quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Falling For U! - Capítulo 45

A luz me cegou. Demorou a eu voltar a enxergar novamente, mas tudo o que eu vi foi algo branco. Eu não sabia direito o que era aquilo. Podia ser qualquer coisa. Talvez um lençol, talvez um teto. Ou, talvez eu tivesse morrido. Virei meu pescoço lentamente. Será que o céu era exatamente como todo mundo fala? Para meu desapontamento, não foram anjos que eu vi, ou harpas, ou seja lá o que tiver no céu. Foi o rosto de Tom, seus olhos procurando os meus. Ele parecia preocupado:
– Graças a Deus você acordou. - Eu não podia ter morrido. Eu não tinha sido tão má assim para ir para o inferno, junto de Tom. Tentei me levantar e ele me segurou. – É melhor você ficar sentada. Vou chamar o médico.
Não disse nada. Fiquei sentada, apenas. Fechei os olhos e respirei fundo. Abri os olhos e olhei ao meu redor. Eu estava em uma espécie de quarto. Mas eu não devia estar internada. Eu não tinha nada grave. Aliás, era só uma virose. Bem, aquele quarto devia ser apenas temporário. E ele era o menor dos meus problemas. O médico chegou rapidamente. Ele começou a falar algumas coisas, mas eu não estava escutando-o. Estava perdida em meus pensamentos. Eu podia sentir os olhos do Tom em mim. Mas eu não queria olhar para ele:
– ..então a gente faz alguns exames, rapidinho, e quando chegar o resultado a gente vê o que você tem e logo logo você vai para casa – O médico disse para mim. Era um senhor de cabelos grisalhos. Tinha a face calma. Aparentava ser bem gentil. Sua voz não passava de um sussurro. Era tranqüilizadora.
– Mas eu já fui ao médico. Ele me disse que era virose – Disse, tentando esboçar um sorriso.
– Isso não é nem de longe virose, filha.
Ele chamou a enfermeira. Disse algumas coisas para ela. Ela saiu e voltou em poucos minutos, com uma cadeira de rodas:
– Vamos, querida? Você acha que consegue andar até aqui? – Ela disse, amavelmente.
– Eu não preciso de cadeira de rodas, obrigada – Disse, confiante. Mas foi só eu tentar me levantar, que eu cambaleei para trás e se não fosse o Tom, eu estaria provavelmente no chão naquele minuto. A enfermeira veio me ajudar e me colocou na cadeira de rodas.
Ela foi me levando para uma sala atrás da outra. Fiz diversos exames, que demoraram muito, mas logo eu estava de volta ao consultório do homem de cabelos grisalhos:
– Bem.. aqui não deu nada. Eu não consigo entender. – Ele parou um tempo, ainda observando os exames. Colocou-os de canto e dirigiu seus olhos aos meus – A gente pode tentar uma coisa. Eu não estou bem certo, mas... como eu não pensei nisso antes! – Ele disse, como se fosse atingido por algo. – Vou pedir para a enfermeira te levar no quarto. Vá até lá e relaxe, ok?
Eu não disse nada, mas tive que rir quando a enfermeira apareceu com uma caixa de teste de gravidez. Tom dirigiu seu olhar da caixa para mim e vice versa algumas poucas vezes. Aquilo já estava me estressando:
– Você só pode estar brincando comigo.
– Não custa nada – A enfermeira disse, me entregando o teste. Revirei os olhos e o peguei. Fui até o banheiro e fiz tudo direitinho. Entreguei para a enfermeira, que disse que voltaria dali a alguns minutos. Apenas concordei, em sentando na cama:
– Será que você... – Tom começou, mas eu o cortei.
– Eu ainda não quero falar com você – Olhei para a janela. Pude o sentir sentando na cama, perto de mim. Ele virou meu rosto pelo queixo.
– Você não vai me desculpar?
– Não sei. Convença-me a te desculpar.
Ele respirou fundo:
– Eu te amo, Jen. Eu te amo mais do que tudo. Eu sei que eu fiz a maior cagada da minha vida te traindo, mas eu estava fora de mim, eu estava bêbado, sei lá.
– Bebida não é desculpa para nada.
– Eu sei mas... pelo amor de Deus Jen, quantas vezes eu tenho que te dizer que eu te amo. Você me ensinou o que é amor. O que eu sinto por você é indescritível. Eu nunca senti isso por mais ninguém. Eu sei que eu fiz errado, mas eu nunca tive a intenção de te magoar, nunca. Você não sabe o quanto é ruim para mim te ver assim comigo. O que eu mais quero é te ter nos meus braços. Acredita em mim, Jen, eu não fiz de propósito. Perdoa-me. – Pude ver uma lágrima nascer no canto dos seus olhos, mas ele a segurou.
– Palavras bonitas não vão mudar o que eu estou pensando. Eu quero acreditar em você, mas como eu vou confiar em você depois disso? Além do mais, eu fiquei com o Harry também... – Ele ficou mudo – Mas foi porque eu descobri que você me traiu. Eu sei que eu fiz errado, mas porra Tom, eu te amo cara. Você não sabe como me machucou isso que você fez.
– Me dá uma chance Jen. Confia em mim. Eu não vou te machucar mais. Eu não vou te magoar. Eu te amo! – Dessa vez, pude ver a lágrima escorrer de seus olhos, mas ele nem se importou. Sequei-a com a mão.
– Eu te amo tanto, Tom! – Eu disse. Ele se aproximou de mim e nós nos beijamos como nunca. Eu tinha sentido tanta falta daquele beijo. Mas era um beijo diferente. Era um beijo amoroso, apaixonado e reconciliador, que pedia desculpas por ele mesmo e fazia parecer que tudo o que tinha acontecido fora um passado bem remoto. Senti os braços de Tom em volta de mim. Era um abraço confortador e me fazia sentir-me segura. E apesar de tudo, a partir daquele momento, eu soube que eu estava disposta a esquecer o passado por ele. Que era ele o amor da minha vida. E que eu nunca conseguiria deixar de amá-lo, acontecesse o que acontecesse. Era ele. Eu estava disposta a correr todos os riscos, a enfrentar todas as barreiras só para estar com ele. Eu precisava dele e não adiantava eu dizer o contrário. Eu não precisava negar. Eu estava disposta a amá-lo com toda a minha alma e com todas as minhas forças.
– Eu te amo, Jen. – Ele disse, parando o beijo. Nós dois estávamos chorando. Ele me abraçou.
A enfermeira chegou, sorridente. Pareceu nem se importar de eu estar abraçada com o Tom, e chorando:
– Parabéns, querida. Você está grávida!
 Fim
 Postado por: Alessandra |  Fonte: x

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