terça-feira, 24 de janeiro de 2012

The Nanny - Capítulo 43 - You make me...

Você me faz sentir como em um sonho de adolescente
Você me deixa tão excitada que não consigo dormir
Vamos fugir e nunca olhar para trás
Nunca olhar para trás
Meu coração para quando você olha para mim
Apenas um toque, baby, agora eu acredito que é real
Então arrisque-se e não olhe para trás
Nunca olhe para trás

(Contado pela Kate)

Após sabermos que o Brian ficaria com a Brenda, eu não teria mais nada a fazer ali pra cuidar do pequeno, já que o apartamento seria posto à venda em poucos dias.

Se eu dissesse que nossa despedida foi normal, estaria mentido, pois não foi nada fácil. Brian chorou, me abraçou e ficou grudado em mim por um bom tempo, até que consegui convencê-lo que aquele não era exatamente o fim de tudo. Lhe disse que as coisas continuariam sendo as mesmas, apenas estaríamos nos afastando por algum tempo.

– E você promete que vai me visitar sempre? – pergunta ele.
– Claro! – respondi. – E você também me prometerá que irá se comportar na casa da Brenda, e irá passar alguns dias lá comigo.
– Prometo.

Segurei o choro ao máximo que consegui. O abracei novamente, me despedi da Brenda, e fui ao apartamento do Bill.

– As minhas coisas já estão prontas. – diz Bill.
– Está mesmo preparado pra morar comigo? – perguntei, me sentando em sua cama.
– Com certeza! – se sentou ao meu lado. – E você... Está preparada pra me receber?
– Nem irei lhe responder.
– A gente... – ele segura minha mão. – A gente vai ser feliz, eu prometo.
– Eu sei que sim. – aproximei meu rosto do seu, e lhe dei um selinho.

Aquele selinho acabaria se tornando um beijo, se o Tom não tivesse aparecido ali no quarto.

– Desculpa interromper. – diz Tom. – Só passei pra dar um abraço no Bill, já que ele tá indo embora. – Bill se levanta, e abraça o irmão. - Vou sentir saudades.
– Só estou mudando de casa, e não de país.
– Mas não será a mesma coisa sem você.
– Quando precisar de qualquer coisa é só me ligar, não importa o horário.

Cada dia mais, eu achava esses dois a coisa mais fofa do mundo. Tom ajudou a levar as malas até o elevador de serviço, e depois também colocou algumas no porta-malas do carro. Lá na garagem, houve mais uma despedida dos irmãos. Eu não queria atrapalhar aquele momento, então entrei logo no carro.

– Se cuida, tá? – diz Bill.
– Você também.
– E vê se não apronta nada!
– E você, cuida bem da Kate.

Bill entrou no carro, e deu partida. Em poucos minutos, chegamos em casa. No dia da minha mudança, fiquei algum tempo parada do lado de fora, só observando aquele que seria o meu novo lar. E foi exatamente isso que o Bill fez. Fiquei ao seu lado, e lhe fiz a mesma pergunta que ele havia me feito.

– Aposto que está se perguntando se essa foi a escolha correta, acertei?
– Sim. – respondeu, e me olhou. – Mas tenho certeza que não poderia ser diferente.

Tirei uma chave do bolso, e lhe entreguei.

– Que chave é essa? – pergunta ele.
– Quando você disse que queria mesmo vir morar comigo, fui até um chaveiro e fiz uma cópia da minha chave. – ele sorriu, e me abraçou.
– Eu te amo. – me deu um beijo. – Vamos entrar logo, porque to ansioso pra inaugurar novamente aquela cama. – nós dois rimos, então ele me puxou pela mão e entramos em casa.

(Contado pela Laura)

O dia não poderia estar mais sem graça. Eu estava em casa, sentada no sofá da sala, tomando sorvete de morango e assistindo um filme, que não fazia sentido algum. As cortinas estavam fechadas, e fazia com que o ambiente ficasse escuro. Aquele tédio me consumia, e senti uma vontade de chorar. O motivo? Nem eu mesma sabia.

A campainha tocou, e me assustei um pouco. Coloquei o pote de sorvete em cima da mesinha de centro, e fui atender; era o Tom. Ele estava com um meio sorriso estampado no rosto, e aquele olhar que seduz facilmente.

– Ah, é você? – voltei, e me sentei no sofá.
– Por quê? Estava esperando alguém? – ele entrou, fechou a porta e ficou em pé na minha frente.
– Não. Só não imaginava que você fosse aparecer por aqui agora.
– Quero te mostrar uma coisa.
– O quê?
– Não posso falar. Você tem que vir comigo.

Como não sou nenhum pouco curiosa, me levantei. Ele segurou em minha mão, e me conduziu para fora do apartamento. Paramos em frente ao elevador.

– Porque não disse que iríamos pegar o elevador? Assim eu teria trocado de roupa, pra não aparecer de robe lá no térreo.
– E quem disse que iremos pro térreo? – as portas se abriram e entramos.
– Então...?

Ele apertou um dos botões, e o elevador parou entre dois andares.

– Porque fez isso? – perguntei.

Tom foi se aproximando de mim, e me fez ficar encostada numa das paredes. Me olhou bem nos olhos, e disse:

– Tá a fim de se divertir um pouco? – deu um sorriso malicioso.
– Não vai ficar com medo das câmeras? – retribui ao sorriso.
– Aprendi com você, que devemos gostar de platéias, às vezes.

Nos beijávamos com desejo, enquanto suas mãos desamarravam o laço que estava em meu robe. Eu trajava apenas uma lingerie, e isso facilitou bastante o trabalho do Tom.
(Contado pelo Bill)

QUATRO SEMANAS DEPOIS...

Os ensaios com a banda estavam indo cada vez melhores, mas nesse último final de semana o Tom resolveu nos abandonar, pra fazer uma viajem a Miami, com a Laura. Dividir uma casa com a Kate não é tão complicado, seu único problema é gostar das coisas organizadas e em seus devidos lugares. Estou me esforçando ao máximo para não contrariá-la, e alguns dos meus hábitos já estão sendo deixados de lado, como por exemplo: não jogo mais a toalha molhada em cima da cama, e nem deixo mais a tampa do vaso aberta. Isso é um grande progresso, não acham?

Mas enfim... Passei o domingo inteiro pensando numa maneira de pedir a Kate em casamento. Pois é, acho que não dá mais pra ficar enrolando. Tá na hora de comprar um par de alianças e demonstrar todo meu amor por ela. Só não sei como farei isso. Na verdade, queria que fosse algo diferente, e inesperado.

Na segunda-feira, saí pela manhã à procura de algo. Passei por várias ruas e lojas, e nada me agradava. Óbvio que eu não iria desistir tão fácil, mas o cansaço começava a me deixar um pouco desanimado. Cheguei numa joalheria, e uma moça veio me atender.

– Olá, posso ajudá-lo? – pergunta ela.
– Sim, obrigado. – respondi. – Estou procurando um anel de compromisso.
– Irei te mostrar alguns.

Me sentei numa cadeira, e ela começou a trazer vários anéis. Eram bonitos, mas não pareciam combinar com a Kate.

– Gostou de algum?
– Sinceramente?
– Não, o senhor não gostou, não é?
– Gostei, só acho que... Não combinam com o jeitinho dela, sabe?
– Pode descrevê-la? Talvez eu consiga encontrar algo.

Fiz o que ela pediu, e descrevi exatamente como a Kate é. Desde suas características físicas, até sua personalidade.

– Espere só um minutinho. – diz ela. – Acho que tenho exatamente o que o senhor precisa.

A moça se retirou, e deve ter demorado de três à cinco minutos para retornar com uma caixinha de veludo na cor vermelha.

– Aqui está. – ela se senta numa cadeira atrás da mesa, e coloca a caixinha em cima da mesma. Em seguida, a caixinha é aberta.

Naquele momento, fiquei sem fala.

– O que achou deste?
– É perfeito. – respondi. – É o mesmo que eu estar vendo a Kate em minha frente. – a moça sorri.

Fui até o balcão para fazer o pagamento, e me assustei um pouco com o preço. Mas eu seria capaz de qualquer coisa, só pra ver os olhinhos dela brilhando ao receber o anel. Sai da loja carregando uma pequena sacola na mão, e ainda achava que não era o suficiente. Quero dizer, aquele anel era muito bonito, mas como eu faria o pedido? Um jantar romântico é clichê demais, e a Kate é esperta o bastante pra descobrir tudo bem antes. Enquanto caminhava, passei em frente a uma loja de animais, parei em frente a vitrine, e uma luz se acendeu. Tive uma idéia que poderia dar certo, ou simplesmente errado.

MEIA HORA DEPOIS...

Cheguei em casa, e notei que estava silencioso demais.

– Amor, já cheguei! – gritei, e fechei a porta.
– To aqui na cozinha! – ela gritou de volta.

Fui até lá, e a encontrei preparando uma lasanha. Só de sentir o cheiro, me deu água na boca e vontade de me sentar no mesmo instante pra saborear. Segurei meu desejo, pra poder colocar meu plano em prática.

– Trouxe um presente pra você. – disse.
– Ah, é? – ela sorriu. – E o que seria?
– Ele está lá na sala.

Fomos pra sala. Assim que ela avistou o presente, ficou parada, ou melhor, imóvel.

– Aquele é o presente?
– Você gostou? – perguntei.
– Ele é... É muito lindo, e muito fofo.

Ela se aproximou, e o pegou no colo.

– É macho ou fêmea? – pergunta ela.
– Fêmea. – respondi.
– Como a chamaremos? – pergunta ela.
– Não sei. Você é bem melhor com nomes, do que eu.
– O que acha de... – ela pensou um pouco. – Ruby?
– Legal.

Ruby agora seria a mais nova moradora daquela imensa casa. Sua raça é o Chow Chow, e decidi comprá-la, por achar que nos serviria de companhia e por ter me chamado mais atenção do que os outros animais que se encontravam na loja.

MAIS TARDE...

Kate e eu estávamos sentados à beira da piscina, com os pés dentro da água. A caixinha com o anel estava em meu bolso, e achei que aquele seria um bom momento para pedi-la em casamento.

– Kate... – coloquei a mão no bolso. - Eu queria... – estava pronto pra pegar a caixinha.
– Ruby, não! – se levantou rapidamente e foi até a cachorra, que comia uma de suas plantas. – Olha só o que você fez? Como você é má, hein? – me levantei, e me aproximei das duas.
– Poderíamos conversar?
– Claro. Só espere um minutinho, colocarei a Ruby na coleira.
– Ok.

Fiquei aguardando por cinco minutos. É tão difícil assim colocar uma cachorra na coleira?

– Pronto, voltei. – diz ela.
– Tá legal... – respirei fundo. – Eu queria te dizer uma coisa.
– Tô ouvindo.
– Você quer...
– A Lasanha! – ela quase gritou.
– O quê?
– A Lasanha ainda tá no forno!

E lá foi a Kate correndo pra dentro de casa, pra ver o que tinha acontecido com a lasanha. Aquilo estava começando a me deixar irritado. Entrei em casa, e fui até a cozinha.

– Ela queimou. – disse Kate.
– Tudo bem, podemos pedir uma pizza.
– Comemos pizza ontem. – ela me olhou. – O que acha que pedirmos comida japonesa?
– Tanto faz.
– O que você queria falar mesmo?
– Não era nada, deixa pra lá.

Me retirei, e voltei à beira da piscina. Talvez aquele não fosse mesmo o melhor momento pra falar com ela. Esperei a noite chegar... A Kate estava no quarto, em frente ao espelho, terminando de arrumar o cabelo.

– O que acha desse vestido? – pergunta ela, se virando pra mim. – Me deixa um pouco gorda, não é?
– Você está linda. – me aproximei.
– Mentiroso. – voltou a olhar-se no espelho.

Esperai, se todas as minhas tentativas delicadas não estavam dando certo...

– Kate, quer casar comigo? – perguntei. Ela ficou parada, me olhando pelo reflexo. Tirei a caixinha do bolso, e a abri.
– Oh, meu Deus! – diz ela, se virando. – Oh, meu Deus! – repetiu.
– Isso é um não?
– Sim, quero dizer... Não. Digo... Sim. – ela se confundiu toda, e eu ri.
– Ok, vamos fazer isso de novo. – desta vez, me ajoelhei e segurei uma de suas mãos. – Quer se casar comigo?

E com os olhos cheios de lágrima, ela respondeu:

– Sim.

Coloquei o anel em seu dedo, e selamos aquele momento com um beijo apaixonado.

– Também preciso te dizer uma coisa. – diz ela.
– O quê?
– A minha menstruação está atrasada.

Que eu saiba, a menstruação de uma mulher só atrasa quando se está... Mas já aconteceu isso outras vezes com a Kate, e não era.

– E você... Foi ao médico pra saber se estava tudo bem?
– Um-hum.
– E o que ele disse?
– Ele disse assim “Garota, é melhor você começar a pensar em num nome pra esse bebê!”.

Meu coração disparou.

– Então você está...
– Exatamente. – diz ela. – Parabéns, papai.

Postado por: Grasiele | Fonte: x

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