segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Falling For U! - Capítulo 20

Cheguei lá. Não o encontrei. Fui até o lago do parque. Foi onde nós nos conhecemos. Ele estava lá, andando de um lado para o outro. Eu estou ferrada. Ele parecia bem nervoso. Tentei ignorar isso e fingir que nada aconteceu:
– Oi amor – Fui dar um beijo em sua bochecha mas ele me afastou. Ele pegou no meu braço e começou a apertar – Ai Matthew, tá doendo. Me larga !
Eu tentei me livrar dele mas não consegui. Ele me puxou para ele.
– Você está me traindo com o Bill Kaulitz ?
– É claro que não Matthew.
– Então você é parente dele é ? – Ele apertou mais forte o meu braço. – Por quê você mentiu pra mim ?
Eu não estava acreditando naquilo. O Matthew estava possesso de raiva. E dava para ver em seus olhos que cada vez ele ficava mais furioso. Não era para ele estar assim ! Eu não estava entendendo nada.
– Por quê você ta assim Matt ?
– Me responde – Ele apertou mais forte o meu braço. Estava doendo muito. Senti uma lágrima escorrer. Ele era um idiota.
– Eu não estou te traindo porque a gente não tem nada ! E o Bill não é meu parente agora me solta !
Ele me soltou. Eu olhei para ele com desprezo e sai andando. Passei a mão sobre o meu braço. Ele tinha me machucado muito. Controlei as lágrimas. Eu não estava entendendo nada ! Ele mudou de repente. O Matthew doce, educado, divertido e inteligente sumira, dando lugar a um cara ridículo e que me machucara por um motivo tão...tão... ah ! Não tinha motivo para ele ficar daquele jeito. Por mais que ele odiasse o Tom, eu não estava tendo nada com ele, quer dizer, nada que envolvesse sentimentos. Além do mais, eu não era parente dele. “Idiota”. É isso que eu e ele somos. Eu, por pensar que poderia existir um cara tão perfeito quanto o Matthew parecia ser e ele, porque, bom, ele era um idiota e ponto. Homem nenhum tem direito de fazer isso com uma mulher. Pensei em voltar lá e gritar bastante com ele, quem sabe até tentar bater nele. Desisti daquela idéia absurda e fui para a casa. Eu andava muito lentamente, como se o mundo estivesse acabando. Tentei cobrir de algum jeito o meu braço. Foi inevitável. Ele estava bem vermelho. Aquilo viraria um roxo de cegar cego.
Entrei em casa e fui direto para o meu quarto. Tomei um banho e quando sai encontrei o Tom na minha cama:
– Agora não, Tom !
Ele não disse nada, apenas ficou parado na cama, me olhando. Lembrei do machucado. Tentei cobri-lo enquanto pegava uma roupa. Entrei no banheiro:
– Pode se trocar aqui, Jen. Eu realmente não me importo. Eu já te vi assim.
Revirei os olhos:
– Vá se danar, Tom.
Vesti minha roupa e fui para o quarto. Eu tinha colocado uma jaqueta justamente para esconder meu braço. Tom foi se aproximando e passando a mão no meu pescoço, enquanto pela cintura me puxava para ele. Nossos lábios estavam quase encostados. Virei o rosto:
– Agora não ! – Repeti.
Ele fingiu que não ouviu. Começou a beijar o meu pescoço. Foi tirando a minha jaqueta. Ele olhou de relance para o meu braço e parou o  que estava fazendo:
– Quem fez isso em você ?
Eu nunca pensei que o Tom pudesse se importar com alguém, exceto com ele mesmo. Mas eu podia ver em seus olhos um tanto de preocupação. Quem diria, Tom Kaulitz deixou de ser egoísta por um segundo.

Postado por: Grasiele

Falling For U! - Capítulo 19

POV: JENNA

Ok, nem eu sei o motivo de eu ter feito aquilo. É só que eu gostava bastante do Matt, apesar da gente se conhecer fazia pouco tempo. E além do mais, eu não queria aumentar o ego do Tom, que já era bem grande, por sinal. Eu não queria me iludir, e,  principalmente, não queria me apaixonar por ele. Porque algumas vezes eu consigo entender tudo errado, e algumas vezes eu simplesmente não conseguia me controlar. E eu tinha que manter em mente que o que eu tinha com o Tom era uma relação de ódio+sexo, e só isso. Mas com ele me provocando, estava ficando bem difícil lembrar disso.

POV: MATT

Eu sei que a Jen provavelmente me mataria por estar fazendo isso, mas eu queria me apresentar para o pai dela. Tudo bem que a gente não estava tendo nada sério, mas eu estava gostando muito dela e não queria mais sair escondido. Tentei alongar as minhas pernas sem parecer estúpido, só por prevenção. Talvez o pai dela tente alguma coisa, como me matar de tantos gritos ou algo bem pior, já que Jen disse que ele era realmente bravo. Quer dizer, eu duvido muito que ele faça alguma coisa, mas é melhor prevenir do que passar 400 semanas em uma cama de hospital. Não liguei para a Jen justamente porque queria fazer surpresa. Como era um domingo, eu tinha quase certeza que o pai dela estaria em casa, então, tentando controlar o meu nervosismo, toquei a campainha.
Escutei uma voz de homem gritar “Eu atendo”. Talvez fosse o pai de Jen. Respirei fundo. Quando a porta abriu, eu quase cai para trás.
Quem estava ali não era o pai da Jen. Era, na verdade, Bill Kaulitz. Sim, Bill Kaulitz, irmão do meu pior inimigo, o que, de fato, o torna meu inimigo também.
Ele olhou para trás e fez uma cara de quem não estava entendendo nada. Na verdade, quem não estava entendendo nada era eu:
– Vai embora antes que o Tom te veja. – Pude escutar ele falar enquanto me empurrava. Meu sangue subiu a cabeça. Eu tinha que ter uma conversinha com a Jenna. Liguei para ela.

POV: JENNA

Escutei meu celular tocando. Era o Matt. Atendi toda animada:
– Oi Matt lindo.
– Me encontra no parque agora.
Foi tudo o que ele disse. Ele foi muito grosso comigo e eu senti um frio na barriga. Ele parecia estar muito nervoso. Coloquei uma roupa qualquer e sai em direção a porta. Senti um braço me deter. “A não Tom, agora não” disse para mim mesma. Me virei para poder esculhambar o Tom mas me deparei com o Bill:
– Jenna, nós temos um probleminha. – Ele parecia preocupado
– Agora não Bill, depois a gente conversa. Eu preciso ir urgente na farmácia comprar um remédio porque estou morrendo...  – Ele não me deixou terminar a frase.
– Pare de arranjar desculpas, Jenna. Eu sei que você vai se encontrar com o Matthew. – Tampei a boca dele com a minha mão e olhei para os lados. Empurrei ele para o meu quarto.
– Você está louco? E se o Tom escutasse? – Disse destampando sua boca. Sai andando em direção a porta, nervosa.
– Jenna, me escuta. O Matt veio aqui agora pouco. – Eu parei onde estava e me virei em sua direção.
– Como é que é ?
– Isso mesmo que você escutou. Espera um pouco a poeira baixar para depois ir falar com ele....
– Merda ! – Disse batendo o pé no chão – É melhor eu ir falar agora com ele.
– Jenna...
Não o deixei terminar. Apenas sai em direção ao parque. Enquanto isso pensava em algumas desculpas para dar ao Matthew. Eu estava ferrada.

Postado por: Grasiele

Falling For U! - Capítulo 18

Depois de um tempo ali, notei que o Tom já tinha adormecido. Resolvi ir para o meu quarto. Peguei meu pijama e fui logo tomar um banho. Cai exausta na cama. Não acreditava no que acabara de fazer. Eu tinha feito sexo com o meu pior inimigo. Tentei afastar esse pensamento da cabeça. “Esquece isso. Foi só diversão, sem sentimentos. Vocês ainda se odeiam.” Acabei lembrando do Matt. “Merda, merda, merda! O Matt não merece isso...” Tudo bem que eu e o Matthew não tínhamos nada, mas sei lá, o que eu fiz foi cruel com ele. É só que eu não consegui me controlar. O Tom podia ser tudo de pior, mas ele era muito lindo e eu só não conseguia e não queria resistir. “Foi só diversão”, eu dizia para mim mesma. Acabei caindo no sono.
Acordei no outro dia com alguém batendo na porta:
– Que é demônio? – Abri meus olhos.
– Vem almoçar – Ouvi a voz de Bill.
Levantei-me bem lentamente e escovei os dentes. Olhei para o relógio. 13:30.
Fui para a cozinha. Dei bom dia para o Tom e para o Bill. “Tomara que o Tom não se lembre de nada”, eu ficava repetindo na minha cabeça. Mas alguém sempre tinha que abrir a boca:
– Que horas você chegou ontem, Tom? – Bill perguntou.
– Sei lá, eu tava tão bêbado que não sabia nem meu nome direito, quanto mais que horas eram. - Ele tomou um gole do suco e depois sorriu malicioso para mim. “Merda!”. Ele lembrava.

POV TOM

Eu não estava entendendo nada. Eu tinha chegado bem bêbado em casa, mas eu sabia bem o que estava fazendo. E eu transei com a Jen. Não era para eu estar assim. Eu sempre tinha essas aventuras de uma noite. Não era para eu estar assim. Quer dizer, com a Jen foi diferente. Primeiro porque ela morava comigo e segundo porque ela me odiava e vice e versa. Bem, me odiando ou não, ela não recusou, então... Ri comigo mesmo. Ela estava afim de mim.
Nós terminamos de comer e o Bill disse que ia sair. Era a oportunidade perfeita para eu ir falar com a Jen. Ela estava no seu quarto, mexendo no seu netbook. Entrei sem bater. Ela estava de costa para a porta. Aproximei-me dela e sussurrei em seu ouvido:
– Jeeeen... – Ela quase caiu da cadeira. Eu comecei a rir histericamente. Ela fez uma cara feia.
– Que foi Tom?
Eu me sentei em sua cama e ela virou a cadeira. Puxei-a de encontro a mim. Nossos lábios ficaram a uma distância bem pequena. Ela se afastou. Passei a minha língua em meu piercing e sorri malicioso. Resolvi provocá-la e puxei-a de novo:
– Eu não me esqueci de ontem. – Fui me aproximando dela.
Ela pareceu se incomodar.
– Olha Tom, ontem foi só diversão, ok? Na verdade, foi tudo um engano que não vai mais se repetir.
– Ah é? E posso saber o motivo? Você pareceu ter gostado...
Não disse mais nada. Apenas a beijei. Ela relutou e me afastou com as mãos:
– Sai daqui Tom!
Sorri para ela:
– Não. – Voltei a beijá-la. Ela me afastou e me deu um tapa ardido.
– Sai daqui!
Resolvi sair, mas não sem dizer:
– Idiota!
– Otário.
Fechei a porta com força atrás de mim.

Postado por: Grasiele

Falling For U! - Capítulo 17

Ele foi me deitando na cama e eu não o impedi. E eu não sei o motivo. Não era para eu estar ali, beijando o meu pior inimigo, que agora estava deitado em cima de mim. Mas quer saber? Que se dane. Ele beija bem. Pode ser o cara mais idiota do mundo, mas é lindo. Eu vou deixar rolar. E foi isso que eu fiz.
O nosso beijo começou a ficar mais quente e logo ele já tinha tirado a minha camisola. Com a ajuda dele, eu tirei rapidamente o seu pijama. Ele beijava o meu pescoço ao mesmo tempo em que tirava o meu sutiã. Fui tirando a sua boxer. Ele desceu do pescoço para os meus peitos. Ele começou a chupar um enquanto massageava o outro. Eu estava completamente arrepiada. ‘Ele é bom nisso. ’ Eu comecei a gemer um pouco. Ele foi dando beijinhos enquanto “descia”. Tom começou a acariciar a minha coxa interna. Ele afastou as minhas pernas um pouco e começou a me chupar. Ele enfiava a língua até o fundo. Eu entrelacei os meus dedos nos seus cabelos e comecei a empurrar a sua cabeça, fazendo mais pressão. Eu tentava controlar os meu gemidos por causa de Bill, mas estava ficando impossível. O Tom estava me enlouquecendo. Ele parou de me chupar e pegou uma camisinha na gaveta do criado mudo. Coloquei a camisinha nele e ele meteu com tudo em mim, me fazendo dar um gemido muito alto. Ele me beijava e gemia enquanto fazia um vai e vem.
– Ah Tom, mais forte! Vai! – Eu gemia.
Ele metia em mim com muita força, às vezes rápido e às vezes lentamente. Eu arranhava e cravava as minhas unhas em sua costa e isso parecia dar mais prazer a ele:
– Isso, deixa a sua marca Jen, deixa. – Ele sussurrava em meu pescoço.
Não demorou muito e eu gozei.
– Fica de quatro para mim.
Eu fiquei. Ele não teve dó. Meteu tudo em mim de uma vez só. Ele podia estar bêbado, mas estava fazendo o trabalho dele direitinho. Ele puxava o meu cabelo e gemia junto comigo. Eu rebolava algumas vezes. Eu virei-o de modo que eu ficasse por cima. Comecei a cavalgar em seu membro. Ele me ajudava segurando a minha cintura. Aquilo estava muito bom. Ele gozou. Ficamos ali por mais um tempo, até eu gozar novamente. Caímos na cama. Eu queria mais. Queria que ele gemesse o meu nome. Tirei a camisinha e peguei em seu pau. Comecei a acariciá-lo. Eu dava algumas mordidinhas e lambidas na cabeça de seu membro. Isso estava deixando - o louco.
– Para de me torturar e me chupa!
Fiz o que ele pediu. Chupei todo o membro dele. Ele empurrava a minha cabeça contra o seu pau. Ele estava gemendo muito.
– Isso Tom, geme o meu nome geme! – Eu dizia.
Ele gozou muito e eu engoli tudo. Era azedo, mas eu não estava nem ai. Era o gosto do Tom. Cai deitada ao lado dele:
– Eu ainda te odeio. – Eu disse para o Tom.
– Eu também – Ele respondeu.

Postado por: Grasiele

Falling For U! - Capítulo 16

Caminhei até em casa. O Bill já não estava mais na sala. Chamei seu nome mas ninguém respondeu. Fui até o seu quarto e ele estava dormindo. Estranhei mas quando olhei para o relógio já eram 23 horas. Eu nem vi o tempo passando. Fui tomar um banho e coloquei um pijama. Como estava sem sono, fui pra sala ver tv. Escutei alguém tentando abrir a porta e depois um xingamento. Era o Tom:
– Eu abro pra você – Disse indo em direção a porta. Abri a porta e voltei para o sofá.
Olhei de relance para o Tom:
– Ah não, não acredito que você está bêbado.
Ele não disse nada. Por mais que eu não gostasse do Tom, resolvi ajudá-lo. Fui até ele:
– Vamos pro seu quarto.
– Fazer sexo ? – Eu percebi os seus olhos brilharam por um momento. Não pude não deixar de rir – Ah...
– Cala a boca Tom. Vamos logo.
Ajudei-o a ir até o quarto:
– Pronto, vai tomar banho que você está cheirando a álcool.
Ele deu uns três passos cambaleando. ‘Merda, vou ter que ajudar ele’.
– Esquece Tom.
Levei ele até o banheiro.
– Tira sua roupa logo e vai tomar banho.
Ele começou a tirar a roupa, inutilmente. Ele estava bêbado demais. Provavelmente nem saberia seu próprio nome, se alguém perguntasse. Aquilo era ridículo. Eu não queria ver ele nu, apesar de que se eu deixasse ele sozinho lá daria merda. Ele não poderia dormir do jeito que estava.
– Ah meu santo saco.
Ajudei-o a tirar a roupa. Foi tenso. Deixei ele só de cueca:
– Acho que banho você consegue tomar sozinho. Isso eu não vou fazer. Entra lá e toma banho logo.
O box era meio invisível. ‘Droga’. Fiquei olhando para baixo. Apesar de odiar o Tom, eu não posso negar, ele era lindo. E eu precisava me controlar. Ele tomou banho super rápido. Abriu a porta do box. Eu tomei um susto. Acabou que eu vi ele pelado. E ele era lindo. ‘Merda, merda, merda.’ Tentei virar o rosto mas foi inevitável. Olhei para baixo. Era grande. Virei o rosto.
– Tom, tem como você se vestir ?
– To sem roupa.
– Então vai se secando demônio que eu pego uma roupa pra você. – Nem esperei ele responder e já fui para o quarto. Peguei uma boxer e um pijama. Voltei para o banheiro
– Ta aqui Tom – Dei o pijama para ele. Ele colocou a boxer e eu o ajudei a colocar o pijama. Ele escovou os dentes e eu o levei para o quarto.
– Pronto Tom. – Ele deitou na cama. Eu ia sair mas ele chamou meu nome – Fala Tom.
– Senta aqui um pouco. – Sentei na cama.
Ele me puxou e me beijou. No começo, eu até resisti um pouco mas acabei me entregando. Eu poderia ter saído dos seus braços facilmente mas não o fiz. Eu só fiquei lá, beijando o meu pior inimigo.

Postado por: Grasiele

Falling For U! - Capítulo 15

E então rolou. Ele me beijou. E foi o melhor beijo surpresa. Na verdade, foi o melhor beijo. Ele beijava muito bem mas era só isso. Ele não tentou nada demais. E eu gostei disso. Já tinha tido uma má experiência com o deus grego do restaurante, que queria muito mais que me beijar. Mas o Matthew não queria. E se queria, não demonstrava e nem se atrevia a fazer. Ele era doce e eu adorava isso nele. Eu só tentava entender que eu tinha encontrado o cara dos meus sonhos e em menos de um dia, eu estava super na dele. Parecia idiotice mas se alguém se pusesse no meu lugar perceberia que aquilo era real. E que o cara dos meus sonhos estava me beijando.
Nós ficamos nos beijando por um tempo. Eu parei o beijo com um celinho.  Tudo bem que ele beijava muito bem e que eu realmente não queria parar mas: 1. eu (na verdade ele mas enfim) paguei 8 reais no ingresso e só tinha visto metade do filme 2. o meu maxilar ia ficar uma coisa de tanto que a gente se beijou e a gente ainda ia pro restaurante e se continuasse daquele jeito eu ia ter que tomar sopa. Eu olhei para ele:
– Desculpa – Ele me disse – É só que...
Eu coloquei um dedo na frente de seus lábios. Ele parou.
– Tudo bem. Eu só parei porque senão eu ia morrer sem ar – Ele riu – Mas relaxa que não é nada com você – Eu percebi um sorriso nascer em seu rosto.
Continuamos a ver o filme. Algumas vezes ele me olhava, e outras eu olhava para ele. Terminado o filme, fomos para o restaurante. No caminho, a gente foi rindo e falando bobagens.
Ele me levou a um restaurante perfeito. Parecia ser super caro e eu resolvi ajudá-lo a pagar mas, de novo, ele não deixou e ainda disse que pagaria tudo sempre que saíssemos porque era isso que um cara tinha que fazer e o que ele achava certo. Eu ri:
– Meu filho, desse jeito você vai ter que trabalhar o resto da vida pra pagar as nossas noites. Não é problema nenhum pra eu pagar algo. Eu não sou o que você exatamente chamaria de pobre então eu quero mesmo te ajudar a pagar.
– Nem eu. E é por isso que eu não vou te deixar pagar. Dinheiro não é problema pra mim. Além do mais, não são as garotas que devem pagar as contas – Ele piscou e eu sorri derrotada. Ele deu um sorriso vitorioso e eu só ri. Depois de um tempo, resolvemos jogar um joguinho de perguntas, pra sabermos mais um sobre o outro:
– Certo, eu começo – Matt disse – Comida favorita ?
– Bacon, ovos e arroz – Nós rimos – Primeira namorada ?
– Kate. Namorinho de infância. Nós tínhamos nove anos e a gente terminou porque ela comeu o meu sanduíche – Nós rimos. – Trágico, eu sei. Primeiro beijo ?
– Jake. Com onze anos. Esporte favorito ?
– Futebol americano. Eu sei, eu sou alemão mas Eua é vida e não – Nós rimos. – Nasceu aonde ?
– Alemanha mas me mudei para o Brasil. Fui criada lá dos quinze anos aos vinte e um e voltei para cá anteontem.
Ficamos nesse joguinho e depois conversamos mais um pouco.
– Vou poder te levar até a sua casa ?
– Não mas me deixa no parque que ta tudo certo.
– Fechou então.
Ele me levou até e, antes que eu descesse, nós nos beijamos. Depois de um tempo, achei que era melhor ir embora.
– Tchau Matt – Disse dando um celinho nele.
– Tchau Jen.

Postado por: Grasiele

Falling For U! - Capítulo 14

Cheguei lá e encontrei o Matt:
– Demorei ? – Perguntei, sorrindo para ele.
– Na verdade, não. Eu acabei de chegar. Vamos ?
– Vamos.
Fomos até o carro. Ele abriu a porta para mim e eu acho que eu fiquei com os olhos brilhando. Não é sempre que você encontra um cara assim:
– Então, por que a gente teve de se encontrar no parque mesmo ?
Eu realmente não queria mentir pra ele mas o que eu diria ? ‘Ah, é porque eu moro com o seu pior inimigo e ele não sabe que a gente está saindo e eu não queria presenciar um homicídio.’ Definitivamente não. Preferi mentir:
– Ah, é que meu pai estava em casa e ele é um pouco ciumento. E eu aposto que se minha irmã visse e fosso contar para ele, ela aumentaria muito a história, e me ferraria só pra ter o gostinho. – Ele riu e eu suspirei aliviada. Pelo menos ele acreditara na mentira.
– Tudo bem então.
– Pra onde a gente vai ?
– Você escolhe. Restaurante ou cinema. – Ele sorriu
– Ah, eu sou péssima pra escolher as coisas. O que você prefere ?
– Cinema e depois restaurante – Os olhinhos dele brilharam e eu ri.
– Então fechou. – Nós sorrimos um para o outro.
Fomos direto para o cinema. Ficamos um tempo escolhendo o que assistir. Depois passamos um tempo discutindo sobre quem iria pagar os ingressos e a pipoca. Eu insisti para pagar o meu mas ele queria porque queria pagar tudo. Depois de muita briga, eu deixei ele pagar tudo:
– Da próxima vez, quem vai pagar tudo sou EU !
Ele riu:
– Vai sonhando.
Enquanto entravamos na sala, começamos a rir do que tinha acontecido. O Matt era um cara tão legal. Nunca faltava assunto entre a gente e ele sempre me fazia rir. ‘O meu pedaço de conto de fadas.’
Sentamos na última fileira. Tirando todos aqueles trailers frustrantes, o filme até que estava legal. No meio do filme, mais ou menos, percebi que o Matt me olhava. Tirei meus olhos do filme:
– Que foi ? – Ele sorriu – Não gostou do filme ?
– Não, não é isso. O filme até que é legal.
– Ah, então o que aconteceu, quer ir embora ?
Ele riu: - Não, é só que eu estava pensando se você ficaria muito brava se eu fizesse isso.

Postado por: Grasiele

Falling For U! - Capítulo 13

– Na época o Matt namorava com uma garota, a Tracy. Até ai de boa. Daí parece que outro garoto ficou com a Tracy, num dia de chuva e pá. Só que aqui um monte de garotos se vestem igual ao Tom e de costa, todo mundo é igual. – Eu ri – Então a irmã do Matt, que viu tudo, pensou que era o Tom e contou pro irmão dela que a Tracy tinha ficado com o Tom. Rolou a maior confusão e eles brigaram feio. O Tom jurava que ele não tinha ficado com a Tracy mas o Matt nunca acreditou. Daí a briga só aumentou porque o Matt sempre foi o melhor amigo do Tom e naquela hora não confiou nele. E foi isso. Agora eles se odeiam mortalmente. O Matt nem olha na minha cara. É assim com os amigos do Tom. E o Tom faz o mesmo com o Matt e seus amigos. Fim. – Ele sorriu e eu fiz o mesmo.
– Agora ta tudo explicado. Mas essa Tracy, não disse a verdade pro Matt não ?
– Não. Ela é uma vadia. Não se importa com os outros.
– Típico.
– Pois é.
Lembrei do Matt. Eu e o Bill tínhamos conversado por pelo menos meia hora. Eu ainda tinha que tomar banho e comer. Peguei alguma coisa e comi rapidinho enquanto falava com o Bill:
– Amigo lindo do meu coração, eu vou tomar banho e vou sair, belesa ?
– Com quem ?
– Segredo – Sorri pra ele. Acho que ele percebeu com quem eu iria sair porque fechou a cara.
– Jen, não mexe com fogo que tu vai se queimar. Essa briga é mais feia do que você imagina e se você se meter no meio nem eu vou conseguir te tirar.
– Eu sei me cuidar, Bill. E o Tom não pode me trancar dentro de casa, ok ? Beijos – Fui para o meu quarto. Olhei para o relógio. Oito horas. E eu ainda nem tinha jantado. Tomei um banho super rápido e vesti uma calça jeans, um tênis e uma blusa. Deixei meus cabelos soltos. Fiz uma maquiagem de leve e passei perfume. Me olhei no espelho. ‘Nem bonita nem feia.’ Ri. Eu era bonita sim. Meus cabelos pretos batiam no meio das costas. Ele era inteiramente liso. Eu tinha um corpo bonito também mas nada muito exagerado. Tudo na medida e proporcional. Parei com isso. ‘Você não tem tempo, esqueceu ?’ Eu mesma me dei um sermão. Liguei pra Matt:
– Já ta pronta ? – Ele me atendeu assim.
– Oi pra você também. – Ele riu – E sim, já estou pronta.
– Belesa então, passo ai daqui a quinze minutos.
Eu ia falar que tudo bem mas me lembrei que o Tom poderia ver. Até o Matt chegar o Tom poderia já estar em casa, mesmo que não fosse muito provável:
– É melhor não. Vamos nos encontrar no portão principal do parque, pode ser ?
– Tudo bem. Te vejo lá daqui a pouco.
– Beijos – Desliguei o telefone e fui pra sala. Bill estava lá vendo tv.
– Bill lindo, já estou indo, ok ? – Dei um beijo em sua bochecha.
– Jen...
– Abre a porta pra mim ? – Disse com um sorriso no rosto – Você ainda não me deu a chave de casa e pá.
– Pega a minha em cima do balcão.
– Valeu.
Sai de casa e fui direto para o parque. Eu sei que era errado estar saindo com o Matt. E hoje eu percebi a merda que eu estava fazendo e na briga que eu estava entrando. Mas eu só... queria estar ao lado de Matt.

Postado por: Grasiele

Falling For U! - Capítulo 12

Fui dormir pensando o porque do Tom odiar tanto assim o Matt. Acordei com o meu celular tocando:
– Quem foi o desafortunado que me acordou ? – Disse com a voz meio embriagada. De sono, é claro.
– Ah, desculpa Jen, eu ligo depois.
– Agora que já me acordou eu não vou mais conseguir dormir demônio. Fala logo. – Escutei uma risada. – Quem é ?
– É o Matt. O do parque, lembra ? – Sorri mesmo que ele não pudesse ver.
– Oi Matt sedução – Ele riu
– Oi Jenna linda  - “Ah, ele me chamou de Jenna linda”. – Então, desculpa ter te acordado cara.
– Suave. Mas eaê, ligou por quê ?
– Pra ouvir sua voz... Mentira. Liguei pra gente combinar de sair.
– Pow, com o sono que eu to eu não to nem pensando direito, Matt. Faz assim, eu vou tomar um banho, comer alguma coisa e depois eu te ligo, firmeza irmão ? – Nós rimos
– Belesaintãu – Ele disse com voz de malandro. Eu ri bastante.
– Então fechou Matt. Tchau amiguinio.
– Tchau amor. – Desligamos. ‘Ele me chamou de amor ! De AMOR ! Faleci rs’.
Tomei um banho e fui pra cozinha. Encontrei o Bill lá.
– Cadê o Tom ?
– Boa noite pra você também Jenna. – Nós rimos.
– Ah, boa noite Bill lindo amor da minha vida que mora no meu coração. – Pulei nele e o abracei. Rimos de novo.
– Quer saber onde está o Tom pra quê, posso saber ? – Eu sorri.
– Ele ta aqui ?
– Não, saiu agora pouco. Foi pra balada ‘caçar.’
– Esse garoto não presta.
– Nem um pouco. – Ele sorriu.
– Mas então, agora tu tem como me explicar o porque do Tom odiar tanto o Matt ? Hoje a tarde, se você não tivesse lá capaz do Tom me matar. – O Bill riu da minha cara de drama.
– Ah, longa história.
– Bill, nós temos todo o tempo do mundo.
– Ô curiosidade heim ?! – Eu sorri pra ele e ele riu. – O Tom era melhor amigo do Matt.
– Nossa, imagine se fosse inimigo...
– Oh meu Deus, tem como você deixar eu terminar ?
– Continua então – Sentei no sofá e ele fez o mesmo.

Postado por: Grasiele

Falling For U! - Capítulo 11

Subi para o meu quarto normal. Sentei na cama e quando fui tirar meu tênis, o Tom apareceu do nada no meu quarto, com um olhar furioso. Ele partiu pra cima de mim, mas Bill o segurou. Não me pergunte da onde o Bill saiu, tudo foi muito rápido. O Bill segurava o Tom, que enquanto olhava pra mim, disse:
– Por que você estava falando com o Matthew ?
– E-eu... ah Tom, porque ele é um cara legal... – Ele deu um riso histério
– Não Jenna, ele não é um cara legal. Ele é um otário e definitivamente está longe de ser um cara legal ! – Ele disse as últimas palavras quase gritando.
– Como você pode dizer isso sobre ele ? Você já parou pra falar com ele ? Se você fizesse isso, aposto que mudaria completamente a sua opinião ! – Eu me afastei um pouco dele. Aquilo estava me deixando desconfortável.
– Jen... – Bill começou mas não pode terminar. Tom o cortou:
– Cala a boca Jenna ! Você não conhece ele. Nunca mais volte a falar ou a andar com ele, você me ouviu ? – Ok, aquilo já era demais.
– Você não pode me proibir de nada, ta me ouvindo ?  DE NADA. Eu vou continuar a falar e a andar com ele sim e não é você que vai me impedir garoto – A fúria nos olhos de Tom aumentaram visivelmente. E foi naquele momento que eu me arrependi de ter dito aquilo. Eu cheguei até a me arrepender de ter nascido. Mas continuei a falar. – Por que você é assim com ele ?
– Isso não é da sua conta , Jenna. Só pare de andar com ele, para o seu próprio bem. E se você não fizer isso por bem, vai fazer por mal. – Bill puxou ele para fora do quarto e eu fiquei pensando nisso tudo que aconteceu.
Por que será que o Tom sentia tanto ódio do Matthew. Ele era um doce de menino. Deve ser inveja. Ou não. O Tom não parecia estar brincando. Tem cobra nessa toca e  eu vou descobrir o que é. E apesar do ter me dito para ficar longe de Matt, eu não faria isso. Matt foi o meu primeiro amigo aqui. Eu não vou deixar o Tom estragar.

Postado por: Grasiele

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Falling For U! - Capítulo 10

Passado o meu momento nostalgia, percebi que alguém estava sentado ao meu lado. Olhei assustada para ele. Sim, ele. O cara, provavelmente, mais bonito da Alemanha inteira estava sentado ao meu lado. Mais bonito até que o próprio deus grego do restaurante. Ele me olhou. Ele era bonito. Mas na verdade, não tinha nada de mais. Moreno dos olhos pretos. E só. Ele sorriu de canto para mim. O sorriso mais lindo que eu já vira. Acho que é isso que fazia dele um cara realmente bonito. Ele era simples. Não era lá um loiro dos olhos azuis mas quem se importa ? Seus olhos, que possuíam algo que eu não conseguia decifrar, e seu sorriso de canto faziam um belo par. Simples, mas perfeito. Ele resolveu quebrar o silêncio:
– Espero que não se importe de eu ter sentado aqui. – A voz dele era rouca e, ah... ele era perfeito. Com um homem desses e um saco de bolacha eu passava o mês inteiro feliz. Ri com esse pensamento.
– Não, de boa. – Ele sorriu novamente – E seu nome é... ?
– Matthew. Mas pode me chamar de Matt.
– Eu adoro esse nome cara – Ele riu – Eu sei que você não perguntou mas o meu é Jenna. Mas pode me chamar de Jen gatinho. – Eu pisquei e nós rimos juntos.
– Nunca te vi por aqui.. tu é nova ?
– Sou sim. Cheguei ontem.
– Ah... veio pra cá pra estudar, trabalhar ou pra pegar geral rs ?
– Pra caçar lógico – Nós rimos – Vim pra estudar, e se pá, trabalhar também.
– Legal. Já sabe onde vai estudar ?
– Ainda não, vou ver ainda... – Olhei pra baixo e depois para o meu relógio. Já eram cinco horas. Pera aê, cinco horas ? Eu ainda nem dei sinal de existência. Tateei meu celular. Sem bateria. ‘Ótimo’. – Er, Matt, eu tenho que ir pra casa, ta legal ? – Disse me levantando.
– Já ?
– É... é que eu não avisei ninguém e tal. Depois a gente se vê, ok ? – Me levantei. Ele me segurou pelo braço.
– Me passa o seu telefone ?
– Me empresta seu celular. – Ele me deu o dele e eu dei o meu para ele. Ele entendeu a mensagem. Eu digitei meu número e ele o dele. Destrocamos. – Pronto, agora eu tenho que ir.
– Quer que eu te leve em casa ?
– Ah, não precisa...
– Não vai ser problema nenhum pra mim.
– Mesmo ?
– Mesmo.
– Então fecho – Ele sorriu pra mim e eu pra ele. Fomos andando até em casa. Ele me levou até a porta e nos despedimos lá mesmo.
– Tchau Jen.
– Tchau Matt – Entrei mas minutos depois me arrependi. Devia ter ficado lá fora.

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Falling For U! - Capítulo 9

 Que saudades que eu sentia dele.’Ele é um idiota. Esqueça isso.’ Eu sei, ele tinha me feito sofrer muito mas eu nunca amei alguém como eu amei ele. Ele era tudo pra mim. Mas foi me trair justo no dia do meu aniversário, com a minha pior inimiga. Marie. Que na época, namorava com o Tom. Isso deu uma confusão desgraçada. O Tom ficou muito puto, brigou com a Marie e brigou feio com o Dan. Voava tanto sangue que se pegasse um potinho pra recolher dava até pra doar. ‘HAHA’ ri com esse pensamento. Depois, o Tom simplesmente sossegou. E eu nesse meio todo ? Quase matei a Marie de tanto xingar e dar tapas, depois, chorava todo dia. Foi ai que eu percebi o quão idiota eu estava sendo. Chorar por um cara que não devia nem se lembrar de mim era super idiotice. Então eu dei a volta por cima, e aparentava ter superado, quando na verdade, ainda sofria com isso. Eu e Tom continuávamos naquela mesma relação de afeto de sempre. Traduzindo: a gente brigava quase todo dia, como sempre. Um insultava o outro e tal. Tudo tinha voltado ao normal. Mas daí o Dan veio com uma conversinha e pá e eu acabei caindo na dele. Voltei a namorar com ele e o Tom ficou com muita raiva de mim. Eu e ele brigamos muito. Terminei com o Dan e meio que voltei a falar com o Tom. Mas não era a mesma coisa de sempre... Não demorou muito, e tudo voltou ao normal. Acho que o Tom já tinha esquecido dessa história, e hoje falava comigo como se nada disso tivesse acontecido. Eu tentei deixar isso de lado. E por parte, funcionou. Me mudei para o Brasil e esqueci de vez o Dan. Mas como minha mãe me disse, não dá pra esquecer o passado. Então, eu simplesmente aceitei. Fui traída ? Ótimo. Isso tinha acontecido fazia um tempo e quem vive de passado é museu. Acabei por voltar a falar com o Dan. Nós não éramos exatamente o que você chamaria de amigos, mas ainda éramos colegas. O Tom nunca soube disso. E eu realmente esperava que nunca soubesse.

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Falling For U! - Capítulo 8

Olhei para a pessoa que fizera isso. Era o deus grego. Sorri comigo mesma. Nós nos beijamos. Aquela cara tinha uma pegada que dava um calor. Ri com esse pensamento. Ele beijava muito bem. Sua mãos, que antes seguravam meus pulsos ao lado do meu corpo, agora passaram para o meu rosto e depois, foram percorrendo o meu corpo. ‘ Certo, já chega’. Ele colocou suas mãos na minha cintura e começou a beijar o meu pescoço. Senti um arrepio. ‘Ah, ele é bom nisso.’ Suas mãos passaram para as minhas pernas. Aquilo já era demais:
– Para cara.
Ele pareceu não me escutar. Tentei empurrá-lo. Apesar de ele ser bem mais forte que eu, consegui afastá-lo de mim. Antes que ele viesse de novo para cima, sai de lá. Ele ficou com uma cara de ‘wtf?’mas eu nem me importei. Eu realmente estava surpreendida comigo mesma. Aquilo estava tão bom. Não sei como consegui me controlar. Em qualquer outro momento, ou lugar, eu deixaria rolar. Mas não ali e não quando o Tom e o Bill estivessem juntos. Achei uma explicação para o meu momento de sanidade: Eu estava sóbria. Ri comigo mesma. Enquanto ia para a mesa, fui ajeitando o meu cabelo. Me sentei:
– Você não foi SÓ no banheiro – Bill disse me olhando.
– Fui sim.
– Jenna – Ele me olhou severo.
– Ah Bill, nem vem...
Terminamos de comer, conversamos um pouco e fomos para casa.
– Vou andar por aê, belesa ? – disse para Tom e Bill.
– Por mim... – Bill sorriu.
– Então to indo. Beijos. – Fui até a porta.
– Cuidado com o estuprador – Tom caçoou. Nem respondi.
Andei um pouco pela cidade e depois em um parque. Sentei na grama, em frente de um laguinho e liguei meu mp5. Tava tocando Hummingbird do Never Shout Never. Eu adoro essa música. Apesar de não gostar muito de músicas calminhas, eu tinha um motivo especial para escutá-la. O meu Dan tinha cantado-a para mim. O Dan...

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Falling For U! - Capítulo 7

Fomos no carro do Tom. Paramos em um restaurante de comida brasileira.
– Aaaaaaaaaaaah, comida brasileira – Eu gritei disse super animada. O Tom e o Bill só riram.
Entramos no restaurante e pedimos feijoada. Quando a comida chegou, aposto que meus olhos até brilharam. Enquanto comíamos, eu e o Tom trocávamos insultos. O Bill só ria:
– Jennaleia, tu parece uma pedreira ! Precisava de tanta comida no prato. Duvido que você vá comer tudo isso...
Antes que eu pudesse responder, escutei o sino da porta principal e virei o meu olhar para a entrada. Um “homem” extremamente lindo procurava com os olhos algum lugar para sentar. Ele era alto, moreno dos olhos verdes. Tinha o cabelo jogado para o lado e vestia uma blusa branca que mostrava só o começinho de sua barriga, que era sarada, mas não exageradamente. Devia ter, no máximo, uns 23 anos. E uma saúde...
– Jen ? Acorda Jen! – Bill me chamou. Acordei da “transe”.
– Fala Bill – Sorri pra ele.
– Tá tudo bem ?
– Ta sim ! – eu desviei o meu olhar para o deus grego da porta. Bill e Tom olharam na mesma direção e balançaram a cabeça negativamente. – Ah, nem vem gente. Ele é lindo. – aposto que meus olhos brilhavam.
– Sou mais eu – Tom disse, com a expressão séria. Eu não consegui me controlar e ri bastante. – Aposto que é gay.
– Gay é você garoto. – Eu disse. Aquele cara gay ? Ah não!
– Já provou pra saber ?
– Af Tom, cala a boca.
– Vem tirar a prova neném - Ele piscou.
– Neném Tom ? É por isso que as mulheres fogem de você.
– Elas não fogem de mim, ela se matam por mim – Revirei os olhos.
– Já volto. Com licença. – Me levantei. Tom pegou no meu braço:
– Cuidado, ele pode ser um estuprador. – Ele fez cara de assustado. Bill riu.
– Vá plantar bananeira na ladeira.
Fui para o banheiro. Na saída, senti alguém puxando meu braço e me colocando contra a parede.

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Falling For U! - Capítulo 6

Fui para o meu quarto. ‘Ele continua o mesmo idiota de sempre. Como fui idiota de pensar que ele tinha mudado.’ Fui tomar banho. Vesti um shorts, uma blusa qualquer e  meu nike cano alto. Bati na porta de Bill:
– To aqui, Jen – Ouvi Bill gritar da cozinha. Fui até lá. – Vai sair ?
– Vou conhecer um pouco a cidade. Ta afim ? – Ele me olhou com uma cara de sono mortal. – Ta, esquece o convite. – Nós rimos
– Vamos almoçar e depois eu vejo se rola eu ir andar com você, pode ser ?
– Belesa. – Não vi o Tom mas resolvi não perguntar sobre ele.
– O Tom foi tomar banho e pediu pra gente esperar ele que daí nós vamos juntos. – ‘Ótimo. Pelo menos agora eu sei onde ele está’
– Tanto faz – Revirei os olhos e o Bill riu.
– Vocês dois não tem jeito.
– É... mas então Bill, e as gatinhas ? Raaaaaaaaaw – Nós rimos
– Você esta me cantando, Jen ? – Ele fingiu surpresa
– É claro Bill lindo, você sempre me seduziu ! – Eu pulei nele e nós rimos bastante. Sentamos um perto do outro. – O que me conta de novo ?
– Ah, depois que você foi embora, eu namorei uma garota por 1 ano mas depois nem deu mais certo.
– Por quê não deu certo ?
– Sei lá, só que não rolava mais.
– E daí você virou mulherengo e hoje tem sete filhos no Agreste – Nós rimos
– Na verdade, eu só tenho um mas tudo bem. – Olhei assustada para ele. – To te sacaniando Jen – Ele fez uma cara de tédio e depois riu – Não acredito que você achou que era verdade.
– Não sei... – Ele sorriu para mim. O meu sorriso preferido.
Nós ficamos conversando por um tempo, até que o Tom saiu do banho.
– Pronto princesa ? – Bill disse para Tom, que apenas mostrou a língua.
– Pronto.
– Ah não, Tom. Não acredito que você ainda usa essas roupas de malandro. – Fiz uma cara feia.
– Ixi, a crise de ciúmes já passou e agora você ta falando comigo é Jen ? – Ele riu
– É Tom. Agora vai por uma roupa que não te faça parecer um gangster. – Sorri pra ele.
– Não ! – Tom disse bravo.
– Vamos parar, né ? – Bill disse rindo.
– Ta. Vamos ? – Eu perguntei.
– Vamos ! – Os dois disseram juntos.

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Falling For U! - Capítulo 5

Passei pela sala como se nada tivesse acontecido.
– Você não ia dormir ? – o Tom disse, meio apreensivo
– Só vim tomar água. Calma tomzinho, já percebi que você não me quer aqui. Já  to indo pro meu quarto – Pisquei pra ele. Lavei o copo rapidinho e, enquanto ia para o meu quarto, disse:
– Boa noite Bill, boa noite Tom.
Fechei a porta do meu quarto e me joguei na cama, com um sorriso no rosto. Mas mesmo assim, estava meio confusa. Eu e o Tom sempre nos tratamos muito mal. Mas ele parecia estar mudado agora... Ou, só estava fazendo isso porque agora eu não era mais gorda. Aliás, eu estava realmente bonita. 4 anos longe do Tom me fizeram bem. Tom, Tom, Tom, é só nisso que eu consigo pensar ? ‘Af’ disse baixinho. Talvez fosse hora de dar trégua. Quem sabe o Tom tivesse mudado. ‘É’.
Cai no sono rapidamente. Não lembro do que tinha sonhado. Fiz minha higiene e fui pra sala. Péssima idéia. Encontrei Tom e uma garota, nus no chão da sala. Tudo o que antes estava na mesinha central, agora estava no chão. ‘Meu Deus!’. Fui até a cozinha, peguei uma maçã e voltei para o meu quarto. ‘Ele continua o mesmo mulherengo e sem-vergonha que era a 5 anos.’
Passei um tempo perdida em meus pensamentos. Tentei inventar algumas coisas para fazer sem que eu precisasse sair do meu quarto, assim eu não teria que olhar para aquela cena da sala novamente:
– Não agüento mais ficar nesse quarto.
Sai de lá e fui direto para a cozinha, comer algo, já que a maçã não tinha tirado a minha fome. Olhei para a sala de relance, pois ouvi um barulho. A garota não estava mais lá. Tom estava sentado no sofá, vendo tv:
– Bom dia Jenna.
– Oi Tom – disse na maior desanimação do mundo.
– Nossa, com essa animação toda você devia era ser líder de torcida. – Ele riu da própria piada.
– Vá se danar – Disse enquanto procurava algo na geladeira. Já era quase hora do almoço, então eu fiz apenas um toddy. Sentei no sofá, perto de Tom
Nós ficamos em silêncio por um bom tempo.
– Tem um dedo aqui – Ele enfiou o dedo no meu toddy e riu.
– Qual é o seu problema, seu idiota ? Que nojo ! – Eu me levantei super revoltada.
– Calma Jenna, foi só uma brincadeira.
– Vai brincar com as suas vadias, Tom – Lavei o copo e enquanto ia para o meu quarto, pude escutar a voz de Tom.
– Ta com ciúmes, é Jenninha ? – Ele riu e eu apenas mostrei o dedo do meio para ele.

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Falling For U! - Capítulo 4

Pulei no Bill. Nós ficamos abraçados por um longo tempo. Eu dava beijos em sua bochecha.
– Que saudades minha pequena ! – Ele disse, depois que me colocou no chão.
– Eu senti tanto a sua falta, Bill.  – Eu disse. Uma lágrima de felicidade queria cair do meus olhos. Eu a limpei. Não iria chorar lá.
– Jenna ? – Pude ouvir a voz do Tom. Me virei para ele.
– Não demônio, é a Xena – Ele fez uma cara de ‘vsf’ e eu mandei beijinho para ele.
– Já vão começar ? – Bill disse, rindo.
– Eu não comecei nada. Eu vim, na maior humildade, as 5 horas da manhã vir buscar a Jenna e ela nem me dá oi direito. – O Tom disse, se fazendo de magoado.
– Aaaaaaah Tom, nem vem – Eu sorri pra ele.
– Belesa então, JENNALEIA, vai vendo. - Ele virou de costa e fez questão de gritar o Jennaleia.
– Jennaleia ? Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaah Tom, eu vou te matar ! Precisava gritar esse apelido idiota ?
– Precisava ! – Ele deu um sorrisinho sarcástico.
– Vamos parar, né ? – Bill disse, já pegando a minha mala – Vamos Jen ?
– Vamos Bill lindo – Eu disse entrelaçando o meu braço ao seu. O Tom soltou um ‘af ‘ e eu apenas ri.
Enquanto íamos para casa, eu tentava decorar o caminho, inutilmente. Bill falava comigo, e as vezes, o Tom também. Parei de prestar atenção na conversa. O Tom estava lindo. Continuava um idiota, pelo o que parecera, mas agora estava mais lindo do que nunca. ‘ Tira isso da cabeça, Jenna. Ele é seu inimigo, esqueceu ?’ Eu repetia e insistia. Mas era inevitável. Bill e Tom haviam crescido e tornaram-se homens lindos. Afastei esse pensamento da cabeça, e tentei me concentrar na conversa.
O caminho do aeroporto até a casa de Bill e de Tom era rápido Chegamos em um instante. Eles me ajudaram com as malas, e me apresentaram a casa. Eu estava com sono, apesar de ter dormido no avião então, após dar uma ajeitada nas minhas malas e no quarto, fui tomar banho:
– Gente, vou tomar banho e depois vou dormir, o-k ? – Gritei do meu quarto
–  Vai lá – Eles me responderam.
Tomei um banho relaxante, mas rápido. Coloquei meu baby-doll . Senti sede e resolvi ir tomar um copo de água. Escutei o Tom dizendo para o Bill:
– A Jenna está gostosa, heim ? Mal a reconheci ! – Ri baixinho. Parei na porta para poder escutar o resto. Isso não é uma coisa que eu geralmente faço, mas aquele assunto em particular me interressou.
– Tom, Tom, se aquieta. Não vai brincar com a Jenna que eu te estoro... – Resolvi ir para a sala. Já tinha escutado o que queria.

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Falling For U! - Capítulo 3

Acordei no outro dia e passei, praticamente, a tarde inteira arrumando minhas malas. Como o vôo fora adiantado, e sairia esta noite, me despedi de todo mundo. Foi aquela choradeira que cria até enchente. Sendo bem dramática, eu estaria deixando a minha vida toda para trás. Mas eu tinha decidido que me mudaria. Ninguém me obrigou. E pensando pelo lado bom da coisa, eu poderia recomeçar de novo. E apesar de ter de recomeçar de novo ao lado do traste do Tom, o que não ajuda muito, eu estaria indo para um país lindo, morar com o meu melhor amigo. Eu não tinha do que reclamar, a final. O dia passou correndo, e quando eu vi, já era hora de ir embora. No aeroporto, minha mãe dizia pela décima quinta vez:
– Eu te amo minha filha ! – Ela quase me sufocava com o seu abraço. Mas eu tinha que  dar um desconto para a velha, ela não me veria por um bom tempo.
– Eu também te amo, mamãe !
– Se cuida. Juízo. Nada de bebidas e drogas. E nada de falar com estranhos, o-k ? – Ela falava tudo embolado, enquanto eu chorava. Eu ri. A mulher da voz irritante, anunciou o meu vôo.
– Eu tenho que ir, mamãe.
– Mas já ?
– Já, mãe ! Tchau... – eu dei um último abraço apertado nela, enquanto andando gritei – Eu te amo muito !
– Eu também...
Entrei no avião. Fiquei na janelinha, yes. Na verdade, não fez diferença nenhuma porque eu dormi a viagem inteira mas EU fiquei na janelinha. Passado o meu momento criança feliz, eu só fui acordar com a aeromoça me chamando:
– Sra, nós já chegamos.
– Valeu. – Eu disse, meio sonolenta. Olhei pra fora. O céu estava clariando. O meu vôo saira as 23:00 h Fiz as contas. 23 + 2h de viagem + 4 h de fuso horário. Se eu não estivesse errada, eram 5 h. Maldito fuso horário. Vai demorar para eu me acostumar, eu já estou até vendo. Fui para a área de embarque, onde ficam os parente e tal. Procurei Bill e Tom com os olhos. De primeira, não os achei. Reconheci o Bill por causa de seus cabelos. Fui correndo abraçá-lo. Ele me esperava de braços aberto, com um sorriso no rosto.

Postado por: Grasiele

Falling For U! - Capítulo 2

Depois de mais algumas horas conversando, eu e minha mãe voltamos para a nossa casa. Durante o caminho no carro, eu pensava no que eu havia me metido. ‘Agora não tem mais volta. Você deveria ter insistido mais. Dito mais um não. Talvez fizesse diferença.’ Eu não parava de me lamentar. Conviver com o Tom seria um inferno. Apesar de que eu também moraria com o Bill, o que, por um lado, já era uma vantagem. Talvez ele pudesse me defender. Ou não. Certo, eu estava mesmo ferrada.
Cheguei em casa e logo me taquei na cama. E quando eu estava para dormir, o maldito celular tocou:
– Alô ? – disse super grossa.
– Nossa, faz séculos que eu não falo com você e quando eu te ligo você me trata assim ? – Eu não conseguia reconhecer a voz
– Quem é ?
– Não acredito que você não sabe, Jenna ! – Soltei um af básico e olhei para a tela, para ver se o número era reconhecido. Me surpreendi.
– Bill ? Biiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiill ! – Pude escutar a sua risada. O Bill sempre fora o meu melhor amigo. Eu contava tudo pra ele e ele pra mim. Mas daí eu me mudei para o Brasil e a gente perdeu total contato. – Que saudades bebê !
– Agora reconheceu né ? Aposto que viu na tela. – Ele se fingiu de bravo e eu ri. – E essa história de você vir morar comigo, é verdade ?
– Sim – Eu disse meio alegre e meio, er, revoltada. Por um lado, morar com o meu melhor amigo é uma grande idéia. Mas morar também com o meu pior inimigo, bem, não é assim algo que eu realmente esteja esperando por.
– Séeerio ? – Eu podia sentir a alegria em seu tom de voz.
– Sério !
– O Tom vai odiar essa idéia. – Ele riu.
– Eu sei. Eu não estou muito animada para morar com ele também, se isso serve de consolo.
– Ah vocês dois... só quero ver. Não vou ficar separando briga de vocês, já vou logo avisando – Nós dois rimos.
– Tudo bem, eu aprendi uns golpes de defesa pessoal mesmo – Eu sorri
A conversa durou por uns 40 minutos mais ou menos. Fui dormir logo após. Só depois é que eu pude notar quanta falta o Bill me fazia e quantas saudades eu sentia. Ele tinah sido o meu melhor amigo e a distância atrapalhou. ‘ Não vou deixar isso acontecer novamente”, prometi para mim mesma.

Postado por: Grasiele

Falling For U! - Capítulo 1

POV: Jenna

– Ah Simone, esqueci de te contar. Minha filha vai para Hamburgo depois de amanhã ! Quem sabe ela não encontra Bill e o Tom por lá ? – Minha mãe disse, logo após terminar de tomar seu chá.
– Sério ? Que maravilha. Isso seria ótimo.Você vai para Hamburgo estudar ? – Simone se virou para mim. Era uma mulher realmente bonita. Parecia ter 30 anos, quando na verdade tinha 44. Seu cabelo loiro, na altura de seu queixo, dava um ar sério mas ao mesmo tempo divertido á ela. Era uma mulher cuja beleza era invejada por muitas da sua idade.
– Vou sim. Pretendo ficar alguns meses lá, talvez um ano. Queria ir para, além de estudar, arranjar um emprego também. Gosto da Alemanha. É um país realmente bonito.
– É sim. Ainda me arrependo de ter saído de lá. Mas bem, você sabe, meu marido tinha negócios aqui e eu não o deixaria sozinho por nada. Sinto tanta falta de meus filhos...
– Deve ser horrível ficar longe dos filhos pro tanto tempo – Minha mãe disse – Eu estou tentando me acostumar com a idéia de ter a minha pequena Jenna fora de casa !
– Ah mamãe, sem drama. Não vai acontecer nada. Além do mais, vai passar rapidinho. Quando você menos esperar, eu vou estar de volta para casa.
– É... – minha mãe se lamentou.
– Mas então querida, onde você pretende ficar ? – Antes que eu pudesse responder algo como em algum hotel por ai, minha mãe foi ligeira e disse antes de mim:
– Ainda não decidimos. Talvez em algum hotel. – Esqueceu do “por ai”, mamãe. Nossa família era realmente rica. É por isso que conhecíamos a família Kaulitz. Você sabe, ricos vivem entre ricos e tal
– Você pode ficar na casa do Tom e do Bill. Aposto que eles adorariam te receber – Ah não, você só pode estar me tirando ! Morar junto de Tom ? Nem pensar ! Não, não e não!.
– É melhor não... não quero dar trabalho – Tentei ser o mais educada possível mas minha vontade era de gritar ‘NEM POR CIMA DO MEU CADÁVER’. Mas acho que a sra Kaulitz ficaria um pouco espantada, senão sentindo-se insultada.
– Não aceito não como resposta, Jenna, já está decidido. – ‘ÓTIMO !’, pensei. Cadê minha mãe e sua imensa boca agora ?

Postado por: Grasiele

Falling For U!

Falling For U!
Sinopse: Me lembro vagamente dos irmãos Kaulitz. Bill era um doce de menino, já o Tom, bem... eu não posso dizer o mesmo. Ele era tão chato e irritante ! Não perdia uma oportunidade de me zoar, sempre fazendo piada só porque eu era gorda. Grande idiota. É isso o que o Tom era, e ainda deve ser. Maldita hora em que minha mãe fora comentar sobre a minha viagem para a Alemanha. Mais maldita ainda, foi a hora em que a sra. Kaulitz quase me obrigou a ir morar com o Tom e com o Bill. Agora, eu teria que conviver com o Tom. Arg, N I N G U É M merece !

Classificação: +18
Categorias: Tokio Hotel
Gêneros: Hentai
Avisos: Heterossexualidade
Capítulos: 45
Autora: feeb

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

The Nanny - Capítulo 43 - You make me...

Você me faz sentir como em um sonho de adolescente
Você me deixa tão excitada que não consigo dormir
Vamos fugir e nunca olhar para trás
Nunca olhar para trás
Meu coração para quando você olha para mim
Apenas um toque, baby, agora eu acredito que é real
Então arrisque-se e não olhe para trás
Nunca olhe para trás

(Contado pela Kate)

Após sabermos que o Brian ficaria com a Brenda, eu não teria mais nada a fazer ali pra cuidar do pequeno, já que o apartamento seria posto à venda em poucos dias.

Se eu dissesse que nossa despedida foi normal, estaria mentido, pois não foi nada fácil. Brian chorou, me abraçou e ficou grudado em mim por um bom tempo, até que consegui convencê-lo que aquele não era exatamente o fim de tudo. Lhe disse que as coisas continuariam sendo as mesmas, apenas estaríamos nos afastando por algum tempo.

– E você promete que vai me visitar sempre? – pergunta ele.
– Claro! – respondi. – E você também me prometerá que irá se comportar na casa da Brenda, e irá passar alguns dias lá comigo.
– Prometo.

Segurei o choro ao máximo que consegui. O abracei novamente, me despedi da Brenda, e fui ao apartamento do Bill.

– As minhas coisas já estão prontas. – diz Bill.
– Está mesmo preparado pra morar comigo? – perguntei, me sentando em sua cama.
– Com certeza! – se sentou ao meu lado. – E você... Está preparada pra me receber?
– Nem irei lhe responder.
– A gente... – ele segura minha mão. – A gente vai ser feliz, eu prometo.
– Eu sei que sim. – aproximei meu rosto do seu, e lhe dei um selinho.

Aquele selinho acabaria se tornando um beijo, se o Tom não tivesse aparecido ali no quarto.

– Desculpa interromper. – diz Tom. – Só passei pra dar um abraço no Bill, já que ele tá indo embora. – Bill se levanta, e abraça o irmão. - Vou sentir saudades.
– Só estou mudando de casa, e não de país.
– Mas não será a mesma coisa sem você.
– Quando precisar de qualquer coisa é só me ligar, não importa o horário.

Cada dia mais, eu achava esses dois a coisa mais fofa do mundo. Tom ajudou a levar as malas até o elevador de serviço, e depois também colocou algumas no porta-malas do carro. Lá na garagem, houve mais uma despedida dos irmãos. Eu não queria atrapalhar aquele momento, então entrei logo no carro.

– Se cuida, tá? – diz Bill.
– Você também.
– E vê se não apronta nada!
– E você, cuida bem da Kate.

Bill entrou no carro, e deu partida. Em poucos minutos, chegamos em casa. No dia da minha mudança, fiquei algum tempo parada do lado de fora, só observando aquele que seria o meu novo lar. E foi exatamente isso que o Bill fez. Fiquei ao seu lado, e lhe fiz a mesma pergunta que ele havia me feito.

– Aposto que está se perguntando se essa foi a escolha correta, acertei?
– Sim. – respondeu, e me olhou. – Mas tenho certeza que não poderia ser diferente.

Tirei uma chave do bolso, e lhe entreguei.

– Que chave é essa? – pergunta ele.
– Quando você disse que queria mesmo vir morar comigo, fui até um chaveiro e fiz uma cópia da minha chave. – ele sorriu, e me abraçou.
– Eu te amo. – me deu um beijo. – Vamos entrar logo, porque to ansioso pra inaugurar novamente aquela cama. – nós dois rimos, então ele me puxou pela mão e entramos em casa.

(Contado pela Laura)

O dia não poderia estar mais sem graça. Eu estava em casa, sentada no sofá da sala, tomando sorvete de morango e assistindo um filme, que não fazia sentido algum. As cortinas estavam fechadas, e fazia com que o ambiente ficasse escuro. Aquele tédio me consumia, e senti uma vontade de chorar. O motivo? Nem eu mesma sabia.

A campainha tocou, e me assustei um pouco. Coloquei o pote de sorvete em cima da mesinha de centro, e fui atender; era o Tom. Ele estava com um meio sorriso estampado no rosto, e aquele olhar que seduz facilmente.

– Ah, é você? – voltei, e me sentei no sofá.
– Por quê? Estava esperando alguém? – ele entrou, fechou a porta e ficou em pé na minha frente.
– Não. Só não imaginava que você fosse aparecer por aqui agora.
– Quero te mostrar uma coisa.
– O quê?
– Não posso falar. Você tem que vir comigo.

Como não sou nenhum pouco curiosa, me levantei. Ele segurou em minha mão, e me conduziu para fora do apartamento. Paramos em frente ao elevador.

– Porque não disse que iríamos pegar o elevador? Assim eu teria trocado de roupa, pra não aparecer de robe lá no térreo.
– E quem disse que iremos pro térreo? – as portas se abriram e entramos.
– Então...?

Ele apertou um dos botões, e o elevador parou entre dois andares.

– Porque fez isso? – perguntei.

Tom foi se aproximando de mim, e me fez ficar encostada numa das paredes. Me olhou bem nos olhos, e disse:

– Tá a fim de se divertir um pouco? – deu um sorriso malicioso.
– Não vai ficar com medo das câmeras? – retribui ao sorriso.
– Aprendi com você, que devemos gostar de platéias, às vezes.

Nos beijávamos com desejo, enquanto suas mãos desamarravam o laço que estava em meu robe. Eu trajava apenas uma lingerie, e isso facilitou bastante o trabalho do Tom.
(Contado pelo Bill)

QUATRO SEMANAS DEPOIS...

Os ensaios com a banda estavam indo cada vez melhores, mas nesse último final de semana o Tom resolveu nos abandonar, pra fazer uma viajem a Miami, com a Laura. Dividir uma casa com a Kate não é tão complicado, seu único problema é gostar das coisas organizadas e em seus devidos lugares. Estou me esforçando ao máximo para não contrariá-la, e alguns dos meus hábitos já estão sendo deixados de lado, como por exemplo: não jogo mais a toalha molhada em cima da cama, e nem deixo mais a tampa do vaso aberta. Isso é um grande progresso, não acham?

Mas enfim... Passei o domingo inteiro pensando numa maneira de pedir a Kate em casamento. Pois é, acho que não dá mais pra ficar enrolando. Tá na hora de comprar um par de alianças e demonstrar todo meu amor por ela. Só não sei como farei isso. Na verdade, queria que fosse algo diferente, e inesperado.

Na segunda-feira, saí pela manhã à procura de algo. Passei por várias ruas e lojas, e nada me agradava. Óbvio que eu não iria desistir tão fácil, mas o cansaço começava a me deixar um pouco desanimado. Cheguei numa joalheria, e uma moça veio me atender.

– Olá, posso ajudá-lo? – pergunta ela.
– Sim, obrigado. – respondi. – Estou procurando um anel de compromisso.
– Irei te mostrar alguns.

Me sentei numa cadeira, e ela começou a trazer vários anéis. Eram bonitos, mas não pareciam combinar com a Kate.

– Gostou de algum?
– Sinceramente?
– Não, o senhor não gostou, não é?
– Gostei, só acho que... Não combinam com o jeitinho dela, sabe?
– Pode descrevê-la? Talvez eu consiga encontrar algo.

Fiz o que ela pediu, e descrevi exatamente como a Kate é. Desde suas características físicas, até sua personalidade.

– Espere só um minutinho. – diz ela. – Acho que tenho exatamente o que o senhor precisa.

A moça se retirou, e deve ter demorado de três à cinco minutos para retornar com uma caixinha de veludo na cor vermelha.

– Aqui está. – ela se senta numa cadeira atrás da mesa, e coloca a caixinha em cima da mesma. Em seguida, a caixinha é aberta.

Naquele momento, fiquei sem fala.

– O que achou deste?
– É perfeito. – respondi. – É o mesmo que eu estar vendo a Kate em minha frente. – a moça sorri.

Fui até o balcão para fazer o pagamento, e me assustei um pouco com o preço. Mas eu seria capaz de qualquer coisa, só pra ver os olhinhos dela brilhando ao receber o anel. Sai da loja carregando uma pequena sacola na mão, e ainda achava que não era o suficiente. Quero dizer, aquele anel era muito bonito, mas como eu faria o pedido? Um jantar romântico é clichê demais, e a Kate é esperta o bastante pra descobrir tudo bem antes. Enquanto caminhava, passei em frente a uma loja de animais, parei em frente a vitrine, e uma luz se acendeu. Tive uma idéia que poderia dar certo, ou simplesmente errado.

MEIA HORA DEPOIS...

Cheguei em casa, e notei que estava silencioso demais.

– Amor, já cheguei! – gritei, e fechei a porta.
– To aqui na cozinha! – ela gritou de volta.

Fui até lá, e a encontrei preparando uma lasanha. Só de sentir o cheiro, me deu água na boca e vontade de me sentar no mesmo instante pra saborear. Segurei meu desejo, pra poder colocar meu plano em prática.

– Trouxe um presente pra você. – disse.
– Ah, é? – ela sorriu. – E o que seria?
– Ele está lá na sala.

Fomos pra sala. Assim que ela avistou o presente, ficou parada, ou melhor, imóvel.

– Aquele é o presente?
– Você gostou? – perguntei.
– Ele é... É muito lindo, e muito fofo.

Ela se aproximou, e o pegou no colo.

– É macho ou fêmea? – pergunta ela.
– Fêmea. – respondi.
– Como a chamaremos? – pergunta ela.
– Não sei. Você é bem melhor com nomes, do que eu.
– O que acha de... – ela pensou um pouco. – Ruby?
– Legal.

Ruby agora seria a mais nova moradora daquela imensa casa. Sua raça é o Chow Chow, e decidi comprá-la, por achar que nos serviria de companhia e por ter me chamado mais atenção do que os outros animais que se encontravam na loja.

MAIS TARDE...

Kate e eu estávamos sentados à beira da piscina, com os pés dentro da água. A caixinha com o anel estava em meu bolso, e achei que aquele seria um bom momento para pedi-la em casamento.

– Kate... – coloquei a mão no bolso. - Eu queria... – estava pronto pra pegar a caixinha.
– Ruby, não! – se levantou rapidamente e foi até a cachorra, que comia uma de suas plantas. – Olha só o que você fez? Como você é má, hein? – me levantei, e me aproximei das duas.
– Poderíamos conversar?
– Claro. Só espere um minutinho, colocarei a Ruby na coleira.
– Ok.

Fiquei aguardando por cinco minutos. É tão difícil assim colocar uma cachorra na coleira?

– Pronto, voltei. – diz ela.
– Tá legal... – respirei fundo. – Eu queria te dizer uma coisa.
– Tô ouvindo.
– Você quer...
– A Lasanha! – ela quase gritou.
– O quê?
– A Lasanha ainda tá no forno!

E lá foi a Kate correndo pra dentro de casa, pra ver o que tinha acontecido com a lasanha. Aquilo estava começando a me deixar irritado. Entrei em casa, e fui até a cozinha.

– Ela queimou. – disse Kate.
– Tudo bem, podemos pedir uma pizza.
– Comemos pizza ontem. – ela me olhou. – O que acha que pedirmos comida japonesa?
– Tanto faz.
– O que você queria falar mesmo?
– Não era nada, deixa pra lá.

Me retirei, e voltei à beira da piscina. Talvez aquele não fosse mesmo o melhor momento pra falar com ela. Esperei a noite chegar... A Kate estava no quarto, em frente ao espelho, terminando de arrumar o cabelo.

– O que acha desse vestido? – pergunta ela, se virando pra mim. – Me deixa um pouco gorda, não é?
– Você está linda. – me aproximei.
– Mentiroso. – voltou a olhar-se no espelho.

Esperai, se todas as minhas tentativas delicadas não estavam dando certo...

– Kate, quer casar comigo? – perguntei. Ela ficou parada, me olhando pelo reflexo. Tirei a caixinha do bolso, e a abri.
– Oh, meu Deus! – diz ela, se virando. – Oh, meu Deus! – repetiu.
– Isso é um não?
– Sim, quero dizer... Não. Digo... Sim. – ela se confundiu toda, e eu ri.
– Ok, vamos fazer isso de novo. – desta vez, me ajoelhei e segurei uma de suas mãos. – Quer se casar comigo?

E com os olhos cheios de lágrima, ela respondeu:

– Sim.

Coloquei o anel em seu dedo, e selamos aquele momento com um beijo apaixonado.

– Também preciso te dizer uma coisa. – diz ela.
– O quê?
– A minha menstruação está atrasada.

Que eu saiba, a menstruação de uma mulher só atrasa quando se está... Mas já aconteceu isso outras vezes com a Kate, e não era.

– E você... Foi ao médico pra saber se estava tudo bem?
– Um-hum.
– E o que ele disse?
– Ele disse assim “Garota, é melhor você começar a pensar em num nome pra esse bebê!”.

Meu coração disparou.

– Então você está...
– Exatamente. – diz ela. – Parabéns, papai.

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The Nanny - Capítulo 42 - Testamento.

(Contado pela Kate)

– Sentimos muito – disse o outro. -, mas infelizmente não houve sobreviventes.

Fiquei completamente sem fala. Bill e Brian se aproximaram...

– O que houve? – pergunta, Bill. – Kate?
– Leve o Brian lá pro quarto. – disse ao Bill.

Bill chamou pela Brenda, que levou o pequeno pro quarto. Convidei os rapazes para entrarem, pra podermos conversar um pouco mais sobre este assunto. Nos sentamos no sofá.

– E vocês... Já sabem quais foram às causas dessa queda? – perguntei.
– Ainda não. – respondeu o loiro. – Mas assim que tivermos qualquer informação, avisaremos.
– E os... Os corpos? – pergunta, Bill.
– Nenhum fora encontrado. – diz o outro. – E isso provavelmente demore um pouco, pois o avião caiu numa mata que é muito fechada, e pode dificultar a ação dos bombeiros...

Após conversamos o necessário, eles foram acompanhados até a porta, pelo Bill. Continuei sentada no sofá.

– É difícil de acreditar que algo assim realmente aconteceu. – diz Bill, se aproximando.
– Como iremos contar pro Brian? – meus olhos se encheram de lágrimas.
– Não faço idéia. – ele se sentou ao meu lado, e me abraçou. – Mas com certeza não te deixarei sozinha nessa. – comecei a chorar.

O problema não era saber sobre a queda do avião, e que não houve sobreviventes. A maior dificuldade seria contar aquilo pra uma criança de apenas sete anos.

Enquanto o Brian brincava em seu quarto, chamei a Brenda e lhe contei tudo. Ela também não acreditou, e até derramou algumas lágrimas. Mas naquele momento não poderíamos apenas ficar chorando, precisávamos encontrar a “melhor” maneira de falar com o pequeno, mesmo sabendo que não havia uma boa maneira.

MAIS TARDE...

Entrei no quarto do Brian, e ele estava sentado em sua cama. Tive a leve sensação de que ele já sabia de alguma coisa. Me aproximei, e sentei-me ao seu lado. O Bill ficou em pé, lá na porta. E a Brenda chorava tanto, que não teve condições de nos ajudar.

– Porque estão quietos? – pergunta, Brian.
– Precisamos falar com você. – disse.
– O que foi que eu aprontei desta vez?
– Nada. – Bill se aproxima, e senta-se do outro lado. – Você não aprontou nada.
– Então porque estão com essas caras?
– É que... O assunto é um pouco delicado. – disse.
– Falem logo.

Pedi que o Bill começasse a falar, pois eu não conseguiria.

– Bem... – Bill respirou. – Os seus pais... Eles sofreram um acidente.
– Que tipo de acidente? – Brian o encarava.
– O avião que eles estavam...
– O avião caiu? – pergunta Brian.
– É... – responde, Bill.
– E onde eles estão agora?
– Ainda não sabemos. – respondi.

Sinceramente, achei que seria muito mais difícil. Ele até que “encarou” bem aquela noticia. Não derramou uma lágrima se quer, mas em compensação, foi dormir mais cedo, o que não é nada comum.

Naquela noite, não consegui pregar os olhos. Fiquei acordada até que o Sol nascesse. A Brenda precisou tomar alguns remédios, pra ver se conseguia dormir, mas não adiantou muita coisa. E o Bill ficou todo o tempo ao meu lado.

– Kate, você precisa descansar um pouco. – diz Bill. – Passou a noite inteira sem dormir.
– Se eu conseguisse. – disse. – Mas só consigo tentar imaginar o que acontecerá agora. – olhei pra ele. – O que será do Brian?
– Poderíamos adotá-lo.
– É muito fácil falar. – sorri. – E além do mais, o Brian tem avós, que provavelmente vão lutar por sua guarda.

Meia hora depois, a campainha toca. Me levantei e fui ver quem era. Estava temendo que fosse mais alguma noticia ruim. Mas era apenas o Derek, advogado da senhora C.

– Olá. – diz ele, estendendo sua mão para me cumprimentar. – Desculpe ter vindo nessa hora, mas precisava conversar com você.
– É noticia ruim? – perguntei.
– Não. – ele riu. – Só vim avisar que estou com uma cópia do testamento da minha cliente, e quando soube do que aconteceu, tive que lê-lo.
– Um-hum.
– O seu nome e o da empregada, foram citados. – diz ele. – Se ficar mesmo comprovado que o casal O’Connell não sobreviveu ao acidente, vocês duas deverão comparecer em meu escritório, daqui duas semanas.
– Pra quê? – pergunta Bill.
– Farei a leitura do testamento, em frente aos familiares mais próximos e as pessoas que foram citadas. – respondeu.
– E porque eu seria citada no testamento dela?
– Não posso comentar nada sobre o assunto neste momento, pois mesmo que seja improvável, ainda tenho esperanças que eles estejam vivos. – ele fez uma pausa. – Bom, só passei para dizer isto. E mais uma vez, me desculpem pelo horário.

O acompanhei até a porta. Achei essa história de testamento, muito estranha. A senhora C e eu não tínhamos tanta intimidade assim, pra ela ficar colocando meu nome em documentos. Me sentei ao lado do Bill, no sofá.

– Será que ela te deixou alguma herança? – diz ele.
– Até parece. – nós dois rimos. – Porque faria isso?
– Sei lá. Mas seria bem legal, não é?
– Não seria ruim, mas... Também não vejo motivos pra ela me deixar qualquer coisa.
– Como não? – ele me olhou. – Você quem cuidou do Brian esse tempo todo, enquanto ela não fazia absolutamente nada!
– Eu estava sendo paga pra fazer isso.
– Você não foi paga pra fazer uma festa de aniversário pra ele.
– Isso não tem nada a ver. Fiz a festa, porque achei que deveria fazer.
– Eu sei, mas...
– Olha – o interrompi. -, não vamos ficar falando nisso agora.
– Tá legal.
DUAS SEMANAS DEPOIS...

Com as informações dos peritos, ficou comprovado que não sobreviveu absolutamente ninguém pra contar a história. O motivo do acidente? O dia estava meio nublado e com sinais de que iria chover. Pra completar, uma ave se perdeu no meio do caminho e foi parar numa das turbinas do avião, fazendo o mesmo cair numa mata fechada.

Então o Derek enviou uma carta, pedindo que a Brenda e eu fossemos até seu escritório, para participarmos da leitura do testamento. Fiquei meio sem jeito, pois não me considero tão importante assim pra participar de algo tão pessoal. O Bill foi um anjo, e disse que cuidaria do Brian até voltarmos.

Quando entramos na sala do Derek, havia mais cinco pessoas. Eram todos da família da senhora C. Eles pareciam estar um pouco abatidos e tristes – e acho que não poderia ser diferente. Os cumprimentei, e dei os meus pêsames. Em seguida me sentei num sofá de couro, muito confortável, e a Brenda fez o mesmo.

– Boa tarde. – disse Derek, entrando na sala. – Bem, não irei demorar, pois sei que vocês são ocupados e precisam seguir suas vidas. Só quero avisar que todos aqui presentes foram, de alguma forma, citados no testamento. Caso não concordem com algo, peço desculpas, mas o meu único dever é assegurar que os desejos da minha cliente sejam respeitados.

Ninguém falou nada. Pouco depois o Derek retirou um envelope de sua pasta, abriu o mesmo, e começou a ler.

Se alguém estiver lendo este testamento, é porque provavelmente já não pertenço mais a este “mundo”. Me encontro no meu perfeito juízo, livre de qualquer coação, deliberei fazer esse meu testamento particular, como efetivamente o faço, sem constrangimento, em presença do meu advogado e amigo; Derek, no qual exaro minhas últimas vontades, pela forma e maneira seguinte: meu único herdeiro, Brian O’Connell, deverá ser criado pela única pessoa que confiei durante minha vida inteira; a empregada Brenda Sales. Ela acompanhou o crescimento de meu filho, e sabe suas necessidades. Tenho certeza que não o abandonará. Deixo 20% da minha herança para meus pais. Os outros 20% será destinado à babá que me ensinou e me ajudou em certos momentos; Kate Braddock. E os 60% restantes, ficará numa conta bancária, até que o Brian atinja maior idade para mover o dinheiro e usá-lo a seu dispor. Meu apartamento deverá ser vendido, e toda renda revestida à uma instituição de caridade. Assim expressando minha última vontade, pedindo à Justiça de meu País, que o faça cumprir como este se contém e declara, e à testemunha, perante a qual li este mesmo testamento, que o firme em juízo, de conformidade com a lei. Dou, assim, por concluído este meu testamento particular.

Margaret O’Connell

Sinceramente, me surpreendi com a senhora C. Não poderia imaginar que ela fosse uma pessoa tão boa assim. Quem em sã consciência deixaria a guarda de seu filho com a empregada, e ainda doaria 20% de sua herança pra uma babá? Fiquei feliz por saber que o Brian não ficará mais sozinho. Só não sei o que farei com o dinheiro que ela deixou pra mim. Irei pensar com muito carinho e cuidado, pra tentar fazer a coisa certa.

Postado por: Grasiele

The Nanny - Capítulo 41 - Nós somos da companhia aérea Twain...

(Contado pela Kate)

– Eu andei pensando, e... – olhei pra ele. – O que acha de vir morar comigo? – perguntei.
– Tá falando sério? – ele parou de comer.
– Um-hum.
– Isso... Isso seria incrível! – um sorriso enorme estava estampado em seu rosto.
– Então... Devo considerar essa alegria toda, como um sim?
– Claro!

Se levantou, e veio até mim. Segurou em minha mão, me fez levantar e me abraçou. Depois de já termos tomado o café da manhã, entramos em seu carro e Bill me deixou no condomínio, pois em seguida ele iria pro estúdio.

Quando cheguei ao apartamento, a porta estava aberta, e algumas malas estavam ali no corredor. A Brenda vai viajar de novo? Entrei, e descobrir que quem iria viajar, era a senhora C. O Brian estava sentado num dos sofás, e segurava um boneco de brinquedo. A Brenda ajudava a levar as malas pro corredor.

– Ainda bem que você chegou. – disse a senhora C.
– A senhora... Vai viajar? – perguntei.
– Pedi o divórcio ao Jack, e como nos casamos na África, precisamos ir até lá para resolver as coisas. – respondeu. – E também estou indo pra garantir que ele não me passará a perna, e deixará boa parte de seus bens comigo. Mas não se preocupe, pois a Brenda ficará contigo, e ela lhe ajudará a cuidar do Brian.
– Tudo bem. Mas ele nem dá tanto trabalho assim.

Ah não, imagina... Ele é um anjinho.

– Bem, tenho que ir agora, se não perderei o vôo. – disse ela. – Volto em dois dias no máximo.
– Ok.

Ela saiu e fechou a porta. Fiquei parada ali por alguns instantes, até que o Brian se aproximou de mim.

– To com fome. – diz ele.
– O quê quer comer?
– Bolo de chocolate.
– Não! – disse. – Nem pensar! Nada de açúcar.
– Por quê?
– Porque você fica doido quando come chocolate.

Fomos pra cozinha, e nos sentamos à mesa. A Brenda preparou sanduíches, e suco de maracujá...

– Você e o Bill continuam brigados? – pergunta ela, se sentando ao lado do Brian.
– Graças a Deus, não. – respondi. – Fizemos as pazes ontem.
– Nossa, que bom! Fico muito feliz por isso.
– Eu também.
– O Bill brigou com você, Kate? – pergunta o pequeno.
– Não, ele... Ele não brigou comigo.
– A Laura anda um pouco sumida, não é? – diz Brenda.
– É verdade. Falei com ela apenas uma vez, desde que chegou de viajem.

(Contado pela 3º pessoa)

Laura estava sentada em sua cadeira, atrás de sua mesa, e revisava alguns projetos para a revista. O tédio já estava tomando conta dela, quando resolveu parar o que estava fazendo, pra ficar apenas ouvindo música. Tom bateu na porta, e entrou em sua sala.

– Ocupada? – pergunta ele.
– Pra você, nunca estou ocupada. – respondeu.
– Pedi desculpas à Kate. – ele se senta no sofá.
– Ainda bem. Já estava passando da hora disso acontecer.
– Tem razão, e aproveitei pra voltar às boas com o Bill.
– Perfeito. – ela se levanta, e vai se sentar ao lado dele.
– O que irá fazer essa noite?
– Provavelmente, nada.
– Tá a fim de sair?
– Por mim, tudo bem. – faz uma pausa. – E você, tá a fim de se divertir agora? – dá um sorriso malicioso.
– Não é preciso nem perguntar. – ele retribui o sorriso.
– Então venha comigo. – ela se levanta, segura na mão dele, e o puxa para fora da sala.
– Onde estamos indo?
– Você topou se divertir, não foi?
– Sim, mas onde?

Os dois pararam em frente ao elevador.

– Não está pensando em...
– Exatamente. – responde ela.
– Tem câmera ai dentro!
– E daí? Adoro uma platéia.
– Isso vai parecer filme pornô!
– Melhor ainda! Já imaginou se nos contratam?
– Você é maluca!

As portas se abrem, e ela o puxa pra dentro.

– Laura, isso é loucura. – diz Tom.
– Cale a boca, e tira logo o meu vestido. – ela fica de costas pra ele.
– Alguém pode ver. – ele abaixava o zíper do vestido dela. – Ou melhor, várias pessoas podem ver!
– Não to nem ai!
– E quando o elevador parar num andar?
– Deixa de ser medroso! – se vira pra ele. - Olha, se isso é tão constrangedor pra você, podemos parar.
– Tudo bem.
– O quê? – pergunta incrédula. – Vai mesmo broxar?
– Não estou broxando, só acho que é safadeza demais pra se fazer no elevador da sua empresa.

Ela fica em silêncio por pouquíssimo tempo, e torna a ficar de costas pra ele.

– Você é um estraga prazeres. Pode fechar o vestido, por favor?
– Vai ficar com raiva? – ele sobe o zíper.
– Não. – fica de frente. – Só não brincarei mais com você.

A porta do elevador se abre, e ela sai, deixando o sozinho.

(Contado pela Kate)

Brian e eu estávamos sentados no sofá, assistindo televisão. Aquela tarde estava sem graça demais, pro meu gosto. Poderíamos estar assistindo a um filme de terror, comédia, suspense... Mas ao invés disso, assistíamos um desenho horrível. O sono começou a querer me atacar, e se não fosse pelo Brian dando suas gargalhadas, eu com certeza teria dormido ali mesmo.

As horas iam passando, e nada daquele clima melhorar. Tive que aturar aquele silêncio por um bom tempo.

MAIS TARDE, QUANDO JÁ ERA NOITE...

– Está calor, não quer tomar um banho? – perguntei ao Brian.
– Não. – respondeu, sem desviar os olhos da televisão.
– Você quer sim!

Ele não queria tomar o banho, mas eu precisava fazer alguma coisa pra não acabar dormindo ali no sofá. O pequeno tentou fugir, e novamente saiu correndo pela casa, completamente pelado. A Brenda simplesmente sentou-se no sofá, e começou a rir daquilo. Bem que ela poderia ter me ajudado a pegar o pirralho.

Quando finalmente conseguir carregá-lo pro banheiro, lá dentro tive que enfrentar mais uma batalha. Mesmo com o dia quente, deixei a água do chuveiro morna. Mas como ele foi travesso o suficiente pra me deixar molhada, resolvi me vingar, e deixei a água gelada. Praticamente tomamos banho juntos.

Pra colocar uma roupa decente nele, foi outra briga. Sinceramente, achei que ele já tinha passado dessa face de me deixar maluca. Passei seu perfume, e fui pentear seu cabelo.

– Deixa que eu penteie. – disse ele.
– Tá legal. – fiquei apenas olhando.

Seu cabelo ficou certinho demais, e até achei bonitinho. O Bill apareceu ali no quarto...

– To bonito? – pergunta Brian.
– Ficaria bem melhor, se usasse o cabelo diferente. – responde ele.
– Como?

Bill o leva até o banheiro, e pouco depois os dois reaparecem. O pequeno estava com o cabelo todo arrepiado.

– Agora sim está bonitão, não é Kate? – diz Bill.
– Ah sim, com certeza. – respondi.

Fomos pra sala, e continuamos a assistir aquele desenho infernal. O clima era outro, pois o Bill estava ali. A campainha tocou, e fui atender.

– Casa dos O’Connell? – pergunta um rapaz elegante.

Na verdade eram dois rapazes, mas apenas um deles estava falando.

– Sim. – respondi.
– Você é a...?
– Kate Bradock, babá.
– Nós somos da companhia aérea Twain, e viemos avisar que houve um acidente com o avião em que os O’Connell embarcaram.
– Acidente? – fiquei assustada.
– Sentimos muito – disse o outro. -, mas infelizmente não houve sobreviventes.

Postado por: Grasiele

The Nanny - Capítulo 40 - Fui imaturo o suficiente...

(Contado pelo Bill)

– Nós não... Não terminamos de verdade, não é? – perguntei, um pouco sem jeito. – Por que... Estou prestes a enlouquecer sem você.

Kate ficou calada por poucos segundos, e notei que seus olhos se encheram de lágrimas.

– Não. – respondeu, correndo até mim. Pulou em meu colo, e enlaçou suas pernas em minha cintura.

Nos beijamos, como se o mundo fosse acabar naquela mesma hora. Era um beijo intenso, e que por mim, não acabaria nunca. Mas precisamos recuperar o fôlego. Caminhei até o sofá, e me sentei, deixando a Kate em meu colo, e de frente pra mim.

– Como é difícil ficar longe de você. – diz ela, tocando meu rosto.

Meus olhos olhavam para os seus, e por vezes, também se fixavam nos seus lábios. Minhas mãos estavam em sua cintura, enquanto as dela agora estavam em torno do meu pescoço.

– Me perdoa? – disse. – Me perdoa por todas as besteiras que falei. – lhe dei um selinho.
– Você foi um idiota, mas eu também disse o que não deveria. – nós rimos.
– Cheguei a pensar que nunca mais sentiria o seu cheiro. – lhe abracei, e aspirei seu perfume. – O seu gosto. – lhe beijei novamente.
– Por alguns instantes, isso também me passou pela mente.
– Olha, eu... Eu prometo que nunca mais desconfiarei de você. Prometo que não iremos mais brigar daquela maneira. – ela sorriu, e mordeu o lábio inferior. – Eu te amo. – sussurre. – Te amo muito.
– Eu também te amo muito. – me abraçou novamente.
– Aquilo não vai mais acontecer.

Uma mecha de seu cabelo escapuliu, e quando ela a colocou de volta a trás da orelha, notei um curativo em sua mão.

– O que houve com sua mão? – perguntei, pegando a mesma, para olhar.
– Me cortei. – respondeu.
– Como?
– Me distraí, e acabei deixando a jarra de suco cair. Fui recolher os cacos de vidro, e aconteceu isso.
– Mas está tudo bem, não é?
– Sim. – ela sorriu.

E eu ainda acho que esse sorriso irá me matar qualquer dia desses.

– To com sede. – disse ela. – Quer tomar um suco? – se levantou, e caminhou em direção a cozinha.
– Tá legal. – me levantei, e a segui. – Mas eu preferia estar fazendo outra coisa. – ela se vira, e dá um meio sorriso.

Enquanto Kate abria a geladeira para pegar a jarra de suco, eu ficava sentado só observando seus paços. Como ela era delicada. Achei que ficar ali parado, não estava sendo tão bom assim. Me levantei, e aproveitei que ela estava de costas, pegando os copos no armário, e lhe abracei por trás.

(Contado pela Kate)

Quando suas mãos tocaram a minha cintura, estremeci. Bill afastou meu cabelo, e depositou um beijou meu pescoço. Me arrepiei inteirinha, pensei que fosse cair ali mesmo. E isso aconteceria, se ele não estivesse me segurando. Eu quebraria o copo, se não o colocasse rapidamente em cima do balcão.

Bill me fez virar para ele. Nossos olhares se encontraram, e eu não conseguia parar de olhá-lo. Meu coração acelerou. Seu rosto foi se aproximando devagar, até que nossos lábios se tocaram, delicadamente. Passei meus braços em torno do seu pescoço. Ele me ergueu, e me colocou sobre o balcão. O copo foi empurrado sem querer, e caiu no chão. Ele ficou entre as minhas pernas, e continuávamos nos beijando. Aquele momento foi interrompido, quando a campainha começou a tocar.

– Você não vai atender, vai? – pergunta ele.
– Pode ser algo importante. – respondi.
– Ah não. – me abraçou. – Não vai lá.

Com certa dificuldade, consegui convencê-lo. Lhe dei um selinho, desci do balcão, e fui ver quem era. A campainha não parava de tocar, e aquilo já estava me deixando irritada.

– Já to indo! – gritei.

Abri a porta, e fiquei um tanto surpresa.

– Tom?
– Oi, Kate. – diz ele, um pouco sem graça.
– Aconteceu alguma coisa?
– Eu só queria falar contigo. – fez uma pausa. – Eu posso... Posso entrar?
– Se veio até aqui pra falar sobre a Laura...
– Não! – me interrompeu. – Não tem nada a ver com ela.

Abri um pouco mais a porta, lhe dando passagem. Ele entrou, e lhe disse para se sentar. Instantes depois, o Bill aparece.

– O que veio fazer aqui? – pergunta Bill.
– Vim falar com a Kate. – responde.
– Falar o quê? – me aproximei do Bill.
– Na verdade, vim pedir desculpas.
– Desculpas? – Bill e eu perguntamos em uníssono.
– Sim. – ele ficou de pé. – Fui imaturo o suficiente pra chegar ao ponto de “brigar” com você, na sua própria casa.
– Isso é verdade. – disse Bill.
– Mas não estou aqui apenas por mim.
– Não? – disse.
– O Bill me influenciou muito. Presenciei de perto o que ele passou quando terminou com você. Inclusive, eu tive uma bela participação para que isso acontecesse. Me desculpem.
– Todos nós cometemos erros. – disse.

Bill se aproximou do irmão, e lhe deu um abraço apertado. Fiquei até feliz por ver aquilo, e espero que nunca mais se repita. Bem, depois o Tom foi embora, e voltei a ficar sozinha com o Bill.

– Onde é que nós paramos mesmo? – pergunta ele, se aproximando com aquele sorriso malicioso.
– Acho que estávamos na cozinha, e...
– E o Tom apareceu pra atrapalhar tudo.
– Exatamente.
– Deveríamos subir pro quarto, e terminar o que estávamos começando.
– Eu acho que deveríamos ir até a cozinha...
– Lá na cozinha? – me interrompeu.
– Não! – eu ri. – O que quero dizer, é que deveríamos ir até a cozinha pra limpar os cacos de vidro do copo.
– Não poderíamos deixar pra depois?
– Deixa de ser preguiçoso. – o puxei pela mão. – Teremos bastante tempo pra fazer essas coisas ai.
– Mas a vontade passa, sabia?
– Eu sei que a sua não passa, então... Vamos limpar logo aquilo.

Confesso que fiz de propósito. Mas depois que deixamos tudo limpinho, sem nenhum caco de vidro pra contar a história, subimos pro quarto, e fizemos o que vocês já estavam esperando.

MANHÃ SEGUINTE

Acordei, e me assustei um pouco. Bill estava encostado próximo a porta do quarto, e me observava dormir.

– Bom dia. – diz ele.
– O que faz ai parado? – me sentei na cama.
– Vendo você dormir. – ele se aproximou. – Desculpa, se te assustei. – começou a puxar o lençol.
– Está frio. – reclamei.
– Se esse é o problema – subiu na cama, e foi chegando cada vez mais perto. -, posso dar um jeito.
– Bill – olhei pro relógio na mesinha de cabeceira. –, não são nem oito da manhã. E hoje irei trabalhar.
– Você é estraga prazeres, hein? – eu ri, e ele se deita ao meu lado.
– Não tenho culpa de você estar com os hormônios à flor da pele.

Me levantei e fui até o banheiro pra tomar meu banho. Não demorei muito, e sai enrolada numa toalha branca. Bill ainda estava na cama, e ficou me olhando.

– Não em olha desse jeito, que já estou aprendendo a resistir seus encantos. – disse, e ele riu. Em seguida se levantou.
– Mas aposto que se eu chegar perto, você não resiste.
– Então não se atreva a fazer isso. – ele já se aproximava.
– É meio difícil, porque meu corpo precisa do seu. – me puxou para ele, fazendo nossos corpos ficarem colados.
– Pára Bill. – mais um pouco, e eu não resistiria. – Tenho que trabalhar hoje. Não faz isso.

Ele me deu um beijo um tanto molhado, e caminhou em direção ao banheiro.

– Deus, que homem é aquele? – eu ri, em seguida fui pro closet pra escolher uma roupa.

Escolhi algo que fosse confortável, e que ao mesmo tempo me aquecesse, pois o dia estava meio frio. Me vesti, fiz uma leve maquiagem, e passei meu perfume favorito.

Bill e eu descemos até a cozinha para tomarmos café. Nos sentamos à mesa e conversávamos.

– Eu andei pensando, e... – olhei pra ele. – O que acha de vir morar comigo? – perguntei.

Postado por: Grasiele

The Nanny - Capítulo 39 - Não posso perder mais tempo.

Eu amo este lugar
Mas é assombrado sem você
Meu coração cansado
Está batendo tão lento
Nossos corações cantam menos do que queriam

(Contado pela 3º pessoa)

– Concordo plenamente! – Kate caminhou em direção até a porta, e a abriu. – E se não tiver mais nada pra dizer, pode ir embora. – desviou seu olhar do dele.
– Perfeito. – ele saiu, e ela bateu a mesma com força.

Kate ficou encostada ali na porta, e seus olhos começaram a se encher de lágrimas.

– Perfeito. – repetiu, e uma lágrima caiu pelo seu rosto.

Seu corpo foi escorregando até o chão, onde ficou sentada. Abraçou os joelhos, e o choro se tornou incontrolável. Enquanto isso, Bill continuava parado na varanda, olhando para a porta fechada. Ele suspirou, e foi pro seu carro. Entrou, colocou o cinto de segurança, e já ia dar partida...

– Como você é burro! – xingou-se, e bateu no volante, fazendo a buzina tocar. – Idiota!

Após isso, girou a chave, e saiu do condomínio. Durante o percurso, não conseguiu se segurar e também deixou que algumas lágrimas escapassem dos seus olhos. Uns quinze minutos depois, chegou em seu apartamento. Abriu a porta, e a bateu. Tom que estava sentado no sofá, assistindo televisão, se assustou.

– Quebra. – disse Tom.
– Não enche!

Bill estava irritado, e foi pro quarto. Se sentou na cama, apoiou os cotovelos nos joelhos, e manteve a cabeça baixa.

– Está chorando? – pergunta Tom.
– Me deixe em paz. – respondeu, sem se mover.
– Apesar de estarmos brigados um com o outro – se sentou ao lado do irmão. -, me importo com você. Me conte o que houve?
– A Kate terminou comigo. – olhou pro Tom, e passou a mão direita no rosto, para enxugá-lo. – Agora já pode me jogar na cara, que a sua praga pegou.
– Não fale assim.
– Está satisfeito agora? – Bill se levanta. – Ela finalmente terminou comigo, e tudo por sua culpa!
– Não coloque a responsabilidade de sua briga, em cima de mim. – também se levantou.
– Se você não tivesse falado tantas coisas, eu não teria brigado com ela!
– Se VOCÊ não fosse tão...
– Idiota? – completou. – Essa é a única coisa que tenho escutado da boca das pessoas. – se sentou. – Me deixe sozinho.
– Bill...
– Saia agora! – falou com um tom mais alterado.

Tom se retirou, fechando a porta atrás de si.

Manhã seguinte...

Kate estava arrumada, e se encontrava na cozinha. Ela tentava preparar o café da manhã. Colocou um copo de vidro em cima da mesa, em seguida um prato de cor branca, com algumas torradas dentro. A mesa estava perfeita, mas faltava apenas um detalhe; a companhia do Bill. Ela abriu a geladeira, e pegou uma jarra de suco. Sentou-se à mesa, e começou a fazer a refeição. Mal havia começado, e perdeu a fome. Na verdade, não tinha comido nada desde o dia anterior. Resolveu limpar tudo. Novamente pegou aquela jarra, para levá-la de volta a geladeira, mas um pequeno descuido fez com que a mesma caísse, e se quebrasse.

– Droga! – disse Kate, abaixando-se para recolher os cacos.

Naquela tentativa de pegar com cuidado os vidros no chão, acabou cortando a mão. Aquilo doeu, e ela rapidamente foi até a pia para lavar o ferimento. A água misturou-se ao seu sangue, que parecia não querer parar de sair. Desligou a torneira, e enrolou a mão numa pequena toalha que estava ali por perto. Foi até seu quarto, e fez um curativo no local. Depois pegou sua bolsa, chamou um táxi, e partiu para a casa da senhora O’Connell, deixando toda a sujeira lá.

Chegou ao apartamento, e foi recebida por um abraço apertado do Brian. E era exatamente de um abraço daquele que ela precisava. Como naquele dia era feriado, o pequeno não foi ao colégio. Kate o levou ao playground do condomínio, para que ele pudesse se divertir um pouco. Ela se sentou num banco, enquanto ele se distraia nos brinquedos. Seus pensamentos estavam tão longe, que até mesmo o Brian percebeu.

– Kate, porque você está triste? – ele se senta ao seu lado.
– Quem disse que estou triste?
– Está sim. Dá pra ver nos seus olhos.
– É impressão sua. Só não dormi muito bem esta noite.
– O que aconteceu com sua mão?
– Me cortei.
– Doeu?
– Um pouco. – ela deu um sorriso desanimado. – Vamos voltar pra casa?
– Um-hum.

Os dois caminharam até o elevador, e ficaram aguardando um pouco. A porta se abriu. Ela estava distraída, e não percebeu quem estava ali dentro. Acabou esbarrando em Bill, que saia do mesmo.

– Desculpa. – disse ela, e entrou. Ele não respondeu nada, e saiu.

Brian reparou aquela cena, mas ficou calado. Ele e Kate chegaram ao apartamento, e o pequeno foi correndo para o escritório, pra ver a mãe. Ela foi pra cozinha, conversar com a Brenda.

– Está tão quietinha hoje. – diz Brenda. – Por acaso está doente?
– Acho que sim. – responde. – Mas parece ser incurável.
– Oh Meu Deus! Você está com câncer?
– Não! Claro que não!
– Então...?
– O Bill e eu terminamos.
– Tá falando sério?
– Porque eu inventaria algo assim?
– E qual foi o motivo?
– Desconfianças.
– Hum.
– Não queria falar sobre isso, se importaria?
– Óbvio que não! É um direito seu.

Mais tarde, Kate estava sentada no sofá da sala. Ela parecia pensar em algo, enquanto a senhora C a chamava.

– Kate? – a senhora C estalou os dedos. – Kate?!
– Desculpa.
– Está com a cabeça no mundo da Lua, hein?
– Não seria uma má idéia ir pra lá. – sussurrou.
– O que disse?
– Nada. Mas... A senhora precisa de mim?
– Venha até meu escritório. Vamos conversar um pouquinho. – ela sorriu.

xxx
Os meninos estavam ensaiando, ou melhor, tentando, pois a todo o momento Bill errava a letra.

– Ei, se concentra! – diz Tom. – Você tá errando tudo!
– Essa é a quarta vez que erra a letra da música. – diz Gustav.
– No que está pensando? – pergunta Georg.
– Desculpa pessoal, mas não consigo me concentrar. – diz Bill.
– Percebemos. – diz Gustav.
– Eu... – Bill se levanta. – Eu preciso... Preciso dar uma volta.
– Esperai! – grita Georg. – E o ensaio?
– Foi mal, mas agora não dá. – Bill se retira do local.

Os três ficam calados, e se entreolham.

– O que houve com ele? – pergunta Georg.
– Terminou com a namorada. – responde Tom.
– Só podia ter mulher na parada. – diz Gustav.

Bill pega seu carro, e fica rodando pela cidade, sem rumo. Ligou o rádio, mas parecia que todas as músicas que estavam tocando o fazia lembrar-se da Kate. Parou no semáforo, e um casal atravessou a faixa de pedestres, abraçados e sorrindo. Bill os seguiu com o olhar, até que os carros que estavam atrás começaram a buzinar, lhe avisando que o sinal já estava verde.

O dia já estava chegando ao fim, quando resolveu parar numa lanchonete. Se sentou numa mesa, próxima a janela. Em seguida, um casal entrou, e se sentaram numa mesa ao lado.

– Não vem tentar me enganar, que eu vi tudo! – disse ela.
– Mas eu já disse que aquilo foi um engano! – disse ele. – Aquela maluca que me agarrou!
– Até parece que vou acreditar. – Bill escutava toda a discussão.
– Você não tem que falar nada, porque nem esperou nosso primeiro termino esfriar, pra sair correndo atrás de outro.
– Isso foi há muito tempo, e não tem nada a ver com a história de hoje.

Bill virou-se para trás, e olhou para o casal.

– Tá olhando o quê? – pergunta o rapaz. – Nunca viu uma briga não?
– Querem um conselho? – diz Bill. – Confiem um no outro, e não cometam a mesma burrice que eu.
– O quê? – pergunta a moça. – Quem é você?
– Eu era o homem mais sortudo do mundo, e não sabia. – responde.
– Do que esse maluco tá falando? – pergunta o rapaz à sua companheira. – Você o conhece?
– Nunca o vi. – diz ela.



Toda palavra que você diz, eu penso
"eu deveria escrevê-las"
Não quero esquecer, venha luz do dia
E não precisa se preocupar
Que é perca de tempo
E não precisa imaginar
O que tem na minha mente
É você



No instante em que Bill se levantou, a garçonete veio trazer o seu pedido.

– Mas o senhor não vai nem experimentar? – pergunta a garçonete.
– Não posso perder mais tempo. – responde ele. – Preciso recuperar a mulher da minha vida!

Ele sai correndo da lanchonete, esbarra em algumas pessoas na rua, e pede desculpas. Encontra seu carro, e entra no mesmo. Já era noite. Pelo horário, a Kate já deveria estar em casa, e era pra lá que o Bill estava indo. Ele enfrentou um enorme engarrafamento.

– Vamos, saiam da frente! – ele gritava e buzinava. – Saiam logo!

Após passar por aquela “gigantesca” fileira de carros, finalmente conseguiu chegar até a casa da Kate. Ele parou em frente a porta dela, e ficou parado. Bill estendeu sua mão, mas não tocou a campainha. Respirou fundo, e quando ia tocar, a porta se abre.

– Laura?
– Oi Bill. – diz ela.
– A Kate está?
– Lá na cozinha. – ela lhe dá espaço para entrar.
– Você... Está indo embora? – ele entra.
– Vim apenas para ver como ela estava.
– Eu queria... Pedir desculpas.
– Não tem que se desculpar comigo. – ela dá um sorriso, e sai, fechando a porta.

Bill fica ali parado, sem saber o que fazer. Logo depois a Kate aparece, vindo da cozinha. Ela olhava o curativo em sua mão, e se assustou um pouco ao vê-lo ali parado.

– Bill?
– Nós não... Não terminamos de verdade, não é? – pergunta ele, um pouco sem jeito. – Por que... Estou prestes a enlouquecer sem você.

Postado por: Grasiele

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