quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sie Hat Mich - Capítulo 4 - O ursinho de pelúcia

“He's just a boy, and I'm just a girl
Can I make it any more obvious?
We are in love,
haven't you heard how we rock each others world?”


(Trechos da música Sk8er boy, da Avril Lavigne)

Johan e Bill começaram a conversar sobre um show da banda, no qual uma fã tentou invadir o palco. Uma fanática! E isso era mais comum do que o Kaulitz imaginava.

- Eu já fui atacada por um fã. – comentei.

- Ah, é verdade! Eu fiquei apavorado! O fã queria o cabelo da Julinha, acredita? – Johan comentou fazendo escândalo e olhando de mim para o Bill.

- Já teve um caso parecido com o Tom... – Bill falou olhando para o gêmeo.

- Ah é, foi sim... Tudo bem que eu sou gostoso, mas eu não ia cortar os meus dreads e dar para ela. Se fosse outra coisa... – Tom falou piscando para mim e dando de ombros.

- Só você mesmo Tom. – Johan afirmou balançando a cabeça.

Terminamos as sobremesas e ficamos conversando por um longo tempo. Johan contava sobre os desfiles que eu participarei ou não, e os rapazes contavam sobre os shows, fãs party’s, e mais... Eles eram muito legais e engraçados. Eu já estava começando a me acostumar com eles, quando Johan disse que já estava na hora de irmos... Ele precisava dar uma geral na ‘casinha’ dele e pediu a minha ajuda. Eu claro que topei, mas antes passaríamos na minha casa para pegarmos o meu vestido e a minha sandália para hoje a noite.

Fomos todos juntos para o estacionamento, e nesse meio tempo eu vi algo que me chamou a atenção, um ursinho de pelúcia verde! Sempre tive vício por ursinhos de pelúcia, Johan sempre comprava um para mim quando viajava para fora. Era uma lembrança clássica dele, e algo que eu adorava.

Eu passei por eles que nem uma criança feliz e parei na vitrine olhando o ursinho verde.

- Ih, vai começar. – Johan afirmou assim que percebeu que era uma loja de bichinhos de pelúcia.

- Pare de ser azedo! – exclamei para ele sem tirar a minha atenção da vitrine.

- Gosta de ursinhos de pelúcia? – ouvi a voz do Bill. Ele tinha me seguido e estava parado ao meu lado, mas não encostado na vitrine como eu estava.

- Sim, sim! Olha aquele verde que graça. – falei para ele indicando o ursinho verde da vitrine e olhando bobamente para o mesmo.

Era um ursinho simples, com um laço de lado, mas era tão fofinho. E quando eu fui olhar para o Kaulitz, ele tinha sumido. Olhei em volta procurando por ele, apenas vi Johan comentando com o Tom que eu tinha vício por aquelas coisas enquanto Georg e Gustav estavam olhando bobamente a vitrine de uma loja de chocolates. Voltei para a vitrine, para admirar por mais um momento o ursinho que eu ia comprar, mas...

- Ele não está mais lá! – exclamei um pouco alto chamando a atenção dos quatro que estavam ali.

- Julinha, alguém deve ter comprado ele... – Johan falou se aproximando de mim e segurando o riso.

- Mas eu quero aquele ursinho. – cruzei os braços que nem uma criança, eu realmente tinha gostado daquele ursinho.

- Julia, não fique assim... Você não quer entrar para escolher outro? – ele tornou a falar passando o braço pelos meus ombros.

- Não. Vamos embora. – falei saindo do braço do Johan e começando a andar.

- Só espera um momento... Vou até a minha boutique pegar uma coisa e já volto, minha diva. – Johan me garantiu me deixando com Tom, Georg e Gustav.

Ele virou para a direita e sumiu. Eu me sentei num dos bancos do shopping emburrada e Tom sentou-se ao meu lado.

- Não fique assim, era só um ursinho. – ele falou a pior coisa que poderia ter falado naquele momento.

- Não era apenas um ursinho. Era o ursinho que eu queria. – afirmei olhando para ele e girando os olhos.

- Você parece até o Bill. – ele afirmou – Quando não consegue o que quer fica irritado e emburrado.

Eu apenas mostrei a língua para ele e voltei a olhar um vaso de flor que tinha ali. Fiquei perdida ali, imaginando com quem o meu ursinho estaria quando alguém sentou-se do meu lado esquerdo. Era o Kaulitz que tinha sumido.

- Julia? – ele me chamou.

- O que foi? – perguntei erguendo o meu olhar para encará-lo emburrada.

- Se você continuar emburrada assim não ganha o Macky. – ele afirmou num tom divertido.

- Quem é Macky? – perguntei com pouco interesse soprando a franja do meu cabelo.

- Um ursinho verde... – Bill falou o que era necessário para me animar.

Eu rapidamente olhei para ele e encontrei um pacote em suas mãos que ele logo estendeu para mim. Peguei-o rapidamente e abri o pacote, e lá estava ele, o ursinho da vitrine.

- Ahm! Obrigada, obrigada, obrigada! – eu exclamei apertando o ursinho.

E quando me dei por mim, já tinha dado um beijo na bochecha do Bill, fazendo-o corar um pouquinho. Mas aí me veio uma dúvida, porque o nome do ursinho era Macky? Perguntei ao Kaulitz e ele logo me respondeu.

- É porque ele adora ir ao MC Donald’s, por isso ficou Macky.

- Ahm, okay. – falei – Obrigada por me dar o Macky! – agradeci de novo sorrindo.

Ele sorriu de mim, ou talvez para mim também. Johan chegou naquele exato momento, ele olhou para o ursinho e depois para o sorriso que Bill ainda tinha. Balançou a cabeça rindo e fomos para o estacionamento.

Despedimos-nos e cada um foi para o seu carro. Johan não me levou para a minha casa para pegar o meu vestido e a minha sandália. Disse-me que aquilo não era necessário e pediu que eu abrisse o pacote que ele trouxera. Encontrei um vestido do modelo de tomara-que-caia rodado de cetim brilhante, na cintura tinha uma faixa do mesmo tom de verde do vestido e também era um daqueles que se precisava de uma ajuda masculina para fechá-lo e abri-lo.

- Para mim? – perguntei para o Johan.

- Sim, sim. Gostou diva? – ele perguntou me olhando por um momento e voltando a olhar para a rua.

- Eu adorei Johan, mas não precisava meu divo, eu já tinha o vestido que ia usar... – falei sorrindo para ele.

- Não, não... A diva tem que usar esse vestido no meu aniversário. – ele falou manhoso.

- Claro que vou usar esse, mas não precisava se incomodar Johan, você é que deve ganhar presente hoje. – falei guardando o vestido no pacote.

- Eu sei, mas falando em presente, cadê o meu? – ele perguntou.

- Está aqui na bolsa... Como suspeitei que você não me deixaria voltar para casa, já coloquei-o aqui. – falei.

- Ahm, é por isso que eu te amo diva! Sempre pensa em tudo. – ele falou rindo e parando o carro esperando a garagem abrir.

A ‘casinha’ de Johan, era na verdade uma pequena e ajeitada mansão... Era um pouco maior que a minha casa, pois ela não chegava a ser uma mansão. A mansão inteira do Johan era branca.

- Bem vinda novamente diva! – ele me desejou. Johan sempre me desejava boas vindas quando chegávamos a sua ‘casinha’.

- Obrigada Johan querido. – agradeci a ele rindo, e colocando o meu ursinho verde sentado no meu colo.

- Você e esse ursinho... – ele comentou assim que parou o carro.

- Que mal tem? Ele é tão fofinho, não é Macky? – falei olhando para o ursinho e fazendo-o balançar a cabeça com a mão – O Kaulitz foi muito gentil em me presentear ele.

- Ah sim, o divo é um amorzinho. E ele parece ter gostado de você... – Johan falou pegando as sacolas e abrindo a porta do carro.

- Que isso Johan, nos conhecemos hoje. – afirmei saindo do carro carregando o ursinho e as sacolas com o vestido e a sandália que eu não havia visto ainda.

- E que mal tem isso? Mas o Billzinho já conhecia você... Sempre ele perguntava por você quando nos encontrávamos. – Johan falou dando a volta rapidamente no carro e me ajudando com as outras sacolas.

- Obrigada divo. – agradeci a ele – Mas você contou sobre mim para ele? – perguntei.

- Sim diva. E ele soube também que eu era o super amigo da miss Alemanha! – ele exclamou animado enquanto entravamos na sua mansão.

- Não sei Johan...

- Mas ele pareceu bastante interessado em você, acha que não percebi a paquera que teve entre vocês na mesa? – ele perguntou abrindo a porta para mim.

- Johan, não aconteceu nada... Ele só... – comecei entrando na mansão dele.

- Ele só tocou na sua perna, e colocou uma mecha do seu cabelo para trás... Sei, sei. E aposto que se não estivéssemos lá, vocês teriam se agarrado. – ele falou entrando e fechando a porta.

Por que eu tinha a impressão que Johan estava com razão? Tudo bem, não passou pela minha cabeça isso... Mas e se pela do Kaulitz tivesse passado?

A casa do Johan era tudo em branco e transparente... Meu bom amigo tinha muito bom gosto. Eu me lembrei de como voltaria para casa, mas Johan insistiu que eu dormisse lá ou pegasse carona com um tal de Bill Kaulitz. Entretanto, eu tinha a ligeira impressão que acabaria indo para a minha casa.

Postado por: Alessandra

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