terça-feira, 24 de janeiro de 2012

The Nanny - Capítulo 41 - Nós somos da companhia aérea Twain...

(Contado pela Kate)

– Eu andei pensando, e... – olhei pra ele. – O que acha de vir morar comigo? – perguntei.
– Tá falando sério? – ele parou de comer.
– Um-hum.
– Isso... Isso seria incrível! – um sorriso enorme estava estampado em seu rosto.
– Então... Devo considerar essa alegria toda, como um sim?
– Claro!

Se levantou, e veio até mim. Segurou em minha mão, me fez levantar e me abraçou. Depois de já termos tomado o café da manhã, entramos em seu carro e Bill me deixou no condomínio, pois em seguida ele iria pro estúdio.

Quando cheguei ao apartamento, a porta estava aberta, e algumas malas estavam ali no corredor. A Brenda vai viajar de novo? Entrei, e descobrir que quem iria viajar, era a senhora C. O Brian estava sentado num dos sofás, e segurava um boneco de brinquedo. A Brenda ajudava a levar as malas pro corredor.

– Ainda bem que você chegou. – disse a senhora C.
– A senhora... Vai viajar? – perguntei.
– Pedi o divórcio ao Jack, e como nos casamos na África, precisamos ir até lá para resolver as coisas. – respondeu. – E também estou indo pra garantir que ele não me passará a perna, e deixará boa parte de seus bens comigo. Mas não se preocupe, pois a Brenda ficará contigo, e ela lhe ajudará a cuidar do Brian.
– Tudo bem. Mas ele nem dá tanto trabalho assim.

Ah não, imagina... Ele é um anjinho.

– Bem, tenho que ir agora, se não perderei o vôo. – disse ela. – Volto em dois dias no máximo.
– Ok.

Ela saiu e fechou a porta. Fiquei parada ali por alguns instantes, até que o Brian se aproximou de mim.

– To com fome. – diz ele.
– O quê quer comer?
– Bolo de chocolate.
– Não! – disse. – Nem pensar! Nada de açúcar.
– Por quê?
– Porque você fica doido quando come chocolate.

Fomos pra cozinha, e nos sentamos à mesa. A Brenda preparou sanduíches, e suco de maracujá...

– Você e o Bill continuam brigados? – pergunta ela, se sentando ao lado do Brian.
– Graças a Deus, não. – respondi. – Fizemos as pazes ontem.
– Nossa, que bom! Fico muito feliz por isso.
– Eu também.
– O Bill brigou com você, Kate? – pergunta o pequeno.
– Não, ele... Ele não brigou comigo.
– A Laura anda um pouco sumida, não é? – diz Brenda.
– É verdade. Falei com ela apenas uma vez, desde que chegou de viajem.

(Contado pela 3º pessoa)

Laura estava sentada em sua cadeira, atrás de sua mesa, e revisava alguns projetos para a revista. O tédio já estava tomando conta dela, quando resolveu parar o que estava fazendo, pra ficar apenas ouvindo música. Tom bateu na porta, e entrou em sua sala.

– Ocupada? – pergunta ele.
– Pra você, nunca estou ocupada. – respondeu.
– Pedi desculpas à Kate. – ele se senta no sofá.
– Ainda bem. Já estava passando da hora disso acontecer.
– Tem razão, e aproveitei pra voltar às boas com o Bill.
– Perfeito. – ela se levanta, e vai se sentar ao lado dele.
– O que irá fazer essa noite?
– Provavelmente, nada.
– Tá a fim de sair?
– Por mim, tudo bem. – faz uma pausa. – E você, tá a fim de se divertir agora? – dá um sorriso malicioso.
– Não é preciso nem perguntar. – ele retribui o sorriso.
– Então venha comigo. – ela se levanta, segura na mão dele, e o puxa para fora da sala.
– Onde estamos indo?
– Você topou se divertir, não foi?
– Sim, mas onde?

Os dois pararam em frente ao elevador.

– Não está pensando em...
– Exatamente. – responde ela.
– Tem câmera ai dentro!
– E daí? Adoro uma platéia.
– Isso vai parecer filme pornô!
– Melhor ainda! Já imaginou se nos contratam?
– Você é maluca!

As portas se abrem, e ela o puxa pra dentro.

– Laura, isso é loucura. – diz Tom.
– Cale a boca, e tira logo o meu vestido. – ela fica de costas pra ele.
– Alguém pode ver. – ele abaixava o zíper do vestido dela. – Ou melhor, várias pessoas podem ver!
– Não to nem ai!
– E quando o elevador parar num andar?
– Deixa de ser medroso! – se vira pra ele. - Olha, se isso é tão constrangedor pra você, podemos parar.
– Tudo bem.
– O quê? – pergunta incrédula. – Vai mesmo broxar?
– Não estou broxando, só acho que é safadeza demais pra se fazer no elevador da sua empresa.

Ela fica em silêncio por pouquíssimo tempo, e torna a ficar de costas pra ele.

– Você é um estraga prazeres. Pode fechar o vestido, por favor?
– Vai ficar com raiva? – ele sobe o zíper.
– Não. – fica de frente. – Só não brincarei mais com você.

A porta do elevador se abre, e ela sai, deixando o sozinho.

(Contado pela Kate)

Brian e eu estávamos sentados no sofá, assistindo televisão. Aquela tarde estava sem graça demais, pro meu gosto. Poderíamos estar assistindo a um filme de terror, comédia, suspense... Mas ao invés disso, assistíamos um desenho horrível. O sono começou a querer me atacar, e se não fosse pelo Brian dando suas gargalhadas, eu com certeza teria dormido ali mesmo.

As horas iam passando, e nada daquele clima melhorar. Tive que aturar aquele silêncio por um bom tempo.

MAIS TARDE, QUANDO JÁ ERA NOITE...

– Está calor, não quer tomar um banho? – perguntei ao Brian.
– Não. – respondeu, sem desviar os olhos da televisão.
– Você quer sim!

Ele não queria tomar o banho, mas eu precisava fazer alguma coisa pra não acabar dormindo ali no sofá. O pequeno tentou fugir, e novamente saiu correndo pela casa, completamente pelado. A Brenda simplesmente sentou-se no sofá, e começou a rir daquilo. Bem que ela poderia ter me ajudado a pegar o pirralho.

Quando finalmente conseguir carregá-lo pro banheiro, lá dentro tive que enfrentar mais uma batalha. Mesmo com o dia quente, deixei a água do chuveiro morna. Mas como ele foi travesso o suficiente pra me deixar molhada, resolvi me vingar, e deixei a água gelada. Praticamente tomamos banho juntos.

Pra colocar uma roupa decente nele, foi outra briga. Sinceramente, achei que ele já tinha passado dessa face de me deixar maluca. Passei seu perfume, e fui pentear seu cabelo.

– Deixa que eu penteie. – disse ele.
– Tá legal. – fiquei apenas olhando.

Seu cabelo ficou certinho demais, e até achei bonitinho. O Bill apareceu ali no quarto...

– To bonito? – pergunta Brian.
– Ficaria bem melhor, se usasse o cabelo diferente. – responde ele.
– Como?

Bill o leva até o banheiro, e pouco depois os dois reaparecem. O pequeno estava com o cabelo todo arrepiado.

– Agora sim está bonitão, não é Kate? – diz Bill.
– Ah sim, com certeza. – respondi.

Fomos pra sala, e continuamos a assistir aquele desenho infernal. O clima era outro, pois o Bill estava ali. A campainha tocou, e fui atender.

– Casa dos O’Connell? – pergunta um rapaz elegante.

Na verdade eram dois rapazes, mas apenas um deles estava falando.

– Sim. – respondi.
– Você é a...?
– Kate Bradock, babá.
– Nós somos da companhia aérea Twain, e viemos avisar que houve um acidente com o avião em que os O’Connell embarcaram.
– Acidente? – fiquei assustada.
– Sentimos muito – disse o outro. -, mas infelizmente não houve sobreviventes.

Postado por: Grasiele

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