sábado, 24 de dezembro de 2011

The Babysitter - Capítulo 11

Ana's Pov

Dias depois do meu amasso com o Bill na varanda, Bill sumiu e não faço questão de saber onde foi que se meteu. Por mais que o ame, não posso querer tê-lo apenas para mim, Bill namora a Joss a tanto tempo, e ela parece gostar muito dele, eu sinto ciumes, sinto inveja, fico com aquele frio enorme na barriga quando o vejo. Mas definitivamente não é para mim, me sinto desejada, atraída por ele, mas quando olho em seus olhos, não vejo que ele gosta de mim, é diferente, é um olhar vazio, não tem sentimentos.
Confesso que já não sei mais o que fazer, quando chega a noite e deito na minha cama, passo muito tempo pensando na vida. Desde que me mudei para essa casa, meu objetivo era ter a atenção do Bill e conseguir ter uma amizade estável com ele, e quem sabe algo a mais. Mas tudo aconteceu completamente ao contrário, o Tom conseguiu minha amizade, conseguiu meu afeto, e aos poucos está conseguindo o meu amor. Isso é muito estranho, não passava pela minha cabeça ter uma relacionamento com ele, afinal ele é Tom Kaulitz, o pegador, o rei da mulherada. Percebi que quando nos conhecemos, ele realmente é esse garoto safado que todos vem por ai, mas quando está ao meu lado, ele muda completamente, ele quer conversar, quer me fazer rir de suas palhaçadas, não duvidei que ele fosse carinhoso, mas não pensei que fosse tanto, ao ponto de querer passar mais tempo ao meu lado, do que sair a noite para se divertir com outras garotas.

Posso não ter tido uma vida amorosa muito longa até agora, mas nas poucas vezes que me relacionei, aprendi a ver os sentimentos através dos olhos. Sempre há alguma coisa diferente, quando se olha diretamente para eles, pode ser a intensidade do brilho, a intensidade de como ele te olha, os movimentos, tudo é um fator, para se descobrir, se o sentimento é verdadeiro ou não. Nos olhos do Bill, só consigo ver luxuria, nos do Tom, aqueles olhos me hipnotizam, me trazem harmonia, eles brilham tão intensamente, que quando ele me olha, me sinto como se tivesse sido invadida, como se ele pudesse ver através de mim.

Era sexta-feira a tarde, havia acabado de chegar do clube, Megan subiu para o seu quarto e acompanhei-a. Enquanto tomava o seu banho, fiquei sentada em sua cama brincando com um ursinho de pelúcia. Após sair do banheiro, ajudei-a trocar de roupa, me pediu para sentar ao seu lado na cama e conversamos durante um tempo, sobre várias coisas. Não demorou muito para que ela entrasse no assunto: Tom Kaulitz. Ela tem absoluta certeza de que ele gosta de mim, mas prefere que eu fique com o Bill, por que não suporta a Joss. Tente argumentar várias vezes, mas essa Megan é esperta demais, não consigo enrolá-la.

_ Querida, você é jovem demais para saber com que eu devo ou não ficar. Tenho que seguir meu coração, e nesse momento, ele não inclui nenhum de seus primos.

Megan: Mas, bem que você poderia investir no Bill, já que o ama tanto.

_ Megan, eu o amá-lo, não vai fazer ele me amar. Sei que você não gosta da Joss, e se for verdade que ela te maltrata, pode ter certeza que quebro uma garrafa na cabeça dela. - Nos rimos. - Mas falando sério, se eu a ver falando alguma coisa para você, eu acabo com a raça dela, mesmo que eu perca o emprego. - Parei um pouco pra pensar no que diria a seguir, por mais que me doa, não vale a penas insistir. - Em relação ao Bill, acho que não vale a pena, ficar correndo atrás dele, se nem ao menos, ele fala comigo.

Continuamos nossa conversa por mais algum tempo, mas decidi mudar totalmente o assunto, já que o anterior não estava me fazendo muito bem. Na hora do jantar, estávamos todos reunidos a mesa (incluindo o Bill), ele estava a minha frente com uma expressão que não sabia decifrar, Megan estava sentada ao meu lado esquerdo, e Tom no meu direito. Quando o jantar foi servido, estávamos em silêncio, mas isso não durou muito tempo, pois Simone fez o favor de quebrá-lo, com uma pergunta que me pegou de surpresa.

Simone: Ana, já fazem dois meses que está trabalhando nessa casa, e até hoje não a vi conversando com o Bill, não gostou do meu filho?

Encarei Bill que havia mudado para uma expressão mais seria, ele parecia meio receoso com a minha resposta, afinal, para conversar não nos dávamos muito bem, mas tudo mudava quando nos beijávamos. Tive que pensar muito bem antes de falar alguma coisa, pois se não, algo desagradável poderia acontecer, não queria magoá-la por dizer a verdade sobre o seu filho. Se tivesse um pouco mais de coragem, teria dito todos os podres do Bill. Encarei Simone que estava ansiosa pela minha resposta, e decidi me fazer de boa moça.

_ Nos conversamos sim. - Forcei um sorriso, olhando para Bill - Seu filho é muito simpático, mas como ele sempre está com a namorada, não nos falamos muito.

Ela sorriu satisfeita com a minha resposta e terminamos o jantar. Na cozinha ajudei-a com a louça e depois de tudo limpo, ela subiu para o seu quarto com o Gordon, e eu, fui assistir um pouco de TV, Megan se sentou ao meu lado, mas como ela parecia estar bem cansada não aguentou por muito tempo e acabou dormindo no meu colo. Desliguei a TV e peguei Megan no colo e a levei para o seu quarto, lhe dei um beijo e sai do seu quarto. No corredor encontrei o Tom escorado na porta do seu quarto, ele parecia meio triste com alguma coisa, me aproximei dele, e não tive tempo nem de pensar em falar, pois pegou em minha mão e me levou para o seu quarto. Óbvio que já pensei o pior, que iria deixar o seu lado safado falar mais alto e me agarrar, mas se tivesse falado alguma coisa, teria queimado minha língua, pois ele apenas me pediu para sentar no sofá do seu quarto enquanto ele ficou em pé, a minha frente.


_ Aconteceu alguma coisa? Parece preocupado. - Meu tom de voz, era calmo e baixo, ele começou a andar de um lado para o outro e aquilo me deixava nervosa. - Tom!
Tom: Desculpa, mas eu preciso confessar uma coisa. - Se ajoelha pondo suas mãos nos meus joelhos.

_ Seja lá o que for, pode confiar em mim. - Tentei lhe passar segurança, pois ele realmente parecia muito nervoso.

Tom: Isso nunca aconteceu comigo, nem parece que sou Tom Kaulitz, minha vida está arruinada, como vou encarar isso, se a imprensa ficar sabendo, minha vida acabou...- Fiquei assustada com a forma como ele começou a soltar as palavras, e não estava entendendo nada, do que estava falando. Então segurei seu rosto, pedindo para que se acalmasse.

_ Tom, cala a boca um minuto, pois não estou entendendo nada. Será que da para falar logo o que aconteceu e parar com essa enrolação? - Respirou fundo e fechando os olhos falou:

Tom: Eu brochei, não consegui ficar com a Amanda. Por mais que tentasse seguir em frente, não consegui.

Confesso que fiquei surpresa com a revelação, por se tratar de um assunto tão pessoal, mas Tom Kaulitz, o pegador nato, brochar? Isso é muito estranho, alguma coisa deve ter acontecido. Por mais que isso fosse, digamos que engraçado, não era um momento para rir da sua cara, pois ele estava preocupado com o que tinha acontecido.

_ Mas, como isso aconteceu Tom?

Tom: Não sei! - Se levanta e começa a andar de um lado para o outro novamente. - Eu sai com a Amanda, demos alguns beijos no meu carro, quando as coisas começaram a esquentar, fomos para a sua casa, e quando chegamos nos finalmente, eu não consegui.

Tom's Pov

Quando fui conhecer a "famosa" Amanda que a Ana havia me falado, confesso que estava empolgado, mas não pensei que quando chegássemos a um momento mais intimo, acontece de eu não conseguir ir em frente. Fui na casa da Amanda, a levei para comer alguma coisa, conversamos muito, ela é uma garota muito bonita, tem um papo legal, e até beija muito bem. Nós ficamos no meu carro, nos beijamos, nos acariciamos, e quando as coisas estavam ficando realmente quente, a levei para a sua casa. Começamos a nos beijar, chegando ao seu quarto, fui tirando a sua roupa, e quando estava tudo pronto para nos unirmos, a imagem da Ana me veio a cabeça, tentei ignorar e seguir adiante, mas ela pernaceia na minha mente, como se fosse um aviso que não deveria ser a Amanda naquele momento comigo e sim a Ana, por quem tenho tido noites em claro, só pensando nela. Não sei se a Amanda está nervosa comigo agora, mas não vou conseguir falar com ela, depois desse vexame.

Quando voltei da turnê, e a encontrei na sala da minha casa, já tive a sensação de que ela era uma garota diferente das outras. Por mais que ela tivesse sido bem indiscreta na minha festa de aniversário, ela não se atreveu a ficar no meu pé, com a intenção de querer ir para a cama comigo, por mais que estivesse com vontade. Confesso que não gostei de ela ter ficado mais tempo com o Andreas do que comigo na festa, ainda mais quando eles saíram.

Quando ela selou nossos lábios e por algum motivo, eu senti formigamentos no estômago. E por mais que houvesse tesão ali, o beijo era calmo, sendo sincronizado. Nunca tinha sentido isso com apenas um beijo. E por incrível que pareça queria apenas curtir aquele momento. Não passaria disso. Ana não é mulher de uma noite, eu sei disso. Ainda não conseguia entender o que se passa na minha cabeça. Só sabia que queria essa mulher como nunca quis outra em toda a sua vida.

Antes era um sentimento de desejo, apenas desejo. Depois, parece que esse desejo aumentou e se transformou em outro sentimento que realmente eu não queria sentir, eu ao menos sei identificá-lo. Eu não sei o que está acontecendo comigo. Eu simplesmente não consigo tirá-la da minha cabeça. Todos os dias, desde o momento em que a vi na minha sala pela primeira vez. Eu não sei o que ela fez comigo, mas é mais forte do que eu. Sinto coisas que nunca senti em toda a minha vida. Com ela, eu simplesmente não consigo ser como eu sou com as outras pessoas. Quando a vi com o Andreas um sentimento estranho tomou conta de mim. Eu nunca me senti tão furioso em toda a minha vida. Ela não tem noção do esforço que tive que fazer para não quebrar a cara daquele desgraçado do Andreas, quando ele tentou abusar dela.

Até tentei me afastar dela, pois não queria sentir esse sentimento, já sofri um vez, e não quero sofrer de novo. Mas, por mais que tente ficar nem que seja um dia longe dela, eu não consigo e acabo por procurá-la, não sei, parece que ela tem um imã que vive me atraindo. Agora ela está no meu quarto, sentada em meu sofá tentando entender o que lhe disse sobre a Amanda. Talvez esteja rindo por dentro, do meu fracasso, ou talvez esteja preocupada comigo, ela está com os cotovelos apoiados nas coxas, segurando sua cabeça e fitando o chão, está pensando demais para o meu gosto, e isso me deixa muito aflito. Segundos depois, levanta a sua cabeça, fixando seu olhar no meu, precisei me sentar, pois minhas pernas ficam bambas quando me olha tão intensamente.

Ana: Se você quiser posso ir conversar com a Amanda, ela vai entender...

_ Não precisa! - A interrompi, já tenho a resposta para o que aconteceu, eu a amo, mas ainda não estou preparado para dizer isso a ela. - Na verdade eu sei o que aconteceu, mas não estou preparado para dizer.

Ana: Tudo bem! - Ela se levanta e caminha na minha direção, da um leve sorriso e se abaixa ficando a mesma altura que eu. - Mas saiba que estarei sempre aqui para o que precisar. - Acaricia o meu rosto, em seguida, depois de me dar um beijo na testa, se levantou - Boa noite!

Tom: Boa noite!

Assim ela saiu do meu quarto, me deixando sozinho com meus pensamentos, se ela soubesse que um simples carinho me faz tremer da base, não chegaria tão perto assim novamente. O cheiro dela ficou no quarto, como da outra vez que esteve aqui, conversando comigo. Sou capaz de passar horas acordado só pensando nela, ainda mais com o seu cheiro maravilhoso. Fui tomar um banho rápido, vesti apenas uma boxer e me deitei na cama, preciso criar coragem para contar o que estou sentindo, pois se não, alguém pode roubá-la de mim, e tenho até um palpite de quem seja: Bill.

No dia seguinte, acordei com um cheiro delicioso de comida, já está na hora do almoço eu aqui dormindo. Me levantei e corri para o banheiro, fiz toda a minha higiene matinal, troquei de roupa e desci para a cozinha. A encontrei virada para o fogão murmurando alguma coisa que não compreendi, é isso que da não saber o idioma dos outros. Ela estava usando uma regata preta bem justa e short jeans, o que me dava uma bela visão de suas pernas. Aproximei-me, devagar, tomando cuidado para não assustá-la.
Quando delicadamente virou e me viu, pude perceber a doçura naquele olhar, de uma sensibilidade sem-limite. Ela sorriu me desejando "Bom dia" e retribui o sorriso. Me sentei no balcão, ficando em silêncio por alguns minutos, somente admirando sua beleza. Um dia cheguei a questionar, por que uma garota tão jovem e bonita quanto ela, estaria fazendo em uma casa de família, cuidando de uma criança e lavando pratos. Ela poderia ser uma modelo famosa, ou seguir um profissão muito bem remunerada. Mas com as atitudes dela, a simpatia, o carinho que ela nos oferece, me fez concluir, que por mais bela que fosse, era humilde e não usava de seus dotes físicos para encantar as pessoas, bastava um sorriso, para conseguir a atenção de todos.

Ana: Tom, quer alguma coisa? Perguntou, me tirando dos meu pensamentos. - Ainda está abalado com o que aconteceu?

_ Estava pensando em outra coisa, não quero mais falar sobre esse assunto constrangedor. Só queria saber o que teremos para o almoço.

Ana: Hum...Bom, se você gostar de uma pizza caseira de legumes, é o que teremos para o almoço.

_ Já disse que você é a melhor cozinheira desse mundo? - Ela sorri divertida.

Ana: Ainda não, mas acho que sua mãe ficaria com ciumes.

_ Que nada, ela já me confessou que você cozinha melhor que ela.

Ana: Sua mãe é muito modesta.

Continuamos a conversar, enquanto ela terminava o almoço, logo Megan apareceu avisando que teria uma pequena reunião na sua escola, daqui a dois dias e queria que Ana fosse. Ela concordou, já colocando os pratos em cima do balcão para nos servirmos. Almoçamos conversando animadamente, Megan já praticava o seu inglês, e ela está se saindo muito bem, também, com uma professora dedicada feito a Ana, até eu, que sou meio lerdo para as coisa, aprenderia.Depois que ajudei-a na cozinha, Ana foi para o quarto da Megan dar mais algumas aulas, enquanto ela não descia, fui para a varanda pensar um pouco na vida, estava tão distraído que nem me dei conta que Bill havia aparecido no mesmo ambiente e estava sentado ao meu lado.

_ Não vai sair com a Joss hoje?

Bill: Não! Ela tem um compromisso em Nova Iorque.

_ Bill, me responde uma coisa... - Por mais que já soubesse a resposta, precisava perguntar, se ela já havia conseguido alguma coisa com a Ana. - Você e a Ana, já rolou alguma coisa? - Ele permanece sério, e não me encara.

Bill: Já demos alguns amassos sim, por que a pergunta? - Dessa vez ele me olha com um sorriso cínico, Bill mudou tanto de uns anos para cá, nem parece meu irmão.

_ Bill, nós somos gêmeos, eu sei o que você sente, e você sabe o que eu sinto. Por tanto, não faça nada que possamos nos machucar. Eu sei que você sente desejo por ela, mas você sabe que, o que eu sinto, é mais do que isso.

Bill: Irmãozinho, hoje em dia, nenhum sentimento é verdadeiro, eu acho que ela, só quer se aproveitar do seu momento de carência. Para mim vai continuar a mesma coisa, se eu transar ou não com ela. Mas parece que você já está se ajoelhando nos pés dela, pedindo carinho.

Dizendo isso, se levantou e foi embora. Agora eu vejo que Bill não é a mesma pessoa de antes, como ele pode ficar tão insensível ao ponto de me dizer tudo isso? Mas de uma coisa eu tenho certeza, Ana é diferente, eu posso sentir que ela tem algum sentimento bom por mim, e não vai ser as palavras do Bill que vão me provar o contrário.

Postado por: Alessandra

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