sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Maybe Tomorrow - Capítulo 3 - Sim, eu aceito!


Na hora do almoço, Tom não estava comigo, só Bill e Nathalie. Foi almoçar com um grupo de gente mesquinha que era igual a ele. Contei toda história que aconteceu de manhã e Bill principalmente ficou espantado.

– Tem alguma coisa acontecendo! O Tom, agir assim? Você deve pensar que eu menti pra você o tempo todo sobre ele, mas não menti, o meu irmão era tão escroto!
– Eu acredito em você Bill, até porque dá pra ver pelas companhias dele; só gente cretina, aquelas patricinhas biscates de Magdeburg e os "gostosões" retardados!
– Pois é, Tom é exatamente assim. Não sei, mas sinto que ele está feliz.
– Conexão de gêmeos – eu e Nathy falamos juntas e rimos pela coincidência.
– Também, mas acho que... peraí, só pode ser uma coisa. Acho que Tom está apaixonado!
– Apaixonado, aquele ali? – Nathalie disse e fez um olhar de desprezo.
– O que você quer dizer com isso, Bill?
– Simples, ele está apaixonado por você!
– POR MIM?
– Sim, eu acredito em amor à primeira vista e alma gêmea - pode até falar que eu sou frouxo e idiota, mas é verdade - talvez você seja o amor da vida dele e vice versa; por isso os dois se deram tão bem, tiveram uma conexão tão grande e se apaixonaram tão rápido!
– Ah Bill, cala a boca! – eu disse em tom de brincadeira.
– Depois me diga.

Houve um pequeno descanso do almoço e cada equipe foi para seu lado. Era a hora da piscina, e como estava machucada não entrei, então fiquei do lado de fora junto com uma outra menina que se chama Anja (lê-se Ania) – não era bonita, porém simpática, e não quis entrar pois era gordinha e tinha vergonha - e uma outra que era muito nojenta e se chamava Mia, e esta era muito bonita, mas era chatinha e só falava o quanto os meninos gostavam dela. Mia tinha um corpo escultural de dar inveja em qualquer modelo, menos claro em Louise que era a menina mais bonita que já tinha visto na minha vida. Os meninos jogavam vôlei na piscina e Tom claro, estava lá com aquele abdômen escultural a mostra, fazendo nós três babarmos.

– Nossa, aquele menino é lindo! Qual é o nome dele? – disse Anja.
– Tom. Ele já quis ficar comigo, mas eu não quis claro. Mesmo sendo lindo, é muito galinha. Dizem que já transou com quase todas do acampamento. – disse Mia.
– Não Mia, mentira. Ele é meu amigo, ele não transou com todo mundo, acho que não pelo menos. Ele é Tom, Tom Kaulitz.
– Ah, ele é o famoso Kaulitz que todas as meninas falam! – disse Anja. – Pelo menos faz juízo ao que dizem! HAHAHAHA – Também ri, mas por dentro eu estava explodindo de raiva, eu estava tão ciumenta em relação à ele, que comecei a cogitar verdadeira a idéia de Bill. Logo os meninos saíram e entraram as meninas que estavam tomando banho na piscina menor, os meninos foram para a outra piscina mas Tom veio em minha direção.
– Oi Ju! – me deu um beijo no rosto de propósito, só pra me molhar. – Olá meninas! – falou com Anja e Mia e as duas suspiraram.

Tom foi tomar um banho e logo voltou já vestido. Ficamos um tempo conversando e ele me levou para aquela pedra da festa, como era durante a tarde o sol batia na pedra a deixando quente. Nós nos sentamos e Tom pegou seu cigarro.

– Não acredito que me trouxe pra cá para fumar!
– Não né Ju, te trouxe pra outra coisa.
– O que então?
– Nada!
– Sem graça! – ao dizer isso, ele se aproximou de mim, colocou a mão em meu rosto, acariciando com o polegar minhas maçãs do rosto, que estavam vermelhas, assim como as dele, ambas de vergonha. Olhamos-nos nos olhos e ele encostou a ponta do seu nariz na minha bochecha, arrepiando imediatamente meus pelinhos do corpo. Meu coração batia disparado, até que seus lábios encostaram no meu. Antes de me beijar, ele deu uma leve mordida no meu lábio inferior, me fazendo sorrir levemente, até que nos beijamos. Foi um beijo lento, romântico, suas mãos não saiam das minhas costas, indo para bunda ou seios. Era algo mais que carnal, eu não conseguia explicar. Foi o beijo mais romântico de toda minha vida, e senti que realmente estava apaixonada.

Voltamos para onde estávamos, ninguém percebeu que sumimos. Tom foi jogar futebol com os outros meninos e eu fiquei sentada com as outras digamos que "biscates", todas admirando o físico do MEU Tom. Enquanto elas falavam o quanto ele era lindo, eu fiquei perdida em meus pensamentos. "Será que ele gosta de mim? Como pude me apaixonar assim tão rápido por alguém que não faz meu tipo?". Só parei com os pensamentos quando o sinal bateu e tivemos que ir para o banho, comer e socializar até à noite, quando teríamos a apresentação de uma peça de teatro. Ao voltar do banho, encontrei Bill e Nathalie, e claro que eles perguntaram o motivo de estar muito distraída, mas obviamente não falei nada. Eles eram meus amigos mas tem coisas que prefiro guardar pra mim, ou só dividir com Louise, que sempre me ouvia e dava bons conselhos.

A semana do acampamento se passou e todos os dias à noite eu me encontrava com Tom na mesma pedra; era o mesmo ritual, e claro que Bill e Nathalie já sabiam, mas fingiam não saber. Era sempre tão romântico, e um dia ele até levou uma flor que tirou no caminho. Mesmo não parecendo ele era um amor. Nossos beijos eram sempre calorosos e por incrível que pareça não havia segundas intenções nele, pelo menos não parecia ter; era um beijo calmo, devagar,  e eu mostrava a ele tudo que sentia em nossos beijos e ele parecia captar a mensagem. Na última noite não pudemos ir à pedra, pois teríamos uma palestra que parecia interessante. Tom tentou me convencer a não assistir e ficar lá na pedra com ele, mas graças ao meu poder de sedução, consegui fazer o contrário. Entramos no salão e sentamos no chão, e um senhor baixinho, com barba e deficiente começou a dar depoimento sobre sua vida. Ele havia nascido pobre, se envolvido com drogas mas conheceu o amor da sua vida e deixou tudo para trás e ter uma vida com ela, casaram, tiveram filhos e já estavam 30 anos juntos e claro se amavam cada dia mais. Uma história bem clichê, mas ele tinha uma emoção, um amor tão grande em suas palavras que não só eu, como a maioria das meninas e Bill choraram como crianças no final. Até Tom me pareceu comovido mas não dava  braço a torcer, mas eu que sou bastante sensível, não me importo em chorar. Tom que estava ao meu lado me abraçou enquanto eu chorava e limpou minhas lágrimas, dizendo:

– Até chorando você é linda, sabia?
– Hahaha Tom, até parece, estou com o olho inchado, foi tão lindo!
– Sim, verdade, foi lindo, mas também não é motivo pra chorar, só o Bill que chora. Puta merda, nem parece meu irmão!
– Ai Tom, não fala assim dele! – disse dando um tapa em seu braço e Tom imediatamente me deu um selinho. Foi instantâneo; quando nossas bocas se separaram e eu fui falar algo com ele, me virei e estava o acampamento inteiro nos olhando e as "biscates" estavam se mordendo de inveja.
– Nossa Tom, que vergonha, todo mundo olhando pra gente.
– Isso é inveja, só porque você tá me beijando! – não contive a gargalhada; até nos momentos assim, Tom me faz sorrir.

Fui dormir e no dia seguinte pela manhã pegamos o ônibus para voltar. Aquele acampamento modificou totalmente a minha vida; como seria daqui pra frente com Tom? Será que continuaríamos juntos ou cada um iria para seu lado?  Eu fiquei pensando enquanto esperava para entrar no ônibus, Tom estava mais pra trás conversando com alguns garotos e eu estava com Bill e Nathalie. Eles não comentaram nada do acontecido no dia anterior, sabiam que eu não ia dizer muita coisa. Sentei nas poltronas do meio, Bill e Nathalie sentaram atrás de mim, logo Tom chegou e me puxou para a última poltrona do ônibus, e sinceramente fiquei com medo do que faríamos lá. Ficamos conversando e o ônibus logo andou. Lou me ligou e ficamos quase meia hora conversando, e Tom estava ouvindo seu Ipod com cara emburrada, acho que pelo fato de ter deixado-o de lado.

– Tom... Tom... TOM! – chamei-o três vezes pois ele não me ouvia, ou pelo menos fingia não me ouvir.
– O que?
– Que cara é essa, Kaulitz?
– É a única que eu tenho, que por sorte é linda.
– Até puto não perde a piada. Tom, a Lou estava vendo o negócio da mudança dela, era importante, não faz essa cara, senão não resisto e te ataco!
– Então pode atacar. – disse rindo com uma cara safada. Na verdade nem precisei atacar, ele me atacou e ficamos assim dando beijos "calientes" por quase 1 hora de viagem. Depois disso eu fiquei quieta na minha sonhando com ele.
– Que cara de sonhadora é essa, Ju? Ta pensando em mim, é claro.
– Ai Tom, deixa de ser convencido!
– Por falar em convencido eu tenho que conversar com você...
– Ai meu Deus, eu fiz alguma coisa?
– Fez, me encantou e me fez sentir algo que nunca havia sentido. Eu tô apaixonado por você. Quer namorar comigo?
– Ah... ah... é... Nossa, que direto! É... eu aceito!
– Eu não sou muito bom nessas coisas de namoro, mas com você é diferente... – eu sorri e ele me deu um beijo. – E espero que você vá jantar lá em casa essa noite, quero anunciar lá em casa, minha mãe e Gordon vão ficar boquiabertos!
– Mas já? Eu pensei que você ia querer esperar um tempo, pra ver se você tem certeza da sua atitude meio impulsiva.
– Não foi impulsividade Ju, eu tenho certeza do que quero e o que eu mais quero agora é você.

Ficamos toda a viagem de amores, mas claro, isso é início de namoro. Não estou sendo pessimista nem nada, mas é a verdade, sempre depois de um tempo esfria. Chegamos no local de desembarque e Simone estava lá, conversando com minha mãe. Saímos do ônibus sem estar de mãos dadas, queríamos fazer uma surpresa. Me despedi de Tom, Bill e Nathy. Fui para casa e minha língua coçou para eu falar com a minha mãe sobre o namoro, mas como minha mãe não quer que eu namore, fico com medo. Ela disse que estou na fase de "pegação", que tenho que sair pegando igual a minha prima faz. Mal sabe ela o que a minha prima "pega". Fui tomar meu banho, entrei na internet e depois me arrumei. Coloquei uma bata e uma calça jeans, típico do meu estilo. Sempre uso bata, tenho de todas as cores e modelos possíveis. Minha mãe até tenta me fazer andar com umas roupas mais estilosas, mas tudo acaba indo pra mala da minha prima, que usa qualquer tipo de roupa. Claro, com aquele corpo de modelo, tudo cai perfeitamente bem nela.

Cheguei na cozinha e minha mãe estava comendo aquela ração humana nojenta que ela sempre tenta me fazer comer mas não caio na dela. Meu pai estava com um copo de coca na mão dizendo que ela devia comer mais besteiras porque já era linda do jeito que estava.

– Onde você vai, Juju? – meu pai perguntou carinhosamente.
– Se tá pensando que vai sair, pode parar. Não tem nada pra fazer, o que você tá pensando?
– Ah mãe, eu tenho um jantar hoje.
– Jantar, Julia? Na casa de quem? Quer ficar engordando?
– Ah mãe, tá bom.
– Ah amor, deixa a Juju sair, qual o problema? – Meu pai disse.
– É mãe e além disso, preciso conversar com os dois. – logo depois disso, Tom me liga dizendo que já estava no portão.

Postado por: Grasiele

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