terça-feira, 24 de janeiro de 2012

The Nanny - Capítulo 40 - Fui imaturo o suficiente...

(Contado pelo Bill)

– Nós não... Não terminamos de verdade, não é? – perguntei, um pouco sem jeito. – Por que... Estou prestes a enlouquecer sem você.

Kate ficou calada por poucos segundos, e notei que seus olhos se encheram de lágrimas.

– Não. – respondeu, correndo até mim. Pulou em meu colo, e enlaçou suas pernas em minha cintura.

Nos beijamos, como se o mundo fosse acabar naquela mesma hora. Era um beijo intenso, e que por mim, não acabaria nunca. Mas precisamos recuperar o fôlego. Caminhei até o sofá, e me sentei, deixando a Kate em meu colo, e de frente pra mim.

– Como é difícil ficar longe de você. – diz ela, tocando meu rosto.

Meus olhos olhavam para os seus, e por vezes, também se fixavam nos seus lábios. Minhas mãos estavam em sua cintura, enquanto as dela agora estavam em torno do meu pescoço.

– Me perdoa? – disse. – Me perdoa por todas as besteiras que falei. – lhe dei um selinho.
– Você foi um idiota, mas eu também disse o que não deveria. – nós rimos.
– Cheguei a pensar que nunca mais sentiria o seu cheiro. – lhe abracei, e aspirei seu perfume. – O seu gosto. – lhe beijei novamente.
– Por alguns instantes, isso também me passou pela mente.
– Olha, eu... Eu prometo que nunca mais desconfiarei de você. Prometo que não iremos mais brigar daquela maneira. – ela sorriu, e mordeu o lábio inferior. – Eu te amo. – sussurre. – Te amo muito.
– Eu também te amo muito. – me abraçou novamente.
– Aquilo não vai mais acontecer.

Uma mecha de seu cabelo escapuliu, e quando ela a colocou de volta a trás da orelha, notei um curativo em sua mão.

– O que houve com sua mão? – perguntei, pegando a mesma, para olhar.
– Me cortei. – respondeu.
– Como?
– Me distraí, e acabei deixando a jarra de suco cair. Fui recolher os cacos de vidro, e aconteceu isso.
– Mas está tudo bem, não é?
– Sim. – ela sorriu.

E eu ainda acho que esse sorriso irá me matar qualquer dia desses.

– To com sede. – disse ela. – Quer tomar um suco? – se levantou, e caminhou em direção a cozinha.
– Tá legal. – me levantei, e a segui. – Mas eu preferia estar fazendo outra coisa. – ela se vira, e dá um meio sorriso.

Enquanto Kate abria a geladeira para pegar a jarra de suco, eu ficava sentado só observando seus paços. Como ela era delicada. Achei que ficar ali parado, não estava sendo tão bom assim. Me levantei, e aproveitei que ela estava de costas, pegando os copos no armário, e lhe abracei por trás.

(Contado pela Kate)

Quando suas mãos tocaram a minha cintura, estremeci. Bill afastou meu cabelo, e depositou um beijou meu pescoço. Me arrepiei inteirinha, pensei que fosse cair ali mesmo. E isso aconteceria, se ele não estivesse me segurando. Eu quebraria o copo, se não o colocasse rapidamente em cima do balcão.

Bill me fez virar para ele. Nossos olhares se encontraram, e eu não conseguia parar de olhá-lo. Meu coração acelerou. Seu rosto foi se aproximando devagar, até que nossos lábios se tocaram, delicadamente. Passei meus braços em torno do seu pescoço. Ele me ergueu, e me colocou sobre o balcão. O copo foi empurrado sem querer, e caiu no chão. Ele ficou entre as minhas pernas, e continuávamos nos beijando. Aquele momento foi interrompido, quando a campainha começou a tocar.

– Você não vai atender, vai? – pergunta ele.
– Pode ser algo importante. – respondi.
– Ah não. – me abraçou. – Não vai lá.

Com certa dificuldade, consegui convencê-lo. Lhe dei um selinho, desci do balcão, e fui ver quem era. A campainha não parava de tocar, e aquilo já estava me deixando irritada.

– Já to indo! – gritei.

Abri a porta, e fiquei um tanto surpresa.

– Tom?
– Oi, Kate. – diz ele, um pouco sem graça.
– Aconteceu alguma coisa?
– Eu só queria falar contigo. – fez uma pausa. – Eu posso... Posso entrar?
– Se veio até aqui pra falar sobre a Laura...
– Não! – me interrompeu. – Não tem nada a ver com ela.

Abri um pouco mais a porta, lhe dando passagem. Ele entrou, e lhe disse para se sentar. Instantes depois, o Bill aparece.

– O que veio fazer aqui? – pergunta Bill.
– Vim falar com a Kate. – responde.
– Falar o quê? – me aproximei do Bill.
– Na verdade, vim pedir desculpas.
– Desculpas? – Bill e eu perguntamos em uníssono.
– Sim. – ele ficou de pé. – Fui imaturo o suficiente pra chegar ao ponto de “brigar” com você, na sua própria casa.
– Isso é verdade. – disse Bill.
– Mas não estou aqui apenas por mim.
– Não? – disse.
– O Bill me influenciou muito. Presenciei de perto o que ele passou quando terminou com você. Inclusive, eu tive uma bela participação para que isso acontecesse. Me desculpem.
– Todos nós cometemos erros. – disse.

Bill se aproximou do irmão, e lhe deu um abraço apertado. Fiquei até feliz por ver aquilo, e espero que nunca mais se repita. Bem, depois o Tom foi embora, e voltei a ficar sozinha com o Bill.

– Onde é que nós paramos mesmo? – pergunta ele, se aproximando com aquele sorriso malicioso.
– Acho que estávamos na cozinha, e...
– E o Tom apareceu pra atrapalhar tudo.
– Exatamente.
– Deveríamos subir pro quarto, e terminar o que estávamos começando.
– Eu acho que deveríamos ir até a cozinha...
– Lá na cozinha? – me interrompeu.
– Não! – eu ri. – O que quero dizer, é que deveríamos ir até a cozinha pra limpar os cacos de vidro do copo.
– Não poderíamos deixar pra depois?
– Deixa de ser preguiçoso. – o puxei pela mão. – Teremos bastante tempo pra fazer essas coisas ai.
– Mas a vontade passa, sabia?
– Eu sei que a sua não passa, então... Vamos limpar logo aquilo.

Confesso que fiz de propósito. Mas depois que deixamos tudo limpinho, sem nenhum caco de vidro pra contar a história, subimos pro quarto, e fizemos o que vocês já estavam esperando.

MANHÃ SEGUINTE

Acordei, e me assustei um pouco. Bill estava encostado próximo a porta do quarto, e me observava dormir.

– Bom dia. – diz ele.
– O que faz ai parado? – me sentei na cama.
– Vendo você dormir. – ele se aproximou. – Desculpa, se te assustei. – começou a puxar o lençol.
– Está frio. – reclamei.
– Se esse é o problema – subiu na cama, e foi chegando cada vez mais perto. -, posso dar um jeito.
– Bill – olhei pro relógio na mesinha de cabeceira. –, não são nem oito da manhã. E hoje irei trabalhar.
– Você é estraga prazeres, hein? – eu ri, e ele se deita ao meu lado.
– Não tenho culpa de você estar com os hormônios à flor da pele.

Me levantei e fui até o banheiro pra tomar meu banho. Não demorei muito, e sai enrolada numa toalha branca. Bill ainda estava na cama, e ficou me olhando.

– Não em olha desse jeito, que já estou aprendendo a resistir seus encantos. – disse, e ele riu. Em seguida se levantou.
– Mas aposto que se eu chegar perto, você não resiste.
– Então não se atreva a fazer isso. – ele já se aproximava.
– É meio difícil, porque meu corpo precisa do seu. – me puxou para ele, fazendo nossos corpos ficarem colados.
– Pára Bill. – mais um pouco, e eu não resistiria. – Tenho que trabalhar hoje. Não faz isso.

Ele me deu um beijo um tanto molhado, e caminhou em direção ao banheiro.

– Deus, que homem é aquele? – eu ri, em seguida fui pro closet pra escolher uma roupa.

Escolhi algo que fosse confortável, e que ao mesmo tempo me aquecesse, pois o dia estava meio frio. Me vesti, fiz uma leve maquiagem, e passei meu perfume favorito.

Bill e eu descemos até a cozinha para tomarmos café. Nos sentamos à mesa e conversávamos.

– Eu andei pensando, e... – olhei pra ele. – O que acha de vir morar comigo? – perguntei.

Postado por: Grasiele

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