quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Falling For U! - Capítulo 45

A luz me cegou. Demorou a eu voltar a enxergar novamente, mas tudo o que eu vi foi algo branco. Eu não sabia direito o que era aquilo. Podia ser qualquer coisa. Talvez um lençol, talvez um teto. Ou, talvez eu tivesse morrido. Virei meu pescoço lentamente. Será que o céu era exatamente como todo mundo fala? Para meu desapontamento, não foram anjos que eu vi, ou harpas, ou seja lá o que tiver no céu. Foi o rosto de Tom, seus olhos procurando os meus. Ele parecia preocupado:
– Graças a Deus você acordou. - Eu não podia ter morrido. Eu não tinha sido tão má assim para ir para o inferno, junto de Tom. Tentei me levantar e ele me segurou. – É melhor você ficar sentada. Vou chamar o médico.
Não disse nada. Fiquei sentada, apenas. Fechei os olhos e respirei fundo. Abri os olhos e olhei ao meu redor. Eu estava em uma espécie de quarto. Mas eu não devia estar internada. Eu não tinha nada grave. Aliás, era só uma virose. Bem, aquele quarto devia ser apenas temporário. E ele era o menor dos meus problemas. O médico chegou rapidamente. Ele começou a falar algumas coisas, mas eu não estava escutando-o. Estava perdida em meus pensamentos. Eu podia sentir os olhos do Tom em mim. Mas eu não queria olhar para ele:
– ..então a gente faz alguns exames, rapidinho, e quando chegar o resultado a gente vê o que você tem e logo logo você vai para casa – O médico disse para mim. Era um senhor de cabelos grisalhos. Tinha a face calma. Aparentava ser bem gentil. Sua voz não passava de um sussurro. Era tranqüilizadora.
– Mas eu já fui ao médico. Ele me disse que era virose – Disse, tentando esboçar um sorriso.
– Isso não é nem de longe virose, filha.
Ele chamou a enfermeira. Disse algumas coisas para ela. Ela saiu e voltou em poucos minutos, com uma cadeira de rodas:
– Vamos, querida? Você acha que consegue andar até aqui? – Ela disse, amavelmente.
– Eu não preciso de cadeira de rodas, obrigada – Disse, confiante. Mas foi só eu tentar me levantar, que eu cambaleei para trás e se não fosse o Tom, eu estaria provavelmente no chão naquele minuto. A enfermeira veio me ajudar e me colocou na cadeira de rodas.
Ela foi me levando para uma sala atrás da outra. Fiz diversos exames, que demoraram muito, mas logo eu estava de volta ao consultório do homem de cabelos grisalhos:
– Bem.. aqui não deu nada. Eu não consigo entender. – Ele parou um tempo, ainda observando os exames. Colocou-os de canto e dirigiu seus olhos aos meus – A gente pode tentar uma coisa. Eu não estou bem certo, mas... como eu não pensei nisso antes! – Ele disse, como se fosse atingido por algo. – Vou pedir para a enfermeira te levar no quarto. Vá até lá e relaxe, ok?
Eu não disse nada, mas tive que rir quando a enfermeira apareceu com uma caixa de teste de gravidez. Tom dirigiu seu olhar da caixa para mim e vice versa algumas poucas vezes. Aquilo já estava me estressando:
– Você só pode estar brincando comigo.
– Não custa nada – A enfermeira disse, me entregando o teste. Revirei os olhos e o peguei. Fui até o banheiro e fiz tudo direitinho. Entreguei para a enfermeira, que disse que voltaria dali a alguns minutos. Apenas concordei, em sentando na cama:
– Será que você... – Tom começou, mas eu o cortei.
– Eu ainda não quero falar com você – Olhei para a janela. Pude o sentir sentando na cama, perto de mim. Ele virou meu rosto pelo queixo.
– Você não vai me desculpar?
– Não sei. Convença-me a te desculpar.
Ele respirou fundo:
– Eu te amo, Jen. Eu te amo mais do que tudo. Eu sei que eu fiz a maior cagada da minha vida te traindo, mas eu estava fora de mim, eu estava bêbado, sei lá.
– Bebida não é desculpa para nada.
– Eu sei mas... pelo amor de Deus Jen, quantas vezes eu tenho que te dizer que eu te amo. Você me ensinou o que é amor. O que eu sinto por você é indescritível. Eu nunca senti isso por mais ninguém. Eu sei que eu fiz errado, mas eu nunca tive a intenção de te magoar, nunca. Você não sabe o quanto é ruim para mim te ver assim comigo. O que eu mais quero é te ter nos meus braços. Acredita em mim, Jen, eu não fiz de propósito. Perdoa-me. – Pude ver uma lágrima nascer no canto dos seus olhos, mas ele a segurou.
– Palavras bonitas não vão mudar o que eu estou pensando. Eu quero acreditar em você, mas como eu vou confiar em você depois disso? Além do mais, eu fiquei com o Harry também... – Ele ficou mudo – Mas foi porque eu descobri que você me traiu. Eu sei que eu fiz errado, mas porra Tom, eu te amo cara. Você não sabe como me machucou isso que você fez.
– Me dá uma chance Jen. Confia em mim. Eu não vou te machucar mais. Eu não vou te magoar. Eu te amo! – Dessa vez, pude ver a lágrima escorrer de seus olhos, mas ele nem se importou. Sequei-a com a mão.
– Eu te amo tanto, Tom! – Eu disse. Ele se aproximou de mim e nós nos beijamos como nunca. Eu tinha sentido tanta falta daquele beijo. Mas era um beijo diferente. Era um beijo amoroso, apaixonado e reconciliador, que pedia desculpas por ele mesmo e fazia parecer que tudo o que tinha acontecido fora um passado bem remoto. Senti os braços de Tom em volta de mim. Era um abraço confortador e me fazia sentir-me segura. E apesar de tudo, a partir daquele momento, eu soube que eu estava disposta a esquecer o passado por ele. Que era ele o amor da minha vida. E que eu nunca conseguiria deixar de amá-lo, acontecesse o que acontecesse. Era ele. Eu estava disposta a correr todos os riscos, a enfrentar todas as barreiras só para estar com ele. Eu precisava dele e não adiantava eu dizer o contrário. Eu não precisava negar. Eu estava disposta a amá-lo com toda a minha alma e com todas as minhas forças.
– Eu te amo, Jen. – Ele disse, parando o beijo. Nós dois estávamos chorando. Ele me abraçou.
A enfermeira chegou, sorridente. Pareceu nem se importar de eu estar abraçada com o Tom, e chorando:
– Parabéns, querida. Você está grávida!
 Fim
 Postado por: Alessandra |  Fonte: x

Falling For U! - Capítulo 44

Mas não era como o beijo do Tom. O beijo do Tom era apaixonado, mas ao mesmo tempo malicioso. Fazia você querer mais. Não que o Harry não beijasse bem é só que... o Harry não era o Tom e era o Tom que dominava os meus pensamentos, era o Tom que eu amava. Eu não queria magoar o Harry, não queria fazer com que ele pensasse que a gente poderia ter algo. A gente até poderia, na verdade, eu queria, levando em conta que o Harry era bem lindo, além de ser inteligente e ter um bom papo. Mas era tudo sobre o Tom. Por mais que eu não quisesse admitir, era do Tom que eu gostava, era só nele que eu conseguia pensar. Era horrível para eu pensar nisso porque eu nunca me envolvi tanto em uma paixão. E agora, eu tinha acabado de descobrir que o cara que eu mais odiei e mais amei tinha me traído. Mas eu não ia esquecê-lo da noite para o dia. Eu não era assim. E eu não iria fingir. Mas eu não parei o beijo. Pelo contrário, continuei. Mas não passou disso. Harry não tentou nada. E era melhor assim. Eu não queria ter de dizer um não para ele. Nós não fizemos nada de muito extraordinário depois. Vimos um filme, conversamos, rimos muito e depois fomos dormir, já que no dia seguinte teríamos aula.
A aula foi até legal. Nós jogamos handbol na sétima aula. A Sabine lanchou conosco desta vez, evitando um possível “ataque” do Daniel. Na saída, Harry me levou até a casa dos Kaulitz:
– Eu te ligo quando eu terminar. – Disse para ele, saindo do carro. Ele sorriu.
– Não quer ajuda?
– Não, obrigada. Beijos – Dei um beijo em seu rosto e sai do carro.
– Tchau – Ele sorriu para mim, novamente. Eu adorava quando ele fazia aquilo. Retribui o sorriso e fui caminhando até a porta. Abri-a enquanto acenava em despedida para o Harry. O típico cheiro de casa de homem invadiu o meu nariz. Fui direto para o meu quarto. Peguei minha mala. Demorou, mas consegui arrumar tudo. Fui andando pela casa, a procura de alguma roupa que eu talvez tenha esquecido. Achei algumas, que foram direto para a minha mala. O último lugar que faltava para entrar era o quarto do Tom. Eu estava evitando, mas tive que entrar.
Foi só eu abrir a porta para sentir o cheiro do Tom. Era um cheiro único. Eu o adorava. Não era o perfume, era o próprio Tom. Eu não sei como, mas ele conseguia ser extremamente cheiroso, mesmo antes de usar perfume. Era algo que eu tinha esquecido de perguntar a ele, e se tivesse uma oportunidade, talvez daqui a quarenta anos, quando eu esquecer de tudo o que passei, iria perguntar. Isso não era importante naquele momento, por isso, tentei ao máximo ser rápida, pegando todas as minhas roupas. Quando entrei no banheiro, pude sentir o cheiro de seu desodorante e de seu perfume. Ignorei isso. Peguei o resto das roupas. Dei uma última olhada no quarto e sai. Mandei uma mensagem para o Harry, dizendo que já estava pronta. Olhei para o relógio. Eu tinha demorado quase uma hora e meia para conseguir arrumar tudo. Sai de lá. Tranquei a porta e coloquei a chave debaixo do tapete da frente. Fui me sentar na guia, era melhor assim, quanto mais longe da casa, melhor. Peguei o meu celular e resolvi mandar uma mensagem para o Tom. “A chave está debaixo do tapete da frente”, foi tudo o que eu escrevi. Não queria que ele respondesse. Não queria mais ouvir o nome dele. E por mais que fosse quase impossível para mim, queria apagá-lo da minha vida.
A semana passou rápido. Quando vi, já era o dia do Tom voltar, mas eu pouco pensei nisso. Eu tinha passado a semana inteira mal. Começou na terça-feira, uma dor de cabeça insuportável. Eu sentia que a minha cabeça iria explodir. A partir daí, só piorou. Sentia enjôo toda hora e tudo o que eu comia eu colocava para fora em poucos minutos. Desmaiei apenas uma vez, mas foi o bastante para o Harry me arrastar para o hospital:
– Você vai para o hospital sim! – Ele disse, me pegando no colo.
– Me solta, Harry! Eu não vou pra porcaria de hospital nenhum! – Eu dizia, esperneando.
Não adiantou de nada eu dizer por pelo menos umas quarenta vezes que eu estava bem. Ele me levou do mesmo jeito. O médico disse que era apenas uma virose. Harry ficou meio desconfiado, mas não fez nada. Nós compramos o remédio e voltamos para casa.
Era domingo e ele tinha ido a escola, pegar um trabalho. Eu fiquei em casa, deitada. Estava com bastante frio. Isso me lembrou da minha jaqueta de couro... que por a caso eu tinha deixado na casa dos Kaulitz. “Merda, merda, merda!”, pensei, comigo mesma. Levantei-me, mesmo contra a minha vontade e desci. Fui até a casa dos Kaulitz a pé. Eu estava passando muito mal, mas a casa deles era bem perto e não compensava eu pegar um táxi, ou um ônibus. “Tomara que eles não estejam lá, tomara que eles não estejam lá!”, eu pensava comigo mesma.
A chave ainda estava debaixo do tapete e a casa, vazia. Sorri comigo mesma. Procurei minha jaqueta e a achei no armário do meu antigo quarto. Iria sair rapidamente dali, se um enjôo não estivesse me pego desprevenida. Fui até o banheiro correndo e, quando terminei, fui correndo para a porta. De nada adiantou.  Quando estava virando a esquina, pude escutar a voz que eu menos queria ouvir naquele momento, chamando meu nome. Ignorei e continuei a andar, agora mais rápido, mas ele me alcançou facilmente, segurando meu braço com firmeza:
– Me solta – Eu gritei, ainda sem olhar para ele. Ele me virou e segurou meu rosto pelo queixo. Foi então que meus olhos encontraram os deles. Fechei a cara na hora. – Me solta! – Repeti.
– Jenna.. eu.. por que você está assim comigo? – Ele me perguntou.
– Eu não quero falar com você! – Tentei puxar meu braço, inutilmente.
– Me diz, Jen, por favor!
– Pra você é Jennifer. – Ele ficou sério.
– Fala comigo direito!
– Ta certo. Você quer saber mesmo o motivo de eu não estar falando direito com você? Então ta. Eu não quero mais olhar na tua cara pelo simples fato de você ter me traído – Senti-o ficar tenso. – E nem se importou de esconder isso dos outros! – Senti meus olhos lacrimejaram. Controlei-me. Não ia chorar na frente dele. – Agora tem como você em soltar? – Ele não se mexeu. Comecei a ficar tonta.
– Jen? – Não tive tempo de pensar em mais nada, ou de dizer. Vi tudo ficar preto. E de repente, eu consegui o que eu queria. Não ter mais que olhar para o rosto do Tom.
 Postado por: Alessandra

Falling For U! - Capítulo 43

A aula só acabou a uma e meia. A Sabine já estava mais calma, assim como o Harry:
– Vamos? – O Harry perguntou para mim.
– Vamos – Sorri para ele. – Tchau Sabine – Dei um beijo em sua bochecha.
– Aonde vocês vão?
– Eu vou a casa dele fazer o trabalho.
– Só trabalho né? Lembra que você tem namorado, Jenna! – Ela riu e eu também. Harry pareceu meio tenso, mas eu não sei se foi só impressão.
– Namorado? – Ele perguntou.
– É. Pensei que você soubesse.
– Se eu soubesse, eu não teria feito o que eu fiz – Ele me olhou por um tempo.
– Feito o quê? – Perguntou Jenna.
– Nada – Respondemos eu e Harry, juntos.
– O que vocês estão me escondendo? – Nós não tivemos tempo de responder, Matt apareceu na mesma hora.
– Vamos embora? – Ele perguntou.
– Vamos – Disse me apressando. – Tchau Sabine. – Puxei Harry pelo braço.
– Eu quero saber o que é! Depois você me conta.
– Não tem nada para saber, amiga – Sorri para ela. Quando já estávamos longe dela, soltei o braço de Harry, e disse nervosa – Você é uma anta.
– E você é muito gentil. – Ele sorriu irônico para mim. – Aê Matt, tu veio de carro?
– Andando é que não foi – Ele fez cara de tédio – Zueira. Vim sim. Por quê?
– Só pra saber mesmo. A Jenna vai no meu ou no seu carro?
– Pra mim tanto faz.
– Então vamos botar ela em um ônibus – Eles riram e eu fingi estar brava.
– Amigões vocês, heim? – Cruzei meus braços. Matt riu e o Harry veio me abraçar.
Matt foi em um carro e eu e o Harry no outro:
– Você podia ter me avisado que tinha namorado, né?
– Essa aliança brilha mais que sei lá o quê, como é que eu ia adivinhar que você é meio cego e não a viu? – Ele riu e eu mostrei a língua.
Harry morava em um prédio bem luxuoso. Nós paramos o carro no estacionamento e encontramos o Matt no elevador. Fomos até o duplex do Harry. Era lindo:
– Fiquem a vontade aê – Ele disse, sorrindo.
Nós zuamos bastante. Escutamos música, mexemos no computador, jogamos vídeo game e fizemos a maior festa. Só depois é que nós fomos fazer o trabalho. Quando terminamos, já eram seis horas:
– To indo embora, cara – Matt disse – Quer carona, Jenna?
– Fica mais um pouco aê velho – Harry se levantou.
– Nem rola, hoje tenho jantar em família – Ele disse fazendo cara de desgosto.
– Que bonitinho – Eles riram do meu comentário. – E nem precisa me dar carona não Matt, valeu – Sorri para ele.
– Vai de ônibus pra casa, é?
– Não vou para casa – Sorri para ele, que fez uma cara de desentendido. Logo após, a expressão dele mudou para a de alguém que tinha entendido algo. Ri de sua lerdeza.
– Então quer dizer que ele é o seu namorado? – Eu ri, mas fiquei envergonhada. Ter o Harry como namorado até que não seria uma má idéia. Mas eu tinha o Tom e estava feliz com ele.
– Nem..
– Você me confunde – Nós rimos. – To vazando então. Se comportem – Ele riu.
– Tchau Matt – Dei um beijo em seu rosto. Ele se despediu do Harry com um cumprimento from guetto e foi embora.
Eu e o Harry sentamos no sofá e começamos a ver tevê. Ele deitou no meu colo e eu comecei a fazer carinho em seu cabelo. Eu fui passando os canais. Não tinha nada de interessante. Até que eu parei no canal de fofocas. Harry não disse nada. Falaram da Lindsay Lohran, do Bem Stiler, do vocalista do Bon Jovi, da Madonna... era uma fofoca mais escandalosa que a outra. Até que começaram a falar do Tom Kaulitz.  A notícia começou com uma foto dele, destacando a aliança em sua mão. Sorri comigo mesma enquanto o narrador dizia:
– Estaria Tom Kaulitz namorando mesmo? Ele foi visto durante o EMA usando uma aliança. Quando questionado, confirmou que estava sim namorando, e com a menina mais perfeita do mundo, segundo suas próprias palavras. – Abri um sorriso enorme, não me contendo de felicidade – Mas logo após, foi visto entrando em um motel com uma atriz pornô – Eles mostraram a foto e meu sorriso se desfez na hora. – Eles só saíram de lá no dia seguinte, aos beijos. – Mostraram mais uma foto. Agora eu podia sentir algo estranho na minha garganta, e um vazio por dentro. Minha visão começou a ficar embaçada e eu pude sentir uma lágrima escorrendo pelo meu rosto e parando em minha boca, deixando um gosto salgado. – Seria a atriz sua namorada? E se sim, porque ela não usava uma aliança também? Tom Kaulitz estaria traindo sua namorada? São as perguntas que ficam no ar. – Fechei os olhos e respirei fundo. Passei a mão sobre uma lágrima que caiu. E assim foi, uma lágrima atrás da outra, parando em minha boca, ou caindo sobre minha roupa. Eu chorava em silêncio, não queria que Harry visse. Respirei fundo mais uma vez. asHarrHarry virou seu rosto e encontrou meus olhos.
– Jenna? Tudo bem? – Ele perguntou preocupado, se levantando do meu colo e pegando em meu rosto. Eu não respondi a ele, apenas desabei em seu peito, molhando sua camiseta com as minhas lágrimas. Ele não disse nada, ficou lá, passando as mãos em meus cabelos e fazendo carinho em meu rosto, até que as lágrimas acabaram e eu me levantei. Não tinha um espelho por perto, e nem precisava, eu sabia que meu estado deveria estar deplorável. Eu chorei por sabe se Deus quanto tempo e eu podia imaginar os meus olhos inchados e vermelhos, mesmo não podendo vê-los:
– Tudo bem?
– Mais ou menos – Sorri para ele. Mas não foi como todos os outros sorrisos que eu dava. Era um sorriso triste. E mesmo que só de ter o Harry ali fosse um motivo para ficar feliz, eu não podia forçar muito. O que eu tinha acabado de ouvir, e ver, tinha me machucado muito. E mesmo conhecendo o Harry há pouco tempo, eu não iria fazer teatro. Não iria fingir que estava tudo bem. Porque não estava. – Desculpa ter dado uma de louca. – Ele riu um pouco e depois me abraçou.
– Tudo bem. Eu só queria saber o motivo pelo qual você estava chorando. Quer falar sobre isso? – Eu fiquei em silêncio – Se não quiser, tudo bem. Se eu puder ajudar... – Sorri para ele e tirei minha aliança.
– Acabei de descobrir que o meu namorado me traiu – Ele pegou a aliança e eu apontei para o nome gravado dentro. Ele pareceu surpreso.
– Você namora o Tom Kaulitz?
– Namorava – Sorri triste para ele, novamente - Até agora.
– Eu.. sinto muito – Ele me abraçou novamente – Não fica assim.
– Não vou chorar mais. Ele é um idiota, não merece que eu perca meu tempo com ele. – Eu estava tentando me convencer disso. Que ele não merecia as minhas lágrimas e que eu preciso ser forte, mas pensar positivo e fingir que nada estava acontecendo não iria melhorar a situação. – Você pode me fazer um favor? – Disse olhando para ele.
– Claro.
– Depois da aula, amanhã, tem como você me levar na casa dos Kaulitz? Eu preciso pegar as minhas coisas.
– Você estava morando com eles?
– Sim. Estava.
– Ótimo. Amanhã a gente pega as suas coisas e você se muda para cá – Ele disse, sorrindo. Eu ri.
– Eu não me importo de ficar em um hotel, Harry. Não quero te atrapalhar.
– Ah, sem essas frescuras, Jenna. Você não vai ficar em hotel nenhum. Além do mais, vai ser ótimo morar junto de você. – Ele sorriu para mim.
– Eu realmente não me importo de ir morar em um hotel.
– E eu não vou me importar de te dar alguns tapas até você entender que vai vir morar comigo – Nós rimos.
– Selvagem! – Nós rimos mais um pouco.
Eu e o Harry ficamos conversando até tarde. Fomos jogar vídeo-game:
– Eu ganho de você de olhos fechados – Eu disse, provocando-o enquanto ia até o sofá.
– Senta e espera. Ninguém nunca me venceu e nunca vai me vencer – Ele disse, me seguindo.
Nós jogamos algumas partidas:
– Gaaaanhei! – Gritei, toda feliz. Levantei e peguei o pedaço de chocolate que estava na mão de Harry, sorrindo.
– Devolve meu chocolate, Jenna. – Ele disse, correndo atrás de mim. Eu fugi dele. Nós corremos bastante, até que caímos cansados no sofá. Ele pegou o chocolate da minha mão e eu subi em cima do seu colo, para tentar pegar o pedaço que ele colocava longe de mim esticando o braço para o alto. Eu consegui pegar finalmente o pedaço, e nós rimos. Comi uma parte e, depois, coloquei o resto na boca. Ele foi mais rápido e conseguiu morder uma parte. Nossos lábios encostaram suavemente. Separei-me dele, ainda em seu colo. Termine com o pedaço de chocolate. Ele me puxou e nós começamos a nos beijar. Coloquei minha mão envolta de seu pescoço. O beijo dele era bom, era doce, era viciante.
 Postado por: Alessandra

Falling For U! - Capítulo 42

No exato momento em que eu senti os lábios dele encostarem aos meus, o sinal tocou. Ele segurou o meu rosto, ignorando o sinal, mas eu o empurrei:
– Me desculpa Harry é só que.. ah, me desculpa – Eu disse, sentando na grama e abaixando a cabeça. Ele levantou-a pelo queixo e me olhou nos olhos.
– Tudo bem. Não fica assim pow – Ele sorriu e eu sorri para ele. 
Nós nos levantamos e fomos andando:
– Então, quando a gente vai fazer o trabalho? – Perguntei ao Harry.
– Não sei.. precisa combinar com o Matthew. Mas se rolar, hoje mesmo vocês podem ir em casa.
– Beleza.. mas, você fala com ele? 
– Falo sim. Na sala a gente vê tudo certinho, pode ser?
– De boa – Sorri para ele.
Fomos conversando até chegar ao pátio. Agíamos como se nada tivesse acontecido. Era melhor assim. Entramos na sala e ainda faltavam cinco minutos para dar o segundo sinal. Harry foi falar com o Matt e depois veio falar comigo:
– Hoje, na minha casa, depois da aula. A gente vai direto, come em algum lugar e depois você dorme lá, pode ser?
– Beleza, mas a parte de dormir lá... a sua mãe não vai se incomodar?
– Eu moro sozinho – Ele sorriu. Eu olhei para ele desconfiada e ele riu – Relaxa que eu não vou te assediar não, sou um cara do bem – Nós rimos.
– Beleza então. E a Sabine, heim?
– Nem sei. Será que aconteceu alguma coisa?
– Tomara que não.
Foi só eu dizer isso que a Sabine entrou na sala toda descabelada, xingando alguém do lado de fora. Eu fiquei super assustada, juntamente com toda a sala, que depois apenas ignorou esse fato:
– Amiga, o quê aconteceu? – Perguntei enquanto ela se sentava.
– O filho da p*ta do Daniel tentou me estuprar!
– Como é que é? – Eu e o Harry perguntamos juntos.
– Isso que vocês ouviram. Eu não quis fazer sexo com ele e ele me forçou. 
– Eu vou dar um jeito nesse otário – Harry disse, fechando o punho e indo em direção à porta. Eu e a Sabine o detivemos, segurando seu braço. 
– Para velho, não faz isso – Sabine disse.
– Você vai arranjar o maior problema.
– Eu não me importo – Ele sorriu forçado.
Quando ele foi sair, o professor chegou à sala:
– Algum problema, senhor Harry?
– Na verdade...
Eu não o deixei continuar:
– Não professor, ele já estava indo para o lugar dele – Sorri falsa para ele enquanto o Harry me olhava com raiva. Mandei um beijo para ele.
O professor se sentou e pegou o livro com os nomes, começando a fazer chamada. Matthew se sentou virado para mim:
– Você vai mesmo à casa do Harry?
– Não, vou deixar vocês fazerem tudo para mim. É lógico que eu vou – Disse, bufando de raiva.
– Cara, eu não sei o motivo de você estar tão ignorante comigo – Eu fui responder, mas ele continuou – Eu sei que eu te fiz um roxo no braço, mas isso não é a pior coisa do mundo. Além do mais, eu já te pedi desculpas.
– Desculpa não é bom o bastante.
– E você quer o quê? Olha, eu sei que eu fui um idiota..
–Você É um idiota. – Enfatizei o “é” - E, aliás, ainda bem que você sabe. – Sorri sarcástica para ele, que ignorou o meu comentário e continuou a falar. 
– Só que eu odeio que mintam para mim.
– Eu não menti para você.
– Ah não? Você provavelmente sabia que eu odeio o Tom Kaulitz.
– Ta, e daí? Isso é motivo para você ter agido daquele jeito comigo?
– Não. Mas eu fiquei com muita raiva. Quando eu descobri que você estava morando com o Tom e com o Bill Kaulitz eu só consegui pensar em duas explicações para isso: ou você estava namorando com um deles ou você era parente deles. E não dava para aceitar nenhuma delas.
– E você não parou para pensar que talvez eu fosse amiga deles? Que minha mãe e a mãe deles são melhores amigas e que a mãe deles quase me obrigou a ir morar com o Bill e com o Tom ao invés de ficar em um hotel? Custava você ter perguntado antes de ter quase arrancado o meu braço. – Ele ficou quieto por um tempo – Ah, foi o que eu imaginei.
– Jennifer – O professor chamou meu nome.
– Presente. – Olhei para o professor um instante e depois voltei os meus olhos para o Matthew – Olha, eu sei que não é motivo para eu ficar tão brava assim com você, mas você foi tão idiota comigo que eu sei lá, to morrendo de raiva de você. Eu não tinha nada com o Tom e nem com o Bill e mesmo que tivesse isso não interferiria em nada entre nós dois. Mas eu fiquei com mais raiva ainda porque você estava tão legal comigo e de repente você ficou todo ignorante. Eu não gosto que as pessoas me tratem mal quando eu não fiz nada de errado. Eu devia ter te contado sobre eu estar morando com o Bill e com o Tom, mas de que isso iria adiantar? Você estava saindo comigo não com eles.
– Eu sei.. me desculpa. Eu fui um idiota.
– Beleza.
– Beleza o quê? – Ele levantou os olhos em minha direção.
– Beleza, eu te desculpo. Nós dois estávamos errados.
– Sério? – Eu pude ver os olhinhos dele brilharem.
– Sério. Mas a gente não vai mais poder sair. – O sorriso dele murchou.
– Por quê? – Ergui as mãos e ele pode ver a aliança – Tudo bem.
– Ótimo – Sorri para ele. O professor começou a aula. As outras aulas foram passando rapidamente. Agora que eu e o Matthew nos falávamos, parecia que eu me sentia até melhor. Eu não queria guardar rancor dele. “..Que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.” 



Postado por: Alessandra

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