sábado, 24 de dezembro de 2011

The Babysitter - Capítulo 16

Ana's Pov

Quando cheguei ao meu antigo apartamento, o encontrei vazio, mamãe deve ter saído para algum lugar, era melhor assim, pelo menos podia ficar um pouco sozinha e colocar meus pensamentos no lugar. Entrei no meu quarto jogando as malas em qualquer lugar e me deitei na cama, fechei os olhos e chorei, chorei muito, era muito injusto tudo o que estava acontecendo, Dona Simone não deveria ter me mandado embora daquele jeito, poderia pelo menos ouvir todas as versões do ocorrido. Uma coisa que odiava fazer era remoer as coisas e ficar chorando pelos cantos, me levantei da cama e fui tomar um banho, talvez a água quente me faça relaxar e esquecer um pouco do que aconteceu hoje, mas isso seria impossível, já que os olhos assustados da Megan ficavam cutucando minha mente, será uma missão impossível esquecer aquela garotinha.


Depois do banho troquei de roupa e fui para a cozinha procurar um remédio para a dor de cabeça que estava me matando. Logo minha mãe chegou e me vendo naquela estado, olhos vermelhos, assim como o nariz e a cara mais murcha que maracujá velho. Tive que explicar tudo o que aconteceu e minha mãe falou um monte, e ainda deu razão a Simone, vê se pode uma coisa dessas. Minutos depois voltei para o quarto e fiquei sentada na cama, a dor de cabeça começou a amenizar conforme o remédio ia fazendo efeito e eu rezava para o sono chegar o mais depressa possível. Aquela sensação de perda era a pior que eu já tinha sentido na minha vida. Nunca perdi nada que tivesse real importância, afinal nunca nada tinha sido tão importante para mim, mas Megan tinha um pedaço do meu coração. Fechei os olhos e lembrei da forma como Simone me empurrou para fora, do jeito que estava acuada e magoada num canto da sala abraçando a Megan. Aquela noite passei praticamente em claro, era difícil pegar no sono com tantos pensamentos e um coração machucado.


Eu estava a dois dias nessa agonia e pela primeira vez desejei ser como minha mãe. Não se aprisionar demais em nada, nunca se aproximar demais de ninguém, para não sofrer quando ela fosse embora, ou no meu caso, eu fosse embora. Essa a forma de vida que eu invejava nela. Simone tinha me mandado embora e jamais falaria comigo de novo. Já que minha ficha está suja como babá, é melhor procurar outro emprego, pois ficar choramingando pelos cantos que não vai dar. Além do mais ela não poderá me impedir de chegar perto da Megan, quando for a escola ou no clube, a não ser que coloquem um segurança para vigiá-la, ai complicou mesmo, mas não custa tentar.


No dia seguinte, meia hora antes do horário que Megan sai da escola, peguei um táxi e fui para lá, fiquei na pracinha ao lado esperando que o portão se abrisse. Logo o ecoar estridente do sino, avisou a saída das crianças, o portão foi aberto e fiquei atenta a cada rostinho que aparecia, cada garotinha loira que passava pela rua, mas nenhuma era a Megan. Era de se esperar, depois do que aconteceu ela não teria animo para ir escola, mas isso aconteceu durante a semana inteira, o que me deixou muito preocupada, pois nem ao clube ela ia.


Na semana seguinte, voltei a escola mas dessa vez na hora da entrada, e ela também não apareceu, voltei para casa mais preocupada ainda, meu coração estava ficando muito apertado e a vontade de chorar durante a noite só crescia. Passou-se o mês e meu ânimo estava lá em baixo, não tinha apetite e muito menos vontade de levantar da cama e ir procurar alguma coisa para fazer. Tom não veio me visitar uma única vez, telefonou umas quatro vezes apenas dizendo que estava com saudades e que estava tudo bem por lá. O que não me convenceu em nada, se estivesse tudo bem, ele me ligaria mais vezes e vinha me visitar, tem alguma coisa errada nessa história.


Tom's Pov.

Desde de que a Ana foi embora, Megan se trancou no quarto onde a Ana dormia e não saí de lá para nada, não vai a escola, ao clube e não abre para ninguém, até a porta da sacada ela deixou trancada, para que nem mesmo o Bill, que tinha mais afinidade com ela, pudesse entrar. Não sei se ela estava comendo direito, talvez fizesse isso quando não tinha ninguém em casa, ou durante a noite, só sei que ela estava sentindo muito falta da Ana, tem dias que ela grita chamando pela "Mãe" é assim que ela chama a Ana, chora muito e por mais que quiséssemos ouvir o que ela tinha para falar, ela não abre a porta.


Minha mãe não sabia mais o que fazer para tirá-la do quarto, ela parou de trabalhar para vigiar a Megan, as coisas no estúdio não estavam indo nada bem, Bill estava de muito mal humor por que a Joss depois do término do namoro, se agarrou ainda mais nele. Eu não sei o que pensar, sinceramente não gostei do que vi na sala de jogos, a Ana realmente se excedeu batendo naquele jeito na Joss, ainda mais na frente da Megan. As vezes acho que minha mãe tomou a decisão certa em demitir a Ana e ao mesmo tempo, acho que foi precipitado da parte dela. Eu sinto muita falta dela, de poder vê-la, mas eu não consigo encará-la, de certa forma fiquei muito espantado com o que vi. Liguei poucas vezes avisando que as coisas aqui estavam melhores, mas não estão e é melhor não contar a verdade a ela, pois se não é capaz de ela vir aqui para casa e arrumar mais confusão.


Já tinha se completado um mês desde o incidente, era uma quarta-feira a noite, estava quase esmurrando a porta do quarto onde Megan estava e ela não abria. Já estava ficando cansado daquilo e resolvi entrar por outro lugar. Fui para o meu quarto e fiz o mesmo que a Ana no dia que transamos, pulei para a sacada do outro quarto, a porta continuava fechada, como não tinha outra solução, peguei um pequeno vazo de cerâmica que ficava ali e quebrei o vidro, passei o braço até alcançar a fechadura e finalmente consegui abrir. Entrei no quarto e Megan não estava nele, abri a porta do banheiro e Megan estava caída perto do boxe, mais pálida do que já é, me ajoelhei no chão e toquei seu rosto, me espantei com a quentura dele, estava ardendo em febre. A peguei com cuidado do colo, e coloquei deitada na cama, gritei pelo nome da minha mãe diversas vezes e ela não apareceu, Bill também não estava em casa, "Por que quando mais precisamos ninguém aparece?"


_ Megan, acorda pequena. - Toquei seu rosto novamente e a febre parecia aumentar. - Vamos lá Megan, fale comigo. - Seu corpo remexeu um pouco e ela tentava sussurrar alguma coisa.


Megan: Ma...Mamãe!


Não tinha outra alternativa, tinha que ligar para Ana, se Megan não a ver poderá ficar mais doente ainda. Peguei meu celular no bolso da calça e disquei o número dela, em alguns toque ela atendeu, resumidamente tentei falar tudo o que estava acontecendo, nem preciso dizer que ela ficou uma fera comigo, por ter escondido o que estava acontecendo todo esse tempo. Disse que ia pegar um táxi e me encontrava no hospital que levaria Megan, peguei uma mochila coloquei uma muda de roupas, os documentos, carreguei Megan no colo e corri até o carro. Quando cheguei, a recepcionista logo me reconheceu, preenchi a ficha e logo apareceu os enfermeiros com a maca e levaram a pequena para tomar soro. Fiquei um tempo sentado em um banco um pouco confortável até que a Ana chegasse, o que não demorou muito, logo ela apareceu toda descabelada, roupa amassada e ofegante.


Ana: Onde ela está?


_ Levaram-a para tomar soro.


Ana: Quero vê-la agora.


_ Mas eu não ganho nem um beijinho? Estou com saudades.


Meio a contragosto, entortou a boca e me deu um selinho, a essa altura do campeonato não estava nem ligando se alguém tinha visto ou não. Uma hora todos vão ficar sabendo mesmo, só espero que a Ana saiba muito bem lidar com a pressão da mídia e os fãs. Segurei sua mão e fomos até o quarto onde Megan estava, um enfermeiro checava o saquinho de soro. Ana aproximou-se do rosto da Megan e lhe deu um beijo na bochecha. Ela se mexeu um pouco. Depois foi despertando calmamente. Abriu os olhos devagar, fechando-os em seguida. Os abriu novamente, até a olhar.


Megan: Mamãe!


Ana: Olá querida! Como você está?


Megan: Me sinto cansada, mas estou muito feliz por estar aqui, senti tanto a sua falta.


Ana: Eu também meu amor. O que aconteceu com você? Está magrinha demais.


Megan: Isso não importa agora. Mamãe, eu te amo tanto. - Ana suspirou pesadamente e levantou o olhar que já estava marejado.


Ana: Pequena, você sabe que eu não sou sua mãe, mas saiba que você é uma criança maravilhosa, a melhor coisa que me aconteceu nessa vida. Eu te amo muito.


As duas se abraçaram e as lágrimas rolaram em ambas as faces. Meus olhos marejaram, e segurei as lágrimas. Não queria chorar na frente de ninguém, não agora. Logo o médio entrou na sala para fazer alguns exames na Megan, o que foi constatado inicio de anemia, se não a trouxéssemos imediatamente, o quadro poderia se agravar. Minutos depois, enquanto estava na lanchonete pedindo um café com leite, senti meu celular tremendo no bolso, e quando o peguei para atender vi que era minha mãe. Avisei que estava no hospital com a Megan, pois ela havia passado mal e logo estaríamos em casa. Ela insistiu em vir, mas como a Ana está aqui, minha mãe poderia querer arrumar confusão novamente. Umas duas horas depois, Megan depois de medicada teve alta e pudermos ir para o estacionamento pegar o carro.


Megan: Mãe, você não vai com agente?


Ana: Você sabe que não posso, sua tia pode ficar muito brava comigo.


Megan: Eu vou contar a ela o que aconteceu de verdade. - Ela se vira para mim. - E Tom, faça o favor de olhar a câmera de segurança.


Putz! Como fui me esquecer dessa bendita câmera de segurança? Um mês de sofrimento e a solução estava em baixo do meu nariz, como fui burro. Ao chegarmos em casa, levei Megan para o seu quarto, ela parecia estar um pouco cansada ainda. Assim que sai do seu quarto, desci correndo as escadas e fui para o escritório, liguei o computador e procurei pelas câmeras de segurança, temos algumas câmeras escondidas em lugares estratégicos, e na sala de jogos, pois temos um cofre lá dentro. Assim que achei o vídeo com a data e o horário do incidente, observei atentamente as imagens, assim que Joss e Megan entraram na sala, já tinha sacado muito coisa, quando a Joss segurou os braços da Megan e começou a gritar com ela. Até achava a Joss gostosa a um tempo atrás, mas ir com a cara dela eu nunca fui. Fiquei puto da vida quando ela ofendeu minha mãe, o Bill, e bateu no rosto da Megan. Não acredito que o Bill foi tão burro em namorar com um garota assim, tanto fingimento por causa de um contrato com a gravadora?Ana teve toda razão em bater na Joss, ela merecia muito mais, será crueldade demais mostrar esse vídeo para a gravadora? Hum, eu acho que não.


No dia seguinte, acordei bem cedo e fui ver como Megan estava, parecia estar bem melhor, um sorriso no rosto e os olhos brilhavam mais, agora eu entendo a falta que a Ana faz nessa casa. Depois de tomar o meu café da manhã, fui conversar com a minha mãe, a levei para o escritório e mostrei o vídeo a ela. Sua expressão de arrependimento me cortava o coração, ela chorava tanto que chegou a soluçar, suas mãos tremiam e sussurrava algo como: "Meu Deus, o que foi que eu fiz?"


_ Mãe, acho melhor a senhora se acalmar e procurar pela Ana. - Me aproximo da cadeira que está sentada, e me abaixo ficando a sua altura. - Agora que sabe toda a verdade, é melhor pedir desculpas. Megan sofreu muito com a ausência dela, e tenho certeza que a Ana também sofreu.


Ana's Pov.


Alguns dias depois de ver Megan no hospital, Tom me ligou avisando que ela estava muito melhor, mas ainda sentia saudades. Briguei com ele por ter me escondido tudo o que estava acontecendo com a Megan e por não vir me visitar, oras somos namorados agora, precisamos ficar um tempo juntos. E falando no namoro, a mídia de algum jeito descobriu sobre o nosso relacionamento, talvez tenha sido quando beijei o Tom lá no hospital, só sei que estão me caçando por ai.


Estava na cozinha terminando de preparar o meu almoço, já que minha mãe novamente não está em casa e com certeza deve estar com algum franguinho por ai, quando ouvi a campainha tocar. Desliguei o fogo para não ter o risco da comida queimar, limpei as mãos no guardanapo e fui atender a porta, nem mesmo olhei pelo olho mágico para ver quem era. E eu deveria ter feito isso, assim respirava fundo e talvez abrisse a porta para a senhora de cabelos negros e olhos amendoados a minha frente. Minhas pernas ficaram bambas e tive que me segurar na porta para não cair, não tive coragem de encarar aqueles olhos, que outro dia queriam me fazer desaparecer.


_ Dona Simone! - Me afastei da porta para lhe dar passagem e entrar no comodo. - Que surpresa! Não esperava pela sua visita. - Minha voz saiu quase tremula tamanho o meu nervosismo, realmente não esperava que ela viesse aqui, não depois do que aconteceu.


Simone: Me...Me desculpe. - Ela me abraça e começa a chorar. Retribuo o seu abraço - Fui tão injusta com você. Agi sem pensar, não sei como pude duvidar do seu amor pela Megan. Pensei que a Joss fosse uma boa pessoa, mas depois do vídeo que vi, ela nunca mais fará parte da minha família.


_ Não se preocupe com isso. Fiquei muito chateada com o que aconteceu, mas a senhora só agiu desse jeito, pois achava que era o melhor a se fazer. - Me desvencilio do seu abraço e olho em seus olhos já vermelhos pelo choro. - Me desculpe por ter agido daquele jeito perto da Megan. Mas, não suportei ouvir os gritos da Megan e não fazer nada.


Simone: Vamos esquecer isso querida. - Segura em minhas mãos. - Agora, faça suas malas e volte para a sua casa, onde você jamais deveria ter saído.


Após ouvi aquilo, abracei-a e desabei a chorar em seu ombro, senti tanto a falta daquela mulher que me acolheu tão bem em sua casa, não era minha patroa, era minha segunda mãe. Algum tempo depois, conversamos sobre algumas coisas enquanto ela me ajudava a arrumar as malas, estava muito feliz por ela me aceitar de volta.Deixei um bilhete em cima da cama da minha mãe, avisando que os problemas com os Kaulitz haviam se resolvido e iria voltar a morar com eles. Logo já estava com todas as malas no carro e seguindo novamente, depois de um mês distante, para a casa onde minha vida havia mudado completamente.


Entramos pelo Hall e tudo continuava do mesmo jeito que estava antes de sair, entrei na cozinha e não pude deixar de me emocionar com a cena: Bill, Megan e Tom estavam atrás do balcão, e em cima do mesmo um bolo meio torto, escrito algo como "Bem-Vinda ao Lar", eu sei que eles não são muito bons na cozinha, mas o que vale é a intenção. Megan foi a primeira a vir me abraçar, aquele abraço quentinho que senti tanta falta, por mim eu ficaria ali para sempre, era tão bom. Bill também me comprimentou com um abraço carinhoso, ele me parecia bem mais feliz, o seu sorriso denunciava algo bom que estava acontecendo. Quando voltei meus olhos para o Tom, ele me lançou um sorriso tão lindo, ele estava lindo, usando aquela camiseta preta, uma camisa xadrez vermelha por cima e seu boné-gorro.


Andei até ele, o abraçando fortemente, levei minhas mãos até seu rosto e senti seus braços me apertarem pela cintura. Brinquei com suas tranças, aqueles olhos amendoados, que brilhavam quase sem piscar na direção dos meus, de repente desviaram seu objetivo em direção a minha boca. Aproximei meu rosto do seu e o beijei, um beijo que começou calmo foi ficando mais intenso, me puxou para mais perto aprofundando o beijo, nossas línguas brigavam por espaço, até que se encontraram em perfeita sintonia. De repente Tom me carregou e me fez sentar em cima do balcão, entrelacei meus braços em seu pescoço e ele abriu mais minhas pernas para ficar no meio delas. O beijo foi ficando cada vez mais intenso, mas sabe aquela sensação de que tem mais alguém dividindo o mesmo espaço que você? Pois bem, haviam mais três pessoas, tanto que umas delas me salvou de fazer alguma besteira.


Simone: Garotos parem de se agarrarem na minha cozinha, ainda mais em cima do balcão. Se querem fazer alguma coisa, vão para o quarto, na piscina, menos na minha cozinha.


Apesar do tom da sua voz estar firme, o brilho em seus olhos a condenava. Ela não conseguia ficar brava com a gente. Ainda envergonhada com aquela situação, desci do balcão e com a ajuda do Tom, peguei minhas malas e subi para o quarto, mas logo descemos novamente para a cozinha pois queria provar daquele bolo que eles fizeram, e apesar de estar um pouco torto, o sabor era bem agradável. Megan não desgrudava da minha perna, parecia um bicho preguiça que quando se ajeita em um galho de árvore, passa horas por lá. Bill não ficou muito tempo conosco, disse que precisava sair e encontrar um pessoa, posso estar enganada, mas deve ser algum rabo de saia, só espero que tudo se ajeite para o Bill, pois ele merece ser feliz.


Uma semana se passou e no meu ponto de vista estava tudo normal, minha rotina na casa era a mesma, Megan voltou para a escola e para as aulas de natação. Tom estava mais fofo ainda, apesar de que no meio da semana, ele me trancou no seu quarto e me fez usar aquele seu presente de Natal. Bill apareceu com uma "amiga" para jantar com agente, pelo que eu conheço do Bill, ele não trás outras garotas para conhecer a família, a não ser que seja um compromisso mais sério. Sabe quando você olha para a pessoa e vai com a cara dela? Foi isso o que aconteceu comigo, olhei para a Talita, com seus cabelos castanhos até os ombros, liso com alguns raros cachos, pele branca, olhos castanhos, tem um estilo de menininha, meio patricinha sabe? Gostei muito dela. Mas não custa nada ficar de olho. E a Joss? Essa está com a ficha muito suja, perdeu o contrato com a gravadora, a imprensa ficou sabendo de algumas coisas, mas o vídeo mesmo, pedi para que o Tom não mostrasse, por mais que ela tenha nos feito muito mal, seria muito cruel fazer isso com ela.


Hoje Megan e eu passamos a tarde no shopping, compramos tantas roupas, sapatos e ursinhos também, afinal nós duas amamos pelúcias. Na praça de alimentação nos esbaldamos de sanduiches e sorvetes, sair com a Megan era como se tivesse uma velha e melhor amiga do seu lado, conversamos sobre muitos assuntos, só não avancei muito o sinal em algumas coisas, pois apesar de ela entender muito sobre variados assuntos, ela ainda é uma criança. A caminhonete estava quase explodindo de tantas sacolas quando voltamos para a casa, tanto que tive que pedir ajuda ao Tom para me ajudar a levar as sacolas para o quarto. Os meninos continuam firmes no estúdio preparando o novo albúm, os G's assumiram o namoro para a imprensa, o que repercutiu muito em vários países, ainda mais quando o Tom decidiu fazer o mesmo em relação a nós dois. Bill e Tah, estão se conhecendo melhor, então é melhor deixar em segredo por enquanto, nos tornamos grandes amigas se querem saber.


Depois do jantar, assistimos a um filme até que interessante que o Tom havia alugado, e antes mesmo dele acabar Megan reclamou que estava morrendo de sono. Dei um selinho no Tom, peguei a pequena no colo e subi para o seu quarto. Coloquei Megan deitada na cama e peguei uma roupa de dormir em seu guarda-roupa, pegando uma calça e uma camisa leve. Tirei toda a sua roupinha e coloquei as calças, ela mexia as pernas e eu lhe fazia cócegas; coloquei sua blusa e ela se deitou novamente. Mas antes que pudesse sair do seu quarto, ela me chamou, com uma voz manhosa.


_ Que foi, amorzinho?


Megan: Dorme aqui comigo.


_ Tudo bem.


Fui para o meu quarto, peguei um short e uma camiseta frouxa, entrei no banheiro e me troquei. Voltei para o quarto da Megan e me deitei na cama de barriga para cima, depois fiquei de lado brincando com suas mãozinhas. Finalmente estava naquela casa e depois de tanto sofrimento tinha minha vida de volta, como amo essa pequena, agora minha filha de coração, pelo menos, por agora.
 

Fim!

Postado por: Alessandra | Fonte: x

The Babysitter - Capítulo 15

Ana's Pov

Já estava pronta para deixar o restaurante, esperávamos apenas a conta, Tom sustentava um sorriso lascivo no rosto, já planejando onde me levaria depois de sairmos daqui. Por pouco não fomos pegos enquanto nos amassávamos, ficaria muito envergonhada se isso acontecesse. Depois de pagar pelo jantar, voltamos para o seu carro. Durante o caminho para onde Tom pretendia me levar, fomos em silêncio, confesso que, por mais que soubesse o que rolaria entre nós, estava curiosa para saber onde aconteceria. Demorou mais tempo do que imaginava para chegarmos ao local, e percebi que estávamos fora da cidade, mais precisamente em Berlim.


Tom parou em frente a um prédio muito bonito por sinal, saiu do carro e deu a volta para abrir a minha porta, segurou em minha mão e jogou as chaves para um dos rapazes guardar o carro no estacionamento. Me pediu para segurar o elevador, enquanto ia até a recepção falar com a atendente. Depois de sairmos do elevador, caminhamos por um corredor até pararmos em frente a uma porta e assim que foi aberta, fiquei um tanto surpresa com o lugar. Na verdade era um apartamento, (o seu apartamento, comprou para ter um pouco de privacidade) a decoração era muito chamativa. As paredes vermelhas, assim como os sofás, tinha até uma lareira. No quarto, a cama de casal era preta, o lençol e as fronhas eram brancas e havia uma luminária no teto.

Tom: Vem aqui, quero te mostrar uma coisa. - Disse me puxando pra sacada. A vista do apartamento era fascinante. Tom me encostou no parapeito respirou fundo e disse com aqueles olhinhos sexy’s e brilhantes. - Me chame de louco, me dê um fora, faça o que quiser...Mas antes me ouça, por favor. - Ele fechou os olhos, respirou fundo novamente e continuou - Ana, você é linda! Perfeita, sabe? Até demais pra mim...E eu não quero te perder. Olha, três meses parecem pouco, certo? E se formos pensar é realmente pouco. Mas o que eu sinto aqui dentro faz esses meses parecerem anos. E cara, o seu beijo é a melhor coisa do mundo, e eu pareço um gay aqui agora. - Ele desviou o seu olhar do meu, ficando sem graça. Tirou de um dos bolsos de sua calça larga, uma caixinha de veludo preto - Você quer namorar comigo?


Ele tirou o anel da caixinha e a guardou no bolso, eu estava paralisada, eu queria dizer Sim! Sim oh se quero! Passou alguns minutos e ainda não tinha respondido, estava felicíssima, Tom me pedindo em namoro? Vai boca fala sim logo!


_ Aceito - Foi única coisa que consegui falar


Tom: Meu amor - Ele colocou o anel em meu dedo anelar da mão direita, acho que hoje foi o dia mais bonito da minha vida, e um sorriso brilhou de orelha a orelha em seu rosto, seguido de lágrimas, eu também não aguentei e logo meus olhos transbordavam água - Eu te amo mais que tudo nessa vida - Me puxou para perto dele me enchendo de beijos e abraços, prolongamos um pouco mais esse momento adicionando algumas caricias, um pouco mais quentes. Cada passo até a cama era um beijo que me fazia arrepiar. Minutos depois estávamos os dois embriagados pelo prazer.

Na manhã seguinte, acordei sentindo uma brisa leve e quente soprando na minha nuca. Abri devagarzinho os meus olhos, Tom estava me abraçando por trás com o seu rosto apoiado no meu ombro direito. A sensação de aconchego era boa. Seu cheiro fascinante e sua pele quente faziam com que eu ficasse isolada do mundo que nos cercava. Fiquei uns minutos admirando ele dormir tão tranquilamente e tentando gravar essa imagem de nós juntos na minha memória até conseguir arranjar coragem para me afastar dele. Acariciei suas mãos entrelaçadas na minha cintura e as tirei de cima de mim, tentando me levantar com cuidado.

Tom: Hmm... - Murmurou baixinho, se mexeu um pouco e abriu os olhos dorminhocos. – Aonde você vai?

_ No banheiro, já volto.

Daquele dia em diante, passamos muito tempo juntos, contamos aos seus pais, e a minha mãe, sobre o nosso namoro e eles ficaram muito felizes com isso, até Bill ficou feliz por nós. Mas depois que os ensaios com a banda começou e as vezes o Tom se atrasava para ir ao estúdio, (a culpa não era minha) Jost ficou no pé dele para explicar o porquê dos atrasos. Quando Tom me levou até o estúdio, David entendeu o que estava acontecendo, e a algazarra foi maior ainda quando Tom entrelaçou nossas mãos e me deu um beijo nos lábios, na frente de todos.

David: Vamos erguer as mãos para o céu e agradecer por essa bênção. - David se ajoelhou, assim como Georg e Gustav e levantaram as mãos. - Finalmente nosso Tom desencalhou.
X.X

Era Domingo, já se passavam das 23:00, estava na sala assistindo um pouco de TV esperando o sono vir. Levei Megan para dormir mais cedo essa noite, pois ela estava bem cansada, os outros moradores também já estavam em seus aposentos. Como a noite estava um pouco gélida, usava uma calça de moleton, meias e uma blusa. Kasimir estava dormindo no meu colo, praticamente durante o filme todo. Depois que o filme acabou, fiquei zapeando os canais a procura de algo mais interessante para ver, ouvi passos na escada, mas não me virei para ver quem era. Só fui perceber, quando Tom entrou na sala usando apenas uma calça de moleton, deixando seu belo tronco totalmente exposto, fora que a calça estava um pouco baixa e podia ver perfeitamente a sua virilha. Se aproximou do sofá me olhando de cima abaixo, talvez estranhando aquela roupa linda que estava usando e disse:

Tom: Estou começando a ficar com ciúmes desse animais. Eles ficam o tempo inteiro no seu colo. Será que também não mereço um pouco de carinho?

Pediu ele com uma carinha pidona irresistível. Tirei com cuidado o gato do meu colo, em seguida tirando os pelos. Bati em minhas coxas para que ele viesse se sentar.

_ Venha cá bebezão. - Nem preciso dizer a cara de satisfação que ele fez. Se sentou com cuidado no meu colo, e apoiando sua cabeça no meu ombro, perguntou: 


Tom: O que está assistindo?

_ Nada de interessante, apenas estou esperando o sono chegar.

Tom: Posso ficar aqui com você? - Murmurei um "uhum" e afundou o rosto na curvatura do meu pescoço. Instantes depois o senti beijando aquela região me fazendo estremecer.

_ Tom, deixei ficá-lo aqui de boa, não é para abusar também. - Disse fingindo estar brava. Ele se comportou. Encostou seu nariz novamente naquela região aspirando meu perfume.

Tom: Me desculpe, mas é que seu cheiro é muito bom.

Continuamos a assistir TV por alguns, quando de repente ele levanta sua cabeça e fica me encarando, seus olhos estavam tão fixos nos meus e sua boca tão próxima a minha.

_ O que foi Tom?

Tom: Dorme comigo? Faz tempo que não dormimos abraçadinhos, sinto sua falta durante a noite.

_ Tudo bem! Mas só por que hoje está muito frio. Você sabe que fico envergonhada pelo seus pais, ainda mais por que sempre que ficamos juntos, acaba acontecendo outra coisa.

Ficamos mais um tempo ali na sala depois que desligamos a TV, mas quem conhece o Tom, como eu estava conhecendo, sabe muito bem que ele não permanece por muito tempo quieto. Começou com algumas caricias, deslizando seus dedos por meus braços, naquele momento Tom já estava deitado com a cabeça em minhas pernas, enquanto meus braços pousavam em seu peito nu, que a cada segundo ia se esquentando mais, quando inventei de passar os dedos levemente pelosgomos da sua barriga. Desci meus dedos desde seu pescoço até o cós de sua calça, o vi fechar os olhos e suspirar.
Tom: Ah, não faz essas coisas que eu perco o controle. - Falou, levantando a cabeça. - Não me provoque. Sabe que te amo. Tenho sentimentos profundos e fortes por você e também tenho sentimentos na cueca. E eu não tenho controle sobre esses sentimentos na cueca.

Foi impossível não gargalhar depois dessa. Depois que me recuperei um pouco, em um movimento rápido, Tom me colocou deitada no sofá e se deitou por cima de mim. Ele acariciava meu rosto olhando em meus olhos e passava as mãos em meus braços, começou a mexer nos meus cabelos, e me beijou suavemente na boca, no rosto e no pescoço. Cravei minhas unhas em seus ombros, jogando a cabeça para trás enquanto ele descia os beijos para o meu pescoço. Tom afastou minhas pernas e encaixou-se entre-elas, ele apenas puxou-me, entranhando suas mãos em meus cabelos e me beijou, mostrando-me o quanto me amava. Eu não duvidava que fosse muito, eu duvidava que fosse mais que eu. Suas mãos começaram a explorar meu corpo, parando em pontos estratégicos, as vezes apertando minha cintura me fazendo arfar e gemer. Seus lábios, em determinado ponto, cansaram-se de me beijar a boca e foram descendo, traçando um rastro ardente pelo meu pescoço enquanto eu arqueava e quase arrancava seus cabelos de tanto prazer. Não sei como, mas, no momento seguinte, eu estava sentada no colo dele, com seus braços ao meu redor, suas mãos acariciando levemente meu corpo.


Tom: É melhor irmos dormir.


Concordei e quando fiz menção de me levantar, senti suas mãos indo para a minha bunda, se levantou do sofá me levando carregada pela escada. Segurei em seus ombros e por mais que não fosse tão pesada, percebei que foi um pouco difícil para ele me carregar até o quarto, amanhã ele estará com dor nas costas por isso. Me deitou com cuidado na cama, e depois de usar o banheiro, se deitou ao meu lado, me abraçando por trás e acabamos dormindo juntinhos, eliminando um pouco do frio que estava sentindo.
No mês seguinte, Megan continuava com suas aulas de natação, e até se inscreveu para um campeonato infantil lá do clube. Nas duas vezes que íamos a sua aula, ela se empenhava bastante, para nadar cada vez mais rápido e melhor. No dia do campeonato, depois do almoço, Simone, Gordon e os meninos fomos levar Megan até o clube, e bom, teve uma certa confusão já que eles são bem conhecidos e as outras garotas mais velhas queriam de todo jeito agarrá-los, é óbvio que fiquei com ciúmes do Tom, ainda mais que uma se atreveu a beijá-lo no rosto, quase no canto da boca mesmo. Mas depois que a confusão terminou, Megan foi se preparar com as outras garotinhas para iniciar a competição, enquanto o pessoal e eu fomos procurar um bom lugar para nos sentarmos. Quando as meninas voltaram, me levantei e comecei a gritar feito louca o nome da Megan a incentivando. Assim que elas pularam na água, Megan ficou um pouco atrás de uma outra loirinha lá, essa tinha o nariz muito empinado, quando passei por ela outro dia.

_ VAMOS LÁ MEGAN, VOCÊ CONSEGUE. NÃO DEIXA ESSA PIRRALHA GANHAR DE VOCÊ. - Senti uma mão me puxando pela cintura e acabei me sentando na cadeira.

Tom: Será que da para, parar de gritar, meus ouvidos estão doendo.

_ Não ligo.


Dei de ombros e voltei a ficar em pé e a gritar feito doida incentivando Megan a nadar mais rápido. Mas todo o meu esforço foi em vão, a pequena ficou em segundo lugar, mesmo assim estava muito orgulhosa dela e disse que ano que vem ela tenta de novo e dessa vez irá vencer. Quando chegamos em casa, percebi que havia mais um carro estacionado perto da garagem, presumi que fosse da Joss, e assim que entrei na cozinha, tive certeza que era ela. Primeiro, por que a cozinha estava uma bagunça, pois quando saímos de casa, estava tudo limpo e segundo, por que ouvi uma risada estridente vindo da sala de estar.
Caminhei em direção ao comodo e vi que Bill e ela estavam assistindo algum seriado de comédia, dei uma "Olá" para os dois e subi para o meu quarto, não ia lavar a louça que estava lá na pia, ela que tivesse o bom senso de fazer isso. Umas duas horas depois, sai do meu quarto e fui para a cozinha e para minha surpresa encontrei o Bill em frente a pia, e pelo laço branco nas suas costas, estava usando o avental. Fui até a geladeira pegando a jarra de suco e um copo no armário, enquanto tomava o líquido percebi que Bill estava um pouco cabisbaixo, lavando toda aquela louça.

_ Precisa de ajuda? - Levantou sua cabeça e me olhando fixamente respondeu:

Bill: Não, obrigado. Não achei justo você lavar tudo de novo. Joss deveria ter feito isso, mas ela acha isso nojento.

_ Hum...obrigada. - Fiquei em silêncio por alguns segundos, observando Bill terminar de lavar o ultimo copo. - Você me parece triste, aconteceu alguma coisa?

Bill: Vou terminar com ela. Cansei da sua voz, da sua forma ignorante de pensar, de como ela me trata. Preciso de um tempo sozinho.

Dava para ver em seu rosto que ele estava nervoso, triste e ao mesmo aliviado por tomar aquela decisão. Bill se virou de costas, toquei seu ombro e o fiz virar-se de frente para mim. Os seus olhos se apoderaram de uma vontade imensa de desabar, ali mesmo. Ele começou a andar, mas o segurei pelo pulso e o abracei fortemente, senti seu copo relaxando e começou a fungar, estava chorando em silêncio.

_ Não fique assim Bill, tenho certeza que vai ser melhor assim. Daqui a pouco aparecerá uma garota bem legal em sua vida, acredite em mim.

Uma semana depois, estava limpando o meu quarto, quando ouvi um grito da Megan no andar de baixo, parei o que estava fazendo e desci as escadas correndo em direção ao comodo de onde vinham mais gritos que pareciam estar sendo abafados. Quanto mais me aproximava de uma das portas que davam para o salão de jogos, podia ouvir uma voz estridente, com certeza deveria ser a Joss. Parei em frente a porta e aproximei meu ouvido para tentar ouvir a conversa:

Joss: Foi você que convenceu o Bill a terminar comigo não é pirralha?

Megan: Não tenho culpa se ele cansou da sua voz de gralha, sua cara de vadia e mentalidade de lesma. - Tive que rir dessa, não imaginava que Megan podia pegar tão pesado assim, aquela carinha anjo engana muito.

Joss: Olha aqui pirralha, se você pensa que vou perder o Bill e o contrato com a gravadora, você está muito enganada. Vou te infernizar pelo resto da vida.

Megan: Você vai perder o contrato, por que não tem talento...

De repente ouvi um estalo e mais um grito da Megan, aquilo foi a gota d'água, entrei correndo na sala e vi Megan sentada no chão com a mão sobre o rosto que estava vermelho, vi que seu braço também tinham marcas das mãos da Joss. Minha única reação foi partir para cima daquela vadia e lhe dar uns belos tapas, puxar seu cabelo e arranhar cada pedaço de pele exposta. Joss gritava feito louca, me xingando de todos os palavrões possíveis, mas nem ligava para isso, queria mesmo era acabar com a raça dela. Mas aquela briga não durou muito, pois mais alguém entrou na sala e me tirou de cima daquela vaca. Tom me segurava pela barriga, me impedindo de avançar contra Joss, e vi Bill também estava a segurando.

Logo Simone também apareceu, olhou para Joss que estava com o rosto sangrando muito, e seu sangue estava nos meus punhos, afinal era bem mais forte que ela. Simone me olhou em seguida e sua expressão não me agradava, senti um arrepio na espinha e um frio agonizante na barriga. Desviou seu olhar do meu e se abaixou para pegar Megan no colo e levá-la para outro comodo, vi que me Megan estava muito assustada e chorava muito, talvez por minha culpa, tinha esmurrado a Joss na frente de uma garota de cinco anos, e isso não se faz.Tom me levou para o quarto, entrei no banheiro para me limpar de todo aquele sangue, me olhei no espelho e vi um pequeno corte na bochecha esquerda. Me lembrei do olhar frio de Simone e comecei a chorar, provavelmente irei perder o emprego. Quando sai do quarto, Tom estava sentado na poltrona, logo se levantou e me abraçou fortemente, quando nos separamos, olhou em meus olhos e perguntou:

Tom: Por que estava brigando com a Joss?

_ Não viu as marcas avermelhadas na Megan? Aquela vadia estava batendo nela. - Comecei a respirar fundo, me lembrando do estalo que ouvi. - Ninguém bate na minha criança. Além do mais, Joss só estava com o Bill, por causa do contrato com a gravadora.

Tom: Você tem certeza do que está falando?

_ É claro! Não confia em mim?

Tom: Confio, mas essa é uma acusação muito grave.

Não tive tempo de responder, Simone entrou no quarto avisando que precisava conversar comigo no seu escritório. Suspirei pesadamente e a segui pelo corredor de cabeça baixa, já estava me preparando para ouvi um sermão daqueles e ser demitida, antes mesmo de chegar a sua sala, minhas mãos começaram a ficar geladas e tremulas. Ela se sentou na sua cadeira e me pediu para sentar a sua frente, ficou em silêncio e de cabeça baixa por alguns minutos, abriu uma das gavetas pegando um papel e os rasgando ao meio, acredito que aquele papel fosse o meu contrato, meu peito começou a doer naquele momento, e algumas lágrimas insistiam em cair. Depois de tirar um bolo de dinheiro e colocar sobre a mesa, levantou sua cabeça me olhando tristonha e esbravejou.

Simone: O que pensa que estava fazendo batendo na Joss daquele jeito? - Se levantou e começou a andar pelo comodo. - Pensei que fosse uma garota tranquila, que não fosse capaz de fazer o que fez. Você tem noção do que fez? - Permaneci de cabeça baixa e não respondi. - Joss é uma moça tão boa, não acredito que você tenha batido nela, ainda mais na frente da Megan.

_ Só bati na Joss, por que ela bateu na Megan primeiro. - Praticamente sussurrei, minha garganta estava doendo. - Acha que teria coragem de bater na Megan também?

Simone: Depois do que vi hoje, não duvido de mais nada. - Suas palavras me machucaram, a forma como ela estava me olhando, deu a entender que ela não acreditava em mim. - Pegue esse dinheiro, arrume suas coisas e vá embora. Você é uma má influência para Megan.

Me levantei da cadeira e caminhei até a porta, não iria pegar o dinheiro, aquilo não amenizaria a dor que estava sentindo, jamais pensei que me afastariam da Megan, só estava a protegendo, eu a amo demais, como se fosse minha filha, mas já que Simone não acredita em mim e como conhece a Joss a bem mais tempo, com certeza ficará ao lado dela. Quando ia abrir a porta, a mesma se abriu rapidamente quase batendo em meu rosto, Megan entrou na sala chorando muito.

Megan: Não, não! - Se agarrou em minhas pernas - Não tia, eu não quero que a mamãe vá! - Arregalei os olhos, tinha ouvido direito, ela me chamou de mãe? Agora não era hora de ficar emocionada com isso, apesar de meu coração se aquecer com as suas palavras. Ainda tremula me abaixei para ficar a sua altura.

_ Calma, meu amor, tudo vai ficar bem! - Falei abraçando-a - Sua tia tem razão, eu bati na Joss na sua frente, sou uma má influência a você.

Megan: Não quero que ela vá tia, não quero que mamãe se vá!

_ Megan, eu não sou sua mãe, sou sua babá.

Simone afastou Megan de mim, subi as escadas e entrei no quarto para arrumar as minhas malas, peguei todos meus pertences e joguei em cima da cama, depois colocando de qualquer jeito dentro da mala. Vi Tom entrar no quarto, mas não olhei para ele, estava sentindo muita vergonha e raiva ao mesmo tempo. O senti me abraçando por trás apoiando seu rosto em meu ombro, com sua voz um pouco tremula me pedindo para não ir embora. Não podia fazer nada, Simone é quem tem controle dessa casa e do meu contrato, se ela quer que eu vá embora, eu tenho que ir.

O abracei e pedi que prestasse atenção no que eu tinha para lhe falar, assentiu com a cabeça e avisei que vou para meu antigo apartamento morar com a minha mãe, que pode me visitar quando puder, se ele me ama como diz, vai acreditar em mim e tentar me ajudar. Ele me perguntou o que aconteceria agora, com o nosso namoro e respondi que mesmo distantes podemos continuar a nos ver.

Terminei de fazer minhas malas e lhe deu um selinho demorado, sai do quarto com o meu peito doendo, descendo as escadas, olhei Megan acredito que pela ultima vez, podia sentir a rapidez com que meu coração batia, chegava até minha garganta, me fazendo soluçar, em meio a tanto choro. Simone não deixou que me aproximasse da pequena, abaixei a cabeça andando até a porta, mas antes de sair, olhei para trás procurando pelos olhos da Megan, dei um sorriso fraco e fui embora daquela casa.
Postado por: Alessandra

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