sábado, 10 de setembro de 2011

Double Life - Capítulo 44 - Sailing

"Bem, não está muito distante até o paraíso
Pelo menos não para mim
E se o vento for adequado você pode navegar avante e encontrar tranqüilidade..."
(Nsync - Sailing)

Fazia muito frio naquela manhã em Munich, faltavam apenas 30 minutos para o avião de Jasmine e Bill decolarem para o Brasil.

-Morena, faça uma boa viagem. Cuide-se!  - Alê abraçou a amiga e chorou.

Tom e Bill se olharam e os Twins não puderam conter as lágrimas.

-Calma Alê eu volto, só vou dar um beijo no João e o trago para Alemanha já pesquisei algumas escolas especiais trago minha tia também. Não fique assim amiga! – disse Jasmine sorrindo e enxugando as lágrimas da amiga.

Jasmine deu um beijo na amiga e foi beijar Dy.

-Você também chorando... Meu Deus vou chorar também daqui a 5 dias estou de volta.

Jasmine olhou para Gust e disse:

-Cuide dela pra mim, hein? – Gust apenas sorriu timidamente.
-Carlinha meu amor não sei o que seria da minha vida se você não acreditasse em mim naquele dia no conservatório. Você acreditou em mim sem me conhecer. Obrigada amiga!

As duas se abraçaram e Carla chorou também.

-Nossa vou embarcar logo antes que esse aeroporto fique um rio de lágrimas.

Jasmine pegou sua mala e foi dar um beijo em Tom, Gust e Ge e o casal se dirigiu ao check-in.
Quando foi liberado o casal acenou para os amigos e entraram para embarcar.
-Bill terá que ser muito forte para ampará-la nesse momento! – disse Alê caindo nos prantos sendo amparada por Tom.

O avião decolou às 9 horas da manhã da Alemanha a viagem foi muito tranqüila. Bill era muito carinhoso sempre muito atencioso e meigo com Jasmine.

Quando o avião pousou no Brasil Pegaram suas malas e Jasmine foi procurar um táxi já que Bill não falava uma palavra decente em português só os palavrões e as palavras obscenas que Jasmine ensinara para ele na hora do sexo, essas ele falava muito bem com um sotaque maravilhoso.

Pegaram o Táxi e foram para casa de Jasmine no Bairro do limão. Jasmine foi mostrando a cidade para Bill.

-O que foi meu amor você parece tão... Distante? – Jasmine perguntou para Bill olhando nos olhos dele.
-Não é nada minha vida é só cansaço, só isso! Nossa seu país é lindo, muito lindo. Temos que voltar mais vezes aqui.
-Temos que ir para o nordeste você que ama praias ficará enlouquecido. Pelas praias e pelas mulheres lindas que existe aqui nesse país abençoado por Deus.
-Posso ficar encantado com as praias, mas com mulheres isso está fechado, já encontrei a minha e estou satisfeitíssimo com ela. – Bill deu um beijo carinhoso em Jasmine que deitou em seu ombro.

Depois de 25 minutos eles chegam na rua da casa de Jasmine. Ela levantou a cabeça e olhou para a rua, nossa isso trazia tantas lembranças... Muitas ruins, não podia dizer que as lembranças eram boas, porque não era!  Conseguiu avistar a sua casa e ainda era a mesma não mudará nada, então o Táxi parou e ela desceu com Bill, tocou a campainha e ninguém saiu.

-Não tem ninguém? – perguntou Bill.
-Não! –Jasmine tocou a campainha novamente.
-A Alê disse que sua tia ia te esperar aqui em casa?
-A Alê? Minha tia? Como assim, Bill? Você conversou com a minha tia?
-Jasmine acho que eu vou ter que te contar, mas não sei como... – os olhos de Bill se encheu de lágrima.
-Bill o que foi? O que esta acontecendo... Você esta chorando?
-Jasmmy... É você?

A voz a vez virar e reconheceu a mulher.

-Tia?

A mulher de cabelos pretos e estatura mediana veio ao encontro de Jasmine e a abraçou.
Jasmine não levantou os braços para abraçá-la logo após afastou-a e disse:

-O que esta acontecendo? Bill disse que você ligou para a Alemanha ontem, por que não falou comigo?
-Porque você já viria para o Brasil então achei desnecessário te dizer lá. Só quis te poupar minha filha.
-Poupar do que tia? Pelo amor de Deus... Ain eu vou entrar e ver o João depois conversamos...
-O João morreu minha querida, daqui uma hora vamos enterrá-lo.

Bill vendo que Jasmine cambaleara ele a segurou.

-O João o que? Só pode ser brincadeira de muito mau gosto. Cadê meu irmão? -Jasmine disse tentando abrir o portão da casa onde morava, mas em vão, pois estava com cadeado.

-Não tem ninguém Jas, estão todos no cemitério.Vamos... Vou te levar até lá!

Entraram no táxi e foram direto para o cemitério, no caminho Jasmine não soltou uma lágrima. Bill a abraçava com carinho e preocupação, pois ela desde que recebera a noticia estava com um semblante estranho e frio.
Chegaram no cemitério e Bill a amparou até a sala onde estava o caixão do irmão.

-Cadê? Onde esta o caixão?

-Oi moça acabaram de levar para o sepultamento esta lá naquele terreno perto daquela árvore com folhagem rosa! – um rapaz avisou e apontou o lugar onde o irmão seria sepultado.

De longe mesmo pode ver o caixão branco, Jasmine sem pensar duas vezes correu e correu. Bill andava em passos largos para alcançar a namorada, mas não conseguia, Jasmine correu e todos se viraram para ela quando ela gritou:

-Joãããão!

Ela mesma abriu passagem empurrando as pessoas e chegou até o caixão do irmão...

-Abra... Abra essa merda...
-Jasmine não podemos! – ela sentiu uma mão lhe tocar o ombro e a olhou, era sua mãe então ela a olhou e mais uma vez disse:
-Se ninguém abrir eu vou abrir sozinha! – e começou a tentar abrir o caixão do irmão, vendo o seu desespero dois coveiros a ajudaram a abrir a tampa do caixão.

Quando a tampa foi retirada Jasmine pôde ver o rostinho do irmão, pálido e sem vida, se aproximou e debruçou sobre o caixão e se deixou chorar. Bill se aproximou e apenas a segurou pela cintura.

-Meu irmão... Meu irmãozinho fiz tantos planos para nós, tantos planos para você ficar do meu lado, para sermos felizes.  Desculpa por te deixar aqui nessa vida ingrata fui tão egoísta em te abandonar, me desculpa... Perdoe-me... João você esta me ouvindo? Meu bebê...
-Minha querida, você foi a que mais ajudou. Os tratamentos ajudaram bastante você fez o que pôde e ele morreu ciente disso. – disse a tia de Jasmine a abraçando e limpando suas lágrimas.
-Se tivesse feito o suficiente ele não estaria aqui dentro desse caixão. - ela disse olhando para mãe que permanecia fria aquela cena.
-Minha vida, tem coisas das quais não somos responsáveis. Sua tia disse tudo, você fez o que pôde. - Bill passava a mão na cabeça de Jasmine e não pode conter as lágrimas ao ver a namorada beijar o rosto do irmão e chorar desesperadamente.

-Vai para o lado de nosso pai, fique com Deus meu irmão eu nunca, nunca vou te esquecer... Nunca vou deixar de te amar, vai com Deus meu irmão! Segure na mão de Deus e vá em paz... Vá em paz...

Bill a tirou de perto do caixão e a abraçou deixou a namorada desabafar. Ela soluçava e quando os coveiros tamparam o caixão de João, Jasmine pediu para Bill:

-Me leve daqui quero ir embora para Alemanha agora mesmo! - ela disse vendo a mãe ainda fria como uma estatua de gelo.

Ali ela tinha enterrado a mãe também, junto com seu bem mais precioso ela tinha enterrado a mulher que lhe colocou no mundo, pois esse título era muito abençoado para uma pessoa que tinha o coração de pedra e a alma vazia.

-Me leva embora daqui, Bill – ela disse mais uma vez.

Bill enlaçou Jasmine pela cintura e a levou para o mesmo táxi e seguiram para o aeroporto de Guarulhos. 

-Minha querida, você tem certeza que não quer esperar e falar com sua mãe?
-Bill não tenho mãe, deixei de ter no momento que ela me expulsou daquela maldita casa, e hoje a enterrei junto com o João. Depois pago uma passagem para meus tios irem morar na Alemanha, pois são os únicos que devo algo, fora eles no Brasil eu não tenho mais ninguém...  Ninguém – dizendo isso abraçou Bill e se deixou chorar mais uma vez.

Depois de 20 horas estavam de novo na Alemanha, Bill a levou para o seu Flat lhe tirou a roupa e lhe colocou no banho. Alê, Carla e Dy ligaram para saber como Jasmine estava. Foi Bill quem atendeu e falou com elas enquanto a morena estava no banho.
Bill só voltou a trabalhar na outra segunda feira, pois ficou esse tempo todo ao lado de Jasmine. E na segunda ela amanheceu bem melhor.

-Vou trabalhar hoje meu querido, preciso fazer alguma coisa...
-Tudo bem, vamos só que Jasmine não quero você mais dançando na boate. Sei não posso te pedir isso, sei que não tenho esse direito, mas...
-Tudo bem Bill, o dinheiro da boate eu mandava todo para o João, para o tratamento dele, agora que...
-Desculpe minha linda te fazer lembrar! - Bill disse vendo Jasmine chorar mais uma vez pelo irmão falecido.
-Não tudo bem... Vamos então, pois temos muitas coisas para fazer e vou falar com Bruno ainda hoje.

Os dois saíram do flat e foram em direção ao conservatório. Chegando lá todos foram muito solidários com Jasmine, pois Carla tinha falado para os alunos sobre a perda do irmão, Jasmine foi recebida com abraços e muito carinho pelos alunos.
O dia passou tranqüilo e a noite quando foi hora de Jasmine sair para ir falar com Bruno na boate ela foi conversar com Bill.

-Meu querido vou até a boate me despedir e pegar minhas coisas, você vem comigo?
-Querida vá com o porsche eu estou preso aqui e depois vou embora com o Tom. Ele vai ver Alê mesmo vou com ele, pode ser?
-Pode. Então nos vemos lá mais tarde, te amo. - Jasmine o beijou e pegou a chave do Porsche.

Chegando na boate entrou no camarim e viu Alê e Dy que vieram abraçar a amiga.

-Que bom que você esta com uma carinha melhor, Morena. - disse a Dj.
-A vida deve continuar né, amiga. Vim falar com Bruno para me desligar da boate ele esta aqui?
-Sim esta no escritório dele!

Jasmine foi até o escritório e bateu e obteve a resposta.

-Entre!
-Oi Bruno, vim falar com você!
-Sente –se!
-Estou me desligando da boate, não vou mais dançar para você!
-Entendo e aproveitando que você esta aqui, Morena quero me desculpar por tudo de mal que te fiz e...
-Bruno, você não me fez nada de mal foi o primeiro a me acolher e me dar conselhos, você nunca me fez mal, sempre quis meu bem e sempre tentou  me proteger, eu tenho é que te agradecer muito.

Jasmine levantou e foi até Bruno e o abraçou.

-Obrigada Bruno!

Ouviram uma batida na porta e Bruno disse novamente:

-Entre!
-Com licença! – era a delegada Karine que entrou na sala e foi até Bruno e lhe deu um selinho.
-Meu Deus muitas coisas mudaram por aqui! - disse Jasmine rindo e recebendo o sorriso contagiante da ruiva.
-Jasmine, Bruno me contou sobre seu irmão eu sinto muito.

Jasmine levantou e foi em direção a delegada e pegou suas mãos.

-Eu que tenho que agradecer, Karine Sem você e sua idéia para prender o tarado não sei se estaria livre hoje. Eu quero agradecer você por ter acreditado em mim desde o primeiro instante que lhe disse a verdade na delegacia, e lógico obrigada por ter ido até ele e corrido esse risco.
-Jasmine, quando eu olhei em seus olhos tive certeza que você era inocente.

Karine abraçou Jasmine que lhe retribuiu o abraço de forma carinhosa.

-Nossa, to feliz por você dois, muito! - Bruno ouvindo as palavras de Jasmine foi e abraçou a delegada e lhe deu um beijo rápido e gostoso na boca.
-Bom, vou deixar os pombinhos a sós e vou pegar minhas coisas.
-Morena, posso te pedir um favor antes de ir embora?
-Sim, pode sim Bruno.
-Dance só essa noite, só essa. Por favor?
-Bruno eu não trouxe roupa para dançar.
-Tenho certeza que a Dy tem algo lindo que te sirva.
-Dance Jasmine, todos dizem que você é a melhor dentro daquela jaula. Quero muito ver se estão com a razão.
-Tudo bem... Vou falar com a Dy.

Jasmine saiu do escritório de Bruno e foi falar com Dy para ver se ela tinha algo apropriado para ela.

-Morena comprei um vestido lindo e quero muito que você o use, e se disser não, ficarei ofendida.

Dy lhe entregou uma caixa vermelha linda e quando a morena abriu ficou deslumbrada com o vestido.

-Dy, não posso dançar com esse vestido, é lindo demais, novo e branco.
-Morena, dance com ele essa cor branca fica linda com o tom de sua pele.
-Bom, se você faz tanta questão, eu danço com ele pelo menos faço minha última dança em grande estilo.

Foi até o espelho e começou sua transformação...

-Senhores... É com muita honra e prazer que eu Alê e a casa Schöne Frauen anunciamos agora a dança da nossa enjaulada.

“It's been a while
I know I shouldn't have kept you waiting
But I'm here now…”

Jasmine começou a dançar, mas assim que começou a dançar a música parou e as luzes se apagaram e o telão foi acionado e ligado. E a imagem que apareceu no telão a fez perder o fôlego.

-Jasmine, quer dizer... Minha morena, a mulher que aprendi a amar e a respeitar. Não achei outra maneira de te dizer isso, você sabe que sou tímido e que morreria de vergonha em falar tudo isso na frente de todos... Então gravei esse vídeo para você. – ele sorriu tímido e Jasmine já estava em lágrimas.
E Bill continuou...
- Sei que tudo começou com um grande erro, uma grande mentira, mas nem mesmo uma grande mentira resiste a um grande amor. E o nosso é assim, um grande amor... Eu te amo Jasmine e não quero perder mais nem um segundo longe de você e por isso quero te pedir...

De repente o telão ficou preto e se apagou e as luzes da boate também se apagaram novamente.

-Quero pedir que se case comigo, que seja minha esposa e a mãe dos meus filhos... Você aceita?

Bill estava do lado de fora da jaula e a luz estava apenas nele, a sua jaula foi aberta e ele a abriu, Jasmine não se movia, não estava acreditando naquilo tudo. Ele estava lindo de terno preto e com uma gravata vermelha, então Bill estendeu a mão e apenas disse:

-Venha!

Ela segurou sua mão e nessa hora a luz da boate ficou em meia luz e começou a musica, e então ele a puxou para fora da jaula e então ela pôde ver o que a boate estava vazia e Bill foi a conduzindo para o camarote gold. e ao entrar  ela não pode acreditar . Alê e Tom, Carla e Ge, Dy e Gus, Karine e Bruno, todos ali no camarote a esperando, todos os homens de terno preto e gravata vermelhas e todas as mulheres de vestido creme para dar um belo contraste na decoração vermelha do camarote, as mulheres levavam consigo um buquê de rosas colombianas vermelhas nas mãos e ali no centro um homem que ela não conhecia. O camarote estava todo decorado com as mesmas rosas do buquê, Alê e Tom se aproximaram da porta do camarote e Tom pegou no braço de Jasmine e Ale entregou um buquê maior para a amiga, Bill acompanhou Alê ate o fim do camarote e a marcha nupcial começou. E foi Tom que conduziu Jasmine até seu irmão, Jasmine não estava acreditando, ela estava casando com o homem de sua vida, ali dentro do camarote que a fez tão feliz.
Chegando perto de Bill Tom o abraçou e o irmão mais novo disse ao mais velho muito emocionado.

-Obrigado por me entregá-la Tom, não confiaria a mais ninguém esse papel. - os dois se abraçaram, se olharam com lágrimas nos olhos e Tom foi para o lado de Ale que limpou delicadamente as lágrimas do namorado.

A cerimônia foi simples, mas linda e cheia de emoção, na hora que o juiz acabou e disse:

-Pode beijar a noiva!

Os dois se olharam agora como marido e mulher e Jasmine disse:

-Nada o que eu disser nesse momento vai demonstrar a minha emoção e como estou feliz... – Jasmine disse com a voz embargada pela emoção.

-Então não diga nada, pois acho que não tem necessidade de palavras, venha aqui e me beije é dessa forma que nos expressamos melhor. - Bill a puxou para um beijo apaixonado.

Os amigos abraçaram o casal, num abraço conjunto.  Depois da cerimônia todos deixaram Bill e Jasmine sozinhos, mas não por muito tempo.

-Alê você sabia, todos sabiam e não me disseram nada. - Jasmine disse beijando a amiga no rosto quando a amiga entrou com Tom novamente no camarote.
-Lógico que não né amiga se disséssemos não seria surpresa, como essa que vou te contar agora, senta que lá vai a bomba: Tom e eu vamos nos casar e vamos para a França morar por um ano.
-Ir embora, casar, França? – Jasmine ficou boba.

Tom e Alê se abraçaram e deram um beijo gostoso.

-Sim cunhadinha vamos morar um ano fora, Alê vai trabalhar na melhor boate da Europa e eu vou fazer companhia até por não sou bobo e deixar essa brasileira só. – Tom disse com um sorriso sensual nos lábios.
-E o conservatório? - perguntou Jasmine.
-Estará em ótimas mãos, agora que você é esposa do Bill vocês dois podem tocar o conservatório sem eu. Afinal, vocês faziam isso muito bem com a Ajuda da Carla.
-Opa, opa quem me chamou? – chegou Carla e Georg abraçados e felizes.
-Carlinha, Ale vai embora! - Jasmine fez cara de choro.
-Eu sei jasmine e achei ótimo uma DJ desse porte tem mais é que rodar o mundo.
-Carla, não vai contar pra elas? – perguntou Georg com um sorriso de orelha a orelha.
-Nossa Ge eu ia, mas to vendo que você quer contar, né?
-Vamos ser papais... - Georg disse sem esperar Carla.

Todos deram um grito e abraçaram Carla e Georg.

-Mas que gritaria é essa posso saber? – Gustav chegou no camarote com Dy a tira colo.
-Gustav sempre atrasado, né? Carla e Ge vão ter um “serzinho”! – disse Bill rindo com Jasmine em seu colo.
-Nossa, ele conseguiu essa proeza? – disse Gus indo até o amigo dar um abraço.
-Eu consegui e você que ainda enrola essa pobre moça? - Georg disse rindo olhando para Dyvila.

Todos sorriram e gust ficou vermelho de vergonha.

-Estamos indo no caminho certo, calma, nossa hora vai chegar... - disse a bela moça.
-Falando em hora que vai chegar eu trouxe mais vinho! – disse Bruno entrando no camarote também com Karine trazendo as taças.
-Muito bom então vamos brindar, afinal quer hora melhor para brindar o nosso sucesso? - disse Bill se levantando e distribuindo as taças a todos.

O cinco casal levantaram as taças e Bill começou:

-Ao Amor!
-Ao sucesso...  - Tom disse em seguida.
-A vida...  – Gustav completou.
-E a amizade!  - e Georg finalizou.

O brinde foi feito, Alê trouxe um bolo lindo de damasco decorado com chantilly e com rosas vermelhas comestível...  Jasmine adorou e mais uma vez foi às lágrimas.

Todos foram embora e Jasmine pediu para Bruno se poderia ficar mais um pouco.
Ela pediu que Bill a esperasse na pista de dança, se trocou rapidamente no camarim colocando um vestido vermelho. Foi ate a mesa de som colocou Britney Spears e conduziu Bill ate a jaula, e ali dançaram a musica toda. Dançaram não... Bill ficou parado e Jasmine fazia o papel dela, se esfregava com vontade no corpo do marido.

-Nossa se você continuar assim juro q não vou resistir. -Bill sussurrou no ouvido da esposa.
-Quem disse que é pra você resistir? – ela se virou e foi lhe beijar, mas algo a fez parar no meio do percurso.
-O que foi? Porque esta sorrindo dessa forma? - perguntou Bill vendo um sorriso maroto no rosto da morena.
-Nós passamos por tantas coisas até chegarmos aqui, superamos tantos obstáculos e nosso fim foi... Tão parecido com... Bill, você percebeu que esse nosso romance poderia virar um livro?
- Talvez sim, viraria Best-Seller com certeza.
- É, e até sei o nome que eu colocaria nele.
- E qual seria? – Bill perguntou afagando-lhe os cabelos.
- Double Life!

Bill sorriu e aninhou Jasmine em seus braços, e ali em pé mesmo fizeram amor. A primeira vez como marido e mulher, dentro da jaula onde tudo começou!


Postado por: Alessandra | Fonte: x

Double Life - Capítulo 43 - Oasis

"A sombra da bondade esconde a lágrima,
dá um passo em direção ao encontrado.
Que a paz esteja repousando no berço de ninar.
A esperança se mantém, o caminho para o amor,
o caminho para a profunda liberdade."
(Tarja Turunen - Oasis)

-Boa tarde...
-Pensei que íamos almoçar? Você disse que almoçaríamos, eu espero lá embaixo e...
-Não, venha entre beba algo e já descemos para o restaurante do hotel.
-Não sei se devo.
-Venha, morena entre não tenha medo de mim eu não arranco pedaço.


A bela morena entrou no quarto e sentou-se no sofá. Cruzou suas generosas pernas e deixou-as á mostra...

O almoço foi calmo e a bela morena se insinuou o máximo que pode para o velho asqueroso, e ele não tirava os olhos do decote da morena.
Quando terminaram o almoço se sentaram em uma poltrona confortável e ele sentou-se bem perto e ali a morena começaria o seu jogo.
Começou a morder os lábios e a se insinuar de forma descarada para o homem. Esse que cada segundo suava mais, o que dava mais nojo, mas ela não podia parar com o plano.

-Então morena... Posso lhe chamar assim já que nem sei o seu nome?
-Pode me chamar de morena sim... Você pode me chamar do que você quiser.

O homem foi para cima dela a principio ela teve vontade de vomitar, mas se segurou e o beijou, o homem fedia e tinha mal-hálito, mas ela continuou ali.
Quando o homem foi tirar a blusa ela disse:

-Calma... Calma, espera...
-Que espera minha filha você esta se insinuando feito uma vagabunda e pede pra eu ter calma...- ao dizer essa frase ele praticamente rasgou a roupa da bela morena.
-Tira suas mãos de cima de mim seu filho da puta!
-Não mesmo... Vou te dar aquilo que vocês vagabundas mais gostam!

A morena não pensou duas vezes e lhe acertou em cheio no meio das pernas.

-Vaca, sua vagabunda...
Ela levantou, mas seu tornozelo foi pego com força e ela caiu batendo a testa na mesa de centro de madeira.

-Ai seu verme maldito! – ela foi pra cima dele, mas ele foi mais rápido e a segurou com força.
-Estava indo tudo bem, mas você quis ser engraçadinha. Vai acabar como as outras, a única que fiquei com dó esta na cadeia sendo machinho... Quem sabe fique com dó de você e te mande fazer companhia para a outra morena gostosa.
-Porque você as matou?
-Simples... Porque sempre fui rejeitado e prometi para mim mesmo que nunca mais o seria. Vocês mulheres sempre achando que são superiores. Um bando de vacas prontas para o abate!

A morena estava sentindo dores horríveis, mas se mantinha no plano.

-Você armou para a morena da boate, a dançarina?

O homem a pegou puxou os cabelos e bateu com a cabeça dela no chão com toda força.

-Sim... Armei, mas acho que vou te matar não vou te mandar pra lá não. Mulheres como você é a desgraça da humanidade. Só atiçam os homem e depois se faz de difícil e os humilham. Você é igual a minha mãe, aquela cadela sarnenta. Uma vadia que trazia cada dia um homem para casa. Você vai morrer desgraçada!

E assim o homem começou a enforcar a morena. A morena começou a arranhar seu rosto.
O barulho na porta foi estremecedor e com o mesmo o velho tentou levantar, mas a morena foi mais rápida e lhe deu um chute nos testículos. O homem caiu no chão gemendo.

-Vou te matar, mãe! – ele gritou com toda a raiva desse mundo. - Por que você sempre faz isso... Porque mãe?

A policia entrou pela porta e dois algemaram o velho asqueroso . O apartamento encheu de policiais.

Bill, Tom e Alê também entraram e foram até a morena.

-Karine, você esta bem? - perguntou Alê vendo a delegada com a testa sangrando e com dificuldade de respirar.
-Estou bem sim, minha querida... Preciso só cuidar desse corte. - Karine disse tirando a peruca morena e deixando os cabelos ruivos caírem pelo ombro.
-Vamos a gente te leva ao hospital! – disse Bill já ajudando a delegada a sair pela porta, mas ao ver o homem que destruiu sua vida, avançou para bater nele, mas os policiais não deixaram.
-Vamos, Alê! –Tom disse para Alê a vendo ver a cena do homem que acabou com a vida de sua amiga sofrendo, levado para fora.
-Vamos, meu amor, mas antes se Bill não pôde... Não vão me tirar esse prazer...- Alê foi até o velho e lhe deu um soco com toda a força que pode, com toda a raiva e fúria que ela tinha guardado ao ver a amiga naquela cadeia passando por toda aquela humilhação.
-Agora podemos ir! – finalizou grudando na cintura de Tom.

***

O tempo perdeu o seu significado dentro daquela solitária para Jasmine. Não existia luz na cela e assim ela não sabia se existia dia ou noite, ela chorou e prometeu que seria pela última vez. Chamou por Bill e pelo irmão João, será que Deus estava castigando pela mentira vivida todo esse tempo. Mas era pelo bem do João, somente por ele. 
Deixou-se chorar por horas e depois secou todas suas lágrimas. Jasmine ouviu o barulho da porta e não tinha forças para levantar estava fraca demais, a luz que vinha de fora da sala machucava seus olhos.

-Levanta-se, vadia o castigo acabou espero que tenha aprendido a lição.

Sim ela tinha aprendido a lição. Até demais.

-Vamos, vá tomar um banho você esta fedendo. – disse a guarda corpulenta.

Chegando na cela Jasmine tomou um banho, escovou os dentes por quase uma hora, ensaboou os cabelos por quase duas, vestiu um macacão limpo e foi sentar na sua cama. Suas companheiras a olhavam com desprezo. Até ouvir perto de seu ouvido:

-Olha quem voltou para os nossos braços! E ai gostou da estadia lá na suíte presidencial?

Jasmine sem pensar duas vezes pegou o braço da porto-riquenha e a dobrou colocando o atrás de seu corpo. A mulher gritou de dor.

-Eu adorei, mas se tocar em mim novamente.Você ou uma dessas suas amigas vadias e imundas eu não te mando para lá, não... Eu te mando para o inferno beijar os pés do capeta. Entendeu? Entendeu bem, querida? – Jasmine disse a ultima frase apertando mais o braço da mulher e a jogando contra as outras que observava assustadas.

Sim havia aprendido uma lição não seria mais o motivo de sarro de ninguém, já bastava na escola, em sua casa que tinha que aceitar seu padrasto tentando lhe molestar e lhe dizer coisas sujas calada até o dia que ele tentou algo contou para sua mãe e foi expulsa de casa por ela aos xingos e pontapés por forçar essa situação, pelo namorado alemão que lhe tirou do Brasil para chegar em um país estrangeiro e sumir sem dizer pra onde foi. Pela mulher do Sr. Jorge que injustamente lhe armou uma armadilha e ser despedida por puro ciúme, por acreditar que aquele infeliz lhe dera o presente para se desculpar realmente por ter sido tão grosso e por ultimo pela surra que levou das “companheiras” de cela.  A lição tinha sido aprendida e ninguém mais lhe faria de idiota. Ninguém.
Se deitou para descansar e foi só o tempo de colocar a cabeça no travesseiro e ouviu seu nome ser chamado pela guarda.

- Jasmine, o diretor quer te ver.

Jasmine levantou e foi em direção a sala do diretor. A guarda bateu na porta e entrou.

-Esta aqui a donzela.
-Nos deixe a sós.

A guarda saiu e o diretor pediu:

-Sente–se!  - Jasmine sentou-se na cadeira.  -Não estava na cidade, cheguei hoje de viagem e quando cheguei recebi o relatório sobre a briga na sua cela.  Sei o que aconteceu e você não deveria ter sido jogada naquela cela.

Jasmine olhou para ele depois de sete dias enfiada naquele inferno ele vinha lhe dizer isso. Sim Deus estava a castigando pela mentira e pela vida dupla que ela estava vivendo só tinha essa explicação.

-Acho que o Estado tem que pedir duas vezes desculpa para a senhorita. – continuou o diretor.

Jasmine não estava entendendo o que aquele senhor estava dizendo. Como assim o Estado devia duas vezes o pedido de perdão para ela? Só quando ele lhe estendeu o braço com um papel em mãos que ela entendeu. Ela pegou a folha e começou a ler. À medida que ia chegando ao fim da descrição da folha, Jasmine empalideceu, apenas fechou os olhos e sentiu que seu coração havia parado e que iria sair pela boca...


Quando o portão foi aberto ela mal conseguiu enxergar um palmo a sua frente. A penitenciaria era escura e sombria e ver o sol novamente fora daquele lugar era um sonho que não esperava tão cedo.  Agora iria para casa e com certeza iria...

- Jasmine?

A voz veio do outro lado da rua, ela teve dificuldades em ver a pessoa. Mas nunca... Jamais deixaria de reconhecer aquela voz. Era ele, estava lá em pé do lado do seu porsche, vestido com uma calça preta e com uma camiseta vermelha, com os cabelos negro baixo e muito lindo como sempre.
Seu sangue voltou a correr pelas suas veias, voltou a respirar depois de tanto tempo sem vida e foi em direção dele. Não se abraçaram, ela parou na frente dele e levantou seu braço e abriu sua mão, ele a imitou levantou o braço e enlaçou a sua mão. Jasmine fechou os olhos e o sentiu. Fechou os olhos e ele que deu o primeiro passo e chegou bem próximo dela. Ele baixou o seu rosto a tocando apenas com o seu nariz delicado, Jasmine não se movia apenas deixou ele passar o gélido e empinado nariz em seu rosto. A loção de barba era deliciosa e lhe fazia sentir as sensações mais loucas que uma mulher podia sentir, Bill a olhou com lágrimas nos olhos, seus dedos ainda estavam entrelaçados. Jasmine pode perceber a lágrima que rolava no rosto de Bill, ela limpou com a ponta do dedo e apenas disse:

-Não vou permitir que ela caia. Chega não vou permitir que nada e ninguém mais nos machuque. Essa lágrima não cairá, nem ela e nem outra...  A partir de hoje seremos felizes!

Ela levou a mão de Bill aos lábios e a beijou. Depois o abraçou e o beijou como se fosse a primeira vez em cem anos que ela provava aquela boca e sentiu mais uma vez o piercing. Bill deixou que ela conduzisse o beijo e depois do beijo a abraçou e a conduziu até o carro...


-Cadê o resto do pessoal? – perguntou Jasmine já dentro da banheira do flat de Bill.
-Tiramos folga, pelo menos por hoje... Ou por essas horas, quero matar a saudade do seu corpo, do seu cheiro e da forma que se entrega quando esta em meus braços.
-Nossa, como se fosse muito difícil estar em seus braços. Como se fosse um sacrifício sentir suas mãos. Seu cheiro. Qualquer mulher ficaria presa por 30 dias para ter essa recompensa que eu estou tendo.

Bill jogou água nos olhos de Jasmine e essa gritou e sorriu. Bill a puxou pelas pernas e a colocou em seu colo.

-Como você sabia que eu sairia àquela hora da prisão. Você estava me esperando? -perguntou Jasmine se aninhando nos braços de Bill.
-Não. Eu não sabia. Fui todo macho pronto para invadir a penitenciaria para te resgatar... Aí quando chego vejo o portão abrir e você sair.

Jasmine sorriu para Bill.

-Sim, me resgatar... Você todo fortão assim... Sei, sei...

Bill ficou sério e a olhou profundamente bem dentro de seus olhos.

-Você não tem noção como foi esses dias para eu, ter que respirar e viver sem ter você do meu lado. Pensei que eu fosse enlouquecer, foi meu amor por você que me fez ficar forte e ir a luta, enfrentar e colocar minha vida em risco por aquilo que realmente acreditava e acredito que vai me fazer feliz pelo resto da minha vida. Tirando meu irmão você é a razão de eu estar vivo hoje. Eu te amo Jasmine, e nunca jamais amei ou amarei alguém assim.

Jasmine nada disse apenas sorriu e o beijou suavemente. Bill a ergueu um pouco apenas para o encaixe. E ouviu Bill lhe pedindo baixinho.

-Não se mova ainda. Deixa eu te sentir, quero sentir o seu calor. Quero sentir a sua textura.

E depois de um tempo ele começou a mover a sua cintura lentamente.

-Eu te sinto. Sinto-te dentro de mim como se fossemos parte um do outro. - disse ele indo beijar-lhe o bico de um seio. Ele passava a língua e o sugava de uma forma lenta e sensual.

Jasmine movimentava-se devagar e para dar-lhe mais prazer mexia sua cintura e rebolava o deixando mais excitado. Suas bocas não se separavam e a cada gemido que ela deixava escapar ele ia se tornando mais feroz.  Com uma força tirada sabe-se lá de onde, ele se levantou ainda dentro de Jasmine e a levou para cama. A deitou sobre a enorme cama, parou um segundo para olhar-lhe e sem perder tempo beijou-lhe o pescoço. Com os lábios, língua e dentes, chupava, lambia e mordiscava os meus seios foi descendo beijou-lhe a barriga e depois sua parte mais intima. Estava com o piercing...

-Eu amo seu piercing.

Bill subiu sorriu do comentário, afastou suas pernas e a penetrou sem delicadeza dessa vez. A bela morena o enlaçou pela cintura o permitindo ir mais forte e profundo. Os dois se permitiram gemer como nunca o fizeram.  A entrega foi completa e sem barreiras, Jasmine estava chegando ao ponto máximo quando o puxou bruscamente pelo cabelo e o forçou a olhá-la.

-Bill eu te amo como nunca amei outro em toda minha vida. Sou tua até o dia da minha morte.

E foi depois dessa frase Bill não tinha o que esperar mais. Entrou o Maximo que pôde dentro dela e sem demora lhe apresentou um lugar especial chamado paraíso.
Dormiram abraçados, satisfeitos e felizes...


Postado por: Alessandra

Double Life - Capítulo 42 - Hero

"É um longo caminho
Quando você encara o mundo sozinho
Ninguém estende uma mão para você segurar.
Você pode encontrar o amor
Se procurá-lo dentro de si mesmo
E o vazio que sentia, irá desaparecer..."

(Mariah Carey - Hero)

-Quanto você quer para me deixar entrar por 5 minutos como assistente? – Alê perguntou impaciente e com vontade de quebrar meia dúzia de dentes desse filho da puta.

O advogado olhou para Alê não acreditando no que a DJ estava dizendo. Ela seria presa e dificultaria muito mais a situação.

-Dê o seu preço! – o baixinho folgado disse baixo.
-Mil euros! – disse Alê.
-Não, mais!
-Meu preço é esse não dou mais um euro. É pegar ou... Pegar. - disse a DJ sempre segura de si.
-Cinco minutos, se demorar mais um segundo você não sai mais de dentro dessa cadeia.

Definitivamente Alê queria voar e socar esse cidadão. Os dois entraram em uma sala cheia de espelho e sentaram-se, depois de 1 minuto a porta foi aberta e Jasmine entrou. Alê não conseguiu se segurar e correu em direção da amiga, Jasmine a abraçou e as duas choraram. Alê olhou para o rosto da amiga e teve vontade chorar mais ainda ela estava horrível. Seus lábios estavam cortados e seu olho direito quase não abria e estava roxo. Alê a abraçou novamente e chorou dizendo a amiga:

-Vamos lhe tirar daqui, acredite. Vamos te tirar daqui, amiga! – Alê sentou-se  ao lado da amiga.
-E o Bill? Como ele esta? – perguntou morena secando as lágrimas.
-Não esta bem, mas estamos cuidando bem dele. Fique tranqüila e trate de se cuidar aqui dentro, eu tenho que ir embora, Jasmine olha não esqueça que estamos fazendo tudo para te tirar desse inferno. - a DJ mais uma vez abraçou a amiga e a beijou na testa com muito carinho.

Assim que a Dj saiu da sala o advogado explicou todo o processo e lhe tirou todas as dúvidas. Na hora que ele ia sair no final da visita. Ele foi cuidadoso em dar a noticia sobre o irmão de Jasmine.

-Sua mãe ligou e disse que precisava de mais dinheiro. Alê depositou a quantia que ela pediu.
-Ela pediu mais dinheiro? Mas porque se na segunda mesmo eu depositei uma quantia alta para ela. Foi o João? Ele piorou?

O advogado baixou os olhos e não pode mentir e nem contar a verdade.

-João... João...

Jasmine não chorou apenas também baixou os olhos e terminou de ouvir o advogado que foi rápido e depois de uma hora dentro da sala a deixou sozinha. O guarda veio buscá-la e a levou para cela. Chegando na cela as companheiras foram sarcásticas com Jasmine.

-E ai bonequinha já vai nos deixar?
-Me deixe em paz! - foi tudo o que Jasmine conseguiu responder subindo em seu beliche e deitando-se de costas para as demais...

Já passavam da onze horas da noite quando Bill despertou e sentou-se na cama suado e assustado.

-Jasmine! – gritou.

Tom e Alê que estavam jantando na cozinha chegaram no quarto correndo.

-Bill, o que foi?
-Jasmine, tenho que ir visitá-la, agora! Ele jogava as palavras sem nexo e andava de um lado para outro dizendo as mesmas palavras.
-Eu preciso vê-la...Eu preciso vê-la!
-Bill, amanhã você vai vê-la o Doutor Conseguiu uma visita de 15 minutos, fique calmo meu irmão, fique calmo. Amanhã você a verá, agora volta pra cama e tente dormir mais um pouco.

Tom deitou com ele na grande cama e esperou que o irmão adormecesse. O Doutor Nicolaev tinha oferecido cinco mil euros para o baixinho folgado para que Bill pudesse encontrar com a namorada. Tom achou melhor o irmão visitá-la seria melhor ele encontrá-la machucada do que essa falta de contato.
Alê cobriu os dois irmãos na grande cama e foi dormir só no quarto de hospede...


Naquela noite estava muito frio e Jasmine estava encolhida em sua cama pensando em João. Ela tinha que sair daquele bueiro o mais rápido possível tinha que ir ver o irmão urgente. João era o ar que ela respirava estava quase dormindo quando foi arrastada por quatro mãos para fora de sua cama. Tentou gritar, mas sua boca foi bruscamente tampada por uma mão.Jasmine tentava se soltar daqueles braços, mas era inútil. Um punho acertou o rosto de Jasmine e ela ouviu:

-Vamos deixar você em paz sim mocinha, depois desse belo corretivo que vamos lhe dar.

Sentiu sua cabeça ser batida contra a grade, ela sentiu o sangue descer de suas narinas Foi derrubada no chão de concreto e o que sentiu só foi um chute em seu estomago isso foi a ultima coisa que viu e sentiu.
Na manhã seguinte, ao passar pela cela para liberar as presas para o café da manhã a policial viu Jasmine estirada no chão frio.

-Porra, o que aconteceu aqui? – gritou a policial.
-Ela começou.Foi ela que começou a nos xingar, uma vaca folgada! – disse a gorda, chefe da cela.
-Foi isso o que aconteceu?

Jasmine não conseguia responder, pois seu corpo doía demais.

-Estou falando com você. O que aconteceu?

Como Jasmine não falou a policial chamou outra guarda e disse rispidamente para ela.

-Me ajude a levar essa espertinha para pensar.

Jasmine só sentiu onde estava quando despertou realmente do transe. O buraco fedia, não havia janela e tinha uma luz fraca, o chão era sujo e ela se encolheu no canto e rezou. Fazia tempo que não conversava com Deus, pediu a ele que a levasse... Pediu a morte...


Tom e Alê despertaram com o som da campainha do celular.


-Alô? Oi... - fez a pausa. -O que? Como assim? Não pode ser? Não! Nem sei o que fazer, não sei o que vou fazer, ok vamos nos falando. Tchau!
-O que foi, Tom?- perguntou Alê.
-Jasmine, se envolveu em uma briga, esta na solitária e não receberá visitas por sete dias.

Alê não disse nada apenas olhou para porta e viu Bill em pé em sua frente. Ele tinha ouvido toda a conversa. Tom seguiu os olhos de Alê e apenas sentou na cama.

-Eu ia te falar, Bill ela apanhou esta machucada...
-Tom não quero saber vamos agora para boate, nosso plano começa agora para tirar Jasmine daquele inferno, se tenho que esperar sete dias para vê-la, eu espero, pois quando for visitá-la ela estará livre e vira para casa conosco. Se vista e vamos rápido. Vamos tirá-la de lá.

Tom olhou para Alê e estranhou o Bill que estava em sua frente, com certeza o irmão mais novo tinha se curado do trauma da perda de seus pais. Trocaram-se e foram todos para a boate.
A delegada e Bruno já estavam esperando os no escritório de Bruno tendo em mãos alguns documentos importante para a vida de Jasmine e o plano deu se inicio...

À noite no restaurante ela entrou, a atendente veio lhe pegar o pedido. Ela pediu devolveu o cardápio para a mesma atendente e lhe sorriu. A morena jogou o cabelo, olhou para ele e baixou os olhos com vergonha, ele sorriu da timidez da bela morena. Ela voltou a subir os olhos e a olhá-lo nos olhos. Sua bebida chegou, colocou o canudinho na boca e sugou a bebida sensualmente. O flerte continuou por 15 minutos, ele se levantou e quando passou pela mesa dela jogou-lhe o cartão.
Ela pegou e guardou no bolso, esperou ele sair, o viu entrar no carro e sair. Ela pagou a conta e saiu também. Entrou dentro do carro e leu o bilhete.

“Adoro Morenas...”.

Ela apenas riu e disse para o motorista.

-Ele caiu! Vou ligar e encontrá-lo amanhã mesmo.

O encontro foi marcado e na hora marcada ela apertou o interfone. O recepcionista anunciou-lhe e ela subiu. Ela tocou a campainha e ele mesmo veio atender a porta.

-Boa tarde...
-Pensei que íamos almoçar? Você disse que almoçaríamos, eu espero lá embaixo e...
-Não, venha entre beba algo e já descemos para o restaurante do hotel.
-Não sei se devo.
-Venha, morena entre não tenha medo de mim eu não arranco pedaço.

A bela morena entrou no quarto e sentou se no sofá. Cruzou suas generosas pernas e deixou-as á mostra...


Postado por: Alessandra


Double Life - Capítulo 41 - Self Deception

"Eu joguei a parte e peguei a culpa
Enquanto você finge nada é real
A vida se tornou noites enquanto você dorme
Sangue escorrendo, isto é um sonho?"

(Lacuna Coil - Self Deception)

Ao chegar no hospital Jasmine foi levada a uma sala e lhe pediram para ela tirar toda a roupa e começou a ser examinada.

-Esses machucados foi o seu cafetão quem fez? É verdade? – perguntou uma das enfermeiras.
-Foi! – lembrou das palavras de um dos investigadores que disse em alto e bom som que se ela falasse sobre a surra ia ser bem pior.
-E essa mordida? Também foi o seu cafetão?

Jasmine lembrou da mordida em seu ombro que Bill deu no dia que transaram em seu escritório. Lágrimas escorreram de seus olhos, lembrou de Bill naquele instante, como ele estaria reagindo a tudo aquilo. Ela mentira tantas vezes para ele, será que ele acreditaria nela? Não conseguiu responder a pergunta da enfermeira apenas baixou os olhos e chorou calada.

-Coloque a roupa terminamos.

Jasmine pensou qual seria o seu destino a partir de agora. O que fariam com ela pra onde a levaria? Colocou suas roupas, duas policiais a algemaram e a colocaram no carro. Chegaram em um prédio enorme, o carro entrou no prédio e Jasmine foi tirada a força de dentro dele. Entrou em outra sala e lhe deram um macacão cinza e um sabonete.

-Agora vá até aquele banheiro tome banho e coloque a sua roupa. Você tem 3 minutos.

A morena obedeceu tirou mais uma vez sua roupa e ligou o chuveiro. A água não era quente, jasmine entrou embaixo dela e quase morreu de frio, se ensaboou rapidamente e saiu do banho vestindo o macacão. Saiu do banheiro e encontrou a delegada que tanto lhe ajudará na noite anterior.

-Jasmine seu nome, né?
-Sim!
-Bom você já sabe meu nome. Chamo-me Karine, você ficara aqui até o dia do seu julgamento. Dividirá a cela com mais seis detentas. Bom você tem um bom advogado e hoje mesmo ele virá falar com você.
-E quando poderei receber visitas?
-Só a semana que vem! – a delegada percebeu as lágrimas que se formavam nos olhos da morena e falou baixo quase no ouvido dela. – Vou hoje mesmo atrás desse cara que lhe deu o presente. Mas vou devagar senão acabamos ferrando a sua vida. Temos que montar uma estratégia e fazer ele confessar.
-Por favor, eu queria pelo menos falar com o meu namorado. Só falar... – Jasmine não conseguia segurar as lágrimas.

Seus olhos não abriam mais, havia chorado tanto que seus olhos estavam excessivamente inchados.

-Um segundo!

A delegada olhou para o lado verificando se não tinha ninguém por perto e disse:

-Um segundo e se ouvir alguém se aproximando desligue rapidamente. Não quero me encrencar...

Bill acordou e viu o irmão e a DJ dormindo no sofá. Tinha certeza que era um pesadelo, mas infelizmente não era. Queria acordar daquele sonho terrível, levantou-se e foi até a janela olhou para fora e viu a garoa fina que caia lá fora.  Hoje ele ia ver Jasmine de qualquer jeito.
Seus pensamentos foram interrompidos pelo som de seu celular ele olhou e não conhecia o número. Mas mesmo assim atendeu:

-Alô?
-Bill... Bill... Meu amor! –Jasmine disse com voz baixa.
-Jasmine... Minha morena! – essas palavras foram pronunciadas alta que acordou Tom e Alê.
-Bill, eu só liguei para dizer que sou inocente.
-Eu sei, meu amor, eu acredito em você. E vou te tirar daí... Vou sim!
-Eu te amo. Nunca esqueça disso.
-Eu também... Jasmine? Jasmine?  – ela já não estava mais na linha.

Bill sentou na beira da cama e chorou olhando para o celular. Tom resolveu que àquela hora era a hora de contar o motivo da prisão de Jasmine. Bill ouviu tudo embasbacado. Nunca virá Jasmine nem com um cigarro, como isso seria possível?

-Bill ela recebeu uma caixa daquele homem que você bateu lá no hotel. Ele é obcecado por Jasmine. Com certeza foi uma cilada.  – disse Alê.
-Tom, vamos atrás dele. Fácil!  O pegamos e terá que confessar.
-Bill meu irmão você chega a ser bobo de tão inocente. Você acha mesmo que ele vai confessar? Nunca. Olha a delegada que esta cuidando do caso vai nos ajudar.  Não vamos nos meter, podemos até prejudicar Jasmine. Vamos esperar e receber as instruções. Ok?
-Mas eu posso visitá-la?
-Bill só a semana que vem. Sei que é tudo muito difícil, mas terá que esperar meu irmão não há nada que você possa fazer além de esperar.

Bill baixou a cabeça e disse um baixo e triste sim...

Jasmine depois que desligou o celular com Bill entregou o celular para a delegada e ouviu uma senhora robusta e de cabelos curtos dizer:

-Vamos por ali!

O ‘ali’ para Jasmine era o inferno. Ela foi conduzida para um corredor gelado e parou de frente a cela.

-Opa, opa carne fresca!

A guarda abriu aporta de uma cela.

-Entre.

Jasmine não conseguia dar um passo estava com tanto medo que suas pernas congelaram e não conseguia se mover.

-Anda logo! – empurrou a guarda.

A cela era escura não era apertada. Tinha uma mesinha, um espelho, um armário e 4 beliches.  A mulher loira foi a primeira a quebrar o silencio da cela.

-Seja bem vinda belezinha. Por que a mandaram para cá? O que a boneca fez de errado?
-Eu sou inocente.

Todas na cela riram da frase de Jasmine.

-Sim, todas nós somos.

Jasmine foi para seu beliche e deitou. Não era suja e nem cheirava mal. O que incomodava era aquelas mulheres a observando como se ela estive nua. Carne fresca. Ela se sentiu subitamente aterrorizada. Deitou em sua cama, decidiu dormir, esquecer aquele martírio quem sabe dormiria, acordaria e perceberia que tudo aquilo não era um terrível pesadelo...


Naquela noite a boate funcionou normalmente. Bruno convenceu que não sabia da droga e pagou um cafezinho muito alto para os policiais para não fechar sua boate. Dy e Alê estavam proibidas de comentar sobre o ocorrido e para os outros funcionários da boate, Jasmine tinha ido para o Brasil visitar seus familiares.
Naquela noite o celular de Jasmine tocou e foi Alê quem atendeu. Era uma mulher que falava em português.

-Alô?
-Jasmine, sou eu!
-Desculpe, a Jasmine foi viajar e deixou o celular comigo.
-Viajar? Pra onde? Bom, não interessa, apenas diga que preciso de mais dinheiro. E que o João foi internado. Obrigada e tchau.

Alê ficou passada de ver a frieza da pessoa com quem acabará de falar. Devia ser a mãe de Jasmine, pois ela sempre falou muito mal da mãe. E agora essa, o irmão que ela tanto amava doente. Coitada da amiga como ia falar lhe sobre esse problema.
Naquela noite Alê, Bill, Tom e Bruno tinha uma reunião secreta com a detetive Karine na casa de Alê. Tentariam arrumar um jeito de pegar o tal cliente.

Bruno foi o primeiro a falar sobre o tal cliente.

-Ele sempre foi um ótimo cliente. Minhas meninas só dançavam para ele, sempre pedia as morenas, pagava sempre em dia e sempre pagava muito bem. Nunca tive problema com ele.
-Você disse que ele sempre queria dançarinas morenas? Ele exigia sempre essa característica na moça que dançaria para ele?  - perguntou a detetive anotando em seu caderno.
-Sim... Era a única exigência dele. Morena e de cabelos compridos. – disse Bruno.
-Peraí... Peraí... Morenas? – Disse Alê se levantando.
-Alê o que foi? Você nos assustou. - disse Tom com um ponto de interrogação enorme no rosto.
-Bruno, você tem certeza que aquelas duas moças voltaram para o seu país?
-Que duas moças, Alê? Do que você esta falando? – perguntou Bruno sem entender nada do que a DJ falava.
-Meu Deus, lembra daquelas duas morenas que dançavam na boate e de um dia para o outro deixou um bilhete dizendo que tinham voltado para o seu país? Foi o ano passado. Como elas se chamavam? Minha cabeça essa hora da madrugada não funciona mais...
-Alê, eu me lembro. Eu lembro sim era a Flavia e a Rubia elas enviaram um cartão de agradecimento por tudo o que eu fiz para elas e não apareceram mais. Um foi em janeiro e a outra foi em Outubro ou novembro. Mas o que elas tem a ver com tudo isso?
-Elas dançaram para o Senhor Montez? - perguntou Bill.
-Sim, mas se recusaram ir à segunda vez porque ele... Meu Deus... Meu Deus... Será que ele as... Meu Deus! – Bruno não acreditava naquilo que Alê estava querendo dizer.
-As duas mandaram cartão de agradecimento pelo correio? - perguntou Karine.
-Sim! – Bruno estava indignado com a possível descoberta. -Os dois cartões chegaram pelo correio.
-E você nunca achou estranho? - perguntou Bill.
-Não, algumas moças não agüentam a distancia da família e não ficam por muito tempo. Nunca achei estranho. Não foram as únicas, perdi mais de 10 moças em menos de dois anos.
-E você tem os cartões ainda guardados com você? – a detetive pergunta. – Você pode me entregá-los?
-Sim vou procurar no meu escritório e te dou.
- Bom gente acho que estamos diante de um assassino em série e muito perigoso. Temos que tomar muito cuidado e sermos os mais discretos possíveis. Bruno providencie tudo o que tiver relação com esse louco e me entregue. Eu estou indo embora amanha de manha vou visitar Jasmine na cadeia.
-Eu vou junto! – Diz Bill.

Tom apenas olhou para o advogado e não disse nada. Todos foram embora e Bill mais uma noite foi dormir na casa de Tom. Alê o acompanhou também para ajudar a cuidar do irmão de seu namorado. Chegando na casa de Tom Bill foi tomar banho e Alê conversou baixo com Tom.

-E agora como vamos impedi-lo de ver Jasmine?
-Só tem um jeito. Sei que vai doer mais em mim fazer isso, mas tenho que fazê-lo!

Tom ligou para o Doutor Korn e depois pediu que Alê fizesse um chá para o irmão. Ao sair do banho Bill se sentou na cama e ficou pensativo. Tom queria cortar os pulsos ao ver o irmão mais novo naquela tristeza. Ofereceu-lhe o chá e depois colocou o irmão para dormir. Deu lhe um beijo na testa e não conseguiu conter a lágrima que pingou na face do irmão mais novo que já dormia. Alê vendo a situação de Tom abraçou-lhe por trás e lhe disse:

-Vamos para o quarto ele vai dormir por 24 horas. Deixe-o descansar venha agora eu vou tomar conta de você. 

Tomaram um banho de banheira Alê fez uma massagem em Tom que não resistiu deitou sobre a Dj. O sexo não durou muito, mas foi relaxante e desestressante para ambos. Dormiram abraçados.
Tom no outro dia foi para a reunião com os franceses e deixou Georg tomando conta de seu irmão. Alê foi à penitenciária visitar Jasmine com o advogado.

-Ela não pode entrar. Só o advogado! – disse um guarda baixo e careca com cara de estriga.
-Mas ela é minha assistente.
-Cadê a carteira de advogada da sua assistente. Quero ver!

Alê olhou para aquele idiota, fechou o punho e logo após fechou os olhos... 


Postado por: Alessandra


Arquivos do Blog