sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Provador - Capítulo 1 - Terapia Particular


Entrevistador: Qual foi o lugar mais inucitado onde você fez amor?

Bill: Hmm... Na cabine de um provador de roupas.
(Entrevista real)


“Me desculpe, a banda tem ensaio hoje.”

Ele que ficasse com aquele maldito ensaio. Pouco me importa o fato de meu namorado passar mais tempo com outros três garotos do que comigo.

Só queria ter trinta minutos do “precioso” tempo dele, só. Já seria o suficiente para, pelo menos, acalmar esse aperto no meu coração causado pela indesejável saudade.

Era inexplicável como ele me fazia falta. Tão inexplicável como a rotineira falta de tempo dele.

Aquela banda era tudo pra ele. Chegava a me causar ciúmes. Mas é um sonho dele sendo realizado, e isso me faz feliz. Ver ele feliz me traz total felicidade. Ver ele, principalmente.

Sentia falta do cheiro dele, do cabelo fora do comum, dos olhos castanhos nos meus, das palavras bonitas que ele me dizia, das manias irritantes, do seu jeito arrogante e um tanto egoísta... Sentia falta de Bill!

Mas não me restava alternativa a não ser me conformar com a ausência da pessoa mais importante do meu mundo. Meu mundo girava em torno dele, e agora tudo parecia tão monótono e parado.

Está bem, eu esperaria por Bill nem que isso durasse uma eternidade. Uma hora ele vai ter que matar o que está me matando. Saudade...

Entediada e melancólica, vesti um moletom e tênis velhos, cacei as chaves do carro, e sai, em busca da minha melhor terapia particular: compras!

Nada como sapatos e vestidos novos para levantar o astral de uma mulher.

Não precisei dirigir muito para chegar a meu destino final. O shopping mais próximo.

Desliguei o carro e comecei a fazer minha caminhada pelos corredores repletos de lojas famosas.

Uma loja em especial chamou minha atenção, mas entrar nela não foi uma boa escolha. Uma loja de CDs! Música com certeza não faria eu me sentir melhor.

Como eu disse, não fez.

Um pôster em uma das paredes da loja trazia estampado nele quatro meninos de estilo incomparável. O moreno mais alto, e, como era de se esperar, o que chamou mais minha atenção, apontava com uma das mãos para a outra que segurava um CD. Acima dos quatro, escrito em letras legíveis e acompanhado de um símbolo que eu bem conhecia, se lia: Tokio Hotel!

Ter um namorado famoso é deprimente às vezes.

Mas Bill não é qualquer famoso.

Sai cabisbaixa da loja, e me dirigi - sem prestar atenção em mais nada - a minha loja de vestidos favorita.

Uma das atendentes me deu o seu cartão e, enfim, me deixou livre para escolher os modelos de vestidos de minha escolha.

– Preto? – murmurei enquanto examinava um vestido – Preto me lembra a maquiagem que...

Interrompi meus próprios pensamentos, balancei a cabeça tentando voltá-los as compras.

Larguei o vestido preto e me voltei para outro.

– Marrom? - questionei a mim mesma segurando um belo vestido trapézio – Rá! Os olhos de...

Senti vontade de dar um tapa no meu próprio rosto. Mas me controlei. Normalidade, sempre! Pelo menos em publico...

– Vermelho? Essa cor me lembra aquela jaqueta que ele...

Tudo bem. Isso já está se tornando ridículo!

Sem paciência para minhas próprias frescuras, tomei os três vestidos – o preto, o marrom e o vermelho – e marchei pra dentro de um dos provadores de roupas vazio.

Já estava tirando o meu moletom, me encontrava apenas de lingerie, para provar um dos vestidos quando me dei conta de que não havia espelhos no provador. Provavelmente os espelhos ficavam do lado de fora, de modo que os acompanhantes das clientes também vissem o modelo experimentando. Mas esse não era o meu caso.

– Um provador sem espelho? – resmunguei – Mas que...

De repente, a porta do minúsculo provador foi aberta. Me preparei para gritar e me cobrir desesperadamente, mas os olhos castanhos conhecidos e o sorriso infantil e arteiro me tranqüilizaram como uma pílula calmante.

Ele fechou a porta atrás de si depois de se apertar no provador. Então me tomou nos braços, encostando de maneira maliciosa minha boca na dele, num beijo conturbado. Enterrei meus dedos no cabelo negro e desgrenhado, retribuindo o beijo com o mesmo desejo incontrolável.

Consegui dar um tempo no beijo para tomar o ar que já me faltava, ele não perdeu tempo e desceu os lábios avermelhados para meu pescoço.

– Bill! Aqui? Ficou louco? – o repreendi, tentando afastá-lo o máximo que pude, mas a cabine era minúscula demais.

– Se eu fiquei? – ele questionou, rindo irônico – Aqui, sim. Agora, sim!

– Seu ensaio? – perguntei, quase que cedendo.

– Larguei por você. Então te segui até aqui. – Bill respondeu me envolvendo em seus braços – Estou mais preocupado em ensai... Ou melhor, botar em prática, outra coisa no momento.

Eu retribui o sorriso malicioso e senti o piercing da língua dele invadindo a minha boca com voracidade.

Retribui o beijo em quanto lhe arrancava a jaqueta de couro. Ah, essas roupas juntas do Bill são um tanto inconvenientes às vezes. Mas nada que uns puxões não resolvam.

As unhas cumpridas saíram do meio de minhas coxas para o fecho de meu sutiã.

– Senti sua falta... – ele sussurrou no meu ouvindo enquanto me tirava a peça indesejável de roupa intima.

– Igualmente! – sorri finalmente conseguindo lhe tirar a camisa.

Com uma risada infantil, Bill percorreu com os dedos longos o caminho do meio dos meus seios até a minha ultima peça de roupa, baixando-a devagar.

Segurei os ombros dele, o levantando de volta para meus lábios. Durante o beijo turbulento eu lhe desapertei o botão da calça. Deslizei minha mão para dentro da mesma sentindo a peça intima já úmida.

Bill olhou pra mim de um modo provocativo, a sobrancelha do piercing negro arqueada perfeitamente e unicamente.

Deixei que a calça caísse no chão enquanto eu descia sua peça intima de modo lento, o provocando como um castigo.

Deslizei a mão sobre o membro ereto e beijei com delicadeza a parte interna da coxa de Bill. Deliciei-me com os roucos sons que escapavam de sua garganta.

Voltei a beijá-lo, o fazendo sentir seu próprio gosto na minha boca.

Bill explorou meu colo nu com a boca, conseguindo me arrancar gemidos abafados.

Mordi a palma de minha própria mão para não começar a gritar descontroladamente. Mas não creio ter conseguido sucesso quanto a isso.

Ele mordeu com delicadeza aquela parte tão sensível do meu corpo, e cravou uma de suas unhas cumpridas em minhas costas, descendo-a devagar, deixando um arranhão avermelhado na região. Uma descarga elétrica percorreu minha espinha, me fazendo arquear o corpo.

Percebi, enquanto ele me apertava mais em seu corpo, que ambos já não estávamos nada pacientes para prolongar ainda mais aquilo.

Bill sempre foi impaciente, seja qual fosse o assunto.

Finalmente, senti ele me completar, me penetrando de vagar. O abracei, com os braços e as pernas beijando seu rosto.

Aos poucos o ato se intensificou, de acordo com o desejo de cada um de nos.

Era bom ser completada por ele. Eu sentia como se fossemos partes de um elo, que não se completa se faltar uma delas...

Bill me beijou, dessa vez calmo e cúmplice, cheio de amor e paixão.

A minúscula cabine pareceu ainda menor perto do que eu sentia por ele. A saudade perturbadora de antes, finalmente cessou, dando lugar a alegria de tê-lo tão perto.

Bill buscou pela minha mão, entrelaçando seus dedos longos nos meus, pousou os lábios no meu rosto delicadamente, a respiração de ambos descompassada.

Quando nossos corpos já clamavam por descanso imediato, batidas insistentes foram ouvidas do lado de fora da cabine – aparentemente, nossos gemidos contidos não foram tão discretos quanto nos pareceu – e então, nos chegamos ao ápice juntos.

Bill me abraçou com carinho e depois saiu de dentro de mim com cuidado. Nossos corpos suados pareceram protestar ao se separarem. Parecíamos estar grudados um no outro.

Nos sentamos um do lado do outro no chão frio - que mais pareceu ferver com o contado dos corpos quentes -, rindo das batidas e perguntas recheadas de preocupação vindas do lado de fora.

– Ich liebe dich... – ele sussurrou no meu ouvido antes de beijar minha testa e se levantar, começando a se vestir.

Bill se trocou de modo rápido, e se preparou para ir embora. Não antes de encontrar nossos lábios novamente.

– É melhor eu ir antes que derrubem essa porta. – ele falou abrindo a porta, comecei a me trocar também – Te espero lá fora.

Então ele saiu, fechando a porta novamente.

– O que o se... – pude ouvir a atendente começar a fazer a pergunta, espantada com a saída de Bill do compartimento.

– Olá. – ele respondeu sorrindo.

Fez-se silêncio novamente. Fiquei imaginando a cara de “abobalhada” da atendente enquanto o dono dos cabelos anormais sai, despreocupado da loja.

Voltaram a bater na porta, de modo ainda mais impaciente.

Terminei de me vestir e sai da cabine, o sorriso de satisfação estampado no rosto.

– A senhora está bem? Eu ouvi... – a atendente parecia mesmo preocupada, mas acredito que ela não era nenhuma tola.

Sua expressão de surpresa mudou para a de compreensão, provavelmente quando seus olhos viram o suor escorrer do meu rosto.

– Vai levar algum desses? – ela perguntou, o tom de voz voltando ao normal, apontando para os vestidos no chão da cabine.

Eu sorri descontraidamente, começando a me dirigir a porta de saída da loja.

– Acho que não. Já consegui o que queria.

Acho que estava enganada quanto à melhor terapia particular que alguém pode ter.

Postado por: Grasiele | Fonte

Provador

Provador
"Só queria ter trinta minutos do “precioso” tempo dele, só. Já seria o suficiente para, pelo menos, acalmar esse aperto no meu coração causado pela indesejável saudade.
Era inexplicável como ele me fazia falta. Tão inexplicável como a rotineira falta de tempo dele."

Classificação: +18
Categorias: Tokio Hotel
Personagens: Bill Kaulitz
Gêneros: Hentai, Romance
Avisos: Heterossexualidade, Nudez, Sexo
Capítulos: 1
Autora: S- BK

Reden - Capítulo 1 - Então, vamos conversar

“Olá. Estás à minha porta, além disso, não está aqui mais ninguém, exceto você e eu. Ok... entre pela primeira vez. O resto funciona sozinho no quarto 483.
Aqui dentro nunca é dia apropriado, A luz vem do mini-bar. E aqui também não amanhece. Bem vinda ao hotel.”

Sentei no banquinho do mini-bar do hotel onde a banda alemã pra quem eu trabalhava como, digamos, “faz tudo”, estava hospedada.
– Faz tudo mesmo... – resmunguei comigo mesma enquanto engolia a seco um gole de uísque.
Estava exausta. O dia inteiro havia sido extremamente cansativo pra mim. Mas finalmente eu conseguira sair da agitação do show daquela noite e voltar pro hotel, pronta para encher a cara.
Todo show era a mesma coisa: “Onde está a maquiagem do Bill?”, “Procure as baquetas de Gustav!”, “A chapinha do Georg!”; é claro que tudo sempre sobrava pra mim. Quando algo dava errado, advinha de quem era a culpa: “Da estagiária!”. Bom, eu queria ser uma produtora musical, não uma empregada!
Mas não havia nada naquele trabalho que me irritasse mais do que certo garoto de tranças negras. Tom Kaulitz era a minha cruz diária nos camarins da banda Tokio Hotel.
Ele me infernizava sem dar trégua. Acho que tudo começou quando eu, depois de passar da conta na bebida, acabei dormindo com aquele infeliz. E esse fato pode ter se repetido uma ou duas vezes – quem sabe até umas cinco vezes -, mas sempre, não se esqueça, por eu estar terrivelmente bêbada - o que ocorre com mais freqüência do que deveria ocorrer.
Pra ser sincera, eu até gostava dele. Minha aversão se devia mesmo pelo fato de que o que a gente tinha era uma coisa completamente e inteiramente “física”, e nunca havia passado disso, pelo menos não pra ele, disso eu tenho certeza. Eu não sabia quase nada sobre ele, e ele muito menos sobre mim. Um satisfazia o outro na cama, e estava bem assim, já era o bastante.
Sem contar que eu nunca estava sã nessas horas. Por isso não me pergunte se ele faz jus a reputação dele de dom juan, a bebida faz com que eu não me recorde muito bem dos detalhes.
Isso já bastava... Ou apenas era isso que eu pensava.

– Enchendo a cara de novo, que bonitinha. – uma voz de barítono um tanto arrastada, e que muito me era familiar, fez-se ouvir as minhas costas.
Quase me engasguei com o uísque quando me virei para encarar o menino de tranças no cabelo negro e roupas exageradamente largas.
Tom me olhava com aquele olhar malicioso enquanto mexia – como de costume – no piercing do lábio inferior.
– É melhor você ir embora Tom. – falei revirando os olhos e me voltando pro meu copo de uísque – Ainda não passei do primeiro copo. Não estou bêbada o suficiente pra você me levara pro meu...
– Eu não pretendia... – antes que ele pudesse terminar a interrupção, eu ouvi o som de um corpo caindo – Ai! – Tom gemeu depois de seu corpo parar no chão.
Só então eu pude notar, Tom se encontrava num estado miserável. Ele estava completamente bêbado e isso era notável.
– Não acredito. – lamentei me pondo de pé para ajuda-ló a fazer o mesmo.
Consegui, com muito esforço, senta-lo em um dos bancos do bar. Tom ria sem parar, parecia até um retardado.
– Acho que os papéis se inverteram. – ele constatou ainda rindo.
Tom tinha razão. Costumava sempre ser eu à bêbeda sem causa. No fim, Tom sempre me carregava até meu quarto, e me colocava pra “dormir”. Poderia até me sentir usada, mas não me sentia. Eu até gostava dessa situação.
– Você não quer que eu te leve pro seu quarto? – indaguei sem acreditar muito nessa hipótese.
Ele não precisou responder para que eu soubesse a resposta só em olhá-lo.
– Você está louco! – exclamei revoltada – Cadê o seu irmão? Cadê o povo que você conhece? Eu não sou a ultima pessoa do mun...
– Olha, eu não estou nem me conseguindo por de pé, minha vista está meio embaçada e eu me sinto completamente acabado. – Tom falou lentamente de olhos fechados, a expressão parecendo até angelical, eu sabia que era um truque, ele só estava querendo plantar a imagem de “pobre-coitado”, o que não combinava nada com ele. – E não esqueça que eu nunca deixei você sozinha quando era você no meu lugar.
– Rá! Vai jogar na cara agora? Como se você não fizesse isso com prazer.
– Como se você não aceitasse isso com o mesmo prazer. – me desafiou.

Por fim, eu me esforçava para carregar o peso do braço enorme apoiado em meus ombros, e “ajudar” Tom a seguir até seu respectivo quarto.
– Você está em que andar? – perguntei, ainda fazendo uma careta de reprovação, quando já estávamos dentro do elevador.
– No sétimo... Ou será no sexto? – Tom parecia completamente confuso, ouve uma pausa e então ele finalmente se decidiu – Sim, sim, no oitavo.
Balancei a cabeça indignada com a infantilidade do “menino” de um metro e oitenta e sete.
Logo o elevador parou, e com ele surgiu uma nova pergunta.
– Quarto? – perguntei já ofegando em carregá-lo para fora do elevador.
– Hmm... Deixa me ver... – ele pensou um pouco – Oh, sim. Quatrocentos e oitenta e três.
Ótimo, o último quarto do enorme corredor.


“Nós queríamos só falar. E agora deitou aqui, e eu me deito ao lado. Falar, Falar! Venha aqui. Não seremos perturbados. Isso já eu esclareci: Não perturbe!
Igual onde estamos amanhã.
Agora o mundo está cá dentro.
Deite outra vez.”

– Pronto, está entregue. – me livrei do peso o jogando sem jeito na cama.
– Nossa, eu costumo ficar do seu lado até você dormir. – ele me olhou, um sorriso debochado no rosto sonolento.
– Faça-me o favor...
– Faça você um pra mim, se deitando do meu lado. – dessa vez ele falou sério – Ah, eu não vou fazer nada! – completou, provavelmente ao ver minha expressão desconfiada.
– Tudo bem. – cedi pelo cansaço, me deitando na cama de casal ao lado de Tom.
– Vamos conversar. – ele sorriu se ajeitando na cama ao meu lado.
– Como é? – perguntei surpresa, ele não parecia ser o tipo de cara que aprecia uma boa conversa comum entre um homem e uma mulher.

“Eu te ouço, vejo o seu rosto. Os seus lábios se abrem. Fale lentamente, por favor não muito rápido Bem vinda ao hotel.”

– Conversar... Sabe como é? Eu falo você fa...
– Eu sei idiota. – interrompi a explicação desnecessária – É só que... Ah, tudo bem.
Bom, existem momentos que o melhor a fazer é concordar ao invés de questionar.
– Ok. Eu sou o que os outros chamariam de seu “amigo intimo”, - Tom fez gesticulou com as mãos as aspas das ultimas palavras – no entanto, não sei nada sobre você... Que tal começarmos desse ponto?
Mesmo isso me parecendo extremamente estranho e fora do padrão Tom Kaulitz, respondi a todas as perguntas que ele me fez sem deixar uma dúvida se quer no ar. Falei lento e claramente, pelo menos ele se mostrou interessado em cada palavra pronunciada por mim.

– Acho que não há nada que você não saiba sobre mim, certo? – ele questionou após o assunto “eu” acabar.
– Err... Bom, tem uma coisa sim. – minhas pálpebras pesavam de sono, e minha consciência já não estava lá funcionando muito bem, acabei falando o que falei – Você sabe que eu estava sempre bêbada... não me lembro dos detalhes...
Tom começou a rir descontroladamente.
– Você quer saber como é fazer sexo comigo? – ele ainda ria quando se virou pro lado fechando os olhos – Hmm... Espere o dia amanhecer.

Fiquei um pouco assustada com a ultima frase de Tom. Um pedido se fez em minha mente: espero que ele não se lembre de nada amanhã de manhã. Mas meu corpo pedia por outra coisa... Por fim, acabei pegando no sono também.

A luz do sol queimou sobre minhas pálpebras me fazendo abrir os olhos. Assim que o fiz, a imagem do menino de tranças e de peito nu, sentado em uma poltrona me observando com interesse, surgiu lentamente, enquanto meus olhos se adaptavam a luz. Quase pensei que fosse uma miragem... Até que ele resolveu falar.
– Bom dia. – ele disse sorrindo – Que bom que acordou. – Tom se pos de pé, colocando a camisa que trazia nas mãos, cobrindo o peitoral definido – Vou pedir o café.
A porta do apartamento se abriu, e logo se fechou.
Ele poderia muito bem ter pedido o café da manhã por telefone à recepção, mas não questionei isso, ter ele longe de mim me pareceu uma boa idéia no momento.
Fui até o banheiro e lavei bem o rosto, desejando que eu ainda estivesse sonhando.
Bom, Tom não fizera menção nenhuma sobre a promessa da noite passada. Isso se seguiu também durante o café que nos foi servido no quarto do hotel. Iludi-me imaginando que talvez ele tivesse mesmo esquecido o assunto.
 Quando terminamos de comer e Tom foi ao banheiro eu decidi ir embora antes que as possíveis lembranças dele voltassem.
– Onde você pensa que vai? – ele perguntou, parado na porta do banheiro, me vendo por os sapatos.
– Vou embora, obviamente. – falei revirando os olhos.
Ele riu, irônico.
Tom se aproximou da cama onde eu estava sentada ainda rindo.
– Eu bebo e você que perde a memória? – indagou pondo o peso de seu próprio corpo contra o meu, me fazendo deitar na cama a força – Não se lembra do prometido? Pois eu me lembro perfeitamente.
– Ficou louco? – o empurrei com força de cima de mim me pondo de pé em seguida.
– Pode ser. – Tom se levantou da cama dando de ombros – O fato é que eu costumo cumprir minhas promessas.
Meu queixo caiu, ele estava mesmo falando sério. Tudo bem que não seria a primeira vez que nos faríamos isso, mas dessa fez eu estava de “cara limpa”, completamente sã.

“Nós queríamos só falar, e agora deite aqui e eu me deito ao lado. Falar...falar...falar...! Diante do alarme da porta o mundo inteiro chama. Tudo puxa por mim. Eu não quero com ninguém exceto com você. Falar, falar!”

Tom me prensou contra a vidraça da janela do apartamento, colocando uma de suas pernas entra as minhas. Senti o sol queimando minhas costas enquanto meu corpo levantava ligeiramente.
– Tom... – tentei argumentar mais os lábios avermelhados já tomavam os meus.
– Você é bem menos complicada quando está bêbada. – ele zombou assim que o beijo chegou ao fim – Mas assim é mais divertido.
Tom me beijou de novo, me impedindo de argumentar seja lá o que fosse. A essa altura eu já estava mesmo rendida.
Ele começou a desabotoar os botões da minha blusa lentamente, de modo que eu pudesse sentir cada toque da mão quente dele sobre a minha pele. Sentia seus dedos desabotoarem cada botão, enquanto ele tocava meus seios pouco a pouco.
A impaciência tomou conta de mim – nunca fui muito de esperar – e eu lhe arranquei a camisa com rapidez. Admirei um pouco o peitoral nu e perfeito enquanto ele parecia se exibir ainda mais. Com certeza ele era lindo, e sabia muito bem disso.
Tom segurou minhas pernas as cruzando sobre sua cintura e me carregando até a cama do quarto.
Depois de me deitar na cama Tom parou por alguns segundos, me olhando com desejo, me provocando ainda mais. Por fim ele cobriu meu corpo com seu próprio, aquecendo minha pele com a dele, inflamando cada pedacinho de mim.
Tom tirou meu sutiã, logo tomando em uma das mãos o que antes estava coberto pelo mesmo. Ele mordeu e sugou aquela área com tal vontade, que chegou a me machucar um pouco com os dentes. Senti todos aqueles arrepios pelo corpo inteiro, relaxando meus músculos, me sentindo dissolver aos poucos.
Tom me tirou a saia e a peça intima – essas que já começavam a incomodar -, enquanto beijava cada milímetro da parte interna das minhas coxas. Senti coisas estranhas e boas percorrem todo o meu corpo.
Inverti as posições, ficando dessa vez por cima de Tom. Abaixei-lhe a calça e a peça intima.
Realmente ele era mesmo bonito por completo.
Sorri maliciosamente para ele enquanto ele mexia no piercing, já impaciente. Sem mais delongas, tomei o membro ereto com a boca, sugando e fazendo movimentos de vai e vem.
Tom soltava gemidos abafados por uma das mãos, enquanto a outra se mantinha em meus cabelos, incentivando o ato.
Antes que ele chegasse ao seu limite, eu o larguei lentamente. Tom me puxou para um beijo repleto de volúpia e paixão.
Ele voltou a ficar por cima, enquanto me beijava, afastou de leve minhas pernas, e – após me dirigir um olhar de aviso -, se introduziu dentro de mim, com um solavanco que me fez tremer com a dor e o prazer. 
Cada movimento dele dentro de mim fez com que eu me sentisse um vulcão erotizado até o dedo mindinho.
Nossas respirações eram descontroladas. Gemidos eram abafados. A cada nova estocada, uma nova sensação de prazer percorria minha espinha, fazendo meu corpo tremer.
Tom me beijava com delicadeza, parecendo preocupado a todo instante com as sensações que ele provocava em mim.
O sol ainda iluminava o quarto e eu pode admirá-lo com clareza. Fiquei observando seu rosto, agora muito próximo, e me dei conta de que era completamente fascinante, misterioso e belíssimo.
Meu corpo, ardendo em chamas, se arqueando enquanto nos chegávamos ao ápice juntos.
Tom relaxou o corpo sobre o meu, e, depois de um beijo mais calmo, saiu devagar de mim, me arrancando um gemido agudo. Meu corpo pareceu protestar com o fim de tudo, mas parecia muito cansado para contrariar.

“Nós queríamos só falar. E agora deite aqui, e eu me deito ao lado. Falar... falar... falar...falar...!”

Enquanto eu me arrumava para ir embora do apartamento, amaldiçoava internamente a droga do álcool, que durante muitas noites me fizera perder tudo o que eu havia provado naquele dia.
Tom estava deitado na cama, observando eu me vestir, o rosto mostrava claramente o sentimento de satisfação.
Preparei-me para abrir a porta e ir embora, nesse momento – quando já estava fora do quarto, pronta para voltar a fechar a porta - pude ouvi-lo falar, a voz soava maliciosa e convidativa.
– Apareça mais vezes, para conversarmos... sã, é claro.
Mesmo sem vê-lo, ainda pude imaginar o sorriso perfeito se formando nos lábios avermelhados de Tom.
– Não tenha dúvidas. – confirmei num sussurro, fechando a porta e partindo, carregando comigo um sorriso, tão satisfeito quanto o de Tom.

Postado por: Grasiele | Fonte

Reden

Reden
"Meu queixo caiu, ele estava mesmo falando sério. Tudo bem que não seria a primeira vez que nos faríamos isso, mas dessa fez eu estava de “cara limpa”, completamente sã."

Classificação: +18
Categorias: Tokio Hotel
Personagens: Tom Kaulitz
Gêneros: Comédia, Hentai, Romance, Songfic
Avisos: Heterossexualidade, Nudez, Sexo
Capítulos: 1
Autora: S- BK

Maybe Tomorrow - Capítulo 17 - Epílogo: So maybe tomorrow I'll find my way home


Tom’s POV

Enfim, 4 anos se passaram depois de toda aquela confusão. Pensei que Julia não fosse me perdoar, mas ela perdoou. Por isso que eu a amo. Ela tem um coração como ninguém mais tem. É capaz de perdoar tudo o que eu fiz e passar por cima de toda mágoa. Eu continuo tendo contato com Louise, afinal, ela ainda é minha cunhada, depois que Bill finalmente assumiu sua paixão por ela, eles se deram uma chance e deixaram de ser só amigos. E ainda estão firme e forte. Bill pensa até em casamento, mas do jeito dele, todos vestido de preto, tatuar as alianças e Louise não quer, então acho que casamento não sai tão cedo. Já eu, Tom Kaulitz, quem diria, vou pedir Julia em casamento hoje. Ela me chamou para ir à um pizzaria em Berlim para conversarmos e no meio dessa conversa vou fazer minha surpresa: um pedido de casamento.

Cresci, amadureci e vi que não é idiota ser romântico ou acreditar no amor, Bill, meu irmão e melhor amigo me ensinou e se sente orgulhoso do que me transformei. Não sou mais aquele garoto idiota que só pensava na própria satisfação por pura luxúria. Aprendi a ver que não era apenas eu no relacionamento, aprendi a não trair mais, e sim, sou fiel há quatro anos.

Eu e Bill havíamos montado uma escola de música há dois anos. Estava dando muito certo e Julia já estava formada, trabalhava como pesquisadora num laboratório de biotecnologia. Estávamos morando num apartamento num bairro de classe média alta em Berlim, havíamos comprado carro, tudo estava indo como sempre sonhei. Não queria ser rico, mas ter uma vida tranqüila e trabalhando com música e era exatamente isso que consegui com a ‘Kaulitz Musik’. Quem sabe um dia não conseguimos abrir uma gravadora? Pensamos em abrir um estúdio dentro da escola.

Era noite, hora que marcamos para jantar. Julia estava impecável, num vestido simples, maquiagem simples e ainda sim conseguia ficar cada dia mais bonita. Ou eu simplesmente cada dia mais apaixonado. Pegamos meu carro na garagem do condomínio e fomos até a pizzaria.

Pedimos uma pizza grande de calabresa. Eu havia prometido à Bill que seria vegetariano junto com ele, mas longe dele eu comia carne, não conseguia me controlar. Era mais forte que eu. Pedimos um vinho para eu relaxar, estava muito nervoso e Julia também parecia estar. Nós normalmente conversávamos muito, mas não neste dia. Julia parecia estar distante. O jantar acabou e permanecíamos calados.

–Julia, eu preciso te falar uma coisa.
–Exatamente, eu te chamei aqui para conversarmos, eu tenho uma coisa importante para te falar. – Fique radiante, será que ela estava grávida? Foi meu primeiro pensamento, mas não precipitei, a esperei falar. – Mas pode falar primeiro Tom, temos todo o tempo do mundo.
–Bem, é que eu... Ah diga você primeiro.
–Então. Isso vai ser um pouco duro pra você, ou talvez não, talvez seja algo que você está querendo desde o início e nunca teve coragem de falar.
–Não enrola, Julia, diga logo! – eu disse aflito.
–Calma Tom.
–Bem, eu fui chamada para trabalhar com Biologia marinha nos Estados Unidos e não aceitei, preferi ficar aqui trabalhando com Biotecnologia, perto da família, perto de você. Quando recebi essa proposta, pensei, pensei e revi os últimos anos da minha vida desde a faculdade. Agora as coisas estão todas no lugar, mas antes tive muito impedimentos, quase reprovei em matérias importantíssimas pra mim por causa das suas atitudes. Você ultimamente tem estado diferente, atencioso, nosso sexo sempre foi maravilhoso, mas não é o suficiente. Você me fez muito mal no passado e eu te perdoei, tive confiança em você, mas sempre existe aquela mágoa. Eu ainda amo você, mas agora com um sentimento diferente, não quero mais isso pra mim, não quero sentir essa coisa diferente, queria tudo a mesma coisa, toda aquela euforia e sentimento que tinha no início do nosso namoro, mas não é mais. Você é um cara maravilhoso, tem uma aparência invejável, eu tinha orgulho de te mostrar as minhas colegas de faculdade, de tão lindo que você é. Você apesar de tudo é generoso, tem um bom coração, mesmo que ainda tenha um caráter duvidoso. Sabe, Tom, agora eu quero seguir em frente, mas sozinha. Eu quero terminar com você. – Eu não conseguir esboçar ação alguma. Estava paralisado. Não podia ser verdade. Eu estava sentindo uma dor imensa, algo que eu nunca havia sentido antes, parecia que Julia havia aberto meu peito a sangue frio e tirado meu coração lá de dentro. Me senti sozinho, desiludido, impotente. Ela era tudo pra mim.
–Mas, Ju. – eu disse com um nó na garganta e olhos marejados. Nesta hora, ela não escondia que estava chorando, como eu tentava esconder, parecia estar doendo nela também. – Você não pode fazer isso comigo. Eu... Eu ia te pedir em casamento. Trouxe o anel de noivado. – retirei-o do bolso e abri a caixinha para mostrá-la. – Isso só pode ser uma pegadinha.
–Tom, por favor – disse passando a mão no meu rosto. – eu não quero que você sinta ódio de mim, podemos nos falar, não houve nenhuma briga, quero terminar pacificamente para não precisar te ignorar ou evitar estar no mesmo ambiente que você. Quero sua amizade, mas nada além disso, me desculpe.
–Eu vou te deixar no nosso apartamento e vou ficar morando com Bill, depois vemos o que vamos fazer com ele.
– Muiito obrigada por me compreender.

E esse foi o nosso final, nada muito feliz, nada muito infeliz, somente um ponto final na nossa conturbada relação. Não tenho nenhum problema com Julia, mas não nego que toda vez que a vejo, sinto uma dor tremenda no coração.

Postado por: Grasiele | Fonte

Maybe Tomorrow - Capítulo 16 - In your shadow I can shine


Bill’s POV

Eu estava na porta da clínica de reabilitação que Louise estava internada. Eu não conseguia entrar, estava nervoso, enjoado, com uma ansiedade estranha, parecia que eu ia fazer um show maior com o Tokio Hotel, mas não, eu só estava prestes a declarar meu amor por Louise. Depois que ela passou mal, comecei a perceber que toda aquela proteção que eu tinha para com ela, não era somente amizade, era mais que isso. Eu a via todos os dias no hospital, eu não dormia mais na pensão, minha casa agora era o hospital. Eu só voltava pra casa para tomar banho e trocar minha roupa.
Os primeiros três dias com a Louise no hospital, foi de pura aflição. Eu não conseguia dormir, só tomava café e fumava, o tempo todo. Ela permaneceu três dias em coma na UTI. Depois de muito sofrimento, até mesmo por parte de Tom por se sentir culpado por tudo, ela finalmente acordou e foi para o quarto internada. Ficou por mais uma semana lá. Seus batimentos cardíacos ainda eram fracos, já que ela teve uma parada cardíaca logo que chegou no hospital. Ela estava fraca, indefesa. E quem mais me surpreendeu, foi Julia. Ela não entrou no quarto em nenhum momento que Louise estava acordada, por medo que a prima piorasse de estado quando a visse. Ela no fundo sabia que Louise também havia caído na conversa de Tom e estava muito abalada ainda. Eu a peguei chorando nos cantos algumas vezes, seu soluços eram tão doloridos que cada vez que eu os ouvia, maior era minha vontade de desfigurar o rosto do Tom. Eu já estava apagando meu segundo cigarro e a coragem de entrar por aquele portão ainda não tinha chegado. Mas me forcei a entrar. Louise estava sentada num banco ao lado de fora, tomando uma xícara de café. Ela parecia tranqüila, serena, sem preocupações, talvez a clínica tenha feito bem a ela.

–Lou? – disse me aproximando devagar.
–Bill! Não acredito que você veio! Pensei que ainda me odiava.
–Ah Louise, eu nunca vou conseguir te odiar! Mas como você está?
–Ah to bem, eu na verdade nem queria sair daqui, tenho tanto medo de encarar a Ju de novo.
–A Ju já te perdoou. Ela tem um ótimo coração, você sabe, ela estava de cabeça quente, mas ela ficou todos os dias no hospital com você.
–E Tom?
–Tom... Bem...Ele está mal também, ele ama a Julia apesar de tudo e se arrepende de tudo que fez.
–Principalmente de ter se envolvido comigo. – Ela disse abaixando a cabeça.
–O Tom não te merece Louise, você é muito pra ele. Não que Julia seja pouco, entende, mas você não merece ser usada, você merece ser amada e mais ainda, merece alguém que te ame e cuide de você.
–Eu não sei se um dia vou encontrar alguém assim.
–Vai sim, eu to aqui pra isso.
–Quê, Bill?
–É isso mesmo, vou ser bem direto com você, eu to apaixonado por você. Sabe, acho que começou quando eu comecei a conversar com você, antes de saber que existia algum envolvimento entre você e meu irmão, quando eu soube eu fiquei maluco, queria matar Tom. Me dá uma chance, Louise, me deixa tentar te fazer feliz?
–Mas Bill... – Ela não parecia ter o que dizer. Piscou seus olhos atentamente ainda olhando para mim. Soltou um alto suspiro e aproximou seus lábios dos meus. Era exatamente do jeito que eu imaginei. Seu beijo era calmo, doce, seu perfume era bom. Aprofundei-me mais no beijo e a puxei mais pra mim, finalizando o beijo e a abraçando forte.

Julia’s POV

Aqueles dois meses desde que Tom foi embora desta casa, tem sido muito difícil pra mim. Bill voltou pra casa da Lou, os dois estão juntos e isso me deixou profundamente alegre. Não guardo rancor de Louise, logo quando ela voltou da clínica, eu me dei conta que mesmo ela sendo um pouco culpada por tudo, era menos que Tom, ela também ficou balançada com tudo o que ele fazia a ela. Quando ela estava na clínica, fui visitá-la e pra mim foi uma das conversas mais dolorosas que tive na vida. Cada vez que o nome de Tom era citado, parecia uma facada que eu estava levando. Mas eu fui forte, e cada vez que ela me falava dele, mais raiva eu sentia. Ela me falou tudo: as promessas que ele fazia que os dois ficariam juntos; as declarações que ele fazia para ela; presentes que ele chegou a dar. No final, ele acabava pedindo desculpas e se dizia dividido. No final da conversa nos abraçamos e ela me pediu sinceras desculpas.

As coisas estavam praticamente resolvidas para todos, eu não sabia mais de Tom, ele não havia me procurado, não que eu fosse perdoá-lo, mas ele não foi atrás de mim se justificar depois daquele dia no hospital, o “amor” que ele tinha por mim, acabou rápido, imagino. Minhas notas na faculdade estão baixíssimas, nem em protozoários, matéria que eu adoro, consigo tirar uma boa nota. As meninas que estudam comigo anda preocupadas, mas é impossível prestar atenção na aula quando se tem Tom na cabeça. Eu definitivamente preciso esquecê-lo e vou!

Cheguei em casa depois de mais uma sexta feira cansativa, Louise e Bill estavam lindos, arrumados, assim como Georg e Lua, que estavam sentados num sofá conversando, os quatro.

–Oi, gente! – passei por eles rápido e subindo as escadas, eu não queria ouvir algo que me machucasse, resumindo: Tom.
–Calma, Ju, a gente queria te chamar pra ir numa festa com a gente!
–Ah claro, eu mais dois casais!
–Claro que não, Gustav vai estar lá!
–Não, eu não tô na “vibe” de festa, desculpa e obrigada pelo convite. – Terminei de subir as escadas, entrei no quarto fechando a porta, mas logo depois entra Lua e Louise, sem mal bater na porta.
–Julia, se você ta pensando que sua vida social acabou por causa de Tom, você tem que rever isso aí! Nós temos entradas de graça pro Panorama Bar, a melhor boate de Berlim e você vai ficar em casa? – Lua disse séria e ao mesmo tempo delicada.
–Eu não sei.
–Você sabe, você vai, eu consegui essas entradas na agência, e nós temos que ir. Cheio de caras bonitos, gente legal, o DJ é ótimo! Até o Bill disse que vai dançar!
–Eu preciso ir pra ver o Bill dançando! – eu disse rindo.
–Então vamos te arrumar, vai pro banho enquanto eu escolho sua roupa.

Troquei-me, Louise me maquiou, coloquei um vestido vermelho decotado que realçava meus peitos tamanho GG, naquela noite estava decidido: eu ficaria com alguém e por algumas horas eu me esqueceria do meu ex-namorado. Fomos de táxi. A entrada da boate estava cheia, muitos caras bonitos, porém muitas mulheres bonitas. Entramos e fui logo no bar pegar um cosmopolitan, eu não perderia oportunidade de beber numa festa open bar. Acendi meu Dunhill e fiquei sentada no bar por um tempo, já que não ia ficar com os casais que se agarravam na mesa. Coincidentemente, encontrei Sarah, uma conhecida da faculdade, ela estava com um grupo de pessoas.

–Ué, Ju, está sozinha aí? Eu vi seu namorado não faz nem cinco minutos.
–É mesmo? Não namoramos mais.
–Ah sim. – ela falou meio sem graça. Na hora que ela me disse que encontrou Tom, faltou ar nos meus pulmões, fiquei meio zonza, mas tratei de me recompor e ir à mesa que os meninos estavam, e lá estava ele. Sorridente e conversando com todos como se nada havia acontecido. Até Louise ria do que ele parecia falar. Pensei em dar meia volta, mas não podia, afinal, eu teria que enfrentar meu maior medo naquele momento.
–E aí? – Cheguei rindo e com minha terceira taça de bebida, não estava bêbada e nem havia chegado perto disto, só queria não demonstrar minha fraqueza.
–Oi, Ju. – disse Tom sorrindo. Fui educada e o respondi, mas ainda sim fui fria.

Sentei-me e conversávamos normalmente, Tom já havia ido embora dali mas continuei o procurando, era inevitável. Aos poucos os casais foram saindo e só ficou eu e Gustav na mesa, mas ele deu uma desculpa qualquer e tratou de ir embora. Eu também ia me levantar, mas Tom veio rapidamente até a mim e me fez sentar novamente.

–Acho que a gente precisa conversar, né?
–Sim, também acho.
–Eu só queria pedir desculpas por tudo que fiz, eu sei que você não tem estado bem e nem eu, eu quero ser o mais sincero possível com você. Eu não quero ficar assim com você, Ju.
–Tudo bem, Tom, você errou feio, mas eu não guardo ressentimento, eu te perdôo. Afinal, todas as pessoas merecem serem desculpadas. Você cometeu um erro, reconheceu e está me pedindo desculpas.
–Acho que você não me entendeu.
–Hm? Claro que entendi, você me pediu desculpas pelo que fez e eu aceitei. Sem mágoas e cada um segue sua vida.
–Eu não quero seguir minha vida sem você. Não faz sentido nenhum pra mim. Eu nunca fiquei tão mal como estou agora. Por favor, Ju,volta pra mim.
–Tom, por que? Sério, eu não quero mais ficar sofrendo, com dúvidas sobre tudo, eu quero ter confiança em você, quero que você me respeite e acima de tudo seja sincero comigo. Você não foi nada disso, por que seria agora?
–Porque esse tempo que fiquei longe de você, vi que não adianta, eu posso ter mulheres bonitas, posso ter tudo, mas eu não tenho você e sem você, parece que minha vida não anda, eu não consigo mais ficar sem você. Por favor, Julia, volta pra mim, eu te prometo que vou te fazer a mulher mais feliz do mundo. Eu te amo, de verdade.
–Eu também te amo, Tom, essa vai ser sua última chance de provar que me ama. – Dei uma última chance a ele, minha cabeça falava que não, mas eu não conseguia ser racional quando se tratava dele. Eu o perdoei, não adianta, eu o amo como nunca amei ninguém e acho que não vou conseguir amar nunca. Ele é o amor da minha vida, meu destino, como diz Bill, minha alma gêmea. Nos beijamos, o beijo foi ótimo como sempre, eu sentia tanta saudade daqueles lábios carnudos, daquele corpo perfeito, do meu Tom.

Postado por: Grasiele

Maybe Tomorrow - Capítulo 15 - Creep


Julia’s POV

Não podia ser verdade, eu queria voltar no tempo e acreditar que aquilo não tinha acontecido, fiquei estática e por segundos até que eles me vissem passou um filme na minha cabeça, de tudo que eu tinha passado. Só vi Tom levantando da cama, vestindo rápido sua boxer. Eu não conseguia ouvir nada, minhas lágrimas caiam sem permissão. Só me lembro de sentar no chão gelado do quarto com pouca iluminação. Meu Deus, como doía. Parecia que eu havia levado cinqüenta facadas ao mesmo tempo. Não era somente uma traição. Eram duas.

–Julia, eu vou te explicar.
–Explicar o que Tom? O que? Caiu um cisco na porra do olho dela e você como um cara gentil foi tirar? – disse gritando descontroladamente enquanto Louise também chorava de soluçar. Eu não me importava em gritar e acordar a casa inteira. Eu só queria que aquilo tudo não passasse de um grande engano.
–Desculpa, Ju.
–Não desculpo, Tom, não dá pra agüentar. Isso foi tão, tão...Não tenho palavras pra dizer. Caramba, Tom, eu te amo tanto. Pra que fazer isso comigo? Pra que me machucar desta forma, o que eu fiz pra merecer isso? Eu sempre fui uma boa namorada, nunca te neguei nada, sempre fiz tudo pra você e é isso que eu recebo. – eu não conseguia nem falar direito, minha cabeça rodava e latejava de dor, minha voz não saia por causa dos soluços.

Mesmo com sono profundo, Bill ouviu meu escândalo e foi até o quarto, assim como Patty, eu estava envergonhada, todo mundo ali já imaginava que eu era a corna da história.

–Ju, o que aconteceu? Meu Deus, você está péssima. – Patty disse se abaixando e disse olhando para mim com piedade. Depois olhou para Louise e Tom e logo chegou a conclusão do que estava acontecendo.
–Eu disse, Tom, isso não demoraria a acontecer. Vocês são dois inconseqüentes!
–Você também sabia, Bill? E não me falou nada? Eu fui a última a saber? É claro, eu sou corna, me esqueci disso. Merda, por que as coisas tem que ser assim? Se eu soubesse que eu passaria por isso tudo. Eu me arrependo de ter você na minha vida, Tom Kaulitz. Sabe o que eu mais queria agora? Que você morresse. Talvez eu sofreria menos.
– Vem, Ju, vamos lá embaixo. Vou te fazer um chá. E você Louise, fique aí no quarto. Não saia dele até amanhã de manhã.
–Você, Tom, vá para o quarto de Bill e durma com ele.
–Eu vou embora. – Tom disse com os olhos vermelhos, ele não tinha vergonha de chorar.
–Ninguém vai a lugar algum, são três horas da manhã, amanhã vocês resolvam isso. Ninguém vai sair daqui com cabeça quente. – Vem Ju.

Desci com Patty e ficamos na cozinha. Estávamos sentada e desabafei tudo com ela: minha dor; minha cabeça; como eu me sentia impotente; como eu me sentia fraca e traída.

Tom’s POV

O que eu mais temia na minha vida aconteceu, acabei de perder Julia e não imaginava que seria nessa circunstância. Não tive vergonha de chorar. Eu estava sentado na cama de Bill e ele estava do meu lado. Parecia estar sofrendo também, pois chorava, mesmo Bill chorando por tudo, ele sentia minha dor, nós somos gêmeos. Naquela noite não consegui dormir, fiquei rolando na cama até as 6 da manhã.

Levantei acabado, minhas olheiras estavam fundas e meus olhos ainda estavam inchados. Arrumei minhas bolsas e fui com Bill para a pensão de Lua, peguei um metrô de Dahlem, o bairro de classe alta que Louise mora, e fui até Friedrichshain, na pensão de Lua. Chegando lá, claro, ela queria saber de tudo o que aconteceu e eu não só contei o que aconteceu, mas contei também tudo o que passava pela minha cabeça.

–Sabe o que eu acho, né? Bem feito pra você, por ser idiota, por ser infiel, por ser um crápula. Sou sua amiga mas não te defendo porque te conheço, Kaulitz.
–Você também vai me xingar? Eu quero ajuda, não quero ouvir mais esporro.
–Não adianta chorar pelo leite derramado. Dê um tempo para a Julia, ela precisa muito mais que qualquer um envolvido na história. Pelo menos você aprendeu alguma coisa?
–Sim, aprendi que a Julia é a pessoa que realmente amo e quero ficar. Eu pensei que gostava de Louise mas depois de ontem vi que o que eu sinto por ela é apenas um carinho especial. Pelo menos uma duvida saiu da minha cabeça.
–Então quer dizer que você nunca gostou de Louise? – Bill perguntou.
–Sim.
–Seu filho da puta, vou quebrar a sua cara. – Bill foi para cima de Tom atordoado, e Lua, como era baixinha não tinha o que fazer, para a sorte dos três, Georg apareceu bem na hora e conseguiu segurar Bill.
–Ninguém vai bater em ninguém aqui. Sossega o facho Bill. – Bill se virou e subiu as escadas correndo antes que perdesse mais a cabeça. Eu fiquei ali, parado por um tempo e sem falar nada saí da pensão. Eu precisava de ar fresco, caminhar, distrair minha mente. Fui andando até encontrar um Starbucks e tomar um café. Sentei numa praça qualquer e fiquei ali por muito tempo, até eu achar que estava com a cabeça fria e podia pedir desculpas para Julia. Eu precisava reconquistá-la.
Depois disso, fui para a pensão, afinal, eu estava cansado; passei a noite em claro, estava acabado. Quando entrei pela porta da pensão, encontrei Lua aflita na recepção, olhando para o celular.

–O que foi Lua? Aconteceu alguma coisa?
–Aconteceu, Tom!
–E...
–Que Louise tomou alguns remédios de tarja preta e desmaiou, Julia entrou no quarto pra conversar com ela, e a viu caída. Ela foi pro hospital e não está nada bem.
–Qual hospital, Lua, qual? – eu disse já alterado.
– Lá para o Hufeland Krankenhaus!
–Onde fica isso?
– Na Karower Straße.
Valeu.

Fui correndo pegar um táxi para o hospital. Cheguei lá pouco tempo depois, encontrando Bill na porta do hospital fumando.

– Bill, eu...
–Tom, não tem desculpa. Olha o que você fez! Louise ta em coma, é sério, eu tenho muita raiva de você por isso, mas você é meu irmão, eu te amo, não entra, ninguém quer ver sua cara lá dentro. Vá embora antes que eu faça um estrago na sua cara!
–Olha Bill, foi mal, mas eu preciso entrar. – dei as costas para meu irmão e insisti em entrar, ele não veio atrás de mim, devia estar cansado fisicamente e mentalmente. Perguntei para a recepcionista sobre Louise, ela não liberou informação alguma, então entrei sem permissão pelo hospital, próximo a entrada UTI, vejo Patty sentada alimentando Will e Julia parada olhando pela janela. Me aproximei dela, e o toquei seus ombros, Patty mal notou minha presença também.
–Tom, como você teve coragem de vir aqui?
–Você e a Louise tem todo o direito de me odiarem agora. Vim para ver como ela está, e principalmente, você.
–Deixa de ser ridículo, Tom, quanta hipocrisia. Desaparece!

Postado por: Grasiele

Maybe Tomorrow - Capítulo 14 - Rolling in the deep


Louise’s POV


–É melhor você voltar pro seu quarto, a Julia deve chegar.
–Ela ainda vai demorar. Eu posso te encontrar amanhã de novo aqui?
–E minha prima?
–Não vamos falar disso agora, vamos pensar em nós dois.
–Tudo bem. – ele me deu um último beijo antes de vestir sua roupa e sair do quarto.

Fui para o chuveiro e liguei a água bem quente, não deveria, pois faz mal a minha pele e eu preciso dela para trabalhar, mas o momento pedia. Pensei no que havia acabado de acontecer. Não sei o que me acontece no momento, parece que toda minha sanidade vai embora quando ele chega perto de mim. Eu não deveria ter feito de novo. Errar é humano, persistir no erro é burrice. Eu estava sendo o ser mais burro do planeta. Quem eu quero enganar? Eu sei que ele me usa, e não sei porquê insisto em pensar que ele realmente gosta de mim. Não me perdoei por ter caído nos braços dele novamente. Encostei-me na parede e fui perdendo as forças, fui escorregando até me sentar no chão e chorar. Chorar não é solução, mas espanta as mágoas. No meu caso não espantaria, mas eu precisava colocar aquilo tudo pra fora.

Saí do banho e me joguei na cama, não quis comer, não queria fazer nada, só queria continuar ali, semeando a minha dor. Até quando, meu Deus, até quando?
A porta se abriu e Julia estava ali sorridente com um prato de ‘Froot Loops’* e um pouco de leite.

–Trouxe pra você. Ah Lou, você tem me preocupado muito. Antes nós conversávamos e nos divertíamos como não tivesse amanhã. Se lembra quando a gente foi à um jogo de futebol do Klaus lá em Bingen mesmo e ficamos com um amigo dele no mesmo dia!?
–Aquele dia foi super engraçado, depois ele ficou todo puto. Sinto muitas saudades da minha mãe e do meu irmão.
–Por que você não vai lá e passa uma semana com eles?
–Não dá, depois desse contrato com a Ford, não faço mais nada da minha vida a não ser fotos e desfiles, eles estão querendo me mandar pra Paris para um concurso da Wella. Mas eu não quero ir. Não tenho mais vontade nenhuma de nada.
–Acho que você ta em depressão. Por que não conversa com Patty? Ela fala com seu pai e...
–Não Ju, não quero preocupar ninguém. – disse interrompendo Julia. – Aliás, a Patty ta cada dia mais louca e segundo os médicos, William vai nascer semana que vem, então não quero!
–Tudo bem, quando você se sentir melhor, me chame pra conversar, eu só não quero ver minha melhor amiga assim, você sabe que eu te amo e quero seu melhor. – Julia disse arrancando meu coração. Eu queria que ela me odiasse, mas nunca vai conseguir, tem um coração enorme.
–Eu também te amo. – e a abracei.


Julia’s POV



Três meses depois:


O clima nesta casa está estranho, parece carregado, isto tudo me preocupa. Bill parece sempre triste, cabisbaixo, claro, ainda fala alto, é agitado, um pouco egoísta mas isso é da personalidade dele, sempre vai ser assim, independente do humor. Já Tom é o mesmo de sempre, sempre jogando piadinhas, sarcástico, não tanto quanto eu, mais ainda sarcástico e gentil, muito gentil, isso acaba me irritando ás vezes, pois parece que ele anda aprontando, mas essa gentileza dele, essa facilidade de levar as pessoas na conversa dele, me cega e não consigo ver além. Eu sei que isso acontece, tenho consciência, mas o amor, é o sentimento mais idiota que existe, eu reconheço que depois que conheci Tom, fiquei muito mais boba. Qualquer gesto mínimo dele me deixa com ar de apaixonada. São pequenas coisas como: me pegar na faculdade e olhar feio para os meninos que conversam comigo; falar com as minhas amigas o quanto ele é sortudo por ter alguém como eu ao seu lado; escrever cartas e pedir pra eu não mostrar nunca para ninguém já que ele não quer deixar sua fama de durão; me entregar bombom na faculdade no dia dos namorados; mandar fazer pra mim um ornitorrinco de pelúcia no meu aniversário, já que este é meu animal favorito e nunca se encontra nada de pelúcia dele. Todas essas coisas me provam que ele gosta de mim, mesmo desconfiando um pouco dele.

Louise anda a mesma coisa, não fala com ninguém, chega em casa à noite depois do trabalho, passa o fim de semana fora e quando vai pra casa volta bêbada e dorme o dia seguinte inteiro, está mais magra que o normal e não conversa mais com Bill como antes. Eu os via todos os dias na beira da piscina e hoje em dia é raro eu os ver conversando até dentro de casa. Bill me disse que não aconteceu nada e só desconfia que Louise está em depressão.


Era uma terça feira à noite, eu estava me preparando pra dormir depois de uma cansativa aula de laboratório. Eu amava a faculdade, amava o que estudava, mas era tudo muito cansativo. Na noite anterior eu havia virado a noite estudando para a prova de biofísica e fazendo trabalho de artrópodes. Eu estava cansada e fui dormir cedo. Tom dormia no mesmo quarto que eu e dividíamos uma cama de casal. Patty no início foi contra, mas ela admitiu pra ela mesmo que já namorávamos há muito tempo e mesmo que ela nos impedisse faríamos ‘coisas de adulto’, como ela dizia, então ela liberou o quarto juntos. Tom adorou, no início ele achava que a vida era sexo, mas depois ele acabou se acostumando com a minha rotina de ter que estudar de madrugada, já que minha faculdade era integral.

Era umas três da manhã e eu jurava que nada me acordaria, meu sono foi sempre muito pesado, porém o choro de William desesperado por leite, mesmo sendo alimentado o dia todo, me acordou. Eu praguejei até a quinta geração de qualquer um mas depois me lembrei que Will tinha um pouco mais que dois meses, então aproveitei para beber água e finalmente o choro dele cessou.

Fui até o mini frezer que tinha no final do corredor e ouvi alguns gemidos, alguns agudos provavelmente vindo de Louise e outros mais graves, parecendo familiares. Não devia ser de Bill, mesmo ele sendo escandaloso, ele teria cautela, mas para me certificar, fui ao quarto dele, abri a porta devagar e vi o mesmo em sono profundo, voltei ao meu quarto e me dei conta de que Tom não estava dormindo. Quando acordo, fico meio lesada, logo demoro um pouco a raciocinar as coisas. Pensei em voltar a dormir, mas minha curiosidade falou mais alto. E se fosse Tom no quarto de Louise? Não era, claro que não. Louise nunca faria isso comigo. Ainda sou curiosa, preciso me certificar que isso é apenas um engano.

Voltei ao final do corredor e ouvi um gemido de Louise e o nome de Tom saindo da boca dela. Aquilo era apenas uma piadinha de mal gosto. Ou um pesadelo. Abri a porta de fininho, e por mais estranho que fosse, ela não estava trancada e vi o que mais temi naqueles últimos minutos: Tom estava beijando Louise, e não apenas beijando. Os dois estavam transando.

Postado por: Grasiele

Maybe Tomorrow - Capítulo 13 - Don't go away


–Que merda, Tom! E agora? O que eu faço? Você é meu irmão e Julia minha amiga! – Bill disse descontrolado.
–Bill não faça nada que me prejudique, por favor!
–Te prejudique, Tom? E a Julia, você nunca pensou nos sentimentos dela, vocês não estão juntos há um mês. Você a conhece, você sabe o quanto pode ser direto com ela. Se você não a ama mais é simples, só chegar e falar. Agora trair? Por que?
–Eu preciso ficar sozinha. – Louise saiu correndo em direção ao quarto dela.

Ficamos eu e Bill ali por um tempo, eu não conseguia dizer nada. Sabia que algum dia alguém acabaria descobrindo e por sorte, ou nem tanta assim, quem descobriu foi Bill que estava inquieto andando de um lado para o outro. Os outros desceram e eu não sabia o que dizer à Julia que provavelmente perceberia. Alguns minutos depois, desceram com o som desligado, já que não conseguiam mexer naquilo.

–Ué, Tom, cadê o a Lou? Só ela sabe ligar aquela parafernália toda lá em cima.
–Ela recebeu uma ligação de alguém chamado Phillip e pareceu estressada, daí disse que estava com dor de cabeça e subiu para o quarto. Pediu para que a deixasse sozinha também. Bill também estava aqui comigo e viu tudo.
–Estranho, estávamos tão bem. Deve ser algum problema no trabalho. – Julia disse pensativa enquanto Lua me olhava desconfiada.

Continuamos ao lado de fora tomando cervejas e conversando. Eu e Georg sempre descontraindo.

Bill’s POV

Esperei todo o pessoal começar a se entreter novamente e saí de fininho. Louise me preocupava, eu já sabia que ela era apaixonada por Tom, as coisas que ela falava, a forma que olhava meu irmão; e ele com certeza estava com Louise por puro passatempo, já que ele realmente gostava da Julia. Subi as escadas e fui até o quarto de Louise, não bati na porta, ela ainda estava usando biquíni e um short, deitada em sua cama com o rosto no travesseiro tentando abafar seus soluços.

–Lou, não precisa ficar assim.
–Bill, eu não sei mais o que eu faço. Eu tô ficando louca, eu tento de tudo para evitar seu irmão, mas não dá, é mais forte que eu. Eu to traindo minha prima, minha melhor amiga. Mas não é simplesmente uma atração. O que eu sinto por Tom é muito maior. Dói tanto, por que tem que ser assim? Eu não agüento mais! Eu não quero mais trair minha prima! Por favor, me ajuda. – disse chorando desesperadamente. Deu para sentir que ela estava sendo sincera, que ela não queria. – Cada vez que vejo Tom e Julia juntos, eu tenho vontade de morrer, dói meu coração, não só porque eles estão juntos, mas também pelas coisas serem assim. Eu sempre tenho que ir pelo caminho errado. E estou me enrolando cada vez mais com as minhas mentiras. Desculpa não ter falado isso antes, eu não imaginei que você descobriria desta forma.
–Imagina se fosse Julia no meu lugar?
–Nem pense nisso. E eu só estava conversando com Tom, ele me puxou, você sabe, a carne é fraca. – disse me olhando com seus olhos azuis brilhantes e mais bonitos ainda por causa das lágrimas. – Bill, me dá um abraço.
–Até dois. – eu disse sorrindo.
–Deixa só eu te fazer uma pergunta: quando você começou a ficar com Tom? – Ela me explicou toda a história desde o início. A cada frase que ela falava, minha vontade de socar Tom era maior. Claro, eu não o agrediria nem nada, isso bem ou mal era problema dele com elas e eu não podia me meter. Ver Louise daquela forma acabava comigo. Ela era linda, nunca havia visto nada parecido, só talvez as mulheres da televisão, mas ela tinha uma beleza natural e era uma ótima pessoa, no entanto estava descontrolada.
–E vocês ainda ficam?
–Não, ele tentou me convencer de nos encontrarmos uma vez por semana na pensão da Lua, já que ela sabe, mas eu não aceitei. Eu não sou mau caráter como seu irmão.
–Que absurdo! Então, eu não sou o único a saber.
–Pois é, mas ela é contra. Não conversamos muito, afinal, ela é amiga do Tom, e sabe que ele não vale nem um euro.
–Eu to perplexo com toda essa situação. Não imaginei que fosse assim, não sabia que era tão intenso.


Louise’s POV

Passado alguns dias do acontecido com Tom, eu me sentia mais aliviada, finalmente desabafei com alguém, e não havia alguém melhor que Bill, ele me ouvia, me compreendia e entendia meu lado, via que eu não era a vilã da história, eu só era mais uma vítima de Tom Kaulitz. Ele parecia entender minha dor.

Eu havia acabado de chegar de uma sessão de fotos em uma cidade pequena perto de Berlim, era durante o dia e não demorou muito, só precisava tirar três fotos para uma loja daquela cidade mesmo. Antes da 7 da noite eu já estava em casa. Julia ainda estava na faculdade, Patty estava sentada na sala e fui para meu quarto afim de tomar um banho pra tirar toda a maquiagem e o laquê do meu cabelo. Liguei a banheira e sentei na minha cama tirando meus sapatos. Até que ouço alguém bater na porta. Fui abrir e para minha surpresa era Tom, ele me ignorava desde o dia que Bill nos viu juntos.

–Eu preciso conversar com você.
–Acho que não temos nada pra conversar né, Tom. O que aconteceu, nós sabemos que foi errado e nós também sabemos que você está somente me usando. Você já sabe o que eu sinto por você e me faz de idiota. Eu não agüento mais. Me dói ver minha escolha errada mas eu sempre deixo a emoção tomar conta da razão e ajo como uma idiota, sempre servindo como seu parquinho de diversões.
–Eu não vejo por esse lado. Por isso te chamei pra conversar. Você acredita que uma pessoa pode gostar de duas pessoas?
–Tom, será mesmo que isso é verdade? Você sabe que não sou só eu ou Julia. Você já pegou a metade das suas alunas, professoras da escola de música, nem todos os shows a Julia vai, e sinceramente, você acha que eu sei que as meninas não ficam como groupies atrás de você pra tirar uma foto e ganhar beijo ou sexo? Ah, Tom, não me faça de idiota.
–Você ta me cobrando algo que nem deveria cobrar.
–Pra que você veio aqui então?
–Você quer mesmo saber? – disse me olhando e passando a língua nos lábios. Ele segurou forte meu braço, aproximou nosso rosto, senti sua respiração perto da minha. Ele tirou minha franja que caia nos meus olhos e selou nossos lábios, seu beijo foi como todos, apesar de toda sua qualidade na cama, ele sabia dar beijos carinhosos. Passei minha mão entre seu pescoço e aprofundei o beijo. Estávamos em perfeita sincronia. Tranquei a porta do meu quarto e ele foi em direção a mim. Continuamos nos beijando até que senti seus beijos no meu pescoço e desabotoou meu vestido, me deixando semi nua. Foi descendo seus beijos até meus seios. Mas não foi como das outras vezes, ele me olhava com paixão. Deitou-me na cama e beijou meus seios, alternando entre leve chupões. Eles já estavam rígidos e eu ofegava em seu ouvido. Tom ia ficando mais excitado em cada gemido baixo que eu dava. Ele ficou algum tempo ali até descer um pouco seus beijos até minha barriga. Depois subiu de novo e voltamos a nós beijar, porém, suas mãos fizeram outro percurso, indo até minha intimidade, ele estimulou minha parte mais sensível, com seus dedos e depois desceu seus beijos até o interior da minha coxa. Quando senti sua língua fazer os movimentos que me faziam gemer um pouco mais alto. Tive meu primeiro ápice ali, em sua boca, Tom sorriu, tirou sua roupa, colocou um preservativo. Antes de me penetrar disse:

–Hoje eu quero te levar ao céu, como pedido de desculpas, hoje é o seu dia de sentir prazer. Quero que você chame meu nome quando estiver gozando, é a única coisa que quero.
–Você me leva ao céu, até com um olhar, Tom. A única pessoa que me faz querer viver e morrer ao mesmo tempo, Tom, é você.

Assim, ele me penetrou devagar e aumentando o rítimo. Depois do meu terceiro orgasmo, ele chegou também ao ápice dele. Caindo suado sobre mim. Mal conseguia levantar, me lembrei que a água da banheira deveria estar fria, já que ela tinha um sensor que a fazia desligar em certo ponto.

Postado por: Grasiele

Maybe Tomorrow - Capítulo 12 - Forget you


Tom’s POV

Tudo estava indo bem, na medida do possível, Bill estava morando comigo e Julia na casa de Louise, eu não sabia mais o que fazer, Louise estava me deixando louco, ela me provocava, mas não fazia nada para que algo acontecesse, só via que ela não estava bem, passava o tempo todo trancada no quarto, já a vi chorar algumas vezes e simplesmente não sei o que fazer. As olhadas que ela me dava era algo fora do comum que me deixava animado instantaneamente.

Julia estava na faculdade eu havia acordado cedo, normalmente eu vou pro estúdio ensaiar umas 6 da tarde e temos show quase todo fim de semana, tocamos músicas próprias e covers. Desci as escadas para tomar café da manhã, o pai de Louise já havia saído para trabalhar e Paty estava dormindo, sua barriga estava imensa, ela passava cada vez mais cansada, chorando como criança e comendo besteiras. Não quero ter mulher grávida na minha vida. Mas apesar de tudo ela é engraçada e sempre conversamos na sala assistindo desenhos durante à tarde.

Sentei-me a mesa e Louise estava lá, tentando comer uma maçã. Ela parecia estar mais magra. Aquela menina feliz, não existia mais, e eu era parcialmente culpado, mas não poderia fazer nada, afinal, é impossível beijar, conviver e principalmente transar com Tom Kaulitz sem se apaixonar, eu causo esse efeito.

–Bom dia, Louise.
–Bom dia, Tom. – disse já se retirando.
–Só está indo embora porque eu cheguei. O que está acontecendo?
–Não seja cínico, Tom. Você acha muito fácil conviver com o cara que te seduziu, disse o quanto você é linda, o quanto é difícil ficar perto de você sem te beijar sabendo que ele é o namorado da sua melhor amiga e prima? Não é fácil pra mim, Tom. E quer saber: eu não sei o porquê de a cada dia que passa eu estar mais apaixonada por você, sinceramente, não sei. Tem sido difícil conviver com esse sentimento.
–Desculpa.
–Se desculpas acabasse com a minha dor, eu estaria muito feliz.
–O que posso fazer pra você não sentir mais essa dor?
–Vá embora.
–Eu não consigo. Por mais que seja estranho, eu não consigo ficar um dia sem olhar para você, seu rosto, seu corpo. – fui andando em direção à ela, a cada passo que dava para frente, ela dava um pra trás, tentando se afastar. Algo me dizia para eu não fazer isso, mas por outro lado, Louise me deixava louco só com seu olhar.

Louise se esquivou de mim e só a vi, subindo as escadas e saindo de casa 10 minutos depois, sem aparecer o resto do dia. Os dias eram sempre assim, só via Louise no café. Passei a acordar cedo para vê-la e à noite, ela sempre ficava conversando com Bill próximos à piscina. Os dois estavam se tornando amigos. No fundo, eu tinha medo de Louise se abrir com Bill e contar das coisas que aconteceram, mas ela não contaria. Ela também era culpada, de alguma forma, ela era.

Num final de semana qualquer, Paty e o pai de Louise foram a um evento em Frankfurt e passariam o fim de semana fora. Louise e Julia resolveram marcar um churrasco. Chamou Georg, Gustav, Lua e mais um amigo dela. A festa estava agradável, para mim principalmente, pois além de ter a visão de Julia e Louise de biquine, o amigo de Louise dava em cima do Bill descaradamente, e é claro, que não deixaria de rir do fato e ainda zoar Bill pelo resto do mês.

–Vamos jogar futebol? – Gustav deu a idéia.
–Gustav, eu não gosto de futebol.
–Ninguém aqui além de mim gosta, seria engraçado. Meninas contra meninos!
–Ah claro, três meninas contra 5 meninos.

Mesmo eu achando aquilo um grande saco, foi mais divertido que imaginei, todos bêbados tirando Lua, caindo, pisando na bola, enfim um grande desastre. Julia deu a idéia que fossemos para o salão de festa e ligar o equipamento de som. Quase todos foram sem hesitar, sobrando apenas eu pegando mais cerveja e Louise sentada na quadra cansada de tanto correr. Acendi um cigarro e me sentei com ela que havia acabado de acender um também.

–Que nojo, Tom, você fuma Malboro vermelho, sabe que vai morrer antes, né?
–Não necessariamente, olha esse seu Lucky Strike branco, que grande porcaria, parece estar fumando vento. Se quer fumar, fume o mais forte, de macho, é mais prático, vai morrer de qualquer jeito.
–Nossa, Tom, que filosofia horrorosa de vida. – disse olhando para mim e dando uma gargalhada contagiosa, logo depois vindo um silêncio constrangedor. Mas não dei tempo para que isso se prolongasse, dei um beijo em Louise. Não foi calmo, foi rápido, nós dois queríamos isso fazia tempos, mas não consumávamos por respeito a Julia, porém a vontade falou mais alto. Nos levantamos ainda nos beijando e a coloquei entre a grade da quadra que estávamos. Beijávamos com muita intensidade, sem pudor algum, minha mão escorregando pelo corpo magro dela, a fazia gemer baixo e pedir por mais. Minhas mãos estavam quase abrindo o fecho da parte de cima do seu biquíni, porém uma voz nos fez desvencilhar um do outro e nos olhamos tensamente.

–Tom, Louise, o que foi isso que eu acabei de ver?

Postado por: Grasiele

Maybe Tomorrow - Capítulo 11 - Half (or end) way


No fim das contas, Tom e Júlia ficaram hospedados na casa de Louise, os outros ficaram na pensão dos pais de Lua. Viam-se todos os dias, sempre se encontravam na casa de Louise ou na pensão. Ficaram amigos de forma instantânea.

O dilema de Tom continuava. Mal olhava para Julia e era dominado por sentimento de culpa. O mesmo acontecia ao olhar pra Louise. Ela não deu indícios de que tiveram um caso ou de que contaria algo pra Julia.
Sem saber o que fazer, ele foi pedir ajuda para a única mente feminina que sobrava:

–Se eu tivesse no seu lugar, também não saberia o que fazer – disse Lua, certa tarde quando ele foi visitá-la. Ela já estava se tornando uma confidente dele, como se ela o entendesse (ou não) de um jeito que Bill não entendia, o que era impossível – Seria bom você contar pra Ju e pedir desculpas.
–De novo? Aí ela termina comigo de uma vez! – diz Tom exasperado. Ele estava arrependido, e como!
–Como assim “de novo”? Ah não! – Lua percebeu e passou a mão pelos longos cabelos – Você já a traiu antes?
–Já – disse Tom, corado.
–Meu Deus! – Lua cruzou os braços enquanto Tom brincava com a toalha da mesa da cozinha em que estavam – Você é um idiota! Seu imbecil!
–A Louise que me agarrou! – diz ele, tentando justificar.
–Ah,claro! E você agarrou as outras.
–Sim, mas eu amo a Julia!
–Não ama.
–Amo sim. Não diga isso, você não sabe como é nosso namoro! – retruca Tom olhando a morena.
–Não sei mesmo. – Lua deu de ombros – Se você a amasse, jamais a trairia. Tenho pena dela.
–Eu estou arrependido – diz Tom – Eu agradeceria se me desse uma luz pra consertar isso.
–Não tem conserto – diz Lua, erguendo as sobrancelhas – Se está arrependido, diga a ela.
–Não.
–NÃO? COMO ASSIM, NÃO?
–SHIIU! Fala baixo, Lua – Tom olha pros lados, mas não tem ninguém.
–Você não vai contar a ela?
–Não. Não posso.
–E quanto a Louise?
–Se você não contar...
–SEU IMBECIL! Não sou fofoqueira, mas isso já é demais. Você trai a Julia e faz a prima dela de amante! Puta merda, você é um idiota.
–Não precisa xingar! – Tom, se finge de ofendido.
–Eu achava que você contaria pra ela e ela desculparia, mas pelo visto você gosta de magoar a Julia.
–Não quero machucar a Julia – Tom fica meio irritado.
–Mentiroso!
–Acha que eu namoro a Julia pra magoá-la? –Tom se levanta, ficando mais bravo. Lua não se intimidou.
–A não ser que ambos concordem em ter relacionamento aberto, ficar com outra pessoa enquanto namora é traição.
–Mas a Julia não vai saber... Se você não contar. E preciso da sua ajuda.
–Pra que? – pergunta Lua, confusa com a mudança de tema.
–Não posso pegar a Louise lá, né?
–SEU IMBECIL, IDIOTA, FILHO DA MÃE, SAI DAQUI! TÁ PENSANDO QUE ISSO AQUI É O QUE, SEU MERDA! QUEM VOCÊ PENSA QUE EU SOU?

Lua se levantou e apontou para a porta enquanto gritava.

–Não precisa humilhar – disse Tom, pegando suas coisas.
–O que é isso? – disse uma voz.

Georg chegou correndo e ficou meio chocado com a cena. Tom com os braços protegendo o rosto enquanto Lua socava cada pedaço dele.

–Ela é doida, Georg.
–Cale a boca, seu mentiroso de araque!Georg, leve seu amigo daqui e que ele jamais pise aqui, nem um fio de cabelo dele entra aqui. Se quiser achar um motel, tem vários, mas não é aqui.
–Mas o que...?

Antes que Georg pudesse perguntar, Lua enfim põe Tom na rua e fecha a porta da pensão. Soltando fogo pelo nariz, ela sai da cozinha sem falar com o rapaz.

A tarde passou normalmente. Como era sexta, combinaram de sair à noite, todos juntos para um bar perto da faculdade de Julia. Se encontrariam às nove.

–Você já esteve nesse bar, Lou? – pergunta Julia, enquanto as duas se arrumavam.
–Já – responde ela – É bem legal, tem comida gostosa, mesas, cadeiras, álcool, tudo.
–Legal – disse Julia.

Pouco depois, as duas desceram. Bill e Tom as esperavam.

–Tá linda, amor – elogiou Tom, sem deixar de reparar em Louise. Vestido azul curto, costas nuas, justo e sandália alta. Julia usava uma calça jeans clara e blusa vermelha e sandália alta.

Eles saíram em direção à pensão. Já estavam todos lá.

–Oi – cumprimentou Julia, sorridente.
–Oi,Julia – respondeu Gustav dando beijinhos no rosto. O mesmo e passou com Georg e Lua.
–E aí, pessoas? – diz Tom.
–Fala, qual é a boa? – pergunta Georg depois de cumprimentar Louise.
–Você é a dona da pensão, não é? – indaga Louise ao olhar Lua.
–Esteve lá em casa quando Tom chegou. – responde Julia, sorrindo.
–É – Lua confirma com a cabeça.
–Como está?
–Indo.
–Muito movimento na pensão? – pergunta Tom. Lua se vira para os outros.
–Vamos entrar?

Todos concordam. A música já estava alta, vinda de um aparelho conduzido por DJ. Eles se sentaram numa das mesas.

–Não fala comigo mais não?
–Está gostando de Berlin, Julia? – pergunta Lua.
–Ah, estou. É muito bonita, estou louca pra visitar tudo, ainda não consegui, a faculdade ta acabando com o meu tempo.
–Que bom. Vou pegar uma coca, volto já – disse Lua e saiu da mesa. Foi até o balcão e fez o pedido.
–É falta de educação não responder as pessoas. – diz alguém atrás dela.
–Desculpe, eu não te... – Lua fala enquanto se vira e se percebe que é Tom. Ela se volta novamente para o bar.
–O que foi agora? – pergunta Tom, se sentando do lado dela. Lua não responde. O refrigerante dela chega e Lua volta pra mesa.
–Acha que devemos fazer os pedidos? – pergunta Georg quando ela se senta.
–Pode ser – diz ela, dando de ombros.
–Por que está me ignorando? – pergunta Tom, baixo.
–Eu também quero saber, Lua – concordou Bill – O que o Tom fez?
–Pergunte a ele.

Bill se virou pra Tom.

–O que diabos você fez?
–Eu não fiz nada!

Bill não acreditou.

–Tem certeza? Você deve ter feito algo muito grave.
–Não fiz nada, tá? – disse Tom e nessa hora os pedidos chegaram. Comeram em silêncio enquanto o Dj continuava a tocar.
–O que deu na Lua pra ignorar você? – pergunta Julia.
–Não sei – e Tom se sentiu meio culpado por mentir (de novo) pra namorada. Eles terminaram de comer alguns minutos depois.

Eles terminaram de comer e foram para a pequena pista de dança que tinha no local. Dançavam animados, já que o Dj tocava boas músicas.
Certo momento, o DJ tocou Meet Me Halfway,dos Black Eyed Peas. Isso deu uma idéia pra Georg. Ele procurou por Lua pela pista, mas ela estava próxima do grupo, dançando animadamente. Sorrateiramente, ele se aproximou, a abraçou pelas costas e sussurrou.

–Can you meet me half way?

Ela se virou e tomou um susto ao vê-lo.

–Que susto – disse ela, desviando os olhos – Respondendo sua pergunta: eu até posso,mas no meio de que caminho?

Ele se aproximou dela novamente.

–Na verdade, seria no fim do caminho?...
–De que caminho?

Em vez de responder, Georg a beijou. Ela ficou surpresa, mas logo ela o abraçou e correspondeu.
Ficaram juntos na maior parte da noite, até que Lua fala algo sobre estar com sede e vai até o bar. Pede uma cerveja preta – milagre! – e sai pro jardim.
Tinha alguns casais lá quando Lua chegou. Desviou os olhos deles e se encostou a uma pilastra. Ficou observando a madrugada e o céu muito negro.

–Por que diabos você tá e ignorando?

Ela se vira, estranhando o tom da voz, mas volta a observar a madrugada quando vê que Tom estava chegando.

–Você vai me dizer agora por que não está falando comigo.

Lua o ignorou. Ela ia se virar pra sair, mas ele a pegou pelo braço.

–O que é? – pergunta ela, soltando o braço.
–Me fala: está sem falar comigo por quê? Você é minha melhor amiga, não pode deixar de falar comigo assim.

Lua ficou surpresa quando ele disse isso.

–Eu sou mesmo sua melhor amiga? – perguntou.
–É sim – respondeu Tom meio envergonhado.
–Que fofo - disse Lua.
–Me diga cara, por que não fala comigo?
–Quem você pensa que é pra achar que minha pensão é motel? Lembra da nossa primeira conversa?
–“A pensão é um lugar de respeito” – entoou ele – Lembro, sim.
–Então – Lua se se encostou à pilastra e cruzou os braços.
–Desculpa, tá? – diz ele, olhando nos olhos.
–Tá. Estamos amigos de novo.
–Não só minha amiga, você é minha melhor amiga – diz Tom, sorrindo – Minha amiga mais gata.

Lua riu.

–De bem mesmo? – perguntou Tom.
–Sim – responde Lua, sorrindo – Nem quero ver no que seu triângulo vai dar. Você vai ser fu...
–Valeu – interrompe ele, erguendo os olhos pro teto – E que milagre é esse de você beber?
–Nenhum. E será só essa garrafa!
–Tem certeza?
–Sim. Não sou você.
–Eu também te adoro, você é um amor. – disse ele. Ela riu enquanto voltavam pra festa.
–O Bill não precisa agüentar o fardo de por juízo na sua cabeça de cima sozinho – disse Lua quando estavam perto do grupo. Ele riu.
–Onde estavam? – perguntou Georg ao vê-los.
–Vejo que fizeram as pazes, hein? – constata Bill.
–Fizemos, né – diz Lua.

Eles sentaram de novo na mesma mesa e ficaram conversando o resto da madrugada. O dia seguinte era sábado mesmo! Ops, seria domingo, já que o sábado começara.

Postado por: Grasiele

Maybe Tomorrow - Capítulo 10 - This is war


Tom’s POV

Sentei na minha cama e não consegui dormir naquela noite, Julia me ligou mas não conseguiria falar com ela então não atendi . No dia seguinte fui trabalhar morto de cansaço e as semanas se passavam assim, não saía. À noite abria minha janela e fumava minha “marijuana” sem me preocupar com nada. Em uma dessas noites bateram em minha porta, como eu sabia que era Lua mandei entrar.

–Tom, não acredito! Que cheiro de maconha é esse?
–Nada não, Lua.
–Além de galinha e inconseqüente é drogado também?
–Para de ficar me julgando, você nem me conhece.
–Não conheço mesmo, na hora de contar seus podres você ta lá, me falando tudo e eu simplesmente ouço e tento te ajudar. Não conte comigo pra mais nenhuma burrada, quero que você se ferre sozinho! Eu só vim aqui tem avisar que tem um tal de Bill lá embaixo com mais dois garotos, seu estúpido.
–Bill! – desci rápido as escadas deixando Lua lá dentro, fui rude com ela, mas tem coisas que não gosto de ouvir.

Cheguei lá e dei um abraço no meu irmão, depois cumprimentei meus amigos com um aperto de mão. Queria contar sobre Louise para Bill, mas não tive coragem. Não sabia se Bill ia me apoiar ou contar tudo para Julia.

–Vou providenciar um quarto para vocês, um minuto.
–Pode me colocar no quarto com Bill e Georg no quarto do Gustav.
–Então... é Bill Kaulitz. O que deseja fazer?
–Ué, pode ser ficar no quarto do meu irmão como ele já disse.
–Me desculpe, eu não ouço gente estúpida.
–Ah sim. – Bill falou meio sem graça.
–Ah Lua, me desculpa, vai. Não foi minha intenção falar daquele jeito.
–Você Tom, tem que aprender a ouvir mais as pessoas.
–Ih Tom já ta levando fumo. – brincou Georg olhando nos olhos de Lua e ela sorriu sem jeito.

Tom, Bill, Gustav e Georg, resolveram sair, ir à um barzinho para distrair um pouco e resolver assuntos da banda. Já que Tom tinha que ser desculpar com Lua, a levou. Ela e Georg desde que se viram pela primeira vez, trocavam olhares, mas cada um no seu canto. Sem conversar muito.
Passadas três semanas, a banda já estava ensaiando no estúdio da escola em que Tom dava aula e já tinham marcado show no mesmo barzinho que foram no primeiro dia.

Numa sexta pela manhã, os três tomavam café e conversavam, enquanto Lua e Georg ficavam cada dia mais próximos. Até que o sino toca e Lua vai à recepção atender algum novo cliente que chegava ou era simplesmente o carteiro.

–Pois não.
–Estou procurando por Tom Kaulitz.
– Ah sim, claro. Vou chamá-lo. Qual é seu nome?
–Desculpa, esqueci de me apresentar, sou Julia, Julia Muller.
–Namorada dele?
–Sim!
–Prazer, ele me falou bastante de você.

Julia’s POV

Meu coração palpitou quando Tom apareceu ali, mais de um mês sem ver o homem da minha vida, eu já estava ficando louca, finalmente estávamos juntos de novo e nada nos separaria. Fomos até onde os meninos tomavam café e me sentei com eles. Começamos a conversar e conheci Lua, era bem simpática e estava caída por Georg, pude perceber a troca de olhares entre os dois. Todos subiram e eu continuei ali com Tom, precisava conversar com ele.

–Amor, eu preciso saber de uma coisa, você vai morar comigo na minha prima?
–Sim, lembra que te prometi?
–É, mas olha, não tenho como fazer com que os meninos morem lá, você sabe, a gente já ta morando de favor. Minha prima já me ligou duas vezes, acho melhor irmos pra lá. Você quer ir pra conhecer ou já vai levar suas coisas direto? As minhas estão aqui e vamos de táxi.
–Sim, eu vou de uma vez.

Tom demorou uma hora para arrumar as coisas e adiou o ensaio, pagou quinze dias que ficara a mais lá e descemos, aproveitei e levei Bill, Georg, Gustav e Lua, que resolveu tirar o dia de folga. Já que a pensão era dela e de sua mãe que morava em Munique, enquanto Elfriede que ficava na cozinha, podia tomar conta nos finais de semana, pelo que ela disse. Pegamos o táxi e por sorte o taxista deixou nos seis irmos no carro.

Tom’s POV

Chegamos à casa da prima de Julia, e a empregada nos recebeu na sala. Enquanto esperávamos a prima dela descer fiquei observando o local, me lembrava que Louise morava pelo bairro, mas nunca cheguei a reparar a casa dela, já que na maior parte do tempo, eu estava hipnotizado e/ou transtornado, eu estava de costas observando o piano de cauda que havia na casa, seria ali onde faria muitas composições e Bill tenho certeza que pensava o mesmo.

–Ju, minha linda, que saudades! – ao ouvir aquela voz gelei, não poderia ser.
–Tom essa é minha prima Louise!

Me virei e congelei, minha visão embaçou mas mantive minha postura, observei Lua que estava tão estática quanto eu, eu tremia mas tive que disfarçar, não podia ser a mesma Louise.

–Olá, Tom Kaulitz.
–Louise Müller – disse apertando minha mão e olhos lacrimejando.
–Julia, fique à vontade, eu tenho que terminar de resolver algumas coisas da agência, já desço.
–Claro, você não me parece bem, quer conversar? – Nessa hora não sabia o que fazer, se fugia, contava toda a verdade ou apenas fingia que nada aconteceu.
–Não, tá tudo bem, só estou cansada mesmo. Papai e Paty estão em Dubai e nem sei quando voltam, Marlene vai mostrar os quartos à vocês. Paty achou melhor dormirem em quartos separados, se quiserem comer alguma coisa fiquem a vontade, afinal a casa é de vocês. E você menino alto do cabelo grande, pode tocar o piano, vi que você esta com vontade. – disse com uma voz baixa e forçando um sorriso.
–Nem apresentei meus amigos à você. São eles: Bill, Georg, Gustav e Lua.
–Sejam bem-vindos. – disse subindo as escadas.

Postado por: Grasiele

Maybe Tomorrow - Capítulo 9 - Closer to the edge


Cheguei na pensão as 10 da manhã, como era férias o café da manhã ainda estava na mesa. Lua estava sentada tomando seu café, me sentei ao lado dela. O que eu mais precisava era de um café forte para tirar Louise da minha cabeça.

–Muito bonita sua namorada, Tom. Não sabia que ela viria.
–Ela não é minha namorada.
–Eu sei que não é, aquela é Louise.
–Você a conhece?
–Não, mas ela é uma modelo famosa aqui em Berlim, acho que todos sabem quem é ela.
–Estou arrependido.
–Eu imagino.
–Não consegui me controlar, ela é linda e envolvente demais.
–Você tem que controlar seus extintos. Você é um cara lindo e você sabe disso, não é por isso que estou te agarrando.
–Bem que você queria.
–Não, não queria. Sei que você tem namorada e para mim isso é suficiente para não querer nada além de amizade com você.
–Eu tava brincando.
–Eu sei. – ela respondeu com um sorriso.
–Por que você falou da minha namorada se sabia que era Louise?
–Só joguei um verde.
–Você é esperta. Aliás, tem remédio para dor de cabeça?
–Ressaca, né? Não tenho. Tome um banho frio e vá dormir. Dê uma esfriada na cabeça, você tem fogo 24 horas por dia, nunca vi igual.
–Meu irmão sempre diz a mesma coisa: O Tom passa o dia excitado! Vou tomar um banho. – dei um beijo na cabeça dela e subi para meu quarto.


Passada duas semanas, finalmente consegui meu emprego, estava dando aulas de guitarra. Estava com Friedrich, um aluno de 9 anos de idade que me estressava porque não conseguia tocar direito, mas o pai, guitarrista de uma banda falida, queria que o filho tocasse de qualquer forma, mesmo o menino não tendo talento nenhum. Meu celular tocou e eu atendi enquanto o menino dedilhava uma tablatura qualquer que eu havia inventado. Era Louise, na mesma hora comecei a suar frio e tremer, ela deveria ter esquecido o que passamos, ela precisava esquecer, mas parece que foi o contrário. Marcamos de sair logo após meu expediente, marcamos de nos encontrar em um shopping, um dos maiores de Berlim.

–Tudo bem então, nos encontramos, mais tarde. Em frente ao Burger King da praça de alimentação da entrada K, até logo.

As seis da tarde, eu estava onde havíamos marcado e quinze minutos depois ela chegou, estava linda, minha vontade de beijá-la foi maior que meu arrependimento, mas não tentei, não precisei, já que ela tomou as rédeas e me beijou.

–Desculpe a ousadia, Tom.
–Você só fez o que eu queria ter feito.

Ficamos andando pelo shopping, ela segurava meu braço e me contava os planos dela, Louise era bastante sonhadora, não havia muita coisa a acrescentar na minha vida, acho que ela deveria se relacionar com algum modelo burro ou algum metrossexual, porque ela gostava de falar de moda. Apesar disso ela tinha algum poder inexplicável sobre mim, pois pela segunda vez parecia hipnotizado já que quando me vi, estava dentro do banheiro de deficientes com ela, e ela fazia sexo oral em mim enquanto eu mordia minha blusa xadrez para não gritar, não havia nada melhor que Louise na cama, isto era fato.

Saímos desesperados dali e fomos para a casa dela, de novo, dessa vez ela estava de carro e demoramos uns 40 minutos até a mansão dela. Fizemos novamente àquela rota da última vez, sala, escadas e quarto que ficava no final do corredor, nos beijando. Entramos no quarto e Louise me jogou na cama, tirou minha blusa e beijou todo meu peitoral enquanto me masturbava, eu estava à beira de um colapso com aquela mulher fazendo tudo o que eu precisava naquele momento, ela tinha uma língua mágica e viciante. Quando ela retirou meu membro de sua boca, tive meu primeiro orgasmo. Já estávamos completamente nus e ficamos em pé, enquanto Louise beijava meu pescoço, eu a fazia delirar com meus dedos.

De novo, me deparei com a realidade: eu estava na casa de uma estranha, tudo bem que já havíamos ficado, mas ainda era estranha.

–Desculpa, Louise, não posso.
–Agora que já estamos aqui, Tom?
–Não dá, olha, eu tenho namorada, e a amo, sei que isso é errado, então não posso!
–Por que nunca me contou?
–Nunca achei necessário. Você me atraiu de uma forma inexplicável, mas é só atração, nada demais.
–Depois de dois encontros, você vem me dizer que só quis me comer?
–Você que ta dizendo isso. Você deveria imaginar, acha o quê? Que somos almas gêmeas e você simplesmente ia me encontrar e eu ia me apaixonar por você?
–Eu achei que você poderia ser diferente, eu me apaixonei por você.
–Na verdade sou diferente, sou pior que os homens normais, eu não pedi pra você se apaixonar por mim, Louise, é sempre assim, 90% das mulheres que me beijam ou transam comigo, se apaixonam. Eu já estou acostumado, mas isso passa, não se preocupe, você é uma menina bonita, mas não adianta, além de não termos muito a ver, eu amo minha namorada. – senti meu rosto arder de leve com fraco tapa que levei e depois do tapa sorri, não havia muito o que fazer. Revidar? Não, não bato em mulher.
–Desapareça da minha vida, se me ver na rua, mude de calçada, pra mim você morreu, seu filho de uma puta, desgraçado. QUERO QUE VOCÊ MORRA! – depois do chilique, só coloquei minha roupa e voltei para a pensão, sem dor alguma na consciência. Julia é mais importante que uma qualquer que transei duas vezes.

Postado por: Grasiele

Maybe Tomorrow - Capítulo 8 - Far from never


Julia’s POV

Depois que Tom se resolveu com Bill, os dois passaram o resto da festa sentados com Andreas, Gustav e Georg conversando. Após algum tempo fomos embora pois no mesmo dia pela manhã Tom iría embora. Antes de irmos, ele passou em casa para se despedir da família e buscou Bill que foi para Hamburgo conosco. Fomos para Hamburgo, pois só havia ônibus para Berlim, saindo de lá. Passamos o pouco tempo que nos restava, até o ônibus partir, juntos.

Tom’s POV

Cheguei em Berlim, já era de madrugada, me senti sozinho, queria Julia ao meu lado me aquecendo com seu abraço reconfortante, em meio aos meus pensamentos, uma mensagem de celular me dispersou; era Julia: “Oi amor, já chegou? Te amo MUITO, não se esqueça.”
Meus olhos se encheram d’água, mas logo tratei de limpá-las e engolir o choro, afinal, Tom Kaulitz não chora. Peguei um táxi até a pensão que estava, minha sorte é que não era longe, pois pagaria uma fortuna. Ao chegar na pensão que parecia não estar conservada no lado de fora, porém do lado de dentro, o clima era aconchegante. A recepcionista foi me receber.

–Olá, bom dia!
–Bom dia, sou Tom Kaulitz, tenho reserva aqui para um mês.
–Sim, claro, está tudo certo, já. Seu padrasro já nos enviou o dinheiro.
–Sério? Não acredito! – disse com os olhos brilhando, teria mais dinheiro que o esperado.
–Bem, sou Lua, prazer. Alguma dúvida é só me chamar. – Lua era muito bonita, parecia ter seus 20 anos, simpática, morena, cabelos e olhos escuros, baixinha porém com um corpo... Aposto que Bill, Georg ou Gustav vai tentar pegá-la.

Fui para o quarto mas mal consegui dormir. Quando estava pegando no sono, alguém bateu na porta:

–Ai porra, são 8 da manhã! – Abri a porta, admito, sou grosseiro e não pretendo mudar.
–Desculpe, Tom. Só para avisar que o café da manhã é servido de 8 às 9 da manhã. Já são 8:30 e o pessoal da faculdade ta descendo, vai ser bom pra você conhecê-los. – disse Lua tentando não olhar para mim, já que estava vestindo somente uma boxer vermelha.
–Ah Lua, mais uma pergunta: Se eu quiser trazer alguém para passar o fim de semana comigo, dormindo aqui, tenho que pagar a mais?
–Sim, tem uma taxa. Espero que não traga muitas garotas, essa pensão ainda é um lugar de respeito.
–Eu sei, não pretendo trazer muitas, só uma: minha namorada.
–Que lindo, é difícil um garoto fiel hoje em dia!
–Pois é, estamos juntos a quase dois anos, o nome dela é Julia, mora em Magdeburg. Mas não fique triste, gata, eu tenho um irmão gêmeo!
–Palhaço! Desce logo pra tomar café! – disse em meio da gargalhada.

Desci para tomar café e encontrei alguns universitários, era sexta-feira e Lua me disse que era último dia de aula deles. Eles conversavam animados sobre alguma festa que o time de futebol estava organizando. Quando perceberam minha presença os garotos olharam estranho e as garotas sorriam, sendo modesto, admito que normalmente causo um efeito anormal nas garotas, talvez pela minha beleza. Logo Lua os chamou e me apresentou a todos que foram surpreendentemente bem receptivos.

–Fala aí, Tom. Sou Yann. O que te trouxe aqui?
–Vim atrás de uma gravadora. Tenho uma banda com meu irmão gêmeo e uns amigos, sou de Magdeburg.
–Bem-vindo, hoje temos uma festa do time de futebol que fechou uma boate e vamos todos, até a Lua vai. Quer ir com a gente? Nada melhor que uma festa para conhecer todo mundo!
, valeu, vou sim.

Fiquei conversando com o pessoal durante o café e depois fui atrás de uma escola de música que precisava de professor de guitarra, liguei para Ju e fiquei andando por Berlim, voltei quando o sol estava se pondo, já se passava das 8 da noite*. Dormi mais um pouco e depois fui me arrumar. Como o tempo estava quente, coloquei uma blusa branca, uma camisa xadrez por cima, Jeans, tênis e bandana branca. Desci e encontrei algumas pessoas que encontrei pela manhã lá. Sorri para as meninas e elas me ofereceram carona de carro.

Chegamos na boate, teve toda aquela burocracia para entrar, mas entrei. A boate era enorme, paredes espelhadas e muitas pessoa já dançavam. Fui direto para o bar com Lua. Escolhi uma bebida qualquer, passada algumas horas, eu continuava ali observando as pessoas, diga-se mulheres gostosas dançando. O bar estava lotado, mas havia bancos, senti alguém com um perfume deliciosamente perigoso sentando ao meu lado.

Hallo. – ela disse.
Hallo. – eu respondi meio abobado com tanta beleza em uma mulher só. Parecia ser alta, cabelo loiro-escuro com mexas mais claras, olhos azuis claríssimos, pele morena e um corpo que nunca havia visto mais bonito.
–Sou Louise Muller.
–Tom Kaulitz, prazer.

Quando deu por mim estávamos num canto reservado nos beijando, não tive tempo de pensar, ela me envolveu de um jeito inexplicável, eu já estava explodindo de tanto desejo, diga-se o Junior estava mais animado que o normal.

–Vamos pra minha casa, Tom. – ela disse ofegante.
–Vamos.

Pegamos o táxi e nos controlamos um pouco em relação aos beijos, mas Louise me provocava de outra forma, sem o taxista ver, ela colocou a mão por dentro da minha calça e ficava me masturbando, eu trinquei os dentes para não gemer, ela sabia perfeitamente como me levar à loucura.
Entramos na casa dela, não era uma simples casa, era literalmente uma mansão e parecia estar vazia.

–Você mora sozinha aqui?
–Não, quer dizer, mais ou menos, meu pai é empresário e vive viajando, como Patty a mulher dele está grávida, ele sempre a leva nas viagens, eles estão em Dubai e vão ficar lá por um bom tempo, tipo dois meses, Patty está no 4 mês de gravidez, então não há muito problema.

Ela me levou para o quarto dela e lá continuamos a fazer o que fazíamos na boate, passamos a noite juntos. Pela manhã me acordei e Louise estava nua e abraçada a mim, escrevi um bilhete com o número do meu celular e fui embora.

Ao voltar pra casa de metrô, fiquei pensando no que havia feito e bateu um forte arrependimento, ao mesmo tempo pensei em Louise, sua irreverência e delicadeza me fizeram sentir algo diferente, um gosto de quero mais. Mas e Julia? Eu a amo, não posso simplesmente traí-la assim. Louise foi um pecado e não voltarei cair em tentação.

Postado por: Grasiele

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