sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Maybe Tomorrow - Capítulo 17 - Epílogo: So maybe tomorrow I'll find my way home


Tom’s POV

Enfim, 4 anos se passaram depois de toda aquela confusão. Pensei que Julia não fosse me perdoar, mas ela perdoou. Por isso que eu a amo. Ela tem um coração como ninguém mais tem. É capaz de perdoar tudo o que eu fiz e passar por cima de toda mágoa. Eu continuo tendo contato com Louise, afinal, ela ainda é minha cunhada, depois que Bill finalmente assumiu sua paixão por ela, eles se deram uma chance e deixaram de ser só amigos. E ainda estão firme e forte. Bill pensa até em casamento, mas do jeito dele, todos vestido de preto, tatuar as alianças e Louise não quer, então acho que casamento não sai tão cedo. Já eu, Tom Kaulitz, quem diria, vou pedir Julia em casamento hoje. Ela me chamou para ir à um pizzaria em Berlim para conversarmos e no meio dessa conversa vou fazer minha surpresa: um pedido de casamento.

Cresci, amadureci e vi que não é idiota ser romântico ou acreditar no amor, Bill, meu irmão e melhor amigo me ensinou e se sente orgulhoso do que me transformei. Não sou mais aquele garoto idiota que só pensava na própria satisfação por pura luxúria. Aprendi a ver que não era apenas eu no relacionamento, aprendi a não trair mais, e sim, sou fiel há quatro anos.

Eu e Bill havíamos montado uma escola de música há dois anos. Estava dando muito certo e Julia já estava formada, trabalhava como pesquisadora num laboratório de biotecnologia. Estávamos morando num apartamento num bairro de classe média alta em Berlim, havíamos comprado carro, tudo estava indo como sempre sonhei. Não queria ser rico, mas ter uma vida tranqüila e trabalhando com música e era exatamente isso que consegui com a ‘Kaulitz Musik’. Quem sabe um dia não conseguimos abrir uma gravadora? Pensamos em abrir um estúdio dentro da escola.

Era noite, hora que marcamos para jantar. Julia estava impecável, num vestido simples, maquiagem simples e ainda sim conseguia ficar cada dia mais bonita. Ou eu simplesmente cada dia mais apaixonado. Pegamos meu carro na garagem do condomínio e fomos até a pizzaria.

Pedimos uma pizza grande de calabresa. Eu havia prometido à Bill que seria vegetariano junto com ele, mas longe dele eu comia carne, não conseguia me controlar. Era mais forte que eu. Pedimos um vinho para eu relaxar, estava muito nervoso e Julia também parecia estar. Nós normalmente conversávamos muito, mas não neste dia. Julia parecia estar distante. O jantar acabou e permanecíamos calados.

–Julia, eu preciso te falar uma coisa.
–Exatamente, eu te chamei aqui para conversarmos, eu tenho uma coisa importante para te falar. – Fique radiante, será que ela estava grávida? Foi meu primeiro pensamento, mas não precipitei, a esperei falar. – Mas pode falar primeiro Tom, temos todo o tempo do mundo.
–Bem, é que eu... Ah diga você primeiro.
–Então. Isso vai ser um pouco duro pra você, ou talvez não, talvez seja algo que você está querendo desde o início e nunca teve coragem de falar.
–Não enrola, Julia, diga logo! – eu disse aflito.
–Calma Tom.
–Bem, eu fui chamada para trabalhar com Biologia marinha nos Estados Unidos e não aceitei, preferi ficar aqui trabalhando com Biotecnologia, perto da família, perto de você. Quando recebi essa proposta, pensei, pensei e revi os últimos anos da minha vida desde a faculdade. Agora as coisas estão todas no lugar, mas antes tive muito impedimentos, quase reprovei em matérias importantíssimas pra mim por causa das suas atitudes. Você ultimamente tem estado diferente, atencioso, nosso sexo sempre foi maravilhoso, mas não é o suficiente. Você me fez muito mal no passado e eu te perdoei, tive confiança em você, mas sempre existe aquela mágoa. Eu ainda amo você, mas agora com um sentimento diferente, não quero mais isso pra mim, não quero sentir essa coisa diferente, queria tudo a mesma coisa, toda aquela euforia e sentimento que tinha no início do nosso namoro, mas não é mais. Você é um cara maravilhoso, tem uma aparência invejável, eu tinha orgulho de te mostrar as minhas colegas de faculdade, de tão lindo que você é. Você apesar de tudo é generoso, tem um bom coração, mesmo que ainda tenha um caráter duvidoso. Sabe, Tom, agora eu quero seguir em frente, mas sozinha. Eu quero terminar com você. – Eu não conseguir esboçar ação alguma. Estava paralisado. Não podia ser verdade. Eu estava sentindo uma dor imensa, algo que eu nunca havia sentido antes, parecia que Julia havia aberto meu peito a sangue frio e tirado meu coração lá de dentro. Me senti sozinho, desiludido, impotente. Ela era tudo pra mim.
–Mas, Ju. – eu disse com um nó na garganta e olhos marejados. Nesta hora, ela não escondia que estava chorando, como eu tentava esconder, parecia estar doendo nela também. – Você não pode fazer isso comigo. Eu... Eu ia te pedir em casamento. Trouxe o anel de noivado. – retirei-o do bolso e abri a caixinha para mostrá-la. – Isso só pode ser uma pegadinha.
–Tom, por favor – disse passando a mão no meu rosto. – eu não quero que você sinta ódio de mim, podemos nos falar, não houve nenhuma briga, quero terminar pacificamente para não precisar te ignorar ou evitar estar no mesmo ambiente que você. Quero sua amizade, mas nada além disso, me desculpe.
–Eu vou te deixar no nosso apartamento e vou ficar morando com Bill, depois vemos o que vamos fazer com ele.
– Muiito obrigada por me compreender.

E esse foi o nosso final, nada muito feliz, nada muito infeliz, somente um ponto final na nossa conturbada relação. Não tenho nenhum problema com Julia, mas não nego que toda vez que a vejo, sinto uma dor tremenda no coração.

Postado por: Grasiele | Fonte

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