sábado, 24 de dezembro de 2011

The Babysitter - Capítulo 15

Ana's Pov

Já estava pronta para deixar o restaurante, esperávamos apenas a conta, Tom sustentava um sorriso lascivo no rosto, já planejando onde me levaria depois de sairmos daqui. Por pouco não fomos pegos enquanto nos amassávamos, ficaria muito envergonhada se isso acontecesse. Depois de pagar pelo jantar, voltamos para o seu carro. Durante o caminho para onde Tom pretendia me levar, fomos em silêncio, confesso que, por mais que soubesse o que rolaria entre nós, estava curiosa para saber onde aconteceria. Demorou mais tempo do que imaginava para chegarmos ao local, e percebi que estávamos fora da cidade, mais precisamente em Berlim.


Tom parou em frente a um prédio muito bonito por sinal, saiu do carro e deu a volta para abrir a minha porta, segurou em minha mão e jogou as chaves para um dos rapazes guardar o carro no estacionamento. Me pediu para segurar o elevador, enquanto ia até a recepção falar com a atendente. Depois de sairmos do elevador, caminhamos por um corredor até pararmos em frente a uma porta e assim que foi aberta, fiquei um tanto surpresa com o lugar. Na verdade era um apartamento, (o seu apartamento, comprou para ter um pouco de privacidade) a decoração era muito chamativa. As paredes vermelhas, assim como os sofás, tinha até uma lareira. No quarto, a cama de casal era preta, o lençol e as fronhas eram brancas e havia uma luminária no teto.

Tom: Vem aqui, quero te mostrar uma coisa. - Disse me puxando pra sacada. A vista do apartamento era fascinante. Tom me encostou no parapeito respirou fundo e disse com aqueles olhinhos sexy’s e brilhantes. - Me chame de louco, me dê um fora, faça o que quiser...Mas antes me ouça, por favor. - Ele fechou os olhos, respirou fundo novamente e continuou - Ana, você é linda! Perfeita, sabe? Até demais pra mim...E eu não quero te perder. Olha, três meses parecem pouco, certo? E se formos pensar é realmente pouco. Mas o que eu sinto aqui dentro faz esses meses parecerem anos. E cara, o seu beijo é a melhor coisa do mundo, e eu pareço um gay aqui agora. - Ele desviou o seu olhar do meu, ficando sem graça. Tirou de um dos bolsos de sua calça larga, uma caixinha de veludo preto - Você quer namorar comigo?


Ele tirou o anel da caixinha e a guardou no bolso, eu estava paralisada, eu queria dizer Sim! Sim oh se quero! Passou alguns minutos e ainda não tinha respondido, estava felicíssima, Tom me pedindo em namoro? Vai boca fala sim logo!


_ Aceito - Foi única coisa que consegui falar


Tom: Meu amor - Ele colocou o anel em meu dedo anelar da mão direita, acho que hoje foi o dia mais bonito da minha vida, e um sorriso brilhou de orelha a orelha em seu rosto, seguido de lágrimas, eu também não aguentei e logo meus olhos transbordavam água - Eu te amo mais que tudo nessa vida - Me puxou para perto dele me enchendo de beijos e abraços, prolongamos um pouco mais esse momento adicionando algumas caricias, um pouco mais quentes. Cada passo até a cama era um beijo que me fazia arrepiar. Minutos depois estávamos os dois embriagados pelo prazer.

Na manhã seguinte, acordei sentindo uma brisa leve e quente soprando na minha nuca. Abri devagarzinho os meus olhos, Tom estava me abraçando por trás com o seu rosto apoiado no meu ombro direito. A sensação de aconchego era boa. Seu cheiro fascinante e sua pele quente faziam com que eu ficasse isolada do mundo que nos cercava. Fiquei uns minutos admirando ele dormir tão tranquilamente e tentando gravar essa imagem de nós juntos na minha memória até conseguir arranjar coragem para me afastar dele. Acariciei suas mãos entrelaçadas na minha cintura e as tirei de cima de mim, tentando me levantar com cuidado.

Tom: Hmm... - Murmurou baixinho, se mexeu um pouco e abriu os olhos dorminhocos. – Aonde você vai?

_ No banheiro, já volto.

Daquele dia em diante, passamos muito tempo juntos, contamos aos seus pais, e a minha mãe, sobre o nosso namoro e eles ficaram muito felizes com isso, até Bill ficou feliz por nós. Mas depois que os ensaios com a banda começou e as vezes o Tom se atrasava para ir ao estúdio, (a culpa não era minha) Jost ficou no pé dele para explicar o porquê dos atrasos. Quando Tom me levou até o estúdio, David entendeu o que estava acontecendo, e a algazarra foi maior ainda quando Tom entrelaçou nossas mãos e me deu um beijo nos lábios, na frente de todos.

David: Vamos erguer as mãos para o céu e agradecer por essa bênção. - David se ajoelhou, assim como Georg e Gustav e levantaram as mãos. - Finalmente nosso Tom desencalhou.
X.X

Era Domingo, já se passavam das 23:00, estava na sala assistindo um pouco de TV esperando o sono vir. Levei Megan para dormir mais cedo essa noite, pois ela estava bem cansada, os outros moradores também já estavam em seus aposentos. Como a noite estava um pouco gélida, usava uma calça de moleton, meias e uma blusa. Kasimir estava dormindo no meu colo, praticamente durante o filme todo. Depois que o filme acabou, fiquei zapeando os canais a procura de algo mais interessante para ver, ouvi passos na escada, mas não me virei para ver quem era. Só fui perceber, quando Tom entrou na sala usando apenas uma calça de moleton, deixando seu belo tronco totalmente exposto, fora que a calça estava um pouco baixa e podia ver perfeitamente a sua virilha. Se aproximou do sofá me olhando de cima abaixo, talvez estranhando aquela roupa linda que estava usando e disse:

Tom: Estou começando a ficar com ciúmes desse animais. Eles ficam o tempo inteiro no seu colo. Será que também não mereço um pouco de carinho?

Pediu ele com uma carinha pidona irresistível. Tirei com cuidado o gato do meu colo, em seguida tirando os pelos. Bati em minhas coxas para que ele viesse se sentar.

_ Venha cá bebezão. - Nem preciso dizer a cara de satisfação que ele fez. Se sentou com cuidado no meu colo, e apoiando sua cabeça no meu ombro, perguntou: 


Tom: O que está assistindo?

_ Nada de interessante, apenas estou esperando o sono chegar.

Tom: Posso ficar aqui com você? - Murmurei um "uhum" e afundou o rosto na curvatura do meu pescoço. Instantes depois o senti beijando aquela região me fazendo estremecer.

_ Tom, deixei ficá-lo aqui de boa, não é para abusar também. - Disse fingindo estar brava. Ele se comportou. Encostou seu nariz novamente naquela região aspirando meu perfume.

Tom: Me desculpe, mas é que seu cheiro é muito bom.

Continuamos a assistir TV por alguns, quando de repente ele levanta sua cabeça e fica me encarando, seus olhos estavam tão fixos nos meus e sua boca tão próxima a minha.

_ O que foi Tom?

Tom: Dorme comigo? Faz tempo que não dormimos abraçadinhos, sinto sua falta durante a noite.

_ Tudo bem! Mas só por que hoje está muito frio. Você sabe que fico envergonhada pelo seus pais, ainda mais por que sempre que ficamos juntos, acaba acontecendo outra coisa.

Ficamos mais um tempo ali na sala depois que desligamos a TV, mas quem conhece o Tom, como eu estava conhecendo, sabe muito bem que ele não permanece por muito tempo quieto. Começou com algumas caricias, deslizando seus dedos por meus braços, naquele momento Tom já estava deitado com a cabeça em minhas pernas, enquanto meus braços pousavam em seu peito nu, que a cada segundo ia se esquentando mais, quando inventei de passar os dedos levemente pelosgomos da sua barriga. Desci meus dedos desde seu pescoço até o cós de sua calça, o vi fechar os olhos e suspirar.
Tom: Ah, não faz essas coisas que eu perco o controle. - Falou, levantando a cabeça. - Não me provoque. Sabe que te amo. Tenho sentimentos profundos e fortes por você e também tenho sentimentos na cueca. E eu não tenho controle sobre esses sentimentos na cueca.

Foi impossível não gargalhar depois dessa. Depois que me recuperei um pouco, em um movimento rápido, Tom me colocou deitada no sofá e se deitou por cima de mim. Ele acariciava meu rosto olhando em meus olhos e passava as mãos em meus braços, começou a mexer nos meus cabelos, e me beijou suavemente na boca, no rosto e no pescoço. Cravei minhas unhas em seus ombros, jogando a cabeça para trás enquanto ele descia os beijos para o meu pescoço. Tom afastou minhas pernas e encaixou-se entre-elas, ele apenas puxou-me, entranhando suas mãos em meus cabelos e me beijou, mostrando-me o quanto me amava. Eu não duvidava que fosse muito, eu duvidava que fosse mais que eu. Suas mãos começaram a explorar meu corpo, parando em pontos estratégicos, as vezes apertando minha cintura me fazendo arfar e gemer. Seus lábios, em determinado ponto, cansaram-se de me beijar a boca e foram descendo, traçando um rastro ardente pelo meu pescoço enquanto eu arqueava e quase arrancava seus cabelos de tanto prazer. Não sei como, mas, no momento seguinte, eu estava sentada no colo dele, com seus braços ao meu redor, suas mãos acariciando levemente meu corpo.


Tom: É melhor irmos dormir.


Concordei e quando fiz menção de me levantar, senti suas mãos indo para a minha bunda, se levantou do sofá me levando carregada pela escada. Segurei em seus ombros e por mais que não fosse tão pesada, percebei que foi um pouco difícil para ele me carregar até o quarto, amanhã ele estará com dor nas costas por isso. Me deitou com cuidado na cama, e depois de usar o banheiro, se deitou ao meu lado, me abraçando por trás e acabamos dormindo juntinhos, eliminando um pouco do frio que estava sentindo.
No mês seguinte, Megan continuava com suas aulas de natação, e até se inscreveu para um campeonato infantil lá do clube. Nas duas vezes que íamos a sua aula, ela se empenhava bastante, para nadar cada vez mais rápido e melhor. No dia do campeonato, depois do almoço, Simone, Gordon e os meninos fomos levar Megan até o clube, e bom, teve uma certa confusão já que eles são bem conhecidos e as outras garotas mais velhas queriam de todo jeito agarrá-los, é óbvio que fiquei com ciúmes do Tom, ainda mais que uma se atreveu a beijá-lo no rosto, quase no canto da boca mesmo. Mas depois que a confusão terminou, Megan foi se preparar com as outras garotinhas para iniciar a competição, enquanto o pessoal e eu fomos procurar um bom lugar para nos sentarmos. Quando as meninas voltaram, me levantei e comecei a gritar feito louca o nome da Megan a incentivando. Assim que elas pularam na água, Megan ficou um pouco atrás de uma outra loirinha lá, essa tinha o nariz muito empinado, quando passei por ela outro dia.

_ VAMOS LÁ MEGAN, VOCÊ CONSEGUE. NÃO DEIXA ESSA PIRRALHA GANHAR DE VOCÊ. - Senti uma mão me puxando pela cintura e acabei me sentando na cadeira.

Tom: Será que da para, parar de gritar, meus ouvidos estão doendo.

_ Não ligo.


Dei de ombros e voltei a ficar em pé e a gritar feito doida incentivando Megan a nadar mais rápido. Mas todo o meu esforço foi em vão, a pequena ficou em segundo lugar, mesmo assim estava muito orgulhosa dela e disse que ano que vem ela tenta de novo e dessa vez irá vencer. Quando chegamos em casa, percebi que havia mais um carro estacionado perto da garagem, presumi que fosse da Joss, e assim que entrei na cozinha, tive certeza que era ela. Primeiro, por que a cozinha estava uma bagunça, pois quando saímos de casa, estava tudo limpo e segundo, por que ouvi uma risada estridente vindo da sala de estar.
Caminhei em direção ao comodo e vi que Bill e ela estavam assistindo algum seriado de comédia, dei uma "Olá" para os dois e subi para o meu quarto, não ia lavar a louça que estava lá na pia, ela que tivesse o bom senso de fazer isso. Umas duas horas depois, sai do meu quarto e fui para a cozinha e para minha surpresa encontrei o Bill em frente a pia, e pelo laço branco nas suas costas, estava usando o avental. Fui até a geladeira pegando a jarra de suco e um copo no armário, enquanto tomava o líquido percebi que Bill estava um pouco cabisbaixo, lavando toda aquela louça.

_ Precisa de ajuda? - Levantou sua cabeça e me olhando fixamente respondeu:

Bill: Não, obrigado. Não achei justo você lavar tudo de novo. Joss deveria ter feito isso, mas ela acha isso nojento.

_ Hum...obrigada. - Fiquei em silêncio por alguns segundos, observando Bill terminar de lavar o ultimo copo. - Você me parece triste, aconteceu alguma coisa?

Bill: Vou terminar com ela. Cansei da sua voz, da sua forma ignorante de pensar, de como ela me trata. Preciso de um tempo sozinho.

Dava para ver em seu rosto que ele estava nervoso, triste e ao mesmo aliviado por tomar aquela decisão. Bill se virou de costas, toquei seu ombro e o fiz virar-se de frente para mim. Os seus olhos se apoderaram de uma vontade imensa de desabar, ali mesmo. Ele começou a andar, mas o segurei pelo pulso e o abracei fortemente, senti seu copo relaxando e começou a fungar, estava chorando em silêncio.

_ Não fique assim Bill, tenho certeza que vai ser melhor assim. Daqui a pouco aparecerá uma garota bem legal em sua vida, acredite em mim.

Uma semana depois, estava limpando o meu quarto, quando ouvi um grito da Megan no andar de baixo, parei o que estava fazendo e desci as escadas correndo em direção ao comodo de onde vinham mais gritos que pareciam estar sendo abafados. Quanto mais me aproximava de uma das portas que davam para o salão de jogos, podia ouvir uma voz estridente, com certeza deveria ser a Joss. Parei em frente a porta e aproximei meu ouvido para tentar ouvir a conversa:

Joss: Foi você que convenceu o Bill a terminar comigo não é pirralha?

Megan: Não tenho culpa se ele cansou da sua voz de gralha, sua cara de vadia e mentalidade de lesma. - Tive que rir dessa, não imaginava que Megan podia pegar tão pesado assim, aquela carinha anjo engana muito.

Joss: Olha aqui pirralha, se você pensa que vou perder o Bill e o contrato com a gravadora, você está muito enganada. Vou te infernizar pelo resto da vida.

Megan: Você vai perder o contrato, por que não tem talento...

De repente ouvi um estalo e mais um grito da Megan, aquilo foi a gota d'água, entrei correndo na sala e vi Megan sentada no chão com a mão sobre o rosto que estava vermelho, vi que seu braço também tinham marcas das mãos da Joss. Minha única reação foi partir para cima daquela vadia e lhe dar uns belos tapas, puxar seu cabelo e arranhar cada pedaço de pele exposta. Joss gritava feito louca, me xingando de todos os palavrões possíveis, mas nem ligava para isso, queria mesmo era acabar com a raça dela. Mas aquela briga não durou muito, pois mais alguém entrou na sala e me tirou de cima daquela vaca. Tom me segurava pela barriga, me impedindo de avançar contra Joss, e vi Bill também estava a segurando.

Logo Simone também apareceu, olhou para Joss que estava com o rosto sangrando muito, e seu sangue estava nos meus punhos, afinal era bem mais forte que ela. Simone me olhou em seguida e sua expressão não me agradava, senti um arrepio na espinha e um frio agonizante na barriga. Desviou seu olhar do meu e se abaixou para pegar Megan no colo e levá-la para outro comodo, vi que me Megan estava muito assustada e chorava muito, talvez por minha culpa, tinha esmurrado a Joss na frente de uma garota de cinco anos, e isso não se faz.Tom me levou para o quarto, entrei no banheiro para me limpar de todo aquele sangue, me olhei no espelho e vi um pequeno corte na bochecha esquerda. Me lembrei do olhar frio de Simone e comecei a chorar, provavelmente irei perder o emprego. Quando sai do quarto, Tom estava sentado na poltrona, logo se levantou e me abraçou fortemente, quando nos separamos, olhou em meus olhos e perguntou:

Tom: Por que estava brigando com a Joss?

_ Não viu as marcas avermelhadas na Megan? Aquela vadia estava batendo nela. - Comecei a respirar fundo, me lembrando do estalo que ouvi. - Ninguém bate na minha criança. Além do mais, Joss só estava com o Bill, por causa do contrato com a gravadora.

Tom: Você tem certeza do que está falando?

_ É claro! Não confia em mim?

Tom: Confio, mas essa é uma acusação muito grave.

Não tive tempo de responder, Simone entrou no quarto avisando que precisava conversar comigo no seu escritório. Suspirei pesadamente e a segui pelo corredor de cabeça baixa, já estava me preparando para ouvi um sermão daqueles e ser demitida, antes mesmo de chegar a sua sala, minhas mãos começaram a ficar geladas e tremulas. Ela se sentou na sua cadeira e me pediu para sentar a sua frente, ficou em silêncio e de cabeça baixa por alguns minutos, abriu uma das gavetas pegando um papel e os rasgando ao meio, acredito que aquele papel fosse o meu contrato, meu peito começou a doer naquele momento, e algumas lágrimas insistiam em cair. Depois de tirar um bolo de dinheiro e colocar sobre a mesa, levantou sua cabeça me olhando tristonha e esbravejou.

Simone: O que pensa que estava fazendo batendo na Joss daquele jeito? - Se levantou e começou a andar pelo comodo. - Pensei que fosse uma garota tranquila, que não fosse capaz de fazer o que fez. Você tem noção do que fez? - Permaneci de cabeça baixa e não respondi. - Joss é uma moça tão boa, não acredito que você tenha batido nela, ainda mais na frente da Megan.

_ Só bati na Joss, por que ela bateu na Megan primeiro. - Praticamente sussurrei, minha garganta estava doendo. - Acha que teria coragem de bater na Megan também?

Simone: Depois do que vi hoje, não duvido de mais nada. - Suas palavras me machucaram, a forma como ela estava me olhando, deu a entender que ela não acreditava em mim. - Pegue esse dinheiro, arrume suas coisas e vá embora. Você é uma má influência para Megan.

Me levantei da cadeira e caminhei até a porta, não iria pegar o dinheiro, aquilo não amenizaria a dor que estava sentindo, jamais pensei que me afastariam da Megan, só estava a protegendo, eu a amo demais, como se fosse minha filha, mas já que Simone não acredita em mim e como conhece a Joss a bem mais tempo, com certeza ficará ao lado dela. Quando ia abrir a porta, a mesma se abriu rapidamente quase batendo em meu rosto, Megan entrou na sala chorando muito.

Megan: Não, não! - Se agarrou em minhas pernas - Não tia, eu não quero que a mamãe vá! - Arregalei os olhos, tinha ouvido direito, ela me chamou de mãe? Agora não era hora de ficar emocionada com isso, apesar de meu coração se aquecer com as suas palavras. Ainda tremula me abaixei para ficar a sua altura.

_ Calma, meu amor, tudo vai ficar bem! - Falei abraçando-a - Sua tia tem razão, eu bati na Joss na sua frente, sou uma má influência a você.

Megan: Não quero que ela vá tia, não quero que mamãe se vá!

_ Megan, eu não sou sua mãe, sou sua babá.

Simone afastou Megan de mim, subi as escadas e entrei no quarto para arrumar as minhas malas, peguei todos meus pertences e joguei em cima da cama, depois colocando de qualquer jeito dentro da mala. Vi Tom entrar no quarto, mas não olhei para ele, estava sentindo muita vergonha e raiva ao mesmo tempo. O senti me abraçando por trás apoiando seu rosto em meu ombro, com sua voz um pouco tremula me pedindo para não ir embora. Não podia fazer nada, Simone é quem tem controle dessa casa e do meu contrato, se ela quer que eu vá embora, eu tenho que ir.

O abracei e pedi que prestasse atenção no que eu tinha para lhe falar, assentiu com a cabeça e avisei que vou para meu antigo apartamento morar com a minha mãe, que pode me visitar quando puder, se ele me ama como diz, vai acreditar em mim e tentar me ajudar. Ele me perguntou o que aconteceria agora, com o nosso namoro e respondi que mesmo distantes podemos continuar a nos ver.

Terminei de fazer minhas malas e lhe deu um selinho demorado, sai do quarto com o meu peito doendo, descendo as escadas, olhei Megan acredito que pela ultima vez, podia sentir a rapidez com que meu coração batia, chegava até minha garganta, me fazendo soluçar, em meio a tanto choro. Simone não deixou que me aproximasse da pequena, abaixei a cabeça andando até a porta, mas antes de sair, olhei para trás procurando pelos olhos da Megan, dei um sorriso fraco e fui embora daquela casa.
Postado por: Alessandra

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