sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Maybe Tomorrow - Capítulo 7 - Two is better than one


Em uma segunda-feira, faltava dois meses para o término da escola e eu finalmente ia para a universidade, não queria ficar em Magdeburg, por isso marquei minha entrevista para a Universidade de Berlim, a ”Freie Universität Berlin”. Eu queria sair daquela cidade, crescer e levar Tom embora comigo.

Tom me ligou com uma voz um pouco chorosa e me pediu para encontrá-lo no parque, não hesitei, fui na hora, ele realmente parecia precisar de mim. Peguei um táxi para ir mais rápido e também não era tão longe, eu pagaria aproximadamente uns 15 euros. Cheguei ao parque e fui correndo até o meu lugar com Tom, o mesmo lugar que fora nosso piquenique, o lugar que marca de alguma forma nosso namoro. Seus olhos estavam inchados e vermelhos, seu lábio também inchado e cortado, ele estava com uma mochila. Logo entendi o que havia acontecido, mas o esperei se pronunciar.

–Eu espanquei Bill, Ju.
–Você o QUÊ?
–Foi culpa dele, ele começou a brigar comigo e fiquei descontrolado, acabei indo para cima dele e batendo. Eu não conseguia ver o que fazia, ele tentava reagir, até me deu um soco, mas nada perto do que fiz com ele. Minha mãe entrou em desespero e Gordon nos separou. Fui expulso de casa.
–Tom, como você pôde? O Bill? Ele te ama, ele é magro, você é muito mais forte, poderia ter o matado! Você tem noção do que fez? Vocês estavam bem melhor, até conversavam bastante. Por que Tom? Não consigo entender! O que te fez ter bater nele?
–Prefiro não falar sobre isso.
–Ah, mas você vai falar! Eu sou sua namorada e confidente, pode contar comigo para qualquer coisa, não vim aqui à toa.
–Eu tenho medo. – disse abaixando a cabeça, deixando as lágrimas caírem.
–Fala, Tom!
–Bill achou um papelote de cocaína no meio das minhas coisas, mas não era minha, Klaus me pediu para guardar para ele já que a irmã dele poderia achar, não imaginei que Bill mexia em minhas coisas.
–Tom, não acredito que você está cheirando! Era só o que faltava!
–Eu não , Ju, eu juro!
–Mas você já cheirou, certo?
–Já, já experimentei mas não gostei, a sensação foi horrível, parecia que meus órgãos se contraiam e inchavam logo depois e acabariam saindo do meu corpo, foi uma sensação de quase morte, sei lá. Eu fumo um beck de vez em quando mas isso é o de menos, o problema é que eu vou ter que sair da cidade.
–Mas você trabalha, Tom. Não seria difícil arrumar um lugar pra ficar por enquanto.
–Não, eu ia pra casa da mãe do Gordon, em Leipzig.
–Leipzig? Com vamos ficar juntos?
–Pois é, não tem como, não sei o que fazer, não consigo mais me ver sem você, Ju! Eu preciso de você!
–Eu também Tom, não sei o que dizer, nem o que fazer, você é tudo pra mim! – Nessa hora minhas lágrimas caíam com rapidez e eu soluçava desesperadamente. Tom me abraçou e ficamos assim, ouvindo a respiração pesada um do outro por tempo indeterminado. – Já sei! Olha, só faltam dois meses para eu ir para Berlim. E se você morasse lá em casa até eu ir embora? Você pode morar na casa de hóspedes e pagar alguma conta. Meu pai vai entender, por favor, Tom!
–Não Julia, isso não, sua mãe não vai querer!
–A gente pode tentar! Só são dois meses.


Voltamos para a minha casa, íamos juntos, minha mãe precisava entender, ela não pode nos separar. Chegamos em casa e minha mãe já estava lá.

–Mãe, eu e Tom precisamos conversar com você.
–Ih Julia, nada de casamento, nem filhos, por favor!
–Não mãe, não é nada disso. É que Tom vai precisar morar aqui por dois meses. – Expliquei toda a situação a ela, falando rápido antes que eu desistisse por medo. Claro que ela recusou, mas deixou ele ficar até que arrumasse um lugar para morar e deixou algumas regras claras, como: não fazer sexo e fumar dentro de casa, mas claro, fingimos respeitá-las, principalmente no quesito sexo. Mães não entendem que seus filhos crescem e se aderem aos prazeres carnais.

Tom estava há mais de um mês em minha casa, ele disse que mudaria logo após minha formatura, ele conseguiu uma pensão em Berlim para ficar um mês enquanto eu não iría embora. Eu já estava sentindo saudades antecipadas, ficaria um mês sem ver meu namorado. Eu estava me arrumando para a Formatura, meu pai estava trabalhando ainda, minha mãe estava no salão de cabeleireiro e Tom estava tomando seu banho no meu banheiro.

Ju, vem tomar banho comigo! – O ouvi me chamando enquanto estava no computador.
–E se a minha mãe chegar, Tom?
–Ela não vai chegar, vai ser rápido, traga a camisinha!


Entrei no chuveiro e Tom estava de boxer embaixo do chuveiro com o peitoral todo molhado. Olhou para mim e ficou brincando com o seu piercing. Não resisti, tirei a minha roupa ficando de calcinha e fui para o chuveiro. Tom me segurou com força, me apoiou na parede e me beijou, acariciando meus seios e puxando meu cabelo de leve. Desceu sua boca até meus seios e começou a acariciá-los com sua língua quente. Sua excitação era grande, logo tirei sua boxer então, minha calcinha. Coloquei o preservativo em seu membro e ele me penetrou devagar, depois aumentando o rítimo, como não tinha ninguém além de mim e Tom em casa, me permiti gemer em seu ouvido e ele usou mais força. Me esperou chegar ao ápice para gozar.


Minha mãe nos levou de carro, passou no trabalho do meu pai e o pegou, fomos nós 4 à cerimônia. Logo após, minha mãe deixou eu e Tom na festa e voltou pra casa. Na festa, eu fui o comentário quando cheguei, tudo isso pois Tom ainda era desejado por 100% das meninas e alguns meninos também. Estávamos na pista de dança quando esbarraram em Tom e ele como é estressado já foi logo olhar de cara feia, porém era Bill, assim sua reação foi pior, já que tentara brigar com o gêmeo por estar um pouco alto. Os levei para o lado de fora.

–Essa palhaçada tem que acabar HOJE! Eu não agüento mais brigas entre vocês dois. Se não se resolverem hoje, não precisam nem olhar mais na minha cara, vou sumir da vida de vocês! Vou entrar, espero que se resolvam!


Tom’s P.O.V.


Eu não sabia o que dizer. Julia me pressionou muito, mas minha situação com Bill não podia continuar da mesma forma.

–Bill, nós precisamos chegar a um acordo, falou? Eu não quero perder a Julia por uma palhaçada.
Voce acha que sou uma palhaçada? Não quero que você volte a falar comigo pela Julia, quero que seja por você. Não sei se você me entende; eu amo você, Tom. Não nascemos simplesmente da mesma mãe, não temos simplesmente o mesmo sangue. Nós somos duas partes de um ser. Sempre fomos amigos, não se lembra? Éramos confidentes, tínhamos o mesmo sonho. Se lembra quando sonhávamos com aquela bruxa que matava a mamãe? Isso parece besteira, mas não é. Somos conectados, o que você sente, eu sinto. Quando estou com um mau pressentimento, entro em desespero, sei que você ta em apuros. Alma gêmea existe e ela não precisa ser alguém que temos uma relação afetiva, e você, Tom, é minha alma gêmea, você é a minha vida Tom, nós nascemos e vamos morrer juntos. Pra quê a discórdia se é muito melhor para nós sermos unidos? Eu prefiro conversar com você quando estamos mal do que ficar me remoendo imaginando o que se passa pela sua cabeça. – Bill terminou ser discurso chorando.
–Eu também te amo, Bill. – Não consegui dizer mais nada, simplesmente abracei Bill e chorei, não tinha o que dizer, tudo o que ele havia dito, era a mais pura verdade.
–Nós podemos ser amigos. – Bill disse.
–Tenho uma coisa pra te falar.
–Eu já sei o que você quer falar, Tom.
Hum?
–Nós somos gêmeos, lembra? Você vai mesmo para Berlim amanhã?
–Vou, Bill, preciso ir, já tenho meu quarto reservado em uma pensão. Você podia ir comigo!
–Não posso ir amanhã. Na verdade Georg e Gustav também querem ir pra lá. Andreas saiu da banda, conseguimos um guitarrista em Berlim, temos planos de tentar a sorte lá no meio do ano que vem.
–Eu posso ser o guitarrista de vocês. Eu sou o melhor guitarrista, mas vocês tem que ir para Berlim até o mês que vem! – Nesta hora Gustav, Georg e Andreas chegaram procurando Bill, achando que a esta altura, Tom já tinha o matado. Se assustaram ao ver Bill rindo mas com os olhos vermelhos por um aparente choro.
Hagen, Wolfgang, conseguimos um guitarrista para o Tokio Hotel!
–Não é o Tom não, ? – Gustav perguntou
–Por que eu não?
–Você odeia o Bill e mal fala com a gente!
–Eu tive uma conversa com Bill e resolvi mudar. Meu irmão é meu melhor amigo e vocês são meus amigos também, não o Klaus e todo o pessoal dele. Estou indo amanhã para Berlim, tentem ir o mais rápido possível. Eu arrumei um lugar para ficar até a Ju chegar, depois vamos morar com a prima dela.

Postado por: Grasiele

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