quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sia Hat Mich - Capítulo 7 - Primeira Noite

“I'm so naked around you
And I can't hide
You're gonna see right through, baby”

(Trecho da música Naked, da Avril Lavigne)

O sol e uma conversa baixa me acordaram aquela manhã, o sol entrava insistente pelo vão da minha janela, e a conversa era baixa, mas consegui entender apesar de estar muito sonolenta.
- Devíamos acordá-los. – acho que era a voz da Hanna.
- Talvez não seja a melhor coisa a fazer, vamos fazer o seguinte: Deixamos a revista e os jornais no criado dela e eles dormindo. É melhor. – era a voz inconfundível do Johan.
- Ah, se você acha melhor...
- Pode deixar que eu levo. – ele se ofereceu.
A porta do quarto foi aberta e eu ouvi passos no quarto, continuei de olhos fechados, ele se aproximou do criado, deixou a revista e os jornais, e saiu do quarto, fechando a porta. Demorei um tempo para ficar completamente acordada e me sentar na cama, puxando o lençol junto ao corpo. Olhei para o criado, para o que Johan tinha colocado lá e algo chamou a minha atenção rapidamente. Um dos jornais tinha uma foto enorme minha e do lado estava o Kaulitz de cabelos negros, o titulo me perturbou mais a manchete, Bill Kaulitz passou a noite na casa de Julia Herz, e logo embaixo, uma foto de nós dois entrando na minha casa.
“Ele me beijou lentamente, sua língua invadiu minha boca e eu, inconscientemente, correspondi ao beijo. Bill me abraçou pela cintura, forçando-me para mais próximo dele. Ergui as mãos no intuito de afastá-lo, mas elas pararam em seu abdômen, eu não tinha vontade de afastá-lo, continuava a corresponder intensamente ao beijo. Levei uma de minhas mãos até o pescoço dele e a outra à nuca, incentivando-o a continuar tal ato.”
Comecei a me lembrar aos poucos do que aconteceu na noite anterior, ou melhor, na madrugada de hoje. Nós tínhamos nos beijado, isso eu tinha certeza, mas o que mais fizemos?
“Enquanto nos beijávamos intensamente, senti uma de suas mãos descer da minha cintura para a minha coxa, apertando-a, e a outra, subir pelas minhas costas, me fazendo arrepiar, parando no zíper do vestido. Eu parei na mesma hora de beijá-lo e tentei me afastar dele, alguém podia nos encontrar na sala, não podíamos fazer aquilo no meio da sala de estar! Dessa vez ele me soltou, descendo a mão do zíper para a minha cintura e deixando a outra mão onde estava, mas sem apertar a minha coxa.
Respirei ofegante enquanto abria os olhos, o encarando. Ele me encarava temeroso, mas com um brilho de desejo no olhar.
- Aqui? Na sala de estar? – perguntei pausadamente.
Bill não respondeu, desviou o olhar e se inclinou em direção ao meu pescoço. Beijou e chupou uma parte do meu pescoço, devo ter gemido baixinho, pois ele riu e subiu a boca até o meu ouvido.
- Tem algum lugar melhor? – sussurrou provocante.
- Minha cama... – sussurrei baixinho fechando os olhos de prazer.
Ele se afastou do meu pescoço, subindo a outra mão para o local, enquanto a outra apertava minha coxa. Analisou-me municiosamente e eu, inocentemente, mordi o lábio inferior.
- Para a sua cama. – ele falou sem delongas apoiando uma mão no meu ombro e olhando para a escada de madeira.”
Oh mein Gott, nós tínhamos feito besteirinhas? Olhei melhor para a minha cama, ele estava deitado nela, e dormia tranquilamente. Estava lindo dormindo, na verdade era lindo por completo.
“Subimos as escadas em silêncio, ofegantes e com pressa. Ouvíamos o salto dos nossos sapatos martelando na escada. Fui mais à frente, quando chegamos ao topo da escada, segui para a segunda porta à direita, o meu quarto. Abri a porta e ascendi as luzes, entrando no cômodo. Bill entrou em seguida, fechando a porta e apagando as luzes.
Senti-o deslizar a jaqueta de couro, que era dele e que eu ainda usava, para o chão. Ele me abraçou por trás e puxou o meu cabelo para o lado, beijando, mordicando e lambendo o meu pescoço, enquanto eu gemia baixinho. Ele estava me torturando com aquilo, não agüentei mais e me virei de frente para ele, logo meus lábios foram capturados pelos dele e novamente sua língua invadiu a minha boca. Bill começou a me fazer andar para trás, até o ponto em que as minhas pernas bateram em minha confortável cama, ele se afastou por um momento e me fez deitar.
Eu abri os olhos para entender o porquê de ele demorar a vir até mim e continuar a me beijar. Bill me encarou na quase escuridão do quarto, entrava algumas luzes pela fresta da cortina, não deixando o quarto ficar na escuridão completa. Ele me encarou por mais alguns segundos e tirou a camiseta que usava, também percebi ele tirar os sapatos. Veio por cima de mim, me beijando novamente com desejo. Minhas mãos passeavam por suas costas agora desnudas, enquanto eu tirava com os pés a minha sandália.
Ele tocou o meu corpo sem pudor nenhum ainda por cima do vestido, realmente aquilo já estava me incomodando. Bill sentou-se no meio das minhas pernas, tentando tirar o cinto que usava, mas como estava com pressa, não estava tendo muito sucesso. Sentei-me na cama, segurei suas mãos e ele me olhou por um momento, irritado, tirando as mãos do cinto. Agilmente, abri seu cinto e retirei-o da calça. Ele me olhou satisfeito e deu um sorriso lindo, me agarrando novamente pela cintura e me beijando. Dessa vez, fez o grande favor de subir com as mãos para as minhas costas e descer o zíper do vestido até o final.”
Nós realmente tínhamos feito besteirinhas, olhei para ele dormindo e reparei na tatuagem dele, na barriga do lado esquerdo, um ‘B’.
“Bill afastou-se de mim e esperou eu abrir os olhos para me encarar, colocou ambas as mãos nos lados do vestido e puxou-o para baixo, até a minha cintura. Corei fortemente ao perceber que ele observava o meu corpo desnudo, mas não por muito tempo. Novamente avançou me beijando ainda mais provocante e fazendo-me deitar na cama. Depois, começou a descer beijos pelo meu corpo, me fazendo gemer cada vez mais alto. Comecei a forçar a calça dele com a perna, que ao perceber o que eu queria, se livrou da calça por mim, ficando apenas de boxers. Nessa hora, eu vi uma grande tatuagem em forma de ‘B’ em sua barriga, do lado esquerdo. Eu segui com os dedos a tatuagem, arranhando levemente sua pele. Bill fechou os olhos ao sentir meu toque.
- Deite-se. – pedi.
- O que? – perguntou sem entender abrindo os olhos.
- Deite-se do outro lado. – mandei.
Ele deitou-se sem entender direito o que eu queria, livrei-me do vestido e sentei-me em cima de suas pernas.
- O que vai fazer? – perguntou curioso me observando.
Coloquei o dedo indicador em seus lábios, pedindo silêncio, indo um pouco mais para longe dele, que ainda me observava curioso. Eu me inclinei em direção à sua tatuagem, e comecei a beijá-la e mordiscá-la, o fazendo gemer excitado. Quando parei, voltei a me sentar nele e depois reparei em outra tatuagem mais provocante: uma estrela no quadril, um pouco encoberta pela boxer. Sorri comigo mesma e puxei a boxer até o final da estrela, fazendo o mesmo que fiz com seu ‘B’. Mordisquei com um pouco mais de força e o ouvi gemer mais alto ainda.”
Mas nós tínhamos usado camisinha, ou não? Procurei na claridade do quarto algum plastiquinho e achei um exatamente da mesma cor que o Johan tinha me dado há tempos atrás...
“Bill não agüentando mais aquilo, me puxou para cima dele e rolou, voltando a assumir a situação. Beijou-me com força, desejo e malicia, começando a forçar a minha calcinha. Gemeu de prazer entre o beijo, quando eu arranhei com força suas costas. Mas ele parou de me beijar, separando-se de mim e sentando-se na cama.
- Não dá. – falou de costas para mim.
- Por quê? – perguntei inocentemente, começando a me enrolar no lençol da cama, que estava completamente bagunçada.
- Não trouxe camisinha. – falou – Me arrependo de não ter dado ouvidos ao Tom. – acrescentou batendo no meu colchão.
- Eu tenho. – falei rapidamente me levantando da cama enrolada no lençol.
- Você tem? – ele se virou para me olhar espantado.
- Johan me deu uma, um dia desses... – falei descontraída mexendo na gaveta da minha cômoda.
Encontrei logo o plastiquinho azul e pequeno, estava embaixo de algumas camisolas minhas. Voltei para a cama e joguei-a para o Bill, que me olhava espantando.
- O que foi? – perguntei – Não quer mais? – mordi o lábio inferior.
Ele me olhou novamente, o desejo voltando aos olhos que estavam espantados. Bill voltou a deitar-se por cima de mim, nos cobrindo com o lençol e me beijando. Novamente ele voltou a forçar a minha calcinha, dessa vez tirando-a e tocando minha intimidade. Enquanto eu gemia, forcei sua boxer para baixo com as pernas. Ele mesmo se livrou dela, colocando a camisinha e começando a entrar em mim vagarosamente.
Sussurrei seu nome repetidas vezes e começamos a nos movimentar lentamente, mas cada vez aumentando mais o ritmo. Chegamos ao orgasmo juntos, uma coisa incrível que eu não me lembrava de ser tão boa. Ele tombou do meu lado exausto, ainda nos cobrindo pelo fino lençol branco. Suspirei cansada e lhe dei as costas, Bill abraçou-me pela cintura e me puxou para mais perto dele, me dando um beijo no pescoço.”
Ow, eu não acredito! Taquei o cabelo pra trás corando e ficando muito envergonhada. Mas agora a minha preocupação principal não era o que eu fiz a noite, e sim a mídia. Eles deviam estar loucos por algo, deviam estar na frente da minha casa até! Senti um grande impulso de ir até a janela, mas Bill começou a se mexer na cama, ele estava acordando. Eu pensei em fingir que estava dormindo, mas até eu colocar o jornal no lugar... Ele abriu os olhos lentamente, mas assim que percebeu onde estava, sentou-se rapidamente e me encarou. Não falei nada, apenas entreguei-lhe o jornal que estava em minhas mãos. Bill começou a ler, e cada vez que lia mais, seus olhos se arregalavam. Depois, dobrou o jornal e colocou entre nós dois na cama. Ele não falou nada, e eu comecei a me irritar.
- O que você espera que façamos? - perguntei a ele.
- Vamos enganá-los. - ele respondeu me olhando.
Subi um pouco mais o lençol, para o meu pescoço.
- Ah, que ideia brilhante! - exclamei irônica.
- É a melhor coisa que temos a fazer, eu não quero acabar com a minha carreira por causa de uma noite!
- Eu também não quero Kaulitz, eu apenas te convidei para entrar, e olha onde nós estamos? Na minha cama!
- A culpa não foi minha... - ele falou voltando a deitar-se.
- Muito menos minha, mas não é por causa disso que eu fingirei um namoro! Eu te conheci ontem!
- Julia, não seja idiota, estamos estampados nos jornais, revistas, internet... Como ficara a nossa imagem? Ao menos, vamos tentar nos conhecer, se não der certo, terminamos!
- Por que você tem que ter razão?
- Que seja, Johan irá nos ajudar. – Bill falou como se fosse obvio, me olhando e deitado sobre os braços, folgadamente.
- Sim, ele irá com certeza. – concordei – Agora se troque, - ele só estava com um lençol cobrindo parte do corpo – tenho que ir para Hamburgo ainda, e acho que Johan está por aí. Tem um banheiro no final do corredor.
Me levantei da cama enrolada no lençol, peguei uma troca de roupa e fui para o meu banheiro. Ainda assim, aquilo iria se complicar bastante...


Postado por: Alessandra

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog