de me olhar.
Dei olhar mortal para ele.
- Preste atenção na estrada. – mandei desviando o olhar e cruzando os braços.
- Eu estou prestando atenção na estrada. – ele falou como se fosse obvio, mas senti um ar divertido em sua fala.
- Europeu idiota. – foi ridículo o que falei, eu sei. Fiz um trocadinho com “American Idiot”.
Ele gargalhou com o meu comentário e parcialmente o carro saiu da pista.
- Presta atenção! – elevei um pouco a voz.
- Desculpe, desculpe... Mas foi hilário. – ele pediu ainda rindo.
- Hunf. – resmunguei.
- Não sabia que gostava de Green Day... – comentou, talvez tentando puxar conversa.
- Eu gosto, por quê? Algum problema? – perguntei ainda emburrada.
- Nenhum, isso é ótimo. – falou dando de ombros.
- Hunf. – resmunguei novamente.
- Qual é a sua música preferida? – ele perguntou me olhando pelo canto do olho.
E disso, se iniciou uma conversa que eu achei que nunca teria. Conversamos sobre cada baboseira... Que para resumir, tínhamos bastante coisa em comum até. Deu que, passamos grande parte da viagem conversando e eu, com o porta CD dele no colo, ainda olhando a grande variedade de CDs que ele tinha e encontrando até alguns que eu tinha e que adorava. Nós até que estávamos nos dando um pouco bem, mas chegou uma hora que ficamos sem assunto, quando eu terminei de ver os CDs dele, e guardei no porta-luvas. Sem contar que parecia que nunca chagávamos a Hamburgo.
- Que demora. – reclamei relaxando no banco. Já estava ficando cansada.
- Daqui a pouco nós chegamos. – ele suspirou e continuou a olhar para a estrada.
- Parece que no carro do Johan não demora tanto assim... – comentei olhando para o marcador de velocidade.
- O carro do Johan é mais lerdo que esse. – Bill falou descontraído.
- Então, por que está demorando tanto? – perguntei.
- Não sei...
- Como não pensei nisso antes... Deve ser culpa sua! Está indo devagar para tentar me passar uma outra cantada barata e depois tentar abusar de mim! – exclamei. Agora sim entendia o porquê dessa demora! Só podia ser isso.
- Você tem algum problema? – ele perguntou me olhando seriamente por um momento.
- Não. Você é quem tem problema. – afirmei – É um pervertido, e de pensar que falam tanto do seu irmão... Mas na verdade você é o pior!
- Você que é a problemática. De onde tirou isso? – ele perguntou se irritando – Não sei como podemos ter algo em comum.
- Eu também não sei. – emburrei-me novamente.
Coloquei os fones e passei o resto da viagem ouvindo meu iPod, sem dar atenção para o pervertido ao meu lado. Devo ter cochilado, pois o tempo passou mais rápido, e chegamos à casa de praia onde seria o ensaio fotográfico. Desci rapidamente do carro dele sem falar nada e parei encostada no murinho da casa, esperando Johan sair do outro carro.
- Como foi a viagem diva? – ele perguntou assim que se aproximou de mim.
- Insuportável. Nunca mais me obrigue a entrar num carro com aquele ser. – respondi cruzando os braços.
- O que aconteceu? – Johan perguntou me olhando preocupado.
- Ele estava fazendo alguma coisa para tentar abusar de mim, fazer alguma coisa! – respondi rapidamente apontando para ele, que vinha na nossa direção com as minhas malas.
- Meu adorado irmãozinho está virando homem! Ah, isso é ótimo! – Tom comentou com os olhinhos brilhando.
- Cale a boca! – eu e Bill falamos novamente juntos.
- Oh, estão em perfeita sincronia! – Johan exclamou maravilhado.
- Você também, fique quieto Johan. – mandei – Vamos logo fazer essas fotos, eu quero descansar.
Esse ensaio não seria nada tranqüilo para mim, pois novamente, teria aqueles olhares que eu não sabia como nomear vindo dele.

Postado por: Alessandra 

Sia Hat Mich - Capítulo 7 - Primeira Noite

“I'm so naked around you
And I can't hide
You're gonna see right through, baby”

(Trecho da música Naked, da Avril Lavigne)

O sol e uma conversa baixa me acordaram aquela manhã, o sol entrava insistente pelo vão da minha janela, e a conversa era baixa, mas consegui entender apesar de estar muito sonolenta.
- Devíamos acordá-los. – acho que era a voz da Hanna.
- Talvez não seja a melhor coisa a fazer, vamos fazer o seguinte: Deixamos a revista e os jornais no criado dela e eles dormindo. É melhor. – era a voz inconfundível do Johan.
- Ah, se você acha melhor...
- Pode deixar que eu levo. – ele se ofereceu.
A porta do quarto foi aberta e eu ouvi passos no quarto, continuei de olhos fechados, ele se aproximou do criado, deixou a revista e os jornais, e saiu do quarto, fechando a porta. Demorei um tempo para ficar completamente acordada e me sentar na cama, puxando o lençol junto ao corpo. Olhei para o criado, para o que Johan tinha colocado lá e algo chamou a minha atenção rapidamente. Um dos jornais tinha uma foto enorme minha e do lado estava o Kaulitz de cabelos negros, o titulo me perturbou mais a manchete, Bill Kaulitz passou a noite na casa de Julia Herz, e logo embaixo, uma foto de nós dois entrando na minha casa.
“Ele me beijou lentamente, sua língua invadiu minha boca e eu, inconscientemente, correspondi ao beijo. Bill me abraçou pela cintura, forçando-me para mais próximo dele. Ergui as mãos no intuito de afastá-lo, mas elas pararam em seu abdômen, eu não tinha vontade de afastá-lo, continuava a corresponder intensamente ao beijo. Levei uma de minhas mãos até o pescoço dele e a outra à nuca, incentivando-o a continuar tal ato.”
Comecei a me lembrar aos poucos do que aconteceu na noite anterior, ou melhor, na madrugada de hoje. Nós tínhamos nos beijado, isso eu tinha certeza, mas o que mais fizemos?
“Enquanto nos beijávamos intensamente, senti uma de suas mãos descer da minha cintura para a minha coxa, apertando-a, e a outra, subir pelas minhas costas, me fazendo arrepiar, parando no zíper do vestido. Eu parei na mesma hora de beijá-lo e tentei me afastar dele, alguém podia nos encontrar na sala, não podíamos fazer aquilo no meio da sala de estar! Dessa vez ele me soltou, descendo a mão do zíper para a minha cintura e deixando a outra mão onde estava, mas sem apertar a minha coxa.
Respirei ofegante enquanto abria os olhos, o encarando. Ele me encarava temeroso, mas com um brilho de desejo no olhar.
- Aqui? Na sala de estar? – perguntei pausadamente.
Bill não respondeu, desviou o olhar e se inclinou em direção ao meu pescoço. Beijou e chupou uma parte do meu pescoço, devo ter gemido baixinho, pois ele riu e subiu a boca até o meu ouvido.
- Tem algum lugar melhor? – sussurrou provocante.
- Minha cama... – sussurrei baixinho fechando os olhos de prazer.
Ele se afastou do meu pescoço, subindo a outra mão para o local, enquanto a outra apertava minha coxa. Analisou-me municiosamente e eu, inocentemente, mordi o lábio inferior.
- Para a sua cama. – ele falou sem delongas apoiando uma mão no meu ombro e olhando para a escada de madeira.”
Oh mein Gott, nós tínhamos feito besteirinhas? Olhei melhor para a minha cama, ele estava deitado nela, e dormia tranquilamente. Estava lindo dormindo, na verdade era lindo por completo.
“Subimos as escadas em silêncio, ofegantes e com pressa. Ouvíamos o salto dos nossos sapatos martelando na escada. Fui mais à frente, quando chegamos ao topo da escada, segui para a segunda porta à direita, o meu quarto. Abri a porta e ascendi as luzes, entrando no cômodo. Bill entrou em seguida, fechando a porta e apagando as luzes.
Senti-o deslizar a jaqueta de couro, que era dele e que eu ainda usava, para o chão. Ele me abraçou por trás e puxou o meu cabelo para o lado, beijando, mordicando e lambendo o meu pescoço, enquanto eu gemia baixinho. Ele estava me torturando com aquilo, não agüentei mais e me virei de frente para ele, logo meus lábios foram capturados pelos dele e novamente sua língua invadiu a minha boca. Bill começou a me fazer andar para trás, até o ponto em que as minhas pernas bateram em minha confortável cama, ele se afastou por um momento e me fez deitar.
Eu abri os olhos para entender o porquê de ele demorar a vir até mim e continuar a me beijar. Bill me encarou na quase escuridão do quarto, entrava algumas luzes pela fresta da cortina, não deixando o quarto ficar na escuridão completa. Ele me encarou por mais alguns segundos e tirou a camiseta que usava, também percebi ele tirar os sapatos. Veio por cima de mim, me beijando novamente com desejo. Minhas mãos passeavam por suas costas agora desnudas, enquanto eu tirava com os pés a minha sandália.
Ele tocou o meu corpo sem pudor nenhum ainda por cima do vestido, realmente aquilo já estava me incomodando. Bill sentou-se no meio das minhas pernas, tentando tirar o cinto que usava, mas como estava com pressa, não estava tendo muito sucesso. Sentei-me na cama, segurei suas mãos e ele me olhou por um momento, irritado, tirando as mãos do cinto. Agilmente, abri seu cinto e retirei-o da calça. Ele me olhou satisfeito e deu um sorriso lindo, me agarrando novamente pela cintura e me beijando. Dessa vez, fez o grande favor de subir com as mãos para as minhas costas e descer o zíper do vestido até o final.”
Nós realmente tínhamos feito besteirinhas, olhei para ele dormindo e reparei na tatuagem dele, na barriga do lado esquerdo, um ‘B’.
“Bill afastou-se de mim e esperou eu abrir os olhos para me encarar, colocou ambas as mãos nos lados do vestido e puxou-o para baixo, até a minha cintura. Corei fortemente ao perceber que ele observava o meu corpo desnudo, mas não por muito tempo. Novamente avançou me beijando ainda mais provocante e fazendo-me deitar na cama. Depois, começou a descer beijos pelo meu corpo, me fazendo gemer cada vez mais alto. Comecei a forçar a calça dele com a perna, que ao perceber o que eu queria, se livrou da calça por mim, ficando apenas de boxers. Nessa hora, eu vi uma grande tatuagem em forma de ‘B’ em sua barriga, do lado esquerdo. Eu segui com os dedos a tatuagem, arranhando levemente sua pele. Bill fechou os olhos ao sentir meu toque.
- Deite-se. – pedi.
- O que? – perguntou sem entender abrindo os olhos.
- Deite-se do outro lado. – mandei.
Ele deitou-se sem entender direito o que eu queria, livrei-me do vestido e sentei-me em cima de suas pernas.
- O que vai fazer? – perguntou curioso me observando.
Coloquei o dedo indicador em seus lábios, pedindo silêncio, indo um pouco mais para longe dele, que ainda me observava curioso. Eu me inclinei em direção à sua tatuagem, e comecei a beijá-la e mordiscá-la, o fazendo gemer excitado. Quando parei, voltei a me sentar nele e depois reparei em outra tatuagem mais provocante: uma estrela no quadril, um pouco encoberta pela boxer. Sorri comigo mesma e puxei a boxer até o final da estrela, fazendo o mesmo que fiz com seu ‘B’. Mordisquei com um pouco mais de força e o ouvi gemer mais alto ainda.”
Mas nós tínhamos usado camisinha, ou não? Procurei na claridade do quarto algum plastiquinho e achei um exatamente da mesma cor que o Johan tinha me dado há tempos atrás...
“Bill não agüentando mais aquilo, me puxou para cima dele e rolou, voltando a assumir a situação. Beijou-me com força, desejo e malicia, começando a forçar a minha calcinha. Gemeu de prazer entre o beijo, quando eu arranhei com força suas costas. Mas ele parou de me beijar, separando-se de mim e sentando-se na cama.
- Não dá. – falou de costas para mim.
- Por quê? – perguntei inocentemente, começando a me enrolar no lençol da cama, que estava completamente bagunçada.
- Não trouxe camisinha. – falou – Me arrependo de não ter dado ouvidos ao Tom. – acrescentou batendo no meu colchão.
- Eu tenho. – falei rapidamente me levantando da cama enrolada no lençol.
- Você tem? – ele se virou para me olhar espantado.
- Johan me deu uma, um dia desses... – falei descontraída mexendo na gaveta da minha cômoda.
Encontrei logo o plastiquinho azul e pequeno, estava embaixo de algumas camisolas minhas. Voltei para a cama e joguei-a para o Bill, que me olhava espantando.
- O que foi? – perguntei – Não quer mais? – mordi o lábio inferior.
Ele me olhou novamente, o desejo voltando aos olhos que estavam espantados. Bill voltou a deitar-se por cima de mim, nos cobrindo com o lençol e me beijando. Novamente ele voltou a forçar a minha calcinha, dessa vez tirando-a e tocando minha intimidade. Enquanto eu gemia, forcei sua boxer para baixo com as pernas. Ele mesmo se livrou dela, colocando a camisinha e começando a entrar em mim vagarosamente.
Sussurrei seu nome repetidas vezes e começamos a nos movimentar lentamente, mas cada vez aumentando mais o ritmo. Chegamos ao orgasmo juntos, uma coisa incrível que eu não me lembrava de ser tão boa. Ele tombou do meu lado exausto, ainda nos cobrindo pelo fino lençol branco. Suspirei cansada e lhe dei as costas, Bill abraçou-me pela cintura e me puxou para mais perto dele, me dando um beijo no pescoço.”
Ow, eu não acredito! Taquei o cabelo pra trás corando e ficando muito envergonhada. Mas agora a minha preocupação principal não era o que eu fiz a noite, e sim a mídia. Eles deviam estar loucos por algo, deviam estar na frente da minha casa até! Senti um grande impulso de ir até a janela, mas Bill começou a se mexer na cama, ele estava acordando. Eu pensei em fingir que estava dormindo, mas até eu colocar o jornal no lugar... Ele abriu os olhos lentamente, mas assim que percebeu onde estava, sentou-se rapidamente e me encarou. Não falei nada, apenas entreguei-lhe o jornal que estava em minhas mãos. Bill começou a ler, e cada vez que lia mais, seus olhos se arregalavam. Depois, dobrou o jornal e colocou entre nós dois na cama. Ele não falou nada, e eu comecei a me irritar.
- O que você espera que façamos? - perguntei a ele.
- Vamos enganá-los. - ele respondeu me olhando.
Subi um pouco mais o lençol, para o meu pescoço.
- Ah, que ideia brilhante! - exclamei irônica.
- É a melhor coisa que temos a fazer, eu não quero acabar com a minha carreira por causa de uma noite!
- Eu também não quero Kaulitz, eu apenas te convidei para entrar, e olha onde nós estamos? Na minha cama!
- A culpa não foi minha... - ele falou voltando a deitar-se.
- Muito menos minha, mas não é por causa disso que eu fingirei um namoro! Eu te conheci ontem!
- Julia, não seja idiota, estamos estampados nos jornais, revistas, internet... Como ficara a nossa imagem? Ao menos, vamos tentar nos conhecer, se não der certo, terminamos!
- Por que você tem que ter razão?
- Que seja, Johan irá nos ajudar. – Bill falou como se fosse obvio, me olhando e deitado sobre os braços, folgadamente.
- Sim, ele irá com certeza. – concordei – Agora se troque, - ele só estava com um lençol cobrindo parte do corpo – tenho que ir para Hamburgo ainda, e acho que Johan está por aí. Tem um banheiro no final do corredor.
Me levantei da cama enrolada no lençol, peguei uma troca de roupa e fui para o meu banheiro. Ainda assim, aquilo iria se complicar bastante...


Postado por: Alessandra

Sie Hat Mich - Capítulo 6 - Discussão

“Don't ask me how or why But I'm gonna make it happen this time 
My teenage dream tonight (…) I'm gonna make it happen this time”

(Trecho da música, The Fame, da Lady Gaga)

Finalmente cantamos ‘parabéns pra você’ ao Johan. Ele estava radiante! Apagou as velhinhas emocionado e chorando, dizendo que todos os presentes eram os amorzitos dele. Permaneci na mesa do Tokio Hotel junto com a Vanessa, conversamos os assuntos mais variados enquanto Johan corria de um lado para outro ajeitando algumas coisas da pista de dança que teria lá. - Então, o que deram de presente para o Johan? – perguntei curiosa. - Bem, demos o nosso novo CD autografado e mais um rádio novo para o carro dele, já que ele falou que o rádio antigo tinha uma recepção horrível. – Georg respondeu a minha pergunta. - E você? O que deu de presente para o Johanzito? – Bill perguntou me encarando. - Hum... Dei-lhe entradas para um evento em Paris e um perfume que ele me dissera que havia gostado. – respondi – Além da minha significativa presença. – acrescentei convencida. - Oh, ele deve estar lisonjeado! – Tom brincou. - E está. – brinquei também. Rimos e voltamos a atenção para a pista de dança que Johan tinha pedido para ser colocada lá. Ele estava dançando animado, acompanhado de mais algumas pessoas. A festa estava indo a mil maravilhas, Johan estava se divertindo muito e sempre ia à nossa mesa beber algo ou conversar um pouco conosco. Ele estava sendo um ótimo anfitrião. Depois de um tempo, ficamos em silêncio, um clima chato. Eu ia chamar a Vanessa para que me acompanhasse até o banheiro, mas Tom foi mais rápido e a convidou para dançar. Decidi ir ao banheiro sozinha, e isso foi uma deixa para ele ir atrás de mim. Ajeitei-me melhor e dei uma pequena retocada na maquiagem. Quando ia saindo, eu o vi. Decidi passar reto, como se não o tivesse reconhecido, mas ele falou comigo. - Ora só, nos encontramos de novo. – Strify falou se aproximando para andar junto comigo. - Ah sim. – fui gentil – Novamente. - E então, está gostando da festa? – ele perguntou puxando assunto. - Sim, está muito divertida. Fico feliz em ver que Johan está se divertindo... É bom que ele se distraia um pouco. – respondi sorrindo levemente – E você? Está gostando? - Ow, claro que sim. – ele respondeu rapidamente me olhando por inteiro – Está ótima. – fiquei em duvida se ele estava falando da festa, ou de mim. - Hum... Que bom. – dei de ombros. - Não gostaria de sentar-se um pouco conosco? – ele perguntou gentilmente indicando a mesa que ele estava. Talvez, por reflexo, olhei para a mesa que estivera há pouco. Bill não estava mais lá, estavam apenas Georg e Gustav. Não que eu me importasse o que ele iria achar. Acabei aceitando o convite do Strify, apesar de meio indiscreto, ele foi gentil. Sentei-me com eles e logo começamos a conversar, todos os quatro, pois o tecladista, Romeo e o baterista, Shin, já haviam deixado a mesa antes de eu sentar-me. Eu não podia negar que eles eram divertidos e gentis. Fizeram-me rir tanto... Mas ainda sim me incomodavam as indiretas que Strify lançava para mim. Eu, é claro, fingi que nem era comigo, mas já estava começando a ficar meio difícil. Quando eu fui dar a desculpa de que tinha que ver uma coisa com o Johan, mas ele nem se quer me deixou começar a falar. - Que tal dançarmos um pouco? – ele sugeriu se levantando. - Ahm, não acho uma boa ideia... Não sou uma boa dançarina. – falei – É provável que eu acabe pisando no seu pé. - Não me importo! Vamos dançar um pouco? – Strify pediu fazendo uma carinha... Não resisti. Sempre tive um fraco por caras fofas e uma queda por caras bravas. Esse era meu ponto fraco. - Tudo bem então, mas só uma dançinha. – falei me levantando vagarosamente. - Oba! – ele comemorou me puxando pela mão. Fomos para a pista de dança, que estava bastante cheia. Localizei a Vanessa e Tom quase se agarrando. Começamos a dançar, eu estava com o máximo de cuidado para não pisar no pé dele e para não ficar tão próxima a ele. Mas ele me puxou pela cintura e acabamos ficando um tanto próximos assim por dizer, e para não acabarmos nos beijando, coisa que eu não queria, coloquei o queixo no ombro dele e encarei o resto da festa. Nesse momento algo me abalou. Bill me olhava um tanto decepcionado. Ele virou o rosto assim que eu o encarei, conversou alguma coisa com Gustav e Georg, e depois, veio na minha direção, mas parou para falar com o Johan. Nesse meio tempo, só fui me lembrar que estava dançando com o Strify, quando senti a mão dele tocar descaradamente a minha coxa. Eu fiquei tão irritada, mas tão irritada, que me separei na hora dele e dei-lhe um tapa certeiro no rosto. O pessoal ficou em silêncio, observando-nos, enquanto Strify me encarava estático, com a mão na bochecha, onde meu tapa havia acertado-o. - Quem você pensa que eu sou? – perguntei aumentando o meu tom de voz. - Eu... Eu... – ele começou, talvez envergonhado. - Você é realmente muito descarado e atrevido. – falei rapidamente. - O que ele fez? – alguém me perguntou. Não prestei atenção quem era. - Tocou a minha coxa. – respondi enfurecida. Logo depois que eu respondi, ouvi um barulho de soco e me deparei com algo que eu nunca esperava. Bill estava socando o Strify! Por mais que aquilo fosse gerar confusão, eu fiquei feliz com aquilo. Mas me desesperei assim que percebi que Strify revidava os socos e golpes do Bill. Acabei entrando no meio da briga e segurando o pulso do Bill, impedindo que ele continuasse. Yu e Romeo seguraram Strify. - Será que vocês podiam parar? – pedi aos dois. - Foi ele quem começou. – Strify falou rapidamente tentando se soltar dos amigos sem sucesso. - Fui eu quem começou? Ah, você vai ver só. – Bill falou ameaçando se aproximar do Strify. - Já chega vocês dois. – falei autoritária me colocando entre eles, olhando feio para o Bill. - Mein Gott, dessa vez você passou dos limites Strifyzinho. – ouvi a voz do Johan se aproximando. - Desculpe. – ele pediu envergonhado. - O que mais eu posso fazer? – Johan falou aparecendo e erguendo as mãos para o céu teatralmente. - Eu vou embora. – ouvi a voz do Bill. Ele parecia magoado. – Sinto muito por isso Johan. – ele falou se dirigindo a ele. - Tudo bem Bill, pode ir. – Johan falou e olhou para mim – Eu dou conta das coisas aqui. - Vou ficar e te ajudar com tudo aqui. – falei me adiantando na direção dele. - Não, Julia, é melhor você... – Johan começou. - Pegue as suas coisas, eu te dou uma carona. – Bill falou autoritário sem me olhar – Te espero na garagem. – e depois saiu em direção a garagem do Johan. Não ousei negar, achei melhor ir embora. Despedi-me do Johan, da Vanessa e dos meninos. A festa já havia voltado ao normal como se eles estivessem se esquecido do ocorrido. Entrei na mansão do Johan e peguei as minhas coisas. Uma sacola com a minha roupa, minha bolsa e o meu ursinho verde, o Macky. Dirigi-me para a garagem meio temerosa. Não foi difícil encontrá-lo, ele estava parado na frente de uma BMW prata. Bill olhava para um ponto indeterminado, apenas voltou-se a olhar-me quando eu já estava quase chegando até ele. Tremi por um momento, estava uma temperatura diferente aquele lugar, e era provável que estivesse mais frio lá fora. Quando eu fui pegar a minha jaqueta na sacola de roupas, senti um tecido de couro tocar as minhas costas, Bill tinha tirado a sua jaqueta e havia colocado-a em mim. - Está frio. – ele falou sem me encarar – Vamos, vou te levar para sua casa. – e depois foi para o carro. Fiquei parada por um momento, observando-o entrar no carro. Por um pequeno momento cheirei o casaco de couro dele, uma deliciosa fragrância masculina exalava dele. Andei rapidamente para o carro e entrei no banco do passageiro. Bill ligou o aquecedor do carro, não ousei perguntar se ele estava com frio ou não. Quando saímos da mansão do Johan eu quase fiquei cega! Flashes e mais flashes dispararam sobre nós. Ele não pareceu se incomodar, apenas pediu para que eu lhe falasse o caminho da minha casa. Fizemos o caminho todo em silêncio, não comentamos nada da festa, nem nada de nada. A minha casa não foi difícil de encontrar, não muito grande nem muito simples, mas perfeita, perfeita para mim. Bill parou o carro na entrada da minha casa. Eu olhei-o por um momento e juntei as minhas tranqueiras, quando eu ia pegar o Macky, ele pegou o ursinho e observou-o. - Bem, - comecei – obrigada pela carona. – agradeci. Ele ainda não me deu atenção, olhava para o Macky – Será que podia me devolver ele? – estendi a mão para pega-lo. - Tudo bem, eu te ajudo com as suas coisas. – ele falou pegando o ursinho e tirando das minhas mãos a sacola com as minhas roupas. - Okay, aproveita e... – ia convidá-lo para... Sei lá, tomar alguma coisa. Que ideia boba a minha, tínhamos acabado de sair de uma festa – Certo, vamos então. Mas leve a minha bolsa, eu levo o Macky. – falei lhe dando a minha bolsa e pegando o Macky da mão dele. Ele apenas riu e concordou com a cabeça. Saímos do carro, e eu vi mais um flash. Passamos pelo portão e depois, rapidamente eu abri a porta de casa e entramos. - Não se importa do que eles vão falar de você estar entrando na casa da miss Alemanha? – perguntei a ele. - Hum... Não. – ele respondeu erguendo uma sobrancelha – Sinceramente, a vida é minha e bem, eu posso fazer o que eu quero. – falou seriamente e depois riu. Eu dei risada junto. - Onde deixo essas coisas? – Bill perguntou se referindo a sacola e a bolsa que ele carregava. - Oh, deixe ali no sofá. – indiquei o sofá da sala de estar, onde nós estávamos. Ele deixou a sacola e a bolsa lá, e voltou-se para me encarar. - Então, acho que eu já vou... – ele começou - Antes que especulem que eu estou passando a noite aqui. – e riu me olhando. - Ah sim, eu te acompanho. – falei deixando o Macky na poltrona, sem antes ajeita-lo como se ele estivesse sentado nela. Bill olhou para o ursinho e depois para mim rindo. - Você realmente gostou desse ursinho. – afirmou. - Adorei! Obrigada. - Não foi nada. – ele falou gentilmente. - Certo. – sorri. Fui na direção a porta, e quando passei por ele... Ele me abraçou pela cintura, exatamente como Strify havia feito. Encarei-o por um momento com a testa franzida, Bill apenas riu e me beijou.


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Sie Hat Mich - Capítulo 5 - Vanessa Muniz

“So I walk out in silence
That's when I start to realize
What you bring to my life
Damn this guy can make me smile

It's so contagious
I cannot get it out of my mind
It's so outrageous”

(Trecho da música Contagious, da Avril Lavigne)

O resto da tarde passou rapidamente. Fiquei ajudando Johan em tudo, ajeitando os enfeites com o pessoal que ele contratara para dar uma ajeitada na sua mansão. Dei-lhe o seu presente assim que terminamos de ajeitar tudo e fomos descansar um pouco na linda sala de estar. Ele ficou histérico com o presente. Disse que era tudo o que ele queria, e eu sabia que era. O presente dele era um convite para um importante evento que aconteceria na França, no qual ele pensara que não fora convidado e também um caríssimo perfume francês, o qual ele tinha comentado que havia se apaixonado.

Johan me ajudou a me arrumar, fechando o vestido que ele mesmo fizera para mim. Coloquei a sandália e descobri um colar no meio da minha bolsa, Johan me falou que tinha colocado dentro dela quando estávamos ainda na minha casa, ou seja, ele já tinha tudo planejado para essa noite. Meu adorado amigo também me instruiu para que deixasse o cabelo solto, e rindo, disse que era para eu fazer charminho para um certo Kaulitz. Johan também estava fabuloso! Vestia uma calça social preta com glitter, uma camisa social branca com os botões, detalhes e o bolso em tons de prata e sapatos sociais pretos. E o seu cabelo estava do mesmo jeito de sempre, com um discreto topete.

Ele estava todo empolgado, pois os convidados já começariam a chegar para a mini-festinha dele, pela janela pudemos ver que atrás dos portões já tinham alguns fotógrafos e paparazzis. Ele se divertia planejando coisas contra os paparazzis enquanto eu ria.

Os convidados, como se era de esperar, começaram a chegar. Eu cumprimentava a todos que conhecia e Johan sempre fazia o favor de me apresentar, já que não me permitia sair do seu lado. Johan ficou muito empolgado com a chegada de uma banda na qual ele produzia as roupas exóticas de cada um e vivia dando dicas para eles. Os famosos, mas talvez nem tanto, Cinema Bizarre. Eles eram literalmente bizarros, o nome já dizia, mas também eram super gentis e divertidos. Johan me apresentou a cada um deles, eles conseguiram me soltar por um momento do Johan, por causa do vocalista, Strify ter grudado na minha cintura. Ficaram conversando por um tempo com Johan, enquanto Strify segurava a minha cintura como se fosse a coisa mais comum do mundo. E pelas conversas, estava claro que ele estava dando em cima de mim descaradamente. Johan pareceu notar o meu desconforto e do nada, mandou que Strify tentasse ser mais discreto. Ele apenas deu risada e piscou para mim.

Eu consegui me livrar deles e de Johan com a chegada de Vanessa Muniz, a atual assistente e aluna do Johan. Sim, ele dava aulas numa faculdade de moda, umas das famosas de Berlim. Afastei-me deles com a Vanessa para batermos altos papos na sala de estar que se encontrava vazia.

Ficamos sentadas no sofá branco de quatro lugares de frente para uma estante que tinha fotos das mais variadas modelos, incluindo eu. Vanessa me contava sobre uma modelo que tinha feito um escândalo quando descobriu que o vestido que ela ia usar ainda não estava pronto.

- Ela era uma fresca. – me contou Vanessa – E de pensar que eu vou entrar num mundo onde as maiorias das pessoas são frescurentas. – lamentou.

Eu dei risada da careta que ela fez, tinha me esquecido de como ela era divertida.

- Sim, sim. Algumas são frescas sim... Talvez até eu seja um pouco. – afirmei – Mas me esforço para não ser.

- Não sei como Johan agüenta vocês. – ela falou divertida.

- Anos e anos de prática.

Vanessa era um tanto mais baixa que eu, tinha os cabelos num tom de castanho claro, olhos claros, quase que azuis.

- Imagino... – ela começou, mas parou bruscamente olhando estática para a porta.

- O que foi? – eu perguntei. Estava com medo de olhar para porta e confirmar o que os meus pensamentos gritavam que era.

Ela ergueu a mão, indicando a porta. Eu virei vagarosamente a minha cabeça para olhar quem era e meu coração disparou. Mas por que ele iria disparar por causa de um cara que eu conheci essa manhã? Bill estava lindo. Vestia uma jaqueta vermelha de couro com detalhes em preto, o cabelo continuava baixo como estivera naquela manhã, porem ele havia exagerado mais na maquiagem... Calça jeans pretas e sapatos sociais. Ele deu aquele lindo sorriso quando eu olhei para ele, e eu de súbito, levantei-me rapidamente do sofá.

- Então estava escondida aqui. – ele afirmou animado se aproximando de mim rapidamente.

- Olá Bill. – falei subitamente animada.

Ele ignorou meu cumprimento e pegou a minha mão, me fazendo girar lentamente.

- Uau! Trocou de roupa também, está linda. – ele afirmou soltando a minha mão sem parar de me olhar, descendo os olhos para o meu vestido e depois para as minhas pernas amostra.

- Ei, ei! – exclamei rapidamente ao perceber essa ação.

Bill riu e olhou para o sofá, tinha me esquecido da Vanessa!

- Ahm, Bill, essa é a Vanessa Muniz, assistente e aluna do Johan. – falei indicando a Vanessa para ele – E Vanessa, esse é o Bill, um... Amigo.

- Ah, olá! Acho que Johan já deve ter comentado sobre você. Como vai? – Bill falou gentilmente dando um fraco sorriso para ela.

Por um momento achei que ela fosse desmaiar, já que era louca por Tokio Hotel, mas ela se manteve controlada.

- Be-bem e você? – gaguejou.

- Muito bem. – ele exclamou animado, dando mais uma vez uma olhada discreta para mim.

Nesse meio tempo, meu divo apareceu eufórico à porta.

- Nessinha do céu, venha comigo agora... Vou te apresentar um bofe daqueles! – ele exclamou animado para ela.

- Ah mein Gott! Quem é? – Vanessa perguntou levantando-se rapidamente e se dirigindo para a porta na velocidade da luz.

- Uma dica, ele tem um irmão gêmeo/divo. – já estava na cara quem era, Tom Kaulitz.

Eu apenas dei risada da cara que a Vanessa fez, saindo pela porta. Os dois nos deixaram sozinhos na sala de estar (que perigo! Twisted Evil ). Mas Johan voltou como se lembrasse de algo importante. Nos avisou que em quinze minutos iria cortar o bolo e não guardaria nada para nós.

Voltei a me sentar no sofá, iria esperar uns dez minutos para ir até o grande quintal do Johan. Como era de se esperar, Bill sentou-se ao meu lado, um tanto próximo diria eu.

- Hum, por que está escondida aqui? – ele perguntou quebrando o silêncio.

- Não estou me escondendo aqui. – afirmei.

- Pois parece que está. – ele insistiu.

Eu dificilmente era boa em mentiras e lorotas.

- Bem, eu não estava muito a fim de ficar com o pessoal lá. – respondi brincando com a barra do meu vestido.

- Por quê? Alguém estava te incomodando?

- Ahm, bem... Não é bem isso... É só que... – comecei, mas ele não me deixou terminar.

- Quem estava te incomodando?

- Não quero entregar nomes... Mas é que uma pessoa deu em cima de mim e... – comecei a brincar mais freneticamente com a barra do vestido e ele de súbito, segurou a minha mão.

Olhei para as nossas mãos unidas por um momento e depois encarei-o. ele piscou divertido e continuou perguntando.

- Então, não gosta que as pessoas dêem em cima de você?

- Hum... Não é bem assim. Eu não gosto que dêem em cima de mim descaradamente, ao menos tem que ser um pouco discreto. – afirmei sem olhá-lo.

- Oh, bom saber. – ele afirmou piscando.

- Você não está sendo discreto. – falei rindo.

Ele acompanhou-me ao rir e depois me puxou pela mão, me fazendo levantar do sofá.

- Vamos para o quintalzinho do Johan, antes que ele mande alguém atrás de nós. – ele falou sem soltar a minha mão, começando a me puxar para fora da sala de estar.

Nos dirigimos para o quintalzinho da mansão. Estava cheio de gente, e várias mesas com várias celebridades. Bill me puxou para a mesa onde estavam Gustav, Georg e Tom, que segurava a Vanessa pela cintura. Ela estava conversando animadamente com eles, e rindo das piadas que o Tom contava para ela. Tom logo nos notou passando pelas mesas na direção da deles.

- Ora só, vejam só quem o Bill encontrou. – ele falou olhando por um momento para as nossas mãos unidas.

- Julia, olá de novo. – Georg falou gentilmente.

- Olá rapazes, Vanessa. – falei para eles sorrindo.

Bill gentilmente puxou a cadeira para eu me sentar e logo que eu me sentei, ele sentou-se ao meu lado. Conversar com eles era fácil e divertido, impossível de ficar sem rir das palhaçadas do Tom e do Georg. Vanessa estava realizada, e eu... Eu estava me sentindo bem estando com eles lá. Mas não pude deixar de notar os olhares do vocalista do Cinema Bizarre para a nossa mesa, olhares direcionados para mim. Mas não foi aquilo que me chamou a atenção, foi o que o Bill fez. Ele novamente tocou a minha perna com a mão, eu me assustei com aquela ação vinda dele, por mais que eu estivesse do lado dele, não esperava por aquilo. Bill fez exatamente a mesma coisa, colocou a mão na minha perna, agora descoberta por causa do vestido e começou a batuca-la. Eu olhei para ele, girando os olhos.

- Você não está sendo nada discreto. – afirmei tocando a mão dele e levando-a para cima da mesa.

- Ahm, estou sim. Ninguém está prestando atenção na gente. – e ele não mentia.

Tom e Vanessa estavam se encarando demoradamente, quase se agarrando ali mesmo. Gustav e Georg estavam comentando sobre algo que eu não pude ouvir, mas parecia que Bill sabia o que era.

- Eu sou mais discreto que ele ao menos... – ele falou olhando para a mesa do Cinema Bizarre - Então era ele que estava dando em cima de você? – ele perguntou se inclinando na minha direção para talvez provocar o Strify.

- Não. – menti.

- Tudo bem se você não quer contar, mas se quiser se livrar dele conte comigo. – ele afirmou.

- Vou me lembrar disso. – afirmei.

Entretanto, aquela noite não seria tão tranqüila quanto eu imaginava que seria.

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Sie Hat Mich - Capítulo 4 - O ursinho de pelúcia

“He's just a boy, and I'm just a girl
Can I make it any more obvious?
We are in love,
haven't you heard how we rock each others world?”


(Trechos da música Sk8er boy, da Avril Lavigne)

Johan e Bill começaram a conversar sobre um show da banda, no qual uma fã tentou invadir o palco. Uma fanática! E isso era mais comum do que o Kaulitz imaginava.

- Eu já fui atacada por um fã. – comentei.

- Ah, é verdade! Eu fiquei apavorado! O fã queria o cabelo da Julinha, acredita? – Johan comentou fazendo escândalo e olhando de mim para o Bill.

- Já teve um caso parecido com o Tom... – Bill falou olhando para o gêmeo.

- Ah é, foi sim... Tudo bem que eu sou gostoso, mas eu não ia cortar os meus dreads e dar para ela. Se fosse outra coisa... – Tom falou piscando para mim e dando de ombros.

- Só você mesmo Tom. – Johan afirmou balançando a cabeça.

Terminamos as sobremesas e ficamos conversando por um longo tempo. Johan contava sobre os desfiles que eu participarei ou não, e os rapazes contavam sobre os shows, fãs party’s, e mais... Eles eram muito legais e engraçados. Eu já estava começando a me acostumar com eles, quando Johan disse que já estava na hora de irmos... Ele precisava dar uma geral na ‘casinha’ dele e pediu a minha ajuda. Eu claro que topei, mas antes passaríamos na minha casa para pegarmos o meu vestido e a minha sandália para hoje a noite.

Fomos todos juntos para o estacionamento, e nesse meio tempo eu vi algo que me chamou a atenção, um ursinho de pelúcia verde! Sempre tive vício por ursinhos de pelúcia, Johan sempre comprava um para mim quando viajava para fora. Era uma lembrança clássica dele, e algo que eu adorava.

Eu passei por eles que nem uma criança feliz e parei na vitrine olhando o ursinho verde.

- Ih, vai começar. – Johan afirmou assim que percebeu que era uma loja de bichinhos de pelúcia.

- Pare de ser azedo! – exclamei para ele sem tirar a minha atenção da vitrine.

- Gosta de ursinhos de pelúcia? – ouvi a voz do Bill. Ele tinha me seguido e estava parado ao meu lado, mas não encostado na vitrine como eu estava.

- Sim, sim! Olha aquele verde que graça. – falei para ele indicando o ursinho verde da vitrine e olhando bobamente para o mesmo.

Era um ursinho simples, com um laço de lado, mas era tão fofinho. E quando eu fui olhar para o Kaulitz, ele tinha sumido. Olhei em volta procurando por ele, apenas vi Johan comentando com o Tom que eu tinha vício por aquelas coisas enquanto Georg e Gustav estavam olhando bobamente a vitrine de uma loja de chocolates. Voltei para a vitrine, para admirar por mais um momento o ursinho que eu ia comprar, mas...

- Ele não está mais lá! – exclamei um pouco alto chamando a atenção dos quatro que estavam ali.

- Julinha, alguém deve ter comprado ele... – Johan falou se aproximando de mim e segurando o riso.

- Mas eu quero aquele ursinho. – cruzei os braços que nem uma criança, eu realmente tinha gostado daquele ursinho.

- Julia, não fique assim... Você não quer entrar para escolher outro? – ele tornou a falar passando o braço pelos meus ombros.

- Não. Vamos embora. – falei saindo do braço do Johan e começando a andar.

- Só espera um momento... Vou até a minha boutique pegar uma coisa e já volto, minha diva. – Johan me garantiu me deixando com Tom, Georg e Gustav.

Ele virou para a direita e sumiu. Eu me sentei num dos bancos do shopping emburrada e Tom sentou-se ao meu lado.

- Não fique assim, era só um ursinho. – ele falou a pior coisa que poderia ter falado naquele momento.

- Não era apenas um ursinho. Era o ursinho que eu queria. – afirmei olhando para ele e girando os olhos.

- Você parece até o Bill. – ele afirmou – Quando não consegue o que quer fica irritado e emburrado.

Eu apenas mostrei a língua para ele e voltei a olhar um vaso de flor que tinha ali. Fiquei perdida ali, imaginando com quem o meu ursinho estaria quando alguém sentou-se do meu lado esquerdo. Era o Kaulitz que tinha sumido.

- Julia? – ele me chamou.

- O que foi? – perguntei erguendo o meu olhar para encará-lo emburrada.

- Se você continuar emburrada assim não ganha o Macky. – ele afirmou num tom divertido.

- Quem é Macky? – perguntei com pouco interesse soprando a franja do meu cabelo.

- Um ursinho verde... – Bill falou o que era necessário para me animar.

Eu rapidamente olhei para ele e encontrei um pacote em suas mãos que ele logo estendeu para mim. Peguei-o rapidamente e abri o pacote, e lá estava ele, o ursinho da vitrine.

- Ahm! Obrigada, obrigada, obrigada! – eu exclamei apertando o ursinho.

E quando me dei por mim, já tinha dado um beijo na bochecha do Bill, fazendo-o corar um pouquinho. Mas aí me veio uma dúvida, porque o nome do ursinho era Macky? Perguntei ao Kaulitz e ele logo me respondeu.

- É porque ele adora ir ao MC Donald’s, por isso ficou Macky.

- Ahm, okay. – falei – Obrigada por me dar o Macky! – agradeci de novo sorrindo.

Ele sorriu de mim, ou talvez para mim também. Johan chegou naquele exato momento, ele olhou para o ursinho e depois para o sorriso que Bill ainda tinha. Balançou a cabeça rindo e fomos para o estacionamento.

Despedimos-nos e cada um foi para o seu carro. Johan não me levou para a minha casa para pegar o meu vestido e a minha sandália. Disse-me que aquilo não era necessário e pediu que eu abrisse o pacote que ele trouxera. Encontrei um vestido do modelo de tomara-que-caia rodado de cetim brilhante, na cintura tinha uma faixa do mesmo tom de verde do vestido e também era um daqueles que se precisava de uma ajuda masculina para fechá-lo e abri-lo.

- Para mim? – perguntei para o Johan.

- Sim, sim. Gostou diva? – ele perguntou me olhando por um momento e voltando a olhar para a rua.

- Eu adorei Johan, mas não precisava meu divo, eu já tinha o vestido que ia usar... – falei sorrindo para ele.

- Não, não... A diva tem que usar esse vestido no meu aniversário. – ele falou manhoso.

- Claro que vou usar esse, mas não precisava se incomodar Johan, você é que deve ganhar presente hoje. – falei guardando o vestido no pacote.

- Eu sei, mas falando em presente, cadê o meu? – ele perguntou.

- Está aqui na bolsa... Como suspeitei que você não me deixaria voltar para casa, já coloquei-o aqui. – falei.

- Ahm, é por isso que eu te amo diva! Sempre pensa em tudo. – ele falou rindo e parando o carro esperando a garagem abrir.

A ‘casinha’ de Johan, era na verdade uma pequena e ajeitada mansão... Era um pouco maior que a minha casa, pois ela não chegava a ser uma mansão. A mansão inteira do Johan era branca.

- Bem vinda novamente diva! – ele me desejou. Johan sempre me desejava boas vindas quando chegávamos a sua ‘casinha’.

- Obrigada Johan querido. – agradeci a ele rindo, e colocando o meu ursinho verde sentado no meu colo.

- Você e esse ursinho... – ele comentou assim que parou o carro.

- Que mal tem? Ele é tão fofinho, não é Macky? – falei olhando para o ursinho e fazendo-o balançar a cabeça com a mão – O Kaulitz foi muito gentil em me presentear ele.

- Ah sim, o divo é um amorzinho. E ele parece ter gostado de você... – Johan falou pegando as sacolas e abrindo a porta do carro.

- Que isso Johan, nos conhecemos hoje. – afirmei saindo do carro carregando o ursinho e as sacolas com o vestido e a sandália que eu não havia visto ainda.

- E que mal tem isso? Mas o Billzinho já conhecia você... Sempre ele perguntava por você quando nos encontrávamos. – Johan falou dando a volta rapidamente no carro e me ajudando com as outras sacolas.

- Obrigada divo. – agradeci a ele – Mas você contou sobre mim para ele? – perguntei.

- Sim diva. E ele soube também que eu era o super amigo da miss Alemanha! – ele exclamou animado enquanto entravamos na sua mansão.

- Não sei Johan...

- Mas ele pareceu bastante interessado em você, acha que não percebi a paquera que teve entre vocês na mesa? – ele perguntou abrindo a porta para mim.

- Johan, não aconteceu nada... Ele só... – comecei entrando na mansão dele.

- Ele só tocou na sua perna, e colocou uma mecha do seu cabelo para trás... Sei, sei. E aposto que se não estivéssemos lá, vocês teriam se agarrado. – ele falou entrando e fechando a porta.

Por que eu tinha a impressão que Johan estava com razão? Tudo bem, não passou pela minha cabeça isso... Mas e se pela do Kaulitz tivesse passado?

A casa do Johan era tudo em branco e transparente... Meu bom amigo tinha muito bom gosto. Eu me lembrei de como voltaria para casa, mas Johan insistiu que eu dormisse lá ou pegasse carona com um tal de Bill Kaulitz. Entretanto, eu tinha a ligeira impressão que acabaria indo para a minha casa.

Postado por: Alessandra

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